ACUSAÇÃO Migrações. Dos factos 1.º

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1 ACUSAÇÃO Migrações Na sequência da realização da Cimeira Europa-África de Chefes de Estado e do Fórum da Sociedade Civil para o Diálogo Europa-África, respectivamente em Novembro e Dezembro de 2007, a Plataforma Eu Acuso, em defesa de uma cultura de co-responsabilização pelos compromissos assumidos quanto às condições de vida dignas e dos direitos económicos e sociais básicos da população do Continente africano, promoveu ao longo de 2008 um processo de debates e consultas a sectores diversos da sociedade portuguesa e a organizações parceiras africanas, de que resulta uma acusação ao Estado Português e as Organizações da Sociedade Civil, o que faz nos termos e com os fundamentos seguintes: Dos factos A problemática dos fluxos migratórios mistos tem vindo a merecer uma atenção global na medida em que afecta milhares de pessoas em todo o mundo. Por fluxos mistos entenda-se um complexo movimento de populações que inclui refugiados, requerentes de asilo, imigrantes económicos, entre outros imigrantes. 1.º 2.º Todos os anos, milhares de pessoas, homens, mulheres e crianças, colocam a sua vida em risco ao tentarem atravessar, desesperadamente, o Mediterrâneo em botes e jangadas, para chegarem à Europa. 3.º Estas pessoas abandonam a costa ocidental de África em direcção às Ilhas Canárias; deixam Marrocos para chegarem ao Sul de Espanha; saem da Líbia em direcção a Malta e às Ilhas Italianas da Sicília e Lampedusa; escapam da Turquia na esperança de chegarem às Ilhas Gregas. Muitos outros tentam entrar na Europa através de transportes terrestres. 4.º Os fluxos migratórios mistos são, de facto, de crescente importância devido ao seu significado político a nível nacional, regional e internacional. Reflectem um aumento das migrações internacionais onde milhões de pessoas, em todo o mundo, procuram, com grande risco, uma vida melhor. Verifica-se que as pessoas deslocam-se por diferentes razões que se alicerçam na segurança física e económica. Questões complexas como as perseguições, a instabilidade política e os conflitos armados, a pobreza, o desemprego, as catástrofes naturais e as alterações climáticas conduzem ao êxodo de milhões de pessoas em todo o mundo. 1

2 5.º Interessa, porém, distinguir imigrantes de refugiados. A dissemelhança central reside no facto dos imigrantes poderem deixar o seu país de origem de forma voluntária e um refugiado é alguém que, por razões que lhe são alheias, é forçado a deixar o seu país e tudo aquilo que lhe é familiar e que necessita de protecção internacional. 6.º As pessoas que entram na Europa irregularmente, sem vistos ou passaportes, fazem-no por um conjunto variado de razões. Nalguns casos, fogem de perseguições, de violações de direitos humanos e podem ser considerados refugiadas que necessitam de protecção especial. Porém, na maioria das vezes, são migrantes que fogem da pobreza e do desemprego. 7.º Independentemente do seu estatuto legal, muitas pessoas que se encontram nestes fluxos estão numa situação de grande vulnerabilidade, onde constantes violações dos seus direitos são perpetradas, como o tráfico de seres humanos, tratamento inumano e a perda de vidas. Desta forma, é necessário que a comunidade internacional se centre nas dificuldades que estas pessoas enfrentam, identificando soluções para estas questões. 8.º Por outro lado, o regime da protecção dos refugiados suporta-se no reconhecimento da comunidade internacional dos direitos específicos e necessidades dos refugiados e as obrigações concomitantes dos Estados, incluindo a não devolução destas pessoas quando a sua vida e liberdade podem estar em risco nesse país. 9.º Desta forma, é necessária uma abordagem compreensiva para as migrações que necessita de incluir responsabilidades de protecção internacional. A gestão das migrações tem que ter em conta as obrigações imanentes da protecção internacional de refugiados, incluindo a importância de identificação dos destinatários da protecção, determinando soluções apropriadas. A construção de um espaço de protecção para os refugiados dentro de um contexto global da gestão das migrações deverá ser uma prioridade internacional, bem como, assegurar os direitos humanos daqueles que estão em movimento. 10.º Como referido anteriormente, num mundo onde as pessoas estão em constante movimento, os refugiados constituem uma pequena parte destes fluxos migratórios. Desta forma, é essencial que medidas de controlo e restrição das migrações irregulares não impeçam, aos refugiados, o acesso ao território e à protecção internacional. 2

3 11.º Apesar de os Estados terem o direito de controlar as suas fronteiras e a entrada de estrangeiros no seu território, é essencial que o façam sem violar os Direitos Humanos dos imigrantes, refugiados e requerentes de asilo. 12.º Porém, assiste-se a um controlo mais apertado da imigração impossibilitando o acesso ao território por parte daqueles que têm direito à protecção internacional e colocando em risco os direitos humanos de muitos milhões de pessoas, discriminando-lhe os seus Direitos Humanos apenas por desejarem uma vida melhor. Disto é exemplo algumas das medidas consagradas na chamada Directiva do Retorno e a escassa abordagem centrada nos Direitos Humanos, posta em prática pela FRONTEX, Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas. 13.º A Directiva do Retorno é vista como um instrumento de regulação das políticas de imigração comum aos 27 Estados-membros, visando combater a imigração clandestina estimada em oito milhões, na Europa. 14.º Estabelece que os imigrantes indocumentados que sejam detidos em solo europeu, poderão passar até 18 meses em centros de detenção enquanto a decisão judicial da expulsão não estiver pronta. Uma vez expulsos não poderão voltar à União Europeia durante cinco anos. Os menores de 18 anos não acompanhados também podem ser repatriados. 15.º Esta medida penaliza, fortemente, aqueles que, por razões de vária ordem, exerceram o ser direito de deixar o seu país à procura de uma vida melhor. 16.º A Directiva de Retorno impossibilita a aquisição de direitos para as pessoas migrantes, para quem se preparam prisões sem garantias jurídicas e com tempos de detenção arbitrários, prisões preventivas para menores (embora sob regime especial em relação a adultos) além do retorno forçado sem possibilidade de regresso. 17.º A Agência FRONTEX coordena a cooperação operacional entre os Estados-Membros no domínio da gestão das fronteiras externas. De igual modo, apoia os Estados-Membros na formação dos guardas de fronteiras nacionais, incluindo a definição de normas de formação comuns; acompanha a evolução da investigação relevante em matéria de controlo e vigilância das fronteiras externas; entre outras iniciativas. Esta agência reforça a segurança nas fronteiras, assegurando a coordenação das acções dos Estados-Membros na aplicação de medidas comunitárias relacionadas com a gestão das fronteiras externas. 3

4 18.º Esta Agência tem levada a cabo operações com o objectivo de vigiar o Mar Mediterrâneo, direccionando - os refugiados e requerentes de asilo que procuram a protecção dos países Europeus - a novas rotas marítimas, mais arriscadas, que muitas vezes conduzem à sua morte. 19.º Porém, os migrantes, quando lhes é dada a oportunidade, são agentes de desenvolvimento social, económico e cultural, não apenas para os países de acolhimento, mas também para os países de origem através das remessas que enviam. 20.º Algumas das principais vulnerabilidades desta população, para além daquelas decorrentes do processo de saída do país de origem, centram-se na dificuldade de integração no mercado de trabalho, no reconhecimento das suas competências e na aquisição de novas habilitações. 21.º Desta forma, apoiar a integração dos refugiados e imigrantes nas sociedades de acolhimento pode maximizar o impacto positivo das migrações, promovendo a coesão social e a harmonia entre povos. Da responsabilidade das partes O Estado Português 22.º Na Cimeira de Chefes de Estado e de Governo Europeus e Africanos, que teve lugar em Lisboa nos dia 8 e 9 de Dezembro de 2008 no âmbito da Presidência Portuguesa da União Europeia a cargo do actual Governo da República Portuguesa, foram assumidos vários compromissos expressos, quer na Declaração de Lisboa, quer no respectivo Plano de Acção 23.º No plano dos princípios, tais compromissos, entre outros foram: Esta parceria e a sua evolução ulterior nortear-se-ão pelos princípios fundamentais da unidade de África, da interdependência entre a África e a Europa, da apropriação e responsabilidade comum, e da observância dos Direitos Humanos, dos princípios democráticos e do Estado de Direito, bem como do Direito ao desenvolvimento. À luz desta nova parceria, ambas as partes se propõem também aumentar a coerência e eficácia dos acordos, políticas e instrumentos existentes. O 4

5 Governo Português assumiu aqui um compromisso de respeito pelos Direitos Humanos e de Coerência. 24.º Ainda no plano dos princípios, o Governo Português também assumiu, neste contexto, um compromisso de observância do Direito Internacional e do princípio da não discriminação ao assinar a Declaração onde consta que: A parceria reger-se-á além disso por um diálogo político reforçado, pelos princípios da co-gestão e da co-responsabilidade na nossa cooperação bilateral e em relação às questões mundiais, pela repartição dos encargos e responsabilização mútua, pela solidariedade e confiança mútua, pela igualdade e justiça, por uma segurança comum e humana, pela observância do Direito e dos acordos internacionais, pela igualdade e não discriminação entre homens e mulheres e, não de somenos importância, por uma abordagem de longo prazo. 25.º O Governo Português estabeleceu conjuntamente como objectivos estratégicos comuns da nova parceria com África: (...) dar resposta a questões de interesse comum. Este objectivo inclui o reforço dos laços institucionais e aborda desafios comuns, designadamente a paz, a segurança, as migrações e o desenvolvimento e um ambiente limpo. (...) Promover a paz, a segurança, a governação democrática e os Direitos Humanos, assim como as liberdades fundamentais, a igualdade entre os homens e as mulheres, o desenvolvimento económico sustentável (...); dar resposta aos desafios mundiais e às preocupações comuns, tais como os Direitos Humanos, incluindo os direitos das crianças e a igualdade entre homens e mulheres, o comércio justo, as migrações, o VIH/SIDA, a malária, a tuberculose e outras pandemias, as alterações climáticas, a segurança e sustentabilidade energéticas, o terrorismo, a proliferação de armas de destruição maciça e o tráfico de armas ligeiras e de pequeno calibre (...). 26.º Entre as prioridades estratégicas definidas na Declaração de Lisboa, o Governo Português também se comprometeu conjuntamente e no que às migrações diz respeito, nos seguintes termos : As migrações e a mobilidade são indissociáveis da história do desenvolvimento humano e devem ser tratadas como fenómenos altamente positivos. Ao reconhecê-lo, a África e a UE tencionam prosseguir e executar políticas e programas que contemplem todas as dimensões pertinentes da migração, incluindo a migração circular. Estes esforços visam promover e gerir melhor a migração e mobilidade legais, tendo em vista apoiar o desenvolvimento socioeconómico, tanto dos países de origem como dos países de destino (...) Os parceiros tencionam promover as ligações entre migração e desenvolvimento, optimizar o impacto das remessas em termos de desenvolvimento, facilitar a participação das diásporas e comunidades migrantes nos processos de desenvolvimento, promover a defesa dos Direitos Humanos dos migrantes, assistir e proteger os refugiados e requerentes de asilo e ajudar os países africanos de origem, trânsito e destino a desenvolver capacidades para gerir as migrações de modo mais eficaz. (...) A África e a UE pretendem também dar uma resposta conjunta aos aspectos negativos das migrações, o que implica lutar em conjunto contra a migração ilegal, área em que a cooperação deve ser intensificada, nomeadamente através da 5

6 cooperação em matéria de repatriamento e readmissão de migrantes no contexto da Declaração de Tripoli e dos acordos internacionais relevantes, bem como no controlo de fronteiras e na luta contra o tráfico de seres humanos. (...) Os parceiros esforçar-se-ão também por promover o respeito pelos princípios e disposições da Convenção da UA que regula os aspectos específicos dos problemas dos refugiados em África e da Convenção de Genebra sobre os Refugiados. (...). 27.º No Plano de acção da Declaração de Lisboa, o Governo Português, comprometeu-se, ao definir conjuntamente como acção prioritária para a questão das migrações, a levar a cabo as seguintes acções: Executar a Declaração de Trípoli sobre Migração e Desenvolvimento com o objectivo de facilitar a mobilidade e a livre circulação de pessoas em África e na UE e gerir melhor a migração legal entre os dois continentes; tratar as causas profundas da migração e dos fluxos de refugiados; encontrar soluções concretas para os problemas que os fluxos migratórios ilegais ou irregulares colocam; Tratar os problemas dos migrantes que residem na UE e nos países africanos. 28.º O Governo Português, comprometeu-se conjuntamente a esperar como resultados das acções referidas no artigo anterior, as seguintes conquistas: Melhor utilização das potenciais sinergias entre migração e desenvolvimento; Progressos concretos para a resolução da situação crítica dos recursos humanos no sector da saúde e noutros sectores importantes; Reforço da cooperação em matéria de gestão da migração em África e na UE; Melhoramento da cooperação em todos os domínios da luta contra a migração ilegal ou irregular, nomeadamente mediante acordos sobre o regresso e a readmissão dos imigrantes ilegais ao seu país de origem, tal como previsto na Declaração de Tripoli; Reforço da capacidade para assegurar a protecção internacional das pessoas que dela necessitam; Melhor integração dos migrantes africanos nos respectivos países de residência na UE e em África. 29.º O Governo Português comprometeu-se conjuntamente a garantir a (...) Continuação da redução dos entraves à livre circulação de pessoas em África e na UE; Reforço dos mecanismos destinados a facilitar a migração circular entre a África e a UE. 30.º Comprometeu-se a (...) Prosseguir a integração das questões pertinentes em matéria de migração, mobilidade e emprego nas estratégias de redução da pobreza e nos documentos de estratégia por país, nomeadamente através do apoio à melhoria e actualização contínuas dos perfis de migração de cada país, tendo em particular atenção as lacunas e os desfasamentos de competências nos mercados de trabalho; (...) Continuar a progredir na aplicação do quadro estratégico da União Africana para uma política de migração para África, nomeadamente no domínio do reforço das capacidades; Promover programas regionais para melhorar a cooperação entre os países de origem, de trânsito e de destino no domínio da migração e do desenvolvimento ao longo das rotas migratórias; Melhorar a cooperação no âmbito da protecção internacional; Criar uma rede de observatórios das migrações destinados a recolher, 6

7 analisar e divulgar informações sobre os fluxos migratórios; Envidar novos esforços para tornar a transferência de remessas mais segura, rápida e barata, incluindo as que se destinam a investimentos (...) 31.º Comprometeu-se ainda a: (...) assegurar a disponibilização de dados, investigação e conhecimentos especializados suficientes aos governos; promover soluções inovadoras para a transferência de fundos; Tomar medidas para combater a exploração, a discriminação e a exclusão social dos trabalhadores migrantes; Melhorar as acções conjuntas para combater a imigração ilegal, a introdução clandestina de pessoas e o tráfico de seres humanos; Mobilizar recursos financeiros adequados, no âmbito dos fundos e mecanismos de programação existentes, para a execução efectiva das medidas previstas na Declaração de Tripoli; Solicitar às duas Comissões que acelerem a análise da viabilidade da criação do fundo previsto na Declaração de Tripoli; Estabelecer um diálogo regular sobre os migrantes africanos residentes na UE e em países africanos, com vista a resolver os seus problemas (..., entre muitas outras actividades (...). Porém, 32.º Desde Dezembro de 2007, Portugal, enquanto Estado Membro da União Europeia, tem falhado em responder às causas estruturais das migrações como as violações dos direitos humanos, as perseguições, a instabilidade política e os conflitos armados, a pobreza, o desemprego, entre outras, através de um necessário diálogo entre povos e medidas concretas de apoio e de cooperação com os países do Sul. 33.º Portugal, enquanto parte da comunidade internacional não tem conseguido centrar-se nas dificuldades que os migrantes enfrentam e a identificação de soluções para estas questões tem sido pouco procurada. 34.º A gestão das migrações levada a cabo por Portugal no contexto europeu, não tem levado em conta todas as obrigações de protecção internacional de refugiados, incluindo a importância de identificação das pessoas que necessitam desta protecção, determinando soluções apropriadas para estas. 35.º Portugal não tem contribuído para a construção de um espaço de protecção para os refugiados dentro de um contexto global da gestão das migrações. 7

8 36.º Portugal não conseguiu o equilíbrio que se impõe nas medidas de controlo e de restrição das migrações irregulares, que não devem impedir, aos refugiados, o acesso ao território e à protecção internacional. 37.º Apesar de Portugal, bem como todos os Estados, ter o direito de controlar as suas fronteiras e a entrada de estrangeiros no seu território, tem-no feito, nalguns casos violando os direitos humanos dos imigrantes, refugiados e requerentes de asilo, nomeadamente o direito à saúde, direito a aconselhamento jurídico, direito à liberdade de movimento, direito à educação, entre outros. 38.º Com a aprovação no Parlamento Europeu da Directiva de Retorno que Portugal irá transpor para o Ordenamento Jurídico nacional, Portugal estará a violar os Direitos Humanos dos migrantes, nomeadamente ao detê-los por tempo, com fundamentos e condições não razoáveis e, por isso, abusivamente. 39.º Portugal não tomou posição firme na sensibilização da FRONTEX para a situação em que vivem os migrantes no Mar Mediterrâneo, pois o seu trabalho direcciona os refugiados e requerentes de asilo que procuram protecção dos países Europeus, a novas rotas marítimas, mais arriscadas, que muitas vezes conduzem à sua morte. 40.º Portugal não tomou posição firme na sensibilização da opinião pública para as vantagens, quer para Portugal, quer para os países de origem, do acolhimento e integração dos migrantes, de modo a permitir-lhes a produção de riqueza que garanta o desenvolvimento de Portugal e dos Países de origem. 41.º O Governo de Portugal, em suma, como promotor da Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da Europa e África, subscritor da Declaração de Lisboa e do respectivo Plano de Acção, está em clara violação dos compromissos assumidos, incorrendo na forte probabilidade de, à semelhança do que sucedeu com a Declaração de Cairo (a Declaração da anterior Cimeira Europa-África), converter a Declaração de Lisboa numa estéril declaração de boas intenções. Das organizações da Sociedade Civil 42.º As Organizações da Sociedade Civil, amplamente representadas no Fórum da Sociedade Civil Euro-Africana, que teve lugar em Lisboa em Novembro de 2007, no qual foram debatidos as questões das Migrações entre os vários temas centrais no contexto da nova parceria estratégica Europa-África, também assumiram alguns compromissos de princípio e de acção. 8

9 43.º No plano dos princípios, a Sociedade Civil assumiu que: (...) Para que uma visão partilhada seja verdadeiramente apropriada pelas Sociedades Civis de ambos os Continentes, o processo estratégico tem que ser centrado-nas-pessoas, não apenas formalmente, mas através de acções concretas. (...) A participação genuína da Sociedade Civil tem que ser assegurada na definição das políticas a nível local, nacional e regional, através do estabelecimento de quadros concretos de diálogo nas instituições mais sólidas para esse efeito, o que irá garantir a integração das perspectivas da vasta gama de actores relevantes (em particular dos grupos mais marginalizados) nos processos de concepção das políticas que lhes digam respeito (...) 44.º Ainda no plano dos princípios, a Sociedade Civil definiu como objectivo: (...) o reforço da influência, na Sociedade portuguesa, aumentar a influência na Sociedade portuguesa no sentido de reforçar o sentido de solidariedade mais consistente, mais permanente da nossa população, numa perspectiva de integração no mundo em que vivemos. (...) criar um espaço de contacto, um espaço de diálogo, um espaço de articulação de processos que vêm de trás e que vão continuar. (...) As ONG Europeias devem artilhar-se com estratégias para desenhar, com os seus parceiros Africanos, uma visão renovada da Cooperação, tanto em território Africano, como em território Europeu. O que esperamos uns dos outros? Quais são as expectativas de uns e de outros? (...) 45.º No plano da acção, as Organizações da Sociedade Civil, no que diz respeito às questões das Migrações, comprometeram-se a: (...) Promover a ratificação pelos respectivos Governos, das Convenções dos Direitos Humanos relativos à migração, nomeadamente a Convenção das Nações Unidas sobre a Protecção dos direitos dos Trabalhadores Migrantes e suas Famílias; (...) 46.º No plano da acção, as Organizações da Sociedade Civil, no que diz respeito às questões das Migrações, comprometeram-se ainda a: (...) Estabelecer uma maior e melhor relação entre Organizações da Sociedade Civil e os Parlamentos, promovendo a influência das decisões políticas (lobbying); Alertar as autoridades e as populações de modo a evitar a adopção de políticas e medidas, tanto no Norte como no Sul, que criam desequilíbrios económicos e sociais e que ameaçam as condições de vida das populações e provocam as migrações; (...) 47.º No plano da acção, as Organizações da Sociedade Civil, no que diz respeito às questões das Migrações, comprometeram-se, por fim, a: (...) Promover o trabalho em rede, não apenas com ONG de Desenvolvimento, mas também com os sindicatos, as organizações de camponeses, as associações de trabalhadores e as associações de migrantes, intensificando e estreitando relações entre estes actores da Sociedade Civil; Estabelecer estratégias conjuntas de lobbying entre as Organizações da Sociedade Civil do Norte e as do Sul (especialmente nos Países onde não existe Parlamento eleito) para a defesa dos Direitos dos Cidadãos. (...) 9

10 Porém, 48.º Desde Dezembro de 2007, pouco foi feito pelas Organizações da Sociedade Civil para a consolidação das parcerias entre organizações da Sociedade Civil do Norte e do Sul, especialmente envolvendo as Diásporas, para uma capitalização equilibrada e centrada nos Direitos Humanos das potencialidades dos migrantes como agentes de desenvolvimento de ambos países de acolhimento e de origem. 49.º A Sociedade Civil pouco tem feito para pressionar, de forma eficaz, os decisores políticos e legislativos nacionais, europeus e africanos para que adoptem soluções que respeitem os Direitos Humanos e os Direitos de Cidadania de todos, especialmente os mais marginalizados e, entre estes, em particular os migrantes e refugiados. 50.ª A Sociedade Civil pouco tem feito para sensibilizar a opinião pública em geral e os líderes de opinião em particular, para a importância destes na pressão sobre os seus representantes democráticos para que encontrem soluções equilibradas e justas para os vários problemas que assolam a realidade dos migrantes e refugiados. Do pedido Assim, nestes termos e com estes fundamentos, a Plataforma Eu Acuso, pede que o Governo da República Portuguesa seja condenado a: 1. Responder às causas estruturais das migrações como as violações dos direitos humanos, as perseguições, a instabilidade política e os conflitos armados, a pobreza, o desemprego, entre outras, através de um necessário diálogo entre povos e medidas concretas de apoio e de cooperação com os países do Sul. 2. Centrar-se nas dificuldades que os migrantes enfrentam e na identificação e concretização de soluções para estas questões. 3. A gerir as migrações tendo em conta as obrigações de protecção internacional de refugiados, incluindo a importância de se identificarem as pessoas que necessitam desta protecção, determinando soluções apropriadas para elas. 4. A construir um espaço de protecção para os refugiados dentro de um contexto global da gestão das migrações. 5. Na consagração de medidas de controlo e de restrição das migrações irregulares, não impedir, aos refugiados, o acesso ao território e à protecção internacional. 6. Controlar as suas fronteiras e a entrada de estrangeiros no seu território, sem violar os Direitos Humanos dos imigrantes, refugiados e requerentes de asilo. 10

11 7. A sensibilizar a FRONTEX para a situação em que vivem os migrantes no Mar Mediterrâneo, pois o seu trabalho direcciona os refugiados e requerentes de asilo que procuram protecção dos países Europeus, a novas rotas marítimas, mais arriscadas, que muitas vezes conduzem à sua morte. A Plataforma Eu Acuso, pede ainda que as Organizações da Sociedade Civil sejam condenadas a: 1. Promover mais e melhores parcerias entre diferentes Organizações da Sociedade Civil, portuguesa, europeia e africana, numa lógica de partilha de esforços, recursos, entendimentos e estratégias. 2. Promover mais e melhores acções de lobby devidamente concertadas e direccionadas aos decisores políticos para que, como representantes democráticos da Sociedade Civil, adoptem as soluções justas, equilibradas e respeitantes da universalidade dos Direitos Humanos. 3. Promover mais e melhor acção de sensibilização, de educação para o desenvolvimento e de educação para os direitos humanos junto de todos os cidadãos. Não se visa imputar qualquer responsabilidade criminal ou outra a nenhuma pessoa em concreto com este documento. Lisboa, Novembro de 2008 Fontes: Communication from the Commission to the Council and the European Parliament: One year after Lisboa: The Africa-EU partnership at work, Bruxelas, Refugees Magazine "Refugee or Migrant, why it matters". No 148. Issue 4. UNHCR: 2007; Refugee Protection and Mixed Migration: A 10-Point Plan of Action. UNHCR: Retirado de Policy on Mixed Migration. Danish Refugee Council: Retirado de (Asylum and Migration)

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