Estudo da influência de processos de envelhecimento nas propriedades de aderência de uma argamassa-cola

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Estudo da influência de processos de envelhecimento nas propriedades de aderência de uma argamassa-cola"

Transcrição

1 Estudo da influência de processos de envelhecimento nas propriedades de aderência de uma argamassa-cola Júlio C. Longo CICECO, Universidade de Aveiro, gmail.com Olga Barros Saint-Gobain Weber, Ana Barros Timmons CICECO, Universidade de Aveiro, Luis Silva Saint-Gobain Weber, J.A. Labrincha CICECO, Universidade de Aveiro, V. M. Ferreira CICECO, Universidade de Aveiro, Resumo: Com o objectivo de avaliar parâmetros que possam afectar a durabilidade de um cimento-cola, procedeu-se a um conjunto de ensaios laboratoriais que reflictam a influência dos mesmos nas propriedades da argamassa. Para o efeito, estudou-se a influência de factores ou fenómenos como a temperatura, humidade, raios ultravioleta, carbonatação, sais, entre outros, nas propriedades de uma argamassa-cola tipo C2, nomeadamente, ao nível da resistência por tracção perpendicular. Adicionalmente, fez-se uma avaliação mais pormenorizada de tal influência sobre a componente orgânica da argamassa de fixação. Palavras-chave: Argamassa-cola; condições de envelhecimento; humidade; calor; copolímero EVA. 1. INTRODUÇÃO O início da utilização de cerâmica como revestimento data de 27 A.C. no Egipto e, desde então, a sua influência foi sendo progressivamente mais forte, tendo tido um papel relevante na cultura islâmica, com o seu apogeu nos séculos XIX e XX e uma evolução significativa nos nossos dias em termos de tipos, formas e utilizações [1]. Em Portugal, a sua utilização merece especial destaque por constituir soluções para interiores, como revestimentos de paredes de cozinhas, de instalações sanitárias e outros, mas também pela sua utilização em revestimento de fachadas. Entre alguns factores que têm influenciado esta opção, destacam-se a valorização dos edifícios, a durabilidade, vasta funcionalidade e agradável efeito estético [2-4]. Por tudo isto, assistiu-se a um grande desenvolvimento da indústria cerâmica e dos processos de fixação dos ladrilhos cerâmicos. Contudo, as exigências de fixação tornaram-se progressivamente mais exigentes o que implica, no mínimo, um acompanhamento ao mesmo ritmo dos sistemas de fixação, caso contrário, o resultado

2 pode ser o aparecimento sucessivo de patologias associadas ao destacamento das peças cerâmicas [5]. Por isso, tal desenvolvimento tem implicado a transformação do cimentocola simples, apenas com cimento como material ligante, para colas de ligantes mistos, isto é, com base em formulações com uma componente mineral, obtida a partir do cimento, e uma componente orgânica, obtida a partir da adição de polímeros. Adicionalmente, os valores de tracção perpendicular deixaram de ser exclusivamente responsáveis pela decisão de escolha de um produto, sendo acompanhadas, especialmente na aplicação em fachadas, pela análise de deformação dos materiais. Contudo, ainda que se tenha caminhado no sentido de um aumento progressivo das propriedades associadas aos cimentos-cola, o resultado não tem sido, infelizmente, o mais desejado, dado que se tem observado um conjunto de patologias, especialmente associadas à aplicação em fachada. Por se tratar de uma questão de resolução difícil, assumem-se inúmeras restrições à fixação de elementos cerâmicos em fachada que passam por parâmetros como a altura da aplicação dos cerâmicos, o formato e tipo dos mesmos, entre outros [6,7]. Alguns autores, justificam as patologias de destacamento, essencialmente do ponto de vista mecânico, já que um sistema complexo, composto por ladrilhos cerâmicos, argamassa-cola, suporte e produto de preenchimento de juntas, está sujeito a um conjunto de variações dimensionais capaz de gerar restrições de movimentos e, por conseguinte, uma concentração de tensões de compressão, tracção ou corte, cujo resultado pode ser o destacamento do revestimento por várias interfaces possíveis. Outras justificações, passam pela indicação de problemas associados à aplicação dos materiais, que condicionam a colocação em perfeitas condições, para se obter máximo desempenho [8-1]. Uma alternativa de análise pode passar, no entanto, por possíveis alterações químicas e estruturais na argamassa-cola, já que na sua constituição, existem componentes que podem sofrer alterações químicas ou físicas, em função de exposição a condições favoráveis às mesmas [11,12]. Neste contexto, o trabalho em curso pretende apresentar um estudo sobre a influência de algumas variáveis na estrutura da argamassa-cola. Entre estas, destaca-se os efeitos da temperatura, da água, dos raios ultravioletas (U.V.) e de sais solúveis. A análise da sua influência compreende a medição dos valores de tracção perpendicular e análises da componente orgânica da argamassa, por extracção química, análise térmica gravimétrica e diferencial (TG/ATD) e por espectroscopia no infravermelho (IV) e espectroscopia de ressonância magnética nuclear de protão ( 1 HRMN). 2. MATERIAIS A formulação de argamassa-cola testada consiste numa mistura de ligantes minerais e orgânicos, agregados e adjuvantes para conferir propriedades específicas, de acordo com o indicado na tabela 1. A mistura apresentada é, posteriormente, amassada com água, numa proporção de 25ml H 2 O para 1g de pó, de acordo com as normas EN 124 e EN 1348.

3 Tabela 1. Constituição da argamassa-cola em análise Constituinte Características gerais* % (em massa) Cimento cinza I, Areia mm Metil hidróxi etil celulose Viscosidade: aprox. 15 mpa.s.47 Poli(etileno-co-acetato de vinilo) EVA Tg: +16 ºC 5 *dados do fornecedor Preparam-se uma série de provetes que, após 28 dias sob condições de cura padrão, foram submetidos às seguintes condições de envelhecimento, tal como abaixo se descreve: a) 28 dias condições padrão Por condições padrão consideram-se aquelas relativas na norma EN 1348, para argamassas-cola: humidade relativa (Hr) (55%) e temperatura (23 ºC). b) n ciclos de imersão em solução salina de cloretos; As amostras foram imersas numa solução aquosa de cloreto de sódio (.1M) durante 24 horas e, posteriormente, secas em estufa ventilada (7 ºC) por igual período de tempo. Seguidamente, as amostras foram então sujeitas a ciclos diários de 12 horas a 9 % H r e 12 horas a 6 % Hr a uma temperatura constante de 23 ºC. Para cada conjunto de ciclos registou-se o valor de tracção e o estado de integridade das amostras. c) n ciclos de imersão em solução salina de sulfatos; As amostras foram imersas numa solução aquosa de sulfato de sódio (.1 M) durante 2 horas e, posteriormente, secas em estufa ventilada (7 ºC) durante 22 horas. Para cada conjunto de ciclos registou-se o valor de tracção e o estado de integridade das amostras. d) condições de carbonatação; As amostras foram inseridas numa câmara com 9% de H r e.15 atm de CO 2. Em função do tempo de exposição, realizaram-se ensaios de tracção perpendicular e avaliou-se o estado de integridade das amostras. e ) exposição a radiação de raios U.V.; As amostras foram expostas a raios U.V., com uma potência de 16 W, durante um período de 5 horas, seguido de 19 horas em condições padrão. 3. ENSAIOS REALIZADOS Os primeiros ensaios consistiram na determinação da aderência por tracção perpendicular, para avaliação da propriedade que define a eficiência da argamassa-cola. Tendo em conta a sensibilidade da componente orgânica às condições de cura/envelhecimento testadas complementarmente, recolheram-se amostras da argamassacola após exposição às várias condições de envelhecimento e procedeu-se a um conjunto de análises, com particular interesse na componente orgânica da argamassa.

4 3.1. Ensaios de caracterização da argamassa a) De acordo com a norma EN 1348 e EN 124: após a amassadura, preparam-se os provetes de ensaio, relativamente à aderência por tracção perpendicular, igualmente de acordo com a EN 1348, para aderência (a) inicial, (b) após imersão, (c) após envelhecimento por calor e (d) ciclos de gelo-degelo [13]. b) Extracção química As amostras de argamassa-cola endurecida, em condições de cura padrão e envelhecidas, de acordo com os procedimentos indicados na secção 2, foram submetidas a uma extracção Shoxlet utilizando acetato de etilo como solvente. O objectivo desta etapa é duplo: (i) determinar a massa de polímero extraída/removido e compará-la com a massa inicial de polímero utilizada na preparação da argamassa (i.e. determinar a percentagem de massa de polímero que se conseguiu remover cujos resultados são expressos em percentagem de massa, calculada relativamente à massa inicial da amostra.); (ii) isolar a componente orgânica para posterior caracterização. c) Análise térmica gravimétrica e diferencial (TG/ATD) As amostras foram submetidas às análises térmicas, num equipamento LABSYS TGA/DSC, modelo SETARAM Netzsch STA 49EP, que permite a realização simultânea da análise térmica diferencial e gravimétrica. Procedeu-se à moagem manual prévia, da amostra, usando um martelo coberto por alumínio para evitar contaminação e, seguidamente, uma segunda moagem em almofariz de ágata, até se obter um diâmetro de partículas homogéneo. As amostras foram submetidas a um aquecimento contínuo, à taxa de 1 ºC/min., de 25 ºC a 12 ºC, sob atmosfera de N 2 (2 ml/min). d) Análise por espectroscopia de ressonância magnética nuclear de protão ( 1 HRMN) Os espectros de 1 H RMN foram obtidos em solução num espectrómetro BRUKER AMX- 3 MHz utilizando tetrametilsilano como padrão. As amostras foram dissolvidas em clorofórmio deuterado (ca 1 mg/ml). e) Análise por espectroscopia no infravermelho (IV) Os espectros de IV foram registados num espectrómetro Mattson 7 com transformadas de Fourrier (FTIR). As amostras foram misturadas com KBr (ca 1% amostra relativamente ao KBr), moídas e prensadas para se obterem pastilhas de KBr. 4. RESULTADOS 4.1. Aderência por tracção perpendicular As tabelas 2, 3, 4 e 5, apresentam os resultados relativos à aderência por tracção perpendicular, para as várias condições de envelhecimento adoptadas. Adicionalmente, indica-se o tipo de rotura, maioritariamente verificado para cada caso.

5 Tabela 2. Aderência por tracção perpendicular em função de vários requisitos da norma EN 124 (CF- rotura coesiva; A- adesivo; AF- rotura adesiva; T- cerâmico). Condição do ensaio Aderência (N/mm 2 ) Tipo de Rotura Inicial (Padrão) 2.34 CF-A (7%) Após envelhecimento por 1.5 AF-T (6%) calor (a quente) (1) Após envelhecimento por 2.64 CF-A (7%) calor Após imersão em água 1.1 AF-T (1%) Após ciclos gelo-degelo 1.14 AF-T (1%) (1) Medição após saída da estufa a quente (ensaio não exigido pela norma para este tipo de produto). Tabela 3. Aderência por tracção perpendicular da argamassa, após exposição num ambiente de CO 2 (.15 atm) e 9% H r (ensaio carbonatação). Tempo exposição Aderências (N/mm 2 ) Tipo de Rotura 7 dias 1.95 CF-A (5%) 22 dias 2.1 CF-A (6%) 37 dias 2.7 CF-A (3%) 55 dias 2.5 CF-A (3%) CF- rotura coesiva; A- adesivo. Tabela 4. Aderência por tracção perpendicular da argamassa, após sujeição a ciclos de envelhecimento por acção de cloretos. Nº ciclos Aderências (N/mm 2 ) Tipo de Rotura CF-A (6%) CF-A (9%) CF-A (7%) CF- rotura coesiva; A- adesivo.

6 Tabela 5. Aderência por tracção perpendicular da argamassa, após sujeição a ciclos de envelhecimento por acção de sulfatos. Nº ciclos Aderências (N/mm 2 ) Tipo de Rotura AF-T (1%) CF-A (3%) CF-A (4%) CF- rotura coesiva; A- adesivo; AF- rotura adesiva; T- cerâmico Extracção química A figura 1 apresenta a percentagem de matéria removida por extracção química de argamassas após serem sujeitas a diferentes condições de envelhecimento. 2, % massa extraída 1,5 1,,5, Cloretos Sulfatos Imersão Carbonatação Ciclos de calor U.V. Calor 28 dias (padrão) Figura 1. Percentagem de matéria removida por extracção das amostras em análise Análise TG/ATD Os resultados relativos à análise termogravimétrica estão ilustrados na figura 2. Os resultados apresentados referem-se à caracterização das amostras de argamassa-cola após cura sob condições padrão e posterior submissão a algumas condições de envelhecimento representativas. Adicionalmente, inserem-se resultados relativos ao comportamento de um filme do co-polímero EVA, preparado a partir de uma mistura do material em pó com água numa proporção 1:1 e seco posteriormente, em condições de cura padrão, durante um período de 28 dias.

7 28 dias (padrão) Calor TG (%) TG ATD Fluxo energético (µv) TG (%) TG ATD Fluxo energético (µv) T (ºC) T (ºC) -3 Carbonatação Filme EVA TG (%) TG ATD T (ºC) Fluxo energético (µv) TG (%) TG ATD T(ºC) Fluxo energético (µv) Figura 2. Análise TG/ATD relativa à amostra a) após cura em condições padrão, b) após acção do calor, c) após carbonatação e d) do filme de EVA isolado Análise por espectrometria 1 HRMN e IV A figura 3 apresenta os espectros 1 HRMN da parte orgânica extraída da argamassa-cola após cura sob condições padrão e posterior submissão a algumas condições de envelhecimento representativas. Para comparação, apresenta-se ainda o espectro do copolímero EVA. Na tabela 6, apresenta-se a relação de áreas dos picos entre os protões correspondentes aos ambientes químicos mais significativos para todos os ensaios realizados. No caso específico do co-polímero EVA é considerada a seguinte atribuição: δ H [3 MHz CDCl 3 ]: (6H, CH 2 -CH 2 e CH 2 -CHO), 2.5 (3H, CH 3 -C[O]O), 4.89 (1, CH 2 -CHO).

8 Tabela 6. Efeito das condições de envelhecimento sobre a relação entre os protões em diferentes ambientes químicos da componente orgânica. Amostra/ Tipo de ensaio CH 2 -CHO (a) (esqueleto da cadeia) CH 3 -C[O]O (b) (grupo acetato) CH 2 -CH 2 e CH 2 -CHO (c) (esqueleto da cadeia) EVA Padrão Ciclos térmicos Calor Cloretos Ciclos térmicos Carbonatação Imersão UV ) ) (b) 1 (a) (c) ppm (t1) ppm (t1) ) ) ppm (t1) ppm (t1) Figura 3. Espectros de 1 HRMN de 1) EVA e material extraído das argamassas-cola, sujeitas a diferentes condições de envelhecimento: 2) cura padrão, 3) calor e 4) carbonatação.

9 Através da espectrometria no IV registou-se o desaparecimento da banda a 1743 cm -1, correspondente do grupo carbonilo do acetato, para as amostras que foram expostas a condições de envelhecimento promotoras de hidrólise. 5. DISCUSSÃO DE RESULTADOS Os resultados indicados na tabela 2, relativos à caracterização da argamassa, segundo os ensaios da norma EN 1348, revelam um produto com aderências elevadas após 28 dias de cura e após envelhecimento por calor. A medição a quente, porém, indica um valor menor de aderência. Tal pode ser justificado pelo facto de, à temperatura de ensaio (7 C), o grau de mobilidade das cadeias ser superior. No entanto, percebe-se que as alterações, a existirem, são reversíveis já que a medição após o arrefecimento, e segundo as orientações da EN 1348, corresponde a valores bastante superiores, até maiores que em condições padrão. Por outro lado, as medições relativas aos ensaios que implicam a presença de humidade, como a imersão em água e os ciclos gelo-degelo, resultam em valores substancialmente menores que nas outras condições de envelhecimento. Porém os dados das tabelas 3, 4 e 5, relativos a testes de influência de carbonatação e de sais, que implicam igualmente a presença de humidade, não revelam qualquer tendência ao longo dos ciclos de envelhecimento o que evidencia que a componente inorgânica da argamassa-cola também tem um papel significativo mas que não foi objecto de estudo. Os resultados da figura 1, referentes à extracção química, efectuada com o objectivo de isolar a componente orgânica do compósito, indicam que quando há imersão em água ou contacto com ambientes de elevada humidade relativa, verifica-se que a quantidade de matéria extraída é menor em comparação com os valores obtidos em condições de humidade relativa inferior a 55% (cura padrão). A diferença poderá ser justificada através das seguintes hipóteses: (i) o polímero após degradação (causada pelo envelhecimento) não é solúvel no acetato de etilo e/ou liga-se fortemente à argamassa não sendo por isso removido durante o processo de extracção. (ii) no caso das amostras submetidas a envelhecimentos que envolveram imersão em água e /ou soluções aquosas, o polímero poder-se-á dissolver na fase aquosa durante o processo de envelhecimento. Relativamente à hipótese (i), tal como se discute a seguir, as análises de ATD e IV das argamassas após extracção, sugerem a presença de polímero EVA degradado. No que respeita a hipótese (ii), a análise da água do ensaio de imersão confirmou a presença do co-polímero EVA ainda que com uma percentagem de hidrólise significativa. A análise da figura 2, relativa aos ensaios de ATD/TG do filme do co-polímero EVA, mostra que a decomposição do mesmo ocorre em dois passos principais: entre os 3 ºC e 4 ºC verifica-se uma perda de massa próxima de 4%, relacionada com a perda do grupo acetato e, entre os 425 ºC e 47 ºC, verifica-se uma perda acentuada de massa identificada com a degradação da estrutura poliénica [(CH 2 -CH 2 ) n -(CH=CH) m ][14]. Adicionalmente, os resultados relativos à amostra compósita, revelam alguns processos comuns, independentemente das condições de envelhecimento: a) Uma zona entre 8 ºC e 13 ºC relativa a perda de água, que se pode prolongar até aos 24 ºC, por correspondência com a saída de grupos hidroxilo do gesso e de algumas fases do cimento hidratado [15]; b) Uma zona entre 2 ºC e 47 ºC cuja perda de massa pode ser associada à decomposição do co-polímero EVA bem como do acetato de cálcio formado a partir da combinação do ião acetato (CH 3 COO - ) com o ião cálcio (Ca 2+ ). O primeiro

10 resultante da hidrólise alcalina do co-polímero EVA e o segundo resultante das reacções de hidratação do cimento portland [16,17]; c) Uma zona a partir dos 5 ºC, relativa principalmente à componente inorgânica da argamassa, que revela a desidroxilação da cal hidratada, que decorre perto dos 54 ºC e, a decomposição do carbonato de cálcio, entre os 68 ºC e 79 ºC [17,18]. Quando se comparam com maior detalhe as curvas TG/ATD da argamassa sujeita a diferentes condições de envelhecimento, verifica-se que o tipo de curva é semelhante, mesmo por comparação com as condições padrão. Porém, a amostra envelhecida por carbonatação, em condições simultâneas de humidade relativa elevada, apresenta perdas maiores nas zonas identificadas atrás como a) e b) e, sobretudo, em c) uma vez que a carbonatação incrementa a quantidade de carbonato que depois originará reacções de descarbonatação mais intensas. Nesta zona, a perda de massa atinge 8% enquanto que na amostra padrão é de 3% e na amostra sujeita a calor é de 5%. A curva ATD, nesta condição de envelhecimento particular, sugere uma redução dos picos exotérmicos da zona b) que pode derivar da decomposição do co-polímero EVA e do acetato de cálcio entre 2 e 47 ºC. A observação dos resultados da figura 3 e da tabela 6, relativos às análises por 1 HRMN, indica que, em todas as amostras, os protões se encontram em ambientes químicos idênticos. Porém, analisando a razão das áreas dos diferentes picos correspondentes aos vários ambientes químicos, verificam-se diferenças significativas consoante o processo de envelhecimento, corroborando as sugestões das análises anteriores sobre uma possível degradação do co-polímero EVA da argamassa-cola. Enquanto que no co-polímero EVA a proporção de protões é de acordo com a atribuição referida em 4.4 de 1:3:6, nas amostras de material extraído após envelhecimento por condições que envolvem a presença de humidade ou imersão, a razão altera-se para 1:3:9 até 1:3:13, evidenciando a diminuição dos protões do grupo acetato (b) relativamente aos protões do esqueleto da cadeia (c). Quando as condições de cura da argamassa-cola implicaram calor, a razão não é tão fortemente alterada, embora se observe um decréscimo da área dos grupos metileno do esqueleto da cadeia (c) sugerindo alguma ruptura da mesma. Estes resultados são ainda concordantes com os espectros de IV obtidos para as várias amostras. 6. CONCLUSÕES Além de parâmetros mecânicos capazes de influenciar o comportamento de uma argamassa-cola no processo de fixação de um cerâmico, existe todo um conjunto de factores ambientais capazes de alterar os componentes da argamassa-cola, do ponto de vista químico. Entre os vários componentes possíveis, o trabalho em questão, indica alterações ao nível do polímero, capazes de modificar as propriedades de aderência da argamassa-cola. Assim, as condições de humidade elevada alteram significativamente a componente orgânica de uma argamassa-cola. Tal influência, parece implicar a hidrólise do co-polímero EVA. Como resultado de tais alterações, resulta uma diminuição gradual dos valores de aderência por tracção perpendicular do material de fixação. Esta interpretação assume ainda maior significado ao analisar um estudo de campo, efectuado por Silvestre e Brito [19], que indica condições ambientais, como a humidade e a presença de sais, como significativamente responsáveis pela maioria das anomalias na colagem de cerâmica, entre as quais, o destacamento.

11 A justificação para tais observações não passa, certamente, apenas pelas alterações relativas à parte orgânica da argamassa-cola, uma vez que a parte inorgânica, que deriva das reacções de hidratação de cimento, é fortemente influenciável em ambientes de elevada humidade relativa. Esta observação pode, por exemplo, justificar o facto da aderência não ter decrescido, tão significativamente, nos ensaios de exposição a soluções salinas e de carbonatação, quando comparada com a que se obtém com amostras imersas. A confirmar-se, tal significa que o valor de uma aderência é o resultado de uma combinação complexa entre os ligantes minerais e orgânicos, com difícil previsão sobre o mais determinante no desempenho global. No entanto, qualquer que seja o efeito de um determinado factor sobre o conjunto ou simplesmente numa fracção da argamassa, pode implicar alterações significativas ao nível da aderência do material de fixação, capazes de conduzir a diminuições da sua eficiência, pelo que merece a continuidade de estudos similares para melhoria das opções existentes. 7. AGRADECIMENTOS Júlio Longo agradece a bolsa de mestrado ao EMMS European Masters in Materials Science, um programa de mestrado conjunto apoiado pelo programa Erasmus Mundus. 8. BIBLIOGRAFIA [1] Roig, A.M.P., Reflection on the use of architectural ceramics in exteriors, in General Conferences, Qualicer 22, II, P.GII-23. [2] Freitas, V.P., Sousa, A. V.S., Silva, J.A.R.M., Manual de aplicação de revestimentos cerâmicos, Coimbra, Março 23. [3] Veloso, A. Barros, Almasque, Isabel, Azulejos de fachada em Lisboa, Revista Municipal, [4] Loureiro, J.C., O azulejo, possibilidade da sua reintegração na arquitectura portuguesa, 1962, Porto. [5] Lucas, J. A. Carvalho, Abreu, M. M. Mendes, Revestimentos cerâmicos colados, descolamento, Patologia e reabilitação das construções 4, LNEC, 25, Lisboa. [6] Revêtements de murs extérieurs en carreaux céramiques ou analogues collés au moyen de mortiers-colles, Cahier des prescriptions techniques d exécution, CSTB, 2, Paris. [7] Bize, B., Une certification CSTBat pour les colles à carrelage, CSTB magazine, 2, Paris. [8] Casademunt, A. P., Análisis de las causas que han producido el desprendimiento generalizado de azulejos en un hotel de reciente construcción y propuesta de intervención, 2, , Patorreb 26, Porto. [9] Abreu, M., Descolamento e fendilhação em revestimentos cerâmicos, 3º Encore, LNEC, , 23, Lisboa. [1] Pinheiro, D. S., Bragança, L., Aguiar, J. L. B., Descolagem de um revestimento cerâmico em fachada, 2, 41-49, Patorreb 26, Porto.

12 [11] Jenni, A., Zurbriggen, R., Holzer, L., Herwegh, M., Changes in microstructures and physical properties of polymer-modified mortars during wet storage, Cement and concrete research, 36, 79-9, 26. [12] Jenni, A., Holzer, L., Zurbriggen, R., Herwegh, M., Influence of polymers on microstructure and adhesive strength of cementitious tile adhesive mortars, Cement and concrete research, 35, 35-5, 25. [13] EN 1348, Determination of tensile adhesion strength for cementitious adhesives. [14] Soudais, Y., Moga, L., Blazek, J. Lemort, F., Coupled DTA-TGA-FT-IR investigation of pyrolitic decomposition of EVA, PVC and cellulose, J. Anal. Appl. Pyrolysis, 78, 46-57, 27. [15] Almeida, A. E. F., Sichieri, E. P., Thermogravimetric analysis and mineralogical study of polymer modified mortar with silica fume, Materials research, 9, , 26. [16] Silva, D. A., H. R. Roman, et al., Evidences of chemical interaction between EVA and hydrating Portland cement. Cement and Concrete Research 32, 9, , 22. [17] Silva, D.A., Roman, H.R., John,V.M., Effects of EVA and HEC polymers on the Portland cement hydration, In: 11th International Congress on Polymers in Concrete (ICPIC 4), Berlin, 91-97, 24. [18] Marques, S. M. F., Estudo de argamassas de reabilitação de edifícios antigos, Dissertação para o grau de mestrado, Universidade de Aveiro, 25. [19] Silvestre, J.D., Brito, J. de, Análise das causas das anomalias mais frequentes em revestimentos cerâmicos aderentes, 2, , Patorreb 26, Porto.

Estudo da influência de processos de envelhecimento nas propriedades de aderência de uma argamassa-cola

Estudo da influência de processos de envelhecimento nas propriedades de aderência de uma argamassa-cola Estudo da influência de processos de envelhecimento nas propriedades de aderência de uma argamassa-cola Júlio César Longo Lisboa, 2 de Novembro 27 Introdução Objectivos Estudar um conjunto de processos

Leia mais

Análise de diferentes ligantes na formulação de argamassas industriais de reabilitação

Análise de diferentes ligantes na formulação de argamassas industriais de reabilitação Análise de diferentes ligantes na formulação de argamassas industriais de reabilitação Coimbra, 29 e 30 de Março 2012 Índice Enquadramento Norma NP EN 459 Matérias primas Composição Características Produto

Leia mais

Presa. Difícil de determinar o instante em que se dá a passagem do estado líquido ao estado sólido

Presa. Difícil de determinar o instante em que se dá a passagem do estado líquido ao estado sólido LIGANTES HIDRÓFILOS CIMENTOS Propriedades físicas e mecânicas do cimento Presa Métodos de definição do início de presa: condutibilidade eléctrica viscosidade desenvolvimento de calor, etc. Difícil de determinar

Leia mais

Propriedades do Concreto

Propriedades do Concreto Universidade Federal de Itajubá Instituto de Recursos Naturais Propriedades do Concreto EHD 804 MÉTODOS DE CONSTRUÇÃO Profa. Nívea Pons PROPRIEDADES DO CONCRETO O concreto fresco é assim considerado até

Leia mais

Um Contributo para a Sistematização do Conhecimento da Patologia da Construção em Portugal www.patorreb.com

Um Contributo para a Sistematização do Conhecimento da Patologia da Construção em Portugal www.patorreb.com Um Contributo para a Sistematização do Conhecimento da Patologia da Construção em Portugal www.patorreb.com Vasco Peixoto de Freitas Prof. Catedrático LFC FEUP Portugal vpfreita@fe.up.pt Sandro M. Alves

Leia mais

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 148 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 5.1 CONCLUSÕES A partir dos resultados apresentados e analisados anteriormente, foi possível chegar às conclusões abordadas neste item. A adição tanto de cinza volante, como

Leia mais

Degradação de Polímeros

Degradação de Polímeros Degradação de Polímeros Degradação de Polímeros e Corrosão Prof. Hamilton Viana Prof. Renato Altobelli Antunes 1. Introdução Degradação é qualquer reação química destrutiva dos polímeros. Pode ser causada

Leia mais

IMPORTÂNCIA DA CURA NO DESEMPENHO DAS ARGAMASSAS IMPORTÂNCIA DA CURA NO DESEMPENHO DAS ARGAMASSAS

IMPORTÂNCIA DA CURA NO DESEMPENHO DAS ARGAMASSAS IMPORTÂNCIA DA CURA NO DESEMPENHO DAS ARGAMASSAS Universidade Federal da Bahia Escola Politécnica Departamento de Ciência e Tecnologia dos Materiais IMPORTÂNCIA DA CURA NO DESEMPENHO DAS ARGAMASSAS Prof.Dra Vanessa Silveira Silva 1 IMPORTÂNCIA DA CURA

Leia mais

Geopolímero para reparo e reabilitação de vigas de concreto armado por P. Balaguru, Professor Stephen Kurtz e Jon Rudolph

Geopolímero para reparo e reabilitação de vigas de concreto armado por P. Balaguru, Professor Stephen Kurtz e Jon Rudolph Geopolímero para reparo e reabilitação de vigas de concreto armado por P. Balaguru, Professor Stephen Kurtz e Jon Rudolph À prova de fogo Reparos externos e reabilitação estrutural para infraestruturas

Leia mais

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 2. Apoio às aulas práticas

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 2. Apoio às aulas práticas MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 2 Apoio às aulas práticas Joana de Sousa Coutinho FEUP 2002 MC2 0 MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 2 Calda de cimento Argamassa Betão Cimento+água (+adjuvantes) Areia+ Cimento+água (+adjuvantes)

Leia mais

Parabond 700 Adesivo estrutural elástico de elevada aderência e resistência inicial

Parabond 700 Adesivo estrutural elástico de elevada aderência e resistência inicial Parabond 700 Adesivo estrutural elástico de elevada aderência e resistência inicial Produto: Parabond 700 é um adesivo de alta qualidade, cura rápida, permanentemente elástico, à base de MS polímero, com

Leia mais

VANTAGENS DAS CORREIAS TRAPEZOIDAIS DENTADAS SOBRE AS CLÁSSICAS LISAS

VANTAGENS DAS CORREIAS TRAPEZOIDAIS DENTADAS SOBRE AS CLÁSSICAS LISAS VANTAGENS DAS CORREIAS TRAPEZOIDAIS DENTADAS SOBRE AS CLÁSSICAS LISAS 1. Introdução... 1 2. Estudo... 3 2.1 Condições do estudo... 3 2.2 Consumo de energia... 3 2.3 Estudo de degradação da tensão com o

Leia mais

Quando tratamos das propriedades de um material transformado, segundo muitos pesquisadores, estas dependem de uma reciclagem bem sucedida. Para que isto ocorra, os flocos de PET deverão satisfazer determinados

Leia mais

2 Materiais e Métodos

2 Materiais e Métodos 1 ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DE VIGAS REFORÇADAS POR ACRÉSCIMO DE CONCRETO À FACE COMPRIMIDA EM FUNÇÃO DA TAXA DE ARMADURA LONGITUDINAL TRACIONADA PRÉ-EXISTENTE Elias Rodrigues LIAH; Andréa Prado Abreu REIS

Leia mais

ADJUVANTES PARA AS ARGAMASSAS OU BETÕES

ADJUVANTES PARA AS ARGAMASSAS OU BETÕES 1.1. OBJECTO Os adjuvantes para as argamassas ou betões devem obedecer às condições técnicas gerais relativas a materiais e elementos de construção e ainda aos vários documentos que lhe são aplicáveis.

Leia mais

E 373 Inertes para Argamassa e Betões. Características e verificação da conformidade. Especificação LNEC 1993.

E 373 Inertes para Argamassa e Betões. Características e verificação da conformidade. Especificação LNEC 1993. 1.1. ÂMBITO Refere-se esta especificação a agregados para betão. Agregados para betão são os constituintes pétreos usados na composição de betões nomeadamente areias e britas. 1.2. ESPECIFICAÇÕES GERAIS

Leia mais

Recuperação do Património Edificado com Argamassas Industriais de Ligantes Hidráulicos

Recuperação do Património Edificado com Argamassas Industriais de Ligantes Hidráulicos Recuperação do Património Edificado com Argamassas Industriais de Ligantes Hidráulicos Foto autor 2 José Costa CIARGA Argamassas Secas Portugal jdcosta@cimpor.pt Catarina Coelho CIMPOR Indústria de Cimentos

Leia mais

Separação de Misturas

Separação de Misturas 1. Introdução Separação de Misturas As misturas são comuns em nosso dia a dia. Como exemplo temos: as bebidas, os combustíveis, e a própria terra em que pisamos. Poucos materiais são encontrados puros.

Leia mais

Sumário executivo. Em conjunto, as empresas que implementaram

Sumário executivo. Em conjunto, as empresas que implementaram 10 Sumário executivo Conclusões coordenadas pela Deloitte, em articulação com os membros do Grupo de Trabalho da AÇÃO 7 Sumário executivo Em conjunto, as empresas que implementaram estes 17 projetos representam

Leia mais

Patologia em Revestimentos de Fachada

Patologia em Revestimentos de Fachada PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES Revestimentos de 1 Nome:Fernando Marques Ribeiro Matricula: 27667 Docente: Orlando Carlos B. Damin Artigo: Fonte: Editora: Ordem dos Engenheiros Região Norte / 2011 Autores: Ana

Leia mais

Departamento de Engenharia Civil, Materiais de Construção I 3º Ano 1º Relatório INDÍCE

Departamento de Engenharia Civil, Materiais de Construção I 3º Ano 1º Relatório INDÍCE INDÍCE 1- Introdução/ Objectivos... 2- Análise Granulométrica... 2.1- Introdução e descrição dos ensaios... 2.2- Cálculos efectuados, resultados encontrados e observações... 2.3- Conclusão... 3- Ensaio

Leia mais

6 Constituição dos compósitos em estágio avançado da hidratação

6 Constituição dos compósitos em estágio avançado da hidratação 6 Constituição dos compósitos em estágio avançado da hidratação Este capítulo analisa a constituição dos compósitos com CCA com base nos resultados de análise termogravimétrica e microscopia. As amostras

Leia mais

ESTUDO DE ARGAMASSAS FUNCIONAIS PARA UMA CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

ESTUDO DE ARGAMASSAS FUNCIONAIS PARA UMA CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL TECNOLOGIAS E SISTEMAS DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL - ITeCons, Coimbra 14.DEZEMBRO.2011 ESTUDO DE ARGAMASSAS FUNCIONAIS PARA UMA CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL Sandra Lucas, José B. Aguiar, Victor M. Ferreira* [Universidade

Leia mais

weber.col classic plus

weber.col classic plus 1/6 1. IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO E DA EMPRESA: 1.1. Nome: 1.2. Aplicações: Cimento-Cola. Este produto destina-se à colagem de cerâmica. 1.2. Entidade Responsável: 1.3. Telefone de Emergência: Saint-Gobain

Leia mais

CAPÍTULO V. Parte Experimental

CAPÍTULO V. Parte Experimental CAPÍTULO V Parte Experimental Capítulo V 206 Parte experimental 5. Parte experimental Materiais: Todos os compostos comercialmente disponíveis foram usados conforme foram recebidos. Esteróides, fluoreno,

Leia mais

CAPÍTULO XX APLICAÇÃO DE TINTAS E VERNIZES SOBRE MADEIRAS

CAPÍTULO XX APLICAÇÃO DE TINTAS E VERNIZES SOBRE MADEIRAS CAPÍTULO XX APLICAÇÃO DE TINTAS E VERNIZES SOBRE MADEIRAS 20.1 INTRODUÇÃO A madeira, devido à sua natureza, é um material muito sujeito a ataques de agentes exteriores, o que a torna pouco durável. Os

Leia mais

Aderência entre Betão Húmido e Resinas Epoxídicas

Aderência entre Betão Húmido e Resinas Epoxídicas Aderência entre Betão Húmido e Resinas Epoxídicas J. Barroso de Aguiar Professor Associado, Departamento de Engenharia Civil, Universidade do Minho e-mail: aguiar@eng.uminho,pt Azurém, 4800-058 Guimarães,

Leia mais

Reabilitação de revestimentos de pisos correntes com recurso a argamassas

Reabilitação de revestimentos de pisos correntes com recurso a argamassas Reabilitação de revestimentos de pisos correntes com recurso a argamassas A. Jorge Sousa Mestrando IST Portugal a.jorge.sousa@clix.pt Jorge de Brito ICIST/IST Portugal jb@civil.ist.utl.pt Fernando Branco

Leia mais

FICHA DE DADOS DE SEGURANÇA MOD.QAS.033 / 03

FICHA DE DADOS DE SEGURANÇA MOD.QAS.033 / 03 1/6 1. IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO E DA EMPRESA: 1.1. Nome: 1.2. Aplicações: Argamassa com fibras para reparação estrutural de betão. 1.2. Entidade Responsável: 1.3. Telefone de Emergência: Saint-Gobain Weber

Leia mais

VERIFICAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE UM CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND DO TIPO CPII-Z-32 PREPARADO COM ADIÇÃO DE UM RESÍDUO CERÂMICO

VERIFICAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE UM CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND DO TIPO CPII-Z-32 PREPARADO COM ADIÇÃO DE UM RESÍDUO CERÂMICO VERIFICAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE UM CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND DO TIPO CPII-Z-32 PREPARADO COM ADIÇÃO DE UM RESÍDUO CERÂMICO Belarmino Barbosa Lira (1) Professor do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA VERIFICAÇÃO DAS SONDAS NA SECAGEM INDUSTRIAL DE MADEIRA

A IMPORTÂNCIA DA VERIFICAÇÃO DAS SONDAS NA SECAGEM INDUSTRIAL DE MADEIRA A IMPORTÂNCIA DA VERIFICAÇÃO DAS SONDAS NA SECAGEM INDUSTRIAL DE MADEIRA OFÉLIA ANJOS 1, RICARDO CUNHA 2, MARTA MARGARIDO 1 1 Unidade Departamental de Silvicultura e Recursos Naturais, Escola Superior

Leia mais

BIANCO é uma resina sintética de alto desempenho que proporciona excelente aderência das argamassas aos mais diversos substratos.

BIANCO é uma resina sintética de alto desempenho que proporciona excelente aderência das argamassas aos mais diversos substratos. Descrição BIANCO é uma resina sintética de alto desempenho que proporciona excelente aderência das argamassas aos mais diversos substratos. BIANCO confere maior elasticidade e, assim, maior resistência

Leia mais

10-10-2000. Francisco José Simões Roque, nº9 11ºA

10-10-2000. Francisco José Simões Roque, nº9 11ºA Estudo da composição dos solos A turfa 10-10-2000 Francisco José Simões Roque, nº9 11ºA INTRODUÇÃO Os solos são sistemas trifásicos pois são constituídos por componentes sólidos, líquidos e gasosos. Cerca

Leia mais

Concreto de Cimento Portland

Concreto de Cimento Portland Definição: é o material resultante da mistura, em determinadas proporções, de um aglomerante - cimento Portland - com um agregado miúdo - geralmente areia lavada -, um agregado graúdo - geralmente brita

Leia mais

TERMOGRAVIMETRIA A análise termogravimétrica (TG) é uma técnica térmica onde a massa da amostra é registada em função da temperatura ou do tempo.

TERMOGRAVIMETRIA A análise termogravimétrica (TG) é uma técnica térmica onde a massa da amostra é registada em função da temperatura ou do tempo. TERMOGRAVIMETRIA A análise termogravimétrica (TG) é uma técnica térmica onde a massa da amostra é registada em função da temperatura ou do tempo. TERMOGRAVIMETRIA São frequentemente usados três modos distintos

Leia mais

SISTEMA COMPLETO DE MEDIDA DE HUMIDADE MODELOS MMS2

SISTEMA COMPLETO DE MEDIDA DE HUMIDADE MODELOS MMS2 SISTEMA COMPLETO DE MEDIDA DE HUMIDADE MODELOS MMS2 O novo sistema MMS2 inclui a mais recente tecnologia para investigação de humidade em edifícios ou inspeção de humidade em materiais de construção, através

Leia mais

ARG. COLANTE REVESTIMENTO REJUNTE COMPONENTES DO REVESTIMENTO

ARG. COLANTE REVESTIMENTO REJUNTE COMPONENTES DO REVESTIMENTO TECNOLOGIA DE REVESTIMENTO Componentes do sistema BASE CHAPISCO Base Características importantes: Avidez por água - inicial e continuada Rugosidade EMBOÇO ARG. COLANTE REVESTIMENTO REJUNTE Chapisco Função:

Leia mais

CONSERVAÇÃO DE REVESTIMENTOS HISTÓRICOS

CONSERVAÇÃO DE REVESTIMENTOS HISTÓRICOS PONTA DELGADA, 15 NOVEMBRO CONSERVAÇÃO DE REVESTIMENTOS HISTÓRICOS 3 Maria do Rosário Veiga rveiga@lnec.pt novembro 2013 PONTA DELGADA, 15 NOVEMBRO ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO Critérios de decisão, técnicas

Leia mais

LICENCIATURA EM ENGENHARIA CIVIL Obrigatória. Unidade Curricular TECNOLOGIA DOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃOII

LICENCIATURA EM ENGENHARIA CIVIL Obrigatória. Unidade Curricular TECNOLOGIA DOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃOII Ficha de Unidade Curricular (FUC) Curso LICENCIATURA EM ENGENHARIA CIVIL Obrigatória Unidade Curricular TECNOLOGIA DOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃOII Opcional Área Científica ENGENHARIA CIVIL Classificação

Leia mais

Compensação. de Factor de Potência

Compensação. de Factor de Potência Compensação de Factor de Potência oje em dia, praticamente todas as instalações eléctricas têm associadas aparelhos indutivos, nomeadamente, motores e transformadores. Este equipamentos necessitam de energia

Leia mais

Regras para instalação de pavimentos colados WICANDERS com a base em cortiça WRT; UV; PU Pre finished and sanded.

Regras para instalação de pavimentos colados WICANDERS com a base em cortiça WRT; UV; PU Pre finished and sanded. Regras para instalação de pavimentos colados WICANDERS com a base em cortiça WRT; UV; PU Pre finished and sanded. Regras para instalação de pavimentos colados WICANDERS com a base em PVC HPS and Vinilcomfort.

Leia mais

IX Congresso Brasileiro de Análise Térmica e Calorimetria 09 a 12 de novembro de 2014 Serra Negra SP - Brasil

IX Congresso Brasileiro de Análise Térmica e Calorimetria 09 a 12 de novembro de 2014 Serra Negra SP - Brasil ESTUDO TERMOANALÍTICO DE COMPÓSITOS DE POLI(ETILENO-CO-ACETATO DE VINILA) COM BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR Carla R. de Araujo, Igor B. de O. Lima, Cheila G. Mothé Departamento de Processos Orgânicos - Escola

Leia mais

RELAÇÃO DO TEMPO DE SINTERIZAÇÃO NA DENSIFICAÇÃO E CONDUTIVIDADE ELÉTRICA EM CÉLULAS À COMBUSTÍVEL. Prof. Dr. Ariston da Silva Melo Júnior

RELAÇÃO DO TEMPO DE SINTERIZAÇÃO NA DENSIFICAÇÃO E CONDUTIVIDADE ELÉTRICA EM CÉLULAS À COMBUSTÍVEL. Prof. Dr. Ariston da Silva Melo Júnior RELAÇÃO DO TEMPO DE SINTERIZAÇÃO NA DENSIFICAÇÃO E CONDUTIVIDADE ELÉTRICA EM CÉLULAS À COMBUSTÍVEL Prof. Dr. Ariston da Silva Melo Júnior INTRODUÇÃO Célula à combustível é um material eletroquimico em

Leia mais

Paulo A. M. Moradias. Pedro D. Silva. João Castro Gomes

Paulo A. M. Moradias. Pedro D. Silva. João Castro Gomes Paulo A. M. Moradias Pedro D. Silva João Castro Gomes C-MADE, Centro de Materiais e Tecnologias da Construção, Universidade da Beira Interior stomas@ipcb.pt Neste trabalho foi efetuado um estudo experimental

Leia mais

Chaminés Cálculos e Normas aplicáveis

Chaminés Cálculos e Normas aplicáveis Chaminés Cálculos e Normas aplicáveis Chaminé de tiragem natural Tem como função permitir a evacuação dos gases, produzidos por uma determinada combustão. Aplicado na extracção de gases de combustão provenientes

Leia mais

localizadas em ambientes agressivos Casos de estudo - Pontes localizadas em ambiente marítimo

localizadas em ambientes agressivos Casos de estudo - Pontes localizadas em ambiente marítimo Inspecções e ensaios não destrutivos em pontes localizadas em ambientes agressivos Casos de estudo - Pontes localizadas em ambiente marítimo Duarte Abecasis, Tiago Ribeiro OZ, Lda. Ambientes agressivos

Leia mais

BT 0014 BOLETIM TÉCNICO RESINA PC 6NF_ENDURECEDOR G 130 BLUE

BT 0014 BOLETIM TÉCNICO RESINA PC 6NF_ENDURECEDOR G 130 BLUE BT 0014 BOLETIM TÉCNICO RESINA PC 6NF_ENDURECEDOR G 130 BLUE Elaborador: Verificadores: Aprovador: Resina PC 6NF_Endurecedor G 130 Blue Resina para aplicação

Leia mais

TRATAMENTO DA ÁGUA PARA GERADORES DE VAPOR

TRATAMENTO DA ÁGUA PARA GERADORES DE VAPOR Universidade Federal do Paraná Curso de Engenharia Industrial Madeireira MÁQUINAS TÉRMICAS AT-101 Dr. Alan Sulato de Andrade alansulato@ufpr.br 1 INTRODUÇÃO: A água nunca está em estado puro, livre de

Leia mais

Colagem de Cerâmica e Rochas Ornamentais

Colagem de Cerâmica e Rochas Ornamentais Colagem de Cerâmica e Rochas Ornamentais Luís Silva Dina Frade Nelson Moreira Associação Portuguesa de Fabricantes de Argamassas e ETICS Colagem de Cerâmica e Rochas Ornamentais AICCOPN, Porto, 2014.03.13

Leia mais

Construção continua em queda

Construção continua em queda Construção: Obras licenciadas e concluídas 2º Trimestre de 2012 - Dados preliminares 13 de setembro de 2012 Construção continua em queda O licenciamento de obras acentuou a sua trajetória descendente,

Leia mais

Doutorando do Departamento de Construção Civil PCC/USP, São Paulo, SP paulo.barbosa@poli.usp.br 2

Doutorando do Departamento de Construção Civil PCC/USP, São Paulo, SP paulo.barbosa@poli.usp.br 2 Influência de ciclos de molhamento e secagem, da altura e do posicionamento de pilares no teor de íons cloreto presentes no concreto de estrutura com 30 anos de idade Paulo Barbosa 1, Paulo Helene 2, Fernanda

Leia mais

7. Exemplos de Aplicação

7. Exemplos de Aplicação 7. Exemplos de Aplicação Neste parágrafo vamos procurar exemplificar o tipo de informação que é possível obter com a leitura deste manual. Pretende-se, a partir de dados típicos, dar uma ideia geral do

Leia mais

CONSTRUÇÕES RURAIS: MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO. Vandoir Holtz 1

CONSTRUÇÕES RURAIS: MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO. Vandoir Holtz 1 Vandoir Holtz 1 ARGAMASSA Classificação das argamassas: Segundo o emprego: Argamassas para assentamento de alvenarias. Argamassas para revestimentos; Argamassas para pisos; Argamassas para injeções. DOSAGEM

Leia mais

CIMENTO. 1.5 Tipos de Cimento Portland produzidos no Brasil. - Cimento Branco. - Cimentos resistentes a sulfato

CIMENTO. 1.5 Tipos de Cimento Portland produzidos no Brasil. - Cimento Branco. - Cimentos resistentes a sulfato CIMENTO 1.5 Tipos de Cimento Portland produzidos no Brasil - Cimento Branco - Cimentos resistentes a sulfato 1.6. Composição química do clínquer do Cimento Portland Embora o cimento Portland consista essencialmente

Leia mais

Objetivos: Potencial para aplicação ST em grandes instalações: Água quente sanitária. Água quente de processo Água quente para arrefecimento

Objetivos: Potencial para aplicação ST em grandes instalações: Água quente sanitária. Água quente de processo Água quente para arrefecimento Objetivos: Potencial para aplicação ST em grandes instalações: Água quente sanitária. Água quente de processo Água quente para arrefecimento Introdução Potencial ST Grandes Instalações 23 out Introdução

Leia mais

22º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental III-065 - AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE VIDRO COMINUIDO COMO MATERIAL AGREGADO AO CONCRETO

22º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental III-065 - AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE VIDRO COMINUIDO COMO MATERIAL AGREGADO AO CONCRETO 22º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 14 a 19 de Setembro 2003 - Joinville - Santa Catarina III-065 - AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE VIDRO COMINUIDO COMO MATERIAL AGREGADO AO CONCRETO

Leia mais

CORROSÃO EM ESTRUTURAS DE CONCRETO. Prof. Ruy Alexandre Generoso

CORROSÃO EM ESTRUTURAS DE CONCRETO. Prof. Ruy Alexandre Generoso CORROSÃO EM ESTRUTURAS DE CONCRETO Prof. Ruy Alexandre Generoso É um dos materiais mais importantes de engenharia usado em construções. É usado nos mais variados tipos de construções tais como: barragens,

Leia mais

Exactidão da medição

Exactidão da medição Exactidão da medição Valores energéticos e grau de rendimento dos inversores fotovoltaicos do tipo Sunny Boy e Sunny Mini Central Conteúdo Qualquer operador de um sistema fotovoltaico deseja estar o mais

Leia mais

Segurança e Higiene do Trabalho

Segurança e Higiene do Trabalho Guia Técnico Segurança e Higiene do Trabalho Volume XVI Armazenamento de Produtos Químicos Perigosos um Guia Técnico de Copyright, todos os direitos reservados. Este Guia Técnico não pode ser reproduzido

Leia mais

ecoprodutos Instituto Politécnico de Castelo Branco Castelo Branco, 29 de Maio de 2015 Francisco Pereira Branco Francisco.branco@boavistawindows.

ecoprodutos Instituto Politécnico de Castelo Branco Castelo Branco, 29 de Maio de 2015 Francisco Pereira Branco Francisco.branco@boavistawindows. ecoprodutos Instituto Politécnico de Castelo Branco Castelo Branco, 29 de Maio de 2015 www.boavistawindows.com Francisco Pereira Branco Francisco.branco@boavistawindows.com CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL ALGUNS

Leia mais

RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO. ANÁLISE DA VIABILIDADE DA SUA APLICAÇÃO EM MISTURAS BETUMINOSAS

RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO. ANÁLISE DA VIABILIDADE DA SUA APLICAÇÃO EM MISTURAS BETUMINOSAS RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO. ANÁLISE DA VIABILIDADE DA SUA APLICAÇÃO EM MISTURAS BETUMINOSAS Ana Duarte Conceição 1, Rosa Luzia 2 e Dinis Gardete 2 1 Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico

Leia mais

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO COMPARAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TIJOLO DE SOLO-CIMENTO INCORPORADO COM RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL PROVENIENTES DE CATAGUASES - MG E O RESÍDUO DE BORRA DE TINTA PROVENIENTE DAS INDÚSTRIAS PERTENCENTES

Leia mais

CURSO DE AQUITETURA E URBANISMO

CURSO DE AQUITETURA E URBANISMO 1- Generalidades PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO Todas as misturas de concreto devem ser adequadamente dosadas para atender aos requisitos de: Economia; Trabalhabilidade; Resistência; Durabilidade. Esses

Leia mais

Programa de Parcerias e Submissão de Propostas 2014/15

Programa de Parcerias e Submissão de Propostas 2014/15 DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA Programa de Parcerias e Submissão de Propostas 2014/15 O Departamento de Informática (DI) da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) procura criar e estreitar

Leia mais

porcelanato interno ficha técnica do produto

porcelanato interno ficha técnica do produto 01 DESCRIÇÃO: votomassa é uma argamassa leve de excelente trabalhabilidade e aderência, formulada especialmente para aplicação de revestimentos cerâmicos e s em áreas internas. 02 CLASSIFICAÇÃO TÉCNICA:

Leia mais

ADESIVO ACRÍLICO PARA CHAPISCO E ARGAMASSA

ADESIVO ACRÍLICO PARA CHAPISCO E ARGAMASSA ADESIVO ACRÍLICO PARA CHAPISCO E ARGAMASSA Adesivo acrílico em emulsão aquosa PROPRIEDADES DA ARGAMASSA Excelente plasticidade Boa impermeabilidade Minimiza retração após secagem A mistura permanece homogênea,

Leia mais

Ensaios Não Destrutivos END CONCRETO ARMADO

Ensaios Não Destrutivos END CONCRETO ARMADO Ensaios Não Destrutivos END CONCRETO ARMADO Engenharia de Diagnóstico A engenharia Diagnóstica é a disciplina da ciência que procura a natureza e a causa das anomalias patológicas das construções, com

Leia mais

A QUALIDADE DO OVO (COR DA CASCA; DUREZA DA CASCA; TAMANHO) A actual crise do sector avícola, justifica por si só o presente artigo.

A QUALIDADE DO OVO (COR DA CASCA; DUREZA DA CASCA; TAMANHO) A actual crise do sector avícola, justifica por si só o presente artigo. N 45 A QUALIDADE DO OVO (COR DA CASCA; DUREZA DA CASCA; TAMANHO) A actual crise do sector avícola, justifica por si só o presente artigo. Qual a fábrica de alimentos compostos que não recebe reclamações

Leia mais

memmolde Norte: uma contribuição para a salvaguarda da memória colectiva da indústria de moldes do Norte de Portugal

memmolde Norte: uma contribuição para a salvaguarda da memória colectiva da indústria de moldes do Norte de Portugal memmolde Norte: uma contribuição para a salvaguarda da memória colectiva da indústria de moldes do Norte de Portugal Nuno Gomes Cefamol Associação Nacional da Indústria de Moldes MEMMOLDE NORTE As rápidas

Leia mais

PRINCIPAIS FACTORES QUE PODEM PROVOCAR UMA PERDA DE INFORMAÇÃO

PRINCIPAIS FACTORES QUE PODEM PROVOCAR UMA PERDA DE INFORMAÇÃO PRINCIPAIS FACTORES QUE PODEM PROVOCAR UMA PERDA DE INFORMAÇÃO A Recovery Labs realizou o ano passado um estudo interno onde se analisaram os diferentes motivos que provocaram perdas de informação. Este

Leia mais

Aplicação de XPS em sistema ETICS e suas vantagens

Aplicação de XPS em sistema ETICS e suas vantagens Fachadas energeticamente eficientes: contribuição dos ETICS/Argamassas Térmicas Aplicação de XPS em sistema ETICS e suas vantagens Oradora: Vera Silva Associação Portuguesa de Fabricantes de Argamassas

Leia mais

www.patorreb.com NOVAS FUNCIONALIDADES Vasco Peixoto de Freitas Sandro Miguel Martins Alves

www.patorreb.com NOVAS FUNCIONALIDADES Vasco Peixoto de Freitas Sandro Miguel Martins Alves www.patorreb.com NOVAS FUNCIONALIDADES Vasco Peixoto de Freitas Sandro Miguel Martins Alves ESTRUTURAÇÃO 1. CATÁLOGO DE PATOLOGIAS - www.patorreb.com 2. NOVA INFORMAÇÃO - fichas sobre ETICS 3. NOVAS FUNCIONALIDADES

Leia mais

BT 0013 BOLETIM TÉCNICO RESINA FLOOR REPAIR PLUS_ ENDURECEDOR FLOOR REPAIR PLUS_ SÍLICA F-036

BT 0013 BOLETIM TÉCNICO RESINA FLOOR REPAIR PLUS_ ENDURECEDOR FLOOR REPAIR PLUS_ SÍLICA F-036 BT 0013 BOLETIM TÉCNICO RESINA FLOOR REPAIR PLUS_ ENDURECEDOR FLOOR REPAIR PLUS_ SÍLICA F-036 Elaborador: Verificadores: Aprovador: Resina Floor Repair Plus_Endurecedor

Leia mais

5. Resultados e Análises

5. Resultados e Análises 66 5. Resultados e Análises Neste capítulo é importante ressaltar que as medições foram feitas com uma velocidade constante de 1800 RPM, para uma freqüência de 60 Hz e uma voltagem de 220 V, entre as linhas

Leia mais

Guia Técnico de Pintura

Guia Técnico de Pintura Guia Técnico de Pintura IX - Cozinhas e WC s As cozinhas e casas de banho são áreas cujas paredes estão constantemente sujeitas a desgaste e onde a higiene tem que predominar. Em constante contacto com

Leia mais

Informações Gerais. O que é Water Transfer Printing?

Informações Gerais. O que é Water Transfer Printing? Informações Gerais Provedora de soluções para o processo de Water Transfer Printing a PROJFIX está no mercado com o objetivo de trazer qualidade para o segmento no Brasil, comercializando produtos de alto

Leia mais

CONSUMO DE CIMENTO EM CONCRETOS DE CIMENTO PORTLAND: A INFLUÊNCIA DA MASSA ESPECÍFICA DOS AGREGADOS

CONSUMO DE CIMENTO EM CONCRETOS DE CIMENTO PORTLAND: A INFLUÊNCIA DA MASSA ESPECÍFICA DOS AGREGADOS CONSUMO DE CIMENTO EM CONCRETOS DE CIMENTO PORTLAND: A INFLUÊNCIA DA MASSA ESPECÍFICA DOS AGREGADOS Vicente Coney Campiteli (1); Sérgio Luiz Schulz (2) (1) Universidade Estadual de Ponta Grossa, vicente@uepg.br

Leia mais

REINVENTANDO O ISOLAMENTO ACÚSTICO E SUSTENTÁVEL

REINVENTANDO O ISOLAMENTO ACÚSTICO E SUSTENTÁVEL REINVENTANDO O ISOLAMENTO ACÚSTICO E SUSTENTÁVEL Reinventing how cork engages the world. A REINVENÇÃO DO CONFORTO E DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Maximizando o conforto e a eficiência energética com ACOUSTICORK.

Leia mais

Influência da Composição no Desempenho de Argamassas Adesivas

Influência da Composição no Desempenho de Argamassas Adesivas Influência da Composição no Desempenho de Argamassas Adesivas José B. Aguiar Universidade do Minho Guimarães aguiar@civil.uminho.pt Luís S. Henriques Duarte&Filhos,S.A. Braga luiscsh@gmail.com Resumo:

Leia mais

Reacções e Estrutura de Sólidos Inorgânicos

Reacções e Estrutura de Sólidos Inorgânicos Unidade Curricular de Química Geral e Inorgânica Relatório do Trabalho Laboratorial n.º 6 Reacções e Estrutura de Sólidos Inorgânicos Elaborado por: Diana Patrícia Reis Cunha Jéssica Lopes Figueiredo Turma

Leia mais

SOLIDIFICAÇÃO/ESTABILIZAÇÃO DE LODO GALVÂNICO EM BLOCOS DE CONCRETO PARA PAVIMENTAÇÃO (PAVERS)

SOLIDIFICAÇÃO/ESTABILIZAÇÃO DE LODO GALVÂNICO EM BLOCOS DE CONCRETO PARA PAVIMENTAÇÃO (PAVERS) 25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN 978-85-8084-055-1 SOLIDIFICAÇÃO/ESTABILIZAÇÃO DE LODO GALVÂNICO EM BLOCOS DE CONCRETO PARA PAVIMENTAÇÃO (PAVERS) Janaina de Melo Franco 1, Célia Regina Granhen Tavares 2,

Leia mais

Ibo hydro-stop 1/5 REGISTO FICHA DE DADOS DE SEGURANÇA MOD.QAS.033. Revisão 01 Data 28-11-06. Data da edição: 23-01-2008 Edição nº: 00

Ibo hydro-stop 1/5 REGISTO FICHA DE DADOS DE SEGURANÇA MOD.QAS.033. Revisão 01 Data 28-11-06. Data da edição: 23-01-2008 Edição nº: 00 1/5 1. IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO E DA EMPRESA: 1.1. Nome: 1.2. Aplicações: Aditivo impermeabilizante para argamassas de cimento. 1.2. Entidade Responsável: 1.3. Telefone de Emergência: Saint-Gobain WEBER

Leia mais

Acumuladores de Calor

Acumuladores de Calor Acumuladores de Calor Em virtude da atividade de muitas pessoas se desenvolver, diariamente, no interior de edifícios, tal obriga a que as condições de conforto, principalmente as relacionadas com a qualidade

Leia mais

Os procedimentos para determinar a resistência do condutor são:

Os procedimentos para determinar a resistência do condutor são: 1 Data realização da Laboratório: / / Data da entrega do Relatório: / / Objetivos RELATÓRIO: N o 5 ENSAIO DE FIOS CONDUTORES Verificar o estado da isolação do condutor. 1. Introdução: Esta aula tem como

Leia mais

Excelente para o assentamento e rejuntamento simultâneo de pastilhas de porcelana e vidro;

Excelente para o assentamento e rejuntamento simultâneo de pastilhas de porcelana e vidro; 01 Descrição: NOVO PRODUTO votomassa é uma argamassa que proporciona alta aderência e trabalhabilidade no assentamento de de porcelana e vidro 02 Classificação: votomassa combina cimento Portland, agregados

Leia mais

FAUL 2007 REVESTIMENTOS DE PAREDES DE EDIFÍCIOS RECENTES. Maria do Rosário Veiga rveiga@lnec.pt Laboratório Nacional de Engenharia Civil - LNEC

FAUL 2007 REVESTIMENTOS DE PAREDES DE EDIFÍCIOS RECENTES. Maria do Rosário Veiga rveiga@lnec.pt Laboratório Nacional de Engenharia Civil - LNEC FAUL 2007 REVESTIMENTOS DE PAREDES DE EDIFÍCIOS RECENTES Maria do Rosário Veiga rveiga@lnec.pt Laboratório Nacional de Engenharia Civil - LNEC FUNÇÕES E EXIGÊNCIAS FUNCIONAIS Como especificar revestimentos

Leia mais

Engenharia de Software Sistemas Distribuídos

Engenharia de Software Sistemas Distribuídos Engenharia de Software Sistemas Distribuídos 2 o Semestre de 2009/2010 FEARSe Requisitos para a 1 a entrega 18 de Março de 2010 1 Introdução O projecto conjunto das disciplinas de Engenharia de Software

Leia mais

FOSFATO DISSÓDICO DE DEXAMETASONA

FOSFATO DISSÓDICO DE DEXAMETASONA FSFAT DISSÓDIC DE DEXAMETASNA Dexamethasoni natrii phosphas H H H P Na Na F H C 22 H 28 FNa 2 8 P 516,41 02821 Fosfato dissódico de 9-fluoro-11β,17 diidroxi-16α-metil-3, 20- dioxopregna- 1,4 dieno-21-il

Leia mais

Buderus Diretiva ErP. Na zona verde

Buderus Diretiva ErP. Na zona verde Buderus Diretiva ErP Na zona verde A União Europeia, no âmbito da Diretiva de ErP para os lotes 1 e 2, exige que a partir de 26 de setembro de 2015 todos os equipamentos produtores de calor e depósitos,

Leia mais

ENSAIOS MECÂNICOS Permitem perceber como os materiais se comportam quando lhes são aplicados esforços

ENSAIOS MECÂNICOS Permitem perceber como os materiais se comportam quando lhes são aplicados esforços ENSAIOS MECÂNICOS Permitem perceber como os materiais se comportam quando lhes são aplicados esforços Tipos Ensaios Destrutivos provocam a inutilização do material ensaiado Ensaios Não Destrutivos Ensaio

Leia mais

Construção, Decoração e Ambientes Volume II Ar Condicionado

Construção, Decoração e Ambientes Volume II Ar Condicionado Construção, Decoração e Ambientes um Guia de Copyright, todos os direitos reservados. Este Guia Tecnico não pode ser reproduzido ou distribuido sem a expressa autorizacao de. 2 Índice Conceito básico...3

Leia mais

Certificado energético e medidas de melhoria das habitações Estudo de opinião. Junho 2011

Certificado energético e medidas de melhoria das habitações Estudo de opinião. Junho 2011 Certificado energético e medidas de melhoria das habitações Estudo de opinião Junho 2011 Objectivos Avaliar se os indivíduos que habitam em casas já certificadas, conhecem o respectivo certificado energético

Leia mais

ETICS e argamassas térmicas: novos desafios de desempenho e sustentabilidade. Maria do Rosário Veiga rveiga@lnec.pt Sofia Malanho smalanho@lnec.

ETICS e argamassas térmicas: novos desafios de desempenho e sustentabilidade. Maria do Rosário Veiga rveiga@lnec.pt Sofia Malanho smalanho@lnec. e argamassas térmicas: novos desafios de desempenho e sustentabilidade Maria do Rosário Veiga rveiga@lnec.pt Sofia Malanho smalanho@lnec.pt Isolamento térmico pelo exterior Vantagens O isolamento térmico

Leia mais

Performance Ratio. Conteúdo. Factor de qualidade para o sistema fotovoltaico

Performance Ratio. Conteúdo. Factor de qualidade para o sistema fotovoltaico Performance Ratio Factor de qualidade para o sistema fotovoltaico Conteúdo A Performance Ratio é uma das unidades de medida mais importantes para a avaliação da eficiência de um sistema fotovoltaico. Mais

Leia mais

2. REQUISITOS DAS ARGAMASSAS PARA REPARAÇÃO

2. REQUISITOS DAS ARGAMASSAS PARA REPARAÇÃO ESTUDO DE ARGAMASSAS DE CAL HIDRAULICA DE REFECHAMENTO DE JUNTAS DE PEDRAS José Domingos Costa Cimpor Argamassas Grupo Cimpor Portugal jdcosta@cimpor.com Ana Pérez Lobato Morteros de Galicia,S.L. Grupo

Leia mais

Ficha Técnica de Produto

Ficha Técnica de Produto Ficha Técnica de Produto GLENIUM 3400 NV Aditivo hiperplastificante. GLENIUM 3400 NV é um aditivo com alto índice de redução de água, pronto para o uso. O GLENIUM 3400 NV é uma nova geração de aditivos

Leia mais

Engenharia Diagnóstica

Engenharia Diagnóstica Engenharia Diagnóstica Ensaios Não Destrutivos - END Concreto Armado e Instalações PATOLOGIAS, DANOS E ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL ENG. LEONARDO MEDINA ROSARIO,ESP,MBA Engenharia Diagnóstica

Leia mais

CONSERVAÇÃO DE REVESTIMENTOS HISTÓRICOS

CONSERVAÇÃO DE REVESTIMENTOS HISTÓRICOS PONTA DELGADA, 15 NOVEMBRO CONSERVAÇÃO DE REVESTIMENTOS HISTÓRICOS 1 Maria do Rosário Veiga rveiga@lnec.pt novembro 2013 PONTA DELGADA, 15 NOVEMBRO Diagnóstico de Anomalias nãoestruturais: causas e metodologias

Leia mais

Comportamento de Argamassas e Elementos de Alvenaria Antiga Sujeitos à Acção de Sais

Comportamento de Argamassas e Elementos de Alvenaria Antiga Sujeitos à Acção de Sais Comportamento de Argamassas e Elementos de Alvenaria Antiga Sujeitos à Acção de Sais Sílvia Oliveira Universidade de Aveiro, silviagoliveira@ua.pt Olga Barros Saint-Gobain Weber, olga.barros@weber-cimenfix.com

Leia mais

VEDAPREN cobre a estrutura com uma membrana impermeável e elástica.

VEDAPREN cobre a estrutura com uma membrana impermeável e elástica. Descrição VEDAPREN cobre a estrutura com uma membrana impermeável e elástica. Características Densidade: 1,02 g/cm 3 Aparência: Cor preta Composição básica: emulsão asfáltica modificada com elastômeros

Leia mais