O ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO SOCIAL E AMBIENTAL Á LUZ DA CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS: REQUISITOS E LIMITAÇÕES

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1 O ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO SOCIAL E AMBIENTAL Á LUZ DA CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS: REQUISITOS E LIMITAÇÕES Tamires da Silva Lima 1 RESUMO O presente trabalho tem por objeto de estudo uma análise sobre a garantia do direito a propriedade comunal dos povos indígenas e tribais conforme a jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos, visando demonstrar quais os requisitos para a realização do Estudo Prévio de Impacto Sócio e Ambiental o tribunal internacional supracitado tem estabelecido ao interpretar o artigo 21 da Convenção Americana de Direitos Humanos. A fim de que, o EISA seja capaz de prevenir eficazmente danos ambientais para o território desses povos, e sociais para os próprios membros das comunidades em questão serão sugeridos outros elementos. Palavras-chave: Direito a propriedade comunal dos povos indígenas e tribais, Estudo de Impacto Socioambiental, Corte Interamericana de Direitos Humanos. 1 INTRODUÇÃO O Direito Internacional dos Direitos Humanos (DIDH), especialmente os instrumentos interamericanos de Direitos Humanos 2, reconhecem a relação peculiar que os povos indígenas e tribais possuem com seus territórios e recursos naturais, uma vez que esta vinculação é imprescindível para o gozo dos seus demais direitos, como o direito a identidade cultural, o direito coletivo a integridade cultural e o direito a sobrevivência coletiva das comunidades e seus membros. Neste contexto, a Corte Interamericana de Direitos Humanos (CorteIDH) reitera a obrigação dos Estados de respeitar tal vínculo especial, para desta maneira, garantir aos povos em questão, a sua sobrevivência social, cultural e econômica. 1 Discente do 6º semestre do curso de Direito da UFPA e bolsista da Defensoria Pública do Estado do Pará, cedida para a Clínica de Direitos Humanos da Amazônia, a qual é vinculada ao Programa de Pós-graduação da UFPA, atuando no Projeto de Extensão Proteção Internacional dos Direitos Humanos, sob a Coordenação da Profª. Drª. Cristina Terezo. tamiresllimaufpa@gmail.com. 2 A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) considerando que a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (CADH) e a Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem (DADDH) não consagram expressamente o direito dos povos indígenas sobre seus territórios fez uso da sua interpretação evolutiva das garantias de Direitos Humanos dos instrumentos interamericano para afirmar no seu Informe de Seguimiento Acceso a la Justicia e Inclusión Social: El camino hacia el fortalecimento de la Democracia em Bolivia que o artigo 21 da Convenção reconhece o direito de propriedade dos povos indígenas no marco da propriedade comunal. No mesmo sentido, afirmou no seu relatório do Caso Comunidades Indígenas Mayas do Distrito de Toledo (Belice) de 2004 que o direito a propriedade conforme o artigo XXIII da Declaração deve ser interpretado e aplicado no contexto das comunidades indígenas com a devida consideração pelos princípios relacionados com a proteção das formas tradicionais de propriedade e sobrevivência cultural e dos direitos a terra, aos territórios e aos recursos.

2 E visando garantir o direito a propriedade comunal dos membros das comunidades indígenas e tribais, o qual é indispensável para a sua sobrevivência, surge o EISA como instrumento de garantia, uma vez que este tem dentre outros objetivos, prevenir danos ambientais e sociais nos territórios ocupados por esses povos. A CorteIDH dispôs no Caso do Povo Saramaka Vs. Suriname que um Estudo Prévio de Impacto Social e Ambiental (EISA) tem por objetivo preservar, proteger e garantir a relação especial dos povos indígenas com seus territórios e garantir sua subsistência como povos e servem para avaliar o possível dano ou impacto que um projeto de desenvolvimento ou investimento pode ter sobre a propriedade e comunidade em questão. No que diz respeito ao conteúdo dos EISAs, a CorteIDH determinou que devem ter caráter social e ambiental, isto significa que o tipo de estudos exigidos pela supracitada Corte deve ir além do impacto meramente ambiental sobre o habitat natural dos territórios tradicionais, devendo abranger também a identificação dos impactos diretos ou indiretos sobre as formas de vida dos povos dependentes dos territórios e dos recursos naturais existentes para a sua subsistência econômica, suas identidades e cultura, e suas formas de espiritualidade, conforme dispõe a Convenção 169 da OIT no seu art DESENVOLVIMENTO A CorteIDH estabeleceu no Caso Saramaka que devem ter caráter prévio à aprovação da concessão ou projetos, considerando que um dos objetivos da sua exigência é garantir o direito do povo de ser informado sobre todos os projetos propostos em seu território. E, acrescentou que os atores responsáveis pela realização dos estudos de impacto deve ser o próprio Estado ou entidades independentes e tecnicamente capacitadas sob a sua supervisão, garantindo, assim, segundo o relatório da CIDH sobre Povos Indígenas e Tribais de 2009, o cumprimento dos critérios estabelecidos nas normas pertinentes em relação com o conteúdo e condições dos EISAs.

3 Segundo a CIDH no seu relatório sobre Povos Indígenas e Tribais de 2009, os EISAs devem identificar possíveis alternativas ou medidas de mitigação dos impactos negativos do plano de desenvolvimento quando àquelas não existirem. Neste sentido, no que se refere ao nível de impacto admissível, a Corte afirmou interpretação da sentença do Caso Saramaka que se deve analisar caso por caso para definir o que se constituirá por nível aceitável de impacto, firmando entendimento que de o principal critério para analisar os resultados dos EISAs é que o nível de impacto não negue a capacidade dos membros do povo [correspondente] a sobreviver como um povo [indígena ou] tribal. Ante o exposto, a CIDH entendeu no relatório supracitado que os estudos de impactos não devem ser apenas trâmites formais, mas conduzir a mudanças específicas nos planos de desenvolvimento quando forem identificados possíveis impactos negativos sobre os direitos de propriedade dos povos, na medida do que for possível tecnicamente. 3 CONCLUSÃO Pode-se concluir evidentemente que a falta de acesso á terra e aos recursos naturais podem gerar graves problemas ás comunidades indígenas e tribais afetadas, como por exemplo, a restrição ao uso dos bens básicos para o desenvolvimento de suas atividades tradicionais de cultivo, caça e pesca. Neste sentido, a CorteIDH apontou no Caso Comunidade Indígena Yakye Axa Vs. Paraguai de 2005 que o desprovimento ao seu território ancestral os expõem a condições precárias ou sub-humanas em matéria de acesso a alimentação, água, moradia digna, serviços básicos e saúde, o que consequentemente repercute dentre outros malefícios, no aumento de mortalidade, desnutrição infantil e vulnerabilidade a doença e epidemias. Também é possível inferir que a jurisprudência da CorteIDH embora venha reiterando que o EISA é um dever de garantia por parte dos Estados para evitar que as concessões de exploração e extração de recursos naturais dos territórios dos povos indígenas e tribais não resulte em uma denegação de sua subsistência como tal, ou seja, é dever Estado garantir que nenhuma concessão dentro do território de

4 uma comunidade indígena ou tribal seja emitida sem haver entidades independentes e tecnicamente capazes de realizar o EISA sob a sua supervisão 3, não esgota todos os requisitos necessários para a elaboração adequada do EISA. Por isso, é válido frisar os requisitos estabelecidos pela Autoridad Nacional de Licencias Ambientales de la Colombia 4, a qual afirma que o estudo de impacto ambiental deve conter ainda: o objeto e o alcance do estudo; um resumo executivo de seu conteúdo; a delimitação da área de influência direta e indireta do projeto, obra e atividade; a descrição do projeto, obra ou atividade, o qual deve incluir, dentre outros, a identificação e estimativa básica dos insumos, produtos, resíduos, emissões, derramamentos e riscos inerentes a tecnologia a utilizar, suas fontes e sistemas de controle. Por todo o exposto, depreende-se que a não realização ou elaboração deficiente do EISA, i.e, sem observar os parâmetros estabelecidos pela CorteIDH e por outros órgãos resulta em sérios prejuízos, tanto ao território quanto aos próprios povos indígenas e tribais que dependem dos recursos naturais das suas terras ancestrais para sobreviver. 4 REFERÊNCIAS CIDH, Acesso a la Justicia e Inclusión Social: El caminho hacia el fortalecimento de la Democracia em Bolivia. Doc. OEA/Ser/L/V/II, Doc. 34, 28 de junio de 2007, párrs. 216, 241, 254, , 297 Recomendación 8. CIDH, Democracia y Derechos Humanos en Venezuela. Doc. OEA/Ser.L/V/II, Doc. 54, 30 de diciembre de 2009, párr CIDH, Derechos de los Povos Indígenas y Tribales sobre sus Tierras Ancestrais y Recursos Naturales: Normas y jurisprudência del Sistema Interamericano de Derechos Humanos. Doc. 56/09, 30 de diciembre A Corte se pronunciou nesse sentido nos seguintes casos: Caso do Povo Saramaka Vs. Suriname. Sentença de exceções preliminares, mérito, reparações e custas de 29 de novembro de 2007, parágrafo 129; Caso Povo Indígena Kichwa de Sarayaku Vs. Equador. Sentença de mérito e reparações de 27 de junho de 2012, parágrafo 205; Caso Comunidade Garífuna de Punta Piedra e seus membros Vs. Honduras. Sentença de exceções preliminares, mérito, reparações e custas de 08 de outubro de 2015, parágrafo 215; Caso Comunidade Garífuna Triunfo de la Cruz e seus membros Vs. Honduras. Sentença de mérito, reparações e custas de 15 de outubro de 2015, parágrafo 156; Caso Povos Kaliña e Lokono Vs. Suriname. Sentença de 25 de novembro de 2015, parágrafo Estudio de Impacto Ambiental. Disponível em: < >. Acesso em: 1 de novembro de 2016.

5 CIDH, Informe de seguimento Acesso a la Justicia e Inclusión Social: El caminho hacia el fortalecimento de la Democracia em Bolivia. Doc. OEA/Ser/L/V/II.135, Doc. 40, 7 de agosto de 2009, párr CIDH, Informe N. 40/04, Caso , Comunidades Indígenas Mayas do Distrito de Toledo (Belice), 12 de octubre de 2004, párr. 98, 115, 120 y 155. CIDH, Informe N. 75/02, Caso , Mary y Carrie Dann (Estados Unidos), 27 de diciembre de 2002, párr. 128 y 131. CIDH, Pueblos indígenas, Comunidades afrodescendentes, Industria Extrativas. Doc. OEA/Ser.L/V/II. Doc. 47/15, 31 diciembre 2015, párr CIDH, Quinto Informe sobre la Situación de los Derechos Humanos en Guatemala. Doc. OEA/Ser.L/V/II.111, Doc. 21 ver., 6 de abril de 2001, Capítulo XI, párr. 56. CIDH, Tercer Informe sobre la Situación de los Derechos Humanos en Paraguay. Doc. OEA/Ser.L/VII.110, Doc. 52, 9 de marzo de 2001, párr. 37. CorteIDH. Caso Comunidad Garífuna de Punta Piedra y sus Miembros Vs. Honduras. Excepciones Preliminares, Fondo, Reparaciones y Costas. Sentencia de 8 de octubre de 2015, párr CorteIDH. Caso Comunidad Garífuna Triunfo de la Cruz y sus Miembros Vs. Honduras. Fondo, Reparaciones y Costas. Sentencia de 8 de octubre de 2015, párr CorteIDH. Caso Pueblo Indígena Kichwa de Sarayaku Vs. Ecuador. Fondo y Reparaciones. Sentencia de 27 de junio de CorteIDH. Caso Pueblos Kaliña y Lokono Vs. Surinam. Fondo, Reparaciones y Costas. Sentencia de 25 de noviembre de 2015, párr CorteIDH. Caso Comunidad Indígena Sawhoyamaxa Vs. Paraguay. Fondo, Reparaciones y Costas. Sentencia de 29 de marzo de Serie C N. 146, párrs. 118, 121 y 131. CorteIDH. Caso Comunidad Indígena Yakye Axa Vs. Paraguay. Fondo, Reparaciones y Costas. Sentencia de 17 de junio de Serie C N. 125, párr. 124, 131, 135, 137, 147, 154 y 164. CorteIDH. Caso de la Comunidad Mayagna (Suma) Awas Tingi Vs. Nicaragua. Fondo, Reparaciones y Costas. Sentencia de 31 de agosto de Serie C N. 79, párr. 140, 148 y 149. CorteIDH. Caso de la Comunidad Moiwana Vs. Surinam. Excepciones Preliminares, Fondo, Reparaciones y Costas. Sentencia de 15 de junio de 2005, Serie C N. 124, párr. 145(c).

6 CorteIDH. Caso Saramaka Vs. Surinam. Excepciones Preliminares, Fondo, Reparaciones y Costas. Sentencia de 28 de noviembre de Serie C N. 172, párr. 91, 96, 111 y 129 (nota al pie n 63). CorteIDH. Caso do Povo Saramaka Vs. Suriname. Interpretação da Sentença de Exceções Preliminares, Mérito, Reparações e Custas. Sentença de 12 de agosto de Serie C n 185, parágrafo 40. OIT. Convenção n 169 sobre povos indígenas e tribais, de ONU. Declaração das Nações Unidas Sobre os Direitos dos Povos Indígenas, de ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS. Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José). Assinada na Conferência Especializada Interamericana sobre Direitos Humanos (B-12), San José, Disponível em: < 32_Convencion_Americana_sobre_Derechos_Humanos.htm > Acesso em 28 de outubro de ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS. Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem. Aprovada na Nona Conferência Internacional Americana, Bogotá, Disponível em: < > Acesso em 28 de outubro de 2016.

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