O DUPLO NARCISO: O HERÓI DA MODERNIDADE EM O RETRATO DE DORIAN GRAY, DE OSCAR WILDE E ESFINGE, DE COELHO NETO

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1 UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, EXTENSÃO E PÓS-GRADUAÇÃO DEPARTAMENTO DE LINGUÍSTICA, LETRAS E ARTES CAMPUS DE FREDERICO WESTPHALEN MESTRADO EM LITERATURA COMPARADA O DUPLO NARCISO: O HERÓI DA MODERNIDADE EM O RETRATO DE DORIAN GRAY, DE OSCAR WILDE E ESFINGE, DE COELHO NETO GUSTAVO MENEGUSSO Frederico Westphalen - RS Agosto de 2012

2 2 GUSTAVO MENEGUSSO O DUPLO NARCISO: O HERÓI DA MODERNIDADE EM O RETRATO DE DORIAN GRAY, DE OSCAR WILDE E ESFINGE, DE COELHO NETO Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Letras como requisito parcial à obtenção do Título de Mestre em Letras da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Campus de Frederico Westphalen. Área de Concentração: Literatura Comparada. Orientadora: Profa. Dra. Denise Almeida Silva Frederico Westphalen - RS Agosto de 2012

3 3 UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, EXTENSÃO E PÓS-GRADUAÇÃO DEPARTAMENTO DE LINGUÍSTICA, LETRAS E ARTES CAMPUS DE FREDERICO WESTPHALEN MESTRADO EM LITERATURA COMPARADA A Banca Examinadora, abaixo assinada, aprova a Dissertação de Mestrado O DUPLO NARCISO: O HERÓI DA MODERNIDADE EM O RETRATO DE DORIAN GRAY, DE OSCAR WILDE E ESFINGE, DE COELHO NETO Elaborada por GUSTAVO MENEGUSSO como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Letras BANCA EXAMINADORA: Profa. Dra. Denise Almeida Silva URI (Presidente/Orientadora) Prof. Dr. Fernando de Moraes Gebra - UFP (1 arguidor) Profa. Dra. Maria Thereza Veloso - URI (2ª arguidora) Frederico Westphalen, 30 de agosto de 2012.

4 4 Na verdade, o homem não busca nem o prazer nem a dor, mas sim apenas a vida. O homem procura viver intensamente, completamente, perfeitamente. Quando conseguir fazer isto, sem lesar a liberdade alheia e sem nunca ser lesado, quando todas as suas atividades só lhe proporcionarem satisfação, ele será mais saudável, mais normal, mais civilizado, mais si mesmo. A felicidade é a medida pela qual o homem julga a natureza e avalia até que ponto está em harmonia consigo mesmo e com o ambiente. (Aforismos, Oscar Wilde)

5 5 Para todas as pessoas que me incentivaram neste importante Projeto de Vida. Aos meus pais, Aires e Rosa.

6 6 AGRADECIMENTOS Aos meus pais, Aires e Rosa por me ensinarem os valores da vida, pelo amor incondicional, pela liberdade nas minhas escolhas e a confiança depositada em mais este desafio, minha eterna gratidão! Ao Prof. Dr. Ricardo André Ferreira Martins, por me ajudar a escolher este caminho e ser meu guia no projeto de pesquisa e no primeiro capítulo da dissertação; pelos conhecimentos transmitidos e a ajuda imprescindível com a bibliografia sobre o tema, enfim pelos nove meses de orientação (junho de 2011 a março de 2012)... a minha gratidão e reconhecimento! À Profa. Dra. Denise Almeida Silva, por ser minha orientadora e me guiar, com seus sábios conhecimentos, à conclusão desta pesquisa; pelas dúvidas esclarecidas, pela amizade, confiança, incentivo e paciência... o meu carinho e agradecimento especial! Às minhas queridas amigas Aline, Céli, Dani, Heloíse, Josi, Jô e Pri, pela sólida parceria construída durante a graduação; pelo apoio e amizade sempre presentes. À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CAPES, pela oportunidade e a bolsa de estudos concedida.

7 7 RESUMO O estudo sobre a representação do herói da modernidade suscita abordagens variadas devido à complexidade temática. Nessa pesquisa, priorizar-se-á um diálogo possível entre algumas vertentes teóricas dos estudos literários, tais como a crítica sociológica (teorias da modernidade e do romance moderno), as teorias do duplo e da literatura fantástica, a fim de compreender como se constrói a caracterização da figura desse herói. Como objetos de análise, elegeram-se os romances O retrato de Dorian Gray (1891), do escritor irlandês Oscar Wilde e Esfinge (1908), do brasileiro Coelho Neto. A escolha deste corpus deve-se não somente ao enquadramento de ambas as obras a um mesmo gênero, ou seja, à literatura fantástica, mas, sobretudo às várias semelhanças narrativas e intertextuais entre os dois textos, principalmente no que se refere às características físicas e psicológicas dos personagens principais. Para o embasamento dessa proposta, busca-se respaldo em obras de autores como Charles Baudelaire, Anatol Rosenfeld, Tzevetan Todorov e Otto Rank. Palavras-chave: Duplo. Esfinge. Herói da modernidade. Narciso. O retrato de Dorian Gray.

8 8 ABSTRACT Studies on the representation of the hero of Modernity raise different analytical approaches due to the complexity of this issue. In this research, a possible dialogue between some theoretical aspects of literary studies, such as the sociological critique (theories of modernity and on the modern novel), theories on the double and fantastic literature will be prioritized in order to lead to an understanding on the construction and characterization of the protagonists of the studied novels. Irish writer Oscar Wilde s The Portrait of Dorian Gray (1891), (1908), and Brazilian novelist Coelho Neto s Esphinge were chosen as objects of analysis. The choice of this corpus is due not only to the fact that both works belong to the same genre, i. e., fantastic literature, but, above all, to the various narrative and intertextual similarities between the two texts, especially with regard to the physical and psychological traits of the main characters. Works of authors such as Charles Baudelaire, Anatol Rosenfeld, Tzevetan Todorov and Otto Rank give theoretical support to this study. Keywords: Double. Esphinge. The hero of modernity. Narcissus. The picture of Dorian Gray.

9 9 SUMÁRIO CONSIDERAÇÕES INICIAIS O HERÓI NA MODERNIDADE Da mitologia à modernidade: concepções e diferenças entre entre herói clássico e herói moderno Nos tempos de Aquiles: o herói como guerreiro Na Idade Moderna: um herói sem armadura A modernidade no romance e nas artes Nas trilhas da modernidade A modernidade em três tempos: um breve percurso histórico sobre as transformações do mundo moderno A modernidade na Inglaterra: o período vitoriano tardio A modernidade no Brasil: a belle époque O HERÓI NA LITERATURA FANTÁSTICA O fantástico na literatura Nas encruzilhadas do fantástico: o estranho e o maravilhoso Um panorama da literatura fantástica no Brasil O duplo As diferentes abordagens sobre o duplo O herói e seus duplos O HERÓI DA MODERNIDADE EM O RETRATO DE DORIAN GRAY E ESFINGE Duplo e intertextualidade em O retrato de Dorian Gray e Esfinge O duplo em Esfinge Relações intertextuais entre os romances O retrato de Dorian Gray e Esfinge Os reflexos de Narciso em Dorian Gray e James Marian CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS ANEXOS Anexo A - Primeira edição do romance O retrato de Dorian Gray Anexo B Capas de edições brasileiras de O retrato de Dorian Gray Anexo C Capas de edições do romance Esfinge

10 10 CONSIDERAÇÕES INICIAIS A finalidade da vida é o autodesenvolvimento. Desenvolver plenamente a nossa personalidade, aí está a missão que cada um de nós deve cumprir. (Aforismos, Oscar Wilde) Abordar o tema do herói da modernidade exige dos tripulantes que embarcam nessa viagem um verdadeiro mergulho pelo imaginário social. O que me fez viajar por essa aventura foi a fascínio e a identificação que inúmeros heróis despertaram ao longo da minha vida, do fantástico mundo das histórias infantis, passando pelos desenhos animados e as histórias em quadrinhos. Da literatura clássica à moderna, no universo do cinema ou nos livros de história, sempre há heróis para salvar a humanidade, vencer os inimigos e restabelecer a paz e a segurança. Mas será que essas sempre foram as missões do herói? Teria o herói moderno, como nas palavras de Wilde, a missão de desenvolver plenamente a sua personalidade? Aliadas a esse interesse, surgiram as questões atinentes à modernidade, que foram amplamente discutidas durante o Curso de Mestrado, mais especificamente na disciplina Literaturas, Modernidades e Textualidades. Nesse período, foram realizadas reflexões acerca do tipo de sociedade em que vivemos, das transformações ocorridas na vida social e privada dos indivíduos modernos, além da maneira de como a arte em geral vem registrando todas essas mudanças, seja através do imaginário da literatura, da pintura, do cinema, etc. Aliás, esses estudos acerca da temática da modernidade ultrapassam décadas e continuam em plena efervescência entre os debates acadêmicos. Se estamos vivendo numa modernidade líquida ou numa era pós-moderna, como descreve o sociólogo polonês Zygmunt Bauman 1, ou ainda, vivendo a nossa própria modernidade cada época tem seu porte, seu olhar e seu sorriso 2, na perspectiva do poeta Charles Baudelaire, não vem a ser o principal questionamento, mas apenas um dos detalhes que configuram a enorme complexidade desse terreno de indefinições. Reflexo disso, encontra-se talvez o problema fundamental: o homem moderno revivendo o drama de Narciso, ou seja, tentando descobrir a si mesmo, procurando a sua própria identidade. 1 Para mais informações ver: BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida Citei Bauman apenas para mencionar uma das muitas visões sobre a modernidade, entretanto não trabalharei nesta pesquisa com o conceito de pós-modernidade. 2 BAUDELAIRE, Charles. O pintor da vida moderna. In: COELHO, Teixeira (Org.). A modernidade de Baudelaire. Rio de Janeiro: Paz e Terra, p. 174.

11 11 Na Literatura, este drama do sujeito moderno encontra diferentes formas de representação, que variam de acordo com o gênero literário. A narrativa fantástica, por exemplo, procura, através do uso de recursos próprios personagens e acontecimentos que ficam entre o mundo real e o sobrenatural oferecer uma visão crítica da realidade que envolve o ser humano. Segundo Todorov (2010), este gênero nutre-se da incerteza de um acontecimento que não pode ser explicado racionalmente. É assim que este tipo de literatura chama a atenção para aspectos insólitos e elementos inexplicáveis como o desdobramento da personalidade e a existência do duplo. O duplo é um dos temas inquietantes que perpassa a vida do ser humano, uma vez que está relacionado ao processo de construção da identidade do sujeito quem ele é, suas origens, qual o papel que ele ocupa no mundo, o que ele será depois da morte. Na literatura fantástica, esta temática da duplicidade do Eu ganha um terreno fértil para seu desenvolvimento, pois ilustra os antagonismos que caracterizam a personalidade humana: belo/horrível, igualdade/diferença bem/mal, racional/selvagem, subjetividade/objetividade, individual/social, etc. Assim, foram eleitos para esse estudo dois romances que podem ser representativos do gênero fantástico. São eles: O retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde, publicado em 1891, e Esfinge de Coelho Neto, publicado em O objetivo geral deste trabalho consiste em propor uma reflexão acerca da representação do herói da modernidade na literatura fantástica, considerando alguns elementos como a manifestação do duplo, a fragmentação do herói e a percepção da modernidade dada pelos personagens principais das referidas obras. A escolha deste corpus deve-se não somente ao enquadramento de ambas as obras ao gênero em questão, mas, sobretudo, às várias relações intertextuais entre os dois textos (principalmente, no que se refere às características físicas e psicológicas dos protagonistas Dorian Gray e James Marian), à época de transição em que viveram ambos os autores e ao tema do duplo. A história de O retrato de Dorian Gray se passa em Londres, no final do século XIX, ainda durante a época vitoriana ( ), conhecida por ser um período de grande desenvolvimento social, crescimento da população e ascensão da classe média, mas também de grandes contrastes sociais e imposições morais. Por sua vez, a história de Esfinge acontece no Rio de Janeiro, no início do século XX, em plena belle époque ( ), período de apreciação da modernidade brasileira, do progresso, da influência dos modelos franceses em nossa cultura e literatura. A trama gira em torno de James Marian, um belo e excêntrico inglês, dotado de uma peculiaridade física: apresenta em sua natureza um rosto de uma beleza feminina sustentado num corpo masculino; já o protagonista de Wilde, Dorian Gray, é um

12 12 belo rapaz, retratado em uma pintura pelo artista Basílio Hallward, e que acaba se apaixonando por seu próprio retrato. A fim de dar conta do objetivo proposto, a presente pesquisa foi organizada em três capítulos básicos. O primeiro, em que trabalho as concepções e diferenças entre herói clássico e herói moderno, bem como das mudanças ocorridas nas artes em gerais, principalmente, na literatura e na pintura, aborda a aventura do herói na modernidade. Contextualizo ainda um histórico da modernidade, enfatizando as principais transformações da Inglaterra de Oscar Wilde, durante o período vitoriano tardio, e do Brasil de Coelho Neto, durante a belle époque. Para estes aspectos, busco respaldo teórico em Georg Lukács, Mikhail Bakhtin, Walter Benjamin, Theodor Adorno, Anatol Rosenfeld, Charles Baudelaire, Marshall Berman, dentre outros, usados na elucidação das questões abordadas. O segundo capítulo ilustra a viagem do herói na literatura fantástica. Destaco aqui as principais especificidades deste tipo de literatura, bem como diferentes abordagens do tema do duplo. Além disso, procuro fazer uma reflexão sobre a literatura fantástica no Brasil, explorando algumas hipóteses que justificam a sua restrita difusão no contexto da cultura brasileira, além de autores que, mesmo discretamente, se aventuraram pelo gênero. Para dar suporte a essas abordagens, considerei, principalmente, os estudos de Tzevetan Todorov, Selma Calasans Rodrigues, Louis Vax, Sigmund Freud, Afrânio Coutinho, Paulo Leminski, Nicole Fernandez Bravo, Otto Rank, Clément Rosset e Ana Maria Lisboa de Mello. O terceiro capítulo, por sua vez, elucida a viagem do herói da modernidade nos romances O retrato de Dorian Gray e Esfinge. Trata-se, portanto, da análise do corpus desta pesquisa, que propõe uma reflexão sobre os temas do duplo, do fantástico e do herói moderno a partir das abordagens teóricas dos autores supracitados. A análise centra-se em torno do problema do desdobramento da personalidade, a fragmentação e a percepção da modernidade dada pelos personagens principais das obras. Quanto à questão da duplicidade do Eu, pode-se dizer que a manifestação do duplo está relacionada diretamente com a busca da identidade dos protagonistas que, num primeiro momento, não se conhecem a si próprios e tentam realizar esta descoberta através do Outro. Perante esse drama psicológico-social, os heróis de Wilde e Coelho Neto travam uma batalha pessoal, em que o maior inimigo é o seu duplo. O terceiro capítulo traça, ainda, uma reflexão acerca da recepção crítica dos autores das obras em estudo, e uma análise comparativa, que observa as relações intertextuais entre os romances. Além disso, avalio os principais reflexos de Narciso presentes em Dorian Gray e James Marian e como este narcisismo ajuda a constituir os traços típicos dos heróis da modernidade.

13 13 1 O HERÓI NA MODERNIDADE Desde os tempos antigos até os dias de hoje, são inúmeros os heróis e heroínas surgidos na história da humanidade: Hércules, Ulisses, Aquiles, Alexandre da Macedônia, Dom Quixote, Napoleão Bonaparte, Lampião, Mulher Maravilha, Super-Homem, He-Man, Macunaíma, Che Guevara. A lista ainda poderia ser imensa e esse primeiro capítulo insuficiente para registrar tantos nomes, porém citei apenas alguns exemplos para mostrar o quanto a questão do herói atravessa os tempos numa sobrevivência surpreendente 3. Todos estes heróis anteriormente mencionados não vivem em um mundo específico, isto é, apenas na ficção literária. O tema vai além dos limites da Literatura, podendo ser encontrado tanto em romances e contos como também na Mitologia, na História, no Cinema, na Antropologia, na Psicologia, nas histórias em quadrinhos, nos desenhos animados e até mesmo na Bíblia, onde figuras como Jesus Cristo se transformam em espécie de herói da humanidade. Além de estar presente em diversas áreas, a problematização acerca desta temática envolve determinadas condições históricas. Apesar de ultrapassarem gerações e ainda se fazerem presentes no imaginário atual, heróis clássicos como Ulisses e Aquiles surgiram em contextos específicos e por isso conservam as particularidades de suas origens. Ou seja, em cada época, o mundo teve seus próprios heróis, que se fizeram símbolos de um povo ou de uma determinada cultura. Nesta pesquisa discutirei, especificamente, acerca do papel do herói moderno, de modo especial no que se refere ao campo da literatura e de como esta, através da arte da escrita, representa a figura desse personagem. Sendo assim, precisarei relacionar este estudo a dois contextos importantes: ao do nascimento do herói, na Antiguidade Clássica e ao do surgimento do romance como gênero literário, a partir do século XVIII. 1.1 Da mitologia à modernidade: concepções e diferenças entre herói clássico e herói moderno Em O que é herói, Martin Cézar Feijó resume uma trajetória de indivíduos heróicos que surgiram desde a Antiguidade até o século XX. Em uma de suas primeiras definições acerca do tema, o autor dá os indícios de onde nasceram os primeiros heróis: Todos os povos chamados de primitivos têm em seus mitos e em seus ritos e cultos a presença de vários indivíduos destacados, superdotados, valentes, diferentes da 3 FEIJÓ, Martin Cezar. O que é herói. São Paulo: Brasiliense, p. 10.

14 14 média dos homens, que nós chamamos de heróis. Foram os gregos que deram o nome a eles, como também foram os mitos gregos os que mais sobreviveram, que não se transformaram em religião nem desapareceram da memória histórica 4. O nascimento do herói, portanto, se deu com os mitos, sobretudo com a mitologia grega. Segundo o historiador Mircea Eliade, o mito é uma narrativa que conta uma história sagrada, ele relata um acontecimento ocorrido no tempo primordial, o tempo fabuloso do princípio 5. Essas histórias, que ultrapassam gerações e desempenham funções diferentes entre as variadas culturas, descrevem acontecimentos sobre a origem do ser humano e da própria humanidade. Assim, os relatos míticos funcionam como espécies de paradigmas que tentam explicar o inexplicável, isto é, dar respostas a questões que a razão humana não pode compreender 6. Na Grécia Antiga, os mitos esclareciam a origem de todas as coisas presentes no universo, desde fenômenos da natureza até sentimentos como o amor e a esperança. No mito de Pandora, por exemplo, tem-se a origem de todos os flagelos humanos. Segundo conta a narrativa, Pandora foi a primeira mulher criada por Zeus, o deus de todos os deuses. Era bela e sensual, mas também portava malícia e maldade. Foi entregue por Zeus para se casar com Epimeteu, irmão de Prometeu, o deus do fogo. Epimeteu e Pandora viveram felizes por muito tempo até que, certa vez, Pandora descobriu uma caixa que estava em poder do seu marido, e que continha todos os males: a dor, o sofrimento, a velhice, a miséria, etc. Epimeteu advertiu a esposa a que não a abrisse, mas Pandora não resistiu à curiosidade e, ao abrir a caixa, liberou todos os males, e os homens deixaram de ser felizes e isentos de todo o mal. A única coisa que Pandora conseguiu deixar na caixa foi a esperança, por isso ficou conhecida como a deusa da esperança 7. Assim se sucediam no mundo grego, e também nos povos primitivos, as explicações para todas as coisas terrenas. A origem de cada acontecimento era sempre atribuída a um deus diferente. Além de Pandora, havia ainda na Grécia: Ares, o deus da guerra; Afrodite, a deusa do amor e da beleza; Apolo, o deus do equilíbrio e da razão, Dionísio, o deus do vinho e das festas; Poseidon, o deus dos mares, apenas para mencionar alguns dos principais exemplos Nos tempos de Aquiles: o herói como guerreiro 4 FEIJÓ, 1984, p ELIADE, Mircea. Mito e realidade. São Paulo: Perspectiva, p MONFARDINI, Adriana. O mito e a literatura. Terra Roxa e outras terras p FEIJÓ, 1984, p

15 15 À medida que os gregos procuravam se organizar em suas comunidades através dos mitos e deuses, iam surgindo também os primeiros heróis da cultura ocidental. Semideuses ou apenas humanos, esses indivíduos eram encarregados de lutarem pelo seu povo, defendendo-o dos perigos e ameaças. Eles viviam em um mundo vigiado por seres divinos; no entanto, se diferenciavam destes em alguns aspectos: enquanto os deuses tinham características humanas, como vícios e virtudes, os heróis apresentavam características divinas, com poderes especiais, embora fossem mortais 8. Nesse contexto, Joseph Campbell, em O herói de mil faces, apresenta um modelo de percurso que simboliza a aventura mitológica do herói. Esta trajetória é representada em três etapas: a separação, a iniciação e o retorno. Segundo o autor, um herói vindo do mundo cotidiano se aventura numa região de prodígios sobrenaturais; ali encontra fabulosas forças e obtém uma vitória decisiva; o herói retorna de sua misteriosa aventura com o poder de trazer benefícios aos seus semelhantes 9. Este modelo de aventura proposto por Campbell consiste, na verdade, na missão que o próprio herói tem a cumprir: ele deve domar o cotidiano e viver na esfera do extraordinário. Deve entregar-se ao seu propósito maior e ao seu destino glorificado, que será construído única e exclusivamente por ele mesmo, já que ele é o senhor de seus atos 10. Para elucidar esta situação, apresento o exemplo do herói Aquiles, cuja saga é descrita pelo poeta Homero em Ilíada. Aquiles era filho de uma deusa com um humano. Quando nasceu, visando fortalecer seu corpo mortal, foi banhado pela mãe nas águas do rio Estige, o rio dos Infernos. As águas tornaram o herói invulnerável, menos no calcanhar onde foi segurado. Tornou-se um dos mais poderosos guerreiros, apesar de ser mortal. Foi à guerra quando era muito jovem, aliás, certa vez lhe foi dada a chance de escolher a vida que teria: se longa de um sábio ou se curta e gloriosa de um guerreiro. Não teve dúvidas (porque herói dos tempos heróicos não tinha dúvidas!...), preferiu a vida curta de um guerreiro 11. Ao comentar, por intermédio de Aquiles, que os heróis dos tempos antigos não tinham dúvidas, Feijó ironiza os heróis modernos e antecipa duas de suas principais características, a indecisão e o desconhecimento de si mesmo, como discutirei mais adiante, nesse percurso sobre os indivíduos heróicos. Sabendo de suas virtudes, Aquiles, ao contrário dos heróis modernos, entrega-se ao destino glorioso das batalhas. Ao tornar-se um guerreiro e lutar pela 8 FEIJÓ, 1984, p CAMPBELL, Joseph. O herói de mil faces. São Paulo: Cultrix, p PENA, Felipe. Teoria da biografia sem fim. Rio de Janeiro: Mauad, p FEIJÓ, 1984, p. 53.

16 16 sua nação, ele busca a consagração de seus feitos, ou seja, o reconhecimento do povo, que leva o herói à glória [e] também fixa sua imagem mitificadora, diferenciando-o dos demais mortais 12. Além dessas características, a ideia de herói na Grécia ainda estava ligada aos conceitos de areté e timé. O termo areté significa ser o mais notável, excelência, virtude, enquanto a timé está relacionada à honra e à moral. Assim, ter areté proverá o herói da destreza e do vigor que o permitam ser um grande guerreiro, não só para defender seu povo, como para representá-lo 13. Aquiles, Ulisses e Alexandre são exemplos de heróis clássicos portadores de areté e timé. Comandantes de grandes batalhas, eles não fugiam de seu destino, eram fiéis ao seu grupo para não perderem a honra e a moral e assim chegarem um dia à kléos, isto é, à glória, o propósito maior de todo o herói 14. Com estas especificidades, cheguei à definição clássica de herói, proveniente dos mitos e registrada nas grandes epopeias, como a Ilíada e a Odisséia: indivíduo destacado da média das outras pessoas por apresentar uma dimensão semidivina e ser dotado de virtudes heróicas como coragem, força, astúcia, caráter e sabedoria; guerreiro que tem a missão de proteger o seu povo e garantir a ordem da nação, e buscar através de suas conquistas, o reconhecimento que o levará à glória e o diferenciará dos demais mortais. Nessa perspectiva das diferenças entre indivíduos heróicos e mortais, cabe aqui mencionar a caracterização de personagens oferecida por Aristóteles, no capítulo II de A poética clássica 15. O autor estabelece uma distinção entre os gêneros, considerando se os personagens são melhores, piores ou iguais ao homem. Assim, os gêneros maiores (epopeias e tragédias) são os que apresentam os personagens imitados de forma superior aos homens da atualidade. Nesse caso, os heróis são aqueles indivíduos que se destacam da média das pessoas. Por outro lado, os gêneros menores (comédia e sátira menipéia) são aqueles que imitam de forma inferior, ou seja, os heróis aparecem iguais ou piores que a maioria dos homens. Northrop Frye, em Anatomia da Crítica, parte desse critério aristotélico da caracterização dos personagens em melhores, iguais ou piores que os homens, para oferecer uma outra classificação do herói, baseada na sua teoria dos modos ficcionais. Segundo Frye 16, as ficções podem ser classificadas, não moralmente, mas pela força de ação do herói, que 12 PENA, 2004, p PENA, 2004, p PENA, 2004, p ARISTÓTELES. A poética clássica. São Paulo: Cultrix, p FRYE, Northrop. Anatomia da crítica. São Paulo: Cultrix, p

17 17 pode ser maior do que a nossa, menor ou mais ou menos a mesma. Nesse aspecto, seriam cinco os modos ficcionais: o modo mítico, fantástico ou lendário, imitativo elevado, imitativo inferior e irônico. Resumirei a seguir os tipos de heróis correspondentes a cada um desses modos: a) Herói no modo mítico é um herói divino, pois se apresenta superior aos outros homens e ao meio natural; b) Herói no modo fantástico ou lendário apesar de ser superior aos homens e seu meio, é identificado como um ser humano. É o herói das histórias romanescas de ações maravilhosas e/ou fantásticas, ou seja, aquelas que alteram algumas leis da natureza, como, por exemplo, uso de armas encantadas, animais que falam, feiticeiras pavorosas, prodígios de coragem e persistência considerados estranhos para nós, mas não para ele, etc. Nesse modo ficcional, acontece a passagem do mito para a lenda, o conto popular e gêneros literários derivados. Com essas características, os romances de literatura fantástica, entre eles, O retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde e Esfinge, de Coelho Neto, são exemplos de ficções que apresentam este tipo de herói. Tanto Dorian Gray como James Marian, personagens principais dos romances anteriormente citados, são humanos, mas superiores às demais pessoas. Dorian tem o poder de ficar eternamente jovem, enquanto todos os demais à sua volta envelhecem; já James Marian torna-se intocável, devido ao fato de possuir a mais fina beleza de uma mulher sustentada pela força atlética de um corpo masculino. c) Herói no modo imitativo elevado é superior aos homens, mas não a seu meio natural. Tem autoridade, paixões e poderes de expressão maiores que o nosso, porém sujeitase às leis da natureza. É um herói líder, presente na maioria das epopeias e tragédias; d) Herói no modo imitativo baixo O herói pode ser qualquer um dos homens, pois não é superior nem a eles nem a seu meio natural. Exemplos: os heróis das comédias e ficção realística; e) Herói no modo irônico o herói é inferior tanto em poder como em inteligência aos demais homens. Com essa classificação, Northrop Frye identifica cinco tipos de heróis, sendo o primeiro considerado divino ou mitológico e os demais portadores de uma natureza mais humana, isto é, com aspectos mais semelhantes aos seres humanos. Aliás, com o passar dos séculos, tanto a sociedade quanto a literatura se desenvolviam, e essa característica foi tornando-se mais perceptível. Flávio R. Kothe, em sua obra intitulada O herói, afirma que à medida que o herói épico decai em sua epicidade, ele tende a crescer em sua humanidade e

18 18 nas simpatias do leitor/espectador 17. Dessa forma, o leitor começa a se identificar mais com o herói, pois passa a ver nele um indivíduo com características mais próximas da sua vida e da sua realidade Na Idade Moderna: um herói sem armadura Feijó justifica essa mudança na concepção do herói relacionando-a com o contexto histórico da Idade Moderna. Entre os acontecimentos destacados pelo autor estão o desenvolvimento do comércio, a formação dos Estados Nacionais, a invenção da imprensa (em 1450, por Gutenberg) e o surgimento da classe mercantil (a burguesia) 18. Aliás, é com a burguesia que se instaura, e ao mesmo tempo se populariza, um dos principais gêneros narrativos da modernidade - o romance. Segundo Aguiar e Silva, Alargando continuamente o domínio de sua temática, interessando-se pela psicologia, pelos conflitos sociais e políticos, ensaiando constantemente novas técnicas narrativas e estilísticas, o romance transformou-se, no decorrer dos últimos séculos, mas sobretudo a partir do século XIX, na mais importante e na mais complexa forma de expressão literária dos tempos modernos. De mera narrativa de entretenimento, sem grandes ambições, o romance volveu-se em estudo da alma humana e das relações sociais, em reflexão filosófica, em reportagem, em testemunho polêmico, etc. 19. O romance como forma de expressão literária da modernidade surge, aproximadamente, no século XVIII, com o advento da Revolução Industrial e o pleno desenvolvimento da burguesia. Apresenta entre suas principais características a preocupação com os conflitos sociais e políticos, mas também, como definiu Aguiar e Silva, o estudo da alma humana, ou seja, dos conflitos internos que perpassam a realidade do ser humano. É nesse contexto do surgimento do romance, que subsequentemente começa a se problematizar a questão do herói moderno. Dom Quixote, escrito pelo espanhol Miguel de Cervantes, ainda no início do século XVII, é considerado pelo filósofo húngaro Georg Lukács como o primeiro grande romance da literatura mundial, pois situa-se no início da época em que o deus do cristianismo começa a deixar o mundo; em que o homem torna-se solitário e é capaz de encontrar o sentido e a substância apenas em sua alma, nunca aclimatada em pátria 17 KOTHE, Flávio R. O herói. São Paulo: Ática, p FEIJÓ, 1984, p AGUIAR E SILVA, Vítor Manuel de. O romance: história e sistema de um gênero literário. In:. Teoria da literatura. Coimbra: Almedina, p. 671.

19 19 alguma 20. Cervantes introduz a noção de um herói totalmente diferente do das epopeias, isto é, um herói que não realiza façanhas, mas que quer realizar e não consegue 21, e que tem fé, num mundo sem fé e luta contra o que não existe mais 22. É a ruptura da relação harmoniosa entre o herói e o mundo que o próprio Lukács desenvolveria de forma mais profunda em suas teorias sobre o romance na modernidade. Aliás, as teorias do romance 23 se revelam em instrumentos essenciais para se compreender a figura do herói moderno. Vários teóricos apresentam contribuições acerca do tema, e relacionam as mudanças estruturais do romance com as transformações ocorridas na sociedade. Nessa perspectiva, posso citar os estudos de Georg Lukács, na obra A teoria do romance, Lucien Goldmann, em A sociologia do romance, Mikhail Bakhtin, em Questões de literatura e de estética, Walter Benjamin, no ensaio O Narrador, Theodor Adorno, no texto Posição do narrador no romance contemporâneo, e Anatol Rosenfeld, no ensaio Reflexões sobre o romance moderno. A obra de Lukács, A teoria do romance, publicada em livro, pela primeira vez, em 1920, na Alemanha, é considerada um marco nos estudos sobre as relações entre romance e modernidade. De acordo com Marisa Corrêa Silva, a obra consiste numa crítica influenciada pelo marxismo, na qual o texto passa a refletir o todo social, a maneira como a própria sociedade está montada e organizada. A degradação dos valores humanistas causada pelo capitalismo está, segundo ele, revelada na literatura 24. A proposta de Lukács é fazer uma análise sobre o comportamento do homem em sociedades distintas: a grega e a ocidental. A sociedade grega era composta por um todo harmônico, por indivíduos que se sentiam seguros no mundo e encontravam o sentido da vida nas suas relações com os deuses. Por sua vez, no Ocidente, essa relação harmoniosa não mais existiria e o homem sente-se inseguro no mundo e busca um sentido para a sua existência. Nessa perspectiva, o autor define o romance como sendo a epopeia de uma era para a qual a totalidade extensiva da vida não é mais dada de modo evidente, para qual a imanência do sentido à vida tornou-se problemática, mas que ainda assim tem por intenção a totalidade LUKÁCS, Georg. A teoria do romance. São Paulo: Duas Cidades; Ed. 34, p FEIJÓ, 1984, p FEIJÓ, 1984, p Há profundas divergências teóricas entre os estudiosos das teorias do romance na modernidade (Lukács, Goldmann, Bakhtin, Benjamin, Adorno e Rosenfeld). Contudo, buscaremos aqui apenas a exposição das ideias principais desses autores no que se refere às diferenças entre o gênero romance e a epopeia e às características do herói moderno. 24 SILVA, Marisa Corrêa. Crítica sociológica. In: BONNICI, Thomas; ZOLIN, Lúcia Osana (Orgs.). Teoria literária: abordagens históricas e tendências contemporâneas. Maringá: Eduem, p LUKÁCS, 2009, p. 55.

20 20 Enquanto a poesia épica apresenta uma visão de um indivíduo em sua totalidade, de um herói guiado por deuses e que representa seu povo como um todo, no romance tem-se um herói isolado no mundo, distanciado do sagrado e sem um papel definido. Nesse aspecto, o autor ainda acrescenta que a epopeia dá forma a uma totalidade de vida fechada a partir de si mesma, o romance busca descobrir e construir, pela forma, a totalidade oculta da vida 26. Dessa maneira, o herói de Lukács seria um indivíduo problemático, ou seja, um indivíduo que está em luta contra um mundo que ele não conhece completamente, nem é capaz de dominar 27. O herói moderno não sabe mais qual é a sua missão. Na verdade, o seu propósito é tentar encontrar, no universo desconhecido que o cerca, qual é a sua verdadeira missão. Assim, a forma do romance é a forma da aventura do valor próprio da interioridade; seu conteúdo é a história da alma que sai a campo para conhecer a si mesma, que busca aventuras para por elas ser provada e, pondo-se à prova, encontrar a sua própria essência 28. A forma de romance que Lukács concebe é a que caracteriza a ruptura entre a modernidade e a antiguidade, o moderno e o clássico, o romance e a epopeia, o herói e o mundo. O herói demoníaco do romance ou este indivíduo problemático é aquele que procura valores autênticos num mundo inautêntico. Assim, a aventura do herói moderno tornou-se uma aventura de natureza degradada. A partir dessa relação entre o herói e o mundo, Lukács estabelece quatro diferentes tipologias romanescas: o romance de idealismo abstrato, romance da desilusão, romance educativo e um quarto tipo, não nomeado pelo autor, mas referente aos romances do russo Tolstói e à extrapolação das formas sociais de vida 29. Nesse sentido, a obra Esfinge, de Coelho Neto, representa, através do drama do personagem principal, James Marian, esta forma romanesca definida pelo crítico Lukács: Um dia, enojado do homem material que se me apegara à vida e ardendo mais intensamente na ânsia de conhecer o meu destino, decidi sair pelo mundo, peregrinar longamente, percorrer todas as sedes da Antiga Ciência onde, talvez, encontrasse o predestinado que me havia de entregar a chave do arcano. Despedi o meu guia com um cheque sobre o Banco da Inglaterra que lhe assegurava, à farta, os meios para refocilar no gozo e embarquei, fito ao Oriente. Dois anos, sem repouso de um dia, andei por montes ásperos e brenhas agressivas, perlustrei, de mar a mar, a grande Ásia, visitando os recessos dos contemplativos, consultando sábios e penitentes, saindo da floresta para entrar na dágaba. Me aprofundei na antiga Tessália agreste... Andei pelas isbas do país da neve; dormi nos tépidos oásis da África arenosa; ouvi sibilas e videntes; conversei com os místicos do Norte gelado onde, ao livor dos 26 LUKÁCS, 2009, p SILVA, 2009, p LUKÁCS, 2009, p LUKÁCS, 2009, p

21 21 icebergs, pela algidez das noites brancas, voejam diáfanos espíritos e só encontrei no homem o conhecimento superficial da vida. E a minh alma? Ai! de mim 30. No trecho acima, percebo como Coelho Neto representa, no seu romance, a forma do valor próprio da interioridade a que Lukács se refere. O autor mergulha no drama da subjetividade do seu herói James Marian, que não se conhece a si próprio e por isso sai a campo em busca de respostas que ele não encontra. Sem um deus para guiar seu caminho, James viaja por inúmeros lugares tentando achar a essência da sua alma, nunca aclimatada em pátria alguma 31. Da Inglaterra, onde nasceu, vai à Ásia e a África, sempre procurando videntes e místicos, afim de que estes revelem o segredo da sua vida. É por causa disso também que o personagem vem ao Brasil, no Rio de Janeiro, cenário onde se passa a maior parte da história. O dilema de James Marian é em torno da sua identidade. Sendo uma figura andrógina, isto é, portadora dos dois sexos, o personagem é um ser indefinido que tenta procurar no mundo ao menos uma explicação para a sua origem. Lucien Goldmann, considerado um dos discípulos de Lukács, apresenta, em sua Sociologia do romance, uma definição semelhante acerca desse gênero moderno e do seu herói problemático: O herói demoníaco do romance é um louco ou um criminoso, em todo o caso, como já dissemos, um personagem problemático cuja busca degradada e, por isso, inautêntica de valores autênticos num mundo de conformismo e convenção, constitui o conteúdo desse novo gênero literário que os escritores criaram na sociedade individualista e a que chamaram romance 32. Ao definir o tipo de sociedade individualista em que vivemos, Goldmann não deixa também de fazer uma crítica ao capitalismo vigente. Sendo o romance um produto desse sistema em que a falta de tempo e o individualismo são consequências que perpassam a vida do homem moderno, o herói é, portanto, um indivíduo perplexo, que procura valores verdadeiros num mundo inautêntico. Em outra perspectiva, Mikhail Bakhtin, em Questões de literatura e de estética, também aponta algumas diferenças entre o gênero épico e romanesco. Inicialmente, o autor considera o romance como sendo o único gênero nascido e alimentado pela era moderna da 30 COELHO NETO, Henrique Maximiano. Esfinge. Rio de Janeiro: Infinitum Libris, p LUKÁCS, 2009, p GOLDMANN, Lucien. Introdução aos problemas de uma sociologia do romance. In:. A sociologia do romance. Rio de Janeiro: Paz e Terra, p. 9.

22 22 história mundial e, por isso, profundamente aparentado a ela 33. Além disso, ele se diferencia de todos os outros gêneros por ser também o único que ainda se encontra em estado de formação. Ou seja, para Bakhtin o romance não tem uma forma definida, ao contrário dos gêneros da Antiguidade Clássica, que se completavam de maneira harmoniosa. Os gêneros clássicos eram constituídos por personagens fixos e bem definidos, que podiam se limitar ou se complementar reciprocamente, mantendo a natureza do seu gênero. Diferentemente, o romance não desfruta dessa relação harmoniosa, pois em sua estrutura há um misto de paródias, eliminação, integração e reinterpretação de outros gêneros, que acaba dando-lhes um outro tom. Ainda nesse contexto das diferenças entre os dois gêneros, Bakhtin aponta outras três particularidades referentes às narrativas épicas, na verdade seus traços constitutivos. São eles: o passado nacional épico serve como objeto da epopeia; a lenda nacional (e não a experiência pessoal) atua como sendo a sua fonte; o mundo épico é isolado da contemporaneidade. Sendo assim, a visão bakhtiniana denuncia este gênero clássico como sendo um poema do passado sobre o passado. O mundo das origens, ou seja, o dos mitos e lendas é o mundo (o conteúdo) da epopeia, que se encontra atrelada ao seu contexto original, sem fazer alusão ao presente do seu tempo, muito menos ao seu futuro 34. Por sua vez, os traços constitutivos do gênero romanesco são completamente contrários ao da narrativa clássica: O romance está ligado aos elementos do presente inacabado que não o deixam se enrijecer. O romancista gravita em torno de tudo aquilo que ainda não está acabado. Ele pode aparecer no campo da representação em qualquer atitude, pode representar os momentos reais da sua vida ou fazer uma alusão, pode se intrometer nas conversas dos personagens, pode polemizar abertamente com os seus inimigos literários, etc. 35. Para Bakhtin, o romance é um gênero do tempo presente, mas que, por sua vez, não possui um tempo acabado, um conteúdo específico e muito menos uma forma definida. Ao contrário da poesia épica, que se realiza totalmente nos limites do passado, apresenta uma concepção de mundo fechada, com indivíduos inteiramente constituídos e distantes do tempo real do leitor: o romance tem uma problemática nova e específica; seus traços distintivos são 33 BAKHTIN, Mikhail. Epos e romance: sobre a metodologia do estudo do romance. In:. Questões de literatura e de estética: a teoria do romance. São Paulo: HUCITEC, p BAKHTIN, 1990, p BAKHTIN, 1990, p. 417.

23 23 a reinterpretação e a reavaliação permanentes 36, ou seja, inserido num presente transitório, sua concepção de mundo é inacabada. Nada é fixo, nem o tempo, nem os personagens, nem a forma romanesca. Essas discussões acerca dos contrastes entre clássico e moderno também aparecem com profundidade nos textos do crítico alemão Walter Benjamin. Em O narrador, ensaio escrito entre os anos de 1930 e 1940, o teórico da Escola de Frankfurt marca a diferença entre epopeia e romance a partir do ponto de vista do narrador. Ao falar sobre a crise da arte de narrar no contexto da modernidade, devido à falta de experiências comunicativas de alguns indivíduos modernos, Benjamin afirma que a origem do romance é o indivíduo isolado, que não pode mais falar exemplarmente sobre suas preocupações mais importantes e que não recebe conselhos nem sabe dá-los. Escrever um romance significa, na descrição de uma vida humana, levar o incomensurável a seus últimos limites 37. Com as ações da experiência em baixa, o narrador não tem mais onde buscar os relatos para as suas narrativas. Ele se tornou um verdadeiro herói da modernidade que transmite, através da sua obra, a sua perplexidade frente à vida. Com o romance, dá-se início à ruptura com a oralidade: O primeiro indício da evolução que vai culminar na morte da narrativa é o surgimento do romance no início do período moderno. O que separa o romance da narrativa (e da epopeia no sentido estrito) é que ele está essencialmente vinculado ao livro. A difusão do romance só se torna possível com a invenção da imprensa. A tradição oral, patrimônio da poesia épica tem uma natureza fundamentalmente distinta da que caracteriza o romance. O que distingue o romance de todas as outras formas de prosa contos de fada, lendas e mesmo novelas é que ele nem procede da tradição oral nem a alimenta 38. O romance, sendo a forma literária específica da era burguesa 39, apresenta como principal característica a sua vinculação com o objeto material, ou seja, o livro e consequentemente a forma escrita. Em contraste com a poesia épica, que se nutria de histórias contadas em grupos, o gênero romanesco, acompanhando as mudanças nas estruturas sociais, torna-se um produto do mercado capitalista e o símbolo do individualismo humano. Nessa linha do pensamento de Walter Benjamin, Theodor Adorno também oferece contribuições significativas ao estudo do romance na modernidade, principalmente na sua fase 36 BAKHTIN, 1990, p BENJAMIN, Walter. O narrador. Considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In:. Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, p BENJAMIN, 1994, p ADORNO, Theodor. Posição do narrador no romance contemporâneo. In: ADORNO, Theodor et al. Textos escolhidos. São Paulo: Abril Cultural, p. 269.

24 24 de transformação, que se inicia ainda no século XIX com obras de Balzac, Flaubert e Zola, mas que atinge seu ápice nas primeiras décadas do século XX, com as narrativas de Proust, James Joyce e Franz Kafka. Adorno apresenta, no ensaio Posição do narrador no romance contemporâneo, algumas reflexões críticas acerca de um novo tipo de romance, o romance moderno: Quando Lukács, em sua teoria do romance, há quarenta anos atrás perguntou se os romances de Dostoiévski eram as pedras basilares das narrativas futuras, caso já não fossem eles mesmos essas narrativas, então efetivamente os romances de hoje que contam aqueles em que a subjetividade liberada passa da força de gravidade que lhe é própria para o seu contrário se assemelham a epopeias negativas. São testemunhas de um estado de coisas em que o indivíduo liquida a si mesmo e se encontra com o pré-individual, da maneira como esse um dia pareceu endossar o mundo pleno de sentido. Estas epopeias partilham com toda a arte presente a ambiguidade de que não compete a elas decidir se a tendência histórica que registram é recaída na barbárie ou, pelo contrário, visa à realização da humanidade e algumas sentem-se demasiado à vontade no barbarismo. 40 Aqui Adorno menciona as características fundamentais que se encontram inseridas no romance moderno: a ambiguidade, o individualismo e a subjetividade liberada. Na verdade, o que o autor chama a atenção é para uma espécie de aceleração desses aspectos em decorrência da nova barbárie que atinge a humanidade: a alienação do indivíduo moderno e a maquinização das relações humanas impostas pelo sistema capitalista. Nesse aspecto, em Esfinge, posso encontrar elementos que, se não contextualizam essa concepção de modernidade de Adorno, ao menos prenunciam algumas de suas consequências: Percorri a cidade e as suas entranhas ora à flor da terra, podendo olhar o céu, ora em subterrâneos com uma abobada de túmulo me pesando sobre o peito. E vi, com verdadeiro assombro e revoltada piedade, a máquina, vencedora do homem, a máquina a fazer miséria, a triturar o pobre para locupletar o rico; a máquina que vai relegando o esforço, como a pólvora inutilizou a bravura 41. James Marian expressa uma dupla reação ao se aventurar pelo mundo das cidades. Num primeiro momento, a cidade propicia ao indivíduo a possibilidade de sentir-se livre, como uma flor da terra, podendo olhar o céu. Por outro lado, ela também gera um sentimento de angústia e aprisionamento, pois o homem é capaz de se encontrar enclausurado, preso entre os próprios labirintos que ele edificou. O progresso e a tecnologia, ao trazerem benefícios para a sociedade, também privam o ser humano de sua liberdade, tornando-o 40 ADORNO, 1983, p COELHO NETO, 2011, p. 92.

25 25 escravo das máquinas, do trabalho, enfim de todo um sistema. No capitalismo, a máquina é vencedora do homem, pois este rende a ela suas forças, em troca de melhores condições de vida A modernidade no romance e nas artes Nessa mesma perspectiva das transformações ocorridas na sociedade ocidental, Anatol Rosenfeld descreve, em seu ensaio Reflexões sobre o romance moderno, as características principais que fazem parte da estrutura do romance moderno. Para refletir essas mudanças, o autor formula três hipóteses referentes não somente à literatura, mas às artes em geral: a) Espírito unificador entre as artes: em cada fase histórica existe certo espírito unificador que se comunica a todas as manifestações de culturas em contato, naturalmente com variações nacionais 42. Para o autor, por mais complexa que seja a nossa cultura, e apesar da autonomia de várias esferas, tais como ciências, artes e filosofia, há sempre uma interdependência e mútua influência entre esses campos 43, além de certa unidade de espírito e sentimento de vida, que impregna, em certa medida, todas estas atividades 44. Assim, em cada momento histórico, as artes estão em diálogo com a sociedade, apresentando características comuns ao meio em que estão inseridas. Nesse aspecto, é interessante destacar as relações entre literatura e as artes plásticas, especialmente a pintura, presentes em O retrato de Dorian Gray. Ainda no prefácio que antecipa o primeiro capítulo do romance, alguns aforismos escritos pelo autor, Oscar Wilde,revelam o contexto que pairava o final do século XIX: A aversão do século XIX ao Realismo é a cólera de Calibã por ver seu rosto num espelho. A aversão do século XIX ao Romantismo é a cólera de Calibã por não ver o seu próprio rosto num espelho 45. Ou seja, para o autor irlandês, a arte do final do século precisava oferecer novos conceitos e novas formas de representação da realidade, que se diferenciassem dos modelos realistas e das obras românticas. Assim, a figura de Dorian Gray pode ser entendida como um novo formato de arte que estivesse para se desenvolver ou já se encontrava em transformação no decorrente período: 42 ROSENFELD, Anatol. Reflexões sobre o romance moderno. In:. Texto/contexto: ensaios. São Paulo: Perspectiva; Brasília: INL, p ROSENFELD, 1973, p ROSENFELD, 1973, p WILDE, Oscar. O retrato de Dorian Gray. São Paulo: Abril, p. 9.

26 26 a sua personalidade me sugeriu uma nova espécie de arte e um modo de estilo completamente novos. Vejo as coisas de modo diferente. Penso-as diferentemente. Posso agora recriar vida de um modo que antes estava oculto. Uma forma sonhada em dias de meditação O final do século XIX e o início do século XX são marcados por modificações na esfera das artes plásticas e subsequentemente na literatura. Com o movimento impressionista, já se inicia um processo de rompimento com as estéticas do naturalismo/realismo: O impressionismo é uma arte urbana, e não só porque descobre a qualidade paisagística da cidade e traz a pintura de volta do campo para a cidade, mas porque vê o mundo através dos olhos do cidadão e reage às impressões externas com os nervos tensos do moderno homem técnico. É um estilo urbano porque descreve a mutabilidade, o ritmo nervoso, as impressões súbitas, intensas mas sempre efêmeras da vida citadina 47. Sendo assim, a arte impressionista apresenta novas formas de representação da realidade que revelam o período de plena modernização da sociedade. Os artistas passam a registrar os momentos ou as impressões do ser humano frente a esse mundo cada vez mais caótico e individualista, onde tudo o que é estável e coerente dissolve-se em metamorfoses e assume o caráter do inacabado e fragmentário. A reprodução do ato subjetivo em vez do substrato objetivo do ver, com que principia a história da moderna pintura de perspectiva, atinge aqui o ponto culminante 48. É o início do fenômeno da desrealização, a segunda hipótese de Rosenfeld que verei na sequência. b) O fenômeno da desrealização : a arte deixa de ser mimética recusando a função de reproduzir ou copiar a realidade empírica 49. Com o surgimento de correntes figurativas tais como o expressionismo, o cubismo ou o surrealismo, há a evasão do real, dando-se um maior espaço para a pintura abstrata e às visões subjetivas. Além disso, ocorre com o fato da abstração um rompimento com a perspectiva. O ser humano na pintura moderna (e diria aqui na literatura também, na qual essas mudanças são perceptíveis), é dissociado ou reduzido (no cubismo), deformado (no expressionismo) ou eliminado (no não-figurativismo). O retrato desapareceu. Ademais, a perspectiva foi abolida ou sofreu, no surrealismo, distorções e falsificações 50. Assim, com essa segunda hipótese, Rosenfeld afirma que a pintura moderna ao eliminar ou deformar o ser humano, a perspectiva ilusionista e a realidade dos fenômenos 46 WILDE, 1972, p HAUSER, Arnold. História social da arte e da literatura. São Paulo: Martins Fontes, p HAUSER, 1998, p ROSENFELD, 1973, p ROSENFELD, 1973, p. 77.

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