VARIAÇÕES DE CORES. Noções Básicas para Classificação de Minerais e Rochas
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- Yasmin Carreiro Nunes
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1 Noções Básicas para Classificação de Minerais e Rochas VARIAÇÕES DE CORES Aula 9:, Luminescência, Magnetismo, Propriedades Elétricas e Radioatividade -00- Aula baseada nos slides da Profa. Dra Tamar M.B. Galembeck e Prof. Dr. Joaquim Silva Simão VARIAÇÕES DE CORES VARIAÇÕES DE CORES Variações de cores são aspectos anômalos relativos à coloração dos minerais devido à: Destas anomalias surgem feições que às vezes servem como propriedades diagnósticas e recebem as seguintes designações: Impurezas; Inclusões; Descontinuidades; Valores anômalos dos índices de refração; Particularidades da estrutura cristalina, etc. Iridescência; Jogo de Cores e Mudança de cores; Opalescência; Embaçamento; Acatassolamento ou Chatoyancy; Asterismo; Pleocroísmo. IRIDESCÊNCIA: É quando um mineral exibe uma série de cores espectrais. Em seu interior: devido a fraturas ou planos de clivagem. Exs.: quartzo e topázio. IRIDESCÊNCIA: Em seu interior: Exs.: quartzo e topázio. Quartzo: SiO Topázio: (Al (SiO 4 ) (F,OH) ) : :
2 IRIDESCÊNCIA: É quando um mineral exibe uma série de cores espectrais. Em sua superfície: devido à presença de uma película ou revestimento superficial delgado produzido por oxidação ou alteração do próprio mineral. Ex: bornita (Cu 5 FeS 4 ), calcopirita (CuFeS ), etc. JOGO DE CORES: Um mineral apresenta jogo de cores quando ao girá-lo se vêem várias cores espectrais em rápida sucessão, quando colocado em várias posições em relação a uma fonte de luz. Ex: diamante, opala preciosa. Opala: (SiO.nH O) Covelita: CuS Hematita: (Fe O 3 ) e Goetita: (HFeO ) JOGO DE CORES: Ex: labradorita (a mudança de cor e ou jogo de cor é devido a finas inclusões de outros minerais de composição distinta). OPALESCÊNCIA: É a propriedade de certos minerais apresentarem uma reflexão leitosa ou nacarada no seu interior. Ex.: opala, pedra da lua (variedade de albita e adularia), olho de gato (variedade de crisoberilo). Pedra da Lua: variedade de albita - Na(AlSi 3 O 8 ) e adularia K(AlSi 3 O 8 ) Olho de Gato: variedade de crisoberilo (BeAl O 4 ) Labradorita (plag. An 50-70) Geology 306 University of Wisconsin -Madison : buyer.guides/ Adularia OPALESCÊNCIA: Ex.: Pedra da Lua, cont. ACATASSOLAMENTO OU CHATOYANCY: Propriedade que alguns minerais possuem de mostrar uma aparência sedosa na superfície quando submetidos a uma fonte de luz. Esta característica é resultante de uma grande quantidade de inclusões de minerais fibrosos ou de cavidades tubulares dispostas paralelamente a uma direção cristalográfica. Pedra da Lua: variedade de albita - Na(AlSi 3 O 8 ) e adularia K(AlSi 3 O 8 ) Olho de Tigre inclusões de amianto em quartzo Olho de Gato finíssimas cavidades tubulares arranjadas em uma posição paralela a uma direção cristalográfica no crisoberilo BeAl O 4 ). 4 5 natural 3 cabuchão oval cabuchão redondo lapidação triliante clear and colorless moonstones rainbow moonstones Normalmente os minerais que possuem esta propriedade são lapidados na forma de cabuchão oval ou redondo.,: 3;5:
3 ACATASSOLAMENTO OU CHATOYANCY: Olho de Gato finíssimas cavidades tubulares arranjadas em uma posição paralela a uma direção cristalográfica Apatita- (olho de gato): Ca 5 (F,Cl, OH) (PO 4 ) 3 ASTERISMO: Aspecto observado em alguns minerais do sistema hexagonal quando observados na direção do eixo vertical (eixo c), os raios de luz configuram uma estrela Este fenômeno origina-se devido a peculiaridades da estrutura ao longo das direções axiais e/ou inclusões dispostas em ângulos retos em relação ao eixo cristalográfico c. Ex.: safira estrelada ou astérica, flogopita, etc. Crisoberilo (olho de gato): BeAl O 4 Malaquita:Cu CO 3 (OH) Safira Quartzo ASTERISMO: Ex: Rubi estrelado EMBAÇAMENTO: A cor de reflexão na superfície do mineral (geralmente de brilho metálico) é diferente da cor do seu interior. É devido a oxidação do mineral quando exposto ao ar e pode ser observado em minerais de cobre como: calcopirita (CuFeS ), bornita (Cu 5 FeS 4 ) e calcocita (Cu S) e sulfetos como: pirrotita (FeS), etc. 3 Pirrotita: FeS Rubi estrelado : PLEOCROÍSMO: É a propriedade de vários minerais absorverem seletivamente a luz transmitida nas diferentes direções ópticas/cristalográficas. Quando o mineral possui somente duas direções de absorção o fenômeno é chamado dicroísmo. As variedades transparentes de turmalina, andaluzita apresentam pleocroismo macroscopicamente visível. (Al SiO 5 ), etc., > absorção < absorção e > transmissão Tanzanita: variedade violeta da Zoizita - Ca Al 3 (SiO 4 ) 3 (OH) 3
4 É a propriedade que alguns minerais apresentam de emitir luz quando submetidos a determinados processos tais como: As cores de luminescência são marcadamente diferentes daquelas dos minerais quando não excitados. Ação Mecânica atrito impacto Antes irradiação ultravioleta Durante - irradiação ultravioleta Aquecimento exceto a incandescência (até se tornar brasa) Irradiação raios ultravioleta, raios X, etc. Calcita (CaCO 3 ) e Willemita (Zn SiO 4 ) Calcita (laranja) e Willemita (verde) A luminescência nos minerais é fraca e geralmente só pode ser observada A PRODUÇÃO DA LUMINESCÊNCIA É O RESULTADO DA: ABSORÇÃO DE ENERGIA PELOS ÍONS em ambiente escuro. + Em outras palavras: E A SUA LIBERAÇÃO NA FORMA DE LUZ A luminescência dos minerais está diretamente relacionada a distúrbios da rede cristalina resultantes de: defeitos na rede ou; presença de íons estranhos (chamados íons ativadores) Tem sido demonstrado que estes íons ativadores, muitas vezes, substituem elementos principais na estrutura, por exemplo: O mineral absorve uma forma de energia e reemite-a como luz visível ÍONS ATIVADORES ÍONS ATIVADORES Willemita (Zn SiO 4 ) íon ativador Mn + substitui o Zn + Scheelita (CaWO 4 ) os íons ativadores: Isto explica o fato de que a willemita de Franklin, New Jersey (EUA), apresenta fluorescência. Pb + substitui o Ca + Mo 6+ substitui o W 6+ As willemitas de outras localidades que não apresentam Manganês, não mostram este fenômeno. 4
5 . AÇÃO A MECÂNICA TRIBOLUMINESCÊNCIA Propriedade de alguns minerais se tornarem luminescentes por ação mecânica devido ao stress da rede cristalina por: Atrito; Esmagamento; Impacto, etc. AQUECIMENTO TERMOLUMINESCÊNCIA Propriedade de alguns minerais se tornarem luminescentes por aquecimento à temperatura abaixo do vermelho (incandescência). Esta propriedade aparece normalmente em minerais não metálicos e anidros, que mostram boa clivagem. Exs.: esfalerita, dolomita, micas, fluorita, etc. Geralmente, estes minerais também emitem luz quando submetidos à luz ultravioleta. Quando se aquece um mineral termoluminescente a luz visível inicial geralmente: surge: a uma temperatura entre 50º e 00ºC e; cessa: normalmente à temperaturas superiores a 475ºC. AQUECIMENTO TERMOLUMINESCÊNCIA Exemplos: topázio, diamante, fluorita (variedade clorofana) recebeu esta denominação por causa da luz verde emitida. Outros minerais como fosforita, calcita, etc, requerem temperaturas superiores a 00ºC. 3. IRRADIAÇÃO POR LUZ ULTRAVIOLETA, RAIOS CATÓDICOS, X,,لا FOTOLUMINESCÊNCIA (FLUORESCÊNCIA( E FOSFORESCÊNCIA) A causa da fotoluminescência é similar à causa da cor, e os íons dos metais de transição são ativadores eficazes. Antes Aquecimento Após aquecimento A luminescência produzida pelos minerais quanto ao tempo de emissão de luz é subdivida em: Fluorescência e Fosforescência Fluorita (variedade clorofana) cor esverdeada/azul Processos de Geração e Tipos de Luminescência 3. IRRADIAÇÃO POR LUZ ULTRAVIOLETA, RAIOS CATÓDICOS, X,,لا FOTOLUMINESCÊNCIA (FLUORESCÊNCIA( E FOSFORESCÊNCIA) FLUORESCÊNCIA: Os elétrons, excitados pela radiação curta invisível, são levados para níveis de energia mais alta e quando voltam para o seu estado inicial (fundamental), emitem luz visível do mesmo comprimento de onda, causando a fluorescência. FOSFORESCÊNCIA: Quando há um retardo do tempo entre a excitação dos elétrons a um nível de energia mais elevado e o seu retorno ao estado fundamental ocorre à fosforescência. A razão para o atraso é porque uma determinada quantidade dos elétrons é impedida de retornar rapidamente a seus estados mais baixos de energia, pelo menos tão rapidamente como foram energizados inicialmente pela luz UV. FLUORESCÊNCIA: É a emissão de luz ao mesmo tempo da irradiação, isto é quando interrompida a ação da fonte de luz, cessa a luminescência do mineral. Antes Calcita e Willemita Durante Fluorescência Willemita (Zn SiO 4 ) fluorescência: verde. íon ativador: Mn + substitui o Zn + Fluorescência Calcita (CaCO 3 ) fluorescência: vermelha. íon ativador: Mn ou impurezas orgânicas 5
6 Processos de Geração e Tipos de Luminescência FLUORESCÊNCIA CALCITA (CaCO 3 ): fluorescência: vermelha, rosa, amarela, etc. íon ativador: Mn ou impurezas orgânicas. Processos de Geração e Tipos de Luminescência FLUORESCÊNCIA CALCITA: fluorescência: vermelha, rosa, amarela, etc. íon ativador: Mn ou impurezas orgânicas. Processos de Geração e Tipos de Luminescência FLUORESCÊNCIA CALCITA (CaCO 3 ): fluorescência: vermelha, rosa, amarela, etc. íon ativador: Mn ou impurezas orgânicas. Processos de Geração e Tipos de Luminescência FLUORESCÊNCIA SCHEELITA (CaWO 4 ): fluorescência: azul. íons ativadores: Pb + substitui o Ca + Mo 6+ substitui o W Processos de Geração e Tipos de Luminescência FLUORESCÊNCIA FLUORITA (CaF ): fluorescência: azul. íon ativador: Ca substituído por terras raras. Processos de Geração e Tipos de Luminescência FLUORESCÊNCIA ARAGONITA (CaCO 3 ): Sterling Hill mine, Ogdensburg, Sussex County, NJ
7 Processos de Geração e Tipos de Luminescência 3. IRRADIAÇÃO POR LUZ ULTRAVIOLETA: FOSFORESCÊNCIA FOSFORESCÊNCIA: É a emissão de luz durante e após a irradiação, isto é quando interrompida a ação da fonte de luz, o mineral continua luminescente por algum tempo (alguns segundos). Exs: diamante, scheelita, calcita, autunita, etc. FOSFORESCÊNCIA CALCITA: Estes fenômenos são de grande importância na prospecção de jazidas. Para isso usam-se lâmpadas ultravioletas (mineral light) e, a prospecção é geralmente feita à noite. Ao natural Sob luz ultravioleta-uv Após cessar a fonte-uv EXEMPLO PROSPECÇÃO JAZIDAS: Com uma luz ultravioleta portátil pode-se detectar a scheelita à noite em afloramento. E em mina subterrânea pode-se rapidamente estimar a quantidade de scheelita em uma superfície recentemente desmontada. Em Franklin, New-Jersey, a luz ultravioleta tem sido usada para determinar a quantidade de willemita que vai para o rejeito. PROPRIEDADES MAGNÉTICAS Magnetismo é a propriedade que os minerais apresentam de serem atraídos por um imã. São poucos minerais que mostram esta propriedade isto é, são atraídos por um imã. Ex: magnetita (fortemente magnética). PRODUÇÃO DO MAGNETISMO O magnetismo é produzido por indução do campo magnético terrestre A intensidade do campo magnético criado pelo campo indutivo pode ser expresso pela fórmula: Onde: durante a cristalização do mineral. I = K. H I: intensidade de magnetização; K: constante de susceptibilidade. É adimensional, o valor depende das propriedades físicas do material magnético. Pode assumir valores positivos e negativos; H: campo magnético TIPOS DE MAGNETISMO DIAMAGNÉTICOS: susceptibilidade magnética é negativa (K<0) Os minerais conhecidos como diamagnéticos não são atraídos por um imã. De fato, eles são repelidos fracamente por um campo magnético. É gerado pelo movimento orbital dos elétrons, o que gera uma corrente elétrica que por sua vez, origina um campo magnético. Esse campo se alinha em direção oposta ao do campo indutor (imã), e isso causa a repulsão, isto é diamagnetismo. O magnetismo é o resultado da estrutura eletrônica dos átomos. Se o movimento do elétron em torno do núcleo fosse seu único movimento, todas as substâncias seriam diamagnéticas 7
8 TIPOS DE MAGNETISMO PARAMAGNÉTICOS: susceptibilidade magnética é positiva, mas fraca (K>0) Os minerais paramagnéticos são atraídos fracamente pelos imãs. O paramagnetismo ocorre nos minerais que apresentam elementos com orbitais 3 d incompletos metais de transição. O paramagnetismo está associado com as direções de alinhamento do SPIN do elétron (giro do elétron ao redor de seu eixo) na presença de um campo magnético externo. TIPOS DE MAGNETISMO FERRIMAGNÉTICOS: susceptibilidade magnética é positiva (K>>0) As substâncias ferromagnéticas mantêm os spins de seus elétrons alinhados (giram no mesmo sentido), mesmo que elas sejam retiradas da influência do campo magnético externo (ao contrário dos paramagnéticos). Exs. minerais ferrimagnéticos: magnetita Fe e pirrotita Fe -x S (x= 0 a 0,) Mas, a magnetização imposta não é permanente, afastado o imã indutor, o mineral perde seu magnetismo. Exemplos de minerais paramagnéticos: olivina (Mg,Fe) SiO 4 ; augita (Ca, Na) (Mg, Fe, Al) (Al,Si) O 6.. PROSPECÇÃO JAZIDAS Através de magnetômeros acoplados em aviões. BENEFICIAMENTO DE MINERAIS 3. ESTUDO DO MAGNETISMO REMANESCENTE Sabendo-se a orientação dos minerais magnetizados e a idade das rochas que os contém construir a variação dos polos magnéticos durante as eras geológicas deriva continental. Os polos magnéticos não são estáticos, por haver uma velocidade relativa da crosta terrestre em relação ao núcleo 4. DETERMINAÇÃO DE MINERAIS Através de: - um imã de mão ou - eletro-imãs (susceptibilidade magnética dos minerais) CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS SEGUNDO O COMPORTAMENTO ELÉTRICO CONDUTORES: São os minerais que apresentam ligação metálica pura, possibilitando rápida movimentação dos elétrons. Ex: metais nativos. A condução de eletricidade em minerais é fortemente controlada pelo tipo de ligação existente. SEMICONDUTORES: Apresentam estrutura mista, com ligações: Exs.: sulfetos, teluretos, selenetos, etc - iônicas - covalentes - metálicas NÃO CONDUTORES OU ISOLANTES: Conduzem pouco a eletricidade. É o caso da maioria dos minerais, como os silicatos. Os minerais apresentam ligações: - iônicas; - covalentes 8
9 APLICAÇÕES DAS DOS MINERAIS CONDUTORES: Transmissores de eletricidade. Exs: cobre, prata, etc. SEMICONDUTORES: Transistores (na substituição das válvulas eletrônicas nos aparelhos elétricos - amplificam os sinais elétricos) Propriedade de alguns minerais de desenvolverem cargas elétricas PIEZOELETRICIDADE positivas e negativas quando submetidos à aplicação de pressão nas extremidades opostas de um de seus eixos - eixo polar (eixo com formas cristalinas distintas em cada uma das extremidades). NÃO CONDUTORES OU ISOLANTES: Alguns minerais como, por exemplo, o quartzo é utilizado na indústria eletrônica e no desenvolvimento da radiocomunicação permite manter constante a freqüência das ondas eletromagnéticas. O cristal comprimido produz uma tensão elétrica PIEZOELETRICIDADE USOS DA PIEZOELETRICIDADE Exs: A turmalina e o quartzo são exemplos de cristais piezoeléctricos. responsável pela grande precisão de relógios equipados com osciladores de quartzo; também é usada em microfones e vários outros instrumentos musicais para transformar vibrações mecânicas em sinais elétricos que são ampliados e convertidos em sons através de amplificadores; a turmalina que também possui essa propriedade é usada em aferidores de pressão. Hoje: substâncias cristalinas sintéticas piezoeletricidade intensa Alguns minerais geram PIROELETRICIDADE cargas elétricas positivas e negativas, nas extremidades opostas de um eixo do cristal, sob elevação da temperatura. PIROELETRICIDADE Ocorre apenas em minerais que não possuem centro de simetria e têm um eixo polar. Ex.: turmalina. c + pólo análogo c pó de S (-) + cor amarela Ocorre apenas em minerais que não possuem centro de simetria e têm um eixo polar. Ex.: turmalina. - pólo antílogo - pó de Pb 3 O 4 (+) cor roxa Aepinus denominou: pólo + pólo análogo (variação + da tº surge carga elétrica +) pólo - pólo antílogo (variação - da tº surge carga elétrica -) 9
10 PIROELETRICIDADE Todos os cristais piroelétricos são piezoelétricos mas o inverso não é verdadeiro Ex.: a turmalina tem um único eixo polar, c, e cai dentro deste grupo, enquanto o quartzo com seus três eixos polares, não. A condutividade térmica é a habilidade do mineral em conduzir calor. A condutividade térmica dos minerais à semelhança das propriedades elétricas é controlada pelo tipo de ligação presente. A condutividade térmica é uma propriedade vetorial e depende da estrutura interna do cristal. Senarmont (947): Usou: - vela; T º estudar propriedades térmicas t dos minerais. - arame isolado com asbesto para evitar a radiação de calor; - placa fina do mineral a ensaiar; - cera asbesto Placa mineral recoberto c/ cera fio de arame Todos os sistemas cristalinos, exceto o sistema cúbico, são anisotrópicos, ou seja: o calor propaga-se com maior velocidade numa direção e menor velocidade em outra. Observou: - mineral isótropo: cera derretia sob a forma Circular - mineral anisótropo: cera derretia sob a forma Elipse CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS QUANTO À CONDUTIBILIDADE TÉRMICAT CONDUTORES: São os minerais que apresentam ligações metálicas ou iônicas. Exs.: metais e sulfetos metálicos como Cu e PbS. SEMICONDUTORES: Os minerais que apresentam ligações: Exs.: arseniatos, sulfetos. NÃO CONDUTORES OU ISOLANTES: Os minerais apresentam ligações: -iônicas; -covalentes sem ressonância Exs.: Esta propriedade diz respeito à maioria dos minerais, como os silicatos, halogenetos, etc. - Iônicas ou - covalentes de ressonância CONDUTIVIDADE TÉRMICA DE ALGUNS MINERAIS Minerais Grafite Halita 3.6 Gipso.3 Dolomita Calcita 3,49 Calcita 4. Quartzo 3 7. Quartzo 4 Pirita 38 Micas Enxofre Rzhevsky & Novik, 97 Condutividade Térmica W/m.ºC Ag= 46, Cu= 398, Al= 37, Fe= 80, água= 0,6 // e à clivagem ; 3 e 4 // ao plano axial ; nd = não disponível 0
11 Estibinita Sb S 3 Calcopirita CuFeS Ortoclásio K(AlSi 3 O 8 ) Quartzo SiO IMPORTÂNCIA PARA A MINERALOGIA Determinação de Minerais através da FUSIBILIDADE Granada: A 3 B (SiO 4 ) 3 A= Ca,Mg,Fe,Mn B= Al, Fe 3+,Ti, Cr Actinolita Ca (Mg,Fe) 5 (Si 8 O ) 9 OH) Bronzita (Mg,Fe) (Si O 6 ) ESCALA DE FUSIBILIDADE DE KOBELL 55ºC 800ºC 050ºC 00ºC 300ºC 400ºC 70ºC Funde-se a chama de vela Funde-se em bico de Bunsen Funde-se facilmente em maçarico Apenas as pontas mais agudas fundem-se ao maçarico Arestas de fragmentos apenas se arredondam na chama do maçarico Praticamente não se funde ao maçarico. Só os estilhaços mais finos tornam suas bordas arredondadas Não se funde na chama do maçarico VARIAÇÕES DE TEMPERATURA Provocam nos minerais: Dilatação e Contração E, cada mineral possui uma constante de dilatação ou contração Dilatação Térmica T - Generalidades depende da natureza das ligações químicas entre os átomos quanto > forte as ligações entre átomos < a dilatação térmicat Tipos de Ligações Químicas Tipo de Ligação Iônica Covalente Metálica Van der Waals Energia de Ligação (Kcal/mol) < 0 Fonte: (Askeland 994; In: Lima 00) Dilatação Térmica T - Minerais Dilatação dos Minerais Depende: sistema cristalino; ligações químicas do mineral (maioria tem ligações mistas); direção cristalográfica (exceto sistema isométrico) Dilatação Térmica T de Minerais Minerais Dolomita Calcita Calcita 6 Quartzo 3 5,4 3,7 Quartzo 4 7,5 Micas Grafita Halita Pirita Gipso β. 0-3 mm/m ºC) 34 7,9 8,4, // e à clivagem ; 3 e 4 // ao plano axial Fonte: (Rzhevsky & Novik 97; In: Lima 00) 3 RADIOATIVIDADE Certos minerais possuem radioatividade, que consiste na emissão espontânea, contínua e natural de radiações de 3 tipos: raios alfa; raios beta e raios gama. Estas radiações são extremamentes penetrantes (comprimento de onda muito pequeno) e podem ser detectadas no laboratório por um contador de cintilações ou Geiger-Muller. Estes aparelhos são utilizados na prospecção de minérios de Urânio (U) e de Tório (Th) que contêm estes elementos.
12 São vários os minerais que contem elementos radioativos na sua composição. Os elementos mais radioativos são Ra, U, Th. O mineral radioativo de maior importância pechblenda ou uraninita (UO). RADIOATIVIDADE Halo Pleocróico: zircão em biotita RADIOATIVIDADE Os elementos radioativos em minerais, emitem radiações capazes de: destruir a estrutura cristalina do mineral portador desses elementos; provocar halos pleocróicos ou coloridos nos vizinhos e ou; fraturamento radial nos minerais a partir do centro. Zircão: ZrSiO 4 O processo de destruição da estrutura cristalina causando fraturamento radial é conhecido por Metamixes : : IMPORTÂNCIA DA RADIOATIVIDADE DATAÇÃO RADIOMÉTRICA: Após s certo tempo o Ra, U, Th, etc se transformam em outros elementos emitindo partículas α, β ou capturando elétrons trons. IMPORTÂNCIA DA RADIOATIVIDADE PROSPECÇÃO DE JAZIDAS DE MINERAIS RADIOATIVOS E MAPEAMENTOS: Os minerais radioativos podem ser detectados por aparelhos denominados cintilometros e contador Geiger,, são portáteis teis e podem ser acoplados em aviões. Como se conhece o tempo dessas transformações e pela determinação da quantidade desses novos elementos que contém m um mineral radioativo, pode-se calcular sua idade. Na operação dessa propriedade toma-se a radioatividade em vários pontos e faz-se um mapa de isoradiatividade de modo a cercar os alvos que se sobressaem a um back ground. IMPORTÂNCIA DA RADIOATIVIDADE MINERAIS RADIOATIVOS DETERMINAÇÃO DE MINERAIS: torianita-tho ; Tais como: uraninita-uo ; monazita (Ce,La,Y, (Ce,La,Y,Th,)PO 4 ; torbernita-cu (UO )(PO 4 ) 8-0H O; autunita Ca(UO )(PO 4 ) 0- H O. Uma característica distintiva é que os minerais radioativos são geralmente vítreos e com fratura conchoidal porque a radiação ataca a estrutura cristalina conferindo um aspecto vítreo v ao mineral. Exs.: zircão ZrSiO 4 ; allanita X Y 3 O(SiO 4 )(Si O 7 )(OH); etc. Torianita: ThO
13 MINERAIS RADIOATIVOS MINERAIS RADIOATIVOS Uraninita: (UO ) Torbernita: [Cu(UO )(PO 4 ) ] Monazita: [(Ce,La,Y,Th)PO 4 ] : : ;: MINERAIS RADIOATIVOS Autunita: [(Ca (UO ) (PO 4 ).0- H O] ;: 3
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