The Convention on Wetlands of International Importance Especially as Waterfowl Habitat
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- João Espírito Santo Chaves
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1 A CONVENÇÃO DE RAMSAR The Convention on Wetlands of International Importance Especially as Waterfowl Habitat Convenção das Zonas Húmidas de Importância Internacional especialmente como Habitat de Aves Aquáticas
2 1. A CONVENÇÃO 1.1 O que são zonas húmidas? habitats bastante característicos que compreendem, por exemplo, pântanos, zonas de turfa, sapais, mangais, recifes de coral e atóis Enorme diversidade de espécies Habitats muito produtivos - especialmente as zonas húmidas costeiras explore/flora/mangroves/mangroves02.jpg
3 1. A CONVENÇÃO 1.2 Como surgiu? - Claras evidências de rápida degradação e destruição de zonas húmidas na Europa Projecto MAR: MARshes, MARécages, MARismas IUCN + IWRB + ICBP Conferência Internacional em França: MAR List Base para a preparação de uma convenção internacional sobre zonas húmidas
4 1. A CONVENÇÃO 1.2 Como surgiu? º Encontro Europeu sobre a conservação de aves aquáticas selvagens na Escócia Recomenda a criação de uma rede europeia de refúgios para aves selvagens - Nos anos seguintes tiveram lugar diversas reuniões técnicas nas quais se negociaram os principais aspectos a incluir no texto da convenção
5 1. A CONVENÇÃO 1.2 Como surgiu? Conferência Internacional sobre a Conservação das Zonas Húmidas e das Aves Aquáticas em Ramsar, Irão Adopção do texto final da Convenção relativa às Zonas Húmidas de Importância Internacional, especialmente como habitat de aves aquáticas Participantes: Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Índia, Irão, Irlanda, Jordânia, Holanda, Paquistão, África do Sul, Espanha, Suécia, Suiça, Turquia, União Soviética, Grã-Bretanha
6 1. A CONVENÇÃO 1.3 O texto -Interdependência do Homem e do seu ambiente -Funções ecológicas fundamentais das zonas húmidas: reguladoras dos regimes de água e habitats de fauna e flora características -Recurso de grande valor económico, cultural, científico e recreativo,cuja perda seria irreparável -Recurso internacional
7 1. A CONVENÇÃO 1.3 O texto Definição de Zonas Húmidas: Áreas de pântano, charco, turfa ou água, natural ou artificial, permanente ou temporária, com água estagnada ou corrente, doce, salobra ou salgada, incluindo i áreas de água marítima com menos de seis metros de profundidade na maré baixa (Artigo 1º) Aves aquáticas: aves ecologicamente dependentes das zonas húmidas
8 1. A CONVENÇÃO 1.3 O texto A Lista de Zonas Húmidas de Importância Internacional Importância Internacional em termos ecológicos, botânicos, zoológicos, limnológicos ou hidrológicos Prioridade de designação para as zonas húmidas de importância internacional para as aves aquáticas, em qualquer estação do ano A inclusão de zonas húmidas na Lista não prejudica os direitos de soberania da Parte Contratante em cujo território a mesma se encontre situada Argentina Laguna Brava Canadá Columbia Wetlands Nepal Gokyo and Associated Lakes
9 1. A CONVENÇÃO 1.3 O texto As Partes Contratantes deverão elaborar e aplicar os seus planos de modo a promover a conservação das zonas húmidas incluídas na Lista e, na medida do possível, a exploração racional daquelas zonas húmidas do seu território (Artigo 3º) Cada Parte Contratante deverá promover a conservação de zonas húmidas e de aves aquáticas, estabelecendo reservas naturais nas zonas húmidas, quer estas se encontrem ou não inscritas na Lista, e providenciar a adequada protecção (Artigo 4º) tos/wetlandprotection.jpg hgbli/aaaaaaaaciy/ejq2ik8kawe/s320/mangrov e%2bplanting.jpg om/2378/ _a6 8c jpg ages/wetland_management2.jpg
10 1. A CONVENÇÃO 1.3 O texto Caso uma Parte Contratante, devido a questões nacionais imperativas, anule ou restrinja os limites de uma zona húmida incluída na Lista, deverá, na medida do possível, compensar qualquer perda de recursos na zona húmida, e em especial criar novas reservas naturais dentro da mesma região ou noutra (Artigo 4º)
11 1. A CONVENÇÃO 1.4 Entrada em vigor A Existem Convenção actualmente de Ramsar 159 entrou Partes em Contratantes vigor em Dezembro e a Lista possui de 1975 após 1838 o sítios depósito que abrangem do sétimo instrumento na totalidade de cerca ratificação de 173 ou milhões acessão de (Grécia) hectares Curiosidades: -País com maior número de sítios RAMSAR designados d Reino Unido (166) -País com maior área classificada Canadá -Existem 10 sítios RAMSAR transfronteiriços
12 1. A CONVENÇÃO 1.5 Missão Conservação e uso sustentável de todas as zonas húmidas, através a de acções de âmbito local, regional e nacional a e da cooperação internacional, como contributo para o desenvolvimento sustentável através do mundo. Ramsar COP 8,
13 1. A CONVENÇÃO O texto da Convenção sofreu 2 Emendas: -O Protocolo de Emenda da Convenção, adoptado em Paris em 3 de Dezembro de A Conferência Extraordinária das Partes Contratantes realizada em Regina (Canadá), de 28 de Maio a 3 de Junho de Como Funciona? COP Conference of the Parties Conferência de 3 em 3 anos Adopção de Resoluções e Recomendações
14 2. PORTUGAL E A CONVENÇÃO Portugal ratificou a Convenção em 1980 (Decreto n.º 101/80, de 9 de Outubro, aprova para ratificação) Até ao momento Portugal designou 28 sítios Ramsar Estuário do Tejo Ria Formosa Paúl de Arzila Paúl de Madriz (Mondego) Paúl do Boquilobo Lagoa de Albufeira Estuário do Sado Ria de Alvor Lagoa de St. André e Lagoa de Sancha Fajãs das Lagoas da Caldeira e dos Cubres Polje de Mira-Minde Minde e nascentes associadas Estuário do Mondego Caldeira da Graciosa Caldeira do Faial Caldeirão do Corvo Complexo Vulcânico das Furnas Complexo Vulcânico das Sete Cidades Complexo Vulcânico do Fogo Sapais de Castro Marim Ilhéus das Formigas e Recife Dollabarat Paúl da Tornada Paúl do Taipal Planalto Central da Terceira Planalto Central das Flores Lagoas de Bertiandos e de S. Pedro de Arcos Planalto lt Central de São Jorge Planalto superior da Serra da Estrela e troço superior do rio Zêzere Panalto Central do Pico
15 2. PORTUGAL E A CONVENÇÃO Sítio Ramsar: Ria Formosa Data de designação 24/11/1980 Sistema lagunar de água salgada com uma vasta área exposta na maré baixa. O Sistema encontra-se separado do mar por uma barreira estreita e alongada de ilhas com sistemas dunares. Não existe qualquer bacia hidrográfica a montante. Os inputs de água doce são essencialmente irregulares e de carácter torrencial. Avifauna: Limosa limosa, Calidris minutae, C. canutus, Charadrius hiaticula, C. Alexandrinus, Himantopus himantopus, Egretta garzetta, Porphyrio porphyrio, Recurvirostra avosetta, Burhinus oedicnemus, Sterna albifrons Limosa limosa Himantopus himantopus pg
16 2. PORTUGAL E A CONVENÇÃO Sítio Ramsar: Ria Formosa Principais actividades humanas: pesca e aquacultura de bivalves, turismo, agricultura e salinas Principais ameaças: pressão humana directa, especialmente nos meses de Verão, construção de empreendimentos turísticos, conversão das salinas em aquaculturas media/imagem/id/ /318
17 2. PORTUGAL E A CONVENÇÃO Sítio Ramsar: Lagoa de Santo André e Lagoa de Sancha Data de designação 08/05/1996 Lagoas costeiras de água salobra e sistemas dunares no Sudoeste de Portugal. Os valores de salinidade variam bastante e são principalmente i influenciados i pelos inputs ocasionais i de água doce e pelos ciclos de comunicação temporária com o mar. Ocupação humana intensa em algumas áreas da Lagoa de Santo André. Avifauna: F. Atra, Acrocephalus scirpaceus, A. arundinaceus, A. schoenobaenus, Locustella naevia, L. Luscinioides, Hippolais polyglota, Charadrius alexandrinus, Sterna albifrons Sterna albifrons
18 2. PORTUGAL E A CONVENÇÃO Sítio Ramsar: Lagoa de Santo André e Lagoa de Sancha Principais actividades humanas: pesca tradicional, actividades recreativas, agricultura e caça Principais ameaças: aumento da pressão humana directa FB5B-48C5-8DB4- D59E1AF855E8/4831/agricultura.JPG %202.jpg
19 2. PORTUGAL E A CONVENÇÃO Sítio Ramsar: Fajãs das Lagoas da Caldeira e dos Cubres Data de designação 02/12/2005 Ambas as caldeiras são alimentadas através da infiltração de água subterrânea, da infiltração e percolação das águas do oceano através da barreira e por galgando oceânico durante episódios de tempestade. O sítio apresenta uma diversidade de sistemas lagunares, únicos nesta região e altamente invulgares em ilhas oceânicas de origem vulcânica. Avifauna: Charadrius alexandrinus, Sterna dougallii, Calonectris diomeda, Arenaria interpres, Numenius phaeopus, Anas platyrhynchos, Anas crecca Arenaria interpres Y3qFexVT._MG_5697rec.jpg
20 2. PORTUGAL E A CONVENÇÃO Sítio Ramsar: Fajãs das Lagoas da Caldeira e dos Cubres Principais actividades humanas: agricultura, pastoreio, captação de água, uso balnear sazonal Principais ameaças: inexistência de tratamento de águas residuais, pesca, campismo não autorizado, vulnerabilidade ambiental (sismos, derrocadas, etc) 0f4ff93c.jpg 12/agricultura-intensiva-e-desertificao.html 6XpmhzkeI/AAAAAAAABMk/L6EqxdHCoYw/s 1600-h/ jpg
21 3. RAMSAR E ICZM 3.1 Papel das zonas húmidas costeiras Elevada relevância na mitigação de eventos climáticos extremos: - absorção da energia das violentas ondas de tempestades - redução da intensidade dos ventos que chegam ao interior do território - manutenção da linha de costa - contenção de inundações e absorção de água de chuvas torrenciais tropical%20beach/dreamweb1/beach andsunset/tropical-beach.jpg 03/WetlandLG.jpg /ew080425b.jpg
22 3. RAMSAR E ICZM Resolução VII.4 (COP8, 2002): Wetlands issues in Integrated Coastal Zone Management (ICZM) 4 objectivos específicos: -Reconhecer o papel e importância da Convenção de Ramsar e das zonas húmidas na zona costeira; -Assegurar a plena consciência dos bens e funções (serviços) das zonas húmidas na zona costeira; -Utilizar mecanismos para assegurar a conservação e o uso sustentável das zonas húmidas na zona costeira; -Abordar a integração da conservação e do uso sustentável das zonas húmidas na gestão integrada dos ecossistemas /200/turner/365_1.jpg ands.jpg
23 3. RAMSAR E ICZM Resolução VII.4 (COP8, 2002): Wetlands issues in Integrated Coastal Zone Management (ICZM) Oito Princípios : 1. A Convenção de Ramsar é o instrumento inter- governamental global que aborda especificamente a conservação e o uso sustentável dos ecossitemas costeiros 2. A completa incorporação da conservação e uso sustentável das zonas húmidas na Gestão Integrada da Zona Costeira é essencial para o sucesso da gestão sustentável da zona costeira 3. As zonas húmidas costeiras possuem importantes valores e funções, providenciando bens e serviços de elevado valor económico 4. Mecanismos para solucionar a sobreposição de jurisdições ns zona costeira devem ser incorporados nos quadros legais e institucionais para as zonas húmidas
24 3. RAMSAR E ICZM Resolução VII.4 (COP8, 2002): Wetlands issues in Integrated Coastal Zone Management (ICZM) 5. Muitos dos Stakeholers utilizam as zonas húmidas costeiras e por isso devem participar p na sua gestão 6. A designação e Gestão de Zonas Húmidas de Importância Internacional na zona costeira providencia um mecanismo global de identificação e reconhecimento de partes de importância crítica nos ecossitemas costeiros, como base para a sua gestão sustentável 7. As zonas costeiras apresentam uma elevada vulnerabilidade l d à degradação mas a sua recuperação é bastante dispendiosa e por vezes impossível 8. A ICZM deve estar ligada à gestão das bacias hidrográficas, dos oceanos e das pescas de forma a assegurar a conservação e uso sustentável das zonas húmidas costeiras
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