A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NA RESSOCIALIZAÇÃO DO PORTADOR DE TRANSTORNO MENTAL
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- Eugénio Brandt Olivares
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1 A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NA RESSOCIALIZAÇÃO DO PORTADOR DE TRANSTORNO MENTAL Resumo ANDREA ABREU CALISTA 1 ARIEDNEY SÂMYLLA DE SOUZA VASCONCELOS 2 CHIRLAINE CRISTINE GONÇALVES 3 MARIA CIDNEY DA SILVA SOARES 4 GEANE SILVA 5 Introdução: No passado, o portador de transtorno mental era visto como alguém que sofria de desvio de caráter, excluído do convívio social e familiar. Com o advento da reforma psiquiátrica houve uma quebra conceitual e o mesmo foi inserido na sociedade e a família parte integrante no tratamento. Objetivou-se identificar se o profissional do CAPS II tem facilitado a inserção da família no processo de ressocialização do usuário. Metodologia: Pesquisa exploratória descritiva com abordagem qualitativa. Desenvolvida no CAPS II, em Campina Grande-PB, através de questionários aplicados a enfermeiros, para analise foi aplicada a técnica de conteúdo proposta por Bardin. Resultados: Encontramos que 80% dos profissionais estão entre anos e 60% tiveram outras experiências na área de saúde mental. No que se refere às ações desenvolvidas como forma de ressocializar os usuários, emergiram cinco categorias: Atividades de Lazer; Grupo de Família; Oficinas Terapêuticas; Parcerias; Cursos Profissionalizantes. No que diz respeito às dificuldades encontradas para realizar ações com os usuários: Falta de recursos físicos e materiais; Família não apóia. Em relação à importância da família no tratamento surgiu: Envolvimento do familiar no tratamento, O familiar visto como facilitador no processo de ressocialização; Responsabilidade familiar pela reinserção social do portador de transtorno psíquico, o que melhora as condições do usuário. Conclusão: Nesse tocante observamos que as mudanças advindas com a reforma psiquiátrica repercutiram significativamente no tratamento do portador de transtorno mental, onde a família passou a ser parte integrante nesse processo, tendo os seus direitos resguardados, exercendo seu papel cuidador. PALAVRAS-CHAVE: Ressocialização. Psiquiatria. Família. 1 INTRODUÇÃO 1 Enfermeira, especialista em auditoria pela Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande, enfermeira do PSF de Guarabira. andrea_fcm@hotmail.com 2 Enfermeira, especialista em auditoria pela Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande. Coordenadora de Enfermagem da emerg~encia Psiquiátrica de Campina Grande. samylla_vasconcelos@hotmail.com 3 Enfermeira Mestre em Saúde Coletiva, doutoranda em ciências e tecnologia, Coordenadora do CEP/CESED e docente da Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande. Supervisora da emergência psiquiátrica de Campina Grande. 4 Graduanda do oitavo período de enfermagem da Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande. e- mail: Mayara.raquielle@hotmail.com 5 Relatora. Graduanda de enfermagem do sexto período de enfermagem da Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande
2 Transtornos mentais são alterações do funcionamento da mente que comumente alteram o desempenho da pessoa em todos os aspectos da sua vida social, incluindo a vida familiar, seu aspecto pessoal, o trabalho, os estudos, a compreensão de si e dos outros, a possibilidade de auto crítica, a tolerância aos problemas e a possibilidade de ter prazer na vida¹. Com a Reforma Psiquiátrica houve o rompimento da ciência que tinha como elementos norteadores a objetivação do fenômeno da loucura e a patologização dos comportamentos humanos, e passou a ser focalizado o modo de viver e sentir o sofrimento do sujeito, buscando mudanças para que este pudesse interagir socialmente. Após a criação do modelo de reabilitação através da inclusão social a convivência dentro de casa com o portador de transtorno mental tornou-se, então, fundamental, e a família tornou-se parte integrante deste tratamento². A lei que rege a Reforma Psiquiátrica em nosso país proíbe a construção de novos hospitais psiquiátricos e a contratação pelo serviço público de leitos e unidades particulares deste tipo; estabelece ainda que os tratamentos devem ser realizados, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental e, como finalidade primordial, procura a reinserção social do doente mental em seu meio. Com este fenômeno da desinstitucionalização, passaram a surgir novos serviços de atenção à saúde psiquiátrica, denominados de CAPS, Residências Terapêuticas e Hospitais-Dia.³ Tais serviços são caracterizados como estruturas intermediárias entre a internação integral e a vida comunitária e são impulsionados pelos projetos da Reforma Psiquiátrica, que vêm sendo implementados na maior parte dos Estados brasileiros. Com este referencial consideramos que a reforma psiquiátrica objetiva repensar o modelo assistencial, o fazer dos trabalhadores de saúde mental, as instituições jurídicas, a relação da sociedade como um todo com o indivíduo em sofrimento psíquico e suas demandas para propiciar a ressocialização adequada para cada individuo. A ressocialização ou reabilitação psicossocial deve promover um nível ótimo de interação entre indivíduos e sociedades e a minimização de incapacidades e desvantagens físicas ou mentais, dando ênfase às escolhas individuais em como viver harmoniosamente em comunidade, devolvendo o direito de cidadania, que há tanto tempo foi retirado do portador de transtorno mental 4. Atualmente no novo modelo de assistência oferecida, os profissionais de saúde buscam a melhoria nos serviços prestados aos pacientes com distúrbios mentais, e sob esse
3 novo prisma vale ressaltar a importância da inserção da família no processo reabilitativo, pois esta tem papel primordial na assistência aos portadores desses transtornos. Com a família fazendo parte do tratamento, a saúde mental passa a ganhar uma maior relevância, pois o tratamento passa a ser dentro do próprio âmbito social, o que garante ao portador de transtorno mental a cidadania, pois esta é um direito de todos independe de suas debilidades. 2. OBJETIVO. - Identificar se o profissional do CAPS II tem facilitado a inserção da família no processo de ressocialização do usuário, destacando o direito do familiar a participar desse processo. - Destacar as ações que têm sido desenvolvidas pelos profissionais no CAPS II que usem a ressocialização dos pacientes portadores de transtorno mental. 3. METODOLOGIA. Trata-se de uma pesquisa exploratória descritiva com abordagem qualitativa. Desenvolvida no CAPS II (Centro de Atenção Psicossocial), na cidade de Campina Grande. A amostra foi constituída por profissionais de nível superior que trabalham no CAPS II, desta cidade. Para operacionalização da pesquisa, o projeto foi submetido à apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba, obtendo parecer favorável. O desenvolvimento da Pesquisa seguirá as diretrizes emanadas da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde 5, que regulamenta as normas aplicadas a pesquisas que envolvem direta ou indiretamente seres humanos. Os dados foram coletados através da aplicação de questionários semi-estruturados com questões abertas versando sobre o tema em questão. Os dados foram analisados através da análise do conteúdo, pois segundo Bardin 6, a análise de conteúdo é uma técnica de investigação que faz parte de uma descrição objetiva e sistemática do conteúdo das comunicações, tendo uma organização própria no procedimento da análise, que permite a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção / recepção destas mensagens. Optou-se pela apresentação em narrativa por esse ser um método que vem ganhando proeminência cada vez maior, configurando-se como uma importante abordagem no
4 campo qualitativo de pesquisa do tipo interpretativo, além de aproximar a opinião, as idéias, a experiência e a prática dos participantes a partir de suas próprias percepções. 4. ANÁLISE E DISCUSSÃO. 4.1 Caracterização da amostra Na pesquisa foram entrevistados, 10 dos 14 profissionais de nível superior do CAPS II de Campina Grande, o que corresponde a aproximadamente 72% da população da pesquisa. Todos os profissionais são do sexo feminino e trabalham no CAPS II a mais de 6 (seis) meses. No que se refere à idade 80% dos profissionais estão entre 40 e 49 anos o que denota uma maior maturidade destes, nas realizações de atividades com o usuário. Quanto ao tempo de formação dos profissionais 57% tem entre 11 e 15 anos o que mostra uma relativa experiência na sua área de atuação. Em relação a ter trabalhado ou não em outro serviço de Saúde Mental 60% destes profissionais já passaram por outras experiências na área o que é significante para uma maior qualidade na assistência prestada aos os usuários. ANÁLISE QUALITATIVA. 4.2 Ações desenvolvidas pelos profissionais do CAPS II, como forma de ressocializar os usuários. Acredita-se que as ações desenvolvidas à família de indivíduos portadores de transtornos mentais devem-se estruturar de maneira a favorecer e potencializar a relação entre familiar/ usuário/ profissional/ serviço/ sociedade 7. No que se refere a essas ações e as medidas realizadas para uma melhor reinserção dos usuários na sociedade foi possível encontrar as seguintes subcategorias: Atividades de Lazer.
5 São desenvolvidas ações que buscam uma maior reinserção dos usuários na sociedade. Isso observado no discurso da profissional 2: São desenvolvidas atividades esportivas e culturas como forma de reintegrar os usuários na sociedade Grupo de Família. É uma forma de trazer a família para o tratamento, já que muitas vezes esta e tida como causadora do distúrbio do seu familiar. Como relata a Profissional 1: Quando a família tem entendimento de sua importância no tratamento, tornase mais viável a evolução do usuário assim como sua ressocialização. A família é a base para uma boa estrutura emocional em relação ao portador de doença mental, tanto para prevenção da crise, quanto para a manutenção e recuperação do estado saudável. É fato que a mesma passa por uma série de reestruturação em suas rotinas, gastos e sobre cargas emocionais, fazendo-se necessário um melhor atendimento e o desenvolvimento de ações dirigidas não apenas ao portador dos distúrbios mentais, mas que englobem também a família Oficinas Terapêuticas. Têm por objetivo inserir os deficientes mentais na sociedade, com o desenvolvimento de atividades artísticas e artesanais, respeitando o tempo e a capacidade de aprendizado de cada usuário. Enfatizado no discurso da Profissional 1: São ações que possibilitam a reabilitação e a reinserção destes na sociedade com o desenvolvimento de oficinas de teatro, dança e trabalhos manuais. As oficinas terapêuticas têm como ótica a valorização do sujeito no seu meio social. Ter a vida por objeto primeiro, significa muito mais que preservação desta, comumente exemplificada na ausência de doença, ou pela assistência à doença, mas antes e
6 fundamentalmente, é a qualidade desta vida o que está em cena, em suas características mais diversas, desde o acesso a bens, à cultura, à educação, ao trabalho, à convivência, à história... até o direito de cada indivíduo se exercitar sujeito de seu próprio 'destino', patamar máximo de respeito à vida, o direito de cidadania, uma espécie 'rara' de saúde Parcerias. Muitos dos profissionais vêem a necessidade da ampliação das parcerias com outras instituições (PSF s, clubes, escolas e setores profissionalizante), como forma de melhorar a ressocialização de pacientes com transtornos mentais. Exemplificado nos discursos abaixo: A ampliação de parcerias que facilitam reinserção destes na sociedade e a convivência social e familiar.... Profissional 1 O aumento das parcerias com instituições, associações, igrejas e a realização de palestras em escolas e PSF s. Profissional 2 Que tenha maiores parcerias para que o serviço funcione com êxito Profissional Cursos Profissionalizantes. É mais uma estratégica utilizada para uma melhor reinserção dos usuários na sociedade, onde são oferecidos extra caps cursos de panificação, digitação e trabalhos manuais, como forma de renda para estes usuários. Como relata a Profissional 5: Surgem cursos extra caps, onde alguns tem a oportunidade de executa-los, para a sua auto-sustentação Dificuldades encontradas para realizar ações como os usuários no CAPS II.
7 Em relação às dificuldades encontradas pelos os profissionais para realizar ações que busquem uma maior ressocialização dos usuários foram encontradas as seguintes subcategorias: Recursos físicos e materiais. Boa parte dos profissionais questionaram quanto ao espaço físico limitado, o que dificulta a realização de algumas atividades, ou até mesmo a não realização dessa devido a falta de espaço e condições precários do serviço. Observar-se no relato da Profissional 10: Espaço físico limitado, esgoto sai para o serviço contaminando todo o local. Outro problema citado foi a escassez de recursos matérias para o desenvolvimento de algumas atividades. Ressaltado no discurso do Profissional 5: A falta de matérias didáticos para o desenvolvimento de atividades Família. Observa-se que a resistência oferecida pelos familiares é o principal fator citado pelos profissionais como causador de dificuldades para que as ações do CAPS II sejam realizadas eficazmente com os usuários. Isso é enfatizado nos discursos dos Profissionais 4 e 6:... a família não investe no tratamento. Deixa para o CAPS. Família não concorda com o tratamento. Antigamente a família era afastada do tratamento oferecido ao seu familiar devido ao entendimento de que esta apenas o dificultava, hoje ela deve ser incluída, pelo entendimento de que o portador de transtorno mental necessita de um tratamento digno, e que a participação da mesma é fundamental para sua recuperação, apesar de toda resistência da mesma não podemos desconsiderar as dificuldades encontradas pela família
8 nessa convivência e na aceitação do sujeito com transtornos mentais, já que antes a sociedade escondia os pacientes atrás de muros manicomias como se fossem grandes ameaças ao status e à segurança social, daí a importância de se assistir não apenas o doente mental, mas também a família destes pacientes Importância da família no tratamento. No tocante da inserção da família no tratamento, todos os profissionais foram unânimes no reconhecimento da evolução dos usuários quando a esta passa a interagir com o tratamento, cumprindo sua função de primeira rede social da pessoa, diminuindo assim o stress e conseqüentemente as recaídas dos usuários 9. As subcategorias abaixo mostram como se dá a participação da família no tratamento e a importância e as atribuições dadas pelos profissionais a esses familiares Envolvimento do familiar no tratamento. Observa-se que há dificuldade de relacionamento da família com um portador de doença mental, devido muitas vezes, às atitudes agressivas, ausência de afeto, a imprevisibilidade social. O que falta à família é mais um esclarecimento sobre a doença que seu ente querido desenvolveu como lidar com essa situação, para isso se faz necessária a participação da mesma no tratamento². Segundo os profissionais entrevistados a participação da família no tratamento dos usuários da unidade ocorre através de grupos de família; nas reuniões semanais; em assembléias trimestrais; no atendimento dos casos individualmente e através dos eventos que são promovidos pelos profissionais da unidade. Conforme relata a Profissional 6: A família participa aqui no CAPS do grupo de família com psicólogos, o que tem facilitado o tratamento O familiar visto como facilitador no processo de ressocialização. Todos os profissionais reconhecem que, apesar de ainda haver resistência dos familiares e nem todos estarem cientes de sua importância na ressocialização dos usuários,
9 há uma grande evolução para os usuários que recebem atenção da sua família. Isso demonstrado nos discursos abaixo:... a família é à base do tratamento. Caso contrário não pode haver êxito no processo de recuperação. Profissional 5 Os distúrbios mentais têm varias causas entre elas à relação conflitada e ambivalente da família. Portanto sem está torna-se inviável o tratamento. Profissional 4 A família é a base para uma boa estrutura emocional em relação ao portador de doença mental, tanto para prevenção da crise, quanto para a manutenção e recuperação do estado saudável 8. Como afirma os discursos a seguir: É visível e notório a evolução do usuário cuja família participa ativamente do projeto terapêutico deste. Profissional 1 A família é um suporte no tratamento e a ajuda desses usuários. Profissional 3... quando a família participa do andamento do tratamento fica mais fácil envolver esse usuário na comunidade. Profissional O familiar como responsável pela reinserção social do portador de transtorno psíquico. Os profissionais orientam a família a participarem ativamente do processo de ressocialização do usuário, pois consideram isso um meio inovador e promissor para a reabilitação e inserção desses na sociedade.
10 Dentre as atribuições dadas pelos profissionais está a participação da família no grupo de família, onde esses são orientados no acompanhamento correto para com os usuários, levá-los à igreja, shopping e cinema. Como mostra os discursos abaixo: Participarem do projeto terapêutico, nas reuniões de família, nas assembléias, nas comemorações de datas alusivas. Profissional 1 Orientamos a sair dos muros, levá-los à igreja, cinema, shopping, enfim a comunidade. Profissional 4 Eles são informados e orientados nessa perspectiva através do grupo de família como também no tocante da responsabilização. Profissional 9 5. Conclusão. Entendemos que a reforma psiquiátrica trouxe uma série de mudanças no tratamento do doente metal, o que antigamente era visto com aversão pela sociedade, fazendo com que estes fossem excluídos e trancafiados longe de qualquer contato com a sociedade. A Reforma permitiu que este tipo de comportamento fosse quebrado, proporcionando um novo tratamento com a ressocialização destes usuários, trazendo um novo prisma nas suas vidas e fazendo com que a família fosse parte integrante desse processo. No presente estudo, vimos que muitas são as formas para a reinserção do paciente com transtornos mentais na sociedade dentre elas a realizações de oficinas terapêuticas (dança, teatro e trabalhos manuais), os cursos profissionalizantes (panificação, digitação e trabalhos manuais), que visa inserir o doente mental no mercado de trabalho, como forma de renda para este e consequentemente proporciona uma maior ressocialização do mesmo.
11 As atividades ocupacionais e o trabalho incentivados pelas ações dos profissionais de Enfermagem e das demais categorias se perpetuam por meio de relações interpessoais e estão possibilitando aos sujeitos maior perspectiva na interlocução social, reintegrando os indivíduos portadores de transtornos mentais ao seu meio social. Outro pilar da reforma é a inserção da família no tratamento do usuário, apesar de toda a resistência por parte de alguns familiares no tratamento, como foi relatado nesse estudo, percebe-se que, com a família fazendo parte desse processo melhor é a evolução do usuário e mais fácil torna-se para este viver em sociedade. Neste ponto é de grande importância que o Enfermeiro, pelo status que conseguiu perante a sociedade, enfatize, juntamente com os demais profissionais da equipe, para os familiares, sobre a importância da participação destes no processo de reabilitação do usuário, acolhendo-o de forma eficaz na estrutura familiar e incentivando-o a aderir ao tratamento recomendado e buscando formas de fazê-lo sentir-se realmente como um integrante da sociedade em que vivem. Apesar de toda a mudança já ocorrida observa-se que há muito para se fazer para que estes sejam aceitos de maneira igualitária na sociedade e que esta tão falada cidadania seja devolvida a estes que por tanto tempo foram excluídos, mas os primeiros passos já foram dados e consequentemente trouxeram uma maior evolução no quadro clínico de cada usuário, que tem hoje a oportunidade de viver em sociedade, fazendo valer seus direitos de cidadãos e de pessoal humana digna de respeito, confiança e afeto. REFERÊNCIAS 1. AMARAL, Osvaldo Lopes. Transtornos mentais. Disponível em: http: // transtorno. htm SPADINI, Luciene Simões et al. A doença mental sob o olhar de pacientes e familiares. Disponíveis em: n.1/a 17v.40.n.1.pdf Acessado em: 23 de abril de BRASIL. Lei nº , de 6 de abril de Dispões sobre os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Brasília (DF): Ministério da Saúde, 2001.
12 4. HIRDES, Alice; KANTORSKI, Luciane Prado. Reabilitação psicossocial: objetivos, princípios e valores. Rev. Enf. UERJ, Rio de Janeiro, v.12, n.2, p , Maio/Ago BRASIL. Ministério da Saúde. Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil. Brasília, Disponível em; http: // portal. saude. gov. br/ portal/ arquivos/ pdf/ Relatório 15% 20 Caracas. pdf. Acesso em 1º de abril de BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, COLVERO, Luciana de Almeida et al. Família e doença mental: a difícil convivência com a diferença Disponível em: reeusp/ upload/ pdf/ 112.pdf. Acesso em 22 de abril de ALONSO, S. G. Falando sobre a reinternação psiquiátrica: a voz dos pacientes. São Paulo; Escola de Enfermagem da USP, PEREIRA, Maria Alice Ornellos et al. Transtorno mental: dificuldades enfrentadas pela família Disponível em: /reeusp/upload/pdf/158.pdf. Acessado em: 05 de março de 2008.
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