UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS CÂMPUS DE JABOTICABAL

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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS CÂMPUS DE JABOTICABAL PERÍODO DE INCUBAÇÃO DE Guignardia citricarpa EM FRUTOS DE LARANJA VALÊNCIA E IMPORTÂNCIA DAS PULVERIZAÇÕES DE COBRE NO CONTROLE DA MANCHA PRETA Ronilda Lana Aguiar Engenheira Agrônoma JABOTICABAL SÃO PAULO BRASIL Fevereiro de 2011

2 T E S E / A G U I A R R. L. A

3 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS CÂMPUS DE JABOTICABAL PERÍODO DE INCUBAÇÃO DE Guignardia citricarpa EM FRUTOS DE LARANJA VALÊNCIA E IMPORTÂNCIA DAS PULVERIZAÇÕES DE COBRE NO CONTROLE DA MANCHA PRETA Ronilda Lana Aguiar Orientador: Profº. Drº. Antonio de Goes Co-orientador: Profº Drº Marcel Bellato Spósito Tese apresentada à Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias Unesp, Câmpus de Jaboticabal, como parte das exigências para a obtenção do título de Doutor em Agronomia (Produção Vegetal) JABOTICABAL SÃO PAULO BRASIL Fevereiro de 2011

4 ii A282p Aguiar, Ronilda Lana S279m Período de incubação de Guignardia citricarpa em frutos de laranja Valência e importância das pulverizações de cobre no controle da mancha preta / Ronilda Lana Aguiar Jaboticabal, ix, 49 f.: il.; 28 cm Tese (Doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Orientador: Antonio de Goes. Banca examinadora: Edson Luiz Furtado, Kátia Cristina Kupper, Margarete Camargo, Antonio Baldo Geraldo Martins. Bibliografia 1. Citrus sinensis. 2. Suscetibilidade. 3. Infecção quiescente. 4. Incidência. 5.Severidade. 6. Produção. I. Título. II. Jaboticabal - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias. CDU :632.4 Ficha catalográfica elaborada pela Seção Técnica de Aquisição e Tratamento da Informação Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação - UNESP, Câmpus de Jaboticabal.

5 iii DADOS CURRICULARES DO AUTOR RONILDA LANA AGUIAR- Filha de José Gomes de Aguiar e Maria da Conceição Lana Aguiar, nasceu em Ponte Nova, Minas Gerais, no dia primeiro de dezembro de Graduou-se em Agronomia pela Universidade Federal de Viçosa, em janeiro de Participou, quando estudante de graduação, da Empresa Júnior de Agronomia, organizando palestras, seminários, congressos e cursos relacionados ao curso de Agronomia. Em março de 2006, iniciou o curso de Mestrado em Agronomia, na área de Proteção de Plantas, na Universidade Estadual de Maringá, sob orientação do Profº. Drº. João Batista Vida, finalizando com o trabalho intitulado: Etiologia da Mancha Aquosa (Cladosporium chlorocephalum) da guariroba (Syagrus oleracea), os requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Agronomia. Em março de 2008, iniciou o Curso de Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Agronomia (Produção Vegetal) pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista - FCAV/UNESP, Campus de Jaboticabal, sob orientação do Profº. Drº. Antonio de Goes, sendo bolsista da CAPES, concluindo com este trabalho, os requisitos necessários à obtenção do título de Doutor em Agronomia.

6 i Dedico esta tese e mais esta etapa vencida... Á minha mãe, Maria da Conceição Lana Aguiar (in memorium), ao meu pai, José Gomes de Aguiar, que sempre acreditou em mim e mesmo á distância, compartilhou sua coragem e seu amor incondicional! Aos meus irmãos Rosângela, Rômulo e Rogério, pelo amor e compreensão em todos os momentos, fossem estes de alegria ou de ausência; por me fazer feliz... A todos os meus familiares e amigos que direta ou indiretamente, sempre estiveram ao meu lado, incentivando-me.

7 ii AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus, por sempre guiar e iluminar meu caminho. Agradeço a CAPES pela bolsa de Doutorado. Ao meu Orientador Profº. Drº. Antonio de Goes pelas orientações, confiança e apoio na elaboração da minha tese. Ao meu co-orientador Profº. Drº. Marcel Bellato Spósito, pelas orientações, amizade, carinho,companheirismo, confiança e oportunidades para meu crescimento profissional. Ao meu pai José Gomes de Aguiar, pela educação e pelo amor incondicional e aos meus irmãos Rosângela, Rômulo e Rogério que mesmo de longe torcem por mim e me amam com todo amor inteiro. A Eliana Scaloppi, pelo apoio, carinho, companheirismo, a todo esforço e cuidado que teve com meu experimento. Sou eternamente grata a essa pessoa maravilhosa que apareceu em minha vida trazendo muitas alegrias. À amiga do coração, Pakita, que sempre me deu carinho, me apoiou e me compreendeu. Às amigas especiais, Tia Sil e Fumiko, por todas alegrias proporcionadas durante o doutorado, e às amigas de república: Carlinha, Sandrinha, Karlota, Mary, Marinês, Fernanda e Edna. À nossa eterna amizade. Aos amigos de doutorado: Gaby, Thaís, Nélia (prima), Lonjoré, Dri, Zé Luiz, Léo, Elaine, André, Rafael, Marcos, Wilton, Rafael (rafa), Bruno (Margarida), Andressa pelo companheirismo, incentivo, apoio, amizade, carinho e grande força. Aos amigos de Nova Xavantina: Maria Luiza, Willian, Sônia, Samanta, Pedro, João Gabriel. Aos Professores do Departamento de Fitossanidade: Dr. Modesto Barreto, Dra. Rita de Cássia Panizzi e Dra. Margarete Camargo. Aos funcionários do Departamento, em especial ao Wanderley (Fordinho) pelo apoio, incentivo, amizade, dedicação e solidariedade. À Banca examinadora pelas sugestões e correções.

8 iii SUMÁRIO Página LISTA DE TABELAS... LISTA DE FIGURAS... RESUMO... SUMMARY... iv v vi vii CAPÍTULO 1 CONSIDERAÇÕES GERAIS INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA Mancha preta do citros Epidemiologia da mancha preta dos citros Período de incubação Controle REFERÊNCIAS... 9 CAPÍTULO 2 PERÍODO DE INCUBAÇÃO DA MANCHA PRETA DO CITROS EM DIFERENTES ESTÁDIOS FENOLÓGICOS DE FRUTOS DE LARANJEIRA VALÊNCIA RESUMO INTRODUÇÃO MATERIAL E MÉTODOS Obtenção da suspensão conidial de Guignardia citricarpa Metodologia de inoculação RESULTADOS E DISCUSSÃO... 20

9 iv 2.4. CONCLUSÕES REFERÊNCIAS CAPÍTULO 3 IMPORTÂNCIA DA PULVERIZAÇÃO DE FUNGICIDA CÚPRICO NO CONTROLE DA MANCHA PRETA DO CITROS RESUMO INTRODUÇÃO MATERIAL E MÉTODOS RESULTADOS E DISCUSSÃO CONCLUSÕES REFERÊNCIAS... 34

10 v LISTA DE TABELAS Página Tabela 1. Período de incubação de Guignardia citricarpa nos diferentes diâmetros de frutos. 20 Tabela 2: Interseção (a), coeficiente angular (b) e coeficiente de determinação (R2) das regressões lineares entre período de incubação e diferentes concentrações de inóculo de Guignardia citricarpa Tabela 3: Tratamentos com oxicloreto de cobre (3,6 kg/2000l) + óleo mineral emulsionável a 0,25% (v/v) no controle da mancha preta em frutos de laranjeira doce Valência. Mogi Guaçu, SP, 2008/ Tabela 4: Tamanho de frutos de laranjeira Valência desde a fase de 2/3 de queda de pétalas até 140 dias. Mogi Guaçu, SP, 2008 e Tabela 5: Resultados de porcentagem de severidade, porcentagem de incidência da mancha preta do citros e produção... 32

11 vi LISTA DE FIGURAS Página Figura 1: Período de incubação da mancha preta dos citros, causada por Guignardia citricarpa em relação ao diâmetro de frutos de laranjeira Valência... 22

12 vii PERÍODO DE INCUBAÇÃO DE Guignardia citricarpa EM FRUTOS DE LARANJA VALÊNCIA E IMPORTÂNCIA DAS PULVERIZAÇÕES DE COBRE NO CONTROLE DA MANCHA PRETA RESUMO A mancha preta dos citros (MPC), causada pelo fungo Guignardia citricarpa, produz lesões nos frutos que os depreciam para o mercado interno e os restringem para a exportação. O grande período de suscetibilidade dos frutos, em adição ao fato do patógeno causar infecções latentes, dificulta o entendimento do período de incubação da doença. O objetivo do trabalho foi determinar se o período de incubação da mancha preta do citros. Inoculou-se frutos de laranjeira Valência em diferentes estádios fenológicos e também foi determinado a importância das pulverizações de fungicida cúprico, da fase de queda das pétalas e, até sete meses após, no controle da mancha preta dos citros. Os resultados obtidos indicaram uma relação linear negativa entre o período de incubação da MPC e o diâmetro dos frutos inoculados. O período de incubação em frutos inoculados, ainda imaturos (2,0, 2,5 e 3,0 cm de diâmetro), foi longo, sendo de 266 dias nos de menor diâmetro menor, enquanto que em frutos já desenvolvidos (5,0 e 7,0 cm de diâmetro) o período para expressão de sintomas foi mais curto, sendo de cerca de 30 dias. A mancha preta em frutos cítricos apresenta período de incubação variável, dependente do estádio fenológico em que os frutos tornaram-se infectados. A concentração do inóculo de Guignardia citricarpa não interfere no período de incubação da doença. Em relação à incidência da MPC, mesmo com seis pulverizações de cobre a cada 28 dias, 53,3% dos frutos expressaram sintomas da doença. Quanto à severidade, não há diferença de resposta entre os tratamentos. Portanto, os dados mostraram que as infecções precoces interferem na qualidade visual do fruto, porém não na produção. Com o crescimento dos frutos, as infecções interferem negativamente na produção, levando a um aumento na queda de frutos. Palavras - chave: Citrus sinensis, suscetibilidade, infecção quiescente, incidência, severidade, produção.

13 viii INCUBATION PERIOD IN FRUIT Guignardia citricarpa VALÊNCIA AND IMPORTANCE OF COPPER IN SPRAYS CONTROL OF BLACK SPOT SUMMARY - The citrus (Citrus spp.) black spot, caused by Guignardia citricarpa produces lesions on the fruit that depreciate the domestic market and to restrain them for export. The great period of susceptibility of the fruits in addition to the fact that the pathogen causing latent infection of complicates the understanding of the incubation period of the disease. The aim of this study was to determine the incubation period of the citrus black spot is constant or variable, inoculating fruits of 'Valência' orange at the different phenological stages and was also given the importance of copper fungicide sprays, stage of petal drop and up to seven months in the control of citrus black spot The results indicate a negative linear relationship between the incubation period of the CBS and the diameter of the fruits inoculated. The incubation period observed in fruits inoculated still immature (2,0, 2,5 and 3,0 cm diameter) was long, smaller in diameter occurred around 266 days, and fruits already developed (5,0 and 7,0 cm diameter) for the disease expression was shorter in diameter occurred in approximately 30 days. The citrus black spot has a variable incubation period depends on the phenological stages in which fruit is inoculated. The concentration of inoculum of Guignardia citricarpa not interfere with the incubation period of the disease. Regarding the incidence of CBS, even with six copper sprays every 28 days, 53.3% of the fruit expressed disease symptoms. For severity, there is no difference in response between treatments. Therefore, the data showed that early infections influence the visual quality of the fruit, but not in production. With the growth of the fruit, infections can affect negatively the production, leading to an increase in fruit drop. Keywords: Citrus sinensis, susceptibility, quiescent infection, incidence, severity, production.

14 2 CAPÍTULO 1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS 1. INTRODUÇÃO O mundo globalizado, competitivo e ultra-seletivo convive com uma atmosfera saturada de novos desafios e rivalidades constantes. Dentro desta realidade, admiti-se que o setor agroindustrial brasileiro se faz merecedor de expressivo destaque, visto estar consolidando sua representativa participação no mercado nacional e internacional. Neste cenário está inserida a dinâmica citricultura paulista, que é a maior citricultura do mundo, tanto no segmento de produção de frutos como também no setor industrial de produção de suco concentrado e demais subprodutos. A citricultura é uma importante atividade econômica para o Brasil, sendo responsável por mais de 3 bilhões de dólares anuais. O Estado de São Paulo corresponde a maior produção, cerca de 85% da produção brasileira de laranjas (14,8 milhões t; 700 mil ha); também, na ordem de aproximadamente 1,5 milhão t, destaca-se a produção de Tahiti e tangerinas, como a Ponkan e o tangor Murcott. Outros estados como Bahia, Minas Gerais, Pará, Paraná e Rio Grande do Sul contribuem para o agronegócio dos citros com a produção, principalmente, de laranjas, tangerinas e Tahiti (IAC, 2010). A produção paulista de frutas cítricas é destinada principalmente para a produção de suco concentrado (82,14%). Para o mercado interno de fruta fresca é destinado 17,26%, e apenas 0,6% da produção destina-se à exportação de fruta fresca (NEVES & LOPES, 2005). A baixa relação entre produção e exportação deve-se, além da exigência de qualidade pelo mercado externo, a problemas fitossanitários, tais como a mancha preta dos citros, doença quarentenária para a União Européia (SPÓSITO & BASSANEZI, 2002). A doença já foi relatada na Ásia, África, América do Sul, Oceania e América do Norte (KOTZÉ, 1993; BAAYEN et al., 2002; PAUL et al., 2005; LEMON & MCNALLY, 2010). Recentemente essa doença foi também reportada em Cuba (A.G. Montes de Oca, informação pessoal, 2009) e na Flórida, Estados Unidos (Schubert et al., 2010).

15 3 A mancha preta dos citros (MPC), causada por Guignardia citricarpa, afeta grande parte das variedades cítricas, com exceção feita à laranja azeda (Citrus aurantium) e seus híbridos, assim como a lima ácida Tahiti (KOTZÉ, 1981; BALDASSARI et al., 2007). Os sintomas da MPC se expressam principalmente na forma de lesões. A doença deprecia os frutos destinados ao mercado interno, restringe-a sua exportação e pode levar à sua queda precoce, reduzindo a produtividade do pomar (AGUILAR-VILDOSO et al., 2002). A doença produz, em frutos cítricos, seis diferentes tipos de sintomas designados falsa melanose, mancha dura, mancha sardenta, mancha virulenta e mancha trincada (GOES et al., 2000; FUNDECITRUS, 2005;). A MPC apresenta algumas particularidades que a diferencia das demais doenças fúngicas dos citros, tornando o seu controle mais complexo e oneroso. Primeiramente, porque os frutos são infectados desde jovens, podendo se estender até no mínimo de 24 semanas após a queda das pétalas (BALDASSARI et al., 2006). Portanto, o período de suscetibilidade é demasiadamente extenso, o que exige grande número de pulverizações com fungicidas para proporcionar uma proteção eficiente. Outro aspecto é que os frutos infectados permanecem assintomáticos durante grande parte do seu crescimento e a máxima expressão dos sintomas se dá por ocasião de sua maturação. Portanto, em pomares infectados, nem sempre a ausência de sintomas caracteriza a existência de frutos sadios (AGRIANUAL, 2011). Diante do exposto, e dada à gravidade da MPC e os elevados prejuízos causados, os objetivos do presente estudo foram: (i) determinar o período de incubação da MPC (ii) avaliar a importância relativa de cada pulverização de fungicida cúprico, desde a queda das pétalas até sete meses após, no controle da mancha preta dos citros.

16 4 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Mancha preta dos citros A mancha preta dos citros (MPC), cujo agente causal é o fungo Guignardia citricarpa Kiely [Phyllosticta citricarpa (McAlp.) van der Aa.], causa danos em todas as espécies cítricas de valor comercial (AGUILAR-VILDOSO et al., 2002). As laranjeiras doces possuem o mesmo grau de suscetibilidade à doença (SPÓSITO et al., 2004). Entretanto, os sintomas são mais severos nas variedades tardias, como Valência e Natal (AGUILAR-VILDOSO et al., 2002). A espécie mais sensível à doença é o limoeiro [Citrus limon (Burm.)] (FEICHTENBERGER, 1996). A mancha preta dos citros foi constatada pela primeira vez em 1892, na Austrália, em frutos de laranjeira Valência (BENSON, 1895). Posteriormente a doença foi relatada na Ásia (Butão, China, Taiwan, Indonésia e Filipinas), África (Quênia, Moçambique, Nigéria, África do Sul, Zâmbia, Suazilândia e Zimbábue), América do Sul (Argentina, Uruguai e Brasil) (KOTZÉ, 1988; BAAYEN et al., 2002; PAUL et al., 2005), e posteriormente na América do Norte (Estados Unidos); (LEMON & MCNALLY, 2010). O primeiro relato da doença, no Brasil, foi em pomares comerciais em 1980, na Baixada Fluminense, no estado do Rio de Janeiro (ROBBS et al., 1980), sendo constatada no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e Amazonas (GOES & FEICHTENBERGER, 1993; FEICHTENBERGER, 1996; COSTA et al., 2003; ANDRADE et al., 2004; CAIXETA et al., 2005). O patógeno Guignardia citricarpa é específico de citros (BAAYEN et al., 2002), podendo causar lesões em ramos, folhas e frutos. Entretanto, os sintomas em laranjeiras doces são visíveis e problemáticos apenas em frutos. As lesões ficam limitadas ao flavedo (CARDOSO FILHO, 2003), depreciando os frutos para a comercialização in natura no mercado interno, e restringindo as exportações a países onde a doença é considerada quarentenária (NEVES & LOPES, 2005; AGUILAR-VILDOSO et al., 2002). A MPC não modifica as características internas dos frutos (FAGAN & GOES, 2000), os quais podem ser utilizados na produção de suco cítrico (TIMMER et al., 2000).

17 5 O controle da doença mal efetuado, assim como sua falta, pode ocasionar, em áreas com alta pressão de inóculo, perdas de até 70 % na produção, devido à queda prematura dos frutos (KLOTZ, 1978). Entretanto, mesmo em níveis baixos de severidade, a doença pode ocasionar queda prematura de frutos (FAGAN & GOES, 1999). Os sintomas relacionados à MPC são classificados e caracterizados em seis diferentes tipos: Mancha dura a mais comum e típica lesão. Geralmente começa a aparecer no período que inicia a mudança da coloração dos frutos. As lesões apresentam o centro necrótico deprimido, marrom-claro, e as bordas salientes, marrom-escuras. Em frutos mais esverdeados a lesão é circundada por um halo amarelado. Já nos mais maduros, é circundada por um halo esverdeado. Uma característica típica dessa lesão é a presença de pontos negros em seu interior, que se constituem nos corpos de frutificação do fungo, os picnídios (FUNDECITRUS, 2005). Falsa melanose constituída por manchas escuras e pequenas, podendo estar dispersas no fruto ou agregadas, que normalmente aparecem com os frutos ainda verdes. Este sintoma pode ser confundido com os de outra doença fúngica, a melanose (Diaporthe citri). Entretanto, nesta última, as lesões são ásperas quando comparadas às da falsa melanose (FUNDECITRUS, 2005). Mancha sardenta constituída por pequenas lesões deprimidas e avermelhadas que geralmente ocorrem no período de maturação dos frutos e na pós-colheita (FUNDECITRUS, 2005). Mancha rendilhada caracterizada por lesões superficiais que atingem grandes áreas dos frutos, quando estes ainda apresentam-se verdes. Estas lesões não apresentam corpos de frutificação (FUNDECITRUS, 2005). Mancha trincada a expressão dos sintomas está associada à presença do ácaro da falsa ferrugem (Phyllocoptruta oleivora). As lesões são arredondadas, ocorrendo em frutos ainda verdes. Com a maturação dos frutos as lesões apresentam trincas em sua superfície, não apresentando corpos de frutificação (GOES et al., 2000). Mancha virulenta este sintoma resulta da coalescência das lesões dos diferentes tipos de sintomas, especialmente os do tipo mancha dura e mancha sardenta, atingindo, portanto, grandes áreas da superfície dos frutos (FUNDECITRUS, 2005).

18 6 Os sintomas da MPC são mais facilmente visíveis nos frutos, cuja magnitude da sua expressão é dependente de vários fatores, sendo os mais importantes a radiação solar intensa e as altas temperaturas (FEICHTENBERGER, 1996). A manifestação dos sintomas normalmente mostra-se associado à suscetibilidade dos tecidos no momento da infecção e às condições climáticas prevalecentes durante e após a infecção (SPÓSITO, 2003). 2.2 Epidemiologia da mancha preta dos citros A epidemiologia da mancha preta é influenciada pelos seguintes fatores: inóculo disponível; condições climáticas requeridas para ocorrer a infecção; ciclo de crescimento das árvores de citros e idade do fruto em relação à suscetibilidade para infecção e eventual desenvolvimento dos sintomas (KOTZÉ, 1988). O fungo agente causal da pinta-preta dos citros (Guignardia citricarpa) pertence à Classe Loculoascomycetos, ordem Dothideales e família Dothideacea. Em sua fase sexual, produz pseudotécios em folhas cítricas em decomposição no solo (KOTZÉ, 1981). Os pseudotécios são corpos de frutificação isolados ou agregados, globosos ( µm de diâmetro), apresentando o ostíolo circular e não papilado. Por apresentarem fototropismo positivo, essas estruturas são formadas no lado da folha caída ao solo voltado para cima. Em seu interior são formados vários ascos bitunicados de formato cilíndrico-clavado, cada um com oito ascósporos (KOTZÉ, 1988). Os ascósporos são unicelulares, hialinos, multigutulados, cilíndricos com o centro dilatado, apresentando apêndices hialinos nas duas extremidades obtusas (FEICHTENBERGER et al., 2005). A maturação dos ascósporos dura entre 40 e 180 dias, a contar da queda das folhas (KOTZÉ, 1981). A produção de ascósporos de G. citricarpa é favorecida pela alternância de períodos secos e úmidos, situação freqüentemente observada durante a estação chuvosa do ano. Quando os pseudotécios estão maduros e úmidos, ocorre a liberação ativa dos ascósporos, sendo estes ejetados a uma altura de, aproximadamente, 1 cm

19 7 (KIELY, 1948; KOTZÉ, 1988). A disseminação dá-se por correntes de ar, as quais levam este tipo de esporo a curtas e médias distâncias (SPÓSITO, 2003). Em contato com o tecido vegetal, os ascósporos aderem-se à sua superfície devido à presença de mucilagem nas regiões polares dos ascóporos. Na presença de água livre, por períodos superiores a 24 horas, os ascósporos germinam formando seqüencialmente o tubo germinativo e o apressório (TIMMER, 1999). A penetração no tecido do hospedeiro é direta. Após a penetração, forma-se uma massa micelial na região sub-cuticular. O fungo permanece neste estado quiescente até o retorno de suas atividades, com período de incubação que varia entre 4 e 6 meses (TIMMER, 1999). Em sua fase assexual, o fungo recebe o nome de Phyllosticta citricarpa. Os conídios são produzidos em picnídios, os quais são formados em lesões de frutos, ramos secos e em folhas. Os conídios apresentam forma obovóide a elíptica (8-10,5 x 5,5-7 µm), são hialinos, unicelulares, multigutulados, com um apêndice hialino numa das extremidades. Os picnídios são de coloração marrom-escura ou preta, solitários ou agregados, globosos ( µm de diâmetro), apresentando um ostíolo levemente papilado, circular, de 12-14,5 µm de diâmetro (KOTZÉ, 1988). Quando os picnídios estão maduros, em seu ostíolo emergem os conídios envolvidos por uma substância mucilaginosa. A água, em contato com o ostíolo, solubiliza a mucilagem e carrega os conídios em suspensão até a superfície de órgãos suscetíveis próximos, onde novas infecções podem ocorrer. Assim como os ascósporos, os conídios germinam na superfície de órgãos suscetíveis, formando apressórios. Sua infecção é direta e forma uma massa de micélio que permanece quiescente na região sub-cuticular do órgão infectado. Contudo, ao contrário dos ascósporos, os conídios, por serem dispersos por água, somente conseguem atingir os tecidos do hospedeiro que estão a curtas distâncias da fonte de inóculo (KOTZÉ, 1981; 1988; SPÓSITO, 2003). Os ascósporos constituem-se, portanto, no inóculo do ciclo primário da pintapreta. Formados em folhas de citros em decomposição, são disseminados pelo vento e sendo geneticamente diferentes entre si, esse tipo de esporo é o responsável pelas aloinfecções que ocorrem em plantas cítricas, podendo infectar frutos, ramos e folhas (SPÓSITO, 2007). Em laranjeiras doces, os frutos e ramos, fixados à planta, infectados por ascósporos, expressam sintomas que se tornam fontes de inóculo do ciclo

20 8 secundário da doença. Nesses tecidos são formados conídios, esporos assexuais que dispersos por água a curtas distâncias, são responsáveis pelas autoinfecções que ocorrem em plantas cítricas, podendo infectar frutos, ramos e folhas. As folhas cítricas aderidas à planta infectada, tanto por ascósporos quanto por conídios, quando caem ao solo tornam-se fontes de inóculo do ciclo primário da doença, fechando o ciclo da doença (TIMMER, 1990). Portanto, o patossistema citros Guignardia citricarpa, apresenta dois mecanismos de disseminação do patógeno distintos que atuam em conjunto (SPÓSITO, 2003). Os ascósporos, disseminados pelo vento, com função de aumentar o número de plantas com a doença em uma área, e os conídios, dispersos por água, responsáveis pelo incremento da doença dentro da planta (SPÓSITO, 2007) Período de incubação O período entre a deposição do patógeno sobre o hospedeiro e a expressão dos sintomas é conhecido como período de incubação (VANDERPLANK, 1963; BERGAMIN FILHO & AMORIM, 1996). O conhecimento do período de incubação tem como importância o fato de que a quantificação de doenças baseia-se, via de regra, em sintomas visíveis (BERGAMIN FILHO & AMORIM, 2002).O fungo Guignardia citricarpa causa infecções latentes (BRODRICK & RABIE, 1970). Quando o fruto inicia a sua maturação, a maioria dessas infecções se transforma em lesões típicas de MPC (CALAVAN, 1960). Em citros existem algumas doenças fúngicas que possuem o período de incubação constante, como a melanose (Diaporthe citri), verrugose (Elsinoe spp.) e mancha marrom de alternária (Alternaria alternata), o que facilita o seu controle (TIMMER, 1999). No entanto, no caso da MPC, devido ao longo período de suscetibilidade do hospedeiro, o período de incubação não é definido, podendo as infecções, que deram origem aos sintomas, terem ocorrido em qualquer época desde a queda das pétalas (KOTZÉ, 1981; BALDASSARI, 2001). Sabe-se apenas que os primeiros sintomas da MPC se expressam a partir de seis meses após a queda de pétalas (KOTZÉ, 1981). Entretanto, o período de incubação resultante dos sintomas

21 9 observados subsequentes não se sabe se permanece constante ou variável. O conhecimento da época de infecção tem evidente valor heurístico para a definição da melhor estratégia de controle (BERGAMIN FILHO & AMORIM, 2002). 2.3 Controle A utilização de métodos culturais e principalmente o uso de fungicidas são empregados no controle da doença. Os primeiros grupos químicos que apresentaram um bom controle da doença foram os fungicidas cúpricos, especialmente o oxicloreto de cobre e calda bordalesa, os quais mostravam-se como os mais práticos e econômicos (CALAVAN, 1960). Até a década de 60, o controle da doença era realizado com 3 a 4 pulverizações com fungicidas cúpricos, tanto na Austrália, como na África do Sul. No florescimento ou imediatamente após a queda das pétalas realizava-se a primeira aplicação, sendo as demais em intervalos de até seis semanas. Entretanto, em pomares que apresentavam plantas mais velhas havia a necessidade de maior número de pulverizações. Assim, nos anos subseqüentes constatou-se que o uso dos fungicidas cúpricos, dependendo da quantidade de aplicações e épocas as quais eram realizadas, provocavam sintomas de fitotoxicidade nos frutos, os quais apresentavam pequenas lesões escuras. Tais manchas eram superficiais, restringindo-se à casca, que, embora não afetasse suas características químicas e/ou tecnológicas, ocasionava a sua depreciação comercial, dado aos danos provocados (CALAVAN, 1960; KOTZÉ, 1964; KOTZÉ, 1981). Na África do Sul, o uso freqüente de benzimidazóis, especialmente o benomyl, propiciou o desenvolvimento de estirpes de Guignardia citricarpa resistentes a fungicidas desse grupo químico. Assim, a associação do mesmo com produtos com ação de contato, como cúpricos e mancozeb, tem como objetivo dificultar esse processo de resistência. Já a associação com óleo tem o intuito de melhorar sua eficiência, principalmente no que diz respeito à penetrabilidade do mesmo no tecido dos frutos, uma vez que possui efeito curativo adicional sobre infecções latentes. Experiências bem sucedidas, têm, inclusive, sido relatadas no Brasil. Segundo GOES & WIT (1999), bons

22 10 resultados de controle da doença foram verificados mediante o uso de fungicidas benzimidazóis, tanto isoladamente ou em mistura de tanque com fungicidas protetores e óleos mineral ou vegetal. Nos últimos anos, dado ao risco de resistência do fungo aos fungicidas benzimidazóis, tem-se concentrado esforços na busca de fungicidas pertencentes a grupos químicos diferentes, particularmente ao das estrobilurinas Referências AGUILAR-VILDOSO, C.I., RIBEIRO, J.G.B., FEICHTENBERGER, E., GOES, A.; SPÓSITO, M.B. Manual técnico de procedimentos da mancha preta dos citros. Brasília: MAPA/SDA/DDIV AGRIANUAL: Anuário da agricultura brasileira. São Paulo: FNP Consultoria e Comércio, P Acesso: 23 de janeiro de ANDRADE, T.; THEODORO, G.F.; GOES, A.; BALDASSARI, R.B. Mancha preta (Guignardia citricarpa) dos citros no estado de Santa Catarina. Summa Phytopathologica, Botucatu, v.30, p.126, BAAYEN, R.P., BONANTS, P.J.M., VERKLEY, G., CARROL, G.C., VAN der Aa, H.A., de WEERDT, M., VAN BROUWERSHAVEN, I.R., SCHUTTE, G.C., MACCHERONI, Jr.W., GLIENKE de BLANCO, C.; AZEVEDO. J.L. Nonpathogenic isolates of the citrus Black spot fungus, Guignardia citricarpa, identified as a cosmopolitan endophyte of woody plants, Guignardia mangiferae (Phylosticta capitalensis). Phytopathology, Saint Paul, v. 92, p , BALDASSARI, R.B. Influência de frutos sintomáticos de uma safra na incidência de Guignardia citricarpa na safra subseqüente e período de suscetibilidade de frutos de laranjeiras Natal e Valência f. Dissertação (Mestrado em agronomia,

23 11 Produção Vegetal.) - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, BALDASSARI, R.B.; REIS, R.F.; GOES, A. Susceptibility of fruits of the Valência and Natal sweet orange varieties to Guignardia citricarpa and the influence of the coexistence of healthy and symptomatic fruits. Fitopatologia Brasileira, Brasília, v.31, p BALDASSARI, R.B.; BRANDIMARTE, I.; ANDRADE, A. G.; SOUZA, D. C. G.; MORETTO, C.; GOES, A. Indução da expressão precoce de sintomas de Guignardia citricarpa em frutos de laranjeira Pêra-Rio. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 29, p , BENSON, A.H.. Black spot the orange. Agriculture Gazette of New South Wales, v. 6, p. 249, BERGAMIN FILHO, A.; AMORIM, L. Doenças de plantas tropicais: epidemiologia e controle econômico. São Paulo: Ceres, BERGAMIN FILHO, A.; AMORIM, L. Doenças com período de incubação variável em função da fenologia do hospedeiro. Fitopatologia Brasileira, Brasilia, v. 27, p , BODRICK, H.T.; RABIE, C.J.. Light and temperature effects on symptom development and sporulation of Guignardia citricarpa Kiely, on Citrus sinensis (Linn) Osbeck. Phytophylactica, Petroria, v. 2, p , CAIXETA, M. P.; CORAZZA NUNES, M. J.; NUNES, W. M.; VIDA, J. B.; TESSMANN, D. J.; ZANUTTO, C. A.; MULLER, G. R. Situação da pinta preta (Guignardia citricarpa) em pomares de citros no Estado do Paraná. Fitopatologia Brasileira, Brasilia, v. 30, p. 157, 2005 (suplemento).

24 12 CALAVAN, E.C. Black spot of citrus. The California Citrograph. Los Angeles, v.46, n.11, p.21-24, CARDOSO FILHO, J.A. Efeito de extratos de albedo de laranja (Citrus sinensis) e dos indutores de resistência ácido salicílico, acilbenzolar-s-metil e Saccharomyces cerevisiae no controle de Phyllosticta citricarpa (teleomorfo: Guignardia citricarpa) f. Tese (Doutorado) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba, COSTA, H.; VENTURA, J.A.; ARLEU, R.J.; AGUILAR-VILDOSO, C.I. Ocorrência da pinta preta (Guignardia citricarpa) em citros no Estado do Espírito Santo. Fitopatologia Brasileira, Brasilia, v.28, p.205, Suplemento. FAGAN, C.; GOES, A. Efeito da severidade da mancha preta dos frutos cítricos causada por Guignardia citricarpa na queda de frutos de laranja Natal. Fitopatologia Brasileira, Brasilia, v.24, p.282, FAGAN, C.; GOES, A. Efeito da mancha preta dos frutos cítricos causada por Guignardia citricarpa nas características tecnológicas do suco de frutos de laranjeira Natal e Valência. Summa Phytopathologica, Botucatu, v.26, n.1, p.122, FEICHTENBERGER, E. Mancha-preta dos citros no Estado de São Paulo. Laranja, Cordeirópolis, v.17, p , FEICHTENBERGER, E; BASSANEZI, R.B.; SPÓSITO, M.B.; BELASQUE JR., J. Doenças dos citros. In: Manual de fitopatologia: doenças de plantas cultivadas

25 13 FUNDECITRUS. Manual de pinta preta. Araraquara: Fundo Paulista de Defesa da Citricultura, GOES, A. de; WIT, C.P. Efeito da combinação de diferentes fungicidas sistêmicos e protetores no controle da mancha preta dos frutos cítricos causada por Guignardia citricarpa. Fitopatologia, Santiago de Chile, v.34. p , GOES, A.; FEICHTENBERGER, E. Ocorrência da mancha preta causada por Phyllosticta citricarpa (Guignardia citricarpa) em pomares cítricos do Estado de São Paulo. Fitopatologia Brasileira, Brasilia, v.15, p.73-75, GOES, A.; BALDASSARI, R.B.; FEICHTENBERGER, E.; AGUILAR-VILDOSO, C.I.; SPÓSITO, M.B. Craked spot, a new symptom of citrus black spot in Brazil, 2000, Orlando: Proceedings of the International Society of Citriculture, p HERBERT, J.A. Citrus black spot. Nelspruit: Citrus and Subtropical Fruit Research Institute, GOES, A.; BALDASSARI, R.B.; FEICHTENBERGER, E.; AGUILAR-VILDOSO, C.I.; SPÓSITO, M.B. Craked spot, a new symptom of citrus black spot in Brazil, 2000, Orlando: Proceedings of the International Society of Citriculture, p KIELY, T.B. Preliminary studies on Guignardia citricarpa spp.: the ascigerous stage of Phoma citricarpa and its relation to blck spot of citrus. Proceedings of Linn. Society N.S.W., v.93, p , KLOTZ, L.J. Fungal, bacterial and nonparasitic diseases and injuries originating in the seedbed, nursery and orchard. In: REUTHER, W., CALAVAN, E. C.; CARMAN, G. E. (Ed.). The citrus industry. California: University of California, p

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28 16 TIMMER, L.W.; GARNSEY, S.M.; GRAHAM, J.H. Compendium of Citrus Diseases. 2 a ed., St. Paul: APS Press, p. VANDERPLANK, J.E. Plant Diseases: Epidemics and Control. New York. Academic

29 17 CAPÍTULO 2 - PERÍODO DE INCUBAÇÃO DE MANCHA PRETA DO CITROS EM DIFERENTES ESTÁDIOS FENOLÓGICOS DE FRUTOS DE LARANJEIRA VALÊNCIA RESUMO A mancha preta dos citros (MPC), causada pelo fungo Guignardia citricarpa, produz lesões nos frutos que os depreciam para o mercado interno e os restringem para a exportação. O grande período de suscetibilidade dos frutos em adição ao fato do patógeno causar infecções quiescentes dificulta o entendimento do período de incubação da doença. O objetivo do trabalho foi determinar se o período de incubação da mancha preta do citros é constante ou variável, inoculando frutos de laranjeira Valência em diferentes estádios fenológicos. Na inoculaçào foram empregadas suspensões de Guignardia citricarpa nas concentrações de 10 3, 10 4, 10 5 e 10 6 conídios.ml -1, para os diferentes diâmetros de frutos: 1,5; 2,0; 2,5; 3,0; 5,0 e 7,0 cm. Após a inoculação, as plantas foram mantidas por 24 horas sob nebulização a 100% de umidade relativa em casa de vegetação. Avaliou-se diariamente o período de incubação da doença. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente ao acaso e os dados foram submetidos à análise de regressão. Os resultados obtidos indicam uma relação linear negativa entre o período de incubação da MPC e o diâmetro dos frutos inoculados. O período de incubação observado em frutos inoculados, ainda imaturos (1,5, 2,0, 2,5 e 3,0 cm de diâmetro), foi longo, sendo de 266 dias nos frutos de menor diâmetro menor, enquanto em frutos já desenvolvidos (5,0 e 7,0 cm de diâmetro) o período para expressão de sintomas foi mais curto, de 26 dias. A mancha preta, em frutos cítricos, apresenta período de incubação variável dependente do estádio fenológico em que os frutos foram infectados. A concentração do inóculo de Guignardia citricarpa não interfere no período de incubação da doença. Palavras chave: Citrus sinensis, Guignardia citricarpa, suscetibilidade, infecção quiescente.

30 Introdução A mancha preta dos citros (MPC), causada pelo fungo Guignardia citricarpa Kiely [Phyllosticta citricarpa (McAlp.) van der Aa.], afeta todas as variedades comerciais de laranjeiras doces (AGUILAR-VILDOSO et al., 2002). A doença produz lesões nos frutos que os depreciam para o mercado interno e os restringem às exportações. Dependendo da intensidade da doença, os frutos podem cair antes do período de colheita, reduzindo a produtividade do pomar (FEICHTENBERGER et al., 2005). As variedades comerciais de laranjeiras doces possuem o mesmo grau de suscetibilidade à MPC (SPÓSITO et al., 2004), entretanto, a expressão dos sintomas ocorre em maior intensidade em variedades tardias, como a Valência, Natal e Folha Murcha (FEICHTENBERGER et al., 2005). A expressão dos sintomas está relacionada às condições ambientais, como altas temperaturas e intensidade de radiação solar (KOTZÉ, 1963; FEICHTENBERGER, 1996). A MPC expressa seus sintomas principalmente em frutos maduros, às vezes após a colheita, e durante o armazenamento e o transporte (FEICHTENBERGER, 1996). Entretanto, as infecções por G. citricarpa que deram origem aos sintomas podem ter ocorrido em qualquer período após a queda das pétalas (KOTZÉ, 1981; BALDASSARI, et al., 2006). O período crítico para essas infecções inicia-se com a queda de pétalas e estende-se até 4-5 meses (KOTZÉ, 1996). Contudo, infecções tardias, além desse período, podem ocorrer (BALDASSARI, et al., 2006; ALMEIDA, 2009) e serem responsáveis por uma queda acentuada de frutos (SCALLOPI, 2010). O fungo G. citricarpa, após infectar os frutos, permanece quiescente formando uma massa de micélio sob a cutícula (BRODRICK & RABIE, 1970). Quando o fruto inicia a sua maturação, a maioria das infecções quiescentes se transforma em lesões típicas de MPC (CALAVAN, 1960). A MPC apresenta diferentes tipos de sintomas, sendo os mais comuns a falsa melanose e a mancha dura (FEICHTENBERGER et al., 2005). O sintoma de falsa melanose se expressa com os frutos ainda verdes e a mancha dura, que apresenta corpos de frutificação do fungo e, portanto, é fonte de inóculo da doença, se expressa quando os frutos iniciam a mudança de cor (AGUILAR-VILDOSO et al., 2002). Sabe-se

31 19 que o tipo de sintoma expresso está relacionado com a quantidade de inóculo depositado sobre os frutos (ALMEIDA, 2009). Entretanto, não se conhece o período de incubação para essa doença. O conhecimento do período de incubação para a MPC tem como importância a definição de uma melhor estratégia de controle visando baixar inóculo da área, assim como reduzir as perdas por queda prematura de frutos (BERGAMIN FILHO & AMORIM, 2002; SCALLOPI, 2010). Em citros existem doenças fúngicas cujos períodos de incubação são constantes, como a melanose (Diaporthe citri), verrugose (Elsinoe ssp.), podridão floral (Colletotrichum acutatum) e mancha marrom de alternária (Alternaria alternata) (TIMMER, 1999). Uma característica comum dessas doenças é que todas apresentam um período de incubação bem curto, menos de uma semana. Entretanto, outros patossistemas podem apresentar períodos de incubação variáveis (BERGAMIN FILHO & AMORIM, 2002). No caso da MPC, devido ao longo período de suscetibilidade do hospedeiro em conjunto com a infecção latente do patógeno, não se sabe se o período de incubação é constante, e recorrente de novas infecções sequenciais, ou variável, determinado por fatores relacionados à fenologia do fruto. Com o intuito de ampliar o conhecimento do patossistema citros-g. citricarpa e aprimorar o controle da doença, o presente trabalho teve como objetivo determinar o período de incubação da MPC Material e Métodos O experimento foi conduzido no período de 09/2009 a 06/2010 em casa de vegetação do Departamento de Fitossanidade da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinária, UNESP, Jaboticabal, São Paulo, Brasil.

32 Obtenção da suspensão conidial de Guignardia citricarpa Utilizou-se no experimento um isolado de Guignardia citricarpa, de cultura monospórica, obtido de frutos de pomar comercial de laranjeira doce no município de Rincão/SP, reconhecidamente patogênico, conforme testes de patogenicidade realizados por WICKERT et al., (2009). A suspensão conidial do fungo foi obtida a partir de culturas puras do isolado presentes em placas de Petri contendo meio batatadextrose-ágar (BDA), previamente incubadas a 24ºC ± 1ºC durante 30 dias. Após esse período, foi depositada sobre as colônias 10 ml de água destilada esterilizada acrescida de uma gota de Tween 20, seguido de raspagem superficial com pincel de cerdas macias para a liberação dos conídios. Após filtragem em camada dupla de gaze, a suspensão obtida teve sua concentração calibrada para quatro concentrações: 10 3, 10 4, 10 5 e 10 6 conídios.ml -1, com o uso da Câmara de Neubauer Metodologia de inoculação As inoculações foram realizadas em frutos de plantas de laranjeiras doce Valência (Citrus sinensis Osbeck), enxertadas em limoeiro Cravo (Citrus limonia), com três anos de idade, mantidas em vasos em casa de vegetação. Inoculou-se, com o uso de atomizador manual, as suspensões de conídios, até o ponto de escorrimento, para os diferentes diâmetros de frutos: 1,5; 2,0; 2,5; 3,0; 5,0 e 7,0 cm. Nas testemunhas, para cada diâmetro de frutos, aplicou-se água destilada. Em cada combinação diâmetro de fruto por concentração de conídios, foram inoculados oito frutos. Após a inoculação, as plantas foram mantidas por 24 horas sob nebulização, a 100% de umidade relativa. A irrigação dos vasos era realizada a cada três dias com auxílio de mangueira no pé da planta cítrica. As plantas forma mantidas à temperaturas em torno de 28 ºC. As avaliações foram feitas diariamente, até o aparecimento do primeiro sintoma. Após a visualização do sintoma as avaliações foram realizadas quinzenalmente, durante 282 dias. Avaliou-se o período de incubação da doença, em dias, em cada fruto. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente ao acaso sendo cada fruto

33 21 uma repetição. Os dados do período de incubação em relação ao diâmetro do fruto inoculado, para cada concentração de inóculo testada, foram submetidos à análise de regressão, com o software Statistica Stat Soft, versão Resultados e Discussão As concentrações de Guignardia citricarpa utilizadas para as inoculações (10 3, 10 4, 10 5 e 10 6 conídios.ml -1 ) não interferiram no período de incubação da MPC (Tabela 2). A concentração do inóculo já foi relacionada com o tipo de sintoma expresso pela doença. ALMEIDA (2009) descreve que em altas concentrações de conídios os sintomas expressos são de falsa melanose, enquanto que, em baixas concentrações os sintomas o são de mancha dura. Portanto, independentemente da concentração do inóculo, o período de incubação observado nesse experimento relacionou-se exclusivamente com o estádio fenológico dos frutos (Tabela 2). Tabela 1. Período de incubação de Guignardia citricarpa nos diferentes diâmetros de frutos. Concentração Período de incubação (dias)/tamanho de frutos (cm) 1,5 cm 2,0 cm 2,5 cm 3,0 cm 5,0 cm 7,0 cm 10 3 * * *Não foi observado sintomas da MPC nos frutos.

34 22 Tabela 2. Interseção (a), coeficiente angular (b) e coeficiente de determinação (R 2 ) das regressões lineares entre período de incubação e diferentes concentrações de inóculo de Guignardia citricarpa. Parâmetros das equações Concentrações F w R 2 a z b z ,62 a 315,23 a 30,88** 0, ,66 a 317,24 a 93,88** 0, ,79 a 295,94 a 71,35** 0, ,10 a 254,5 a 26,50** 0,75 z Médias seguidas pela mesma letra minúscula nas colunas não diferem estatisticamente entre si (Tukey P> 0,05). w ** 1% de probabilidade estimada na análise de regressão linear. No campo, os primeiros sintomas da MPC, em variedades tardias, são observados por volta de seis meses após a queda de pétalas (ALCOBA, 2000). De acordo com os dados obtidos no experimento, os frutos apresentaram-se suscetíveis ao patógeno desde o início do seu desenvolvimento, isto é, com diâmetros de 1,5, 2,0 e 2,5 cm (Figura 1). Portanto, os primeiros sintomas observados no campo são oriundos de infecções precoces que ocorrem após a queda de pétalas e que permanecem latentes por volta de 270 dias. Os resultados obtidos indicaram uma relação linear negativa entre o período de incubação da MPC e o diâmetro dos frutos inoculados (Tabela 2). O período de incubação observado, portanto, foi variável, ou seja, em frutos imaturos (2,0, 2,5 e 3 cm de diâmetro), em desenvolvimento, a expressão dos sintomas ocorreu após longos períodos, por volta de 260 dias, e em frutos maduros, (5,0 e 7,0 cm de diâmetro), já com o seu tamanho final, o período para expressão de sintomas foi de aproximadamente 30 dias (Figura 1). A variação observada no período de incubação ou de infecção latente, da MPC, também ocorre em outro patossistemas, como a podridão parda do pessegueiro [Prunus persicae (L.) Batsch] causada por Monilinia fructicola (Wint) Honey e em diversas antracnoses de fruteiras tropicais causadas por

35 23 Colletotrichum gloeosporioides (Penz) Sacc., (VERHOEFF, 1974; PRUSKY & PLUMBLEY, 1992). Figura 1: Período de incubação de Guignardia citricarpa em relação ao diâmetro de frutos de laranjeira Valência. O período de incubação variável pode estar relacionado à resistência de frutos imaturos à colonização pelo patógeno, baseada em alguns mecanismos, tais como, compostos tóxicos, como fenóis, a presença de substâncias complexas inadequadas para à nutrição do patógeno, quantidade inadequada de enzimas produzidas pelo patógeno para degradar as substâncias pécticas da parede celular do fruto ou a produção de fitoalexinas nos frutos pós-infecção (JEFFRIES et al., 1990). O processo de amadurecimento e senescência dos frutos, geralmente, reduzem as respostas de resistência (BENATO, 2002). Essa variação no período de incubação da MPC implica direta e indiretamente nas medidas de controle a serem adotadas. Para FEICHTENBERGER et al. (1997), as

36 24 pulverizações com fungicidas visando a proteção dos frutos durante o principal período de sua suscetibilidade, deve ocorrer por pelo menos 4-5 meses após a queda das pétalas. Entretanto, a expressão de sintomas próximos ao pedúnculo dos frutos pode levar a sua queda prematura, reduzindo a produção da laranjeira (SCALLOPI, 2010). Os resultados do experimento mostraram que os sintomas tardios que podem levar a queda prematura dos frutos cítricos são originários de infecções tardias. Frutos com 5 a 7 cm de diâmetros apresentaram um período de incubação pequeno, de aproximadamente um mês. Ou seja, infecções próximas ao pedúnculo irão expressar sintomas próximos ao pedúnculo, levando à queda precoce dos frutos. Já, lesões que ocorreram em frutos ainda em desenvolvimento, 2,0, 2,5, 3 cm, o período de incubação é longo e mesmo que a infecção ocorra próxima ao pedúnculo a expressão dos sintomas ocorrerá distante do mesmo, uma vez que o crescimento do fruto cítrico se dá da região peduncular para a região estilar (SPÓSITO, 2010). Portanto, dependendo da finalidade da produção dos frutos cítricos de áreas com a MPC: indústria, mercado interno ou exportação; diferentes estratégias de controle deverão ser tomadas, levando em consideração os dois tipos inóculo da doença e seus meios de disseminação, a condições climáticas da área, quer seja para infecção do patógeno quanto para a expressão da doença, e o período de incubação variável Conclusão O uso de fungicidas cúpricos em plantas cítricas, com aplicações em intervalos de 28 dias, iniciadas na fase de 2/3 de pétalas caídas e estendendo-se até cerca de 140 dias, resulta em controle parcial da MPC, sendo observado níveis de incidência elevados, mesmos com seis aplicações seqüenciais. Para a severidade as aplicações com fungicida cúprico não ocorre redução nos níveis de severidade da MPC de laranjeira Valência. Porém esses tratamentos são eficientes quando comparado ao tratamento testemunha. A ausência de controle da MPC resulta em expressiva queda de frutos.

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