AVALIAÇÃO ANDROLÓGICA DE CÃES DA RAÇA SHIHTZU: CRIPTORQUIDA (UNILATERAL) E CÃO COM TESTÍCULOS NORMAIS

Transcrição

1 Curso de Medicina Veterinária AVALIAÇÃO ANDROLÓGICA DE CÃES DA RAÇA SHIHTZU: CRIPTORQUIDA (UNILATERAL) E CÃO COM TESTÍCULOS NORMAIS BREEDING SOUNDNESS EVALUATION SHIHTZU DOGS RACE: CRIPTORQUIDA (UNILATERAL ) AND DOG WITH NORMAL TESTICLES Alessandra Mendes dos S. de Santana 1, Shisley Gonçalves de Lima 1, Edilaine Sarlo Fernandes² 1 Alunos do curso de Medicina Veterinária 2 Professora do curso de Medicina Veterinária RESUMO A partir da avaliação andrológica de dois cães da raça Shihtzu, com idade entre três anos e três anos e meio, foi possível observar que cães com testículos normais apresentam maior poder de fecundação, comparado a um cão criptorquida unilateral. O exame andrológico é fundamental para a avaliação reprodutiva do macho, a partir daí, podemos identificar características morfológicas, como vigor, coloração, concentração, volume e patologias espermáticas como defeitos maiores e defeitos menores, sendo que os defeitos maiores estão diretamente ligados a espermatogênese e os defeitos menores estão relacionados ao transporte e armazenamento dos espermatozóides no epididimo, não podendo ultrapassar o percentual de 10% para os defeitos maiores e 20% os defeitos menores. Pois quanto maior forem os defeitos, menor é a chance de fertilidade. Palavras-Chave: Avaliação Andrológica, Cão, Criptorquidismo, Sêmen, ABSTRACT From the breeding soundness evaluation of two dogs Shihtzu race, aged three years and three and a half years, it was observed that dogs with normal testicles have greater power of fertilization, compared to a unilateral cripotr-performance liquid dog. The breeding soundness exam is essential for reproductive evaluation male, from there, they identifi-car morphological characteristics such as strength, color, concentration, volume and sperm pathologies as major defects and minor defects, and the major defects are directly linked to spermatogenesis and minor defects are related to the transport and storage of sperm in the epididymis, can not exceed the percentage of 10% for major defects and 20% smaller defects. For larger defects are, the lower the chance of fertility. Keywords: Andrologic evaluation; Cryptorchidism, Dog, Semen Contato: alessandramendes76@hotmail.com; shisleyglima@hotmail.com INTRODUÇÃO O criptorquidismo é a ausência do

2 testículo na bolsa escrotal devido ao descenso incompleto ou à interrupção no trajeto normal de migração do testículo da cavidade abdominal para a bolsa escrotal. É o distúrbio mais comum do desenvolvimento sexual no cão e ocorre em até 13% dos animais. Trata-se de uma alteração de caráter hereditário, podendo ser uni ou bilateral, no entanto é mais frequente a ocorrência unilateral (NASCIMENTO; SANTOS, 1997; CARLTON; MACGAVIN, 1998; MORRISON,1998). Memon; Tibary (2001), descrevem que o criptorquidismo unilateral não deixa o cão infértil, podendo assim, produzir espermatozóides fecundantes. A avaliação da qualidade do sêmen compreende as características físicoquímicas, macro e microscópicas. Podendo ser utilizado dois métodos, a massagem digital e a vagina artificial. Às vezes é indispensável um período de adaptação do animal, condicionando-o ao procedimento. E em outras faz-se necessária a presença de uma fêmea em estro ou secreção vaginal obtida por swabe, para que o macho possa cheirá-lo, e assim excitar-se (FELDMAN; NELSON, 1996). O vigor espermático é avaliado de acordo com a intensidade da motilidade exibida pelos espermatozoides móveis (PLATZ; SEAGER, 1977), porém, a presença de espermatozoides imóveis em uma amostra não quer dizer que estejam mortos (JANUSKAUSKAS et al, 1995). A análise computadorizada (CASA) é utilizada para minimizar a subjetividade nas análises de sêmen, em diversas espécies animais, incluindo o cão (IGUER-OUADA; VERSEGEN, 2001). A CASA permite avaliação precisa das células móveis e define de forma excelente a qualidade do movimento dos espermatozoides (GÜNZEL-APEL et al, 1993). 1. Características microscópicas do sêmen 1.1. Motilidade e vigor A avaliação da motilidade espermática deve ser realizada logo após a colheita do sêmem, com auxílio de microscopia óptica de luz, microscópio de contraste de fase ou em analisador computadorizado (SEAGER & FLETCHER, 1972) e deve ser no mínimo de 70% (ROTA, et al, 1997). A vantagem do CASA está na avaliação da característica do movimento espermático, que identifica de forma precisa se é progressivo, retrógrado, velocidade espermática, velocidade em linha reta, curvilínea e linearidade dos espermatozoides (IGUER-OUADA; VERSTEGEN, 2001). A motilidade progressiva é a capacidade que o espermatozoide tem

3 para fecundar (ENGLAND; ALLEN, 1989; SODERQUIST et al, 1991; KJAESTAD et al, 1993; IVANOVA-KICHEVA et al, 1997; SANCHEZ-PARTIDA et al, 1999, TARDIF et al, 1999); porém, não é um parâmetro tão confiável para predizer a capacidade fecundante de uma amostra de sêmem, pois a presença de espermatozoides imóveis na amostra não implica que os mesmos estejam mortos. Além disso, a motilidade, por ser um parâmetro subjetivo, sofre influências da temperatura do local onde está sendo realizada e habilidade do avaliador, levando em consideração a grande variedade de laboratórios (IGUER-OUADA; VERSTEGEN, 2001). 1.2 Concentração Espermática A concentração espermática é de grande importância para aspectos físicos do sêmem, e está associada a fertilidade pois revela a eficiência dos túbulos seminíferos para produzir espermatozoides (OEHNINGER et al, 1988). 1.3 Turbilhamento É o movimento em forma de ondas observado em uma única gota de sêmen no ato da coleta. A intensidade do movimento significa a motilidade, vigor e concentração espermática (HAFEZ, 1995). Para fazer a avaliação do turbilhonamento, coloca-se uma gota de sêmem fresco sobre uma lâmina aquecida a 37ºC e leva-se ao microscópio convencional, com aumento de 100 vezes (FONSECA et al, 1991). O movimento de massa significa o acentuado movimento semelhante a um turbilhão de espermatozoides em ejaculados de grande concentração com células muito ativas (ROSENBERGER, 1990). 1.4 Morfologia espermática A avaliação morfológica espermática é muito importante, e no cão tem sido correlacionada à fertilidade (OETTLÉ, 1993). Oettlé (1993) relatou que, quanto mais se tem espermatozoides anormais, mais a fertilidade reduz, sendo observado que quando a proporção de espermatozoides morfologicamente normais está abaixo de 60%, a fertilidade é afetada. A classificação de acordo com as alterações, sendo descrito como defeitos maiores ou menores (OETTLÉ 1993). Já outros autores preferem classificar as alterações de acordo com a região espermática afetada, sendo eles defeitos de cabeça, peça intermediária ou cauda (SILVA et al, 2003) Os defeitos maiores são aquelas anormalidades que tem efeito direto na fertilidade, sendo suas características

4 espermáticas subdesenvolvido, formas duplas, "knobbed sperm", destacamento de acrossoma, decapitados, "diadema" ("pouch formation"), piriforme, estreito na base, contorno anormal, cabeça pequena anormal, cabeça isolada anormal, "corkscrew", defeitos da peça intermediária, gotas proximais, pseudo gotas, cauda fortemente dobrada e enrolada, "dag defect" (SILVA; DODE, 1993). Estes defeitos não podem ultrapassar 20% e, cada forma individual 5%, em caso contrário, será comprometida sua reprodução (FONSECA et al., 1992) e segundo Fonseca; Silva (1992); Dode (1993), os defeitos menores são: acrossoma desprendido, gota citoplasmática distal, cauda dobrada (com gota anexa), cauda enrolada e cabeça isolada normal. Além de cabeça delgada, pequeno normal, gigantes, curtos, largos, abaxial, retroaxial e oblíquo (SILVA; DODE, 1993), conforme demonstrado na Figura 1. Legenda: Defeitos de acrossoma: 1. Afrouxado; 2. Inchado; 3. Dobrado; 4-7. Knobbed (elevado, em ponta, duas pontas, aplainado ou achatado); 8. Enrugado; Incompleto Defeitos de cabeça: 11. Normal; 12. Delgada; 13. Alongada;, Delgada na base; 16. Piriforme; 17 e 19. Grande; 18. Pequena normal; 20. Arredondada ou globosa; 21. Pequena patologica; 22. Cabeças duplas Defeitos de peça intermediária: 23 Grossas; 24. Pseudogota; 25. Filiforme; 26. Mordida; 27. Implantação abaxial; 28. Saca-rolha; 29 e 33. Dessasociada ou com aplasia segmentar; 30. Dupla; 31. Dividida; 32. Desdobrada; 34. Quebradas, 35. Dobrada na cabeça Defeitos de Cauda: Cauda dobrada simples; 38. Caudas enroladas simples; Fortemente enrolada ou dobrada; 41. Cauda e peça intermediaria enrolada na cabeça; 42. Gota citoplasmática proximal; Gota citoplasmática distal; 46. Cabeça isolada normal ou decapitada. Fonte: Freneau, Figura 1 Patologias espermáticas. A coleta de sêmem, pode ser realizada a cada 3 dias e pode ser feito uma coleta ao dia, se fizer em menos tempo pode ocorrer alteração na concentração de espermatozóides (FELDMAN, NELSON, 1996). O ciclo espermático de cães dura aproximadamente 62 dias e o total de

5 espermatozóides do ejaculado canino pode variar de 300 milhões a dois bilhões, dependendo da raça, idade e freqüência de coleta (JOHNSTON et al, 2001). O ejaculado canino é dividido em três frações. A primeira é a fração préespermática, de origem prostática, tendo a função de limpar o canal uretral e seu aspecto pode ser aquoso e transparente, e seu volume pode variar de 0,5 a 5 ml. A segunda fração é rica em espermatozóides, com coloração variando de branco leitoso a translúcido, podendo variar o volume de 1 a 4 ml (JOHNSTON et al., 2001). A terceira fração tem a função de facilitar o transporte espermático pela cérvix e aumentar o volume do ejaculado, o aspecto pode ser aquoso e transparente e o volume pode variar de 2,5 a 80 ml (ENGLAND; ALEN, 1992). Feldman; Nelson (1996) e Johnston et al (2001) classificaram as alterações morfológica espermática de cães, sendo como primárias, aquelas que vem com defeitos desde a espermatogênese, e secundárias, aquelas surgem durante o trajeto entre o testículo e o epidídimo ou devido a manipulação errada do sêmem. Segundo estes autores, reprodutores normais apresentam 70% de células espermáticas com morfologia normal. Dentre as células espermáticas alteradas poderão haver, no máximo, 10% de alterações morfológicas primárias e 20% de alterações morfológicas secundárias. O objetivo do presente trabalho é avaliar o cromprometimento reprodutivo de dois cães da raça Shihtzu, um cão sadio e outro acometido por criptorquidia através da avaliação andrológica e com isso comparar motilidade, vigor, concentração, coloração e alterações morfológicas espermáticas como defeitos maiores e menores. Materiais e Métodos Foram utilizados dois cães da raça Shihtzu, o cão 1 (Gordo), pesando 6 kg, com idade de 3 anos e meio, particolor e o cão 2 (Thoy), com idade de 3 anos, pesando 5 kg, particolor, foram submetidos a avaliação clínica e solicitados exames laboratoriais (Hemograma, TGP e Creatinina) e ultrassonografia abdominal. Após os exames citados foram realizados 4 coletas de sêmem com intervalo de 72 horas, através da massagem digital realizando-se a higienização do prepúcio com solução fisiológica, descartando-se a primeira fração de sêmem e coletando-se as duas frações seguintes, sendo essas acondicionadas em tubos Falcon de 15 ml estéril e descartável, com tempertura de 37º C. Logo após a coleta as amostras foram imediatamente levadas ao laboratório para a realização do

6 espermograma, onde com o pipetador P200, coletou-se 2,5 µl de sêmem. A gota foi acondicionada em lâmina Couting Chamber na Camera da Analisis para microscópio, em seguida analisada quanto à motilidade, vigor e quantidade de espermatozóide. Logo após foi realizado a diluição de sêmen com formol salina, utilizando 2,5 µl dessa amostra diluída e colocada em lamina e recoberta com lamínula. No microscópio de contraste de fase foi realizado a avaliação de caracteristicas morfológicas. Figura 2A: Ultrasonografia abdominal - Testículo ectópico direito. Resultados e discussão O cão 1, não teve alterações nos exames laboratoriais (Hemograma, TGP e Creatinina) através da ultrassonografia foi visto que seus testículos estavam em posição anatômica normal. O cão 2, apresentou no ultrassom o testículo direito ectópico, localizado na área inguinal (Figura 2 A) pouco acima do escroto, com característica hiperecóica e tamanho normal, caracterizando portanto criptorquidismo unilateral em região inguinal, o testículo esquerdo se apresentava dentro da bolsa escrotal com característica hiperecóica e tamanho normal, (Figura 2 B), conforme observado por NASCIMENTO; SANTOS, 1997; CARLTON; MACGAVIN, 1998; MORRISON,1998. Arquivo Pessoal. Fonte: Figura 2B: Testiculo esquerdo com apresentação e tamanho normal. Fonte: Arquivo Pessoal. Foram realizadas quatro coletas de sêmem de cada cão, com intervalo de 72 horas em horários alternados, para

7 compararmos a diferença espermática do cão 1 e do cão 2. Após a coleta avaliou-se motilidade, volume, vigor e características morfológicas. Segundo Vannucchi et al (1998), o volume do ejaculado pode variar de 1 a 40 ml, e essa variação pode ocorrer devido a vários fatores, dentre eles, idade, raça, atividade reprodutiva do cão. No entanto, Johnston et al (2001), relata que o volume pode variar de 1 a 80 ml, e que o volume do ejaculado não está ligado a qualidade espermática. No cão 1, a média de volume do ejaculado foi de 6,7 ml, e do cão 2 foi de 4,5 ml, estando os dois cães dentro do esperado. Com base nesses resultados é possivel verificar que o cão com os testiculos normais produz maior volume ejaculado que o cão criptorquida. Os animais criptorquidas unilaterais apresentam baixa contagem de espermatozoides e volume no ejaculado (NASCIMENTO; SANTOS 1997; JOHNSTON et al, 2001). A porcentagem de espermatozóides vivos com movimento progressivo é considerada aceitável a partir de 70% (SILVEIRA; SCHIED 2003). E motilidade Linear é a capacidade que o espermatozóide tem de se movimentar em linha reta e isso reflete na capacidade que o espermatozóide tem em fecundar o óvulo (VANNUCCHI et al, 1998). As amostras de sêmem do cão 1 observados na tabela 1 demonstram que a motilidade, estava dentro da normalidade (87,55%), a motilidade progressiva estava 84,50%, condizente com o que foi descrito por Silveira; Schied (2003). Já as amostras do cão 2 observados na na abela 2, apresentam resultado de motilidade 65,23% e motilidade progressiva 59,34%, desta forma não apresenta-se dentro da normalidade, estando abaixo dos 70% (VANNUCCHI et al., 1998; SCHIED, 2003). A motilidade linear do cão 1 (Tabela 1) apresentou média de 72,85% e no cão 2 (Tabela 2) 49,36%, fato que demonstra que o cão 1 possui maior possibilidade de fecundação se comparado ao cão 2, semelhante ao descrito por OETTLE, Tabela 1 Avaliação do sêmem do cão 1

8 Avaliação do sêmem - Cão 1 24/05/ /06/ /06/ /06/2016 Coleta 1 Coleta 2 Coleta 3 Coleta 4 MÉDIA MOTILIDADE 89,58% 86,52% 86% 88,10% 87,55% MOTILIDADE PROGRESSIVA 85,17% 82,64% 84% 86,21% 84,50% MOTILIDADE LOCAL 4,41% 3,88% 1,84% 1,89% 3,00% IMÓVEL 11,6% 13,50% 14% 11,9% 12,75% HIPER ATIVO 7,57% 2,49% 1,5% 1,74% 3,32% LINEAR 70,20% 66,60% 76% 78,6% 72,85% NÃO LINEAR 10,30% 17,50% 8,45% 7,84% 11,02% CURVILINEO 0% 0% 0% 0% 0% VOLUME 4,8 ml 7 ml 7,5 ml 7,5 ml 6,7 ml VIGOR CONCENTRAÇÃO 61,1 milhões/ml 42,3 milhões/ml 25,4 milhões/ml 26,9 milhões/ml 38,92 milhões/ml ASPECTO Leitoso Leitoso Leitoso Leitoso Leitoso Fonte: Bio Tecnologia Animal. Tabela 2 Avaliação do sêmem do cão 2 Avaliação do sêmem - Cão 2 24/05/ /06/ /06/ /06/2016 Coleta 1 Coleta 2 Coleta 3 Coleta 4 MÉDIA MOTILIDADE 64,26% 52,56% 75% 69,12% 65,23% MOTILIDADE PROGRESSIVA 63,05% 49,74% 60% 64,59% 59,34% MOTILIDADE LOCAL 4,20% 2,82% 15% 4,53% 6,63% IMÓVEL 35,7% 47,40% 25% 30,9% 34,75% HIPER ATIVO 0,40% 0,35% 1,3% 1,27% 0,83% LINEAR 59,04% 44,80% 27,5% 65,1% 49,36% NÃO LINEAR 4,42% 7,41% 8,69% 18,7% 9,80% CURVILINEO 0% 0% 0% 0% 0% VOLUME 4,5 ml 4,9 ml 4 ml 4,8 ml 4,5 ml VIGOR CONCENTRAÇÃO 51,1 milhões/ml 22,1 milhões/ml 27,5 milhões/ml 27,4 milhões/ml 32,02 milhões/ml ASPECTO Leitoso Leitoso Leitoso Leitoso Leitoso Fonte: Bio Tecnologia Animal. O vigor é determinado pelos espermatozóides que se movimentam progressivamente, considerando-se o tipo e a direção do movimento (WENTZ; BORTOLOZZO, 1998). De acordo com Barbosa et al. (2005) o vigor pode variar de 0 a 5, sendo que 0 representa a ausência de movimento e 5 grande movimentação. No cão 1 o vigor foi de 4, enquanto no cão 2 o vigor foi de 3, portanto os cães 1 e 2 são férteis, tendo o cão 1 maior velocidade de progressão do espermatozóide comparado ao cão 2, porém Vannucchi et al (1998), afirmam que cães normais apresentam vigor dos espermatozóides superior a 3. De acordo com Vannucchi et al (1998), os espermatozóides que apresentam movimentos circulares ou que se movimentam lado a lado sem progressão não apresentam motilidade progressiva normal. No cão 1 a média de espermatozóides imóveis foi de 12,75% enquanto no cão 2 foi 34,75%, curvilinio nos cães foram de 0%, motilidade local no cão 1 foi de 3% enquanto no cão 2 foi de 6,63%, não linear no cão 1 foi de 11,02% e no cão 2 foi de 9,80%, ou seja, seu poder de fecundação é muito baixo. Segundo Aguiar et al (1994), para cães de até 20 kg, a concentração espermática é considerada normal podendo chegar até 47,73 X 10 6 sptz/ml. E de acordo com Vannucchi et al (1998), a concentração espermática de um macho normal deve ser superior a 200 milhões de espermatozoides por ejaculado, podendo haver variações devido a idade, raça e tamanho do animal. No cão 1 a

9 média da concentração de espermatozoides foram de 38,92 X 10 6 sptz/ml, totalizando a média de 260,76 milhões de espermatozoides, e no cão 2, sua concentração foi de 32,02 X 10 6 sptz/ml, totalizando 144,09 milhões de espermatozoides. O cão 1 se apresenta dentro da normalidade conforme descrito por Vannucchi et al (1998). Através da avaliação espermática foi possível chegar à média das características morfológicas (Tabela 3 A e 3 B).

10 Tabela 3 A Características morfológicas cão 1. Caracterisiticas Morfológicas - Cão 1 24/05/ /06/ /06/ /06/2016 DEFEITOS MAIORES Coleta1 Coleta1 Coleta 2 Coleta2 Coleta 3 Coleta Coleta 4 Coleta MÉDIA MÉDIA % Acrossoma 1 0,45% 0 0% 0 0% 0 0% 0,25 0,11% Gota citoplasmática proximal 0 0,0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% Cauda fortemente dobrada 4 1,8% 4 2% 4 2% 0 0% 3 1,45% Cabeça anormal 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% Cabeça isolada normal 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% Formas teratológicas 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% TOTAL DEFEITOS MAIORES 5 2,5% 4 2% 4 2% 0 0% 3,25 1,62% DEFEITOS MENORES Peça intermediária 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% Gota citoplasmática distal 1 0,45% 0 0% 0 0% 2 1% 0,75 0,36% Cauda dobrada 1 0,45% 6 3% 0 0% 0 0% 1,75 0,86% Cabeça isolada normal 0 0% 4 2% 2 1% 0 0% 1,5 0,75% Implantação abaxial 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% Cauda enrolada 0 0% 0 0% 2 1% 4 2% 1,5 0,75% TOTAL DEFEITOS MENORES 2 1% 10 5% 4 2% 6 3% 5,5 2,75% Total de defeitos 7 3,5% 14 7% 8 4% 6 3% 8,75 4,37% Total de espermatozóides ,5% % % % 191,25 95,62% Total de espermatozóides % % % % % Aspecto Leitoso Leitoso Leitoso Leitoso Leitoso Motilidade 89,58% 86,52% 86,02% 88,10% 87,55% Volume 4,8 ml 7 ml 7,5 ml 7,5 ml 6,7 ml Vigor Concentração Método da coleta 61,1 milhões/ml 42,3 milhões/ml 25,4 milhões/ml Massagem Digital Massagem Digital Massagem Digital 26,9 milhões/ml Massagem Digital 38,92 milhões/ml Massagem Digital Fonte: Bio Tecnologia Animal.

11 Tabela 3 B Características morfológicas cão 2 Características Morfológicas - Cão 2 24/05/ /06/ /06/ /06/2016 DEFEITOS MAIORES Coleta1 Coleta1 Coleta 2 Coleta2 Coleta 3 Coleta Coleta 4 Coleta MÉDIA MÉDIA % Acrossoma 1 0,45% 2 1% 0 0% 0 0% 0,75 0,36% Gota citoplasmática proximal 4 1,8% 8 4% 6 3% 12 6% 7,5 3,70% Cauda fortemente dobrada 15 6,75% 22 11% 10 5% 10 5% 14,25 6,93% Cabeça anormal 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% Cabeça isolada anormal 0 0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0% 0 0% Formas tertológicas 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% TOTAL DEFEITOS MAIORES 20 10% 32 16% 16 8% 22 11% 22,5 11,25% DEFEITOS MENORES Peça intermediária 1 0,45% 0 0% 0 0% 0 0% 0,25 0,11% Gota citoplasmática distal 4 1,8% 0 0% 0 0% 6 3% 2,5 1,20% Cauda dobrada 1 0,45% 4 2% 6 3% 10 5% 5,25 2,61% Cabeça isolada normal 8 3,6% 8 4% 2 1% 2 1% 5 2,40% Implantação abaxial 0 0% 0 0% 0 0% 2 1% 0,5 0,25% Cauda enrolada 10 4,5% 10 4,5% 2 1% 4 2% 6,5 3% TOTAL DEFEITOS MENORES 24 12% 22 11,0% 10 5% 24 12% 20 10% Total de defeitos 44 22% 54 27% 26 13% 46 23% 42,5 21,25% Total de espermatozóides % % % % 152,5 76,25% Total de espermatozóides % % % % % Aspecto Leitoso Leitoso Leitoso Leitoso Leitoso Motilidade 64,26% 52,56% 75% 69,12% 65,23% Volume 4,5 ml 4,9 ml 4 ml 4,8 ml 4,55 ml Vigor Concentração Método da coleta 51,1 milhões/ml Massagem Digital 22,1 milhões/ml Massagem Digital 27,5 milhões/ml Massagem Digital 27,4 milhões/ml Massagem Digital 32,02 milhões/ml Massagem Digital Fonte: Bio Tecnologia Animal. As alterações morfológicas foram classificadas em defeitos maiores e menores de acordo com CBRA Colégio Brasileiro de Reprodução Animal (1998), que afirma que proporção de defeitos maiore não deve ser superior a 10% e a de defeitos menores deve ser no máximo de 20%. OETTLÉ (1993) relatou que, à medida que o percentual de espermatozóides anormais aumenta, a fertilidade é reduzida. De acordo com Vannuchi et al (1998), os defeitos maiores estão ligados a espermatogenese e os defeitos menores estão relacionados ao transporte e armazenamento dos espermatozóides no epididimo e alteração na tecnica de coleta. E Blom (1973), afirma que os defeitos maiores são aqueles que estão ligados a fertilidade e os menores são associados a infertilidade. Entre os defeitos menores, foram observados que o cão 2 apresenta menos de um por cento de peça intermediária, com média de 0,11%. Segundo Barth; Oko (1989) o aparecimento desta patologia poderia estar relacionado a um distúrbio da formação da cauda, durante a espermiogênese. O cão 2 ultrapassou o limite de 10% de defeitos maiores chegando a uma média de 11,25% segundo, Colégio Brasileiro de Reprodução Animal (1998). Com essa alteração o cão 2 apresenta

12 fertilidade reduzida. Blom (1973), afirma que os defeitos maiores são aqueles que estão ligados a fertilidade. A patologia a nível de acrossoma, atingiu menos de 1% o cão 2, com resultado de média de 0,36%, segundo Barth; Oko (1989), essa patologia é comum, mesmo em animais que apresentam boa fertilidade. O cão criptorquida apresentou 6,93% de espermatozóides com a cauda fortemente dobrada enquanto o cão com testículos normais apresentou apenas 1,45%. As ocorrências desta patologia espermática podem ocorrer durante a passagem do ejaculado pelo epidídimo (BARTH; OKO, 1989). O cão 1 apresentou 0,36% de alterações a nível de gota citoplasmática distal, e o cão 2 apresentou 1,20%. De acordo com Fernandes (2002), a gota citoplasmática distal é uma estrutura que normalmente é liberada do espermatozóide quando este entra em contato com o fluido das glândulas anexas, relacionada com disfunção epididimaria. Conclusão Com base nos resultados alcançados, foi observado que o exame andrológico é de extrema importância para avaliação reprodutiva do macho. O cão criptorquida apresentou fertilidade reduzida, se comparado ao cão com testículos normais, porém este deve ser retirado da reprodução, pois trata-se de uma patologia hereditária, indicando-se a orquiectomia. Agradecimento 1. Primeiramente a Deus, por ter me dado força para superar meus limites e por permitir que eu chegasse até aqui, para a concretização do meu maior sonho. Agradeço ao meu esposo Marcos, por sempre ter acreditado que eu era capaz, por todo amor e paciência no decorrer dessa graduação, e por ser fundamental em minha vida! Aos meus pais por todo amor, em especial a minha mãe, mulher de oração e fé, que sempre em silêncio intercedeu por mim em suas preces e sempre me incentivou dizendo que eu poderia ir mais longe e que eu era capaz! Ao meu amigo Shisley e parceiro de TCC. Aos meus amigos que confiam e torcem por mim, aos meus colegas de classe, incluindo alguns amigos que levarei para o resto da minha vida! Por todas as risadas e aprendizados que tive com cada um deles no decorrer desses cinco anos. Em especial minha amiga pessoal, amiga de graduação e de trabalho, Agatha, por todo incentivo, paciência, respeito, amizade e por me proporcionar muitos momentos alegres e risadas no meio de hora de desespero! A minha amiga Rosa, que me deu uma grande base e incentivo na minha

13 adolescência em relação aos estudos, se cheguei até aqui ela também tem participação nisso! A todos os professores que passaram em minha vida, desde a infância de onde foi formada a minha base inicial, que me ensinaram e me ajudaram. Em especial aos professores Rafael Rosseto, que mesmo não estando mais na Instituição e morando longe foi de extrema importância para a elaboração desse trabalho, sempre disposto a nos ajudar e tirar dúvidas, Cristiano Rosa, Tody, Carolina Gonzales, Carol Lavocat, por todo incentivo, conhecimento, palavras de apoio e amizade! Agradeço a minha orientadora Msc Edilaine, por toda paciência e todo puxão de orelha, pois quem ama corrige, obrigada por ter feito parte da minha jornada acadêmica, e por ser essa veterinária que me faz acreditar que existem profissionais tão competentes em nossa área. Agradeço ao Dr. Gustavo e Dra. Patricia da Bio Tecnologia Animal em Aguas Claras/DF por todo empenho, dedicação e competência na realização dos exames andrológicos, sempre muito prestativos, nunca esquecerei o que fizeram por nós! Agradeço ao conceituado Dr. Baraquete Dieb da UltraVet em Cidade Ocidental/GO por todo apoio e amizade, e pelo excelente serviço prestado de Ultrassonografia. Todo o meu respeito a Dra. Gláucia do laboratório Santé localizado na Hípica/DF, por toda gentileza e presteza quando procurada por mim! Em fim, obrigada a todos que de forma direta e indireta contribuíram para minha formação!!! Agradecimento 2. A minha esposa Lindsey Barbosa do Nascimento e minha filha Maria Eduarda do Nascimento Lima, aos meus pais, Olga Maria Borges Gonçalves Lima e Francisco de Assis Belo de Lima, a professora orientadora e amiga, Edilaine Sarlo Fernandes. A equipe da Bio Tecnologia Animal, Drª Patricia Furtardo Malard, Dr. Luiz Gustavo Araújo Oliveira, Marcelo Xavier, Gilmar Santana, Luis Mauro Maurício Peixe. Aos proprietários dos animais cedidos para o desenvolvimento do nosso trabalho, donos do cão Gordo, Jose Lúcio Tozzeti Fernandes e Andressa Galvão Camilo, donos do cão Thoy, Raul Maia da Silva e Daiana Nascimento Teixera de Oliveira.

14 REFERÊNCIAS AGUIAR, P.H.P.; COSTA, M.E.L.T.; ABREU, J.J.; ABREU, C.P. Coleta e avaliação de sêmen canino. Arquivos Brasileiros de Medicina Veterinária e Zootecnia, v. 46, n. 5, p , ARRUDA, Rubens Paes. Morfologia espermática de touros: interpretação e impacto na fertilidade Rev. Bras. Reprod. Anim., Belo Horizonte, v.39, n.1, p.47-60, jan./mar BARBOSA, R. T.; MACHADO, R.; BERGAMASCHI, M. A. C. M. A importância do exame andrológico em bovinos. Embrapa Comunicado técnico 41. São Paulo, BARBOSA, Elizabeth Machado. Prevalência de Patologias no Trato Genital de Machos Bubalinos (Bubalus bubalis). Universidade Federal do Pará Núcleo de Ciências Agrárias e Desenvolvimento Rural. Belém, BARTH, AD, OKO RJ. Abnormal morphology of bovine spermatozoa. Ames: Iowa State University Press, 285p., BLOM, E. The ultrastructure of some characteristic sperm defects and a proposal for a new classification of bull spermogram. Nordisk veterinaemedicin., v. 25, n. 77/8, p , CARLTON WW, MCGAVIN MD. Patologia veterinária especial de Thomson 2. Porto Alegre: Art Med, CASTRO, Michele Garcia Medeiros T. Avaliação Seminal E Testicular De Cães Submetidos À Administração De Cisplatina. Universidade Estadual Paulista. Jaboticabal São Paulo Brasil, COLÉGIO BRASILEIRO DE REPRODUÇÃO ANIMAL. Manual para exame andrológico e avaliação de sêmen animal. 2. ed., Belo Horizonte-MG, p.52, DERIVAUX, J. Reprodução dos animais domésticos. Zaragoza: Ed. Acribia, 446p., DOMINGOS T.C.S., SALOMÃO M.C. Meios de diagnóstico das principais afecções testiculares em em cães: revisão de literatura Rev. Bras. Reprod. Anim. Belo Horizonte, v.35, n.4, p , out./dez DORIA, Thaisa Freitas Da Silva. Frequência Das Afecções Reprodutivas Dos Cães Atendidos Na Clínica Escola De Medicina Veterinária De Marechal Deodoro Al. Universidade Federal Rural Do Semi-Árido Departamento De Ciências Animais. Recife Pe, ENGLAND, G.C.W., ALLEN, W.E. Seminal characteristics and fertility in dogs. Vet. Rec., v.125, n.7, p.399, ENGLAND, G.C.W., ALLEN, W.E. Factors affecting the viability of canine spermatozoa. II Effects of seminal plasma and blood. Theriogenology, v.37, p , FERNANDES, Viviane Conde. Avaliação da Morfologia Espermática em Touros. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegra, FELDMAN, E.C., NELSON, R.W. Canine and feline endocrinology and reproduction. Philadelphia: WB Saunders, p; 778 p; FONSECA, O.F.; VALE FILHO, V.R.; MIES FILHO, A.; ABREU, J.J. Procedimentos para Exame Andrológico e Avaliação do Sêmen. Colégio Brasileiro de Reprodução Animal p. FONSECA, V.O. et al. Procedimento para Exame Andrológico e avaliação de sêmen animal. Colégio Brasileiro de Reprodução Animal, Belo Horizonte EDUARDO, Fernandes; Gandolfo; AVALIAÇÃO REPRODUTIVA EM TOUROS; São José do Rio Preto SP, nov GUNZEL-APEL AR, GUNTHER C, TERHAER P, BADER H. Computer-assisted analysis of motility, velocity and linearity of dog spermatozoa. J Reprod Fertil Suppl. 47, p , HAFEZ, E. S. E. Reprodução Animal. São Paulo: Manole Ltda. p.3-20, IGUER-OUADA, M., VERSTEGEN, J. Validation of sperm quality analyser (SQA) for dog semen analysis. Theriogenology, v.55, p , 2001.

15 IVANOVA-KICHEVA, M.G., BOBADOV, N., SOMLEV, B. Cryopreservation canine semen in pellets and in 5 ml aluminum tubes using three extenders. Theriogenology, v.48, p , JANUSKAUSKAS, A., RODRIGUEZ-MARTINEZ, H. Assessment of sperm viability by measurements of ATP, membrane integrity and motility in frozen thawed bull semen. Acta. Vet. Scan. v. 36, p , JOHNSTON, S.D., KUSTRITZ, M.V.R., OSLON, P.N.S. Semen collection, evaluation and preservation. In:Canine and feline theriogenology. Philadelphia: W.B. Saunders, cap.16, p KJAESTAD, H., ROPSTAD, E., ANDERSEN BERG, K. Evaluation of spermatological parameters used to predict the fertility of frozen bull semen. Acta Vet. Scand., v.34, p , MARTINS, P.C. et al. Efeito da temperatura ambiente sobre a viabilidade do sêmen de varrões. PUBVET, Londrina, V. 5, N. 20, Ed. 167, Art. 1127, 2011 MEMOM, M.; TIBARY, A. Canine and Feline cryptorquidism. In: Concannon.P.W.; England, G., Verstegen, J. Recent Advances in Small Animal Reproduction. International Veterinary Information Service ( MORRISSON WB. Cancer in dog and cat. Medical and surgical management. In: Morrisson WB. Cancer of the reproductive tract media. Philadelphia, PA: Williams e Wilkins, p NASCIMENTO EF, SANTOS RL. Patologia da reprodução dos animais domésticos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p OEHNINGER, S.; ACOSTA, A.A., MORSHEDI, M., VEECK, L., SWANSON, R.J., SIMMONS, K., ROSENWALKS, Z. Corrective measures and pregnancy outcome in in vitro fertilization in paitents with severe sperm morphology abnormalities. Fertil. Steril., v.50, n.2, p , OETTLÉ, E. E. Sperm mophology and fertility in the dog. Journal of Reproduction and Fertility, Supplement 47, p , PLATZ, S. W.; SEAGER, C. C. Collection and evaluation of canine semen. Vet. Clin. North. Am., v. 7, n4, p , RECENT ADVANCES IN SMALL ANIMAL REPRODUCTION. International Veterinary Information Service ( RODRIGUES, Valeska. Avaliação Andrológica E Ultrassonográfica De Testículos E Próstatas De Cães (Canis Familiaris Linnaeus, 1758) Da Raça Beagle, Alimentados Com Três Rações Comerciais De Qualidades Diferentes. Universidade Estadual Paulista Faculdade De Ciências Agrárias E Veterinárias Câmpus Jaboticabal. Jaboticabal-Sp- Brasil, ROSENBERGER, G. Exame Clínico dos Bovinos. 3.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan p. ROTA, A., STROM, B., LINDE-FORSBERG, C., RODRIGUEZ-MARTINEZ, H. Effects of Equex STM Paste on viability of frozen-thawed dog spermatozoa during in vitro incubation at 38 C. Theriogenology, v.47, p , SANCHEZ-PARTIDA, L.G., WINDSOR, D.P., EPPLESTON, J., SETCHELL, B.P., MAXWELL, W.M. Fertility and its relationship to motility characteristics of spermatozoa in ewes after cervical, transcervical, and intrauterine insemination with frozen-thawed ram semen. J. Androl., v.20, p.280-8, SEAGER, S.W.J., FLETCHER, W.S. Collection, storage and insemination of canine semen. Lab. Anim. Sci. v.22, p , SILVA AEDF, DODE MAN, UNANIAN MM. Capacidade reprodutiva do touro de corte: funções, anormalidades e outros fatores que a influenciam. Campo Grande: EMBRAPA-

16 CNPGC, p; 128p. SILVA, A.R.; CARDOSO, R.C.S.; UCHOA, D.C., SILVA, L.D.M. Quality of canine semen submitted to single or fractionated glycerol addition during the freezing process. Theriogenology, v.59, p , SILVA, L.D. M.; SILVA, A. R.; CARDOSO, R. C. S. Inseminação artificial em cães. In: GONÇALVES, P. B. D.; FIQUEIREDO, J. R.; FREITAS, V. J. F. Biotécnicas aplicadas a reprodução animal. São Paulo: Editora Varela, p SILVEIRA, P. R.; SCHEID, I. R. Qualidade de sêmen no processo de inseminação artificial. Suinocultura Industrial, [S.l.], n. 6, p , SÖDERQUIST, L., RODRIGUEZ-MARTINEZ, H., JANSON, L. Post-thaw motility, ATP content and cytochrome C oxidase activity of AI bull spermatozoa in relation to fertility. J. Vet. Med. Assoc., v.38, p , SOUZA, Fabiana Ferreira de. Caracterização Eletroforética do Perfil Protéico e Análise Bioquímica do Plasma Seminal Canino. Botucatu - SP, TARDIF S, Laforest JP, Cormier N, Bailey JL. The importance of porcine sperm parameters on fertility in vivo. Theriogenology, v.52, p , VANNUCCHI, C. I; SATZINGER, S.; SANTOS, S. E. C. Avaliação Seminal em cães. Clinica veterinária, v.3 n. 15, p , WENTZ, I.; BORTOLOZZO, F.P. Inseminação Artificial em Suínos. In: SOBESTIANSKY, J.; WENTZ, IVO; SILVEIRA, P.R.S.; SESTI, L.A.C. Suinocultura intensiva: produção, manejo e saúde do rebanho. Concórdia : EMBRAPA-CNPSA, p.388.