UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA DISCIPLINA: HC 724 POLÍTICAS PÚBLICAS: ANÁLISE DA EXPERIÊNCIA BRASILEIRA EM POLÍTICAS SOCIAIS EMENTA As concepções desenvolvimentista e neoliberal de políticas públicas; a produção de políticas públicas em contexto democrático. Os limites institucionais na produção de políticas públicas no cenário brasileiro: poder local e federalismo, atribuição de responsabilidades nas políticas públicas; atores sociais e institucionais na gestão e formulação de políticas públicas. As políticas sociais e a crise do capitalismo. Análise das principais políticas sociais brasileiras do pós-88. DINÂMICA E AVALIAÇÃO a) Seminário: realizado sob a responsabilidade de um dos alunos, a partir da bibliografia indicada. Constará de uma problematização a partir do texto e não uma mera repetição do mesmo. O responsável pelo seminário deverá entregar um paper de no máximo 5 páginas sobre o mesmo, contendo uma síntese das discussões ocorridas em sala. A entrega será sempre na sessão seguinte à do seminário. b) Trabalho final: a ser definido com a turma, a partir do interesse do grupo. c) Nota final: somatória do seminário (30%) + trabalho final (70%) CONTEÚDO Aula 1: Políticas sociais e cidadania: as condições históricas do surgimento das políticas sociais e da constituição dos sistemas de proteção social. # SANTOS, Wanderley Guilherme dos. A práxis liberal e a cidadania regulada. In: Décadas de espanto e uma apologia democrática. Rio de Janeiro: Rocco, BENDIX, R. (1996). Construção nacional e cidadania: estudos de nossa ordem social em mudança. São Paulo: Edusp: Cap. 3 e 4. MARSHALL, T. H. (1967). "Cidadania e classe social". In: Cidadania, classe social e status. Rio de Janeiro. Zahar. SANTOS, W. dos. (1987). "A trágica condição da política social". In: Abranches, S.; Santos, W. dos e Coimbra, M. Política social e combate à pobreza. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., (1987). Aula 2 Dimensões conceituais em políticas públicas. FREY, Klaus. Políticas públicas: um debate conceitual e reflexões referentes à prática da análise de políticas públicas no Brasil. In: Planejamento e Políticas Públicas, Brasília, n.21, jun. 2000, p **HALL, Peter A. e TAYLOR, Rosemary C. R. As três versões do neo-institucionalismo. Lua Nova, 2003, nº. 58, p BORGES, André. Governança e política educacional: a agenda recente do Banco Mundial. Revista Brasileira de Ciências Sociais, jun. 2003, vol.18, nº.52, p

2 FARIA, Carlos Aurélio Pimenta de. (2003), "Idéias, conhecimento e políticas públicas: um inventário sucinto das principais vertentes analíticas recentes". Revista Brasileira de Ciências Sociais, 18 (51): GRUN, Roberto. Atores e ações na construção da governança corporativa brasileira. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 18, n. 52, MARQUES, Eduardo. Notas críticas à Literatura sobre Estado, políticas estatais e atores políticos, In: BIB, n. 43, NOGUEIRA, Marco Aurélio. Sociedade civil, entre o político-estatal e o universo gerencial. Revista Brasileira de Ciências Sociais, jun. 2003, vol.18, nº.52, p ISSN OLIVEIRA, José Antônio Puppim de. Desafios do planejamento em políticas públicas: diferentes visões e práticas. Rev. Adm. Pública, mar./abr. 2006, vol.40, nº.2, p ISSN Aula 3 Welfare state: emergência, diferentes tipos e crise do modelo. # ARRETCHE, Marta T. (1995). Emergência e Desenvolvimento do Welfare State: teorias explicativas. In: BIB, Rio de Janeiro, n. 39, 1. Semestre, pp # CLARKE, Simon. Crise do fordismo ou crise da social-democracia. In: Lua Nova. Nº. 24, setembro de # ESPING-ANDERSEN, G. (1991) "As três economias políticas do Welfare State". In: Lua Nova, No. 24. GOMES, Fábio Guedes. Conflito social e welfare state: Estado e desenvolvimento social no Brasil. Revista de Administração Pública, mar./abr. 2006, vol.40, nº.2, p # NAVARRO, Vicente. Welfare State e keynesianismo militarista na era Reagan. In: Lua Nova. n. 24, setembro de ROSANVALLON, Pierre. A crise do Estado-Providencia. Lisboa: Editorial Inquérito, # SEIBEL, Erni J. O declínio do welfare state e a emergência do estado prisional. Tempos de um novo puritanismo? In: Civitas. Porto Alegre, v.5, n.1, jan-jun. 2005, p WACQUANT, Löic As Prisões da Miséria. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., Aula 4 - Cultura política na análise de políticas públicas. *SALES, Teresa: Raízes da desigualdade social na cultura política brasileira. In Revista Brasileira de Ciências Sociais, Nº. 25, pp.26-37, 1994 (incluindo os debates complementares). # AVELINO Filho, George: Clientelismo e política no Brasil: revisitando velhos problemas. In: Novos Estudos, nº. 38, CARVALHO, José Murilo de: Mandonismo, coronelismo, clientelismo: uma discussão conceitual. In: DADOS, Vol.40, nº. 2, pp , 1997 DAMATTA, Roberto: Cidadania: a questão da cidadania num universo relacional. In: A casa e a rua. São Paulo: Brasiliense, pp.55-80, HOLANDA, Sérgio Buarque de: Raízes do Brasil. 25 ed., Rio de Janeiro: José Olympio, # TELLES, Vera. Direitos sociais: afinal, do que se trata? In: Revista da USP, março-maio, p Aula 5 - Políticas Públicas no Brasil: o estado da arte e agenda de pesquisa *ARRETCHE, Marta T. S. Políticas sociais no Brasil: descentralização em um Estado federativo. Revista Brasileira de Ciências Sociais, jun. 1999, vol.14, nº. 40, p ARRETCHE, Marta. Dossiê agenda de pesquisas em políticas públicas. Revista Brasileira de Ciências Sociais, fev. 2003, vol.18, nº.51, p REIS, Elisa P. Reflexões leigas para a formulação de uma agenda de pesquisa em políticas públicas. Revista Brasileira de Ciências Sociais, fev. 2003, vol.18, nº.51, p SOUZA, Celina. "Estado do campo" da pesquisa em políticas públicas no Brasil. Revista Brasileira de Ciências Sociais, fev. 2003, vol.18, nº.51, p

3 FARIA, Carlos Aurélio Pimenta de. Idéias, conhecimento e políticas públicas: um inventário sucinto das principais vertentes analíticas recentes. Revista Brasileira de Ciências Sociais, fev. 2003, vol.18, nº.51, p MEDEIROS, Marcelo de A. Prerrogativas estatais, integração regional e lógica distributiva. Lua Nova, 2003, nº.58, p ##MELO, Marcus André. (1999), "Estado, governo e políticas públicas", in S. Miceli (org.), O que ler na ciência social brasileira ( ) [vol. 3: Ciência política], São Paulo/Brasília, Sumaré/Anpocs/Capes, pp WERNECK VIANNA, Maria Lúcia Teixeira. A americanização (perversa) da seguridade social no Brasil. Estratégias de bem-estar e políticas publicas. Rio de Janeiro: Revam: UCAM, IUPERJ, Aula 6 : Análise da experiência brasileira # DRAIBE, S. (1989). "As políticas sociais brasileiras: diagnósticos e perspectivas". In: Políticas Sociais e organização do trabalho. IPEA-IPLAN, No. 4. CARVALHO, Sonia Nahas de. (2003), "Avaliação de programas sociais: balanço das experiências e contribuição para o debate". São Paulo em Perspectiva, 17 (3-4): # SILVA, Pedro L. Barros & COSTA, Nilson do Rosário. (2002), A avaliação de programas públicos: reflexões sobre a experiência brasileira. Relatório técnico. Brasília, Ipea. SANTOS, W. G. (1988). "Gênese e apocalipse: elementos para uma teoria da crise institucional latinoamericana". In: Novos Estudos Cebrap, Nº. 20. SANTOS, W. G. (1979). Cidadania e Justiça. Ed. Campus. Rio de Janeiro. Cap. 2, 4 e 5. Aula 7: A crise do Estado do Bem Estar nas sociedades de capitalismo central e do capitalismo periférico # ESPING-ANDERSEN, Gosta.(1995) O futuro do Welfare State na nova ordem mundial. In: Lua Nova, n.35. *DRAIBE, S. e HENRIQUE, W. (1988). "Crise e gestão da crise: um balanço da literatura internacional". In: Revista Brasileira de Ciências Sociais, Vol. 3, Nº. 6. MESA-LAGO, C. (2000) Desarrollo social, reforma del estado y de la seguridad social, al umbral del siglo XXI. Santiago do Chile: ONU/Cepal, Serie Politicas sociales. # De VITA, A. Democracia deliberativa ou igualdade de oportunidades políticas? Novos Estudos, n. 66, jul de DRAIBE, S. (1997) "A política social na América Latina: o que ensinam as experiências recentes de reforma?" In: DINIZ, E. e AZEVEDO, S. Reforma do Estado e democracia no Brasil. Brasília: Enap/Ed. UNB. ESPING- ANDERSEN, G. (1999). The social foundations of post-industrial economies. Oxford: Oxford University Press. #KING, D. (1988) "O Estado e as estruturas sociais de bem-estar". In: Novos Estudos CEBRAP, No 22. *MIGUEL, L. F. Promessas e limites da democracia deliberativa. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 16, n. 46, MESA-LAGO, C. (1994). La reforma de la seguridad social em America Latina y el Caribe. Santiago: Ciedess. PIERSON, Paul (1996). "The new politics of the Welfare State". In: World Politics. No. 48 RENNO, Lucio. Os militantes são mais informados? Desigualdade e informação política nas eleições de Opinião Pública, Campinas, v. 12, n. 2, WERLE, D. L. Democracia deliberativa e os limites da razão pública. In: COELHO, V. S. & NOBRE, M. Participação e deliberação: teoria democrática e experiências institucionais no Brasil contemporâneo. São Paulo: Editora 34, pp

4 Aula 8: Tendências e dinâmicas recentes nas políticas I - descentralização e corte do gasto público *ARRETCHE, M. (1996). "Mitos da descentralização: mais democracia e eficiência nas políticas públicas?" In: Revista Brasileira de Ciências Sociais. No. 31 pp. 44:66 # REZENDE, F. (1996). Os Leviatãs estão fora do lugar. In: Revista Dados, Vol.39, No2. Bibliografia complementar ARRETCHE, M. (2000). Estado federativo e Políticas sociais no Brasil. Rio de Janeiro: Revan. Aula 9: Tendências e dinâmicas recentes nas políticas II Participação, associativismo e capital social # FREY, Klaus, Governança interativa: uma concepção para compreender a gestão pública participativa? Política & Sociedade, outubro 2004, n.5, p DURSTON, J. (2000) Qué es el capital social comunitario? Santiago do Chile: ONU/Cepal, Serie p olíticas sociales. PUTNAM, R. (1996) Comunidade e Democracia a experiência da Itália moderna. Rio de Janeiro: FGV Ed, Cap.1 e 6. NAVARRO, Z. O Orçamento Participativo de Porto Alegre ( ): um conciso comentário crítico. In: AVRITZER, L.; NAVARRO, Z. (Orgs) A inovação democrática no Brasil: o orçamento participativo. SP: Cortez, RIBEIRO, E. A. Cultura política e teoria democrática: implicações empíricas de um debate teórico. In: FUKS, M. Et. Alli. Democracia e participação: os Conselhos gestores no Paraná. Curitiba: Ed. UFPR, Aula 10: Políticas de Seguridade Social: previdência, saúde e assistência social OLIVEIRA, F. e BELTRÃO, K. (1995). Previdência Social: co-gestão pública e privada. In: REIS VELLOSO, J.P. (coord.) Políticas sociais no Brasil Descentralização, eficiência e equidade. Rio e Janeiro: Inae/Ildes WERNECK VIANA, M. (1997). Benefícios privados, vícios públicos: dilemas atuais da seguridade social no Brasil. In: DINIZ, E. e AZEVEDO, S. (org.) Reforma do Estado e democracia no Brasil. Brasília: Ed. UNB/Enap. # LUCCHESE, P. (1996). Descentralização do Financiamento e da Gestão da Assistência à Saúde no Brasil: a Implementação do Sistema Único de Saúde Retrospectiva 1990/1995. In: Planejamento e Políticas Públicas, 14. Bibliografia complementar OLIVEIRA, J. e TEIXEIRA, S. (1985). (IM) Previdência social: 60 anos de história da Previdência Social no Brasil. Petrópolis: Ed Vozes. GIOVANNI, G e NEGRI, B. (org.) (2001) Radiografia da saúde no Brasil. Campinas: Ed. Unicamp. *COELHO, V. (1998). Interesses e instituições na política de saúde. In: Revista Brasileira de Ciências Sociais, Vol. 13, nº.37. Aula 11: Política educacional FARIA, Carlos Aurélio P. & FILGUEIRAS, Cristina de A. C. (2003), A avaliação de políticas públicas como instrumento de planejamento: os casos do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), do Brasil, e do Sistema de Medición de la Calidad de la Educación (Simce), do Chile. MADEIRA, Felícia Reicher. A improvisação na concepção de programas sociais: muitas convicções, poucas constatações o caso do primeiro emprego. São Paulo Perspectiva. São Paulo, v. 18, n. 2, COTTA, T. C. (2001). Avaliação educacional e políticas públicas: a experiência do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB). Revista do Serviço Público, 52 (4):

5 Aula 12: Políticas de habitação, saneamento e infra-estrutura BONDUKI, N. (1998). Origens da habitação social no Brasil. São Paulo: Estação Liberdade, Cap. 3 e 4. RIBEIRO, L.C. (1997). Dos cortiços aos Condomínios Fechados: As formas de Produção da Moradia na cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2ª parte. AZEVEDO, S. e ANDRADE, L.A. (1981). Habitação e Poder: da fundação da casa popular ao Banco Nacional da Habitação. Rio de Janeiro: Zahar. MARQUES, E. (2000). Estado e redes sociais: Permeabilidade e coesão nas políticas urbanas no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Revan, cap. 3 e 4. BUENO, L. (1993). O saneamento na urbanização de São Paulo. São Paulo: FAU/USP, Dissertação de mestrado, Cap. 3, 4 e 5. Aula 13: As políticas do Governo Lula: das compensatórias às políticas afirmativas YASBEK, Maria Carmelita. O programa fome zero no contexto das políticas sociais brasileiras. São Paulo Perspectiva, São Paulo, v. 18, n. 2, NEVES, Paulo Sérgio da C.. Luta anti-racista: entre reconhecimento e redistribuição. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 20, n. 59, *MIGUEL, Luis Felipe. Teoria política feminista e liberalismo: o caso das cotas de representação. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 15, n. 44, *PAES DE BARROS, Ricardo, HENRIQUES, Ricardo, e MENDONCA, Rosane. Desigualdade e pobreza no Brasil: retrato de uma estabilidade inaceitável. In: Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 15, num. 42, fevereiro de SOUZA, André Portela. Por uma política de metas de redução da pobreza. São Paulo Perspectiva, São Paulo, v. 18, n. 4, *ZALUAR, Alba (1997). Exclusão e políticas públicas: dilemas teóricos e alternativas políticas. In: Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol.12, n.25, pp MAGGIE, Yvonne. Mário de Andrade ainda vive? O ideário modernista em questão. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 20, n. 58, # TEXTO DIGITALIZADO * INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS DISPONÍVEIS EM CD ANPOCS INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS ON LINE (SCIELO) Curitiba, Março de Profª. Drª. MARIA TARCISA SILVA BEGA 5