Superior Tribunal de Justiça

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1 RECURSO ESPECIAL Nº SC (2006/ ) RELATOR RECORRENTE ADVOGADOS RECORRIDO ADVOGADO : MINISTRO RAUL ARAÚJO : MASSITA ALIMENTOS LTDA : RENATO HADLICH E OUTRO(S) EVELISE HADLICH E OUTRO(S) : FINANCEIRA ALFA S/A CRÉDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTOS : CARLOS AUGUSTO FÁVERO E OUTRO(S) EMENTA PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. CAUTELAR PREPARATÓRIA. PRAZO DECADENCIAL PARA AJUIZAMENTO DA AÇÃO PRINCIPAL (CPC, ART. 806). DATA DA EFETIVAÇÃO DA LIMINAR. EXCLUSÃO DO NOME DA AUTORA DO CADASTRO DO SISBACEN. RECURSO PROVIDO. 1. O prazo decadencial de trinta dias, previsto no art. 806 do CPC, para o ajuizamento da ação principal é contado a partir da data da efetivação da liminar ou cautelar, concedida em procedimento preparatório. 2. Na hipótese, considera-se efetivada a cautelar na data da exclusão do nome da autora do cadastro do SISBACEN, ato material de cumprimento da decisão liminar, e não na data de mera juntada aos autos do ofício remetido à instituição financeira comunicando-lhe o deferimento da medida acautelatória. 3. Recurso especial provido. ACÓRDÃO Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas, decide a Quarta Turma, por unanimidade, dar provimento ao recurso especial, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Maria Isabel Gallotti, Antonio Carlos Ferreira, Marco Buzzi e Luis Felipe Salomão votaram com o Sr. Ministro Relator. Brasília, 28 de fevereiro de 2012(Data do Julgamento) MINISTRO RAUL ARAÚJO Relator Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/03/2012 Página 1 de 9

2 RECURSO ESPECIAL Nº SC (2006/ ) RELATOR RECORRENTE ADVOGADOS RECORRIDO ADVOGADO : MINISTRO RAUL ARAÚJO : MASSITA ALIMENTOS LTDA : RENATO HADLICH E OUTRO(S) EVELISE HADLICH E OUTRO(S) : FINANCEIRA ALFA S/A CRÉDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTOS : CARLOS AUGUSTO FÁVERO E OUTRO(S) RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO RAUL ARAÚJO: Trata-se de recurso especial interposto por MASSITA ALIMENTOS LTDA com fundamento no art. 105, III, a e c, da Constituição Federal, contra acórdão, proferido pelo colendo Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, assim ementado: "APELAÇÃO CÍVEL - MEDIDA CAUTELAR INOMINADA PREPARATÓRIA - EXCLUSÃO DO NOME NO SISBACEN - AUSÊNCIA DE INTERPOSIÇÃO DA AÇÃO PRINCIPAL NO TRINTÍDIO LEGAL - EXTINÇÃO DA DEMANDA - SENTENÇA MANTIDA - RECURSO DESPROVIDO. Efetivada a liminar, tem o autor trinta dias para intentar a ação principal; findo o prazo sem que haja a propositura da demanda, a medida assecuratória perde sua eficácia, devendo o magistrado, de ofício, decretar a extinção da ação cautelar." (fl. 149, e-stj) Em suas razões recursais, a ora recorrente aponta, além de divergência jurisprudencial, violação ao art. 806 do Código de Processo Civil, alegando, em síntese, que o prazo para ajuizamento de ação principal somente pode ser contado da data da efetivação da liminar concedida em medida cautelar preparatória. Afirma, para tanto: "Conforme despacho de fls. 53, em 02/março/00 houve deferimento de liminar para que a recorrida procedesse à retirada do nome da recorrente dos cadastros do SISBACEN, assim como não efetuasse nova inscrição neste ou qualquer outro órgão de proteção do crédito. No entanto, passado mais de ano do deferimento da liminar, em outubro/01, a recorrente noticiou aos autos que a recorrida, intimada da decisão (inclusive agravando-a), até aquele momento não havia cumprido a determinação liminar. Não obstante o encaminhamento de nova intimação (fls. 87) à recorrida para que esta observasse a liminar deferida, da qual já tinha ciência, até o presente momento não há nenhuma informação nos autos de que a mesma tenha sido, de fato, cumprida. Desta feita, é certo que inexiste nos autos qualquer informação ou Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/03/2012 Página 2 de 9

3 comprovação da 'efetivação da medida cautelar' e, portanto, não há como se constatar a existência de decurso de prazo para a propositura da ação principal noticiada (inexistência de débito c/c perdas e danos). Não há possibilidade, portanto, de ser mantida a extinção do feito pela 'ausência de pressuposto de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo', na medida em que até o presente momento não houve a efetivação da medida liminar e, portanto, não há como ser apurado o transcurso ou não do prazo para ajuizamento da ação principal." (fl. 160, e-stj) A ora recorrida, às fls. 191/196 (e-stj), apresenta contrarrazões, sustentando: (I) ausência de demonstração do dissídio pretoriano; (II) incidência da Súmula 7/STJ; (III) no mérito, que "o prazo de 30 dias para propositura da ação principal, iniciou após a juntada do AR de intimação do recorrido aos autos, ao contrário do que argumenta a recorrente ". Admitido o recurso na origem, subiram os autos. É o relatório. Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/03/2012 Página 3 de 9

4 RECURSO ESPECIAL Nº SC (2006/ ) RELATOR RECORRENTE ADVOGADOS RECORRIDO ADVOGADO : MINISTRO RAUL ARAÚJO : MASSITA ALIMENTOS LTDA : RENATO HADLICH E OUTRO(S) EVELISE HADLICH E OUTRO(S) : FINANCEIRA ALFA S/A CRÉDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTOS : CARLOS AUGUSTO FÁVERO E OUTRO(S) VOTO O SENHOR MINISTRO RAUL ARAÚJO (Relator): A controvérsia dos autos cinge-se à verificação, no caso concreto, do termo inicial de contagem do prazo decadencial, previsto no art. 806 do Código de Processo Civil, para ajuizamento da ação principal vinculada à cautelar preparatória. Dispõe o Código de Processo Civil: "Art Cabe à parte propor a ação, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da efetivação da medida cautelar, quando esta for concedida em procedimento preparatório." "Art Cessa a eficácia da medida cautelar: I - se a parte não intentar a ação no prazo estabelecido no art. 806." A questão que surge, no presente recurso especial, é exatamente o momento do início da contagem do prazo previsto no art. 806 da Lei Processual. O d. Juízo a quo e o col. Tribunal de Justiça estadual entenderam que a efetivação da liminar se deu com a juntada aos autos do aviso de recebimento do ofício expedido à instituição financeira, comunicando-lhe o deferimento da medida, consubstanciada na determinação de exclusão do nome da recorrente dos cadastros do SISBACEN. Eis o que consta no v. acórdão recorrido: "Assim, efetivada a liminar, tem o autor 30 (trinta) dias para intentar a ação principal; findo o prazo sem que haja a propositura da demanda, a medida assecuratória perde sua eficácia, devendo o juiz, de ofício, decretar a extinção da ação cautelar. No caso em apreço, constata-se que, em , o Magistrado a quo deferiu a medida liminar para exclusão do nome da postulante no Sisbacen, oficiando para cumprimento tanto a instituição financeira, Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/03/2012 Página 4 de 9

5 quanto o mencionado órgão de proteção ao crédito (fls. 55 e 56, respectivamente). O Banco Central remeteu ofício às fls. 57 e 58 informando ao juízo que cabe exclusivamente à instituição financeira proceder a baixa do registro. Pela petição e documento de fls. 82 e 83, a postulante requereu nova intimação do banco, uma vez que não fora cumprida a liminar concedida, razão pela qual foi novamente oficiada a instituição financeira para realizar a determinação judicial, por meio do AR, devidamente juntado em Já com a certidão exarada em pelo escrivão judicial da comarca de São José (fl. 87), foi atestada a ausência da interposição da ação principal, motivo este que deu ensejo à sentença de extinção do feito, prolatada tão-somente em Percebe-se pelos fatos narrados, enfim, que o prazo decadencial para a proposição da demanda principal iniciou-se a partir da juntada do AR. Isso porque, segundo entendimento jurisprudencial desta Corte, a efetivação da medida pode ser entendida a partir da ciência da parte para o cumprimento da liminar. (...) Na espécie, entretanto, tal providência ocorreu somente com a segunda notificação, posto que a primeira não foi satisfeita. Dessa forma, deveria a autora ter procedido a interposição da ação principal trinta dias após a juntada do AR, o que, definitivamente, não ocorreu. Assim, não cumpriu a apelante a determinação do art. 806 do CPC, sendo medida cogente a extinção da demanda cautelar, a teor do disposto no art. 808 do CPC. Ademais, cumpre destacar que a sentença que extinguiu o feito foi proferida quase 2 (dois) anos após a data da juntada do AR. Ora, questionável as alegações da postulante, uma vez que o lapso temporal entre a juntada do AR e a sentença extintiva demonstra que não existem razões para a discussão sobre a real efetivação da liminar. Temerário seria conceber que a empresa recorrente permaneceu inscrita no Sisbacen, sem qualquer insurgência durante estes dois anos." (fls. 146/154, e-stj, grifo nosso) Portanto, o v. acórdão recorrido entendeu estar efetivada a medida liminar somente com a ciência da parte promovida para dar cumprimento à liminar, o que seria comprovado pela juntada do respectivo aviso de recebimento da comunicação. Por outro lado, sustenta a ora recorrente que o termo inicial do prazo previsto no mencionado art. 806 do CPC deve ser computado a partir do ato da instituição financeira que der ensejo ao cumprimento da liminar, ou seja, da data da exclusão do nome da parte interessada do cadastro do SISBACEN, o que, segundo alega, ainda não ocorreu. Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/03/2012 Página 5 de 9

6 No contexto do caso, razão assiste à recorrente. Com efeito, a norma legal refere expressamente que a contagem do prazo se inicia "da data da efetivação da medida cautelar", e não da mera comunicação do deferimento da cautelar. A efetivação da medida cautelar se dá com o cumprimento da determinação judicial, não sendo suficiente a mera comunicação. Assim, na hipótese, deve ser considerada efetivada a cautelar, não na data de juntada aos autos do comprovante de entrega do ofício remetido à instituição financeira, mas na data em que esta promoveu a exclusão do nome da recorrente do SISBACEN. Somente terá eficácia a liminar a partir de seu cumprimento pela ora recorrida. Na decisão de concessão da liminar, o d. Juízo a quo determinou a "exclusão do nome da autora do SISBACEN, mediante a expedição de ofício ou carta precatória, caso necessário, impedindo também a ré de promover nova inscrição do nome da autora junto aos órgãos de proteção ao crédito " (fl. 57, e-stj). Portanto, parece que a melhor interpretação a ser dada ao decisum é no sentido de que a efetivação da liminar somente se dará com o cumprimento pela instituição financeira da tutela acautelatória, tal como deferida por aquele Juízo. Acerca da temática, há precedentes desta Corte de Justiça que ressaltam que o prazo prescricional, de que trata o art. 806 do CPC, começa a correr a partir do ato material de cumprimento da decisão acautelatória, ou seja, quando há a atuação da parte requerida no sentido de providenciar a realização do que foi determinado na decisão concessiva de cautelar ou liminar. A jurisprudência desta Corte de Justiça tem delineado que o prazo decadencial de trinta dias para o ajuizamento da ação principal é contado a partir da data da efetivação de liminar ou cautelar, concedida em procedimento preparatório. A propósito: "PROCESSUAL CIVIL. MEDIDA CAUTELAR. ART. 806 DO CPC. AÇÃO PRINCIPAL. PRAZO PARA PROPOSITURA. TERMO INICIAL. EFETIVAÇÃO DA CAUTELAR. 1. O prazo de 30 dias para a propositura da Ação Principal conta-se do efetivo cumprimento da cautelar preparatória (ainda que em liminar) pelo requerido, nos termos do art. 806 do CPC. Precedentes. 2. Em caso de descumprimento do prazo, ocorre a extinção da Ação Cautelar, sem julgamento de mérito. Precedentes. 3. Recurso Especial provido." (REsp /MT, Segunda Turma, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN, DJe de 4/3/2009) Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/03/2012 Página 6 de 9

7 No mesmo sentido, o pronunciamento da eminente Ministra NANCY ANDRIGHI, segundo o qual "o termo a quo para a contagem de prazo de 30 dias para o ajuizamento da ação principal (art. 806 do CPC) é a data em que foi efetivada a medida cautelar. Na espécie, foi proposta ação cautelar e requerida liminar para tornar os bens do patrimônio dos recorridos indisponíveis no intuito de assegurar o cumprimento de eventual condenação em ação de indenização. Tal medida visa impedir que terceiros de boa-fé adquiram esses bens e, desse modo, frustrem a execução da sentença a ser proferida na ação principal. Logo a eficácia de medida dependerá do recebimento de ofícios e editais nos órgãos competentes e da indisponibilidade dos bens efetivamente averbada nos seus registros, para, aí sim, começar a fluir o prazo para propositura da ação principal " (Informativo 299/STJ: REsp RJ, Terceira Turma, DJ de 16/10/2006, grifou-se). Citam-se, ademais, os seguintes precedentes: "PROCESSUAL CIVIL INDISPONIBILIDADE DE BENS LIMINAR AÇÃO PRINCIPAL TERMO A QUO EFETIVAÇÃO DA LIMINAR ACÓRDÃO RECORRIDO EM CONSONÂNCIA COM JURISPRUDÊNCIA DO STJ SÚMULA 83/STJ. 1. A jurisprudência desta Corte é no sentido de que, nos termos do art. 806 do CPC, o prazo para a propositura da ação principal é contado do efetivo cumprimento da cautelar preparatória, ainda que em liminar. 2. Verifica-se que o Tribunal a quo decidiu de acordo com jurisprudência desta Corte. Incidência da Súmula 83/STJ, verbis: 'Não se conhece do recurso especial pela divergência, quando a orientação do Tribunal se firmou no mesmo sentido da decisão recorrida'. Agravo regimental improvido." (AgRg no Ag /DF, Segunda Turma, Rel. Min. HUMBERTO MARTINS, DJe de 22/2/2010) "DIREITO PROCESSUAL CIVIL. CAUTELAR. INDISPONIBILIDADE DOS BENS. AÇÃO PRINCIPAL. PROPOSITURA. PRAZO DE DECADÊNCIA. TERMO INICIAL. EFETIVAÇÃO DA LIMINAR. 1. Enquanto não efetivada a medida liminar, ou seja, tornados efetivamente indisponíveis os bens dos requeridos, não começa a fluir o prazo de decadência do direito de promover a ação principal. 2. Recurso especial provido." (REsp /AP, Segunda Turma, Rel. Min. MAURO CAMPBELL MARQUES, DJe de 16/4/2009, grifo nosso) "PROCESSUAL CIVIL - MEDIDA CAUTELAR - INTERPRETAÇÃO Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/03/2012 Página 7 de 9

8 DO ART. 806 DO CPC. 1. A parte que obtiver, em cautelar, provimento satisfativo, antecipado ou meritório, deve propor a ação principal, em trinta dias. 2. Prazo que se conta a partir da eficácia do provimento liminar, tutela antecipada ou sentença, ou seja, a partir do momento do cumprimento da medida. 3. Recurso especial improvido." (REsp /RJ, Segunda Turma, Rel. Min. ELIANA CALMON, DJ de 13/12/2004) Na hipótese dos autos, conforme acima ressaltado, embora tenha sido juntado aos autos o aviso de recebimento do ofício que comunicava o deferimento da liminar, não se tem notícia de que a instituição financeira tenha procedido à exclusão do nome da recorrente dos cadastros do SISBACEN. Desse modo, não havendo comprovação de ter sido efetivado o provimento acautelatório, não há falar em início ou implemento do prazo decadencial previsto no referido art. 806 do CPC. Diante do exposto, dá-se provimento ao recurso especial, anulando-se o v. acórdão que extinguiu a cautelar sem resolução do mérito, restabelecendo-se a cautelar na instância inicial, com o retorno dos autos à origem, para adoção pelo d. Juízo a quo das providências cabíveis, com a correta aplicação do disposto no art. 806 do Código de Processo Civil. É como voto. Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/03/2012 Página 8 de 9

9 CERTIDÃO DE JULGAMENTO QUARTA TURMA Número Registro: 2006/ PROCESSO ELETRÔNICO REsp / SC Números Origem: PAUTA: 28/02/2012 JULGADO: 28/02/2012 Relator Exmo. Sr. Ministro RAUL ARAÚJO Presidente da Sessão Exmo. Sr. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO Subprocurador-Geral da República Exmo. Sr. Dr. ANTÔNIO CARLOS PESSOA LINS Secretária Bela. TERESA HELENA DA ROCHA BASEVI RECORRENTE ADVOGADOS RECORRIDO ADVOGADO AUTUAÇÃO : MASSITA ALIMENTOS LTDA : RENATO HADLICH E OUTRO(S) EVELISE HADLICH E OUTRO(S) : FINANCEIRA ALFA S/A CRÉDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTOS : CARLOS AUGUSTO FÁVERO E OUTRO(S) ASSUNTO: DIREITO CIVIL - Obrigações - Espécies de Contratos - Contratos Bancários CERTIDÃO Certifico que a egrégia QUARTA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: A Turma, por unanimidade, deu provimento ao recurso especial, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Maria Isabel Gallotti, Antonio Carlos Ferreira, Marco Buzzi e Luis Felipe Salomão votaram com o Sr. Ministro Relator. Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/03/2012 Página 9 de 9