ESTUDO SOBRE A oferta no Brasil

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1 ESTUDO SOBRE A oferta no Brasil

2 ESTUDO SOBRE A oferta no Brasil

3 7 Introdução 9 Metodologia Madeira Certificada FSC Estudo sobre a oferta no Brasil Organização e textos Mayte Benicio Rizek Fabíola Marone Zerbini Mariana Bouza Cabarcos Chaubet Edição e revisão de textos Beatriz Limberger Projeto gráfico Monique Schenkels ISBN Resultados 12 Cenário de florestas plantadas 15 Histórico, dificuldades e tendências das florestas plantadas certificadas 18 Produção, destino e consumo da madeira plantada certificada 22 Mapeamento da produção madeireira em florestas plantadas certificadas por espécie comercializada 25 Cenário de florestas nativas 26 Histórico, dificuldades e tendências das florestas nativas com certificação FSC 29 Produção, destino e consumo da madeira nativa certificada 34 Discussão e considerações finais 2012 ano base 2011

4 introdução A certificação FSC - sigla em inglês para Forest Stewardship Council, ou Conselho de Manejo Florestal, em português é um sistema de garantia que identifica, através de sua logomarca, produtos originados de um bom manejo florestal. O FSC é hoje o selo verde mais reconhecido em todo o mundo, com presença em mais de 75 países e todos os continentes. O manejo florestal proposto pelo selo FSC visa compatibilizar diversos interesses voltados à produção florestal, como interesses econômicos do setor produtivo, preocupações de movimentos ambientalistas e movimentos sociais de trabalhadores e comunidades florestais envolvidos na comercialização. Essa certificação abrange a comercialização de qualquer produto de origem florestal produtos madeireiros, celulose e papel e produtos não madeireiros em qualquer tipo de floresta no mundo, como florestas tropicais, boreais, temperadas, savanas, etc., podendo ser floresta natural ou plantação florestal. O processo de certificação é uma iniciativa voluntária dos proprietários ou responsáveis por áreas florestais que solicitam os serviços da certificadora para atestar que sua exploração realiza o manejo florestal correto, garantindo também os direitos de trabalhadores e comunidades envolvidos na comercialização dos produtos. Para definir os princípios e critérios do bom manejo, o FSC possui um sistema global no qual a tomada de decisões envolve negociação entre representantes de diferentes setores envolvidos na atividade, dentre eles, representantes de empresas compradoras e produtoras, grupos de consumidores finais e organismos certificadores compõem a câmara econômica. Organizações não governamentais, instituições técnicas e grupos acadêmicos defendem os interesses da câmara ambiental. E movimentos sociais, sindicatos e confederações de trabalhadores, assim como organizações não governamentais e grupos acadêmicos preocupados com a proteção dos direitos de comunidades e trabalhadores florestais representam a câmara social. No âmbito do FSC internacional cada câmara é subdivida entre representantes de países do hemisfério Sul e Norte, sendo que são responsáveis por negociar e aprovar os rumos do sistema através das assembleias anuais e das inúmeras consultas públicas em torno dos princípios, critérios, programas e projetos para a promoção, reconhecimento e defesa do bom manejo florestal. 6 7

5 Princípios e critérios Os Princípios e Critérios do FSC foram originalmente publicados em novembro de 1994, alterados em 1996, 1999 e A mais nova versão é resultado de uma análise e revisão abrangente dos Princípios e Critérios, que começou em janeiro de 2009 e foi concluída em 31 de Janeiro de O documento foi desenvolvido e revisto de acordo com o FSC-PRO V2-0 - Desenvolvimento e Aprovação das Normais Internacionais Socioambientais do FSC. Por nunca ter sido global e consistentemente revisto desde sua publicação, fez-se necessária uma reavaliação completa do seu conteúdo. Tal revisão torna-se ainda mais legítima, uma vez que reflete de forma muito mais abrangente a realidade do Manejo Florestal no mundo, pois ocorreu após muitas experiências vivenciadas em campo, a realização de cinco Assembleias Gerais do FSC Internacional, diversas mudanças em políticas, notas explanatórias e interpretações. Seguem, abaixo, os novos princípios e critérios revisados: Princípio 1: Cumprimento das Leis Princípio 2: Direitos dos Trabalhadores e Condições de Trabalho Princípio 3: Direitos dos Povos Indígenas Princípio 4: Relações com a Comunidade Princípio 5: Benefícios da Floresta Princípio 6: Valores e Impactos Ambientais Princípio 7: Plano de Manejo Princípio 8: Monitoramento e Avaliação Princípio 9: Altos Valores de Conservação Princípio 10: Implementação das Atividades de Gestão Os princípios do FSC são propositalmente genéricos e através dos escritórios nacionais como o FSC Brasil, cada país elabora padrões próprios, adequando as normas internacionais às especificidades locais. Tais escritórios são geralmente formados a partir de uma estrutura de governança semelhante à internacional, contando com um conselho de diretores composto por representantes da câmara econômica, câmara ambiental e câmara social, além da equipe operacional que conduz as atividades diárias da organização no país. As discussões a respeito da criação da iniciativa brasileira se iniciaram em 1996, formalizando-se em 2001 através do Conselho Brasileiro de Manejo Florestal. Atualmente sediado em São Paulo SP, o FSC Brasil é uma organização não governamental reconhecida como OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) e com cadastro no CNEA (Cadastro Nacional de Entidades Ambientalistas). Com a missão de difundir e facilitar o manejo das florestas brasileiras que conciliam as salvaguardas ecológicas com os benefícios sociais e a viabilidade econômica. A estruturação do FSC Brasil trouxe expectativas de crescimento do setor produtivo florestal cerificado. De fato em 2005, estudo do IMAFLORA concluiu que a área certificada pelo FSC no Brasil estava em cerca de três milhões de hectares, o que colocava o país na quinta posição mundial, atrás de Suécia, Polônia, Estados Unidos e Canadá (IMAFLORA, 2005). Em dezembro 2011 data base da presente pesquisa -, as áreas certificadas no Brasil representaram um total de ,02 hectares, o que corresponde a um aumento de cerca de 50% em seis anos. Neste contexto, o conselho do FSC identificou a necessidade de atualizar os dados relacionados à quantidade, qualidade e alcance territorial da oferta de madeira certificada pelo FSC no Brasil. A partir dos resultados deste estudo, o conselho da organização deverá fundamentar pontos de recomendação para estratégias de fomento à oferta da boa madeira, que atue tanto no campo governamental quanto de promoção e acesso ao mercado. Este estudo, portanto, pretende mapear a produção florestal certificada no Brasil, bem como estimar a disponibilidade de madeira certificada para consumo no mercado interno brasileiro. METODOLOGIA Para mapear a oferta de madeira certificada disponível no mercado brasileiro este estudo entrou em contato com os responsáveis por todas as unidades de manejo florestal madeireiro com certificados FSC válidos até a data de 27/12/ A coleta de dados foi realizada em parceria entre o FSC Brasil e o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola - Imaflora, sendo que o FSC Brasil ficou responsável pela coleta junto aos responsáveis por unidade de manejo em florestas plantadas e o Imaflora pelas áreas de floresta nativa amazônica. Para mapear a produção florestal nas unidades de manejo em áreas plantadas, o FSC Brasil enviou questionários a partir de s personalizados, contendo informações sobre a área certificada e solicitando colabora- 1 Base de dados oficiais do FSC Internacional, atualizada mês a mês pelo FSC Brasil. 8 9

6 ção para com a pesquisa que visa incrementar o consumo de madeira certificada no mercado nacional 2. O foi reenviado uma vez por semana, ao longo de quatro semanas. Após cerca de um mês de coleta de dados, foi realizado contato telefônico com aqueles que não responderam a pesquisa explicando os objetivos do estudo e enfatizando a importância da colaboração de todos. O envio e o recebimento de questionários respondidos iniciaram-se em 28 de novembro de e a coleta de dados encerrou-se no dia 31 de janeiro de Em maio de 2012, durante a fase da análise dos dados, foram novamente enviados s personalizados para algumas unidades de manejo com maior expressividade no setor madeireiro. O questionário 4 enviado foi elaborado para coletar informações sobre I. Histórico e tendências da produção florestal brasileira certificada pelo FSC, II. Conflitos e dificuldades da madeira certificada no mercado nacional e III. Produção, destino e consumo de madeira certificada no Brasil. As informações dos questionários respondidos foram organizadas em uma matriz incluindo todas as unidades de manejo florestal que participaram da pesquisa. A partir desta matriz foram avaliados dados como ano de certificação, área certificada em hectares, motivo por optar pela certificação, dificuldades com o processo de certificação, propostas para incremento da certificação florestal no Brasil, tipo de espécie plantada, produção mensal e anual, porcentagem comercializada para o mercado interno e externo, produtos comercializados, local de destino e segmento e uso final dos produtos madeireiros comercializados a partir daquela área certificada. O Estudo de Mercado de Produtos Madeireiros Tropicais Certificados FSC no Brasil, realizado pelo Imaflora, contatou os responsáveis pelas unidades de manejo florestal certificadas pelo FSC e localizadas em áreas de floresta nativa amazônica. No caso, foram realizadas entrevistas telefônicas com agendamento prévio e a partir da aplicação de questionário com perguntas semi-estruturadas. O roteiro de entrevista aplicado para os responsáveis de áreas de florestas nativas é semelhante ao questionário voltado para as áreas plantadas, porém com algumas adaptações de acordo com a realidade distinta entre florestas plantadas e nativas. Dentre as adaptações se destaca o fato de florestas nativas produzirem uma diversidade maior de espécies madeireiras, motivo pelo qual, neste caso, a produtividade não foi medida por espécie, mas incluindo todas as espécies comercializadas por cada unidade de manejo florestal. RESULTADOS Até 27/12/2011, o universo de florestas certificadas por manejo florestal no Brasil correspondia a uma área ,02 hectares distribuídos em 58 unidades de manejo florestal em áreas plantadas, (i.e ,62 ha), e 18 em áreas de manejo de floresta nativa amazônica (i.e ,19 ha). Em termos de área, significa que 54% da área certificada pelo FSC encontra- -se em áreas de florestas plantadas. Quando comparada à área destas unidades de manejo florestal, embora não tenham sido verificadas diferenças estatísticas entre os grupos de dados, nota-se que as unidades de florestas plantadas têm tendência a possuir menor área do que as florestas nativas (T= -1,20; p= 0,23). Deste universo há um total de ,00 ha (26%) de florestas certificadas pelo FSC que comercializa somente produtos florestais não madeireiros. Considerando que o objetivo deste estudo é medir e qualificar a oferta de madeira certificada disponível para consumo no mercado nacional, estas unidades serão excluídas do universo da pesquisa. Partindo deste recorte, 72% da área certificada pelo FSC por bom manejo florestal está localizada em 57 plantações florestais, restando ,19 de hectares de florestas nativas certificadas pelo FSC. Universo de florestas que produzem madeira certificada pelo FSC Unidades de manejo florestal (UMF) Área (ha) Florestas plantadas ,62 Floresta nativa amazônica ,19 Universo Total ,81 72% florestas plantadas 28% floresta nativa amazônica 2 e 4 para maiores infos sobre a metodologia, entrar em contato com FSC no site br.fsc.org 3 Iniciamos a coleta de dados a partir da base de dados de novembro de 2011, atualizando os contatos e áreas para 27/12/2011 na segunda etapa de coleta. 10 Em termos de distribuição geográfica nota-se uma predominância de plantações certificadas pelo FSC nas Regiões Sul e Sudeste do Brasil, enquanto as nativas encontram-se, exclusivamente, na Região Norte. (veja mapa na próxima página) 11

7 roraima amapá amazonas pará maranhão ceará rio grande do norte acre piauí paraíba pernambuco rondônia alagoas mato grosso bahia sergipe mato grosso do sul minas gerais espírito santo umf plantadas umf nativas são paulo paraná santa catarina rio de janeiro rio grande do sul Partindo deste cenário de 57 unidades de manejo florestal em áreas plantadas, a coleta de dados obteve 38 respostas, o que determina uma amostra de 67% das unidades plantadas com manejo certificado pelo FSC. Em termos de área, tais 38 UMFs representam 84% do total certificado, indicando uma menor taxa de resposta para as UMFs menores em relação às maiores. Considerando as 16 áreas de floresta nativa certificadas, a coleta atingiu uma amostra de 14 respostas, correspondente a 87,5% do total. Em termos de área, essa amostra representa 93%. Para estimar a produtividade do total de produtores de madeira nativa certificada pelo FSC, foi realizada uma estimativa considerando a área das duas unidades de manejo não respondentes. Devido às especificidades da produção madeireira em florestas nativas da Amazônia e em áreas de plantações florestais, para mapear a oferta de madeira certificada no Brasil os resultados deste estudo foram sistematizados e serão apresentados separadamente. Cenário de Florestas Plantadas As unidades de manejo florestal em áreas plantadas ocorrem em maior quantidade no estado de São Paulo, que concentra 18% deste tipo de floresta, distribuído em nove unidades de manejo florestal. O segundo Estado em área de manejo de florestas plantadas é Minas Gerais, com uma área próxima ao total de São Paulo, mas distribuída em sete unidades de manejo. Paraná, Pará e Bahia possuem cerca de 10% do total de florestas plantadas 12 13

8 certificadas pelo FSC cada um, seguidos de Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Amapá, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Acre, que possui a menor área de floresta plantada certificada. Distribuição regional das florestas plantadas certificadas Por área (ha) 18% Norte UF UMF Área (ha) sp ,16 MG ,42 33% Sul 11% Nordeste 2% Centro Oeste PR ,91 PA ,00 BA ,16 SC ,34 MS ,00 AP ,79 RS ,85 MT ,99 AC ,00 TOTAL ,62 Distribuição regional das florestas plantadas que comercializam madeira certificadas Por área (ha) PA 12% PR 13% BA 11% MG 18% SC 10% SP 18% MS 06% AP 06% RS 04% MT + AC 02% 28% Sudeste A área média das florestas plantadas que responderam a pesquisa é de ,93 ha, mas os valores por unidade de manejo apresentam uma variação entre 165,52 e ,00 ha, apresentando, assim, um alto desvio padrão dos dados em relação à sua média (Desvio padrão: ,38). As unidades de manejo de florestas plantadas que compõem a amostra desse estudo podem ser consultadas no anexo I. Histórico, dificuldades e tendências das florestas plantadas certificadas Com relação ao tempo de certificação, as unidades de manejo florestal apresentam uma média de 5,7 anos de certificação FSC, sendo que a maior porção (34%) possui certificação há um período entre 5 e 10 anos, seguido de unidades com menos de 2 anos de certificação (31%) e 22% que obteve a certificação entre 2 e 05 anos atrás. Vale destacar que 13% das unidades de manejo florestal amostradas são certificadas pelo manejo florestal FSC há mais de 10 anos. Tempo de certificação FSC por unidade de manejo florestal 2 5 anos 22% 5 10 anos 34% Mais de 60% do total de florestas plantadas certificadas pelo FSC estão localizadas nas Regiões Sudeste e Sul do país. Além dos quase 20% concentrados na Região Norte, restam 11% deste tipo de floresta certificada na Região Nordeste do país, e apenas dois pontos percentuais na Região Centro-Oeste anos 31% Mais de 10 anos 13% É notável, portanto, uma tendência recente na busca pela certificação FSC dentre gestores de florestas plantadas, conclusão obtida na medida em que 31% das unidades de manejo obteve a certificação há um período igual ou menor que 2 anos. A maioria dos responsáveis pelas áreas plantadas certificadas pelo FSC declarou ter optado pela certificação por exigência do 15

9 mercado (56%). Em seguida e com valores próximos foram citadas a busca por agregar valor ao seu produto (16%) e a diferenciação frente ao consumidor (15%). Por que a empresa optou pela certificação? 4% Exigência do mercado 9% 15% Agregar valor ao produto 16% Diferenciação frente ao mercado consumidor Faz parte da política da empresa 56% Outros A informação relacionada ao custo do gráfico acima se complementa no gráfico abaixo, em que 86% dos respondentes afirmam que o preço final do produto certificado não compensa todos os custos sociais e ambientais do processo produtivo. Estes dados confirmam a hipótese de que os custos oriundos do bom manejo florestal nem sempre são absorvidos pelo mercado, gerando uma sobrecarga aos produtores certificados, que mesmo que compensados pela abertura e solidez de mercado, não conseguem repassar esses custos ao preço final do produto. No campo referente às propostas para incremento do preço houve ao todo 24 sugestões, sendo que a ampla maioria citou a necessidade de ações e campanhas de divulgação das vantagens da realização do bom manejo para o desenvolvimento do mercado consumidor final. Além disso, foi citado a coibição da ilegalidade no setor madeireiro e a desmistificação com relação ao uso de florestas plantadas como atividade predatória. Quando indagados sobre as vantagens de possuir a certificação FSC, a maioria (52%) alegou a abertura de mercado, seguido de marketing indireto (26%). Somente 13% alegaram que agregação de valor ao produto é uma vantagem da certificação, o que demonstra que na maioria dos casos, o preço final do produto certificado não é superior ao de um produto sem certificação. Vantagens da certificação FSC por manejo florestal Preço final sustenta os custos da certificação? Não 86% Sim 14% 9% Abertura de mercado 13% Marketing indireto 52% Agregação de valor ao produto 26% Nenhuma Com relação às desvantagens da certificação, 54% apontou o maior custo de processo do produto final certificado em relação ao convencional, 13% a falta de incentivo governamental para com o mercado de certificação florestal, e 27% apontou não haver nenhum desvantagem na certificação. Desvantagens da certificação FSC por manejo florestal Quando indagados sobre os conflitos que impedem que a certificação seja mais expressiva no setor florestal brasileiro, a maior porção das respostas indica a existência de conflitos ambientais (46%), caracterizados, principalmente, pela burocracia em relação ao processo de licenciamento ambiental, o desconhecimento do selo FSC e a proibição do uso de produtos químicos no manejo de pragas. Além disso, 32% citaram conflitos sociais como a percepção de o empreendedor ter que assumir responsabilidades do poder público e o fato de empresas de pequeno porte não conseguirem arcar com os custos da certificação. Uma menor parte dos entrevistados citou conflitos institucionais, apontando que o arcabouço legal é complexo devido à falta de regulamentação para a certificação e dificuldades com a legalidade das terras no Brasil. Apesar da dificuldade de incluir os custos da certificação no preço da 28% 14% 58% Custos do processo de certificação Falta de incentivo governamental Nenhuma madeira e dos conflitos institucionais, sociais e ambientais mencionados, a maioria das unidades de manejo declarou interesse em ampliar sua área certificada (67%). As principais justificativas apresentadas por quem tem intenção de ampliar a área certificada centraram-se no fato de a certificação ser uma tendência do mercado internacional e, por isso, criar oportunidades de novos investimentos

10 As justificativas apresentadas por quem declarou intenção de manutenção da área atualmente certificada (26%) foi insegurança jurídica em relação à certificação, altos custos com o processo e falta de oportunidade de ampliação da área de manejo florestal (e, consequentemente, de novas áreas potencialmente certificáveis). Por fim, houve uma única unidade de manejo florestal em que o responsável alegou intenção de reduzir sua área certificada por não haver acréscimo no valor do seu produto final. A mesma tendência se confirma com relação ao mercado internacional: 63% das unidades de manejo florestal em áreas plantadas possuem compradores estáveis. O índice sobe para 93% se considerarmos as respostas por total de área certificada. Possui comprador estável no mercado internacional - Por unidade de manejo Possui comprador estável no mercado internacional - Por área (Ha) Tendência em relação à área certificada Manutenção 27% Sim 63% Não 37% Sim 93% Não 7% Aumento 70% Redução 3% Quando convidados a propor ações para incremento no consumo de madeira certificada no mercado nacional 73% dos respondentes apresentaram propostas. Destas, a maioria se baseia em ações de marketing e campanhas sobre as vantagens do manejo florestal junto ao consumidor final (64%). Além disso, foram citadas a publicidade da certificação junto às construtoras, aumentar a demanda de produtos certificados junto aos órgãos públicos e atuação mais forte do FSC, entre outras propostas apresentadas integralmente no anexo II. Dentre os produtores de unidades de florestas plantadas que correspondem à amostra da pesquisa, 57% alegou possuir potencial de aumentar a comercialização de produtos, não o fazendo pela falta de comprador estável no mercado nacional. Deste montante de respondentes que possuem excedentes, 64% afirma poder fornecer madeira para a construção civil. Potencial sem comprador estável - Por unidade de manejo Potencial construção civil - Por unidade de manejo Produção, destino e consumo da madeira plantada certificada Sim 43% Não 57% Sim 64% Não 36% Sobre a comercialização da madeira certificada oriunda de florestas plantadas, 65% das unidades de manejo responderam que possuem ao menos um comprador estável no mercado nacional. Esta porcentagem sobe para 89% quando sistematizadas por área certificada (ha). Ou seja, quanto maior a área, maior a probabilidade de comprador estável no mercado nacional. As florestas plantadas que compuseram a amostra dessa pesquisa comercializaram ao menos ,77 m 3 de madeira certificada FSC. As espécies mais comumente comercializadas são variações de Eucalipto, seguido de variações de Pínus e, em menor parte, espécies como Acacia Mearnsii, Araucária, Cunninghamia e Tectona Grandis. Possui comprador estável no mercado nacional - Por unidade de manejo Possui comprador estável no mercado nacional - Por área (Ha) Espécies comercializadas Produção anual (m 3 ) Eucalipto ,12 Produção anual de madeira certificada por espécie (m 3 ) Sim 65% Não 35% Sim 89% Não 11% Pinus ,97 Acácia mearnsii ,00 Araucária ,00 Cunninghamia 9.543,02 Eucalipto 73% Pinus 23% Outros 1% Tectona grandis 5.627,98 18 Total ,09 19

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12 Mapeamento da produção madeireira em florestas plantadas certificadas por espécie comercializada Em termos de unidades de manejo florestal, 49% da amostra de florestas plantadas produzem e comercializam variedades de Eucalipto. Em produção anual, isso é equivalente a ,12 m 3 produzidos principalmente em São Paulo e na Bahia. UF UMF Produção anual (M 3 ) SP ,00 BA ,00 MG ,00 PA ,47 AP ,00 MS ,00 RS ,00 PR ,65 Total ,12 Atualmente, 77% deste Eucalipto certificado pelo FSC é destinado ao setor de papel e celulose, localizado principalmente nos estados da Bahia (44%), de Minas Gerais (25%) e de São Paulo (21%), além do estado do Pará (07%), do Rio Grande do Sul (02%) e de Santa Catarina (01%). Desconsiderando a produção que atualmente está voltada ao setor de papel e celulose, resta ainda cerca de ,65 m 3 comercializados a partir de painéis de madeira e pisos, além da comercialização de madeira bruta, em estilhas e partículas ou em móveis produzidos com Eucalipto certificado. Gráfico com a distribuição geográfica da produção de Eucalipto. UF UMF Produção anual (M 3 ) SP ,00 AP ,00 RS ,00 BA ,00 MG ,00 PR ,65 Total ,65 Produção anual de eucalipto certificado (m 3 ) BA 34% MG 19% SP 38% PA 05% AP 03% MS + RS + PR 01% Produção anual de eucalipto certificado - Sem celulose (m 3 ) SP 85% AP 11% RS + BA + MG + PR 02% Em termos de volume de produção de Eucalipto certificado com potencial para atendimento da construção civil o estado de São Paulo é o principal produtor, seguido do Amapá. Esse eucalipto é vendido em forma de madeira bruta, móveis de interior e produtos manufaturados de madeira. O destino da maior parte dos produtos é o mercado nacional (77%), especialmente nos Estados de origem da unidade de manejo florestal produtora. Pinus Em termos de unidades de manejo florestal, 47% da amostra de florestas plantadas produzem e comercializam variedades de Pínus, representando uma produção de ,97 m 3, em Este Pínus com certificação FSC destina-se, na maioria, a outros setores que não o de papel e celulose. Conforme o gráfico abaixo, ,41 m 3 de Pínus são comercializados em forma de produtos compensados para construção, móveis, portas e componentes para escadas, rodapés, forros, entre outros, segundo a distribuição geográfica. UF UMF Produção anual (m 3 ) PR ,82 SC ,00 RS ,00 MG ,00 SP ,00 Total ,82 *Desconsiderando celulose. Distribuição produção anual de pinus sem celulose (por UF) PR 78% SC 19% RS 2% SP 1% Cerca de 20% da produção de Pínus certificado, sem a celulose, é direcionada ao mercado externo, especialmente para os Estados Unidos e Canadá. Ainda assim, há uma produção anual de cerca ,41 m 3 de Pínus com manejo certificado FSC que fica no mercado nacional, especialmente no próprio Estado produtor. Ao menos cinco unidades de manejo florestal, responsáveis pela produção anual de cerca de ,00 m 3 de Pinus certificado, declararam possuir potencial de comercialização de produtos manufaturados de madeira, madeira bruta e/ou madeira em estilhas ou em partículas sem possuir um comprador estável para tal produto. Essa produção está centralizada nos estados do Sul do país, especialmente de Santa Catarina (66%), seguidos do Rio grande do Sul (24%) e do Paraná (10%). Ainda foram citados para usos finais como portas, pallets, batentes, janelas, rodapés e rodaforros, além de molduras, painéis, madeira serrada e placas de aglomerado ou mdf para móveis, pisos, etc. do Pinus certificado destinado ao setor da construção civil

13 Acácia (Acacia mearnsii) Somente uma unidade de manejo florestal da amostra de florestas plantadas produz e comercializa Acacia mearnsii. Localizada no Rio Grande do Sul, a unidade comercializa um volume anual de ,00 m 3 desta árvore certificada pelo FSC. Apesar da produção estar atualmente voltada para a exportação de papel e celulose para o Japão, o responsável declarou que a unidade de manejo possui potencial de comercialização de madeira maciça, em estilhas ou partículas, e produtos manufaturados de madeira sem ter um comprador estável. Como dificuldades associadas à comercialização dos produtos sem mercado estável, o produtor alegou a opção pelas construções em alvenaria e efeitos da crise econômica no mercado asiático. Araucária Uma unidade de manejo florestal com ,00 ha de floresta plantada localizada no estado do Paraná produz um volume anual de ,00 m 3 de Araucária certificada. O destino de 91% dessa Araucária é o mercado exterior. Resta, portanto, 1.530,00 m 3 comercializados para os estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A comercialização é feita em forma de produtos manufaturados de madeira voltados à construção civil, tais como componentes para escadas, guarnição de portas e janelas, rodapés, forros e componentes para portas. Além da produção de molduras de quadros e mesas para bares. Cuningâmia (Cunninghamia) Uma unidade de manejo florestal com ,53 ha de floresta plantada no estado de Minas Gerais produz um volume anual de 9.543,02 m 3 de Cuningâmia certificada. A madeira é comercializada em forma bruta no próprio mercado nacional, atendendo principalmente a construção civil. A comercialização é a partir de serrarias localizadas no próprio Estado de origem da unidade de manejo, assim como serrarias em São Paulo. Teca (Tectona grandis) Apenas uma unidade de manejo que produz Teca participou do levantamento de dados de produção e oferta de madeira certificada pelo FSC. Com uma área de ha de floresta plantada no estado de Minas Gerais, a unidade produz o volume anual de 5.627,98 m 3 de madeira certificada comercializada em forma de madeira bruta, madeira maciça e produtos manufaturados de madeira. O principal destino dos produtos de Teca é o mercado externo, restando somente 4% consumidos pelo mercado nacional, especificamente no estado de São Paulo. Para o mercado externo a Teca certificada é comercializada através de móveis para a área externa. Já o mercado interno consome a madeira para a utilização em revestimentos de convés e outras obras em lanchas, iates e veleiros, além de decoração e revestimentos interiores. O responsável pela unidade de manejo florestal declarou possuir potencial de comercialização de madeira bruta, maciça e manufaturados sem possuir comprador estável no mercado nacional. Como dificuldades para realizar a comercialização dos produtos, foi citada a instabilidade do mercado devido ao preço de venda, além da competição com produtores de madeira com certificação mista. 24 Cenário de florestas nativas Do universo de ,19 ha de florestas amazônicas certificadas atualmente pelo FSC há um total de ,00 ha (56%) voltados para a comercialização de produtos florestais não madeireiros. Dentre eles é importante ressaltar a certificação concedida à comunidade Kayapó, na terra indígena do Baú, que controla sozinha uma área ,00 ha no Mato Grosso. Considerando que o objetivo do estudo é medir e qualificar a oferta de madeira certificada disponível para consumo no mercado nacional, as unidades foram excluídas do universo da pesquisa. Em termos de oferta de madeira nativa certificada pelo FSC, portanto, o estado do Pará concentra atualmente a maior área (72%). O Amazonas é o segundo Estado, com 12% da área total de florestas que comercializam madeira nativa certificada, seguido por Rondônia e Acre, com uma porção de 07% e 06% respectivamente. No caso do Acre, vale destacar que quatro unidades de manejo florestal estão sobre controle de diferentes comunidades, mas realizam a comercialização por uma mesma cooperativa, motivo pelo qual seus dados de produção serão tratados considerando o conjunto das quatro áreas de manejo. Universo de florestas nativas que comercializam madeira certificada pelo FSC UF UMF ÁREA (ha) PA ,79 AM ,00 RO ,00 AC ,00 MT ,00 RR ,40 Total ,19 As unidades de manejo de florestas nativas certificadas pelo FSC estão em sua maior parte na mão de empresas particulares. Além disso, há cerca de 4% da área relativa à Floresta Estadual de Antimary e somente 2% do total de florestas nativas certificadas sobre controle de quatro comunidades. Pessoa Jurídica Empresa ,19 Floresta pública ,00 Comunidade ,00 Total ,19 Área certificada (ha) Distribuição das florestas nativas que comercializam madeira certificada - Por área (ha) PA 72% AM 12% RO 7% AC 6% MT 2% RR 1% 25

14 Distribuição das florestas nativas que comercializam madeira certificada - Por área (ha) e pessoa jurídica Porque a empresa optou pela certificação? 31% Preocupação com os impactos sobre o meio ambiente Empresa 94% Floresta pública 4% Comunidade 2% 31% 7% 8% 23% Apoio de governos ou fundações internacionais Abertura de novos mercados e visibilidade da empresa Exigência dos atuais mercados existentes A área média das florestas nativas que compõem a amostra da pesquisa é de ,38 ha, mas os valores por unidade de manejo apresentam uma variação entre 1.338,00 e ,00 hectares, representando assim um alto desvio padrão dos dados em relação à sua média (Desvio padrão: ,87). As unidades de manejo que compõem a amostra de estudo podem ser consultadas no anexo III. Histórico, dificuldades e tendências das florestas nativas com certificação FSC Com relação ao tempo de certificação, as unidades de manejo florestal apresentam uma média de 8 anos de certificação FSC, sendo que a maior porção possui certificação há um período entre 5 e 10 anos (69%). Cerca de 25% possui certificação há mais de 10 anos e a minoria (6%) possui certificação FSC entre 2 e 5 anos, indicando uma baixa ocorrência de florestas nativas certificadas mais recentemente. Tempo de certificação FSC por unidade de manejo florestal Mais de 10 anos 25% Preocupação com a origem e legalidade da produção As vantagens mais citadas em relação ao processo de certificação do FSC foram o acesso a nichos específicos e credibilidade do produto certificado (50%). Cerca de 17% citaram que a certificação possibilita a abertura de novos mercados e igual proporção alegou o selo que não possui vantagens ou que atualmente são poucos os benefícios. O sobrepreço e a diferenciação das empresas que possuem certificação foram citadas por 8% dos respondentes. Vantagens da certificação FSC por manejo florestal 50% 17% 8% 8% 17% Acesso a nichos de mercado específicos e credibilidade do produto certificado Nenhum ou poucos benefícios atuais Abertura de novos mercados Sobrepreço Diferenciação das empresas que possuem certificação Dentre as desvantagens da certificação na concepção dos produtores de florestas nativas da Amazônia, foi citado, principalmente, os maiores custos de produção (46%), seguidos do ceticismo e da indiferença do mercado nacional (27%). Cerca de 9% alegaram a indiferença com os produtos de origem comunitária como uma desvantagem. Vale lembrar ainda que 9% dos entrevistados alegaram não haver desvantagens da certificação FSC por manejo florestal anos 69% 2 5 anos 6% Desvantagens da certificação FSC por manejo florestal A preocupação com os impactos sobre o meio ambiente e o apoio de governos e fundos internacionais foram as principais justificativas citadas pela opção em adotar a certificação FSC (31%). A resposta geralmente esteve atrelada ao argumento de que possibilita a abertura de novos mercados e visibilidade da empresa (23%). Os demais argumentos citados foram preocupação com a origem e legalidade da produção (8%) e a exigência dos 46% 27% 9% 9% 9% Maiores custos de produção Ceticismo e indiferença do mercado nacional Nenhuma Indiferença com os produtos de origem comunitária Outros atuais mercados existentes (7%)

15 No que se refere à avaliação se o preço da madeira certificada no mercado nacional sustenta os custos da certificação, 50% das unidades de manejo florestal avaliam que não há preço-prêmio e 50% alegou que o preçoprêmio não compensa. Tal qual no setor de plantações florestais, só que neste campo atingindo os 100% dos respondentes, os produtores afirmam que o preço final da madeira não absorve os custos sociais e ambientais. Todos os entrevistados citaram a tendência de aumento das florestas nativas certificadas no Brasil. Como exemplos de tendência foram citados florestas públicas do Acre e outras unidades florestais em atual processo de certificação. Foi citado também que unidades menores em termos de área possuem maior dificuldade para conseguir a certificação, além da falta de legalidade da terra que impede que a certificação seja mais expressiva no setor florestal brasileiro. Para incrementar o consumo de madeira certificada no mercado nacional a maioria dos entrevistados apresentaram propostas baseadas em marketing e divulgação junto aos consumidores (50%). Foi citado também a necessidade de facilitação do processo de licenciamento para os empreendimentos certificados (13%) e a criação de políticas públicas de incentivo à produção certificada (13%). As propostas são apresentadas integralmente no anexo III. Para incrementar o consumo de madeira certificada no mercado nacional Preço sustenta custos? 12% Marketing e divulgação junto aos consumidores Políticas para incentivar compras em licitações públicas Não há prêmio 50% Prêmio não compensa 50% 50% 12% 13% 13% Isenções fiscais para empreendimentos certificados Facilitação do processo de licenciamento para os empreendimentos certificados Outras políticas de incentivo à produção certificada No campo referente às propostas para incremento do preço todos os entrevistados apresentaram propostas, sendo que a ampla maioria citou a necessidade de divulgação da certificação FSC junto ao mercado nacional e campanhas de conscientização. Além disso, foram citadas políticas de incentivo governamental e políticas de combate à ilegalidade e valorização das boas práticas socioambientais. Pontos que precisam ser melhorados para incremento na produção de madeira certificada no Brasil Produção, destino e consumo da madeira nativa certificada Sobre a comercialização de madeira oriunda de florestas nativas com manejo certificado pelo FSC, 50% das unidades de manejo responderam que possuem ao menos um comprador estável no mercado nacional. Considerando a área, a estabilidade no mercado nacional aumenta para 67%, indicando que também para as florestas nativas há uma possível tendência de áreas menores terem mais dificuldades em alcançar estabilidade no mercado nacional. 75% 12% 13% Melhor divulgação da marca FSC no mercado nacional e campanhas de conscientização Políticas de incentivo governamentais Políticas de combae à ilegalidade e valorização das boas práticas socioambientais Possui comprador estável no mercado nacional - Por unidade de manejo sim não 50% 50% sim 67% Possui comprador estável no mercado nacional - Por área (ha) não 33% 28 Também com relação ao mercado internacional, 50% das unidades de manejo florestal em áreas plantadas possui estabilidade de compradores. Considerando a área, tal estabilidade aumenta para 85% da amostra, dando indícios de que áreas maiores de florestas nativas certificadas possuem maior estabilidade também no mercado internacional. 29

16

17 Possui comprador estável no mercado internacional - Por unidade de manejo sim 50% não 50% Possui comprador estável no mercado internacional - Por área (ha) sim 85% não 15% cadeia em função de uma série de motivos, seja por opção estratégica das empresas produtoras ou por dificuldade de encontrar compradores certificados em cadeia de custódia na região produtora. Dos 427 mil m³ de madeira nativa que não se desclassifica na porta da floresta, a maioria é processada pela própria empresa produtora (96%). Considerando que de modo geral essa tora é comercializada para o estado do Pará (48%), Amazonas (34%) e em menor proporção Acre (11%). Considerando que menos de 1% dirige-se para algum estado não produtor de madeira nativa, conclui-se que o próximo elo da cadeia tende a se manter no próprio estado produtor. Dentre as unidades de manejo de florestas nativas que correspondem à amostra da pesquisa, 80% alegou possuir potencial de comercialização de produtos sem comprador estável no mercado nacional: ou seja, a produção também poderia ser maior se houvesse garantia de comprador. Dentre tais produtos sem comprador estável, 60% refere-se a produtos não madeireiros As florestas nativas da Amazônia brasileira produziram ,33 m 3 de tora de madeira certificada. A maior parte da produção está concentrada no estado do Pará (64%), seguido do Amazonas (26%). Acre e Roraima juntos representam 10% da oferta de madeira nativa certificada. No caso das florestas nativas, foi usada metodologia diferente da de plantações florestais, estimando a produção em duas áreas que não responderam à pesquisa, relativas aos estados de Roraima ( ha) e Mato Grosso ( ha) 4. Vale lembrar que há unidades de manejo produtoras de madeira nativa amazônica que não responderam à pesquisa. Essas, portanto, tiveram sua produção estimada pela média de produção das empresas respondentes. UF Produção anual (m 3 ) AC ,00 Produção anual de madeira nativa certificada (tora em m 3 ) Destino tora certificada não desclassificada (m 3 ) SP 135,4 RR 6.335,00 RO ,17 MT ,17 AC ,00 AM ,84 PA ,40 Considerando a perda líquida desta etapa do processo, restam ,21 m 3 de madeira disponível para o mercado, sendo 77% vendido como madeira serrada, seguido de compensados (8%), pisos, decking e lambris (7%), lâminas (6%) e movelaria, ferramentes e itens de madeira (2%). Destino de produtos de madeira nativa certificada para construção civil (m 3 ) AM ,00 PA ,00 RR 6.335,00 RO ,17* MT ,17* Total ,33 PA 64% AM 26% RR 1% AC 9% Ferramentas e ítens de madeira Outros Movelaria Lâminas Pisos decking e lambris 696, , , , ,92 Compensados 8.536,59 *Estimado pela área. Madeira serrada ,85 Do total de ,33 m 3 produzidos em 2011, aproximadamente 170 mil m 3 (28%) é desclassificada como madeira certificada logo na primeira etapa de processamento. Esta oferta potencial de madeira certificada não segue na 4 A diferença entre as áreas não repercute no montante potencialmente explorado, conforme tabela abaixo, que apresenta a mesma produção estimada para ambas as áreas. 32 Do total de 107,7 mil m 3, 68% foram exportados (72,9 mil m 3 ), restando cerca de 14% que tiveram o estado de São Paulo como destino (15,1 mil m 3 ), seguido de 9% que consumido na região nordeste, 6% no sul, 2% no norte e 1% consumido na região centro oeste, sudeste (exceto São Paulo) e/ou produtos com destino não identificado. 33

18 Destino produtos de madeira nativa certificada (m 3 ) 34 68% Dentre os produtos de madeira nativa certificada para construção civil que foram destinados ao mercado exterior, a maioria foi vendida como madeira serrada (81%). Já considerando os produtos que ficaram no estado de São Paulo, o volume de consumo de madeira serrada está abaixo do volume de compensados de madeira nativa certificada. Mercado dos produtos exportados em % 2% 7% 10% 14% 6% 2% 1% 9% Madeira Piso, deckings e lambris Lâminas Outros Discussão e considerações finais Outros Norte Sul Nordeste São Paulo Exportação Setores consumidores em São Paulo em % 5% O território brasileiro é composto por cerca de 510 milhões de hectares de florestas naturais, localizadas principalmente no bioma amazônico (69%), seguido de Cerrado (13%), Caatinga (9%), Mata Atlântica (6%), Pantanal (2%) e Pampa (1%) (SFB, 2010). Considerando este vasto universo, quase 1% da área de florestas nativas é certificada pelos princípios e critérios do manejo florestal responsável definidos pelo FSC (MMA, 2012). A produção proveniente desta área certificada é gerida principalmente por empresas, em menor porção comunidades florestais e uma floresta pública. A tendência observada na abrangência da certificação FSC de florestas nativas foi de manutenção da área certificada. Isto é, embora o Brasil seja o maior produtor e consumidor de ma-deiras nativas, o país possui poucas florestas naturais certificadas (MAY, 2006). Isso pode ser explicado por diversos fatores, entre eles destacam-se o volume de madeira proveniente 56% 38% Compensados Madeira serrada Movelaria Outros de desmatamento e extração ilegal ainda presente no mercado interno a preços mais competitivos, além de problemas estruturais relacionados aos impasses fundiários na Amazônia legal. Entre as florestas nativas com certificação FSC destaca-se o Estado do Acre que, apesar de não possuir a maior extensão de florestas certificadas, observa-se que possui políticas estaduais de incentivo à oferta de madeira certificada. Além das florestas nativas, há ainda um universo de aproximadamente 7 milhões de hectares de florestas plantadas, das quais as plantações de eucalipto representam 67% da área total, seguida de plantações de pinus (26%), acácia (3%), seringueira (2%), entre outras espécies (SFB, 2010). No setor de plantações florestais a certificação FSC é mais abrangente, equivalendo a 53% da área total de florestas plantadas brasileiras (ABRAF, 2012 ano base 2011). Área esta concentrada, em especial, nos estados do Sul e Sudeste. As plantações certificadas também são geridas principalmente por empresas e, em menor escala, por pessoas físi-cas ou pequenos empreendimentos fomentados por empresas do segmento de papel e celulose. Em congruência com o cenário nacional, a maioria das plantações certificadas é voltada à produção de eucalipto (76%) e pinus (23%), seguido de outras espécies (1%). Embora a maior parte das plantações certificadas esteja voltada para o mercado de papel e celulose, há uma parcela crescente voltada para madeira e subprodutos madeireiros oferecidos para o segmento de construção civil, moveleiro, entre outros. Dentre os resultados do presente estudo salientamos, primeiramente, que no que toca à oferta de madeira certificada no Brasil, os setores de plantadas e nativas diferem entre si. Os principais aspectos a serem apontados neste sentido são: (i) enquanto a oferta de madeira de espécies plantadas é abundante, a oferta de madeira nativa certificada é ainda pequena em termos de volume produzido; (ii) enquanto a maior parte da produção de florestas plantadas fica no Brasil, mais da metade da madeira nativa certificada vai para o exterior e, quando fica no mercado interno, é comum a desclassificação na porta da floresta, ou seja, não segue uma cadeia produtiva certificada, (iii) enquanto as áreas plantadas certificadas pelo FSC mantém-se crescente no que toca a novas certificações, em florestas nativas a área certificada se mantém estável e com baixa representatividade quando considerado o universo de florestas nativas do país e, (iv) enquanto a maior parte das unidades de manejo florestal (UMFs) plantadas justificam sua certificação na busca por abertura de mercado, as UMFs nativas definem sua certificação pela preocupação com os impactos ambientais de sua atividades e, em menor escala, devido a apoios governamentais. Em segundo lugar, podem ser apontados alguns aspectos de convergência entre a certificação FSC em áreas plantadas e florestas nativas. Definindo um marco comum à madeira certificada no Brasil, a questão da não internalização dos custos sociais e ambientais foi salientada por ambos os setores, apesar de tal problemática ser absorvida de forma distinta em cada cadeia. Isto é, tanto os produtores de madeira certificada em florestas plantadas quanto 35

19 os de florestas nativas alegam que não há um preço prêmio que sustente os custos associados ao cumprimento dos princípios e critérios do FSC e com a certificadora. Vale ponderar, porém, que o custo referido traz à tona a questão das externalidades ambientais e sociais dos processos produtivos convencionais que devolvem custos indiretos para a sociedade de modo velado, ou seja, sem que ninguém fale sobre isso. Ou seja, os elevados custos dos produtos certificados representam, muitas vezes, os valores reais dos produtos, sendo que este custo deveria ser internalizado de forma combinada por governos e demais atores das cadeias produtivas em uma lógica de corresponsabilidade. Ainda sobre a questão do preço deve-se destacar a possibilidade de ganhos indiretos associados à abertura de mercado, uma vez que essa abertura foi bastante apontada como uma vantagem da certificação, considerando os dois setores. Tais resultados apontam para a necessidade de se alterar a lógica da questão do custo, para uma lógica de interpretação do custo x benefício da madeira certificada pelo FSC. Outro ponto que une o setor de florestas plantadas e o de florestas nativas é a demanda por campanhas de promoção do conceito e de produtos certificados, bem como a necessidade de políticas públicas de fomento à certificação, por exemplo a partir do viés das compras públicas. Avalia-se que este apelo dos atores do segmento produtivo da cadeia de produtos certificados pelo FSC reforça um novo papel institucional do FSC, sugerindo sua atuação como indutor de mercado não só na ponta da produção, mas na cadeia como um todo. Vale apontar que os dados e resultados aqui apresentados não pretendem demarcar comparações entre o universo de nativas e plantadas, até porque cada um tem suas características e aplicações próprias. Mas a análise comparativa permite concluir que contextos diferentes exigem estratégias diferentes. Neste sentido, entende-se que a certificação de florestas nati-vas não tem se autorregulado pelo mercado, exigindo estratégias de intervenção que inte-grem combate à ilegalidade e à falsa legalidade para diminuir a concorrência desleal, além da necessidade de incentivos públicos e privados que incrementem as práticas de manejo florestal responsável, seja através do fomento à certificação de novas áreas, seja com a promulga-ção e adoção de políticas de compras sustentáveis. Já as florestas plantadas, mais organizadas e com subsídios já conquistados, tem menos desafios em termos de implementação da certificação. Porém, sua estabilidade de mercado está ainda bastante atrelada ao setor de papel e celulose, restando, portanto, o desafio de iniciativas públicas e privadas que promovam um incremento no seu consumo por outros segmentos, como o da construção civil e moveleiro. Em linhas gerais, o presente estudo conclui que há uma oferta de madeira certificada subutilizada pelo mercado nacional, mas esta oferta é ainda restrita e deve ser incrementada para que as práticas de manejo florestal responsável sejam referência de produção madeireira no Brasil. Para tanto 36 se fazem necessárias estratégias de construção de cadeias produtivas, envolvendo consumidor, elos intermediários e produtores florestais, para que oferta e de-manda cresçam juntas e se retroalimentem num ciclo crescente. Isso porque de modo geral a cadeia produtiva do setor madeireiro brasileiro é difusa, especializada e com baixa interatividade entre as diversas etapas da produção, características que dificultam a garantia de origem da madeira (VOI- VODIC, 2010). Assim, considerando que grande parte dos potenciais mercados consumidores necessita de produtos já processados e prontos para o uso final, conclui-se que é necessário intensificar também os processos de certificação nas cadeias de custódia (CoC) dos produtos madeireiros. Isso é verdade para ambos os setores, mas especialmente importante para o contexto das florestas nativas que apresentam um índice alto de desclassificação nas etapas de processamento da madeira certificada na origem em produtos madeireiros. Por mais que este estudo tenha abordado somente a oferta de madeira certificada FSC, sem ter aprofundado a análise em termos de produtos finais e/ou intermediários certificados (CoCs), avaliamos que esta iniciativa do FSC Brasil contribui para um melhor conhecimento sobre o mercado de madeira certificada no Brasil, permitindo o delineamento de estratégias que incidam no aumento da oferta e da demanda, além de ações que envolvam setor público, empresarial e consumidores dos diversos segmentos usuários de madeira. Para tanto, é necessário um esforço conjunto e constante de atualização e geração de dados de inteligência de mercado sobre oferta e demanda de madeira certificada FSC no Brasil. Entende-se que deste modo são criados subsídios que permitem identificar e aproveitar oportunidades de negócios, bem como prever ameaças e gargalos no desenvolvimento e consolidação deste mercado que, conforme os princípios e critérios do FSC, busca conciliar as salvaguardas ecológicas com os benefícios sociais e a viabilidade econômica. Em prol da difusão do bom manejo das florestas brasileiras, é o que faremos nos anos que se seguirão. Bibliografia: ABRAF, Anuário estatístico da ABRAF 2012 ano base Brasília: ABRAF. 145p. MAY, P Forest certification in Brazil. In: Cashore, B.; Gale, F.; Meidinger, E. and New-som, D. (EDITORS) Confronting Sustainability: Forest Certification in Developing and Transi-tioning Countries. USA: Yale School of Forestry & Environmental Studies. MMA, Disponível em: amaz%c3%b4nia/mapa-de-cobertura-vegetal SFB, Florestas do Brasil em resumo 2010: dados de Brasília: Serviço florestal Brasileiro. 157 p. VOIVODIC, M Os desafios de legitimidade em sistemas multissetoriais de governança: uma análise do Forest Stewardship Council. Dissertação de Mestrado apresentada ao Pro-grama de Pós-Graduação em Ciência Ambiental / PROCAM da Universidade de São Paulo. 126 p. 37

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