AU TEORIA E HISTORIA DA CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS ARQUITETÔNICOS E CULTURAIS Docente responsável: Profa. Dra. Regina Andrade Tirello

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UNICAMP Curso de Arquitetura Faculdade De Engenharia Civil,Arquitetura e Urbanismo 2 AU907 2012 TEORIA E HISTORIA DA CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS ARQUITETÔNICOS E CULTURAIS Docente responsável:

1 UNICAMP Curso de Arquitetura Faculdade De Engenharia Civil,Arquitetura e Urbanismo 2 AU TEORIA E HISTORIA DA CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS ARQUITETÔNICOS E CULTURAIS Docente responsável: Profa. Dra. Regina Andrade Tirello Exercício 1/ PARTE 2 FICHA DE LEVANTAMENTO PRELIMINAR DE EDIFÍCIO DE VALOR HISTÓRICO CULTURAL DE CAMPINAS Disciplina AU907 TEORIA E HISTORIA DA CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS ARQUITETÔNICOS E CULTURAIS 2009 docente : Profa.Dra.Regina Andrade Tirello Equipe responsável Thais Fonsechi, Emanuele Protti, Giulia Vercelli ficha nº 1 ano levantamento ) IDENTIFICAÇÃO DO EDIFICIO: Fábrica de Chapéus Cury, A chapelaria mais chic do Brasil 1 Endereço: Rua Barão Geraldo de Resende, 142, Campinas, SP Fotografia: Emanuele Protti, 9 de outubro Vicente Cury e Companhia, Coleçao Boletim Cury Orgam do Departamento de Vendas e Propaganda, CBC, S1 BC, P2, n.06, pag.8, junio 1938, Centro de Memoria, Unicamp. 1

2 data construção: 1920 arquiteto / engenheiro: Engenheiro Henrique Fortini Filho (?) uso original: fábrica de chapéus uso atual: fábrica de chapéus mas com pouca produçao proprietário original: Vicente e Miguel Vicente Cury proprietário atual: Sérgio Cury Zakia mudanças de uso( conhecidas): Desde a construção a fábrica manteve sempre a sua utilização, com uma progréssiva diminução na produção. 2) DESCRIÇÃO DO OBJETO Fonte: googlemaps. Localizada no bloco definido entre Rua Barão Geraldo de Resende, Rua José Paulino e Rua Alberto Salles, a Fábrica de Chapéus Cury sofreu muitas mudanças durante a sua historia, com exstensões, apliamentos e réformas. Os barracões e os galpões com paredes e coberturas siples formaram um complexo de unidades individualizadas que acabou formando o espaço da atual fábrica. Esses barracões foram cercados por muros de alvenaria sem que se adotasse qualquer tipo arquitetônico ou estilo que marcasse a época. Para atender as necessidades de segurança e operacionalidade foi construido uma chaminé para disposição aérea de residuos de fornalha que aquecía a caldeira. Também essa chaminé nao obedeceu qualquer padrão arquitetônico, sendo construida em tijolo aparente, por medida da economia. As caracteristicas arquitetonicas de suas instalações, bem como suas dimensoes espaciais (7.575 m²) e a chaminé que as domina fazem-na uma referencia urbana obrigatoria para o bairro. [...] A parte externa em granito negro polido com molduras em metal cromado. Tem quatro vitrines principais todas com otimas instalações elétricas. Internamente, balcões e armações artisticas em madeira de lei. 2 [...] 2 Vicente Cury e C., Coleçao Boletim Cury cit., CBC, S1 BC, P2, n.06, pag.8, junio

3 3) APRECIAÇÃO GERAL DO ESTADO DE CONSERVAÇÃO De acordo com o que foi possivel observar, a fábrica continua sendo ativa mas está em um estado parcial de desuso e esquecimento. As fachadas mostram degradações diferentes devidas às pátinas biológicas, pichações nas paredes, manchas de humidade, desprendimento de reboco e janelas enferrujadas. Não foi possível entrar, a fim de estabelecer o estado interno de conservação, mas é evidente que a fábrica precisaria de muitos ajustes. 4) HISTÓRICO CONSTRUTIVO Fundada em 1920, instalou-se no leito da atual Rua Alberto Salles um barracão que serviu como primeira instalação da fábrica de chapéus: esta integrou o processo de industrialização da cidade neste seculo; por sua atividade constituiu-se um marco da historia do bairro da Guanabara. Posteriormente, por volta de 1940, foram contruidos no local dois barracões com paredes simples e cobertura, sem projeto definido. Nos meados de 1950 outros barracões foram acrescentados, formando um complexo de unidades individualizadas que acabou formando o espaço da atual fabrica. Esses barracões foram cercados por muros de alvenaria sem que se adotasse qualquer tipo arquitetonico ou estilo que marcasse a época. Para atender as necessidades de segurança e operacionalidade foi construido uma chaminé para disposição aérea de residuos de fornalha que aquecia a caldeira. Também essa chaminé nao obedeceu qualquer padrao arquitetonico, sendo construida em tijolo aparente, por medida da economia. As reformas ocorridas deram-lhe características arquitetonicas dos anos 40: a fábrica é um desenho adaptado da cidade, ja que era uma industria prospera e além disso a região onde se situa era antigamente uma area industrial, e portanto, fez parte da historia da criação do centro da cidade. Estando em desuso o seu artefato principal, a empresa está a beira de seu fechamento. Para atender o mercado que hoje se oferece necessario foram profundas alterações nos mecanismos de produção, desativando maquinas de fabricação antigas por maquinas atualizadas e novos procedimentos. Tais mudanças obrigaram alterações internas na estrutura de montagem, restando somente o muro-fachada. [...] Fundada em 1920 na Rua 13 de Maio com instalações modestas; mudou-se para Rua Barão de Jaguara no prédio antiquado que existia na Rua Cezar Bierrenbach. Aí com instalações melhoradas continuou a sua marcha paralela com o progrésso da fábrica e da cidade. [...] Está situada em um predio de contruçáo recente cuja parte terrea e de esquina foi edificada especialmente para nela ser instalada a chapelaria. O seu atual proprietario é o senhor Wadih Cury. 3 [...] PROCESSO DE TOMBAMENTO Abertura do processo de estudo de tombamento da Fábrica e do conjunto urbano associado a ela, em sessão ordinaria de 19 de abril 1989, ato n.833. Procésso de tombamento n.003 do 23 de fevereiro 1994 começado para Francisco César Palma de Araujo. 21 de novembro 2000 recomendação pelo não tombamento do prédio, porque sem relevancia arquitetonica. Tombamento da Fabrica aprovado no 25 de setembro 2008 com a preservação da chaminé e as fachadas referentes as ruas (Processo n.003/94). 3 Vicente Cury e C., Coleçao Boletim Cury cit., CBC, S1 BC, P2, n.06, pag.8, junio

CRONOLOGIA DA EDIFICACÃO: o 17/12/1921 Construção de um galpão nos fundos dos terrenos de uma propriedade a Rua José Paulino. Proprietade: Silvio Bertocchi.

4 CRONOLOGIA DA EDIFICACÃO: o 17/12/1921 Construção de um galpão nos fundos dos terrenos de uma propriedade a Rua José Paulino. Proprietade: Silvio Bertocchi. o 20/09/1923 Construção da Fábrica de Chapéus. Eng. construtor: Henrique Fortini Filho. Proprietade: Vicente Cury & o 20/04/1925 Construção de pavilhao na fabrica. Eng. construtor: Luiz Turrini Pitta. Proprietade: Vicente Cury & o 11/04/1927 Construção de estufa para secagem de chapéus. Eng. construtor: Luiz Turrini Pitta. Proprietade: o 29/09/1928 Construção de barracão nos fundos da fabrica. Eng. construtor: Luiz Turrini Pitta. Proprietade: o 08/01/1932 Construção de lanternim para ventilação no telhado dos galpões. Eng. construtor: Luiz Turrini Pitta. Proprietade: o 29/03/1932 Ampliação da fabrica com reservatorio de agua. Eng. construtor: Luiz Turrini Pitta. Proprietade: o 21/02/1933 Construção de um pavilhão para escritorio e expedição. Eng. construtor: Luiz Turrini Pitta. Proprietade: o 12/04/1933 Modificação para aumento de privada e mictorio. Eng. construtor: Luiz Turrini Pitta. Proprietade: o 20/06/1933 Construção de pavilhão. Eng. construtor: Luiz Turrini Pitta. Proprietade: o 11/09/1933 Entrada, quarto da força e portaria. Eng. construtor: Luiz Turrini Pitta. Proprietade: Vicente Cury & o 23/10/1933 Construção de privadas e mictorio. Eng. construtor: Luiz Turrini Pitta. Proprietade: Vicente Cury & o 27/04/1934 Construção de 8 banheiros. Eng. construtor: Luiz Turrini Pitta. Proprietade: o 26/06/1934 Construção de pavilhão. Eng. construtor: H.N.Segurado. Proprietade: o 05/02/1936 Construção de galpão. Eng. construtor: H.N.Segurado. Proprietade: o 20/04/1936 Construção de chaminé. Eng. construtor: A. Garcez. Proprietade: o 01/09/1936 Construção de galpão e reforma da fachada a Rua Barao Geraldo de Resende. Eng. construtor: H.N.Segurado. Proprietade: o 17/11/1936 Construção do augmento da fabrica à travessa Cury esquina de Rua José Paulino. Eng. construtor: H.N.Segurado. Proprietade: o 27/11/1936 Construção de um galpão. Eng. construtor: H.N.Segurado. Proprietade: o 03/02/1937 Ampliação da fabrica. Eng. construtor: H.N.Segurado. Proprietade: o 18/02/1937 Projeto para aumento da fabrica. Eng. construtor: H.N.Segurado. Proprietade: o 27/12/1937 Ampliação da fabrica a Rua Barao Geraldo de Resende com salao de escritorio e barracão para deposito de madeira. Area construida: m². Eng. construtor: H.N.Segurado. Proprietade: Vicente Cury & o 20/11/1938 Reformas e sub-divisao na Avenida Barao de Itapura esquina Oswaldo Cruz. Proprietade: Rosina Silviero. o 31/10/1938 Construção de galpoes. Eng. construtor: H.N.Segurado. 4

5 5) FONTES CONSULTADAS Vicente Cury e Companhia, Coleção Boletim Cury Orgam do Departamento de Vendas e Propaganda, Série 1: Pasta 1, CBC, S1 BC, P1, 01 05; Pasta 2, CBC, S1 CB, P2, 06 11; Pasta 3, CBC, S1 BC, P3, 12 17; Série 2, Correspondência, CBC, S2, C, P3, Boletins Cury de janeiro 1938 até abril 1939, Centro de Memoria, Unicamp. Acervo do Arquivo Municipal de Campinas, Prefeitura Municipal de Campinas. Delma Medeiros, A Fantastica Fabrica, Correio Popular Cultura/Variedades, Campinas, 31 de março ) OBSERVAÇÕES 5

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