Dossier Temático. O 25 de Abril de Ano lectivo 2008/2009 Curso: Técnico de Informática de Gestão Turma: 1º TIG Formadora: Belmira Ferreira

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1 Ano lectivo 2008/2009 Curso: Técnico de Informática de Gestão Turma: 1º TIG Formadora: Belmira Ferreira Dossier Temático O 25 de Abril de 1974 Por: João Conde Marta Alves Vanessa Batista

2 Índice 1 Principais Acontecimentos 1.1 Introdução 1.2 Antecedentes Estado Novo Marcello Caetano ( ) 1.3 Os rostos da Revolução Salgueiro Maia ( ) Otelo Saraiva de Carvalho Spínola ( ) 1.4 A Revolução O contexto político e social O Movimento das Forças Armadas Cronologia dos acontecimentos (De 24 a 25 de Abril) Cravo: o símbolo da revolução O primeiro comunicado do MFA A Junta de Salvação Nacional 1.5 O Pós-25 de Abril O fim da ditadura Período revolucionário Descolonização Reforço do radicalismo de Esquerda Avanço para o Socialismo Normalização democrática 2 Testemunhos De Abril: Um testemunho 2.2 Testemunho do Poeta Miguel Torga 3 Sugestões 3.1 Livros 3.2 Filmes 4 Bibliografia 5 Sitegrafia

3 1 Principais Acontecimentos 1.1 Introdução A Revolução Portuguesa de 25 de Abril Há vinte anos, em vésperas do 25 de Abril, Portugal era um país anacrónico. Último império colonial do mundo ocidental, travava uma guerra em três frentes africanas solidamente apoiadas pelo Terceiro Mundo e fazia face a sucessivas condenações nas Nações Unidas e à incomodidade dos seus tradicionais aliados. Para os jovens de hoje será talvez difícil imaginar o que era viver neste Portugal de há vinte anos, onde era rara a família que não tinha alguém a combater em África, o serviço militar durava quatro anos, a expressão pública de opiniões contra o regime e contra a guerra era severamente reprimida pelos aparelhos censório e policial, os partidos e movimentos políticos se encontravam proíbidos, as prisões políticas cheias, os líderes oposicionistas exilados, os sindicatos fortemente controlados, a greve interdita, o despedimento facilitado, a vida cultural apertadamente vigiada. A anestesia a que o povo português esteve sujeito décadas a fio, mau grado os esforços denodados das elites oposicionistas, a par das injustiças sociais agravadas e do persistente atraso económico e cultural, num contexto que contribuía para a identificação entre o regime ditatorial e o próprio modelo de desenvolvimento capitalista, são em grande parte responsáveis pela euforia revolucionária que se viveu a seguir ao 25 de Abril, durante a qual Portugal tentou viver as décadas da história europeia de que se vira privado pelo regime ditatorial. António Reis - Portugal 20 Anos de Democracia

4 1.2 Antecedentes Estado Novo Até ao golpe de estado de 25 de Abril de 1974, estava instaurado em Portugal um regime ditatorial e autoritário que dava pelo nome de Estado Novo. O modelo não era nosso e já existia noutros países da Europa, como era o caso da Itália, por exemplo. O Estado Novo era um sistema político desenvolvido a partir da afirmação da necessidade de intervenção do estado na vida económica e social e da autoridade do governo e condicionamento das liberdades individuais, em nome do interesse geral e da protecção e promoção social das classes trabalhadoras num clima de paz social. Esta nova concepção de gestão política surgiu face à falência da concepção liberal e individualista do estado, generalizada um pouco por toda a Europa, após a I Grande Guerra, durante o período em que diversas revoluções nacionalistas tiveram lugar. Em Portugal, o Estado Novo surgiu logo após a revolução de 28 de Maio de 1926, que arrastou duas correntes de pensamento político reorganizador. Por um lado, defendiase que o objectivo da ditadura militar seria reestruturar o sistema partidário e devolver o poder aos partidos políticos; por outro lado, afirmava-se a criação de um novo regime republicano, livre das vicissitudes da democracia liberal, com características de Estado Novo, isto é, o predomínio de um sistema presidencialista aliado a um sistema económico e social corporativo. Foi esta segunda corrente que prevaleceu, apoiada na Constituição de A primeira referência à expressão Estado Novo foi proferida num discurso do ministro do interior, Pais de Sousa, em A grande figura do Estado Novo em Portugal foi António de Oliveira Salazar. Ingressando como ministro das Finanças nos governos da ditadura militar a partir de 1928, Salazar implantou em poucos anos um regime autoritário de fachada eleitoral, com um partido único, uma polícia política, censura prévia e a repressão das oposições políticas. Nascia o Estado Novo, uma ditadura do chefe de governo com uma Constituição corporativa (1933). Alicerçado num estado forte, e com uma austera política deflacionista e de contenção orçamental, Salazar governaria o país sob o lema orgulhosamente sós, marcando profundamente o século XX português. Depois de Salazar abandonar o poder em 1968, devido à queda de uma cadeira e

5 consequente hemorragia cerebral, os destinos do regime ditatorial foram entregues a Marcello Caetano, que viria a ser derrubado no dia 25 de Abril de In Enciclopédia Universal, Texto Editora (Adaptado) Marcello Caetano ( ) Professor universitário e estadista português, era chefe de governo à data da revolução de 25 de Abril de Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, em 1927, foi o primeiro a doutorar-se nesta Universidade na especialidade de Ciências Político-Económicas. Como jurista, desenvolveu a sua actividade na área do Direito Público, devendo-se-lhe a criação do Código Administrativo em vigor desde Impulsionou ainda a renovação dos estudos de Ciência Política e Direito Constitucional e da Administração Ultramarina da época. Professor de Direito Administrativo desde 1933, foi reitor da Universidade de Lisboa entre 1959 e1962 e director do Instituto de Direito Comparado na Universidade de Gama Filho, no Rio de Janeiro, entre 1974 e Na sua actividade política, foi vogal da União Nacional (1932), comissário nacional da Mocidade Portuguesa ( ), ministro das Colónias ( ), presidente da comissão executiva da União Nacional ( ), presidente da Câmara Corporativa ( ), ministro da Presidência ( ) e chefe do governo ( ). Foi precisamente neste último cargo que as suas acções suscitaram maior polémica. Substituindo Salazar por motivos de saúde deste, a sua política constituiu uma tentativa de abertura pacífica, que foi mal esclarecida, suscitando críticas e resistências em vários sectores. Em plena guerra colonial, Caetano promoveu a reforma constitucional (1971), alargando a autonomia administrativa das colónias. Os sucessivos avanços e recuos no processo de liberalização das instituições políticas reduziram a sua base de apoio político, o que, paralelamente ao impasse da guerra colonial e ao alastrar do descontentamento no seio da instituição militar, veio abrir caminho ao golpe de Estado de 25 de Abril de Com este golpe, o Movimento das Forças Armadas (MFA) derrubou o regime autoritário, destituindo Marcello Caetano (que se exilou no Brasil) e entregando o poder à Junta de Salvação Nacional, presidida pelo general António de Spínola. In Enciclopédia Universal, Texto Editora (Adaptado)

6 1.3 Os rostos da Revolução Salgueiro Maia ( ) No dia 1 de Julho de 1944 nasce, em Castelo de Vide, Fernando José Salgueiro Maia, o principal protagonista da Revolução dos Cravos. Licenciado em Ciências Sociais e Políticas e em Ciências Etnológicas e Antropológicas, ingressou na Academia Militar, em Lisboa, em 1964 e, dois anos mais tarde, na Escola Prática de Cavalaria (EPC) de Santarém. Combateu na Guerra Colonial em Moçambique, já com a patente de capitão. Como tenente-coronel de cavalaria, foi um dos membros mais activos do MFA (Movimento das Forças Armadas), tendo sido o responsável pela tomada do Terreiro do Paço e pela rendição de Marcello Caetano a 25 de Abril de Vindo de Santarém, com 240 homens e dez carros de combate, derrubou o poder em cerca de 12 horas. Apesar de ter sido membro da Assembleia do MFA durante os governos provisórios, o capitão de Abril nunca aceitou qualquer cargo político no pós-25 de Abril. In Enciclopédia Universal, Texto Editora (Adaptado)

7 1.3.2 Otelo Saraiva de Carvalho Otelo Saraiva de Carvalho foi um dos chefes operacionais da Revolução de 25 de Abril. Do posto de comando instalado no Rádio Clube Português, Otelo, com o nome de código de Tigre, comandou as forças revoltosas que se foram instalando em todos os pontos estratégicos definidos para o golpe de Estado. Indigitado comandante da Região Militar de Lisboa, posteriormente promovido a general, tornou-se membro do Conselho da Revolução em Março de Após a queda do I Governo Provisório, foi-lhe entregue o Comando Operacional do Continente (COPCON), verdadeiro centro do poder militar, do qual Otelo nunca fez uso efectivo, mostrando-se incapaz de seguir uma política de alianças coerente. A apatia do COPCON no cerco de 13 de Novembro à Assembleia Constituinte originou a ruptura entre Otelo e o governo e determinou a sua substituição à frente daquele organismo. Otelo participou, então, numa tentativa de golpe, a 25 de Novembro de 1975, da qual o COPCON saiu derrotado. Decretada a sua prisão, Otelo conseguiu ainda reabilitar a sua imagem, candidatando-se às eleições presidenciais de 1976 e alcançando metade dos votos comunistas. Conotado com a extrema-esquerda, voltou a candidatar-se em Acusado de envolvimento com o grupo revolucionário FP-25 de Abril, responsável por actos de violência civil, foi preso em 1984 e condenado à prisão em Receberia indulto presidencial em 1995, saindo em liberdade e retomando a sua actividade empresarial em Angola. In Enciclopédia Universal, Texto Editora (Adaptado)

8 1.3.3 Spínola ( ) Na tarde de 25 de Abril de 1974, o general Spínola assumiu das mãos de Marcello Caetano os destinos da nação. Membro da Junta de Salvação Nacional, foi presidente da República de 15 de Maio de 1974 a 30 de Setembro de Natural de Santo André, fez os estudos secundários no Colégio Militar. Em 1928, ingressou na Escola do Exército, seguindo o curso de cavalaria, concluído em 1933 com promoção a alferes. Em 1939, tornou-se ajudante de campo do comando da Guarda Nacional Republicana e, em 1941, partiu para a frente russa (II Guerra Mundial) como observador das movimentações da Wehrmacht (exército alemão) no início do cerco a Leninegrado. Em 1961, em carta dirigida a Salazar, ofereceu-se como voluntário para Angola. Notabilizou-se no comando do batalhão de cavalaria n.º 345, em Angola, entre 1961 e Em 1968, foi nomeado governador da Guiné-Bissau, cargo que exerceu até 1973, tendo sido um dos principais responsáveis pelo esforço de democratização daquele território. Após a invasão de Conacri (República da Guiné), em 1970, e a rejeição de negociações com o PAIGC (1971), regressou à contestação do regime com o seu livro Portugal e o Futuro</I< I>>, que seria publicado em Fevereiro de 1974, tendo vindo a exercer influência no desencadear do golpe militar de 25 de Abril desse ano. Em Janeiro de 1974, tinha assumido funções de vice-chefe do Estado Maior General das Forças Armadas. Foi demitido desse cargo, após a publicação de Portugal e o Futuro</I< I>>, livro em que criticava a política ultramarina do regime. Após o 25 de Abril de 1974, foi nomeado presidente da Junta de Salvação Nacional (JSN), tendo a seu lado, entre outros, Costa Gomes. Este órgão máximo de poder decidiu pela sua designação para presidente da República, funções que desempenhou até 30 de Setembro de 1974, dia em que apresentou a sua demissão do cargo. A orientação esquerdista que a vida política nacional assumia, após a sua demissão, levouo a envolver-se no golpe militar de 11 de Março de 1975, com o objectivo de travar o avanço do Partido Comunista Português (PCP). Spínola saiu derrotado, sendo obrigado a procurar refúgio em Espanha. Posteriormente, veio a criar um movimento de resistência anticomunista, o MDLP (Movimento Democrático para a Libertação de Portugal), dissolvido após o 25 de Novembro de 1975, quando os militares da esquerda moderada do MFA derrotaram militarmente o sector pró-comunista das Forças Armadas. Nomeado general em 1969, foi promovido a marechal em Em 1987, foi

9 designado chanceler das ordens militares e Grã-Cruz da Torre e Espada. In Enciclopédia Universal, Texto Editora (Adaptado) 1.4 A Revolução O contexto político e social A Revolução de 25 de Abril de 1974, que ficou conhecida como a Revolução dos Cravos, derrubou o regime autoritário iniciado por Salazar quarenta e oito anos antes e abriu o caminho para a democracia em Portugal. Contestação do regime Apesar do seu carácter fechado e repressivo, o regime corporativo fora profundamente afectado pela década de Depois da campanha oposicionista do general Humberto Delgado (assassinado pela polícia política em 1965), a contestação social e política atingira níveis nunca vistos, ultrapassando os círculos intelectuais e alastrando aos meios operários e ao movimento estudantil. À medida que se avançava na década, a Guerra Colonial entretanto iniciada (1961) tornava-se o alvo especial da oposição - consumia os esforços e as vidas do país e revelava-se como um combate longo, sangrento e inútil. Entretanto, aumentara a pressão externa contra Salazar. O afastamento deste último e a liberalização que se lhe seguiu, liderada por Marcello Caetano, não pôs fim ao problema da guerra, acabando mesmo, na óptica do governo, por se revelar prejudicial à sua condução. Enquanto a pressão à sua volta crescia, o regime voltava a fechar-se, entrando nos anos 70 sem perspectivas de se modificar. Derrube do regime A solução acabou por vir do lado de quem fazia a guerra: os militares. No ano de 1973, um dos mais mortíferos da Guerra Colonial, nascia uma conspiração de oficiais de patente intermédia, descontentes com a duração e as condições do conflito. Começava o Movimento dos Capitães, depois designado por Movimento das Forças Armadas (MFA). Este movimento politizou-se rapidamente, concluindo pela inevitabilidade do derrube do regime em Portugal para se poder chegar à paz em África. Depois de um golpe falhado nas Caldas da Rainha (16 de Março), em que não teve intervenção, o MFA decidiu avançar: o major Otelo Saraiva de Carvalho elaborou o plano militar e, na madrugada de 25 de

10 Abril, a operação Fim-regime tomou conta dos pontos estratégicos da cidade de Lisboa, em especial do aeroporto, da rádio e da televisão. Lideradas pelo capitão Salgueiro Maia, as forças revoltosas cercaram e tomaram o quartel do Carmo, onde se refugiara o chefe do governo, Marcello Caetano. Rapidamente, o golpe de estado militar foi aclamado nas ruas pela população portuguesa, cansada da guerra e da ditadura, transformando-se o movimento numa imensa explosão social e numa revolução pacífica, que ficou conhecida no estrangeiro como a Revolução dos Cravos. In Enciclopédia Universal, Texto Editora (Adaptado) O Movimento das Forças Armadas Movimento de intervenção política criado por um grupo de oficiais das Forças Armadas que planeou e executou o golpe de estado do 25 de Abril de 1974, levando à queda do regime autoritário e transferindo o poder para a Junta de Salvação Nacional, presidida pelo general António de Spínola. Do seu programa político constava a intenção de formação de um governo civil que preparasse eleições para uma assembleia constituinte, de forma a dotar o país de instituições democráticas e de uma nova política económica e social de defesa dos interesses das classes trabalhadoras contra o poder dos grandes grupos monopolistas. Propunha igualmente a abolição da censura e a extinção da polícia política, da Legião e da Mocidade Portuguesa, e autorizava a constituição de «Associações Políticas». Quanto ao plano de operações, previa a concentração de forças de vários pontos do país sobre Lisboa, o controlo de emissoras de rádio e televisão, do aeroporto e do quartel-general da região militar, o aprisionamento dos membros do governo e do presidente da República, e a apresentação ao país dos membros da Junta de Salvação Nacional perante as câmaras da RTP. A coordenação das operações do MFA, durante a revolução de Abril, foi assegurada por um posto de comando único e um sistema de transmissões e escuta próprio. Constituíam a direcção do movimento Otelo Saraiva de Carvalho, Vasco Lourenço e Vítor Alves. In Enciclopédia Universal, Texto Editora (Adaptado)

11 1.4.3 Cronologia dos acontecimentos (De 24 a 25 de Abril) 24 de Abril de 1974: 22h55 A primeira senha para o início da Revolução é ouvida nos Emissores Associados de Lisboa. A voz do locutor João Paulo Diniz anuncia a canção E Depois do Adeus, de Paulo de Carvalho. É a palavra de ordem combinada para que o 10.º Grupo de Comandos assalte o Rádio Clube Português, na Rua Sampaio Pina, para transformá-lo no posto de comando do Movimento das Forças Armadas. 25 de Abril de 1974: 00h20 É hora da segunda senha. A Rádio Renascença passa o tema Grândola Vila Morena, de Zeca Afonso. Por esta hora, o movimento revolucionário do MFA já está em marcha! Os movimentos de tropas começam um pouco por todo o lado. Em Vendas Novas, na Escola Prática de Artilharia (EPA), um grupo de capitães e tenentes prende no seu gabinete o coronel que comanda a unidade, ocupa a central telefónica e a central rádio e controla as entradas do quartel. No Lumiar, na Escola Prática de Administração Militar (EPAM), os capitães e subalternos preparam-se para a ocupação dos estúdios da Radiotelevisão Portuguesa (RTP), na Alameda das Linhas de Torres. Em Campolide, uma coluna militar apeada sai do Batalhão de Caçadores 5 para reforçar o comando de assalto ao Rádio Clube Português, entretanto já tomado pelo 10.º Grupo de Comandos. Pouco depois das 02h00 Uma coluna motorizada sai do Campo de Tiro da Serra da Carregueira (CTSC) com o objectivo de ocupar a Emissora Nacional, na Rua do Quelhas. Entre as 03h15 e as 03h25 Vão chegando as mensagens de êxito das operações ao posto de comando, instalado no Regimento de Engenharia 1, na Pontinha. O major Otelo Saraiva de Carvalho, encarregue da coordenação das operações, recebe as mensagens de que Mónaco (nome de código para a RTP), México (nome de código para o Rádio Clube Português) e Tóquio (nome de código para a Emissora Nacional) já foram tomados. Estavam conseguidos os objectivos prioritários dos canais de informação.

12 03h30 Da Escola Prática de Cavalaria (EPC) de Santarém sai uma coluna militar composta por dez viaturas blindadas, doze viaturas de transporte, duas ambulâncias, um jipe e uma viatura civil de exploração. A liderar a coluna estava aquele que viria a ser a figura mais importante da revolução: o capitão Salgueiro Maia. O objectivo principal desta coluna era o Terreiro do Paço e os seus ministérios (cujo nome de código era Toledo). Ao mesmo tempo, as forças do regime começavam a aperceber-se do que se iria passar. 03h40 A coluna do Regimento de Infantaria 10, de Aveiro, chega ao Regimento de Artilharia Pesada da Figueira da Foz. É preso o comandante. Para que o Agrupamento Norte esteja completo, falta a chegada das forças do CICA 2, da Figueira da Foz, e do Regimento de Infantaria 14, de Viseu. O Agrupamento Norte tem como objectivos o controlo de um segmento da fronteira com Espanha, a ocupação do Forte de Peniche e a PIDE/DGS do Porto. Entretanto, outras forças dirigem-se para outros alvos: quartéis da Legião Portuguesa, unidades da GNR e da PSP, fronteiras com Espanha, antenas de rádio, etc. 04h20 Apesar do atraso das forças da Escola Prática de Infantaria (EPI) de Mafra, que deveria ter atacado o alvo às 03h00, o Aeroporto da Portela (com o nome de código de Nova Iorque ) é tomado e controlado. 04h26 É emitido o primeiro comunicado à população pelo posto de comando do MFA instalado no Rádio Clube Português. Neste comunicado, o Movimento das Forças Armadas apela à calma e ao recolher da população às suas casas, para que se evitem confrontos com as Forças Armadas. 04h45 Outro comunicado aconselha as forças militarizadas e policiais a recolherem aos seus quartéis e aí aguardarem as ordens do MFA. 05h00 Silva Pais, director-geral da PIDE telefona a Marcello Caetano a informá-lo de que a revolução está na rua. Para salvaguardar a segurança do chefe de Governo, é decidida a sua ida para o quartel do Carmo. 05h15 O MFA adverte as forças do regime para a responsabilização que lhes será imputada caso enveredem pela luta armada.

13 05h45 Mais um comunicado do MFA, desta vez para reforçar o que fora dito nos anteriores e apelar ao civismo de todos os portugueses para que se evite um confronto armado. Nos intervalos destes comunicados, o Rádio Clube Português vai passando canções de Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira, José Jorge Letria, Francisco Fanhais, Luís Cília e José Mário Branco. 06h00 A coluna militar que partira de Santarém sob a liderança de Salgueiro Maia chega ao Terreiro do Paço. Os carros de combate cercam os ministérios, a divisão da PSP aquartelada no Governo Civil, a Câmara Municipal, a Rádio Marconi e o Banco de Portugal. O posto de comando é estabelecido no centro da praça com uma chaimite e uma autometralhadora EBR. À frente das operações continua Salgueiro Maia, que comunica a Otelo Saraiva de Carvalho o sucesso na ocupação de Toledo (Terreiro do Paço) e no controlo de Bruxelas (Banco de Portugal) e Viena (Rádio Marconi). Pouco depois das 06h00 As forças do regime enviam para o Terreiro do Paço um pelotão de AML/Chaimites do Regime de Cavalaria 7. No entanto, o alferes miliciano que comanda o pelotão, depois de falar com Salgueiro Maia, acaba por aderir ao movimento revolucionário. Entretanto, outros dois pelotões, desta vez de Lanceiros 2, aderem também às forças da revolução. Entretanto, o ministro do Exército e outros elementos do Governo reúnem de emergência no Ministério do Exército para encontrar uma solução que faça face à rebelião militar. A fragata Almirante Gago Coutinho, que na altura paticipava num exercício militar da NATO, recebe ordens para abandonar as manobras no Atlântico e entrar no Tejo, com o objectivo de abrir fogo contra as forças revolucionárias estacionadas no Terreiro do Paço. Cerca das 09h00 A fragata surge no estuário do Tejo, em frente ao Terreiro do Paço. No morro do Cristo-Rei, uma bateria da Escola Prática de Artilharia segue todos os seus movimentos. Sob a ameaça de tal poder de fogo, Otelo ordena a Salgueiro Maia que proteja os militares e os tanques debaixo das arcadas da Praça do Comércio. Cerca das 12h00 - O comandante Vítor Crespo consegue que seja anulada a ordem de abrir fogo e que a fragata vá fundear em frente ao Alfeite. Depois de vencida a ameaça da Gago Coutinho, Salgueiro Maia vê-se a braços com um novo ataque das forças do regime. Cinco carros de combate M/47 de Cavalaria 7, atiradores do Regimento de Infantaria 1 da Amadora e alguns soldados da PM de Lanceiros

14 2 são as novas armas enviadas pelo Governo. A coluna é comandada por um brigadeiro que recusa o diálogo com Salgueiro Maia e manda abrir fogo. Ninguém lhe obedece e a coluna acaba por se juntar a Salgueiro Maia. Depois de ser informado, pelo posto de comando, de que Marcello Caetano está refugiado no quartel do Carmo, Salgueiro Maia deixa as suas forças a guardar os ministérios e dirige-se para o Carmo. No Rossio, depara-se com mais uma coluna militar enviada pelo regime para fazer frente aos revoltosos. Também esta coluna acaba por se juntar a Maia, já que o próprio comandante da mesma está com a Revolução, apesar de ter recebido ordens para prender o capitão Salgueiro Maia. Cerca das 12h30 - Toda a baixa está repleta de populares que encorajam os soldados e lhes colocam cravos vermelhos nos canos das G-3. Salgueiro Maia já está no Carmo e recebe ordens do posto de comando para abrir fogo sobre o quartel do Carmo, já que a guarnição que guarda Marcello recusa a render-se e a entregar o chefe de Governo. Mas o capitão sabe que o disparo das autometralhadoras num largo repleto de populares iria provocar muitas mortes. Assim, opta por disparar armas automáticas para a parte superior do quartel. Maia entra no edifício duas vezes. Da primeira vez, consegue entrar mas não consegue a rendição. Da segunda vez, exige falar com o Presidente do Conselho. Salgueiro Maia pede a Marcello Caetano a sua rendição formal e imediata. O chefe de Governo declara já o ter feito ao general Spínola, pelo telefone. Diz ainda que está apenas a aguardar a chegada de Spínola para lhe transferir o poder, para que este não caia na rua. Marcello pede para ser tratado com dignidade e pergunta para onde vai. Pergunta também pelos destinos do Ultramar. Cerca das 18h00 O general Spínola chega ao quartel do Carmo. 19h30 Marcello Caetano, Moreira Baptista e Rui Patrício são conduzidos a uma viatura blindada. A multidão apupa-os com o grito de assassinos!. Mesmo depois da rendição de Marcello Caetano, e a consequente vitória da revolução, na sede da PIDE, na Rua António Maria Cardoso, os agentes do regime disparavam das janelas, facto que resultou em cinco mortes as únicas de toda a revolução! À noite Os portugueses assistem pela televisão às declarações da Junta de Salvação Nacional, composta pelo general Spínola, Rosa Coutinho, Pinheiro de Azevedo, Costa Gomes, Jaime Silvério Marques, Galvão de Melo e Diogo Neto.

15 1.4.4 Cravo: o símbolo da revolução No próprio dia da revolução, uma pastelaria na Baixa preparava-se para comemorar mais um aniversário oferecendo flores a todos os clientes. A funcionária encarregada de comprá-las passou pelos militares e começou a distribuí-las - cravos vermelhos. Os soldados puseram-nos nos canos das espingardas. Esta imagem feliz de uma arma que, ainda que dispare, só irá atirar flores, foi captada por fotógrafos e adoptada para cartaz largamente divulgado. O cravo tornou-se a imagem da revolução e o 25 de Abril ficou conhecido (pelo menos nos seus primeiros tempos) como a "Revolução dos Cravos". In Diciopédia 2009, Porto Editora

16 1.4.5 O primeiro comunicado do MFA Eram 4h26 da madrugada de 25 de Abril de 1974, quando o Movimento das Forças Armadas emite o seu primeiro comunicado à população, numa emissão do Rádio Clube Português: Aqui posto de comando do Movimento das Forças Armadas. As Forças Armadas portuguesas apelam a todos os habitantes da cidade de Lisboa no sentido de recolherem a suas casas, nas quais se devem conservar com a máxima calam. Esperamos sinceramente que a gravidade da hora que vivemos não seja tristemente assinalada por qualquer acidente pessoal, para o que apelamos o bom senso dos comandos das forças militarizadas, no sentido de serem evitados quaisquer confrontos com as Forças Armadas. Tal confronto, além de desnecessário, só poderá conduzir a sérios prejuízos individuais que enlutariam e criariam divisões entre os portugueses, o que há que evitar a todo o custo. Não obstante a expressa preocupação de não fazer correr a mínima gota de sangue de qualquer português, apelamos para o espírito cívico e profissional da classe médica, esperando a sua acorrência aos hospitais a fim de prestar a sua eventual colaboração, que se deseja, sinceramente, desnecessária.

17 1.4.6 A Junta de Salvação Nacional Organismo constituído pelo Movimento das Forças Armadas (MFA), após a revolução do 25 de Abril de 1974, com o poder e a legitimidade exclusiva de executar o programa do MFA. A junta era composta por sete membros. Presidida pelo general António de Spínola, integrava Rosa Coutinho, Pinheiro de Azevedo, Costa Gomes, Jaime Silvério Marques, Galvão de Melo e Diogo Neto. Numa segunda fase, procedeu-se à repartição de poderes por outros órgãos: o presidente da República (designado pela Junta), o conselho de estado, o governo provisório e os tribunais. Entre as suas múltiplas incumbências, competia-lhe promover eleições para uma assembleia nacional constituinte, assumindo a própria junta uma posição de directório supremo. A agitação e o descontrolo do processo revolucionário comprometeram as linhas programáticas originais propostas pela junta, situação agravada com a tentativa de golpe militar de António de Spínola em 11 de Março de 1975, vindo a fixar-se como dogma o modelo da revolução socialista. O socialismo revolucionário assumiu-se, então, como linha inspiradora da nova Constituição, por opção do MFA, decisão confirmada por Costa Gomes, então presidente da República, na abertura da Assembleia Constituinte. Na sequência destes factos, foi extinta a junta por determinação da lei n.º 5/75, de 14 de Março, e instituiu-se o Conselho da Revolução. In Enciclopédia Universal, Texto Editora

18 1.5 O Pós-25 de Abril O fim da ditadura O 25 de Abril ficou na história como um marco que indica o início da democracia e o fim da ditadura em Portugal. O Antigo Regime caracteriza-se por um conjunto de ideais e de práticas que faziam do governo de Salazar e, posteriormente, de Marcello Caetanao, um regime ditaurial, onde não existia liberdade de expressão nem de opinião. Vejamos, então, quais as principais mudanças operadas pela Revolução dos Cravos em Portugal: A abolição da censura A censura consistia na supressão, pelas autoridades, de material considerado imoral, herético, subversivo, difamatório, violador do segredo de estado ou que seja de algum modo ofensivo. Em Portugal, exercia-se censura sobre a literatura, o teatro e os meios de comunicação social. O lápis azul só deixava passar conteúdos que não fossem contra os princípios e ideais do regime. Além da censura literária, existia também a censura política. A Constituição de 1933 (em vigor até 1974) previa a censura para os casos de natureza política ou social, que pudessem pôr em causa a ordem pública. Após a revolução de 1974, a censura foi abolida da Constituição portuguesa e foi publicada nova lei de imprensa (1975), que protege a liberdade de expressão e informação. O fim da Guerra Colonial e a descolonização Com início no norte de Angola, em Fevereiro de 1961, a Guerra Colonial apenas terminou quando o regime de Marcello Caetano, foi derrubado a 25 de Abril de 1974, e com a abertura do processo de descolonização nos anos de 1974 e Ao longo de treze anos de luta militar, Portugal enviou para África centenas de milhares de soldados, com um número oficial de mortos que rondou os 9000 homens, e dezenas de milhares de feridos, a juntar a um número ainda superior de baixas entre guerrilheiros e civis guineenses, angolanos e moçambicanos. Em 1974, ao derrubarem o regime, os «Capitães de Abril» faziam da descolonização um dos seus objectivos principais. A braços com uma grande indefinição política interna, o novo regime português reconheceu, em 1974, a independência da Guiné-Bissau e de Moçambique e, em 1975, a de Cabo Verde e Angola. Só no Verão de 1975 cessaram

19 definitivamente os combates envolvendo portugueses em África. Chegava a hora da retirada, encerrando-se finalmente o longo ciclo do império. Extinção da PIDE/DGS (Polícia de Informação e Defesa do Estado/Direcção-Geral de Segurança) Para garantir que todos pensassem de forma análoga à do governo, o Antigo Regime possuía uma polícia política desde O seu objectivo era travar todos os possíveis movimentos contrários às políticas do regime. Os que conspirassem contra o Estado Novo eram, na maioria das vezes, presos. Com a Revolução de 25 de Abril de 1974, a PIDE/DGS foi extinta. Extinção da Mocidade Portuguesa A Mocidade Portuguesa era uma organização oficial juvenil criada em 1936, dirigida por um comissário nomeado pelo Ministério da Educação Nacional e com um carácter notoriamente paramilitar. Os seus objectivos enquadravam-se no espírito do regime da época, patente no regulamento da organização: estimular o desenvolvimento integral da capacidade física da juventude, a formação do carácter e a devoção à pátria no sentimento da ordem, no gosto da disciplina e no culto do dever cumprido. Esta instituição entrou em declínio em 1971 e acabou por ser extinta após o 25 de Abril de Extinção da Legião Portuguesa A Legião Portuguesa era uma formação de milícias criada em 30 de Setembro de 1936, após a eclosão da guerra civil em Espanha, e inspirada na legião nacionalista aí criada por Franco. Complementando a Mocidade Portuguesa, os seus propósitos eram de «organizar a resistência moral da nação e cooperar na sua defesa contra os inimigos da pátria e da ordem social». Os filiados, portugueses do sexo masculino com mais de 18 anos, prestavam juramento, comprometendo-se à acção política, cívica e moral. A organização estendia-se a todo o território português (que incluía as colónias ultramarinas), constituindo-se em pequenos grupos, integrados em formações maiores, fixadas nos principais aglomerados urbanos. Dirigida por uma junta nomeada pelo governo de então, prestava instrução militar. Em 1958 passou a ter a cargo a organização nacional de defesa civil do território. Prestava serviços como polícia de informação, com incidência em comícios oposicionistas ou actividades editoriais consideradas «suspeita» pelo regime. A organização foi extinta logo após a revolução de 25 de Abril de 1974.

20 As nacionalizações e a reforma agrária A Revolução de Abril provocou uma viragem à esquerda nas políticas do país. Uma das consequências desta viragem foram as nacionalizações que se seguiram ao 25 de Abril e que colocaram nas mãos do Estado muitas empresas portuguesas. A Constituição Portuguesa de 1976 previa a expropriação de bens de grandes latifundiários e empresários sem obrigatoriedade de indemnizações, ponto que foi alterado na revisão constitucional de Enciclopédia Universal, Texto Editora (Adaptado) Período revolucionário Afastados os principais responsáveis do regime, seguiu-se a libertação dos presos políticos e o fim da censura sobre a imprensa. Regressaram a Portugal inúmeros exilados políticos, entre os quais o dirigente comunista Álvaro Cunhal e o socialista Mário Soares. No programa do MFA apresentado ao país após o golpe, o mote dos «três D» (democratizar, descolonizar e desenvolver) resumia as aspirações dos militares, a que aderiram de imediato as forças políticas em constituição. Entretanto, os oficiais generais Costa Gomes e António de Spínola haviam sido atraídos para o movimento. O MFA entrava em compromisso com a hierarquia militar e desse compromisso saía uma Junta de Salvação Nacional. Consumado o golpe, a sucessão vertiginosa dos acontecimentos mostrava que se estava a entrar num período propriamente revolucionário. Com efeito, os «três D» teriam leituras diferentes por parte dos intervenientes no processo político, e essa divergência esteve na base da intensa luta social e política que o país conheceu em seguida. Para além das querelas entre os partidos políticos, foram complexas as lutas entre estes e os militares, e no interior das várias facções do próprio MFA, que a partir de muito cedo desempenhou um papel político autónomo. A Junta de Salvação Nacional, que concentrou o poder até Maio de 1974, perdeu progressivamente capacidade de acção, o mesmo sucedendo com o general Spínola, obrigado a afastar-se da presidência da república na sequência dos acontecimentos de 28 de Setembro, em que estiveram presentes sobretudo divergências quanto ao ritmo e à forma de fazer a descolonização. In Enciclopédia Universal, Texto Editora

21 1.5.3 Descolonização De facto, tomando como interlocutores os anteriores adversários de armas e reconhecendo a sua legitimidade, os primeiros governos provisórios aceleraram o ritmo da descolonização, facto que veio a tornar-se uma das maiores polémicas da sociedade portuguesa do pós-25 de Abril. A pressa de resolver a situação militar no terreno, a pressão internacional para a auto-determinação das antigas colónias e a própria evolução dos acontecimentos em Portugal ajudam a explicar uma entrega rápida dos territórios africanos: Guiné, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Moçambique e, finalmente, Angola tornavam-se independentes entre 1974 e 1975, e começava o regresso e a integração em Portugal de cerca de retornados, um dos mais importantes fenómenos sociais da nossa história. In Enciclopédia Universal, Texto Editora Reforço do radicalismo de Esquerda A partir de 1975, no entanto, passou a ser a situação interna do país que dominou a agenda dos principais protagonistas. O afastamento de Spínola, substituído na presidência pelo general Costa Gomes, era paralelo ao crescimento da influência do MFA, com alguns dos seus membros a tomarem posições cada vez mais à esquerda. Também os governos provisórios reflectiam esta orientação, sobretudo a partir da chegada a primeiro-ministro de Vasco Gonçalves (III governo provisório). Num país em mudança acelerada, que se abria ao exterior e se confrontava com o seu próprio atraso a nível interno, a partir de 11 de Março (golpe «spinolista» com imediata resposta das forças afectas ao MFA) reforçou-se a influência das posições revolucionárias mais radicais. O MFA institucionalizou-se e dele nasceu o Conselho da Revolução, que passou a assumir funções de soberania. In Enciclopédia Universal, Texto Editora

22 1.5.5 Avanço para o Socialismo A par de viabilizarem as reivindicações democráticas contidas no programa inicial - com a realização, a 25 de Abril de 1975, de eleições livres para a Assembleia Constituinte -, os poderes civil e militar em exercício nortearam-se cada vez mais por um socialismo económico e social. Tal incluía transformações estruturais no tecido económico e produtivo português, defendendo-se um papel dirigente para o Estado. A nacionalização da banca e dos seguros, assim como o início da ocupação de terras nos latifúndios alentejanos, foram as medidas mais polémicas dos governos gonçalvistas (com especial destaque para o V Governo Provisório), com o apoio dos comunistas e da ala esquerdista do MFA. Atravessava-se o célebre «Verão Quente de 75», em que as divergências sobre as opções dos governos e do Conselho da Revolução acenderam mesmo o rastilho dos atentados políticos, sobretudo no norte do país. Ao nível dos partidos, verificou-se também uma crescente polarização em torno das opções económico-sociais, que passou a ter como principais antagonistas o Partido Socialista (e os partidos à sua direita) e o Partido Comunista, com a questão da unidade sindical no centro da discórdia. No entanto, a movimentação social e sindical ao longo do período revolucionário, apesar da crescente hegemonia dos comunistas, foi muito diversificada e complexa, não podendo ser reduzida à acção destes últimos. Tudo isto se reflectiu no acidentado processo que levou à redacção da Constituição de 1976: consagrando os direitos democráticos e civis fundamentais, o pluralismo político e a descentralização administrativa, ela estipulava o avanço para o socialismo, o papel dirigente do estado na economia, a irreversibilidade das nacionalizações e a reforma agrária. In Enciclopédia Universal, Texto Editora Normalização democrática Por fim, depois do 25 de Novembro de 1975 e da contenção da ala mais radical do Conselho da Revolução, tinham lugar as primeiras eleições legislativas livres para a Assembleia da República (25 de Abril de 1976), tendo saído vencedor o Partido Socialista, liderado por Mário Soares, um dos protagonistas da oposição ao antigo regime antes de 1974 e ao Partido Comunista durante os anos quentes da revolução. Acabava-se o ciclo dos governos provisórios e entrava-se numa via de normalização democrática. As dificuldades económicas e os problemas sociais iriam caracterizar a vida do novo regime. Mas também a liberdade, tornando-se o 25 de Abril o seu símbolo por excelência. In Enciclopédia Universal, Texto Editora

23 2 Testemunhos De Abril: Um testemunho Naquela madrugada não realizei o que íamos fazer, não dei conta do acto em si... O Cap. Salgueiro Maia convidou-nos a ir para Lisboa fazer um golpe de Estado, era 1:00 hora da madrugada de 25 de Abril de 1974, tínhamos apagado a luz da camarata há coisa de 15 minutos. Era uma linguagem a que não estávamos habituados e pensámos tratar-se de acção psicológica, de mais uma instrução nocturna...contudo achámos que desta vez o nosso comandante de esquadrão estava a ir longe demais. Verdadeiramente só começámos a acreditar no momento em que fizemos fila para receber munições e granadas reais... Alto... qualquer coisa se passa! Todos responderam ao convite, ninguém quis ficar no quartel; com o Cap. Salgueiro Maia iríamos até ao fim do mundo, e medo era coisa que não tínhamos, ou não tivéssemos 20 e poucos anos. Houve momentos de tensão, não posso negar, mas todos juntos e com a ajuda do povo, conseguimos levar a melhor. Não esqueço a coragem daquele homem, em cima dos carros de combate, de megafone na mão. Definitivamente o regime tinha chegado ao fim e, por Deus, de uma forma pacífica. Assistimos à rendição dos membros do Governo que se tinham refugiado no Quartel do Carmo, entre eles o Presidente do Conselho, Prof. Marcelo Caetano. O acolhimento da população foi memorável e o regresso a Santarém quase impossível, com tantas pessoas à nossa passagem. No fim de tudo, dei-me conta que tinha ajudado acabar com o regime que tanto mal fizera ao meu Avô...ironia do destino! Por Francisco de Sousa Mendes 2.2 Testemunho do Poeta Miguel Torga Coimbra, 27 de Abril de 1974 Ocupação das instalações da Pide. Enquanto, juntamente com outros veteranos da oposição ao fascismo, presenciava a fúria de alguns exaltados que reclamavam a chacina dos agentes, acossados lá dentro, e lhes destruíam as viaturas, ia pensando no facto curioso de as vinganças raras vezes serem exercidas pelas efectivas vítimas da repressão. Há nelas um pudor que as não deixa macular o sofrimento. São os outros, os que não sofreram, que se excedem, como se estivessem de má consciência e quisessem alardear um desespero que jamais sentiram. In Diário XII, Miguel Torga

24 3 Sugestões 3.1 Livros SECCO Lincoln, 25 de Abril de 1974: a Revolução dos Cravos SOARES, Mário, Portugal: que Revolução? MATTOSO, José, História de Portugal: o Estado Novo GRANJA, Carlos, MADEIRA, José Luís, 25 de Abril de Fotografias, Lisboa, Livros Horizonte, MESQUITA, Mário, REBELO, José, 25 de Abril nos Media Internacional, Porto, Edições Afrontamento, SARAIVA DE CARVALHO, Otelo, Alvorada em Abril, Lisboa, Editorial Notícias, 1977 SERRA, Afonso Antecedentes Longínquos do 25 de Abril, Porto, Edições ASA, Rádio Clube Português de Abril de 1974, Matos Maia. Aqui Emissora da Liberdade, Lisboa Editorial Caminho. LETRIA, José Jorge, Capitães de Abril, Porto, Âmbar, MAIA, Salgueiro, Capitão de Abril - Histórias da Guerra do Ultramar e do 25 de Abril, Lisboa, Editorial Notícias, SOUSA DUARTE, António, SERAFIM, João Pedro, Confissões do 25 de Abril, Lisboa, Âncora Editora, MAXWELL, Kenneth, Construção da Democracia em Portugal, Lisboa, Presença, Do Estado Novo ao 25 de Abril Revista de História das Ideias nºs 16 e 17, Vários. Coimbra, Instituto de História e Teoria das Ideias, SALVADOR, José A., José Afonso - O Rosto da Utopia, Porto, Edições Afrontamento, AVILLEZ, Maria João, Mário Soares Ditadura e Revolução, Rio de Janeiro, Record, LOURENÇO, Vasco, MFA - Rosto do Povo, Lisboa, Portugália Editora, RODRIGUES, Avelino / BORGA, Cesário / CARDOSO, Mário, Movimento dos Capitães e o 25 de Abril 229 Dias para Derrubar o Fascismo, Lisboa, Moraes Editores, 1974.

25 MOURA, Virgínia, Mulher de Abril Álbum de Memórias, Lisboa, Editorial Avante, AZEVEDO, Cândido de, Mutiladas e Proibidas - História da Censura Literária em Portugal nos Tempos do Estado Novo, Lisboa, Editorial Caminho, CUNHA, Alfredo, LETRIA, José Jorge, O Dia 25 de Abril de Fotografias e um Retrato, Lisboa, Contexto Editora, BANAZOL, Luís Ataíde, Origem do Movimento das Forças Armadas, Lisboa, Prelo Editora, Filmes As Armas e o Povo - (Portugal, 1975), p/b 16/35 mm, 80 min, filme colectivo que retrata a primeira semana de revolução, cobrindo os acontecimentos do 25 de Abril ao 1º de Maio de Cravos de Abril (Portugal, 1976), documentário histórico, p/b e cor 16 mm, 28 min, de Ricardo Costa, retratando os eventos desde o 25 de Abril até ao 1º de Maio. Scenes from the Class Struggle in Portugal - (US/Portugal 1977), 16mm, p/b e cor, 85 min, de Robert Krammer e Philip Spinelli. Capitães de Abril, 1997, ficção de Maria de Medeiros Esteves Vitorino d' Almeida.

26 4 Bibliografia Diciopédia 2009, Porto Editora 5 Sitegrafia

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