CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS COMUNIDADE CHUPANKY E OUTRA. vs. LA ATLANTIS DEMANDA MEMORIAL DOS REPRESENTANTES DAS VÍTIMAS

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1 Equipe nº 102 CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS COMUNIDADE CHUPANKY E OUTRA vs. LA ATLANTIS DEMANDA MEMORIAL DOS REPRESENTANTES DAS VÍTIMAS 2012

2 Equipe nº 102 ÍNDICE: I. ABREVIATURAS UTILIZADAS iv II. ÍNDICE DE JUSTIFICATIVAS II.a. Documentos legais II.b. Jurisprudência vii xiv 1. DOS FATOS p DA ADMISSIBILIDADE p DO MÉRITO p O Estado violou o direito ao reconhecimento da personalidade jurídica (art. 3) em detrimento da comunidade La Loma p O Estado violou os direitos à propriedade (art. 21) em detrimento das comunidades Chupanky e La Loma p Das violações em prejuízo da La Loma (arts. 21, 22 e 5 c/c 1.1 da CADH) p O Estado violou o direito à participação política (art. 23 CADH) das comunidades p O Estado violou o art. 23 c/c 1.1 da CADH em relação à comunidade Chupanky p O Estado discriminou as mulheres da comunidade durante o processo de consulta (art. 23 c/c 1.1 da CADH e art. 7, a da Convenção de Belém do Pará) p Violação do art. 23 c/c 1.1 da CADH em detrimento da comunidade La Loma 3.4. O Estado violou os direitos à proteção contra o trabalho forçado e obrigatório e à integridade pessoal (arts. 6 e 5 da CADH) em prejuízo de membros da Chupanky p. 15

3 Equipe nº Do trabalho forçado infantil (arts. 6 e 5 c/c o arts. 19 e 1.1 da CADH) p Discriminação de gênero no trabalho forçado (arts. 6 e 5 da CADH c/c 7 da Convenção Belém do Pará) em detrimento das mulheres da comunidade Chupanky p O Estado violou os direitos à vida digna, à integridade cultural e ao desenvolvimento progressivo dos DESC (arts. 4, 5 e 26 c/c 1.1 da CADH) em face de ambas comunidades p Direito à vida digna (art. 4 CADH) p Direito à integridade cultural (art. 5 CADH) p Desenvolvimento progressivo dos direitos econômicos, sociais e culturais (art. 26 CADH) p O Estado violou os direitos às garantias judiciais e à proteção judicial (arts. 8 e 25 c/c 1.1 da CADH) em prejuízo das comunidades Chupanky e La Loma p DAS MEDIDAS PROVISÓRIAS p DAS REPARAÇÕES p DOS PEDIDOS p. 30

4 I. ABREVIATURAS UTILIZADAS art./arts. Artigo/Artigos ACHPR Comissão Africana dos Direitos do Homem e dos Povos CADH Convenção Americana sobre os Direitos Humanos CEDH Convenção Européia sobre os Direitos do Homem CDHNU Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas CEDAW Convenção para a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra a Mulher CEPAL CESCR Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe Comitê de direitos econômicos, sociais e culturais da Organização das Nações Unidas CIDH Comissão Interamericana de Direitos Humanos CIM Comissão Interamericana da Mulher Comissão Africana ou CADHP Comissão Africana dos Direitos do Homem e dos Povos Comissão EDH Comissão Européia de Direitos Humanos Comitê DH Comitê de Direitos Humanos da ONU Convenção de Belém do Pará Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher iv

5 Convênio 138 da OIT Convênio n. 138 sobre idade mínima para admissão no emprego da Organização Internacional do Trabalho Convênio 182 da OIT Convênio n. 182 sobre as piores formas de trabalho infantil da Organização Internacional do Trabalho Corte IDH ou Corte Corte Interamericana de Direitos Humanos Corte EDH ou CE Corte Européia de Direitos Humanos DADDH Declaração Americana de Direitos e Deveres do Homem DESC Dire itos econômicos, socia is e cultura is DNUDPI EISA Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas Estudo de Impacto Social e Ambiental OC Opinião Consultiva ONU Organização das Nações Unidas SIPDH Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos ODMNU Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas OIT Organização Internacional do Trabalho Pacto de San Salvador Protocolo Adicional à Convenção em matéria de direitos econômicos, sociais e culturais v

6 PIDESC Pacto Internacional sobre os Direitos Econômicos, Soc iais e Cultura is PDADPI Projeto de Declaração Americana dos Direitos dos Povos Indígenas vi

7 II. ÍNDICE DE JUSTIFICATIVAS II.a. Documentos legais ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS. CIDH. Informe: Derecho de los Pueblos Idígenas y Tribales sobre sus Tierras Ancestrales y Recursos Naturales. Normas y jurisprudencia del Sistema Interamericano de Derechos Humanos, 30 de dezembro de (p. 12). CIDH. Informe: El camino hacia una democracia sustantiva: la participacións políticas de las mujeres em las Américas. OEA/Ser.L/V/II. Doc abril 2011.(p. 13). CIDH. Informe Anual 1999, Consideraciones sobre la compatibilidad de las medidas de acción afirmativa concebidas para promover la participación política de la mujer con los principios de igualdad y no discriminación. (p.8). CIDH. Acceso a la Justicia e Inclusión Social: El camino hacia el fortalecimiento de la Democracia en Bolivia. Doc. OEA/Ser.L/V/II, Doc. 34, 28 de junho de (p. 5). CIDH. Informe El trabajo, la educación y los recursos de las mujeres: La ruta hacia la igualdad en la garantía de los derechos económicos, sociales y culturales. OEA/Ser.L/V/II.143 Doc. 59, 3 noviembre (p. 14 e 19) vii

8 . CIDH. Informe sobre los Derechos de las Mujeres en Chile: La Igualdad en la Familia, el Trabajo y la Política, OEA/Ser.L/V.II.134, 27 de março de (p. 19). CIDH. Resolución sobre Protección especial de las poblaciones indígenas. Acción para combatir el racismo y la discriminación racial. (p. 21). CIDH. Informe La situación de derechos humanos de los pueblos indígenas en las Américas, OEA/Ser.L/V/II.108, Doc. 62, 20 de outubro de (p.25). CIDH. Informe sobre la Situación de Derechos Humanos en Ecuador, OEA.Ser.L/V/II.96.Doc.10 rev.1, 24 de abril de (p. 25). CIDH. Informe Anual sobre os Direitos da Criança, (p. 18). CIDH. Informe Anual, (p. 18). CIDH. Informe Anual (p. 21). CIDH. Relatório Comunidades Cautivas: Situación del pueblo indígena guaraní y formas contemporáneas de esclavitud en el Chaco de Bolivia, (p. 5, 6, 16, 18, 20 e 22).CEPAL. El Aporte de las Mujeres a la Igualdad en América Latina y el Caribe, X Conferencia Regional sobre la Mujer de América Latina y el Caribe, Quito, 6-9 de agosto de (p.19) viii

9 .CIM. Follow up to The XII Inter-American Conference of Ministers of Labour (IACML) Final Document Lines of Action and General Recommendations Adopted at the Follow-up Meeting to the Inter-American Program:Gender and Labour - SEPIA I. Incorporation of gender perspective in regional labor policies. Progress and Proposals de dezembro de (p. 19 e 20). Convenção Americana sobre Direitos Humanos, adotada em 22 de Novembro de (p. 16). Projeto de Declaração Americana sobre o Direito dos Povos Indígenas. (p. 4). Carta Democrática Interamericana. Adotada em 11 de setembro de (p. 13). Protocolo adicional à Convenção Americana sobre Direitos Humanos em Matéria de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, "Protocolo de San Salvador", adotado em 17 de novembro de 1988 (p. 21 e 22). CORTE IDH. Regulamento da Corte Interamericana de Direitos Humanos. LXXXV Período Ordinário de Sessões celebrado de 16 a 28 de novembro de 2009 (p.28). Declaração Americana de Direitos e Deveres do Homem. Resolução XXX, Ata Final, aprovada na IX Conferência Internacional Americana, em Bogotá, em abril ix

10 de (p. 13). Projeto de Declaração Americana sobre Direito dos Povos Indígenas. Aprovado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos em 26 de fevereiro de 1997, em sua sessão,durante o 951 Período Ordinário de Sessões. (p. 23). Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher. ("Convenção de Belém do Pará") (1994). (p. 13 e 20). Convenção Interamericana sobre a Concessão de Direitos Políticos à mulher. (p. 13) ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. Conferência Internacional do Trabalho, 96.a reunião, Informe III (Parte 1B). Estudio general relativo al Convenio sobre el trabajo forzoso, 1930 (núm. 29), y al Convenio sobre la abolición del trabajo forzoso, 1957 (núm. 105); 93 a reunião, Informe I (B). (p. 16). Los Derechos de los Pueblos Indígenas y Tribales en la Práctica Una Guía sobre el Convenio No. 169 de la OIT. Programa para promover el Convenio Núm. 169 de la OIT (PRO 169), Departamento de Normas Internacionales del Trabajo, (p. 5). Desigualdad de género y pobreza en América Latina, (p. 19). Convenção n 169 sobre povos indígenas e tribais em países independentes, (p. 4, 5, 6, 7, 10, 12, 14, 17, 21 e 23) x

11 . Convenção n 182 sobre as piores formas de trabalho infantil, (p. 18 e 19). Convenção n 138 sobre idade mínima para admissão no emprego, (p. 18). Convençãon 29 sobre o trabalho forçado. (p. 16). Convençãon 105 sobre a abolição do trabalho forçado. (p. 16). Recomendação n 146 sobre idade mínima para admissão em empregos (p. 18) ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Recomendação Geral XXIII relativa aos direitos das populações indígenas, A/52/18, (p. 10).Fórum Permanente sobre questões indígenas e os ODMNU. Goal 7: Ensure Environmental Sustainability, (p. 13 e 22).Fórum Permanente sobre questões Indígenas, El trajo forzoso y los pueblos indígenas.informe apresentado pela Relatora Especial Elisa Canqui, Nova York, de maio de (p. 17 e 18). Comitê DESC. Observação Geral 16: La Igualdad de Derechos del Hombre y la Mujer al Disfrute de los Derechos Económicos, Sociales y Culturales (artículo 3 del xi

12 Pacto Internacional de Derechos Económicos, Sociales y Culturales), (p. 13). Comitê DESC, Observação Geral 20, La No Discriminación y los Derechos Económicos, Sociales y Culturales. 2 de julho de (p. 13). Comitê DESC. General Comment No.7 (1997) on the right to adequate housing (Article 11.1): Forced Evictions. (E/1992/23, annex III. Par. 8.a). (p. 9 e 10). Comitê DESC. General Comment No.4. The Right to adequate housing (Art.11(1)). 13 de dezembro de (p. 25). CEDAW. Recomendação Geral nº 21(13º período de sessões, 1994). (p. 14). CEDAW. Recomendação Geral nº 23 (16º período de sessões, 1997). (p. 13). CED. Decisão 2(54), Australia. 18 de março de (p. 7). CDHNU. Comentário Geral No. 27 (p. 10). Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, (p. 4, 6, 16 e 23). Declaração Universal de Direitos Humanos. Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III) da Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de (p. 14 e 16) xii

13 . Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos. Adotado pela XXI Sessão da Assembléia-Geral das Nações Unidas, em 16 de dezembro de (p. 14). Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. Adotada pela Resolução n a (XXI) da Assembléia Geral das Nações Unidas, em 16 de dezembro de (p. 14, 16 e 22). Convenção sobre Erradicação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher. (CEDAW). Adotada em 1979 pela Assembléia Geral das Nações Unidas. (p. 14, 19 e 20).UNESCO. Preambulo da Recomendação sobre Salvaguarda da cultura tradicional. (p. 23). Convenção sobre os Direitos da Criança. Adotada em 20 de novembro de 1989 pela Assembléia Geral das Nações Unidas. (p. 18). Declaração do Rio de Janeiro sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento. Doc. A/CONF.151/26 (1992). (p. 12 e 15).Convenção Suplementar sobre a Abolição da Escravidão e práticas semelhantes que complementou a Convenção sobre a Escravidão de (p. 16) SHELTON, Dinah. Derechos ambientales y obligaciones en el sistema interamericano xiii

14 de derechos humanos. In: Anuario de Derechos Humanos 2010 del Centro de Derechos Humanos de la Facultad de Derecho de la Universidad de Chile. Santiago: Centro de Derechos Humanos de la Facultad de Derecho de la Universidad de Chile, (p. 15) Banco Mundial, Política Operacional 4.01, Anexo A: Definiciones. (p. 12) Carta Social Européia Revisada 1996, na Carta dos Direitos Fundamentais da União Européia. (p. 22) Estatuto de Roma da Corte Internacional Criminal. (p. 16) Servicio Alemán de Cooperación Social Técnica, Familias guaraní empatronadas: análisis de la conflictividad, (p. 19) WEISSBRODT, David y Liga contra la Esclavitud, La abolición de la esclavitud y sus formas contemporáneas, (HR/PUB/02/4), ACNUDH, (p. 16) COLÔMBIA, Corte Constitucional. Sentença SEU-039/97, de 3 de fevereiro de 1997 (Magistrado: Antonio Barrera Carbonell). (p. 29) II.c. Jurisprudência CORTE IDH. Castillo Petruzzi y otros vs. Peru. Sentença de 04 de Setembro de (p. 3) xiv

15 . Cesti Hurtado vs. Perú. Sentença de 26 de Janeiro de (p. 3). Comunidade Indígena Yakye Axa vs. Paraguay. Sentença de 17 de junho de (p. 4, 7, 8, 21, 22, 24, 26, 27, 29 e 30). Pueblo Saramaka vs. Paraguay. Sentença de 28 de novembro de (p. 4, 6, 7, 8, 10, 11, 12, 26 e 27). Loayza Tamayo vs. Perú. Sentença de 31 de janeiro de (p. 4 e 27). Tribunal Constitucional vs. Perú. Sentença de 24 de Setembro de (p. 4 e 26). Comunidad Indígena Sawhoyamaxa vs. Paraguai. Sentença de 29 de março de (p. 7, 10, 22, 24 e 26). Comunidad Indígena Xákmok Kasek vs. Paraguai. Sentença de 24 de agosto de (p. 4, 5, 10, 21 e 24). Yatama vs. Nicaragua. Sentença de 23 de junho de (p. 13 e 14). Comunidad Indígena Moiwana vs. Surinam. Sentença de 15 de junho de (p. 5, 9 e 10). Comunidad Mayagna (Sumo) Awas Tingni vs. Nicaragua. Sentença de 31 de xv

16 agosto de (p. 7). Comunidad Mayagna (Sumo) Awas Tingni vs. Nicaragua. Sentença de 11 de agosto de (p. 7 e 28). Ricardo Canese vs. Paraguay. Sentença de 31 de agosto de (p. 8 e 10). Herrera Ulloa vs. Costa Rica. Sentença de 2 de julho de (p. 8). Ivcher Bronstein vs. Perú. Sentença de 6 de fevereiro de (p. 8 e 26). Masacre de Mapiripán vs. Colombia. Sentença de 15 de Setembro de (p. 10 e 18). Masacres de Ituango vs. Colombia. Sentença de 1 de julho de (p. 17). Velásquez Rodríguez vs. Honduras. Sentença de 29 de julho de (p. 17, 18, 26 e 27). Rosendo Cantú y otras vs. México. Sentença de 31 de Agosto de (p. 14 e 18). Servellón García Vs. Honduras. Sentença de 21 de setembro de (p. 18). Chitay Nech y otros vs. Guatemala. Sentença de 25 de maio de (p. 18 e xvi

17 29). Ríos y Otros vs. Venezuela. Sentença de 28 de janeiro de 2009 (p. 20). Perozo y otros vs. Venezuela. Sentença de 28 de janeiro de 2009 (p. 20). Masacre de Las Dos Erres vs. Guatemala. Sentença de 24 de novembro de (p. 18, 29 e 30). González y otras ( Campo Algodonero ) vs. México. Sentença de 16 de novembro de (p. 17, 19, 20, 25 e 26). Niños de la Calle (Villagrán Morales y otros). Sentença de 11 de setembro de (p. 3). Niños de la Calle (Villagrán Morales y otros). Sentença de 19 de novembro de (p. 21, 22 e 30). Penal Castro Castro vs. Peru. Sentença de 25 de novembro de (p. 20 e 21). Montero Aranguren y otros (Retén de Catia) vs. Venezuela. Sentença de 5 de julho de (p. 21). Escué Zapata v. Colombia. Sentença de 4 de julho de 2007 (p. 21) xvii

18 . Baldeón García vs. Perú. Sentença de 6 de abril de (p. 21). Anzualdo Castro vs. Perú. Sentença de 22 de abril de (p. 19 e 23). Anzualdo Castro vs. Perú. Sentença de 22 de abril de 2009 (p. 26). Cinco Pensionistas vs. Perú. Sentença de 28 de fevereiro de (p. 26). Godínez Cruz vs. Honduras. Sentença de 20 de janeiro de (p. 26 e 27). Baena Ricardo y otros vs. Panamá. Sentença de 2 de fevereiro de (p. 26 e 27). Barrios Altos vs. Perú. Sentença de 14 de março de (p. 26). Fairén Garbi y Solís Corrales vs. Honduras. Sentença de 26 de junho de (p. 27). Genir Lacayo vs. Nicaragua. Sentença de 29 de janeiro de (p. 25). Valle Jaramillo y otros vs. Colombia. Sentença de 27 de novembro de (p. 25 e 26). Tiu Tojín vs. Guatemala. Sentença de 26 de novembro de 2008, par. 96. (p. 26) xviii

19 . Caesar vs. Trinidad y Tobago. Sentença de 11 de março de (p. 29). Huilca Tecse vs. Perú. Sentença de 3 de março de (p. 29).Lopez Mendoza vs. Venezuela. Sentença 1 de setembro de (p. 27). Aloeboetoe y otros vs. Suriname. Sentença de 10 de setembro de (p. 29). Bámaca Velásquez vs. Guatemala. Sentença de 22 de fevereiro de (p. 29). Carpio Nicolle y otros vs. Guatemala. Sentença de 22 de novembro de (p. 30). Hermanas Serrano Cruz vs. El Salvador. Sentença de 01 de março de (p. 29 e 30). Masacre Plan de Sánchez vs. Guatemala. Sentença de 19 de novembro de (p. 4, 7 e 30). Claude Reyes y otros v. Chile. Sentença de 19 de setembro de (p. 15). Kawas Fernández vs. Honduras. Sentença de 3 de abril de (p. 25) xix

20 . Garibaldi vs. Brasil. Sentença de 23 de setembro de (p. 25). OC-18/03 Condición Jurídica y Derechos de los Migrantes Indocumentados. 17 de setembro de (p. 8). OC-9/87 Opinião Consultiva OC-9/87 Garantías Judiciales en Estados de Emergencia (arts. 27.2, 25 y 8 Convención Americana sobre Derechos Humanos). 6 de outubro de (p. 26). OC-17/02 Condición Jurídica y Derechos Humanos del Niño. 28 de agosto de (p. 18). Pueblo Indígena de Sarayaku vs. Ecuador. Resolução de 17 de junho de (p. 28). Cuatro Comunidades Indígenas Ngöbe y sus miembros vs. Panamá. Resolução de 28 de maio de (p. 28). Asunto Belfort Istúriz y otros vs. Venezuela. Resolução de 15 de abril de (p. 28). Asunto Giraldo Cardona y otros vs. Colombia. Resolução de 2 de fevereiro de (p. 28) CIDH. Mary y Carrie Dann (Estados Unidos), 27 de dezembro de (p. 7 e 20) xx

21 . Comunidades Indígenas Mayas do Distrito de Toledo Belice. Decisão de 12 de outubro de (p. 12). Pueblo Yanomami vs. Brasil, Informe 12/85. Decisão de 5 de março de (p. 26). Norín Catriman y otros (Lonkos, dirigentes y activistas del pueblo indígena Mapuche) vs. Chile. Decisão de 7 de agosto de (p. 20). Martín Pelicó Coxic vs. Guatemala. Decisão de 15 de outubro de (p. 26). MC-Comunidades Indígenas da Bacia do Rio Xingu vs. Brasil. (p. 28) CORTE EDH. Taskin and others vs. Turquia. Sentença de 30 de março de (p. 24). Motta vs. Italy. Decisão de 19 de fevereiro de (p. 25). Ruiz Mateos vs. Spain Decisão de 23 de junho de (p. 25). Van der Mussele v. Belgica. Sentença de 23 de novembro de 1983 (p. 16). Siliadin vs. França. Sentença de 26 de Julho de (p.16). Stummer v. Austria. Sentença de 7 de julho de 2011, pars (p.16) xxi

22 . Graziani v. Austria. Sentença de 18 de outrubro de 2011 (p. 16). Van Raalte v. the Netherlands. Sentença de 21 de fevereiro de 1997 (p. 20). Willis vs. the United Kingdom. Sentença de 11 de junho de 2002 (p. 20). Okpisz vs. Germany. Sentença de 25 de outubro de 2005 (p. 20). Oršuš and Others vs. Croatia. Sentença de 16 de março de 2010 (p. 20) ACHPR. Caso Ogoni vs. Nigéria. Publicado em: International and Comparative Law Quarterly, vol. 52, July 2003, pp (p. 7). The Social and Economic Rights Action Center and the Center for Economic and Social Rights v. Nigéria, (p. 24) CDPC. Ilmari v. Finlândia. Decisão de 8 de novembro de (p. 15) xxii

23 Senhor Presidente da Honorável Corte Interamericana de Direitos Humanos, Os representantes das vítimas, em conformidade com o artigo 25 do Regulamento da Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH ou Corte), vêm, por meio desta, apresentar as razões de fato e de direito perante a Corte a fim de que seja declarada a responsabilidade internacional do Estado de La Atlantis ( Estado ou La Atlantis ) pela violação dos direitos à vida (art. 4); à integridade pessoal (art. 5), às garantias judiciais (art. 8), à propriedade (art. 21), à participação política (art. 23), à proteção judicial (art. 25) e ao desenvolvimento progressivo dos direitos econômicos, sociais e culturais ( DESC ) (art. 26), em detrimento das comunidades Chupanky e La Loma, todos relacionados com os arts. 1.1 da Convenção Americana sobre Direitos Humanos ( CADH ). Assim como o direito à proibição do trabalho forçado e obrigatório (art. 6) em relação aos membros da Chupanky, dos direitos da criança (art. 19) daqueles membros menores de 18 anos que sofreram trabalho infantil, e que seja declarada a violação das obrigações da Convenção de Belém do Pará (art. 7) em relação às mulheres integrantes da comunidade Chupanky. Além disso, o direito ao reconhecimento da personalidade jurídica (art. 3) e de livre circulação e residência (art. 22) em relação à comunidade La Loma. Por fim, com fundamento no art da CADH e no art. 27 do Regulamento da Corte IDH, solicitar-se-á a adoção de medidas provisórias em favor das comunidades, assim como as devidas medidas de reparação. 1. DOS FATOS La Atla ntis é um pa ís Latino-Americano que possui selva tropical com vasta diversidade biológica. Nesta região, a mais pobre do país, o Estado pretende construir a Usina Hidroelétrica Cisne Negro, com a empresa Turbo Water (TW), utilizando o rio Motompalmo. Na área escolhida para a implementação do projeto vivem as comunidades Chupanky e La Loma. A primeira é uma comunidade indígena do povo Rapstan. Ocupa tradicionalmente terras às margens do rio, que considera sagrado, e tem se regido por costumes, tradições, 1

24 idioma e organização próprios. Já a comunidade La Loma, formou-se nos anos 80 em consequência de uma política de miscigenação do governo. As mulheres indígenas envolvidas nos casamentos mestiços foram expulsas de suas comunidades, formando sua própria, preservando muitas tradições ligadas à terra e ao rio. O Estado a reconheceu como camponesa, apesar da controvérsia quanto à identidade dos grupos envolvidos nesta política. A maior parte dos integrantes de La Loma repudiou a oferta do Estado de terras alternativas devido à ligação cultural com o rio Motompalmo. O Estado ordenou a ocupação imediata dos terrenos alojando seus residentes em acampamentos provisórios em condições de pobreza. Os integrantes manifestaram a vontade de retornar ao território de origem. Membros insatisfe itos de La Loma reclamaram o direito à propriedade no juízo civil, mas este entendeu não haver na hipótese titularidade de direitos próprios de comunidades indígenas e tribais. A comunidade Chupanky foi consultada sobre a obra, através da criação do Comitê Inter- Setorial ( Comitê ). A consulta, no entanto, foi feita apenas às autoridades da comunidade e aos homens chefes de família, e os Estudos de Impactos Sociais e Ambientais (EISA) não foram fornecidos nesta fase. Na quarta reunião, que contou com intérpretes da língua Rapstaní, aprovou-se a primeira fase do projeto e sua continuação. Os empregos e a remuneração oferecidos eram distintos para homens e mulheres. Após o início das obras, a jornada de trabalho dos homens foi aumentada, contrariando o contrato de trabalho. Além disso, por falta de equipamentos adequados, trabalhadores ficaram incapacitados. Foi também observada pela comunidade a alteração da pesca na área. Ambas as comunidades denunciaram as irregularidades cometidas pela empresa TW perante a Comissão de Energia e Desenvolvimento ( CED ) e o Ministério do Meio Ambiente e Recursos Naturais ( MARN ), mas não tiveram mais respostas. Por essas razões, a comunidade Chupanky se opôs a implementação das próximas fases do projeto. A TW aumentou o nível de exigência dos trabalhadores indígenas e ameaçou 2

25 removê-los de suas terras prematuramente. A comunidade interpôs recursos administrativos e judiciários que foram rejeitados e reafirmaram a política do Estado. Em 26 de maio de 2010 as comunidades apresentaram uma petição perante a CIDH alegando a violação dos art. 4.1, 5.1, 6.2, 21, 23, 8, 25 e 26 da CADH e as obrigações da Convenção de Belém do Pará em prejuízo das comunidades Chupanky e La Loma, solicitando reparações que contemplassem as perspectivas indígena e de gênero. A CIDH considerou violados os art. 1.1, 4.1, 5.1, 6.2, 21 e 25 da CADH em face da comunidade Chupanky, e 5.1, 21 e 25 quanto à comunidade La Loma. A CIDH solicitou ao Estado medidas de reparação integral em favor de ambas e a adoção de medidas cautelares, a fim de suspender a obra enquanto não fosse resolvido o caso. Frente ao descumprimento do Estado, a CIDH apresentou o presente caso perante a Corte IDH e solicitou a adoção de medidas provisórias. 2. DA ADMISSIBILIDADE O Estado de La Atlantis ratificou os principais instrumentos regionais e universais de direitos humanos em 1994 e reconheceu a competência contenciosa da Corte IDH em 1 de janeiro de Assim, a Corte é competente (i) ratione temporis para analisar violações cometidas a partir de janeiro de 1995; (ii) ratione materiae para analisar fatos ocorridos no âmbito interno do Estado e determinar a existência de violações de direitos previstos na CADH e na Convenção de Belém do Pará; 1 e (iii) ratione personae, considerando como vítimas os membros de ambas as comunidades Chupanky e La Loma assim como as próprias comunidades. 2 Nesse sentido, não se faz necessária a nomeação individual das vítimas, considerando o caráter coletivo de seus direitos, a fim de reconhecer toda a comunidade como parte lesionada. 3 Assim, nos termos do art da CADH, a Corte IDH é competente 1 CORTE IDH. Villagrán Morales vs. Guatemala. Exceções Preliminares de 11 de Setembro de 1997, par. 17; Castillo Petruzzi y otros vs. Peru. Sentença de 04 de Setembro de 1988, par. 102; Cesti Hurtado vs. Perú. Sentença de 26 de Janeiro de 1999, par CORTE IDH. Massacre Plan de Sanchez vs. Guatemala. Sentença de 29 de abril de 2004, par. 86; Comunidade Indígena Yakye Axa vs. Paraguay. Sentença de 17 de junho de 2005, par CORTE IDH. Pueblo Saramaka vs. Paraguay. Sentença de 28 de novembro de 2007, par

26 para analisar o presente caso DO MÉRITO A crescente necessidade de geração de energia elétrica por meio de novas formas que sejam compatíveis com a também necessária preservação do meio ambiente vem levando muitos países a criarem e incentivarem a implementação de projetos de desenvolvimento em seus territórios. Entretanto, esta necessidade tem gerado conflitos entre a importância econômica e social de tais projetos e os direitos dos povos e indivíduos que se localizam nas áreas por eles afetadas e que geralmente são prejudicados. Tal conflito se intensifica quando empresas e Estados pretendem desenvolver estes projetos em terras tradicionais de comunidades indígenas e tribais. Internacionalmente, tem se reconhecido, através de instrumentos específicos e pelo entendimento desta Corte, 5 que os direitos destes povos devem incorporar os valores e a cosmovisão que os diferencia da maioria da comunidade nacional, especialmente pela relação espiritual que guardam com seu território. Dessa forma, o presente caso representa uma oportunidade para que esta Corte se manifeste no sentido de assegurar a especial proteção e interpretação dos direitos de povos indígenas e tribais, além de se pronunciar, acerca de questões ainda pouco abordadas no SIPDH, como a autonomia do direito à integridade cultural e a consideração da própria comunidade como vítima da violação de direitos comunitários. 3.1 O Estado violou o direito ao reconhecimento da personalidade jurídica (art. 3) em detrimento da comunidade La Loma O Estado violou o art. 3 da CADH em detrimento à comunidade La Loma uma vez que outorgou-lhe, através dos Decretos de 1985, o título de camponesa apesar de se tratar, de fato, de uma comunidade tribal. 4 CORTE IDH. Loayza Tamayo vs. Perú. Sentença de 31 de janeiro de 1996, par. 21; Tribunal Constitucional vs. Perú. Sentença de 24 de Setembro de 1999, par. 32, 33 e OIT. Convenção 169 sobre Direito dos Povos Indígenas e Tribais; ONU. Declaração sobre Direitos dos Povos Indígenas; Projeto de Declaração Americana sobre Direito dos Povos Indígenas; CORTE IDH. Comunidad Indígena Xákmok Kásek vs. Paraguai. Sentença de 24 de agosto de

27 La Loma formou-se como consequência da política racista e discriminatória de assimilação de grupos indígenas, adotada pelo Estado nos anos 80, que gerou casamentos mestiços e conflitos entre comunidades. Apesar da política de assimilação, manteve muitas das tradições do povo Rapstan estritamente ligadas ao território e ao rio. Assim, preenche os dois critérios elementares para a caracterização de um povo como tribal, segundo o entendimento desta Corte no caso Moiwana, por manter costumes semelhantes aos de povos indígenas, que os diferenciam dos demais setores da sociedade e por possuir relação especial com a terra tradicional. 6 Posteriormente, a Corte, no caso Saramaka, definiu um terceiro critério, também previsto pela Convenção 169 da OIT 7 ; a autoidentificação do povo e de seus integrantes como indígenas ou tribais, o qual é também preenchido no presente caso. A autoidentificação de La Loma como comunidade tradicional é evidente tendo em vista que buscou internamente a efetividade de seus direitos especiais como o direito à consulta, à realização de EISA e a divisão dos benefícios. Frisa-se que, ainda que existam distinções conceituais, comunidades indígenas e tribais são titulares da mesma proteção. 8 Cabe ressaltar ainda o entendimento da CIDH de que o fato da comunidade ter como meio de subsistência atividades econômicas tipicamente camponesas não é causa excludente de sua natureza tradicional. 9 Apesar de alguns países utilizarem comumente o termo camponês para, internamente, referirem-se a comunidades indígenas e tribais, a CIDH frisa que povos tradicionais podem exercer o campesinato como atividade econômica sem se confundirem com grupos camponeses não indígenas, exatamente pela característica essencial dos povos de 6 CORTE IDH. Comunidad Indígena Moiwana vs. Surinam. Sentença de 15 de junho de 2005, pars OIT. Convênio 169. Art OIT. Convênio 169, art. 1.2; Los Derechos de los Pueblos Indígenas y Tribales en la Práctica Una Guía sobre el Convenio No. 169 de la OIT. pág. 9; CIDH, Acceso a la Justicia e Inclusión Social: El camino hacia el fortalecimiento de la Democracia en Bolivia. 28 de junio de 2007, par. 217; Corte IDH. Caso de la Comunidad Indígena Xákmok Kásek vs. Paraguay, par CIDH. Relatório Comunidades Cautivas: Situación del pueblo indígena guaraní y formas contemporáneas de esclavitud en el Chaco de Bolivia (2009), par

28 tradicionais, qual seja, a relação espiritual com o território. 10 Nesse sentido, não cabe o possível argumento por parte do Estado de que a comunidade teria tacitamente renunciado sua natureza tradicional por ter aceitado os subsídios para a realização de atividades de subsistência; ressalta-se que a comunidade nunca deixou de exercer suas atividades culturais e espirituais ligadas à terra e ao rio e, portanto, a aceitação dos subsídios apenas reitera a situação de pobreza e vulnerabilidade em que a comunidade se encontrava, evidenciando a ausência do Estado na região e, especificamente, a ausência de uma proteção especial aos povos tradicionais, vítimas do presente caso. No já mencionado caso Saramaka, a Corte afirma a importância do reconhecimento da personalidade jurídica das comunidades tradicionais, para que sejam capazes de buscar internamente seus direitos especiais a partir de uma concepção coletiva, essencial para a proteção de sua cosmovisão. 11 Nesse sentido, resta claro que o Estado, ao outorgar o título de camponesa à comunidade La Loma, apesar de suas características específicas de um povo tribal, violou o art. 3 da CADH e, consequentemente, privou-a da proteção especial 12 por parte do Estado. 3.2 O Estado violou os direitos à propriedade (art. 21) em detrimento das comunidades Chupanky e La Loma O Estado violou o direito à propriedade comunitária das comunidades, considerado parte do jus cogens pelo SIPDH, 13 na medida em que implementou o projeto Cisne Negro sem respeitar os critérios de restrição da propriedade de povos indígenas e tribais. O direito à propriedade tradicional, além de estar previsto de maneira geral na CADH, sido protegido pela Corte como forma de garantia da sobrevivência física e cultural das 14 tem 10 CIDH. Relatório Comunidades Cautivas: Situación del pueblo indígena guaraní y formas contemporáneas de esclavitud en el Chaco de Bolivia (2009), par CORTE IDH. Pueblo Saramaka vs. Surinam. Op.Cit. pars OIT. Convênio 169 e UNDRIP. 13 CORTE IDH. Comunidad Mayagna (Sumo) Awas Tingni Vs. Nicaragua. Sentença de 31 de agosto de 2001, par. 140(d). 14 CORTE IDH. Pueblo Saramaka vs. Surinam. Op.Cit. Par

29 comunidades indígenas e tribais. 15 Destaca-se que o direito à propriedade comunitária não é meramente uma questão de posse e produção, 16 mas também base fundamental para o desenvolvimento da cultura, da vida espiritual, integridade e sobrevivência econômica da comunidade, 17 com significado coletivo 18, que deve ser preservado como legado cultural para as gerações futuras. 19 Os recursos naturais e todos os locais utilizados pela comunidade para realização de atividades tradicionais e para desenvolvimento normal de seus modos de vida, como o rio Motompalmo, fazem parte da propriedade comunitária 20 e devem ser protegidos. 21 O Estado não cumpriu os requisitos estabelecidos pela Corte para restrição da propriedade comunitária, que são: i) a restrição deve ser necessária ii); deve constituir fim legítimo em uma sociedade democrática; iii) deve ser proporcional e; iv) estar prevista em lei. 22 Quanto ao primeiro requisito, reconhece-se a necessidade de produção do projeto, considerando o contexto do país, ou seja, a escassez crônica de energia e os problemas econômicos e sociais dela derivados. Quanto ao segundo requisito, é evidente que o objetivo de se gerar energia em um Estado em desenvolvimento é legítimo. Entretanto, tal legitimidade é estritamente relacionada com o respeito aos demais direitos e garantias das comunidades e indivíduos afetados pelo projeto. 23 o que não ocorreu no presente caso. Tampouco foi cumprido o terceiro requisito, posto que a restrição não foi proporcional; o Estado não demonstrou ter 15 CORTE IDH. Pueblo Saramaka vs. Surinam. Op.Cit. Par CORTE IDH. Pueblo Saramaka vs. Suriname. Op.Cit par CORTE IDH. Comunidad Indígena Sawhoyamaxa vs. Paraguay. Op.Cit. par. 113(a); Comunidad Mayagna (Sumo) Awas Tingni, Op.Cit. Par CORTE IDH. Comunidad Mayagna (Sumo) Awas Tingni vs. Nicarágua. Sentença de 11 de agosto de 2001, par CORTE IDH. Comunidad Mayagna (Sumo) Awas Tingni Vs. Nicaragua. Op.Cit. par. 149; Comunidad Indígena Yakye Axa vs. Paraguay. Op.Cit. par. 124, 131; Masacre Plan de Sánchez Vs. Guatemala. Op.Cit. par 85.; CIDH. Caso Mary y Carrie Dann (Estados Unidos), 27 de dezembro de 2002, par. 130; CERD. Decisão 2(54) sobre Australia, par CORTE IDH. Comunidad Indígena Yakye Axa vs. Paraguay. Op.Cit. par. 124 e 154; Comunidad Mayagna (Sumo) Awas Tingni Vs. Nicaragua. Op.Cit. Par. 140(f) e 109; Pueblo Saramaka. Vs. Suriname; Op.Cit. Par. 121 e 122. Comunidad Indígena Sawhoyamaxa Vs. Paraguay. Op.Cit. Par. 118 e OIT. Convênio 169, art CORTE IDH. Comunidad Indígena Yakye Axa vs. Paraguay. Op.Cit. par. 144; Pueblo Saramaka vs. Surinam. Op.Cit. par CORTE IDH. Pueblo Saramaka vs. Suriname. Op.Cit. Par. 129; CADHP. Ogoni vs. Nigéria. 7

30 tomado todas as medidas para que a restrição dos direitos dos povos afetados pela implementação do projeto fossem a mínima possível. Isto fica evidente, tendo em vista que os únicos estudos prévios às consultas foram de viabilidade, os quais apenas contaram com as características geográficas da região Chupuncué, sem considerar as necessidades especia is das comunidades afetadas pelo projeto, devido a sua relação espiritual com a terra. No mesmo sentido, frisa-se que não houve quaisquer estudos prévios que visassem a restringir e a minimizar os danos do projeto que, até o presente momento, já causou alterações no meio ambiente prejudiciais à pesca. 24 Além disso, La Atlantis possui outras importantes bacias fluviais importantes, onde um empreendimento da dimensão de uma hidroelétrica talvez não gerasse impactos sócio-ambientais tão profundos. 25 Por fim, não há previsão legal interna em La Atlantis que regule a restrição da propriedade comunitária tradicional, configurando o descumprimento do quarto requisito. Resta claro, portanto, que o direito à propriedade comunitária de ambas as comunidades foi violado pelo Estado de La Atlantis pelo não cumprimento dos requisitos supracitados Das violações em prejuízo da La Loma (arts. 21, 22 e 5 c/c 1.1 da CADH) O Estado violou de forma específica os direitos territoriais de La Loma, em primeiro lugar, por não ter reconhecido a importância da relação com a terra para o desenvolvimento desta comunidade. Esta premissa gerou a violação sistemática dos direitos deste povo, que foi expulso de suas terras tradicionais, através de uma evicção forçada, e realocado em um alojamento provisório, contra a sua vontade. A relação da comunidade La Loma com o rio espelha a tradição indígena, preservada pelas mulheres deste povo que outrora pertenceram ao povo Rapstan, antes da política de 24 CORTE IDH. Comunidad Indígena Yakye Axa Vs. Paraguay. Sentença de 17 de junho de 2005, par. 145; Ricardo Canese vs. Paraguay. Sentença de 31 de agosto de 2004, par. 96; Herrera Ulloa vs. Costa Rica. Op.Cit. par. 127; Ivcher Bronstein vs. Perú. Op.Cit. par CORTE IDH. Comunidad Indígena Yakye Axa vs. Paraguay. Op.Cit. par. 145; Ricardo Canese vs. Paraguay. Sentença de 31 de agosto de 2004, par. 96; Herrera Ulloa vs. Costa Rica. Sentença de 2 de julho de 2004, par. 127; Ivcher Bronstein Vs. Perú. Sentencia de 6 de fevereiro de 2001, par

31 assimilação perpetrada pelo Estado. Grande parte desta cultura continuou sendo desenvolvida pela comunidade e, por isso, a relação com a terra continua exercendo papel fundamental para os costumes e para a cultura de La Loma. A Corte já afirmou que o afastamento de uma comunidade tribal de suas terras tradicionais, compromete radicalmente seu modo de vida e o desenvolvimento de sua identidade cultural. 26 Ainda assim, La Atlantis retirou forçosamente o povo de seu território a fim de implementar o Projeto Cisne Negro, sem cumprir as garantias necessárias para exploração das terras tradicionais. 27 Segundo o Comitê DESC, a evicção forçada se caracteriza pela remoção permanente, contra a vontade das comunidades, de suas casas, sem a previsão de, ou acesso a formas apropriadas de proteção legal ou de outra natureza, que estejam de acordo com as previsões de Tratados Internacionais de Direitos Humanos. 28 Assim, é clara a configuração da evicção forçada no presente caso, tendo em vista que os procedimentos utilizados pelo Estado para realizar a expropriação não estavam em consonância com os direitos consagrados pela CADH, posto que não consideraram o caráter especial da comunidade La Loma e, por isso, não tomaram medidas específicas para salvaguardar sua especial relação com seu território e com o rio Motompalmo. Destaca-se que o reassentamento da comunidade no acampamento é provisório, porém a remoção é permanente, já que o terreno será utilizado para a hidroelétrica. O Comitê DESC garante a todos a proteção legal contra a evicção forçada 29 e compreende ser esta causadora de danos psicológicos e traumas profundos àqueles que com ela sofrem. Assim, caracteriza-se também a violação da integridade psíquica dos membros da comunidade que foram removidos para o alojamento provisório, 30 de forma que o Estado violou o art. 5 da CADH. 26 CORTE IDH. Comunidad Moiwana vs. Surinam. Op.Cit. Par. 131 e CORTE IDH. Pueblo Saramaka vs. Surinam. Op.Cit. par ONU. Comitê DESC. General Comment No.7 (1997) on the right to adequate housing (Article 11.1): Forced Evictions, par. 8.a. 29 ONU. Comitê DESC. General Comment No.7 (1997) on the right to adequate housing (Article 11.1): Forced Evictions. Anexo III, par ONU. Comitê DESC. Comentário Geral No. 7 (1997) sobre direito à moradia adequada (art. 11.1): Evicção Forçada, p

32 Por fim, o art. 22 da CADH também foi violado por La Atlantis, uma vez que essa Corte entende, assim como a ONU, que o direito de livre circulação e residência consiste no direito de escolher o seu lugar de residência. 31 Desta forma, o Estado violou este direito ao realizar a evicção forçada, não permitindo que a comunidade permanecesse vivendo em suas terras tradicionais, o que se agrava por se tratar de uma comunidade tribal. Caracteriza-se, dessa forma, a violação dos arts. 21, 5 e 22 c/c 1.1 da CADH em detrimento desta comunidade, na medida em que não foi reconhecida a sua especial relação com a terra originalmente ocupada e, portanto, não foram cumpridas as exigências para que a restrição de suas terras se desse de maneira a respeitar seus direitos como comunidade tribal O Estado violou o direito à participação política (art. 23 CADH) das comunidades La Atlantis violou o direito à participação política em prejuízo das comunidades, na medida em que, quanto à Chupanky, o processo de consulta não seguiu os parâmetros internacionais determinados pelos instrumentos de interpretação da CADH e definidos pela jurisprudência da Corte IDH, e quanto à La Loma, sequer houve a instalação de qualquer processo de consulta e de informações. O direito à participação no processo de consulta, além de constituir uma das garantias para a restrição do direito à propriedade comunitária, paralelo ao dever de cumprir os 4 já mencionados requisitos para tal restrição, como já definido por essa Corte, 32 é também um direito autônomo dos indivíduos 33. No campo de proteção de direitos de povos indígenas e tribais, os direitos políticos se traduzem na realização, por parte do Estado, de consultas prévias, livres e informadas, para obter o consentimento das comunidades afetadas. 31 CORTE IDH. Masacre de Mapiripán vs. Colombia. Sentença de 15 de Setembro de 2005, par. 168; Comunidad Moiwana, Op.Cit. Par. 110; Ricardo Canese. Op.Cit. par. 115; CDHNU. Comentário Geral No. 27. Par CORTE IDH. Comunidad Indígena Yakye Axa vs. Paraguay.Op.Cit. par. 151; Pueblo Saramaka vs. Paraguay. Op.Cit. par. 129; Comunidad Indígena Sawhoyamaxa vs. Paraguai. Sentença de 29 de março de 2006, par. 135; Comunidad Indígena Xákmok vs. Paraguai. Sentença de 24 de agosto de 2010, par. 157; OIT. Convenção 169 sobre direito dos povos indígenas e tribais. Art. 6 o. Recomendação Geral XXIII relativa aos direitos das populações indígenas, A/52/18, CADH Art

33 O Estado violou o art. 23 c/c 1.1 da CADH em relação à comunidade Chupanky O Estado violou o art. 23, pois não forneceu informações suficientes, ao não realizar o EISA, durante as reuniões nas quais a comunidade aprovou a primeira fase do projeto e sua continuidade, resultando na ausência de informações suficientemente detalhadas à comunidade e, portanto, viciando a sua manifestação de consentimento. A Corte determina requisitos a serem atendidos pelo processo de consulta a comunidades indígenas e tribais: i) ser de boa-fé; ii) ser prévio; iii) as comunidades serem devidamente informadas; e iv) ser realizado com o intuito de se chegar a um acordo. 34 Primeiramente, o Estado não agiu de boa-fé, tendo em vista a ausência das demais garantias para que a consulta fosse considerada válida e a qual, por sua vez, apenas teve início por conta da pressão de órgãos internos e internacionais de proteção dos direitos dos povos indígenas e tribais. Além disso, o Estado também descumpriu o primeiro requisito, posto que a consulta não foi prévia, pois não foi realizada antes da concessão de exploração das terras tradicionais ou do início do projeto de geração de energia. 35 O Estado iniciou o processo de consulta apenas em novembro de 2007, mais de dois anos após ter autorizado a concessão à empresa TW. Isto demonstra que o processo foi realizado em tempo inoportuno, por não ter ocorrido antes da concessão. Em relação ao terceiro ite m, as informações fornecidas pelo Estado, através do EISA, devem conter dados acerca dos possíveis danos ao meio ambiente e à estrutura social das comunidades. 36 Todavia, La Atlantis realizou o processo de consulta sem fornecer qualquer dado relativo ao EISA, que só foi iniciado em fevereiro de 2008, após o consentimento da comunidade, ocorrido em dezembro de Destaca-se ainda que o EISA contou apenas com a participação de peritos. O Estado desrespeitou, assim, os parâmetros internacionais que determinam ser essencial a participação das comunidades na produção do EISA, para que possam avaliar as possíveis repercussões ambientais do projeto, avaliar 34 CORTE IDH. Pueblo Saramaka vs. Surinam. Op.Cit. par Idem. 36 Idem. 11

34 alternativas e estabelecer medidas apropriadas de mitigação, gestão e seguimento. 37 Além disso, os estudos, quando finalmente fornecidos à comunidade, não tinham sido traduzidos para a língua oficial Rapstaní, o que resulta na permanente ausência de informações acerca dos danos inerentes ao projeto. Cabe ressaltar ainda que o processo de consultas apenas contou com tradutores para a língua oficial Rapstaní na última reunião e não durante todo o processo. Assim, o Estado não cumpriu os requisitos do processo de consulta o que torna inválido o consentimento outorgado anteriormente pela comunidade para a continuação das obras, descumprindo, portanto, o último dos requisitos para a consulta válida O Estado discriminou as mulheres da comunidade durante o processo de consulta (art. 23 c/c 1.1 da CADH e art. 7, a da Convenção de Belém do Pará) O Estado não permitiu a participação das mulheres interessadas da comunidade Chupanky durante o processo de consulta, restringindo-a apenas às autoridades e aos homens chefes de família, o que implicou discriminação baseada em gênero. Ainda assim, as mulheres, através do grupo Guerreiras do Arco-Íris, pleitearam os seus direitos, que foram negados novamente pelo Estado, conforme será abordado posteriormente. É devido, inicialmente, ressaltar que La Atlantis desrespeitou os principais tratados internacionais de direitos humanos que reconhecem a igualdade de gênero no gozo do direito à participação política 39, considerado direito fundamental, 40 uma vez que tal igualdade não foi garantida pelo Estado às mulheres indígenas. 37 CIDH. Derecho de los Pueblos Indígenas y Tribales sobre sus Tierras Ancestrales y Recursos Naturales. Normas y jurisprudencia del Sistema Interamericano de Derechos Humanos, par ; OIT. Convenio 169, artículo 7.3; Banco Mundial, Política Operacional 4.01, Anexo A: Definiciones, par. 2; ONU. Declaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, princípio CORTE IDH. Pueblo Saramaka vs. Surinam. Sentença de 12 de agosto de 2008, par CIDH. Informe: El camino hacia una democracia sustantiva: la participacións políticas de las mujeres em las Américas. 18 abril 2011, par. 7; Carta Democrática Interamericana. Arts. 4 e 9; Declaração Americana de Direitos e Deveres do Homem. Art. II; Convenção Interamericana para Previnir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher. Art. 5; CEDAW. Art. 1. Recomendação Geral nº 23 que trata da participação política; Convenção Interamericana sobre a Concessão de Direitos Políticos à mulher. Preâmbulo; Fórum Permanente sobre questões indígenas e os ODMNU. Goal 7: Ensure Environmental Sustainability, 2007, p CIDH. Informe: El camino hacia una democracia sustantiva: la participacións políticas de las mujeres em las Américas. 18 abril 2011; Informe Anual 1999, Consideraciones sobre la compatibilidad de las medidas de acción afirmativa concebidas para promover la participación política de la mujer con los principios de igualdad y no discriminación, capítulo V, C.1. 12

35 Ademais, o projeto Cisne Negro, obra geradora do dever de consultar do Estado, foi realizado no marco dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas ( ODMNU ) com o qual La Atlantis se comprometeu. Destaca-se que a ONU afirma que a perspectiva de gênero deve estar completamente integrada à implementação e monitoramento de todos os ODMNU, 41 o que claramente não foi respeitado pelo Estado, ao não proporcionar a participação das mulheres interessadas no processo de consulta do Projeto Cisne Negro, projeto de geração de energia que integra o Plano Nacional de Desenvolvimento. As mulheres, nesse contexto, são duplamente vulneráveis, por serem mulheres e por serem membros de uma comunidade indígena marginalizada. 42 Tampouco cabe o eventual argumento do Estado de que a privação da participação das mulheres no processo de consulta teria como fundamento o respeito às tradições da comunidade pois, além de a organização patriarcal ter sido adotada apenas nas últimas décadas como resultado da política de miscigenação perpetrada pelo Estado e, assim, não constituindo propriamente uma tradição, o Comitê CEDAW determina que, independentemente dos costumes adotados, o tratamento da mulher deve conformar-se ao princípio de igualdade. 43 No mesmo sentido, a OIT já determinou que um costume incompatível com os direitos humanos internacionalmente reconhecidos não deve ser levado em conta na aplicação da legislação nacional aos povos interessados. 44 Desta forma, o suposto costume discriminatório e desigual não deveria ter sido aplicado pelo Estado, em nome dos princípios vinculantes da igualdade e não discriminação, que alcançaram o status 41 ONU. Fórum Permanente sobre questões Indígenas e os ODMNU s. Goal 7: Ensure Environmental Sustainability, 2007, p CORTE IDH. Yatama vs. Nicaragua. Op.Cit. par. 195; CIDH. Informe: El camino hacia una democracia sustantiva: la participacións políticas de las mujeres em las Américas. Op.Cit; Comitê DESC. Observação Geral 16: La Igualdad de Derechos del Hombre y la Mujer al Disfrute de los Derechos Económicos, Sociales y Culturales, 2005, par. 7; Comitê DESC, Observação Geral 20, La No Discriminación y los Derechos Económicos, Sociales y Culturales, 2 de julio de 2009, par CEDAW. Recomendação Geral nº 21(13º período de sesiones, 1994), par OIT. Convênio 169, art

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