Sociedade e Estado ISSN: Universidade de Brasília Brasil

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Sociedade e Estado ISSN: Universidade de Brasília Brasil"

Transcrição

1 Sociedade e Estado ISSN: revistasol@unb.br Universidade de Brasília Brasil Pinheiro Koury, Mauro Guilherme Pela consolidação da sociologia e da antropologia das emoções no Brasil Sociedade e Estado, vol. 29, núm. 3, septiembre-diciembre, 2014, pp Universidade de Brasília Brasília, Brasil Disponível em: Como citar este artigo Número completo Mais artigos Home da revista no Redalyc Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe, Espanha e Portugal Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto

2 Pela consolidação da sociologia e da antropologia das emoções no Brasil * Recebido: Aprovado: Mauro Guilherme Pinheiro Koury** Resumo: Este artigo tem por objetivo realizar uma breve panorâmica da situação da sociologia e da antropologia das emoções no Brasil, desde o seu surgimento, no final da primeira metade da década de 1990, até o presente. Baseia-se, entre outras fontes, em dados recolhidos em congressos e encontros realizados no Brasil e na América Latina, que tiveram grupos de trabalho em antropologia e sociologia das emoções, ou temas a elas correlatos. Palavras-chave: sociologia das emoções; antropologia das emoções; estado da arte da sociologia e da antropologia das emoções; consolidação da área disciplinar. O que é antropologia e sociologia das emoções? A sociologia e a antropologia das emoções se constituíram como subárea de conhecimento das disciplinas antropologia e sociologia, resultado de um processo iniciado nos Estados Unidos nos anos de No Brasil, o seu surgimento e a luta pelo reconhecimento e processo de consolidação aconteceu quase duas décadas depois, nos anos de A constituição dessas novas disciplinas deu-se como um processo de busca de rejuvenescimento da teoria social, permitindo uma releitura da tradição sociológica e antropológica, desde os seus clássicos. Esta nova leitura foi influenciada, principalmente, pela filosofia francesa de Derrida e Foucault e pela filosofia social de Simmel e através da redescoberta do processo civilizador, de Norbert Elias (1990; 1993), entre outros autores. Nos Estados Unidos, a revisão da teoria social que gestou e permitiu os primeiros passos da antropologia e da sociologia das emoções, deu-se pari passu à redescoberta das filiações interacionistas desenvolvidas pelo que se convencionou chamar de Escola de Chicago, e uma revisão e crítica do estrutural-funcionalismo parsoniano, dominante desde o final da década de 1940 no pensamento social local 2. A sociologia e a antropologia das emoções espalharam-se pelo mundo, com construções teórico- -metodológicas diversas, e até mesmo conflitantes, na busca de situar as emoções como categoria central para se pensar a inter-relação entre indivíduo e sociedade: fundamento da constituição das ciências sociais. * Conferência realizada a convite do Grupo de Pesquisa Cultura, Sociabilidades e Sensibilidades Urbanas do Centro de Recursos Humanos da Universidade Federal da Bahia, em 3 de maio de ** Doutor em sociologia e professor de Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal da Paraíba; coordenador do Grupo de Pesquisa em Antropologia e Sociologia das Emoções (Grem) da mesma universidade. <maurokoury@ gmail.com> 1. Ver, entre outros, Kemper (1990); Lutz & White (1986); Svasek (2006); Röttger-Rössler (2008). 2. Sobre a influência do projeto parsoniano e sua influência na antropologia americana dos anos de 1940 e 1950, ver Adam Kuper (2002), especialmente o capítulo 2, A visão das ciências sociais: Talcott Parsons e os antropólogos americanos, p

3 No Brasil, já existem algumas pesquisas e ensaios que tentam apresentar e compreender esse processo de formação de uma área temática que traz as emoções para o centro dos debates sociais e culturais, como categoria analítica central. Nesta direção, conta-se, entre outros, com a tese ainda inédita de Torres (2009), os livros e artigos de Koury (2004; 2005; 2009) e o ensaio de Rezende e Coelho (2010), que buscam situar o debate e os caminhos da antropologia e da sociologia das emoções no cerne da tradição sociológica e antropológica brasileira e mundial. 3. É importante frisar que os estudos sistemáticos em antropologia e sociologia das emoções na América Latina são, ainda, mais recente do que no Brasil, sendo os primeiros esforços nessa direção datados do final desta primeira década do século XXI, isto é, 2008, com o surgimento do Grupo de Trabalho em Sociologia das Emoções e do Corpo no Congresso da Associação Latino- Americana de Sociologia (Alas), na Argentina. Note-se, por outro lado, que na antropologia, um Grupo de Trabalho em Antropologia das Emoções aparece um pouco mais cedo, em 2003, através do Grupo de Pesquisa em Antropologia e Sociologia das Emoções (Grem) e coordenado pelo autor deste artigo. Este artigo, assim, tem por objetivo realizar uma breve panorâmica da situação da sociologia e da antropologia das emoções no Brasil, desde o seu surgimento, no final da primeira metade da década de 1990, até o presente. Baseia-se, entre outras fontes, em dados recolhidos em congressos e encontros realizados no Brasil e na América Latina 3, que reuniram grupos de trabalho em antropologia e sociologia das emoções, ou temas a elas correlatos. Quem e o que se está produzindo em antropologia e sociologia das emoções no Brasil, nestes últimos vinte anos? Como já indicado acima, a sociologia e a antropologia das emoções no Brasil tem uma vida bem recente. Surgem como postulação afirmativa de campos disciplinares que se expandem no país, principalmente a partir de meados de A discussão e as análises sobre emoções e as suas interfaces com a cultura e a sociedade, porém, têm uma vida mais longa e podem ser mesmo vinculadas com as obras e os estudiosos fundadores do pensamento das ciências sociais brasileiro. Os trabalhos de Gilberto Freyre, Paulo Prado, Sérgio Buarque de Holanda sobre a construção e constituição da nação brasileira, passando por Roger Bastide, em sua longa estada no Brasil, e pelos trabalhos de Oracy Nogueira, entre tantos outros, já colocam a questão das emoções e das relações intersubjetivas no constructo social como uma das problemáticas definidoras da busca de identificação das bases compreensivas para a constituição da realidade brasileira. Porém, apesar das emoções estarem presentes e serem importantes para as pesquisas e os estudos das ciências sociais brasileiras de então, não foram usadas como objeto de pesquisa próprio, funcionando, no máximo, como variável interveniente na análise do social e da cultura. De forma equivalente aos clássicos das ciências sociais, a cultura emocional foi trabalhada por esses precursores, no Brasil, de forma abstrata e subsumida nas análises estruturais sobre a sociedade brasileira. Este quadro analítico predominou sobre os estudos realizados pela antropologia e sociologia brasileiras até a segunda metade da década de Vale salientar, ainda, que na constituição dessas disciplinas na academia brasileira como disciplinas científicas, do final dos anos de 1930 até os

4 e 1970, a sociologia e a antropologia sobretudo a primeira procuraram afastar de suas análises os fantasmas da subjetividade, delimitando a objetividade das relações sociais como fundamento de análise. O esforço em favor de criação de uma cultura acadêmica no país que aceitasse a antropologia e a sociologia, sobretudo como disciplina padrão e de rigor científico adequado para a análise do social, e de que suas análises contivessem padrões de verdades científicas a serem comprovadas e, possivelmente, submetidas ao crivo de aplicações por instituições e instâncias diversas no social, como o planejamento social, por exemplo, fizeram parte desse processo de formação e de consolidação de um pensamento das ciências sociais e, aqui, especificamente, da sociologia, no país. Neste empenho de criação de um pensamento científico, as análises de um Gilberto Freyre e de um Sérgio Buarque de Holanda, por exemplo, foram discriminadas do campo científico das ciências sociais em busca de consolidação no país, por serem avaliadas como ensaísticas e subjetivas, isto é, sem o rigor científico adequado, e os seus autores considerados como precursores destes novos campos de saber que se abria no Brasil 4. É importante enfatizar que a revisão da obra destes precursores, pelas ciências sociais, e suas contribuições para o pensamento social e para as ciências sociais no país, só começam a acontecer no final da década de Desde o final da década de 1970, porém, os estudos de Roberto Da Matta já convocam os pesquisadores e os estudiosos das ciências sociais no país, a partir da antropologia, para prestarem atenção especial à questão das emoções. Embora ainda sem estabelecer em suas análises um parâmetro próprio para o tratamento das emoções, como categoria analítica. Em seus trabalhos e discussões sobre o Brasil, sobre o dilema do ser e de ser brasileiro, Da Matta (1979) levanta hipóteses nas quais os sentimentos e suas formas de expressão no social perpassam a constituição do público e do privado no país 5. Em A casa e a rua, Da Matta (1987) discute os conceitos de sociedade relacional e de sociedades individualistas, opondo os dois tipos de organização social delas oriundas e inter-relacionando à lógica brasileira inerente ao primeiro tipo de sociedade, isto é, ao de sociedade relacional. Este parâmetro analítico o acompanhará por quase toda a sua obra, na qual buscará entender o cotidiano brasileiro, seus rituais e modelos de ação, seus dilemas dentro de um método estrutural baseado, em amplos termos, na leitura de Marcel Mauss (1974) e, sobretudo, Louis Dumont (1985), sobre o problema do individualismo e de pessoa no social. 4. Nesta direção, ver o importante debate durante mais de duas décadas ( ) sobre a sociologia como ciência e o seu processo de consolidação entre Florestan Fernandes e Guerreiro Ramos, que traz luz a este debate. 5. Para uma análise crítica contemporânea à obra de Da Matta, e para uma revisão das interpretações do dilema brasileiro, ver Pina Cabral (2007); Souza (2000; 2001); Maciel (2007), entre outros. No esforço de compreensão da realidade brasileira e de seus dilemas, parte da análise do cotidiano e dos rituais, e dos modelos de ação social, através de uma costura ana- 843

5 lítica que coloca em tensão a relação entre as noções de indivíduo e de pessoa, como categorias que se articulam de modo peculiar na formação do social e da cultura do país. Elabora, assim, uma leitura antropológica e sociológica da realidade brasileira, dentro de um modelo dual de análise, que contrapõe a pessoa em relação ao indivíduo, em um processo contínuo de distopia. Para Pina Cabral, Assim, o sociocentrismo de Da Matta, contrariamente ao de Louis Dumont e Marcel Mauss, é distópico: o Brasil, afinal, não vai chegar à modernidade, vai ficar preso em um limbo indeciso em que a modernidade e a tradicionalidade se cancelam mutuamente e no qual só esse cancelamento mútuo permite a existência de sociedade, de segurança. O Brasil é dual, é dilemático, porque o encontro dos dois mundos potencia a desumanidade de ambos (Pina Cabral, 2007: 98). Os modelos de ação e rituais cotidianos, no Brasil, deste modo, envolvem uma oposição e, simultaneamente, uma espécie de aprisionamento, entre as duas lógicas presentes na sociabilidade local. Segundo Da Matta, uma lógica institucional, visível e superficial, da qual o indivíduo emerge como sujeito estatístico e é submetido a leis impessoais, e uma lógica culturalista, estruturante do imaginário e do inconsciente brasileiro, onde a pessoa emerge como ser relacional e se encontra submetido a esferas hierárquicas do sistema social. Esta oposição e aprisionamento faz do dilema brasileiro uma relação sempre tensa, mas resolvida através de um sistema de dominância do componente pessoa sobre o outro componente, individualizante e abstrato, que restaura a harmonia dos conflitos entre a casa e a rua, através da lógica hierárquica inerente à atitude relacional, com referência ao sistema social presente na noção de pessoa. Para Da Matta, deste modo, a compreensão da realidade social brasileira, e o entendimento do dilema brasileiro, da cultura e da trama das emoções e sentimentos deles emersos se dão através de uma leitura estrutural da sociedade via distopia, isto é, utilizando as suas palavras a de ser um indivíduo numa sociedade que tem seu esqueleto numa hierarquia [ ] (Da Matta: 1979: 188). Da Matta, assim, rejeita uma análise que valoriza as relações subjetivas entre os sujeitos relacionais, e que parta de uma troca entre os indivíduos e a sociedade para a compreensão de um social. Pare ele, é através das leis, das normas e dos valores de um sistema social que se pode compreender o comportamento relacional entre indivíduos nele presentes. Gilberto Velho foi outro autor importantíssimo na configuração de uma antropologia e de uma sociologia das emoções no Brasil. Velho, em seus estudos e pesquisas, 844

6 enfatizou a cultura emocional, principalmente a das classes médias, no Brasil urbano contemporâneo, principalmente o carioca da Zona Sul da cidade. Como Da Matta, parte de uma dualidade estruturante da realidade brasileira entre os sistemas hierárquicos e os sistemas individualistas, e baseou o seu aporte para a construção e o entendimento da lógica da hierarquia no Brasil na análise dumoniana, entre os sistemas holistas e individualistas. Diferente de Da Matta, contudo, que busca uma espécie de padrão único para a interpretação do ser social e cultural brasileiro, Velho partiu do pressuposto de uma diversidade de padrões comportamentais e de sistemas individualistas e holistas na sociedade nacional, e enfatizou a procura pela compreensão do social brasileiro das classe médias urbanas através da lógica individualista. Discute a emergência do indivíduo psicológico no Brasil urbano, e o individualismo crescente nas camadas médias urbanas das grandes metrópoles. Enfatizou, também, os rearranjos familiares e de amizade, e a lógica individualista dos projetos de vida, em contraposição aos projetos societários e coletivos. Tais relevos e destaques aconteceram no interior de uma leitura teórico-metodológica, de grande influência simmeliana, que mistura a análise fenomenológica com a análise interacionista dos dois momentos importantes da escola de Chicago. Nesta última, principalmente, através de autores como Robert Park, George Mead, Herbert Blumer, Erving Goffman e Howard Becker, sem desprezar, contudo, a leitura atenta e atenciosa de autores da escola francesa, como, por exemplo, Marcel Mauss, Claude Lévi-Strauss e Louis Dumont. Velho elaborou, deste modo, uma análise profunda e profícua sobre as questões ligadas à relação entre as formas de subjetividade e a objetividade na análise da cultura e do social, bem como, sobre a problemática das emoções e da cultura emocional urbana na contemporaneidade brasileira. Assim, problematizou a tensa relação entre os indivíduos e a cultura e sociedade, fazendo desta tensão um tema recorrente em sua obra. As relações entre indivíduo, cultura e sociedade, tal como analisadas em Velho, marcam uma dualidade que parece manifestar-se e expressar-se de diferentes formas, em outras relações, como, por exemplo, nas relações entre o grupo e seus membros ou, nas relações existentes, ou não, entre os projetos individuais e os campos de possibilidade oferecidos para o seu aparecimento e realização. Do mesmo modo, nas tensões entre a questão das unidades individual e social, e da fragmentação nas sociedades complexas, ou, ainda, nas questões relacionadas às tensões permanentes entre o consenso e o conflito, e entre as normas e o desvio, na busca de demonstrar o caráter heterogêneo do urbano, onde diferentes projetos, individuais e coletivos, chocam-se e interpenetram-se em rearranjos sempre em movimento. 845

7 A noção de projeto é um de seus conceitos fundamentais, no tratamento da questão da heterogeneidade mencionada, e das tensões relacionais entre indivíduos e a cultura em uma sociedade complexa. Para ele, seguindo de perto a análise realizada por Alfred Schutz (1970), a noção de projeto implica uma avaliação dos meios e dos fins das ações humanas coletivas e individuais, estando, portanto, fortemente vinculada a uma realidade objetiva e externa (Velho, 1981; 1986). O que leva o pesquisador, também, é claro, para uma avaliação consciente das condições subjetivas de elaboração dos projetos, estratégias montadas, e busca de caminhos para a sua concretização. Assim, o conceito de projeto individual, para Velho, não é um fenômeno puramente interno e subjetivo, mas, formulado e elaborado dentro de um campo de possibilidades, e circunscrito histórica e culturalmente, tanto em termos da própria noção de indivíduo no social, quanto às temáticas, prioridades e paradigmas culturalmente existentes. Para ele, seguindo uma lógica simmeliana, cada indivíduo é um lócus de tensão entre os constrangimentos da cultura, que solicitam o enquadramento a padrões específicos, e outros constrangimentos de cultura, que pedem ao indivíduo autonomia e singularidade. O equilíbrio entre estes constrangimentos faz parte da carga de pressões cotidianas e das tarefas diárias dos indivíduos nas sociedades ocidentais contemporâneas. O que o leva a desenvolver as temáticas sobre o ser no mundo, das ideologias individualistas, das alianças, das diferenças individuais, da questão geracional, da problemática da família, da psicologização das sociedades urbanas contemporâneas, da relação entre a racionalidade e as emoções, das relações entre a cultura objetiva e a cultura subjetiva esta última cara à análise simmeliana, onde a questão ascende como elemento compreensivo fundamental no jogo ambivalente de formação dos sujeitos sociais e individuais para a análise da sociabilidade urbana contemporânea. Além e principalmente, para o entendimento da emergência, da fundação e dos modos de agir e de significar dos indivíduos pertencentes às camadas médias urbanas, com ênfase na sociabilidade carioca, onde concentrou os seus estudos e pesquisas, de modo particular. Gilberto Velho, portanto, pode ser considerado como um dos autores fundamentais para a compreensão da questão das relações entre a subjetividade e a sociabilidade, que movimenta quadros teóricos e dá suporte interpretativo ao pensamento recente e estruturador de uma sociologia e de uma antropologia das emoções no Brasil. Pode ser considerado, dessa maneira, um precursor importante e, talvez, o principal deste novo campo analítico que lida, desde os anos de 1990, com as relações entre as emoções, a cultura e a sociedade no país. 846

8 Grupos de pesquisa em antropologia e a sociologia das emoções no Brasil Desde os anos de 1990, com o surgimento da sociologia e da antropologia das emoções como interesse de pesquisa no Brasil, há o esforço de consolidação destes campos disciplinares. Três grupos de pesquisa situados em diversas instituições acadêmicas brasileiras têm se movimentado no sentido do fortalecimento, da divulgação e da concretização destas áreas: o Grupo de Pesquisa em Antropologia e Sociologia das Emoções (Grem), criado em 1994, na Universidade Federal da Paraíba (UFPB); o Grupo de Pesquisa Transformações da Intimidade, que trabalha na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) desde 1998; e o Grupo de Pesquisa Cultura, Sociabilidades e Sensibilidades Urbanas, instituído desde 2010 na Universidade Federal da Bahia. O Grupo de Pesquisa em Antropologia e Sociologia das Emoções (Grem) Instituído como base de pesquisa em antropologia e sociologia das emoções, em 1994, pelo autor deste artigo, no Departamento de Ciências Sociais da UFPB, este grupo de pesquisa oficializa um núcleo temático iniciado nos anos 1990, onde as emoções são consideradas como categoria chave para a análise sociológica e antropológica. O Grem, desde o início, tem por objetivo a compreensão e análise da emergência da individualidade e do individualismo no Brasil urbano contemporâneo, enfatizando a questão da formação das emoções, enquanto cultura emocional, e desenvolvendo estudos e pesquisas sobre processos de formação e experiência de emoções específica nos planos societal e cultural: como o processo de luto, da morte e do morrer; dos medos; das formas de sociabilidades e das etiquetas sociais que envolvem as relações de amizade; dos processos de ressentimento e humilhação; e das formas de estabelecimento de laços de confiança e desconfiança entre as camadas médias urbanas no país 6. As pesquisas desenvolvidas e em desenvolvimento no Grem debruçam-se sobre as imagens e suas representações na conformação do homem comum urbano brasileiro. Debruçam-se, também, sobre as redundâncias, as ambivalências e as ambiguidades do ato executado ou expresso, sobre os silêncios, os discursos e as narrativas fragmentados, sobre os gestos e os tiques que, invariavelmente, acompanham um diálogo ou uma informação e, às vezes, ampliam, modificam ou contextualizam para além das frases ditas e dos sentidos que se deseja expressar. Os trabalhos de formação 7, estudos e pesquisas do grupo se abrem em três grandes linhas, todas relacionadas com a problemática da formação do indivíduo e da individualidade no Brasil urbano contemporâneo. De um lado, encontram-se os trabalhos sobre a discussão da relação entre o processo de morte e do morrer e o sentimento 6. O Grem publica a Revista Brasileira de Sociologia da Emoção RBSE, revista online, desde o ano de 2002, encontrada no endereço eletrônico: < rbse/index.html>. Hoje, no seu 12º ano de existência e com mais de trinta números publicados, continua a ser a primeira e principal publicação no país a lidar, especificamente, com as ciências sociais das emoções. Oferece uma vitrine do crescente interesse pelas áreas de antropologia e sociologia das emoções, com abertura para áreas correlatas como psicologia, administração, história social, que lidam com as emoções, ampliando o esforço de publicação, visibilidade e consolidação deste campo disciplinar. Desde o seu primeiro número, vem se esforçando na publicação não só de autores nacionais, mas reunindo autores internacionais e, principalmente, latino-americanos, que lidam direta ou indiretamente com a temática. 7. De onde têm saído inúmeros trabalhos de orientação graduada e pósgraduada, como um dos aportes mais significativos 847

9 dos trabalhos de formação do Grem. de luto no Brasil urbano; de outro lado, as questões sobre a imagem e a problemática das emoções; e, por fim, os trabalhos relacionados à questão da relação entre os medos e a cidade, e os processos de confiança e desconfiança que medram os códigos societários de ação: como a vergonha, a traição, a humilhação, o ressentimento e ainda a compreensão social e cultural relacionadas às amizades, ao amor, à paixão e às redes de solidariedade que fundam e dão fundamento à construção e à constituição do social. A primeira grande linha de pesquisas do grupo, tem trabalhado a relação entre luto e formas de sociabilidade no Brasil urbano contemporâneo. Busca compreender as mudanças e as permanências, os conflitos e as ambivalências nos modos de vida e no imaginário urbano brasileiro, a partir dos anos de Tem por referência o processo de individualização e individualismo que vêm se processando no Brasil atual. Esta grande linha de pesquisa vem realizando um balanço do processo de formação e reestruturação vivida pela sociedade brasileira a partir do século XIX aos dias atuais, detendo-se, principalmente, nos últimos 50 anos. A partir de uma releitura aproximativa das obras de Norbert Elias, Georg Simmel e Marcel Mauss, busca compreender a relação entre as alterações na estrutura social e as mudanças nas emoções dos indivíduos e os processos sociais envolvidos na difusão e na recriação contínua dos novos modelos comportamentais que refluem sobre as formas originais de expressão do sentimento, na sociabilidade urbana brasileira. Procura entender, de um lado, os novos e os velhos suportes que parecem debater-se, de forma ambivalente e ambígua, nas atitudes e nos modos de vida atual dos brasileiros; de outro, busca compreender os mecanismos da ambivalência e da ambiguidade que permitem a estes homens e mulheres viverem esse processo como um sentimento moral em fragmentação, tornando-os mais solitários e, de forma concomitante, em acelerado caminho de individualização. Quais as formas pessoais e sociais experimentadas na situação limiar do luto, e que instâncias e debates, internos e externos, asseguram aos atores envolvidos se ajustarem aos ritmos da cultura e da organização social local e nacional? Quais os mecanismos que se delineiam como fomentadores e realimentadores dos processos culturais e sociais, na nova reconfiguração da relação entre os indivíduos e a sociedade no país? Até que ponto eles permitem compreender os movimentos de reafirmação do societário instituído como lugar de pertencimento e desilusão, isto é, sempre movendo-se sob novas roupagens e significados e, ao mesmo tempo, em contínua instituição? Essas são questões compreensivas que perpassam as análises e indagações do autor sobre a fundação e a formulação de novas etiquetas e de novas agendas comportamentais, e sobre o processo de continuidade a elas simultâneo, dentro de uma lógica 848

10 de estruturação tradicionalmente satisfeita no país, embora vivida como descontinuidade e com grande sofrimento social e pessoal no cotidiano das interações (Koury, 2003; 2005a) 8. Outro campo analítico trabalhado pelo Grem busca um aprofundamento das relações entre imagem, memória e as formas de sociabilidade. No âmbito dessas relações, evidencia, principalmente, a análise crítica da fotografia e de suas relações com a problemática dos sentimentos, da memória e dos estados liminares, procurando discutir e compreender a questão sempre tensa da relação entre objetividade e subjetividade na análise da cultura e do social. Os estudos resultantes deste campo analítico visam, enfim, a construção de importantes passarelas entre a antropologia e a sociologia das emoções e a antropologia e a sociologia da imagem e do visual. As discussões levadas pela antropologia e pela sociologia da imagem e do visual e pela antropologia e sociologia das emoções no Brasil têm dado ênfase e um suporte fundamental, sem dúvida, para o aprofundamento das pesquisas e dos estudos da relação entre processos de subjetividade e de sociabilidade no Brasil contemporâneo, e ajudado a traçar as tênues fronteiras entre as duas especialidades, contribuindo para assegurar um quadro amplo de interdisciplinaridade, como fundamento básico de ampliação e suporte nas áreas em questão 9. Os estudos sobre os medos e a cidade, desenvolvidos no grupo de pesquisa, são exemplos das discussões sobre as relações entre processos de subjetividade e sociabilidade acima mencionados. A problemática dos medos e da cidade começa a ser desenvolvida no Grem, de forma mais sistemática, a partir de 2001, quando retoma as discussões que o grupo de pesquisa vinha desenvolvendo desde os anos de 1980 sobre a formação do homem comum no Brasil 10 e sobre a constituição de um discurso modernizador e disciplinador da cidade (Koury, 1986; 1988; 1993). Assim como o desenvolvimento de pesquisas sobre a questão da pobreza, da violência e da cidadania no Brasil, e sobre os sentidos da categoria de pertença e sua relação com as noções de confiança, lealdade, medo de traição; ou da insegurança individual e as redes vinculares que dão sustentação e base de apoio à sociabilidade. A agenda de pesquisa do Grem organiza-se, assim, desde o final dos anos de 1980, através de uma série de estudos, debates e investigações sobre a emoção medo no meio urbano contemporâneo brasileiro e, especialmente, paraibano 11. Essas séries têm se detido, particularmente, na categoria dos medos corriqueiros, que procura enfatizar os diversos enfrentamentos do homem comum no seu vivenciar cotidiano. Essa agenda, através de uma leitura simmeliana do segredo e das formas de sociabilidade e constituição do indivíduo na modernidade ocidental, parte das hipóteses 8. Nessa temática, várias monografias e dissertações, orientadas pelo autor, foram desenvolvidas e concluídas no âmbito do Grem, outras ainda se encontram em processo de orientação. Entre as concluídas, cabe destacar os trabalhos de Santos (2000); Dantas (2001); Santos (2001); Santos (2002), entre outras. 9. Na temática relativa às relações entre imagem, memória e as formas de sociabilidade, vários trabalhos de monografia e dissertações também foram orientados e concluídos. Com destaque para os trabalhos de Barreto (1996); Lira (1997); Farias Jr. (2001); Souza (2001); Correia (2002), entre outros. 10. Neste artigo emprega-se o conceito de homem comum para dar conta dos indivíduos desprovidos de cargos e representações sociais, religiosas, políticas, econômicas, associativas, estéticas e artísticas. Em outras palavras, através da compreensão dos processos que configuram o homem ordinário imerso em seu cotidiano, buscase entender as maneiras como 849

11 os indivíduos se reapropriam dos elementos sociais e culturais de uma sociabilidade dada no caso a brasileira, em seus diversos modos regionais e locais e por onde, no interior de situações corriqueiras por eles vivenciadas, de forma direta ou indireta, são construídas e remodeladas continuamente as experiências. Segundo Certeau (1990), na atividade do reuso e das apropriações encontra-se uma bom número de oportunidades para as pessoas comuns vivenciarem, aceitarem, modificarem ou subverterem os códigos hegemônicos a eles impostos. 11. Vários trabalhos de monografia e dissertação foram realizados a partir desta problemática. Cabe aqui destacar, entre outros, Oliveira (1999); Silva (2003); Souza (2003); Souza (2004); Silva (2004); Cavalcante Filho (2005); Almeida (2005); Coelho (2006); Silva (2006). Alguns foram transformados em artigos que compuseram a coletânea organizada por Koury (2005b), que engloba uma série de trabalhos de monografias e dissertações orientadas no quadro do Grem sobre o tema. de que a emoção medo é uma construção social significativa para a análise do social, e de que em toda e qualquer forma de sociabilidade o medo se encontra presente como uma das principais forças organizadoras do social e da cultura (Koury, 2002). O fenômeno dos medos e, por extensão, dos medos corriqueiros, coloca-se como essencial para se pensar os embates de configuração e os processos de sociabilidades e de formação dos instrumentos da ordem e da desordem em um tempo e espaço singular, que desenham dialeticamente a ação dos indivíduos e dos grupos em relação entre si (Koury, 2008). Esses processos compreendem um jogo permanente de manutenção, de conformação e de transformação de ações e propostas sociais e individuais, realizados enquanto redes de conflito, que informam e formulam um social singular. A análise sobre a categoria sofrimento social é outra temática emergente nos estudos e nas pesquisas do Grem. Koury (2007; 2010; 2012) tem desenvolvido estudos que abordam a questão do sofrimento social e os discursos de naturalização e da banalização da problemática na sociedade brasileira; e, junto com Marcela Zamboni e Simone Brito têm discutido a expressão dos sentimentos de inevitabilidade e de indiferença nos discursos e nas narrativas sobre a problemática da violência e de situações limites, no social brasileiro contemporâneo, principalmente no meio urbano (Koury, Zamboni & Brito, 2010). Novas interfaces nesta temática têm sido abertas: Simone Brito, por exemplo, tem aberto linhas de pesquisa para pensar a moralidade no interior da teoria crítica (Brito, 2007; 2012) e a relação entre esporte (futebol) e moral (Brito, 2011). Nesta última, procura refletir a construção social da normatividade e os modos de justificação no debate sobre tecnologias de monitoramento, e analisar os processos de construção social da moralidade a partir do debate sobre o uso de tecnologias de monitoramento no futebol. O objetivo principal desta reflexão é entender, a partir do debate sobre a adequação, correção e justiça do uso do vídeo para auxiliar nas decisões dos juízes de futebol, os argumentos, os recursos normativos e as necessidades pragmáticas utilizadas para o estabelecimento de modos de justificação e construção de valores no mundo do futebol. Marcela Zamboni (2010), por seu lado, tem trabalhado as relações entre as emoções e o conceito de confiança na construção amorosa, e vem desenvolvendo estudos e pesquisas sobre o lugar da desconfiança e da infidelidade nos fóruns criminais, tendo como objeto os homicídios entre cônjuges, sob a lente dos operadores jurídicos. O seu objetivo é avaliar a importância da infidelidade como elemento indispensável à quebra de confiança nas relações afetivo-conjugais: analisa os processos e a performance do tribunal do júri e dos operadores jurídicos (promotor público, defensor 850

12 público (advogado dativo) ou advogado de defesa e juiz, nos momentos de defesa e de acusação da(o) ré(u), nos casos de homicídios praticados entre cônjuges no Fórum Criminal de João Pessoa, estado da Paraíba. Atualmente, procura discutir a atuação dos operadores jurídicos quando julgam casos de homicídios passionais perpetrados contra as mulheres, a partir de um estudo comparativo entre o Brasil e a Inglaterra. Em outra direção, Anderson Moebus Retondar (2007; 2008; 2008a), sempre no âmbito do Grem, tem organizado a linha de pesquisa sobre as relações entre emoções e consumo. Atualmente vem desenvolvendo um projeto que discute as relações entre o ético e o político na experiência de consumo na sociedade contemporânea. Parte da constatação de que o debate atual sobre o significado das práticas de consumo na sociedade contemporânea vem elaborando novas questões, entre as quais é possível destacar a ideia do consumo político, o que, segundo o autor, enfatiza a experiência de um consumidor mais consciente de sua atividade de consumo, em meio a um processo de interação entre consumidor/objeto/sociedade que o transformaria em agente ativo no processo social. A tensão entre os apelos sistêmicos da publicidade e dos megagrupos da indústria de alimentos parece deparar-se com uma cada vez maior reatividade de grupos e indivíduos preocupados com questões relativas não apenas à saúde individual, mas também a questões que se ampliam para a sociedade em geral como sustentabilidade e consumo ético. Nessa discussão, a ideia de um consumo politizado revelaria não apenas a não passividade do consumidor, mas, do ponto de vista da teoria social mais geral, a possibilidade de interação entre agência e estrutura, mediada agora por práticas consumistas. Retondar (2009; 2012), ao partir desta ideia, coloca como marco de discussão a necessidade de refletir sobre os sentidos e o caráter deste tipo de experiência de consumo para os sujeitos que as praticam, tentando perceber, a partir de suas práticas e representações, em que medida estas revelam, de fato, uma dimensão de ação política, buscando uma intervenção no sistema social a partir do consumo ou, de outro modo, se o seu apelo se constitui no sentido de uma ética individual, marcada por demandas e obrigações que se esgotam em si mesmas. É importante ressaltar que atualmente o Grem tem se ocupado com a ampliação da rede de compartilhamentos dos pesquisadores a ele associados. Nesse caminho tem aberto espaço para pesquisadores atuantes em outras instituições de ensino superior e grupos de pesquisa no país, que desenvolvem trabalhos com ênfase na antropologia e na sociologia das emoções. Nessa direção, tem aberto espaço para pesquisadores associados externos, como Marconi Pequeno, da pós-graduação em filosofia da UFPB; 851

13 12. Roberta Bivar Carneiro Campos é pesquisadora e, também, vicelíder do Núcleo de Pesquisa sobre Religiões Populares do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal de Pernambuco. Tem trabalhado na área de antropologia, com ênfase em antropologia das emoções, atuando principalmente nos seguintes temas: religião, cultura e identidade, emoções, teoria antropológica, corpo e sociedade e sofrimento social. Roberta Bivar Carneiro Campos, da pós-graduação em antropologia da UFPE 12 ; Claudia Barcellos Rezende, da pós-graduação em ciências sociais da Uerj; Marieze Torres do Centro de Recursos Humanos da UFPB; Francisca Verônica Cavalcante, da pós-graduação em antropologia da UFPI; Maria Cristina Rocha Barreto, professora da pós da Uern; e Luiz Gustavo Pereira de Souza Correia, da pós da UFS. O objetivo é ampliar o intercâmbio entre os grupos de pesquisa em antropologia e sociologia das emoções no país, através de um diálogo mais de perto com os seus pesquisadores, além do desenvolvimento de projetos comuns e criação de alternativas para a consolidação da área e dos esforços nessa direção desenvolvidos em cada instituição de ensino superior e no país. O Grupo de Pesquisa Transformações da Intimidade Outro grupo de pesquisa que tem tido o compromisso com o processo de desenvolvimento do campo disciplinar da antropologia das emoções no Brasil, desde 1998, é o Grupo de Pesquisa Transformações da Intimidade sob a liderança de Maria Claudia Coelho e Claudia Barcellos Rezende, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). Este grupo tem por objetivo o exame das formações da subjetividade constitutivas do mundo contemporâneo, e o refletir sobre as formas de articulação entre os níveis micro e macro da vida social a partir da análise dos limites e das possibilidades de construção das esferas tradicionalmente entendidas como restritas à experiência individual, tais como a subjetividade, o corpo e as emoções. A partir de meados dos anos de 1990, Maria Claudia Coelho vem pesquisando no campo da antropologia das emoções. O seu trabalho traz uma importante contribuição para a análise compreensiva da subjetividade no mundo contemporâneo e, em especial, para o estudo da dádiva, ao debater a relação entre os conceitos de dádiva e de emoções (Coelho, 2003; 2006). Neste debate ela procura compreender os princípios, as normas e as regras que norteiam a troca de presentes, e discute a dádiva como uma tática usada para a construção de identidades e de demonstração das emoções na sociedade brasileira contemporânea, com destaque para a carioca. Outra linha trabalhada por Coelho (2006a; 2010; 2012) é a questão do gênero, onde faz um entrecruzamento entre os conceitos de emoções e violência através de relatos e experiências de vitimização entre mulheres. No final da década de 1990, Claudia Barcellos Rezende adota a antropologia das emoções como linha de pesquisa específica para estudar a problemática da amizade. Em sua pesquisa, faz uma análise da emoção amizade entre cariocas e londrinos, na tentativa de comparar e identificar os modos de vida e a organizações emocional e social no Brasil e na Inglaterra. 852

14 O seu livro Os significados da amizade (Rezende, 2002) pode ser considerado como o seu principal trabalho. É um estudo comparativo sobre a amizade em dois contextos culturais bastante diferenciados: as cidades do Rio de Janeiro e a cidade de Londres. Em sua pesquisa, a autora procura compreender como a linguagem da amizade lança luz sobre o modo de construir e reforçar hierarquias sociais, a partir de uma abordagem no interior da antropologia das emoções. Rezende aprofunda os tipos de sociabilidade que serviram como suporte formativo e imaginário para as noções de amizade existentes em cada uma das culturas estudadas, e realiza para tal uma incursão no campo teórico da antropologia das emoções, produzindo uma etnografia sobre os significados e as práticas sociais e culturais da amizade e suas relações com os conceitos de classe, de gênero e, no caso brasileiro, além das relações anteriormente citadas, sobre a problemática interétnica e a questão racial. Em outro trabalho, intitulado Mágoas de amizade, também baseado na pesquisa sobre os significados da amizade, Rezende (2002a) segue, uma vez mais, o caminho da antropologia das emoções e, através dela, analisa a recorrência das categorias de grosseria e de ofensa no discurso sobre amizade em um grupo de ingleses de camadas médias, moradores da cidade de Londres. Contribuições importantes para a consolidação da área disciplinar da antropologia, bem como da sociologia das emoções, no Brasil. Os estudos de Rezende denotam afinidades com autores clássicos como Georg Simmel, Max Weber, Norbert Elias, Michel Foucault e Pierre Bourdieu, e discute os precursores brasileiros da antropologia e da sociologia das emoções, como Roberto Da Matta e Gilberto Velho, entre outros, que procuram explicitar a emergência de uma subjetividade singular vinculada às mudanças históricas e culturais no mundo ocidental e no Brasil. Os estudos de Rezende, deste modo, têm ajudado a elaboração de uma síntese importante e necessária dos pressupostos teórico-metodológicos que norteiam a configuração analítica no interior da uma proposta das ciências sociais das emoções no Brasil, principalmente no interior da disciplina antropologia. Seus trabalhos também passam pelo estudo da problemática dos sentidos da cordialidade, presente no pensamento social brasileiro dos últimos cem anos (Rezende, 2003) e sobre a questão da identidade nacional (Rezende, 2006; 2008). Atualmente, Claudia Barcellos Rezende (2011; 2011a; 2012) vem trabalhando as relações entre emoções, corpo e moral, tendo as experiências com gestantes e suas representações sobre o processo de gravidez e gestão como universo de análise. Nesta nova problemática, tem explorado como as gestantes propõem formas de lidar com 853

15 o corpo grávido, articuladas a sentimentos vistos e sentidos como adequados. Nesse sentido, argumenta que há uma proposta educativa em torno do corpo grávido, como busca de melhor controlá-lo, e que nesse processo são recorrentes as emoções de medo e ansiedade. Discute os valores morais dados à maternidade na sociedade brasileira e, especificamente, carioca, de camadas médias, e revela as tensões entre os sentimentos da gravidez, em relação à percepção da mulher como sujeito moral, seja no interior dos grupos de apoio entre mulheres grávidas, ou através das representações da gravidez na mídia. O Grupo de Pesquisa Cultura, Sociabilidades e Sensibilidades Urbanas Um terceiro grupo de pesquisa importante na definição das fronteiras e em busca da consolidação da antropologia e sociologia das emoções no Brasil emerge a partir de 2010, na Universidade Federal da Bahia. Este grupo, liderado por Marieze Rosa Torres e Patrícia Carla Smith Galvão, passou a desenvolver um esforço na direção de um fortalecimento do campo disciplinar ligado à sociologia das emoções. O grupo é composto por duas linhas de pesquisa, a primeira Configurações urbanas: identidade, conflito e sociabilidade tem por objetivo a compreensão das subjetividades dos sujeitos sociais nas cidades baianas, considerando as suas estratégias de convivência e sociabilidade, a partir de dois eixos temáticos: o primeiro busca dar voz aos tipos locais, que habitam o lugar e representam a sua identidade e a sua cultura, destacando as suas manifestações de resistência e de afirmação; o segundo foca os segmentos cuja condição social os torna vulnerável à discriminação e violação de direitos. A segunda linha do grupo Emoções, indivíduo e sociedade objetiva promover debates sobre as teorias socioantropológicas de emoções, desenvolver estudos sobre emoções no âmbito das sociedades brasileira e baiana, e investir na formação de estudantes de ciências sociais, despertando-lhes o interesse no desenvolvimento de trabalhos acadêmicos que incorporem emoções como variável explicativa para a compreensão dos processos e fenômenos sociais. Os estudos decorrentes das linhas de pesquisa que integram o grupo Cultura, Sociabilidades e Sensibilidades Urbanas abarcam a compreensão das maneiras de organização da vida, os padrões de sociabilidade, os conflitos e as disputas, assim como as afinidades e aproximações que animam as relações entre sujeitos. Uma dimensão fundamental que caracteriza as pesquisas desenvolvidas pelo grupo é a incorporação da subjetividade dos sujeitos na análise dos fenômenos e processos sociais que estuda. A incorporação da esfera dos sentimentos inclui as formas de sentir e de expressar as emoções, e as percepções distintas, conflitantes ou convergentes desses sujeitos sociais. Os estudos desenvolvidos no interior do grupo de pesquisa concentram-se na sociedade brasileira e, especialmente, na sociedade baiana e soteropolitana. 854

16 Torres (2009) concluiu o seu doutoramento na Universidade Federal da Bahia, com a defesa da tese Hóspedes incômodas? Emoções na sociologia norte-americana, contribuindo para as discussões teórico-metodológicas iniciadas desde os anos de 1990 no cenário brasileiro. Examina a discussão teórica sobre as emoções no âmbito da produção sociológica norte-americana recente, através de algumas posições e polarizações recorrentes, que demarcam as fronteiras entre escolas de pensamento de perspectivas distintas de análise das emoções de um ponto de vista sociológico. As discussões teóricas e as polarizações são abordadas no âmbito dos debates travados entre as posições caracterizadas como biossocial, representada por Theodore Kemper e Jonathan Turner, e a construtivista por Arlie Hochschild, Susan Shott e Steven Gordon. No debate, as divergências dizem respeito à própria definição de emoções e de seus elementos componentes ou causais. Trata-se de saber se as emoções são inatas e universais, pré-fixadas no organismo e distinguidas por certos hormônios, ou se as emoções são produtos da cultura e sua definição um produto da interpretação do ator. Essas discordâncias, transpostas para as proposições de articulação dos níveis macro e micro de análise, contrastam a posição construtivista de que a vida social é organizada por regras de sentimento e vocabulários de emoções, com a posição biossocial que propõe os conceitos de poder e status como dimensões estruturantes, universais, fisiologicamente correlacionadas, de todas as relações sociais humanas. A tese considera que as divergências tornadas explícitas nesses debates, retomam e atualizam questões discutidas pelos pragmatistas William James e John Dewey. O exame, por fim, conclui que uma análise sociológica e integradora das emoções em seus nexos com o corpo ainda se encontra em movimento, embora já se configurem no seu interior formas assentadas de caminhos teórico-metodológicos em processo de aprofundamento e consolidação. O Grupo de Pesquisa Cultura, Sociabilidades e Sensibilidades Urbanas, por fim, a partir de sua criação, além do trabalho teórico-metodológico no âmbito da sociologia das emoções, vem desenvolvendo trabalhos ligados às problemáticas relacionadas à questão de gênero, das emoções e da sexualidade; sobre juventude e marginalização (Galvão, 2012); sobre conflito e desvio social; sobre formas de organização de vida e pobreza (Galvão, 2012a), entre outros. Esses três grupos de pesquisa 13 e seus pesquisadores e estudantes, situados nos estados da Paraíba, Rio de Janeiro e Bahia são, hoje, os grupos que vêm assumindo mais diretamente o processo de consolidação e o desenvolvimento da antropologia e da sociologia das emoções no Brasil 14. A constituição de novas pontes e vias que viabi- 13. Pode-se incluir um quarto esforço na direção de uma antropologia e uma sociologia das emoções com o trabalho desenvolvido pelo Núcleo de Pesquisa sobre Religiões Populares do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal de Pernambuco pela pesquisadora e vice-líder do núcleo Roberta Bivar Carneiro Campos, que pesquisa a relação entre as emoções e a religiosidade (Campos, 2012). 14. Existe um número crescente de dissertações e teses isoladas defendidas desde 2008, em vários programas de pósgraduação do país, que já apontam a antropologia ou a sociologia das emoções como eixo temático central. 855

17 15. É importante observar que desde o ano de 2008 esses grupos têm desempenhado um papel importante no processo de abertura para criação de redes de compartilhamento na América Latina, principalmente em países como Argentina, México, Chile e Peru, como se verá adiante, principalmente na abertura de grupos de trabalho em congressos e encontros internacionais como a Reunião de Antropólogos do Mercosul (RAM) e da Asociação Latino-Americana de Sociologia (Alas). 16. Os da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciências Sociais (Anpocs); da Reunião Brasileira de Antropologia (RBA); das Reuniões de Antropólogos do Norte/Nordeste; dos Encontros Norte/Nordeste de Cientistas Sociais (Ciso s). 17. Os da Associação Latino-Americana de Sociologia (Alas) e do Reunión de Antropología del Mercosur (RAM). lizem a consolidação dessas duas áreas disciplinares obrigatória e indiscutivelmente devem partir desses três grupos e do compartilhamento com e entre eles 15. A antropologia e a sociologia das emoções em encontros e congressos Pelo relato até agora realizado, pode-se notar que a antropologia e a sociologia das emoções apresentam-se, em sua edificação, como campo de conotação interdisciplinar e de grande profusão temática. Nesse processo constitutivo percorrem e fundam interfaces entre campos disciplinares diversos, não apenas no âmbito das ciências sociais, mas também junto à psicologia, a psicanálise, a psiquiatria, a história, a economia, a administração, a arquitetura, a geografia humana, entre outros. Para este estudo, foi realizado um mapeamento dos diversos temas apresentados em congressos nacionais 16 e latino-americanos 17, durante os anos de 2001 a 2012, em um total de 530 trabalhos. Os congressos e encontros analisados tiveram grupos de traba- Quadro I Congressos com GTs em antropologia ou sociologia das emoções ou correlatos e seus coordenadores ( ) Ano Congresso Organizadores IES Organizadores 2001 X Ciso Mauro Guilherme Pinheiro Koury Iara Souza VIII RAN/NE Mauro Guilherme Pinheiro Koury Maria Cristina Rocha Barreto 2003 V RAM Mauro Guilherme Pinheiro Koury Luiz Gustavo de Souza Correia XI Ciso Mauro Guilherme Pinheiro Koury Maria Cristina Rocha Barreto 2005 VI RAM Mauro Guilherme Pinheiro Koury Maria Claudia Coelho XII Ciso Mauro Guilherme Pinheiro Koury Maria Cristina Rocha Barreto 2010 XXXIV Anpocs Alexandre Vieira Werneck Luis Roberto Cardoso de Oliveira XXXIV Anpocs Maria Claudia Coelho Cynthia Andersen Sarti Mauro Guilherme Pinheiro Koury Alas-Recife Adrián Scribano Rogelio Luna Zamora Zandra Pedraza 2011 Maria Claudia Coelho XXXV Anpocs Cynthia Andersen Sarti XXXV Anpocs Alexandre Vieira Werneck Luis Roberto Cardoso de Oliveira 2012 XV Ciso Mauro Guilherme Pinheiro Koury Marieze Rosa Torres Fonte: Grem Linha de Pesquisa História das ciências sociais. Grem/UFPB Nams/UFBA Grem/UFPB Grem/Uern Grem/UFPB Grem/UFRGS Grem/UFPB Grem/Uern Grem/Uern GPTI/Uerj Grem/UFPB Grem/Uern Necvu/UFRJ GPTI/Uerj Unifesp Grem/UFPB Argentina México Venezuela GPTI/Uerj Unifesp Necvu/UFRJ UnB Grem/UFPB CSSU/UFBA 856

Cultura Emotiva, Estilos de Vida e Individualidade

Cultura Emotiva, Estilos de Vida e Individualidade Resenhas DOI: 10.5433/2176-6665.2016v21n1p418 Cultura Emotiva, Estilos de Vida e Individualidade KOURY, Mauro Guilherme Pinheiro. Estilos de vida e individualidade: ensaios em antropologia e sociologia

Leia mais

Emoções, Cultura e Sociedade no Brasil: Uma Resenha

Emoções, Cultura e Sociedade no Brasil: Uma Resenha 143 PONTES, Williane Juvêncio. Emoções, cultura e sociedade no Brasil: uma resenha. RBSE Revista Brasileira de Sociologia da Emoção, v. 14, n. 42, p. 143-147, dez de 2015. ISSN: 1676-8965. http://www.cchla.ufpb.br/rbse/index.html

Leia mais

Medos, Sociabilidade e Emoções.

Medos, Sociabilidade e Emoções. CHAMBER, Pierre Aderne. Medos, Sociabilidades e Emoções. RBSE Revista Brasileira de Sociologia da Emoção, v. 7, n. 20, pp. 237 a 343. Agosto de 2008. ISSN 1676-8965 RESENHA Medos, Sociabilidade e Emoções.

Leia mais

Dossiê Indivíduo, Individualismo e Cultura

Dossiê Indivíduo, Individualismo e Cultura ISSN 1517-6916 CAOS Revista Eletrônica de Ciências Sociais Número 7 Setembro de 2004 Pág. 1-6 Dossiê Indivíduo, Individualismo e Cultura Apresentação Antropologia das Sociedades Contemporâneas: resultados

Leia mais

O UNIVERSO DAS IMAGENS

O UNIVERSO DAS IMAGENS O UNIVERSO DAS IMAGENS IMAGES UNIVERSE Vol.9 nº 17 jan./jun.2014 Mauro Guilherme Pinheiro Koury¹ O que se pretende aqui é apresentar um relato sobre trabalhos de pesquisa em imagem, cultura e sociedade

Leia mais

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA. Teorias Sociológicas do Século XX

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA. Teorias Sociológicas do Século XX UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA Disciplina: 105724 TOPICOS ESPECIAIS EM SOCIOLOGIA 9: Teorias Sociológicas do Século XX Professor: Prof. Dr. Sergio B.

Leia mais

Dossiê Norbert Elias: Uma resenha

Dossiê Norbert Elias: Uma resenha Dossiê Norbert Elias: Uma resenha WAIZBORT, Leopoldo (Org.). Dossiê Norbert Elias, São Paulo, Edusp, 2001. Dossiê Norbert Elias é uma coletânea de artigos originalmente produzidos para uma mesa redonda

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO SECRETARIA DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO SECRETARIA DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS DELIBERAÇÃO Nº 129, DE 10 DE AGOSTO DE 2011 O DA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO - CEPE, tendo em vista a decisão tomada em sua 300ª Reunião Ordinária, realizada em 10 de agosto de 2011, e

Leia mais

Formação de grupos sociais diálogos entre Sociologia e Psicanálise

Formação de grupos sociais diálogos entre Sociologia e Psicanálise Formação de grupos sociais diálogos entre Sociologia e Psicanálise Tópicos Especiais em Planejamento e Gestão do Território Prof. Arilson Favareto Aula 1 21/Setembro/2015 Introdução à temática, antecedentes

Leia mais

X RAM- Reunión de antropologia del Mercosur Situar, actuar y imaginar antropologías desde el cono sur de julio de 2013 Córdoba- Argentina

X RAM- Reunión de antropologia del Mercosur Situar, actuar y imaginar antropologías desde el cono sur de julio de 2013 Córdoba- Argentina X RAM- Reunión de antropologia del Mercosur Situar, actuar y imaginar antropologías desde el cono sur 10 13 de julio de 2013 Córdoba- Argentina GT:Antropologias, Etnografias e Educação. Coordenadoras:

Leia mais

Emoções, Sociedade e Cultura Uma resenha

Emoções, Sociedade e Cultura Uma resenha 618 BARBOSA, Raoni Borges. Emoções, sociedade e cultura uma resenha RBSE Revista Brasileira de Sociologia da Emoção, v. 11, n. 32, pp. 618-627, Agosto de 2012. ISSN 1676-8965. RESENHA http://www.cchla.ufpb.br/rbse/index.html

Leia mais

Definição: ( PÉRES, 2006)

Definição: ( PÉRES, 2006) Antropologia Visual Definição: Antropologia Visual é uma área da Antropologia Sócio-cultural, que utiliza suportes imagéticos para descrever uma cultura ou um aspecto particular de uma cultura. ( PÉRES,

Leia mais

DISCIPLINAS OPTATIVAS

DISCIPLINAS OPTATIVAS PPGMLS 005 Literatura e Produção de Memória Social (M DISCIPLINAS OPTATIVAS 60 4 Estudo, em perspectiva histórica, das relações entre os diversos gêneros líricos e a perenização do nome cantado. Os usos

Leia mais

EMENTAS DAS DISCIPLINAS

EMENTAS DAS DISCIPLINAS EMENTAS DAS DISCIPLINAS CURSO DE GRADUAÇÃO DE CIÊNCIA POLÍTICA Planejamento de Campanha Eleitoral Estudo dos conteúdos teóricos introdutórios ao marketing político, abordando prioritariamente os aspectos

Leia mais

HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA C/H 170 (1388/I)

HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA C/H 170 (1388/I) EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS DO CURSO DE HISTÓRIA IRATI (Currículo iniciado em 2010) ANTROPOLOGIA CULTURAL C/H 68 (1364/I) Estudo das teorias da antropologia cultural e social e da etnografia voltadas para

Leia mais

Nome da disciplina: Formação de grupos sociais diálogos entre sociologia e psicanálise Créditos (T-P-I): (2-0-2) Carga horária: 24 horas

Nome da disciplina: Formação de grupos sociais diálogos entre sociologia e psicanálise Créditos (T-P-I): (2-0-2) Carga horária: 24 horas Caracterização da disciplina Código da disciplina: BC- 0011 Nome da disciplina: Formação de grupos sociais diálogos entre sociologia e psicanálise Créditos (T-P-I): (2-0-2) Carga horária: 24 horas Aula

Leia mais

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA RESOLUÇÃO Nº 08/2011, DO CONSELHO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA RESOLUÇÃO Nº 08/2011, DO CONSELHO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO RESOLUÇÃO Nº 08/2011, DO CONSELHO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO Reforma o Currículo do Programa de Pósgraduação em Educação Mestrado e Doutorado, e dá outras providências. O CONSELHO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

Leia mais

INFLUÊNCIAS TEÓRICAS PRIMEIRAMENTE, É PRECISO DESTACAR A INFLUÊNCIA DO PENSAMENTO ALEMÃO NA SUA

INFLUÊNCIAS TEÓRICAS PRIMEIRAMENTE, É PRECISO DESTACAR A INFLUÊNCIA DO PENSAMENTO ALEMÃO NA SUA MAX WEBER 1864-1920 A SOCIOLOGIA WEBERIANA TEM NO INDIVÍDUO O SEU PONTO PRINCIPAL DE ANÁLISE. ASSIM, O AUTOR SEMPRE PROCURA COMPREENDER O SENTIDO DA AÇÃO INDIVIDUAL NO CONTEXTO EM QUE ELA SE INSERE. O

Leia mais

EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL (Currículo iniciado em 2015)

EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL (Currículo iniciado em 2015) EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL (Currículo iniciado em 2015) ANTROPOLOGIA 68 h/a 3210 A relação dialética entre o material e o simbólico na construção das identidades sociais e da

Leia mais

RELATÓRIO DO SEMINÁRIO ESTADUAL SOBRE A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR

RELATÓRIO DO SEMINÁRIO ESTADUAL SOBRE A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR RELATÓRIO DO SEMINÁRIO ESTADUAL SOBRE A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR Este documento é referente à conclusão dos grupos de trabalho do 3º turno do Seminário Estadual de GOIÁS, no dia 03/08/2016, com aproximadamente

Leia mais

PALESTRANTES ANA LUIZA CARVALHO DA ROCHA ANTONIO DAVID CATTANI

PALESTRANTES ANA LUIZA CARVALHO DA ROCHA ANTONIO DAVID CATTANI UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS) PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL (PROPUR) GRUPO DE PESQUISA LABORATÓRIO DE ESTUDOS URBANOS (LEURB) CURSO DE EXTENSÃO EM PLANEJAMENTO

Leia mais

RESENHA: O Patrimônio como Categoria do Pensamento, de José Reginaldo Santos.

RESENHA: O Patrimônio como Categoria do Pensamento, de José Reginaldo Santos. RESENHA: O Patrimônio como Categoria do Pensamento, de José Reginaldo Santos. d.o.i. 10.13115/2236-1499.2013v1n10p287 Emanoel Magno Atanásio de Oliveira 1 GONÇALVES, José Reginaldo Santos. O patrimônio

Leia mais

Corpo e Emoções: Uma Resenha

Corpo e Emoções: Uma Resenha Corpo e Emoções: Uma Resenha LE BRETON, David, 2009. As Paixões Ordinárias: Antropologia das Emoções. Petrópolis, Vozes. David Le Breton possui doutorado em Antropologia e é professor na Universidade de

Leia mais

Gilberto Velho: um precursor da antropologia das emoções no Brasil

Gilberto Velho: um precursor da antropologia das emoções no Brasil V Reunião Equatorial de Antropologia XIV Reunião dos Antropólogos do Norte e Nordeste De 19 a 22 de julho de 2015, Maceió Alagoas GT 01 Antropologia das Emoções e da Moralidade: Emoções, Lugares e Memória

Leia mais

HISTÓRIA CULTURAL: A PRETENSÃO DE SUAS FACES. Fundamentos da Educação: História, Filosofia e Sociologia da Educação

HISTÓRIA CULTURAL: A PRETENSÃO DE SUAS FACES. Fundamentos da Educação: História, Filosofia e Sociologia da Educação HISTÓRIA CULTURAL: A PRETENSÃO DE SUAS FACES Fundamentos da Educação: História, Filosofia e Sociologia da Educação Amanda de Matos Pereira 1 * Resumo A nova História Cultural reformulou a maneira de fazer

Leia mais

Curso: MNA Antropologia das Sociedades Complexas: a obra de Gilberto Velho

Curso: MNA Antropologia das Sociedades Complexas: a obra de Gilberto Velho Curso: MNA 859 - Antropologia das Sociedades Complexas: a obra de Gilberto Velho Professores: Adriana Facina e ESTAGIÁRIO: Vinícius Moraes (mestrando PPCULT/UFF) Período: 1º Semestre de 2018 Horário: 2ª

Leia mais

SELEÇÃO DE TUTORES A DISTÂNCIA ANEXO Ii DISCIPLINA/EMENTA/PERFIL DO CANDIDATO/NÚMERO DE VAGAS VAGA= Vaga imediata CR= Cadastro de Reserva

SELEÇÃO DE TUTORES A DISTÂNCIA ANEXO Ii DISCIPLINA/EMENTA/PERFIL DO CANDIDATO/NÚMERO DE VAGAS VAGA= Vaga imediata CR= Cadastro de Reserva 01 02 03 04 DISCIPLINA EMENTA PERFIL DO CANDIDATO VAGA Introdução aos Estudos sobre Segurança Introdução à Educação a Distância Estado, Direito e Cidadania, em perspectiva comparada Antropologia do Direito

Leia mais

Modernidade Tardia: Mentalidade individualista e seus impactos na subjetividade. Os desafios de hoje

Modernidade Tardia: Mentalidade individualista e seus impactos na subjetividade. Os desafios de hoje Modernidade Tardia: Mentalidade individualista e seus impactos na subjetividade. Os desafios de hoje Como vive e pensa o jovem que chega à Universidade Estrutura da Exposição I ANÁLISE FENOMENOLÓGICA DA

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO SECRETARIA DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO SECRETARIA DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS DELIBERAÇÃO Nº 66, DE 11 DE MAIO DE 2012 O DA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO, tendo em vista a decisão tomada em sua 257ª Reunião Extraordinária, realizada em 11 de maio de 2012, e considerando

Leia mais

História e História da Educação O debate teórico-metodológico atual*

História e História da Educação O debate teórico-metodológico atual* História e História da Educação O debate teórico-metodológico atual* Nadia Gaiofatto** Como o próprio título bem define, o livro em questão reúne importantes contribuições para a reflexão sobre a relação

Leia mais

Mestrado Acadêmico em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde. Ementas 2016

Mestrado Acadêmico em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde. Ementas 2016 Mestrado Acadêmico em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde Obrigatórias Ementas 2016 Disciplina: Divulgação científica: história, conceitos e modelos O objetivo da disciplina é fazer uma introdução

Leia mais

A CONSTITUIÇÃO DA SUBJETIVIDADE DA CRIANÇA: UMA REFLEXÃO SOBRE A CONTRIBUIÇÃO DA ESCOLA 1

A CONSTITUIÇÃO DA SUBJETIVIDADE DA CRIANÇA: UMA REFLEXÃO SOBRE A CONTRIBUIÇÃO DA ESCOLA 1 A CONSTITUIÇÃO DA SUBJETIVIDADE DA CRIANÇA: UMA REFLEXÃO SOBRE A CONTRIBUIÇÃO DA ESCOLA 1 Sirlane de Jesus Damasceno Ramos Mestranda Programa de Pós-graduação Educação Cultura e Linguagem PPGEDUC/UFPA.

Leia mais

JUVENTUDE E ESCOLA (RELAÇÃO JUVENTUDE E ESCOLA)

JUVENTUDE E ESCOLA (RELAÇÃO JUVENTUDE E ESCOLA) JUVENTUDE E ESCOLA (RELAÇÃO JUVENTUDE E ESCOLA) A expressão relação juventude e escola refere-se aos múltiplos aspectos envolvidos na interação entre os jovens alunos e a instituição escolar, quase sempre

Leia mais

PLANO DE DISCIPLINA NOME DO COMPONENTE CURRICULAR: Sociologia III CURSO: Técnico em Edificações Integrado ao Ensino Médio ANO: 3º ANO

PLANO DE DISCIPLINA NOME DO COMPONENTE CURRICULAR: Sociologia III CURSO: Técnico em Edificações Integrado ao Ensino Médio ANO: 3º ANO PLANO DE DISCIPLINA NOME DO COMPONENTE CURRICULAR: Sociologia III CURSO: Técnico em Edificações Integrado ao Ensino Médio ANO: 3º ANO CARGA HORÁRIA: 67 hs CRÉDITOS: 02 h/a semanais EMENTA A introdução

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA CAMPUS JAGUARÃO CURSO DE PEDAGOGIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA CAMPUS JAGUARÃO CURSO DE PEDAGOGIA PLANO DE ENSINO 2011-1 DISCIPLINA: Perspectivas Sociológicas em Educação II - JP0018 PROFESSOR: Ms. Clóvis Da Rolt I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Carga Horária Teórica: 30h II EMENTA A disciplina de Perspectivas

Leia mais

A abordagem de Thomas Scheff sobre a Vergonha na Sociologia das Emoções Uma breve apresentação

A abordagem de Thomas Scheff sobre a Vergonha na Sociologia das Emoções Uma breve apresentação BARBOSA, Raoni Borges; KOURY, Mauro Guilherme Pinheiro Koury. A abordagem de Thomas Scheff sobre a Vergonha na Sociologia das Emoções: uma breve apresentaçãlo. RBSE Revista Brasileira de Sociologia da

Leia mais

Boletim Gaúcho de Geografia

Boletim Gaúcho de Geografia http://seer.ufrgs.br/bgg RESENHA DE GOMES, PAULO CÉSAR DA COSTA. A CONDIÇÃO URBANA: ENSAIOS DE GEOPOLÍTICA DA CIDADE. RIO DE JANEIRO: BERTRAND BRASIL. 2002, 304 P. Boletim Gaúcho de Geografia, 32: 155-157,

Leia mais

PRÓ-REITORIA ACADÊMICA ESCOLA DE EDUCAÇÃO, TECNOLOGIA E COMUNICAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇAO STRICTO SENSU EM EDUCAÇÃO

PRÓ-REITORIA ACADÊMICA ESCOLA DE EDUCAÇÃO, TECNOLOGIA E COMUNICAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇAO STRICTO SENSU EM EDUCAÇÃO DISCIPLINA INSTITUCIONAL E OBRIGATÓRIA PARA MESTRANDOS E DOUTORANDOS Epistemologia: Ementa: Construção do conhecimento científico. Diferentes paradigmas de pesquisa em ciências sociais. Delineamento de

Leia mais

PROJETO DE INTERCULTURALIDADE E INTERDISCIPLINARIDADE

PROJETO DE INTERCULTURALIDADE E INTERDISCIPLINARIDADE Portaria de Autorização nº. 65 de 16 de Janeiro de 2009 1-8 CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO NORTE GOIANO FACULDADE DO NORTE GOIANO (FNG) COORDENAÇÃO DO NÚCLEO DE PESQUISA E EXTENSÃO (NUPE) PROJETO DE INTERCULTURALIDADE

Leia mais

Ministério da Educação Universidade Federal de São Paulo Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Campus Guarulhos Núcleo de Apoio Pedagógico

Ministério da Educação Universidade Federal de São Paulo Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Campus Guarulhos Núcleo de Apoio Pedagógico REMATRÍCULA 2 SEMESTRE 2018 Tabela de vagas remanescentes do 1 período de rematrícula, disponíveis para o 2º período de rematrícula (27/07 a 29/07/2018). Atenção: Disciplinas que não possuem mais vagas

Leia mais

TÍTULO: 100% PERIFERIA - O SUJEITO PERIFÉRICO: UM OBJETO DE ESTUDO DA PSICOLOGIA SOCIAL?

TÍTULO: 100% PERIFERIA - O SUJEITO PERIFÉRICO: UM OBJETO DE ESTUDO DA PSICOLOGIA SOCIAL? TÍTULO: 100% PERIFERIA - O SUJEITO PERIFÉRICO: UM OBJETO DE ESTUDO DA PSICOLOGIA SOCIAL? CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: PSICOLOGIA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS Guimarães, M.T. C; Sousa, S.M.G.Juventude e contemporaneidade: desafios e perspectivas. León, O.D. Uma revisão

Leia mais

BENS CULTURAIS E SIMBÓLICOS E A EDUCAÇÃO EM PIERRE BOURDIEU

BENS CULTURAIS E SIMBÓLICOS E A EDUCAÇÃO EM PIERRE BOURDIEU BENS CULTURAIS E SIMBÓLICOS E A EDUCAÇÃO EM PIERRE BOURDIEU SOUZA, Erisvaldo¹ Universidade Federal de Goiás Programa de Pós Graduação em Sociologia ¹erisvaldosouza@yahoo.com.br RESUMO Um forte elemento

Leia mais

PLANO DE ENSINO 2º TRIMESTRE

PLANO DE ENSINO 2º TRIMESTRE Componente Sociologia Professor: Yuri B. F. Corteletti Curricular: Segmento: Ensino Médio Ano/Série: 1ª Série Ensino Médio Apresentação da disciplina As Ciências Sociais é uma área do conhecimento composta

Leia mais

uma conexão a explorar Bruno Moretti * CANDIDO, Antonio. Literatura e sociedade. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, p.

uma conexão a explorar Bruno Moretti * CANDIDO, Antonio. Literatura e sociedade. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, p. 189 Orientação estética e sociedade: uma conexão a explorar Bruno Moretti * CANDIDO, Antonio. Literatura e sociedade. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006. 202 p. Em 2006, foi relançado o livro Literatura

Leia mais

CADERNOS DE HISTÓRIA: Oficina de História Trabalhadores em sociedades açucareiras

CADERNOS DE HISTÓRIA: Oficina de História Trabalhadores em sociedades açucareiras CADERNOS DE HISTÓRIA: Oficina de História Trabalhadores em sociedades açucareiras Ano VI No 6. 2009 1 CADERNOS DE HISTÓRIA: Oficina de História Trabalhadores em sociedades açucareiras Editora Universitária

Leia mais

Saberes e Práticas na Construção de Sujeitos e Espaços Sociais: Educação, Geografia, Interdisciplinaridade

Saberes e Práticas na Construção de Sujeitos e Espaços Sociais: Educação, Geografia, Interdisciplinaridade R E S E N H A 257 258 Saberes e Práticas na Construção de Sujeitos e Espaços Sociais: Educação, Geografia, Interdisciplinaridade CLÁUDIA LUÍSA ZEFERINO PIRES Doutoranda em Geografia (UFRGS), Professora

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA CAMPUS JAGUARÃO CURSO DE PEDAGOGIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA CAMPUS JAGUARÃO CURSO DE PEDAGOGIA PLANO DE ENSINO 2011-1 DISCIPLINA: Olhares Antropológicos em Educação - JP0004 PROFESSORA: Ms. Clóvis Da Rolt I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Carga Horária Teórica: 60h Carga Horária Prática: 15h II EMENTA A

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE EDUCAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE EDUCAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE EDUCAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO Apresentação A proposta ora apresentada para debate no âmbito do colegiado do Programa de Pós-Graduação

Leia mais

AÇÃO DOCENTE DO REGENTE DE EDUCAÇÃO FÍSICA E A INCLUSÃO: MODOS DE SER E DE SE RELACIONAR NO COTIDIANO ESCOLAR

AÇÃO DOCENTE DO REGENTE DE EDUCAÇÃO FÍSICA E A INCLUSÃO: MODOS DE SER E DE SE RELACIONAR NO COTIDIANO ESCOLAR 00866 AÇÃO DOCENTE DO REGENTE DE EDUCAÇÃO FÍSICA E A INCLUSÃO: MODOS DE SER E DE SE RELACIONAR NO COTIDIANO ESCOLAR MIRANDA, R. A. W. R. Universidade Federal do Espírito Santo RESUMO Este trabalho teve

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA CAMPUS JAGUARÃO CURSO DE PRODUÇÃO E POLÍTICA CULTURAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA CAMPUS JAGUARÃO CURSO DE PRODUÇÃO E POLÍTICA CULTURAL PLANO DE ENSINO 2012-1 DISCIPLINA: Antropologia PROFESSOR: Ms. Clóvis Da Rolt I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Carga Horária Teórica: 60h II EMENTA A partir de uma perspectiva histórico-evolutiva, a disciplina

Leia mais

TEMA: Ética, Responsabilidade e Consumo Sustentável: uma aproximação necessária

TEMA: Ética, Responsabilidade e Consumo Sustentável: uma aproximação necessária TEMA: Ética, Responsabilidade e Consumo Sustentável: uma aproximação necessária No cenário dos debates e reflexões sobre a problemática ambiental hodierna, o consumo configura-se como uma perspectiva analítica

Leia mais

Pontos de Cultura. BARBOSA, Frederico; CALABRE, Lia. (Org.). Pontos de Cultura: olhares sobre o Programa Cultura Viva. Brasília: Ipea, 2011.

Pontos de Cultura. BARBOSA, Frederico; CALABRE, Lia. (Org.). Pontos de Cultura: olhares sobre o Programa Cultura Viva. Brasília: Ipea, 2011. Pontos de Cultura Deborah Rebello Lima 1 BARBOSA, Frederico; CALABRE, Lia. (Org.). Pontos de Cultura: olhares sobre o Programa Cultura Viva. Brasília: Ipea, 2011. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

Leia mais

DISCIPLINAS OFERECIDAS NO SEGUNDO SEMESTRE DE 2015

DISCIPLINAS OFERECIDAS NO SEGUNDO SEMESTRE DE 2015 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO PROCESSOS SOCIOEDUCATIVOS E PRÁTICAS ESCOLARES DISCIPLINAS OFERECIDAS NO SEGUNDO SEMESTRE DE 2015

Leia mais

[T] Os contextos do saber: representações, comunidade e cultura

[T] Os contextos do saber: representações, comunidade e cultura ISSN 1518-3483 Licenciado sob uma Licença Creative Commons [T] Os contextos do saber: representações, comunidade e cultura JOVCHELOVITCH, Sandra. Os contextos do saber: representações, comunidade e cultura.

Leia mais

TESE DE DOUTORADO MEMÓRIAS DE ANGOLA E VIVÊNCIAS NO BRASIL: EDUCAÇÃO E DIVERSIDADES ÉTNICA E RACIAL

TESE DE DOUTORADO MEMÓRIAS DE ANGOLA E VIVÊNCIAS NO BRASIL: EDUCAÇÃO E DIVERSIDADES ÉTNICA E RACIAL TESE DE DOUTORADO MEMÓRIAS DE ANGOLA E VIVÊNCIAS NO BRASIL: EDUCAÇÃO E DIVERSIDADES ÉTNICA E RACIAL Marciele Nazaré Coelho Orientadora: Profa. Dra. Roseli Rodrigues de Mello Por: Adriana Marigo Francisca

Leia mais

Resenha do livro: OLIVEIRA, Jainara Gomes de. Prazer e Risco nas práticas homoeróticas entre mulheres. Curitiba: Appris, 2016.

Resenha do livro: OLIVEIRA, Jainara Gomes de. Prazer e Risco nas práticas homoeróticas entre mulheres. Curitiba: Appris, 2016. Prazer e risco, medo e aventura, Uma etnografia da formação tensional do self dissidente no urbano contemporâneo Brasileiro Resenha do livro: OLIVEIRA, Jainara Gomes de. Prazer e Risco nas práticas homoeróticas

Leia mais

CURSO DE GRADUAÇÃO EM TEOLOGIA COORDENAÇÃO DE CURSO PROJETO INSTITUCIONAL E INTERDISCIPLINAR

CURSO DE GRADUAÇÃO EM TEOLOGIA COORDENAÇÃO DE CURSO PROJETO INSTITUCIONAL E INTERDISCIPLINAR CURSO DE GRADUAÇÃO EM TEOLOGIA COORDENAÇÃO DE CURSO PROJETO INSTITUCIONAL E INTERDISCIPLINAR PROJETO DE ENSINO BIBLIA, LITERATURA E LINGUAGEM: ESTILOS E GÊNEROS LITERÁRIOS NA PERSPECTIVA DE ROBERT ALTER

Leia mais

Letras Língua Portuguesa

Letras Língua Portuguesa Letras Língua Portuguesa 1º Semestre Significação e Contexto LE0002/ 60h Ementa: Estuda os processos semânticos e analisa a relação do significado com o contexto, considerando as abordagens da semântica,

Leia mais

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS EMENTAS DO CURSO DE FILOSOFIA Currículo Novo (a partir de 2010/1) NÍVEL I HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGA Reflexão acerca da transição do pensamento mítico ao filosófico. Estudo de problemas, conceitos e

Leia mais

NOTAS DE AULA CONSTRUÇÃO DO MARCO TEÓRICO CONCEITUAL 1

NOTAS DE AULA CONSTRUÇÃO DO MARCO TEÓRICO CONCEITUAL 1 NOTAS DE AULA CONSTRUÇÃO DO MARCO TEÓRICO CONCEITUAL 1 Profa. Gláucia Russo Um projeto de pesquisa pode se organizar de diversas formas, naquela que estamos trabalhando aqui, a problematização estaria

Leia mais

Sociedade como fonte do pensamento lógico

Sociedade como fonte do pensamento lógico Sociedade como fonte do pensamento lógico E. Durkheim Antropologia I Prof. Vagner Gonçalves da Silva Grupo: Nara G. R. Castillo - NºUSP 7131083 Milena C. Gomes - NºUSP 9765938 Paula R. Jorge - NºUSP 9825177

Leia mais

10 SOCIOLOGIAS EDITORIAL

10 SOCIOLOGIAS EDITORIAL 10 SOCIOLOGIAS EDITORIAL É uma grata alegria informar aos leitores o novo patamar atingido por Sociologias. Nosso esforço de difusão de estudos sociológicos foi reconhecido por comitês de pares: estamos

Leia mais

10 Ensinar e aprender Sociologia no ensino médio

10 Ensinar e aprender Sociologia no ensino médio A introdução da Sociologia no ensino médio é de fundamental importância para a formação da juventude, que vive momento histórico de intensas transformações sociais, crescente incerteza quanto ao futuro

Leia mais

Ementas curso de Pedagogia matriz

Ementas curso de Pedagogia matriz Ementas curso de Pedagogia matriz 100031 DISCIPLINA: COMUNICAÇÃO E PLANEJAMENTO PROFISSIONAL Leitura e compreensão dos diversos gêneros textuais, abordando a escrita do parágrafo, da paráfrase e de textos

Leia mais

PEDAGOGIA. 1º Semestre. Antropologia e Educação 60h

PEDAGOGIA. 1º Semestre. Antropologia e Educação 60h PEDAGOGIA 1º Semestre Antropologia e Educação 60h Ementa: O estudo da antropologia entendido como estudo da cultura, das relações dos grupos humanos (intra e extragrupos) e da apropriação do espaço pelos

Leia mais

O percurso histórico e as questões teóricas e metodológicas da análise do discurso

O percurso histórico e as questões teóricas e metodológicas da análise do discurso LIVRO RESENHADO: MAINGUENEAU, DOMINIQUE. DISCURSO E ANÁLISE DO DISCURSO. SÃO PAULO: PARÁBOLA, 2015. O percurso histórico e as questões teóricas e metodológicas da análise do discurso Rafael Magalhães Angrisano

Leia mais

SOCIOLOGIA. Texto Elaborado por Rafael Barossi

SOCIOLOGIA. Texto Elaborado por Rafael Barossi 1 Texto Elaborado por Rafael Barossi SOCIOLOGIA A Sociologia surgiu como uma disciplina no século XVIII, na forma de resposta acadêmica para um desafio de modernidade: se o mundo está ficando mais integrado,

Leia mais

XVIII ENDIPE Didática e Prática de Ensino no contexto político contemporâneo: cenas da Educação Brasileira

XVIII ENDIPE Didática e Prática de Ensino no contexto político contemporâneo: cenas da Educação Brasileira A POLÍTICA CURRICULAR DO ESTADO DE MATO GROSSO PARA O ENSINO FUNDAMENTAL NO GOVERNO PEDRO TAQUES (2015-2017): QUE SENTIDOS PARA A EDUCAÇÃO E PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA? Thais Silva Verão Theodoro Resumo

Leia mais

Pedagogia. 1º Semestre. Biologia Educacional EDC602/ 60h

Pedagogia. 1º Semestre. Biologia Educacional EDC602/ 60h Pedagogia 1º Semestre Biologia Educacional EDC602/ 60h Ementa: Identificar os processos biológicos fundamentais diretamente relacionados à situação ensino-aprendizagem. Análise dos fatores genéticos e

Leia mais

DISCIPLINAS OPTATIVAS PARA A LINHA DE FORMAÇÃO EM SOCIOLOGIA (66E):

DISCIPLINAS OPTATIVAS PARA A LINHA DE FORMAÇÃO EM SOCIOLOGIA (66E): DISCIPLINAS OPTATIVAS PARA A LINHA DE FORMAÇÃO EM SOCIOLOGIA (66E): OBRIGATÓRIO cumprir 420 horas em Discplinas Optativas Destas 420 horas, é OBRIGATÓRIO cumprir 180 horas na linha de formação em Sociologia

Leia mais

CHAMADA PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS

CHAMADA PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS CHAMADA PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS Seminário Internacional 10 anos de cooperação entre museus: Museologia ibero-americana e a Declaração de Salvador 29 e 30 novembro de 2017 Brasília - Brasil A Declaração

Leia mais

TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS NO SUAS

TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS NO SUAS VIII Seminário Estadual de Assistência Social TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS NO SUAS Regina Célia Tamaso Mioto Florianópolis, maio de 2017 Trabalho Social com Famílias no SUAS Considerações iniciais Discutir

Leia mais

DISCIPLINAS OPTATIVAS PARA A LINHA DE FORMAÇÃO EM CIÊNCIA POLÍTICA (66F):

DISCIPLINAS OPTATIVAS PARA A LINHA DE FORMAÇÃO EM CIÊNCIA POLÍTICA (66F): DISCIPLINAS OPTATIVAS PARA A LINHA DE FORMAÇÃO EM CIÊNCIA POLÍTICA (66F): OBRIGATÓRIO cumprir 600 horas em Discplinas Optativas Destas 600 horas, é OBRIGATÓRIO cumprir 360 horas em Ciência Política As

Leia mais

ATORES SOCIAIS DA ESCOLA

ATORES SOCIAIS DA ESCOLA ATORES SOCIAIS DA ESCOLA A discussão em torno da noção de atores sociais nos remete ao contexto no qual ela emerge. Touraine situa o aparecimento recorrente dessa noção nas formulações teóricas do período

Leia mais

Revista FAMECOS: mídia, cultura e tecnologia ISSN: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Revista FAMECOS: mídia, cultura e tecnologia ISSN: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Revista FAMECOS: mídia, cultura e tecnologia ISSN: 1415-0549 revistadafamecos@pucrs.br Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Brasil Ferreira, Sónia; Travancas, Isabel Antropologia da mídia:

Leia mais

Plano Nacional de Extensão Universitária

Plano Nacional de Extensão Universitária Plano Nacional de Extensão Universitária Princípios Básicos Assumir mais veementemente a posição de uma universidade voltada para os interesses e as necessidades da maioria da população requer a retomada

Leia mais

Avaliação Capes, aprovação do doutorado (trechos parecer CAPES):

Avaliação Capes, aprovação do doutorado (trechos parecer CAPES): Avaliação Capes, aprovação do doutorado (trechos parecer CAPES): Os indicadores de produção de artigos são bons, com boa equivalência da produção distribuída da seguinte forma: A1: 4; A2: 7; B1: 26 (...)

Leia mais

Letras Língua Portuguesa

Letras Língua Portuguesa Letras Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto I 30h Ementa: Ocupa-se das estratégias de leitura e produção de textos orais e escritos considerando os aspectos formal e estilístico e sua relação

Leia mais

ideológicos que mobilizam a educação para o trabalho trovadoresco (Portugal século XIII)," José D Vasques Bastos, elege os conceitos de ideologia,

ideológicos que mobilizam a educação para o trabalho trovadoresco (Portugal século XIII), José D Vasques Bastos, elege os conceitos de ideologia, Apresentação Neste número temático da revista Leitura, IDEOLOGIA E PRÁTICAS DISCURSIVAS, discute-se a noção de ideologia no campo da Análise do Discurso e as práticas discursivas na sociedade contemporânea.

Leia mais

INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O EDITAL PrInt

INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O EDITAL PrInt INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O EDITAL PrInt 2019-2022 1. Título geral do projeto da UFRJ encaminhado e aprovado pelo MEC "Sustentabilidade, Crescimento e Combate à Desigualdade" 2. Título do projeto encaminhado

Leia mais

UM OLHAR SOBRE A UNIVERSIDADE BRASILEIRA NA CONTEMPORANEIDADE

UM OLHAR SOBRE A UNIVERSIDADE BRASILEIRA NA CONTEMPORANEIDADE UM OLHAR SOBRE A UNIVERSIDADE BRASILEIRA NA CONTEMPORANEIDADE As universidades são as mais antigas instituições em que se expressou um sentimento autonômico e de autogestão. Em rigor, são tão antigas que

Leia mais

CHAMADA PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS

CHAMADA PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS CHAMADA PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS Seminário Internacional 10 anos de cooperação entre museus: Museologia ibero-americana e a Declaração de Salvador 29 e 30 novembro de 2017 Brasília - Brasil A Declaração

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 82/10-CEPE

RESOLUÇÃO Nº 82/10-CEPE RESOLUÇÃO Nº 82/10-CEPE Estabelece o Currículo Pleno do Curso de Licenciatura em Ciências Sociais, do Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes. O CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO, órgão normativo,

Leia mais

ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOLOGIA EDUCACIONAL

ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOLOGIA EDUCACIONAL ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOLOGIA EDUCACIONAL Coordenadora: Profª. Sílvia Maria Melo Gonçalves Coordenadora substituta: Profª. Rosa Cristina Monteiro Período de realização: março de 2008 a dezembro de 2009

Leia mais

SÍNTESE PROJETO PEDAGÓGICO

SÍNTESE PROJETO PEDAGÓGICO SÍNTESE PROJETO PEDAGÓGICO Curso: Pedagogia Campus: Alcântara Missão De acordo com a Resolução CNE/CP Nº2/2015 o Curso de Pedagogia do Campus Alcântara tem por missão a formação de profissionais de educação

Leia mais

IMAGENS COMO PRÁTICA DE ENSINO EM SOCIOLOGIA E ANTROPOLOGIA NAS ESCOLAS INDÍGENAS

IMAGENS COMO PRÁTICA DE ENSINO EM SOCIOLOGIA E ANTROPOLOGIA NAS ESCOLAS INDÍGENAS IMAGENS COMO PRÁTICA DE ENSINO EM SOCIOLOGIA E ANTROPOLOGIA NAS ESCOLAS INDÍGENAS Célia Maria Foster Silvestre 1 1 Professora do Curso de Ciências Sociais, Unidade Universitária de Amambaí; e-mail: celia.silvestre@gmail.com

Leia mais

Lista das disciplinas com ementas: DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS:

Lista das disciplinas com ementas: DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS: Lista das disciplinas com ementas: DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS: Sujeitos da educação: escola e identidade social. Ementa: Processos identitários e categorias de pertencimento social: classe, gênero, etnia

Leia mais

MATRIZ CURRICULAR - UFF

MATRIZ CURRICULAR - UFF Curso: CIÊNCIAS SOCIAIS Titulação: BACHAREL Habilitação: - Enfâse: - Linha de Formação: - Currículo: 5.01.003 Versão: 2 Turno: Vespertino (OB) Carga horária obrigatória: 1740 (O) Carga horária optativa:

Leia mais

Redes da Maré O WOW como possibilidade de reunir a força das mulheres na cena contemporânea

Redes da Maré O WOW como possibilidade de reunir a força das mulheres na cena contemporânea Redes da Maré O WOW como possibilidade de reunir a força das mulheres na cena contemporânea Eliana Sousa Silva Fotos: Douglas Lopes, Gabi Carrera e Jessica Pires O Festival Mulheres do Mundo ou Women of

Leia mais

EMENTAS DAS DISCIPLINAS CURSO DE GRADUAÇÃO DE PUBLICIDADE E PROPAGANGA

EMENTAS DAS DISCIPLINAS CURSO DE GRADUAÇÃO DE PUBLICIDADE E PROPAGANGA EMENTAS DAS DISCIPLINAS CURSO DE GRADUAÇÃO DE PUBLICIDADE E PROPAGANGA 1) ASSESSORIA E CONSULTORIA EM COMUNICAÇÃO O mapeamento do campo de atuação em assessoria e consultoria em comunicação, baseado na

Leia mais

Letras Língua Portuguesa

Letras Língua Portuguesa Letras Língua Portuguesa 1º Semestre Estudos Filosóficos 45h Ementa: Reflete sobre o desenvolvimento das correntes filosóficas no Ocidente, enfatizando a influência da Filosofia clássica na constituição

Leia mais

R E S O L U Ç Ã O. Esta Resolução entra em vigor nesta data, alterando a resolução CONSEPE 18/2014 e demais disposições contrárias.

R E S O L U Ç Ã O. Esta Resolução entra em vigor nesta data, alterando a resolução CONSEPE 18/2014 e demais disposições contrárias. RESOLUÇÃO CONSEPE 19/2015 ALTERA LINHAS DE PESQUISA E RESPECTIVAS MATRIZES CURRICULARES DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM EDUCAÇÃO DA UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO USF. O Presidente do Conselho

Leia mais

Carga Horária das Disciplinas e Atividades Acadêmicas

Carga Horária das Disciplinas e Atividades Acadêmicas Carga Horária das Disciplinas e Atividades Acadêmicas LICENCIATURA PLENA EM HISTÓRIA - Grade Curricular Sugerida (C/H) Primeiro Período Seminário, Educação e Sociedade 40 Introdução aos Estudos Históricos

Leia mais

A Teoria Crítica e as Teorias Críticas

A Teoria Crítica e as Teorias Críticas A Teoria Crítica e as Teorias Críticas As Teorias Críticas Clássicas apresentam uma contestação aos métodos utilizados pelas pesquisas administrativas Têm o marxismo como base filosófica e ideológica Teoria

Leia mais

V SEMINÁRIO DE PESQUISA E ESTUDOS LINGUÍSTICOS FUNCIONAMENTO DISCURSIVO SOBRE ALIENAÇÃO PARENTAL NA MÍDIA BRASILEIRA

V SEMINÁRIO DE PESQUISA E ESTUDOS LINGUÍSTICOS FUNCIONAMENTO DISCURSIVO SOBRE ALIENAÇÃO PARENTAL NA MÍDIA BRASILEIRA Página 185 de 315 FUNCIONAMENTO DISCURSIVO SOBRE ALIENAÇÃO PARENTAL NA MÍDIA BRASILEIRA Beatriz Rocha de Oliveira 73 (UESB) Maria da Conceição Fonseca-Silva 74 (UESB/Fapesb) RESUMO Neste trabalho, objetivamos

Leia mais

Plano de Ensino. Identificação. Câmpus de Araraquara OPTATIVA. Disciplina SOC Socioanálise das Emoções. Docente(s) Maria Aparecida Chaves Jardim

Plano de Ensino. Identificação. Câmpus de Araraquara OPTATIVA. Disciplina SOC Socioanálise das Emoções. Docente(s) Maria Aparecida Chaves Jardim OPTATIVA Identificação Disciplina SOC3090 - Socioanálise das Emoções Docente(s) Maria Aparecida Chaves Jardim Unidade Faculdade de Ciências e Letras Departamento Departamento de Sociologia Créditos Carga

Leia mais

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DELIBERAÇÃO Nº 34/2016 Cria as disciplinas obrigatórias Temas Sociológicos em Psicologia e Temas Antropológicos em Psicologia em substituição às Disciplinas Sociologia Geral VII e Antropologia Cultural

Leia mais