Formação para a Gestão do Patrimônio Cultural Imaterial no âmbito da COOP SUL Curso livre a distância (EAD)

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1 Formação para a Gestão do Patrimônio Cultural Imaterial no âmbito da COOP SUL Curso livre a distância (EAD) Modulo 2 O campo do Patrimônio Cultural Imaterial Disciplina 2 A constituição do campo do patrimônio imaterial e seus conceitos estruturantes Profª. Maria Elisabeth Costa 1

2 O patrimônio imaterial e seus conceitos estruturantes Maria Elisabeth Costa CNFCP/IPHAN O conceito de patrimônio imaterial é complexo e polissêmico e percorreu um longo caminho antes que essa expressão se consolidasse em algumas políticas culturais nacionais e convenções internacionais. Atualmente, a expressão convive com outras, tais como conhecimentos tradicionais, cultura popular ou folclore, que recobrem significados semelhantes e situam-se na interface de diversas políticas e acordos nacionais e internacionais. Politicamente, o reconhecimento e a valorização do patrimônio cultural estão intimamente vinculados à ascensão do nacionalismo na formação dos modernos Estados europeus, em meados do século XIX, fazendo parte de um movimento de legitimação de uma identidade nacional. Monumentos e edificações históricas, assim como obras de arte, de excepcional valor, foram instituídos como marcos referenciais da memória coletiva e da nacionalidade e, como tal, preservados e protegidos pelo Estado. Por sua vez, as expressões e manifestações culturais, notadamente da cultura popular, eram alvo de um interesse igualmente vinculado à busca de uma identidade nacional. Os camponeses, aqueles que viviam em meio rural, mais próximos à natureza, mais afastados das áreas urbanas, logo, menos influenciados por valores e costumes estrangeiros ou estranhos, embasavam uma faceta relevante da identidade nacional, calcada na continuidade histórica de expressões, manifestações, crenças e costumes, fundados na oralidade e transmitidos de geração a geração. A localização da origem dessas práticas em um passado distante e impreciso garantia seu atrelamento à tradição. Houve, na época, por parte de alguns intelectuais, a preocupação de registrar e colecionar expressões e manifestações da cultura popular, canções, contos, provérbios, peças artesanais, antes que fosse tarde demais, pois estavam fadados a desaparecer, condenados pelo progresso, pelo avanço da urbanização e pela industrialização. Em 1846, o inglês 2

3 Thoms cunhou o termo folklore (literalmente o saber do povo ), que foi apropriado pelos estudiosos para englobar o material coletado na época, classificado como 'antiguidades populares', superstições ou 'curiosidades'. Em fins do século XIX, na esteira das abordagens europeias, os intelectuais brasileiros voltaram-se para as manifestações culturais populares, particularmente por meio do estudo da literatura oral. A evolução do campo de estudos, durante o movimento modernista brasileiro, nas primeiras décadas do século XX, seguiu novas orientações e ampliou o repertório, incluindo músicas, ritmos, festejos, folguedos e rituais, nas investigações empíricas que se estenderam por várias regiões do país. No decorrer do Século XX, com o fortalecimento das disciplinas acadêmicas ligadas às Ciências Humanas e Sociais, os estudos do folclore foram perdendo autonomia, sendo alocados ora como parte do campo da Literatura Oral, ora da História, da Sociologia, da Etnomusicologia ou da Antropologia. A grande mobilização dos intelectuais em torno de ações e políticas voltadas para a proteção do folclore o entendiam como uma referência para a definição de uma identidade nacional (Vilhena, 1997). O movimento folclórico pautou um programa de três pontos que incluía (1) levantamento, pesquisa e documentação dos fatos folclóricos, (2) a proteção dos folguedos e (3) a inclusão das manifestações folclóricas no processo educativo formal a fim de complementar os meios tradicionais de transmissão informal da tradição folclórica. Esses três pontos articulados resumem os esforços empreendidos pelo movimento folclórico nas primeiras décadas do século XX. Foi durante o movimento modernista, quando os intelectuais brasileiros se voltavam para as questões de identidade nacional, que, em 1937, foi criado o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) 1, autarquia vinculada ao Ministério da Cultura. A excepcionalidade histórica e artística compunha o critério de valor que delimitava o patrimônio cultural sob a alçada do Iphan e a instituição do tombamento funcionava como instrumento de proteção. Aquilo que denominamos hoje patrimônio imaterial não encontrava lugar nas políticas patrimoniais. 1 Na época, denominado Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN). 3

4 Atualmente, diversas instituições públicas se voltam para a proteção e preservação de práticas sociais e processos híbridos e complexos que são referência para a memória e a identidade de várias comunidades sem entretanto empregar a expressão patrimônio cultural imaterial. Essa expressão tangencia os conceitos de cultura popular, cultura tradicional e folclore, cultura oral e conhecimentos tradicionais, empregados em outras instâncias. A polissemia nesse campo conceitual se reflete em diferentes setores de políticas públicas envolvidos em temas e questões bastante diversos, dentre os quais destacamos: as patentes envolvendo conhecimentos tradicionais, os impactos ambiental e cultural dos projetos de obras de grande porte, a patrimonialização da cultura indígena e a legislação específica que rege esses grupos, a formação de profissionais especializados no campo da educação patrimonial, a capacitação dos detentores de bens culturais para ter acesso aos recursos disponibilizados por políticas de fomento na área de patrimônio, a legislação de proteção ao meio-ambiente, e assim por diante. Em âmbito internacional, a Recomendação sobre a Salvaguarda da Cultura Tradicional e Popular, documento gerado na 25ª Conferência Geral da UNESCO, em 1989, define a cultura tradicional e popular como o conjunto de criações que emanam de uma comunidade cultural, fundadas na tradição, expressas por um grupo ou por indivíduos e que reconhecidamente respondem às expectativas da comunidade enquanto expressões de sua identidade cultural e social: as normas e os valores se transmitem oralmente, por imitação ou de outras maneiras. Suas formas compreendem, entre outras, a língua, a literatura, a música, a dança, os jogos, a mitologia, os rituais, os costumes, artesanato, a arquitetura e outras artes. Esse documento resultou de solicitação formal à Unesco, sob a iniciativa da Bolívia, para a busca de formas de salvaguarda adequadas a bens culturais que não se enquadravam nos critérios para a constituição do patrimônio cultural material elaborados na Convenção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural de No âmbito da Unesco, a denominação imaterial ou intangível vem sendo empregada desde o programa de 1998, Obras Primas do Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade que, em suas três edições, chegou a titular noventa bens culturais. Durante a vigência desse programa, dois bens brasileiros integraram essa lista: as expressões orais e gráficas dos wajapi (2003) e o samba de roda 4

5 do Recôncavo Baiano (2005). O foco das políticas de preservação, antes centrado em monumentos, edificações, peças arqueológicas e obras de arte, ampliou-se de modo a incluir os conhecimentos tradicionais, as expressões artísticas, os saberes e fazeres, adotando um enfoque mais antropológico em relação ao patrimônio cultural, que leva em consideração os sistemas de significados e valores envolvidos na identidade cultural dos grupos sociais. Nesse sentido, a noção de patrimônio cultural nas políticas de preservação reconhece que as dimensões material e imaterial são indissociáveis. Por fim, na Convenção da Unesco para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, em 2003, a expressão 'patrimônio cultural imaterial' toma o lugar de 'cultura tradicional e popular' da Recomendação de A Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Imaterial, apresentada na 32 a Conferência Geral da Unesco, entende por patrimônio cultural imaterial as práticas, representações, expressões, comportamentos e técnicas - juntamente com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares que lhes são associados que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos, reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural. Esse patrimônio se transmite de geração a geração e é constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade. Assim definido, o patrimônio imaterial se manifesta em especial nos seguintes campos: a) tradições e expressões orais, incluindo o idioma; b) expressões artísticas; c) práticas sociais, rituais e atos festivos; d) comportamentos e práticas relacionados à natureza e ao universo; e) técnicas artesanais tradicionais. A Convenção de 2003 cria também duas listas: a Lista Representativa do Patrimônio Imaterial da Humanidade e a Lista do Patrimônio Cultural Imaterial que Requer Medidas Urgentes de Salvaguarda. A arte Kusiwa dos Wajãpi e o Samba de Roda do Recôncavo Baiano, que integravam o Programa Obras Primas da Humanidade, foram incorporados à Lista Representativa do Patrimônio Imaterial da Humanidade, acompanhados pelo Frevo 5

6 (2012), o Círio de Nossa Senhora de Nazaré (2013) e a Roda de Capoeira(2014).O ritual Yaokwa do povo Enawene Nawe, ameaçado pelo desmatamento e por práticas ambientais invasivas, integra a Lista de Bens que requerem medidas urgentes de salvaguarda (2011). Tendo em vista as convenções de que o Brasil é signatário, o patrimônio imaterial é abordado, no âmbito internacional,segundo três vertentes: cultural, econômica e ambiental. O enfoque cultural é adotado particularmente pela Unesco, foro das discussões internacionais para a salvaguarda do patrimônio imaterial, enquanto que os aspectos econômicos, relacionados à exploração econômica indevida, repartição de benefícios e proteção de direitos de propriedade intelectual são tratados basicamente no âmbito da Organização Mundial de Propriedade Industrial (OMPI) e da Organização Mundial de Comércio (OMC), assim como os aspectos relacionados ao manejo sustentável dos recursos naturais, refletidos na Convenção da Diversidade Biológica, Patrimônio Genético e Conhecimentos Tradicionais da OMPI e da OMC. Na pauta das discussões promovidas por entidades internacionais, as proteções concedidas às produções intelectuais (marcas, patentes, indicações geográficas, direitos de autor, entre outras) devem se estender às manifestações e expressões culturais, na medida em que estas também derivam da criatividade, seja individual ou coletiva. O Comitê Intergovernamental da OMPI aprovou, em 2001, um Projeto de Disposições com relação à proteção dos Conhecimentos Tradicionais e Folclore. É digno de nota que, neste documento da OMPI, o termo folclore reaparece como equivalente a cultura tradicional. Cabe observar que proteção, no âmbito da OMPI e da OMC, se distingue da salvaguarda promovida pela UNESCO. Enquanto que salvaguarda se volta para a identificação, a documentação, a transmissão e o fomento dos bens culturais, a proteção da propriedade intelectual visa garantir compensação justa e impedir a exploração comercial ilícita, a concorrência desleal e o uso não autorizado/ não apropriado. Muitos reconhecem o potencial econômico das manifestações da cultura tradicional e acreditam que a atribuição de direitos de propriedade intelectual possa fazer parte da salvaguarda do patrimônio imaterial. O patrimônio imaterial requer um regime jurídico sui generis para a proteção dos conhecimentos tradicionais e recursos genéticos associados à 6

7 biodiversidade, tendo em vista as políticas de proteção ambiental e de proteção das propriedades intelectuais coletivas. A noção de patrimônio cultural imaterial é, portanto, rica em matizes e isso explica em parte porque é tão difícil dar-lhe a mesma conotação em todas as políticas públicas. No entanto, nunca é demais enfatizar o caráter coletivo do patrimônio cultural imaterial. Os bens culturais passíveis de serem selecionados como patrimônio cultural são sempre reconhecidos por um grupo, por uma comunidade, como parte de sua história, de sua memória e de sua identidade. Essas práticas coletivas são da ordem da vivência e se concretizam no cotidiano das pessoas. Falamos em bens culturais passíveis de serem selecionados como patrimônio cultural imaterial porque nem todos os bens culturais possuem sentido patrimonial. O processo de reconhecimento de um bem cultural como Patrimônio Cultural do Brasil é longo e segue as orientações contidas na Resolução n o 001, de 2006 (Anexo 3). O reconhecimento como Patrimônio Cultural do Brasil se dá pela inscrição do bem cultural em um dos quatro Livros de Registro: Livro dos Lugares, Livro das Celebrações, Livro dos Saberes e Livro das Formas de Expressão. O Livro dos Saberes, destinado à inscrição de conhecimentos, modos de fazer e ofícios enraizados no cotidiano das comunidades, foi inaugurado, em 2002, com a inscrição do Ofício das Paneleiras de Goiabeiras. A técnica artesanal da produção de panelas de barro é de origem indígena, caracterizada por queima a céu aberto e aplicação de tintura de tanino, que confere à panela sua coloração preta. No estado do Espírito Santo, essas panelas de barro são indispensáveis para o preparo de moquecas de peixe e da torta capixaba, tradicionalmente consumida na Semana Santa. A matéria prima é retirada do ecossistema do manguezal em Goiabeiras, na periferia da cidade de Vitória. O ofício, eminentemente feminino, tem passado de geração a geração e convive com os afazeres domésticos, a criação dos filhos e as relações de vizinhança. O Livro das Formas de Expressão registra as manifestações artísticas em geral, sejam literárias, cênicas ou plásticas e foi inaugurado com a inscrição da Arte Kusiwa: pintura 7

8 corporal e arte gráfica dos índios Wajãpy do estado do Amapá. A arte gráfica Kusiwa está vinculada à organização social e à visão cosmológica do povo Wajãpi, envolvendo desde relações sociais, crenças religiosas e tecnologias até valores estéticos. A partir de um repertório dinâmico de padrões gráficos em que o acervo tradicional pode ser acrescido ou modificado por combinações, os desenhos e pinturas de corpos e objetos complementam os saberes transmitidos oralmente sobre as dimensões visíveis e invisíveis do mundo e a forma apropriada de agir. A Feira de Caruaru, localizada em Caruaru, no estado de Pernambuco, foi inscrita, em 2006, no Livro dos Lugares, destinado à inscrição de mercados, feiras, praças e santuários onde se experienciam práticas culturais coletivas. A feira se instalou no caminho do gado, entre o sertão e a zona canavieira, por onde transitavam mascates, tropeiros e vaqueiros. A feira acompanhou o crescimento da cidade, depositária, ainda hoje, de expressões artísticas e saberes tradicionais preservados nos produtos de couro e flandres, brinquedos e figuras de barro, folhetos de cordel e xilogravuras, farinhas e ervas medicinais. Trata-se de referência viva da história e da cultura do agreste pernambucano, centro dinâmico de processos, produtos e conhecimentos tradicionais. O Círio de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém do Pará, foi inscrito, em 2004, no Livro das Celebrações, destinado à inscrição de rituais e festas que marcam a vivência coletiva de práticas de trabalho, de religiosidade e da vida social. A festa data de fins do século XVIII e hoje chega a congregar cerca de um milhão e meio de pessoas. A procissão ocorre no segundo domingo do mês de outubro, mas a celebração engloba rituais de devoção e práticas sociais que se estendem por um período muito maior. Na fala dos depoentes, a festa tem, para os paraenses, um sentido de Natal. Parentes que residem em outras localidades ou outros estados retornam ao Pará na ocasião da festa e há intensa reiteração de laços familiares e de amizade. Todos esses bens registrados remetem ao universo cultural em que se inserem, aos processos de transmissão do conhecimento ali implicado e às referências culturais construídas pelas comunidades. São práticas e vivências que se enraízam no tempo e são revestidas de significados simbólicos que constituem a memória e a identidade de seus detentores. 8

9 O caráter processual e dinâmico desses bens lhes confere uma natureza diferente das edificações e obras de arte, dos objetos arqueológicos e acervos museológicos consagrados como patrimônio cultural por meio do instrumento do Tombamento. As tentativas preliminares de discriminar essa natureza atribuíram aos bens tombados um caráter material e, aos bens registrados, uma natureza imaterial, muito embora os bens tombados também sejam revestidos de significados simbólicos e os bens registrados sejam, de alguma forma, materializados. A principal diferença na preservação dos bens decorrente da discriminação entre material e imaterial reside no fato de que os bens protegidos pelo Tombamento têm sua integridade física fiscalizada e assegurada por meios de conservação e restauração, enquanto que os bens culturais reconhecidos pelo Registro são documentados, valorizados e divulgados, e têm sua continuidade propiciada por ações de apoio e fomento. Ao descentrar o patrimônio cultural de objetos e edificações e concebê-lo como processos comunicativos e práticas sociais, quebra-se a sua fixidez e privilegia-se a dinâmica própria das manifestações culturais, que se adaptam, se inovam e se transformam, em sintonia com os sentidos e significados que lhes são atribuídos pelos praticantes. Na concepção da política de Registro do Patrimônio Imaterial, os conceitos de originalidade e excepcionalidade foram substituídos pelos de continuidade histórica e referência cultural, que se complementam. Para muitas pessoas, uma continuidade histórica fundamentada na preservação da tradição seria impeditivo para inovações e transformações, exigindo a permanência de formas e sentidos. No entanto, a noção de referência cultural reconhece que a tradição é o que permanece ao longo do tempo, integrando transformações e adaptações para continuar fazendo sentido para os grupos sociais que a praticam. Em 1975, a criação do Centro Nacional de Referências Culturais, sob a liderança de Aloísio Magalhães, deu impulso à construção de um arcabouço para a inclusão dos grupos sociais no processo de atribuição de valor de patrimônio às práticas culturais. A noção de referência cultural foi fundamental para vincular as práticas a contextos específicos e sensibilizar as comunidades para o valor patrimonial de seus fazeres e saberes. De acordo com o Manual de Aplicação do Inventário Nacional de Referências Culturais: 9

10 Referências são edificações e são paisagens naturais. São também as artes, os ofícios, as formas de expressão e os modos de fazer. São as festas e os lugares a que a memória e a vida social atribuem sentido diferenciado: são as consideradas as mais belas, são as mais lembradas, as mais queridas. São fatos, atividades e objetos que mobilizam a gente mais próxima e que reaproximam os que estão distantes para que se reviva o sentimento de participar e de pertencer a um grupo, de possuir um lugar. Em suma, referências são objetos, práticas e lugares apropriados pela cultura na construção de sentidos de identidade, são o que popularmente se chama de raiz duma cultura. 2 Tais referências decorrem de processos históricos de construção da sociabilidade, do relacionamento com o meio ambiente e do manejo de recursos naturais, que vem moldando a enorme diversidade cultural da sociedade brasileira. Os inúmeros debates e reflexões, por parte de intelectuais, acadêmicos e da sociedade civil, sobre a relevância dos bens culturais como referência identitária para diversos grupos formadores da sociedade brasileira provocaram uma atuação mais ampla do Estado brasileiro em relação ao patrimônio cultural vinculado às culturas indígenas, afrobrasileiras e às culturas populares. Dentro desse contexto, o Congresso Nacional incluiu o tema do patrimônio cultural na Constituição de O Artigo 215 cria o Plano Nacional de Cultura para a valorização e proteção do patrimônio cultural brasileiro: Art O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais. 1º - O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afrobrasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional. 2º - A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação para os diferentes segmentos étnicos nacionais. 2 Manual de aplicação do INRC, Brasília, Iphan, 2000, p

11 3º A lei estabelecerá o Plano Nacional de Cultura, de duração plurianual, visando ao desenvolvimento cultural do País e à integração das ações do poder público que conduzem à: I defesa e valorização do patrimônio cultural brasileiro; II produção, promoção e difusão de bens culturais; III formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em suas múltiplas dimensões; IV democratização do acesso aos bens de cultura; V valorização da diversidade étnica e regional. O Artigo 216 explicita a concepção de patrimônio cultural, abarcando tanto as obras arquitetônicas, urbanísticas e artísticas de valor excepcional quanto as manifestações culturais de natureza imaterial, associadas à noção antropológica de cultura: as formas de expressão; os modos de criar, fazer e viver; as visões de mundo; os saberes e as práticas que fundam as identidades culturais. Art Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: I - as formas de expressão; II - os modos de criar, fazer e viver; III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas; IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico. 1º - O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação. Em 1997, as diretrizes contidas na Constituição de 88 foram pauta do Seminário Patrimônio Imaterial: Estratégias e formas de Proteção, promovido pelo Iphan, em Fortaleza, no estado do Ceará, com a participação de representantes de diversas instituições públicas e privadas, da sociedade civil e da Unesco, com o objetivo de discutir 11

12 subsídios para a criação de instrumentos legais visando identificar, documentar e promover as práticas e bens que fossem referência para a identidade e a memória de diferentes grupos formadores da sociedade. O encontro produziu o documento Carta de Fortaleza (Anexo 1), assinado por todos os participantes, determinando que, em nível nacional, cabe ao Iphan identificar, documentar, proteger, preservar e promover o patrimônio cultural brasileiro; determinando também que fosse criado um grupo de trabalho, sob a coordenação do Iphan, para balizar a criação do instituto jurídico denominado Registro, voltado especificamente para a preservação de bens culturais de natureza imaterial. Os esforços desse grupo de trabalho resultaram no Decreto n o 3551, de agosto de 2000, que instituiu o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial que constituem patrimônio cultural brasileiro e criou o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial (Anexo 2). Desde 2002, cerca de trinta bens culturais já foram reconhecidos, pelo Iphan, como Patrimônio Cultural do Brasil, geralmente por meio do Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC), com base no Decreto Presidencial n o 3551/2000, que institui tanto o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial quanto o Programa Nacional de Patrimônio Imaterial. Temos assim um marco legal, uma instituição pública designada e um instrumento metodológico para tal empreendimento. O Registro tem caráter declaratório e sistematiza um conjunto de documentações que descrevem o bem a partir do universo cultural onde ele se insere. O sentido identitário atribuído por seus detentores é demonstrado nos documentos e reiterado nos depoimentos colhidos ao longo da instrução técnica do processo. Além dos quatro Livros para a inscrição dos bens culturais de natureza imaterial, o Decreto prevê a abertura de outros livros de registro, para os bens que por acaso não se enquadrem naqueles já definidos. Desde 2006, formou-se um Grupo de Trabalho da Diversidade Linguística do Brasil que também debate a criação de um livro de registro de línguas, na medida em que uma língua configura um modo de ver e descrever o mundo e é expressão de identidade coletiva, além de se constituir como instrumento de comunicação e de transmissão cultural. O primeiro pedido de registro de uma língua como Patrimônio 12

13 Cultural do Brasil foi apresentado em 2001, mas as questões que remetem aos critérios de seleção, à adequação a um plano de salvaguarda e à metodologia para a documentação ficaram em discussão. Em 2010, o Decreto n o 7387 instituiu um novo instrumento, o Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL), para o reconhecimento de línguas como portadoras de referência à identidade, à ação e à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira. Os primeiros resultados do Inventário Nacional da Diversidade Linguística construíram uma classificação das línguas em diferentes categorias (indígenas, de imigração, de sinais, crioulas, língua portuguesa e variações dialetais) e instituem como prioridade, para fins de inventário, as línguas em risco de desaparecimento. Três línguas já foram reconhecidas como patrimônio cultural: a lingua Talian, a língua Asurini do Trocará e a língua Guarani Mbya. Para além da produção de conhecimento sobre o bem registrado, evidencia-se que seu reconhecimento e valorização muitas vezes extrapola o âmbito cultural, na medida em que o bem se insere em outros circuitos, seja no comércio, na produção agrícola, no controle sanitário ou nas medidas de proteção ao meio ambiente, que costumam abarcar áreas de atuação de outras instituições sob legislações próprias. Em virtude disso, o Iphan implanta Planos de Salvaguarda, um dos principais instrumentos da política de preservação do patrimônio cultural imaterial. Cada bem registrado dispõe de um plano de salvaguarda próprio, construído com a participação dos detentores e de parceiros interessados, que procura elencar as principais demandas para a produção, reprodução e preservação do bem, e traçar estratégias destinadas a atendê-las. Grande parte das demandas dos planos de salvaguarda requer uma interlocução entre os poderes públicos e uma transversalidade das políticas de diferentes ministérios. Tomemos como ilustração o Modo de Fazer Viola de Cocho, inscrito, em 2005, no Livro dos Saberes. A viola de cocho recebe esse nome porque é confeccionada a partir de um tronco de madeira inteiriço, escavado para produzir uma caixa de ressonância, assim como são escavados os recipientes que contêm alimentopara o gado, chamados cochos. As oficinas de repasse de saber para as novas gerações contam com uma dificuldade que atinge diretamente a técnica artesanal. Não há produção em escala industrial da viola de cocho. Ela é sempre fabricada artesanalmente por mestres que a produzem para si mesmos ou para outros cururueiros. As madeiras tradicionalmente empregadas na confecção do corpo 13

14 da viola de cocho são a ximbuva e o sarã-de-leite, mais macias e mais fáceis de escavar. O sarã de leite cresce em beira de rio e sua extração é proibida, para evitar as grandes cheias. A ximbuva, mais facilmente encontrada, também exige licenciamento para o corte. Com o intuito de garantir aos mestres o acesso à matéria-prima foram feitos diversos acordos de cooperação para o plantio e cultivo das mudas de ximbuva. Os acordos, entretanto, não foram adiante pois, além da preservação e multiplicação da espécie nativa, os mestres precisam de licenciamento para o corte pois o modo de confecção começa pelo próprio corte da madeira, que deve ser feito sempre na lua minguante ou ela corre o risco de ser atacada por carunchos. O corte também requer uma técnica específica, para que a madeira não trinque ou fissure. Em virtude da legislação ambiental em prol da manutenção do ecossistema, algumas das matérias-primas empregadas tradicionalmente na confecção da viola de cocho não são mais viáveis e foram substituídas. Porém, as dificuldades que envolvem o licenciamento para o corte ainda não foram superadas e requerem a participação direta dos poderes locais, para a reserva de uma área específica que possibilite o acesso dos mestres pois legislação ambiental vigente não estabelece uma distinção entre uma empresa madeireira e um mestre cururueiro. O Modo artesanal de fazer Queijo de Minas nas regiões do Serro e das Serras da Canastra e do Salitre, registrado no Livro dos Saberes em 2008, sintetiza um conjunto de experiências e significados que definem o valor cultural de um modo próprio de fazer queijo, expresso na forma de manipulação do leite, dos coalhos e das massas, na prensagem, no tempo de maturação (cura). O uso do leite cru e a adição do pingo, fermento lácteo recolhido do soro drenado do próprio queijo, conferem características específicas condicionadas pelo tipo de clima, de solo e de vegetação de cada região. A legislação estadual e as regulamentações subsequentes permitem a manutenção da produção artesanal de leite cru e sua comercialização dentro do estado de Minas Gerais. Porém, a legislação nacional que rege os órgãos de controle sanitário exige um tempo de maturação do queijo bem mais longo do que o empregado nessas regiões para a circulação comercial do produto fora do estado. Os produtores alegam que as modificações no processo de cura retirariam dos queijos ali produzidos o sabor, a textura e as características que lhes são próprias e que os respaldam como referência cultural. A 14

15 interlocução entre os órgãos públicos envolvidos nessa questão visa sensibilizá-los para uma possível e adequada articulação das respectivas legislações que os regem. Toda política voltada para fomento, salvaguarda e gestão do patrimônio imaterial deve reconhecer a existência de problemas que, de maneira geral, são comuns às mais variadas regiões. Em cada contexto, porém, há questões específicas que demandam ações pontuais. As intervenções nesse campo demandam um conhecimento da realidade para que as soluções se mostrem adequadas caso a caso. Parece não haver discordância quanto à necessidade de proteção e preservação do patrimônio cultural brasileiro, mas as formas de promovê-las e ampará-las são tão diversas que, por vezes, geram iniciativas incongruentes ou mesmo antagônicas nas ações públicas. Quanto à metodologia para a sistematização dos dados e documentos que descrevem o bem cultural, o Iphan disponibiliza o Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC), sem contudo obrigar o seu emprego. Cabe mencionar também que o INRC pode ser empregado sem que o resultado seja necessariamente o Registro do bem como Patrimônio Cultural do Brasil. Um bem inventariado, por si só, contribui para a produção de conhecimento sobre a diversidade cultural brasileira e já goza de reconhecimento e valorização por parte da sociedade mais ampla. O INRC assumiu sua forma atual e definitiva em 1999 e se volta para dois objetivos principais identificar e documentar bens culturais representativos da diversidade e pluralidade culturais dos grupos formadores da sociedade brasileira; e apreender os sentidos e significados atribuídos aos bens culturais pelos grupos envolvidos, na qualidade de intérpretes legítimos de seu patrimônio e parceiros preferenciais de sua preservação. Um inventário costuma partir de dimensões concretamente apreensíveis da cultura: documentos escritos, audiovisuais, objetos, bem como depoimentos e narrativas orais que explicitem aspectos do que, para determinado grupo social, sejam as suas referências em relação aos bens investigados. 15

16 A noção de bem cultural não se refere a configurações fixas e acabadas, mas sim processos históricos e dinâmicos, que se transformam ao longo do tempo, acompanhando a dinâmica própria da cultura. Expandir a documentação para além de objetos, lendas, músicas, coreografias, de modo a incluir os atores sociais que os criam e re-criam, leva a valorizar os processos e os usos que os transformam e os atualizam seus significados para a comunidade, situando-os na lógica atual das relações e práticas sociais. A inclusão dos atores sociais como protagonistas exige a anuência dos mesmos para o pedido de Registro e para o delineamento das ações que compõem o Plano de Salvaguarda. A preservação de um bem cultural depende necessariamente dos valores e significados com que as pessoas o revestem para que continue a fazer sentido em suas vidas. Eis porque, ao contrário do instrumento do Tombamento, o Registro de Patrimônio Cultural Imaterial é temporário, e deve ser reavaliado após um período de dez anos. O território onde ocorre a prática inventariada pode ser delimitado de diversas maneiras. Tanto pode ser uma área geopolítica (uma região, um estado, uma cidade), quanto sociopolítica (o território associado a uma etnia, a uma comunidade, a um grupo social). A delimitação desses territórios não é uma questão puramente espacial, pois corresponde mais propriamente ao enraizamento de modos de vida e de práticas disseminadas em uma coletividade. Nesse sentido, o termo sítio, compreendido como configuração socioespacial, é o termo empregado no INRC. A construção de sentidos e significados com relação a objetos, práticas e lugares acaba por erigir as fronteiras simbólicas de tradições e territórios, associando-os a uma identidade cultural e conferindo-lhes valor e sentido patrimonial. A produção de conhecimento sobre o patrimônio cultural imaterial de uma localidade constitui um dos vetores para que a noção de diversidade cultural seja percebida como recurso para a inclusão social e a construção de cidadania. O reconhecimento público advindo da titulação confere aos grupos praticantes a oportunidade de interlocução com os poderes públicos e com a sociedade mais ampla. É por meio dessa interlocução que se torna possível e viável a construção de um conceito de patrimônio mais condizente com o cenário cultural que se deseja. A transformação social ampla e efetiva pela qual nos empenhamos terá que se beneficiar de ações de educação patrimonial que disseminem o 16

17 conhecimento sobre nossos bens culturais para que a própria sociedade queira preserválos. Bibliografia CASTRO, Maria Laura Viveiros de e FONSECA, Maria Cecília Londres, Patrimônio Imaterial no Brasil: legislação e políticas estaduais, Brasília, Unesco, Educarte, 2008 CAVALCANTI, Maria Laura, Reconhecimentos: antropologia, folclore e cultura popular, Rio de Janeiro, Aeroplano, 2012 GONÇALVES, José Reginaldo dos Santos, Ressonância, materialidade e subjetividade: as culturas como patrimônios, Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 11, n. 23, pp , jan-jun, 2005 LONDRES, Cecília et.al., Celebrações e Saberes da Cultura Popular: pesquisa, inventário, crítica, perspectivas, Série Encontros e Estudos, n o 5, Rio de Janeiro, Iphan, CNFCP, 2006 VILHENA, Luis Rodolfo. Projeto e missão: o movimento folclórico brasileiro ( ). Rio de Janeiro: Funarte / FGV, 1997 WALDECK, Guacira, Brasis Revelados: 50 anos do Centro Nacional do Folclore e Cultura Popular, Rio de Janeiro, IPHAN, CNFCP, 2008 Sites: Manual de aplicação do INRC, Brasília, Iphan,

18 Os dossiês dos bens registrados Os sambas, as rodas, os bumbas, os meus e os bois: princípios, ações e resultados da política de salvaguarda do patrimônio cultural imaterial no Brasil, , Brasília, Iphan, Ministério da Cultura, 2010 Anexo 1 Carta de Fortaleza 14 de novembro de 1997 Em comemoração aos seus 60 anos de criação, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional IPHAN promoveu em Fortaleza, de 10 a 14 de novembro de 1997, o Seminário "Patrimônio Imaterial: Estratégias e Formas de Proteção", para o qual foram convidados, e estiveram presentes, representantes de diversas instituições públicas e privadas, da UNESCO e da sociedade, todos signatários deste documento. O objetivo do Seminário foi recolher subsídios que permitissem a elaboração de diretrizes e a criação de instrumentos legais e administrativos visando a identificar, proteger, promover e fomentar os processos e bens "portadores de referência à identidade, à ação e à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira" (Artigo 216 da Constituição), considerados em toda a sua complexidade, diversidade e dinâmica, particularmente, "as formas de expressão; os modos de criar, fazer e viver; as criações científicas, artística e tecnológicas", com especial atenção àquelas referentes à cultura popular. O plenário, considerando: 18

19 1 A crescente demanda pelo reconhecimento e preservação do amplo e diversificado patrimônio cultural brasileiro, encaminhada pelos poderes públicos e pelos sociais organizados; 2 Que, em nível nacional, cabe ao IPHAN identificar, documentar, proteger, fiscalizar, preservar e promover o patrimônio cultural brasileiro; 3 Que o patrimônio cultural brasileiro é constituído por bens de natureza material e imaterial, conforme determina a Constituição Federal; 4 Que os bens de natureza imaterial devem ser objeto de proteção específica; 5 Que os institutos de proteção legal em vigor no âmbito federal não se têm mostrado adequados à proteção do patrimônio cultural de natureza imaterial; Propõe e recomenda: 1 Que o IPHAN promova o aprofundamento da reflexão sobre o conceito de bem cultural de natureza imaterial, com a colaboração de consultores do meio universitário e instituições de pesquisa; 2 Que o IPHAN, através de seu Departamento de Identificação e Documentação, promova, juntamente com outras unidades vinculadas ao Ministério da Cultura, a realização do inventário desses bens culturais em âmbito nacional, em parceria com instituições estaduais e municipais de cultura, órgãos de pesquisa, meios de comunicação e outros; 3 Que o Ministério da Cultura viabilize a integração do referido inventário ao Sistema Nacional de Informações Culturais; 4 Que seja criado um grupo de trabalho no Ministério da Cultura, sob a coordenação do IPHAN, com a participação de suas entidades vinculadas e de eventuais colaboradores externos, com o objetivo de desenvolver os estudos necessários para propor a edição de 19

20 instrumento legal, dispondo sobre a criação do instituto jurídico denominado registro, voltado especificamente para a preservação dos bens culturais de natureza imaterial; e 5 -Que o grupo de trabalho estabeleça as necessárias interfaces para que sejam estudadas medidas voltadas para a promoção e o fomento dessas manifestações culturais, entendidas como iniciativas complementares indispensáveis à proteção legal propiciada pelo instituto do registro. Essas medidas serão formuladas tendo em vista as especificidades das diferentes manifestações culturais, e com a participação de outros agentes do poder público e da sociedade O plenário ainda recomenda: 6 -Que a preservação do patrimônio cultural seja abordada de maneira global, buscando valorizar as formas de produção simbólica e cognitiva; 7 -Que seja constituído um banco de dados acerca das manifestações culturais passíveis de proteção, tornando a difusão e o intercâmbio das informações ágil e acessível; 8 -Que sejam buscadas parcerias com entidades públicas e privadas com o objetivo de conhecer as manifestações culturais de natureza imaterial sobre as quais já existam informações disponíveis; 9 Que, relativamente aos Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e Relatórios de Impacto Ambiental (RIMA), o IPHAN encaminhe ao Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) proposta de regulamentação do item relativo ao patrimônio cultural, de modo a contemplá-lo em toda a sua amplitude; 10 -Que seja desenvolvido um Programa Nacional de Educação Patrimonial, a partir da experiência do IPHAN, considerando sua importância no processo de preservação do patrimônio cultural brasileiro; 11 -Que seja estabelecida uma Política Nacional de Preservação do Patrimônio Cultural com objetivos e metas claramente definidos; e 20

21 12 -Que o Ministério da Cultura procure influir no processo de elaboração das políticas públicas, no sentido de que sejam levados em consideração os valores culturais na sua formulação e implementação. O plenário encaminhou as seguintes moções: 1 -Moção de defesa da legislação de preservação Em defesa do reconhecimento, eficácia, atualidade e excelência jurídica do Decreto-lei n. 25/37, em vigor, que organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional, cujas disposições foram recepcionadas pela Constituição Federal de Em defesa da criação de instrumentos legais complementares com o objetivo de regulamentar as outras formas de acautelamento e preservação mencionadas no parágrafo primeiro do Artigo 216 da Constituição Federal. 2. Moção de apoio ao IPHAN Pelo repúdio a qualquer tipo de medida que venha a reduzir a capacidade já bastante defasada em relação às suas atribuições legais e administrativas, inclusive no que concerne à extinção de cargos efetivos, comissionados e funções, e o conseqüente desligamento de servidores não estáveis. Pela garantia de sobrevivência do IPHAN e de todas as suas conquistas nas áreas de entificação, documentação, proteção, preservação e promoção do patrimônio cultural brasileiro. Pelo reconhecimento das atividades exercidas pelo IPHAN como função típica de Estado, através da criação de uma carreira especia 3. Moção de apoio ao Ministério da Cultura Pelo repúdio a qualquer tipo de medida que venha a reduzir a capacidade operacional do Ministério da Cultura e demais entidades vinculadas, de modo a não comprometer suas atribuições institucionais, inclusive no que concerne à extinção de cargos efetivos e o conseqüente desligamento de servidores não estáveis. 4. Moção de defesa à Lei de Incentivo à Cultura Pela manutenção dos benefícios previstos na Lei de Incentivo à Cultura, que estimulam a parceria entre Estado e sociedade na tarefa de preservar e promover o patrimônio cultural brasileiro. 21

22 5. Moção de apoio às expressões culturais dos povos ameríndios Pelo reconhecimento da cultura indígena como integrante do patrimônio nacional brasileiro, devendo, a exemplo de outras etnias, ser objeto de atenção dos órgãos do Ministério da Cultura. 6. Moção de congratulações à 4ª Coordenação Regional do IPHAN Pelo reconhecimento da importância de realização do Seminário "Patrimônio Imaterial: estratégias e formas de proteção" e da excelência de sua organização. Anexo 2 DECRETO Nº 3.551, DE 4 DE AGOSTO DE O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, e tendo em vista o disposto no art. 14 da Lei n o 9.649, de 27 de maio de 1998, DECRETA : Art.1 o. Fica instituído o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial que constituem patrimônio cultural brasileiro. 1 o Esse registro se fará em um dos seguintes livros: I-Livro de Registro dos Saberes, onde serão inscritos conhecimentos e modos de fazer enraizados no cotidiano das comunidades; II-Livro de Registro das Celebrações, onde serão inscritos rituais e festas que marcam a vivência coletiva do trabalho, da religiosidade, do entretenimento e de outras práticas da vida social; III-Livro de Registro das Formas de Expressão, onde serão inscritas manifestações literárias, musicais, plásticas, cênicas e lúdicas; V -Livro de Registro dos Lugares, onde serão inscritos mercados, feiras, 22

23 santuários, praças e demais espaços onde se concentram e reproduzem práticas culturais coletivas. 2 o A inscrição num dos livros de registro terá sempre como referência a continuidade histórica do bem e sua relevância nacional para a memória, a identidade e a formação da sociedade brasileira. 3 o Outros livros de registro poderão ser abertos para a inscrição de bens culturais de natureza imaterial que constituam patrimônio cultural brasileiro e não se enquadrem nos livros definidos no parágrafo primeiro deste artigo. Art. 2 o São partes legítimas para provocar a instauração do processo de registro: I - o Ministro de Estado da Cultura; II - instituições vinculadas ao Ministério da Cultura; III - Secretarias de Estado, de Município e do Distrito Federal; IV - sociedades ou associações civis. Art. 3 o As propostas para registro, acompanhadas de sua documentação técnica, serão dirigidas ao Presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, que as submeterá ao Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural. 1 o A instrução dos processos de registro será supervisionada pelo IPHAN. 2 o A instrução constará de descrição pormenorizada do bem a ser registrado, acompanhada da documentação correspondente, e deverá mencionar todos os elementos que lhe sejam culturalmente relevantes. 3 o A instrução dos processos poderá ser feita por outros órgãos do Ministério da Cultura, pelas unidades do IPHAN ou por entidade, pública ou privada, que detenha conhecimentos específicos sobre a matéria, nos termos do regulamento a ser expedido pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural. 4 o Ultimada a instrução, o IPHAN emitirá parecer acerca da proposta de registro e enviará o processo ao Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, para deliberação. 5 o O parecer de que trata o parágrafo anterior será publicado no Diário Oficial da União, para eventuais manifestações sobre o registro, que deverão ser apresentadas ao Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural no prazo de até trinta dias, contados da data de publicação do parecer. 23

24 Art. 4 o O processo de registro, já instruído com as eventuais manifestações apresentadas, será levado à decisão do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural. Art. 5 o Em caso de decisão favorável do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, o bem será inscrito no livro correspondente e receberá o título de "Patrimônio Cultural do Brasil". Parágrafo único. Caberá ao Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural determinar a abertura, quando for o caso, de novo Livro de Registro, em atendimento ao disposto nos termos do 3 o do art. 1 o deste Decreto. Art. 6 o Ao Ministério da Cultura cabe assegurar ao bem registrado: I- documentação por todos os meios técnicos admitidos, cabendo ao IPHAN manter banco de dados com o material produzido durante a instrução do processo. II - ampla divulgação e promoção. Art. 7 o O IPHAN fará a reavaliação dos bens culturais registrados, pelo menos a cada dez anos, e a encaminhará ao Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural para decidir sobre a revalidação do título de "Patrimônio Cultural do Brasil". Parágrafo único. Negada a revalidação, será mantido apenas o registro, como referência cultural de seu tempo. Art. 8 o Fica instituído, no âmbito do Ministério da Cultura, o "Programa Nacional do Patrimônio Imaterial", visando à implementação de política específica de inventário, referenciamento e valorização desse patrimônio. Parágrafo único. O Ministério da Cultura estabelecerá, no prazo de noventa dias, as bases para o desenvolvimento do Programa de que trata este artigo. Art. 9 o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 4 de agosto de

25 Anexo 3 RESOLUÇÃO n 001, de 03 de agosto de O PRESIDENTE do INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL IPHAN, na qualidade de Presidente do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 6 combinado com o art. 21, inciso V, do Anexo I ao Decreto nº 5.040, de 7 de abril de 2004, CONSIDERANDO as disposições contidas no Decreto nº 3.551, de 04 de agosto de 2000; CONSIDERANDO que se entende por bem cultural de natureza imaterial as criações culturais de caráter dinâmico e processual, fundadas na tradição e manifestadas por indivíduos ou grupos de indivíduos como expressão de sua identidade cultural e social; CONSIDERANDO que, para os efeitos desta Resolução, toma-se tradição no seu sentido etimológico de dizer através do tempo, significando práticas produtivas, rituais e 25

26 simbólicas que são constantemente reiteradas, transformadas e atualizadas, mantendo, para o grupo, um vínculo do presente com o seu passado; CONSIDERANDO que a instituição do Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial, além de contribuir para a continuidade dessas manifestações, abre novas e mais amplas possibilidades de reconhecimento da contribuição dos diversos grupos formadores da sociedade brasileira; CONSIDERANDO o disposto no 3º do art. 3º do Decreto n 3.551, de 04 de agosto de 2000, e de acordo com decisão do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, em sua 49ª reunião, realizada em 03 de agosto de 2006, RESOLVE: Art. 1º Determinar os procedimentos a serem observados na instauração e instrução do processo administrativo de Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial. Art. 2º O requerimento para instauração do processo administrativo de Registro poderá ser apresentado pelo Ministro de Estado da Cultura, pelas instituições vinculadas ao Ministério da Cultura, pelas Secretarias Estaduais, Municipais e do Distrito Federal e por associações da sociedade civil. Art. 3º O requerimento para instauração do processo administrativo de Registro será sempre dirigido ao Presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional Iphan, podendo ser encaminhado diretamente a este ou por intermédio das demais Unidades da instituição. Art. 4º O requerimento será apresentado em documento original, datado e assinado, acompanhado das seguintes informações e documentos: I. identificação do proponente (nome, endereço, telefone, etc.); II. justificativa do pedido; III. denominação e descrição sumária do bem proposto para Registro, com indicação da participação e/ou atuação dos grupos sociais envolvidos, de onde ocorre ou se situa, do período e da forma em que ocorre; IV. informações históricas básicas sobre o bem; V. documentação mínima disponível, adequada à natureza do bem, tais como fotografias, desenhos, vídeos, gravações sonoras ou filme; 26

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