Guia de boas práticas de mineração de calcário em áreas cársticas
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- Arthur da Mota Bugalho
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1 Guia de boas práticas de mineração de calcário em áreas cársticas Heros A. S. Lobo, geocientista, Dr. Ana Claudia Neri, geóloga, Dra. Cooperação Técnica VC SBE RBMA 2015
2 Projeto desenvolvido no âmbito da Cooperação Técnica: Firmado em julho de 2011, entre Votorantim Cimentos Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e Sociedade Brasileira de Espeleologia Desenvolver, implementar e difundir boas práticas de mineração em áreas cársticas e no entorno das Unidades de Conservação, bem como em áreas de Mata Atlântica que contribuam para a conservação da biodiversidade e a proteção do patrimônio espeleológico Plano de Trabalho com 4 componentes principais: Guia de Boas Práticas Ambientais da Mineração em áreas Cársticas Programa de Pesquisa e educação sobre Cavernas e Áreas Cársticas Programa de conservação e manejo de cavernas e áreas cársticas Programa de identificação e Conservação de ativos socioambientais em áreas de Mata Atlântica
3 Cooperação Técnica Alguns projetos já desenvolvidos:
4 Guia de Boas Práticas Ambientais da Mineração TRABALHOS DE ELABORAÇÃO DO GUIA INICIADOS EM 2013 O principal objetivo do Projeto é: Demonstrar o papel da mineração para a conservação do sistema cárstico, por meio de práticas mais sustentáveis e menos danosas. Visita técnica Rio Branco do Sul, PR Foto: Luciano Festa Mira
5 Por que um guia de boas práticas? Contribui para a conscientização sobre importância e significado dos ambientes cársticos e seus recursos Reduz os riscos da empresa operar em situação de não conformidade legal Estimula o compromisso ético com o uso de bases científicas robustas em todas as decisões e estratégias Estabelece benchmark e possibilita novos avanços (melhoria contínua) Alinhado com recomendações internacionais da Cement Sustainability Initiative (CSI)
6 A equipe do Guia: Coordenação Executiva: Heros Lobo (SBE/ UFSCar), Regiane Velozo (VC - até fev./2015), Helena Spiritus (VC desde fev./2015) Coordenação Técnica: Luis Enrique Sánchez (USP) Planejamento Participativo e Apoio Organizacional: Patrícia R. R. Cacciatori e Luciano Festa Mira (Naturaleza Consultoria) CT Sistemas Cársticos: Mylène C. Berbert-Born (CPRM) CT Espeleologia: Allan S. Calux (IGc/USP) CT Arqueologia: Elvis P. Barbosa (UESC) CT Paleontologia: Luiz C. B. Ribeiro (GEOPAC/ UFTM) e Francisco Macedo Neto (GEOPAC) CT Ecologia da Paisagem: Eleonora Trajano (USP/UFSCar), Helena Spiritus (VC) e Ana Neri (USP) CT Biologia Subterrânea: Eleonora Trajano (USP/UFSCar) CT População do Entorno: Solange S. Sánchez (USP) CT Indicadores de Boas Práticas: Ana Neri (USP)
7 Como foi, Como está sendo o: Processo de elaboração do Guia 1) Contribuições temáticas Textos base (capítulos: introdutório e temático) Recomendações de boas práticas ( o que deve ser feito + como + quando ) Sugestão de como avaliar o atendimento às boas práticas recomendadas 2) Processo de elaboração do Guia Reuniões da equipe e com técnicos da VC Visitas técnicas Exposição e validação do conteúdo EM ANDAMENTO.
8 Estrutura do Guia Introdução Objetivos do Guia e resultados pretendidos com a aplicação de suas recomendações Capítulo 1 O carste, um tipo particular de ambiente Capítulo 2 O estudo do carste, base para o planejamento Capítulo 3 Mineração em áreas cársticas
9 O carste, um tipo particular de ambiente Capítulo 1 Resumo das principais características dos ambientes cársticos em : termos de processos formadores, importância ecológica e evolutiva assim como seu papel como provedor de recursos e serviços para a sociedade 9
10 O carste, um tipo particular de ambiente Capítulo 1 Com base nessas características, procura-se mostrar: (a) porque o carste é vulnerável; (b) porque as atividades humanas realizadas nesse ambiente devem ser cuidadosamente planejadas 10
11 O estudo do carste, base para o planejamento Capítulo 2 Descreve sete áreas temáticas: - Geossistemas cársticos - Cavernas - Biodiversidade e ecologia da paisagem - Biologia subterrânea - Paleontologia - Arqueologia - Desenvolvimento comunitário sustentável 11
12 Mineração em áreas cársticas Capítulo 3 Recomendações de boas práticas para prevenir e mitigar impactos ambientais e sociais adversos decorrentes da mineração de calcário sobre os ambientes cársticos. 12
13 Impactos da mineração em áreas cársticas Capítulo 3 Para identificar os impactos de um projeto determinado é preciso conhecer: (1) o projeto com suficiente detalhe (2) o ambiente afetado 13
14 Hierarquização de ações de mitigação Capítulo 3 14
15 Capítulo 3 Decisões aderentes à noção de hierarquia de mitigação, tomadas para cada etapa de vida da mina, contribuem para compatibilizar um empreendimento de mineração com as necessidades de proteção dos recursos ambientais e culturais e dos direitos das comunidades afetadas. 15
16 Boas Práticas Capítulo 3 sistemas cársticos espeleologia física biodiversidade Boas Práticas fauna subterrânea paleontologia arqueologia desenvolvimento comunitário sustentável 16
17 Mineração em áreas cársticas Capítulo 3 17
18 Estrutura da apresentação das boas práticas Capitulo 3 Etapa de vida da mina (Quando?) O que fazer? Por que fazer? Exemplos de como fazer Enunciado Justificativa como? / quando? Informação Conscientização Técnicas, ferramentas e abordagens para implementar a prática proposta Aplicação (usuário)
19 Etapa de viabilidade
20 Etapa viabilidade Paleontologia e Arqueologia Capítulo 3 O que fazer? Por que fazer? Exemplos de como fazer Confecção de mapa de manchas das potencialidades paleontológicas e arqueológicas da área de estudo Para representar e compreender as áreas críticas da Paleontologia e da Arqueologia, do qual determinará, a partir de uma simples leitura, se existem áreas significativas para descobertas paleontológicas e/ou arqueológicas. Fazer análise integrada do mapa geológico (escala maior ou igual a 1:25.000), dados de sondagem e presença de cavidades naturais visando identificar as litologias com potencial fossilífero. A representação pode ser por meio de cores que possibilitarão, em uma rápida leitura, identificar os diversos graus de potencialidades paleontológicas e/ou arqueológicas.
21 Etapa de operação
22 Avaliação das práticas ambientais Objetivos: avaliar a situação atual e as práticas adotadas pela empresa à luz das melhores práticas internacionalmente adotadas no setor; identificar boas práticas que possam ser empregadas ou adaptadas em outras minas da empresa; identificar oportunidades de melhoria das práticas de recuperação de áreas degradadas. 22
23 Avaliação das práticas ambientais Tipo de prática I1 I2 I3 nível de conformidade 1. Planejamento da RAD 0,33 0,09 0,11 Baixo 2. Práticas edáficas 1,00 0,75 0,57 Elevado 3. Práticas topográficas e 0,25 0,42 0,85 Baixo geotécnicas 4. Práticas hídricas 0,75 0,80 1,00 Elevado 5. Práticas de ecológicas 1,00 0,50 0,83 Elevado 8. Gestão do processo da RAD 0,50 0,42 0,42 Médio 23
24 Avaliação das práticas ambientais Prática edáfica e geológica-geotécnica 24
25 Avaliação das práticas ambientais Corte realizado em área recuperada para abertura de acesso mostra a camada de argila colocada para recobrir estéreis. 25
26 Avaliação das práticas ambientais Práticas ecológicas: Compostagem com base no aproveitamento de resíduos vegetais (e.g. refeitório) para a produção de mudas e minimização da deficiência de matéria orgânica no solo. 26
27 Avaliação das práticas ambientais Principais Recomendações: Registrar e documentar programas de revegetação; Iniciar monitoramento da vegetação nas áreas em vias de recuperação, por meio de indicadores apropriados; Realizar levantamento do potencial arqueológico da área da mina e entornos. 27
28 Avaliação das práticas ambientais Oportunidades de melhoria: planejamento ambiental poderia ser integrado ao planejamento das minas. As práticas de caráter vegetativo, avaliadas como de alto nível de conformidade, poderiam ser aprimoradas mediante a incorporação de medidas de manejo de fauna, com objetivo de restaurar populações de espécies silvestres 28
29 Etapa de desativação
30 RECUPERAÇÃO AMBIENTAL PARA FECHAMENTO DA MINA DE CALCÁRIO 1951 inicio das atividade da Holcim em Iperó (SP) minas de calcário Ipanema e Felicíssimo formação das pilhas de estéril de grandes dimensões; foi criada a Floresta Nacional de Ipanema, englobando as minas; Capítulo 4 Final da década de 90 - instabilidade das pilhas de estéril (Pilha A), o que impulsionou o desenvolvimento de um projeto de recuperação ambiental objetivando reintegrar as pilhas à função de conservação ambiental da Floresta. 30
31 Parte 4 A recuperação ambiental das pilhas de estéril foi um dos objetivos definidos no Plano de Fechamento. Objetivo do plano: reintegração das áreas da mineração à Floresta de Ipanema 2009: a empresa concluiu a remoção das estruturas da mina Desde 2010: manutenção e monitoramento das áreas 2011: conclusão da revegetação 31
32 Parte 4 Situação da Pilha A em março de Situação da Pilha de Estéril A em dezembro de
33 Parte 4 Mirante construído usando a base da instalação de britagem primária (2012). Situação da estrutura da instalação de britagem primária antes da demolição (2008). 33
34 Capítulo 4 investir na expertise de uma consultoria especializada; participar diretamente de todo o processo de execução; estabelecer procedimentos de monitoramento e manutenção. Fatores diferenciais para o sucesso do projeto, segundo a Holcim 34
35 Agradecemos pela atenção. Ana Claudia Neri Heros Augusto Santos Lobo 35
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