A batida circular do poeta

Transcrição

1 A batida circular do poeta

2 2 José João de Arruda Filho A batida circular do poeta Primeira Edição Editora do Livre Pensador Recife, Pernambuco 2013

3 3 Titulo Original A batida circular do poeta Primeira Edição 2012 by José João de Arruda Filho Copyright da 2013 Editora do Livre Pensador Avenida Presidente Kennedy, 4834 Candeias Jaboatão dos Guararapes PE Telefone (081) / (081) editoradolivrepensador@editoradolivrepensador.com Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais. (Lei 9.610/98). Capa: Clodoaldo Turcato Ilustração de capa: Clodoaldo Turcato

4 4 ÍNDICE Dedicatória...12 No principio eram versos...13 A batida circular do poeta...15 A condição que impulsiona a dor...16 A escolha cega da luz...17 A flor de olhar perdido...18 A marcha lenta do corpo observado...19 A menina, a moça, a mulher...20 A vestimenta do pobre Perseu...21 A vida...22 Abstinência judiciária...23 Afagos ao coração melancólico Algo só meu que todo mundo tem...26 Alma de barro singela...27 Amor platônico involuntário...28

5 5 Apelos singelos sem respostas...30 Após lutar...31 As buscas secretas de Maria...32 As decisões indecisas do nada...34 Barcos naufragados do medo...35 Bombas de intolerâncias no corpo vermelho...36 Bombas de mel para o corpo de Antonia...37 Cadeados nas portas do nada...39 Caminhos destorcidos...41 Canção escolar...42 Castigos obscuros...44 Chumbo picotado caindo das nuvens...45 Ciclos...46 Coisas passageiras...47 Cordas podres de aço...48 Correm noticias banais...50

6 6 Crânios acinzentados pelo tempo...51 Crime contra os neurônios fragilizados...52 Crimes e castigos...54 Culpado...56 De costas para as portas do mundo...58 De um outro lado zen do Tibet...59 Dédalo...60 Desejos obscenos...62 Desejos unissexuados fantasmas...63 Desperto...64 Deuses obsoletos de mármore...66 Divinos entre profanos...67 Ela entra num carro...69 Em noites que se pode ser doido...70 Em uma sala qualquer...72 Encontro de si mesmo...73

7 7 Enquanto eu dormia...75 Esclarecimentos das hienas pobres...76 Estampido voraz...77 Eu não faço nada...78 Eu, animal, social?...80 Feridas...81 Filósofos embriagados contra cavalos de Tróia...82 Fragmentos das traições abstratas...84 Fragmentos estarrecedores...86 Fronteiras imagináveis do não querer...87 Heranças triviais conquistadas...88 Horizonte perdido...89 Identidades singulares...91 Identificações...93 Incompletos...94 Informações contidas do adeus...95

8 8 Isto é...96 Já não cultivo a morte...97 Lábios lançados contra os desafetos...98 Lâminas de plásticos que assombram...99 Latifundiários pobres Mamutes marchando para morte Marcas incrustadas nos genes Marcha dos soldados de barro Meu espírito vagueia Minha cidade falsa e mentirosa Modelando as faces da mentira Momentos caducados Negando as atitudes profundas No meu quarto pequeno Noites quentes de solidão O carrasco sem braços de olhar daltônico.114

9 9 O mundo frágil de Golias O que assola o coração perdido O que não tenho O que pode ser canonizado Observações extasiadas das situações Olhar poético transitório Olhares cerrados para mentiras Outras formas de cativeiros Palavras lançadas a sociólogos obesos Pensamentos arremessados contra tudo Pintura facial danificada Poema inverso Pontes de madeiras sobre vulcões Quando todos sentem as mesmas dores Rastros de solidão Sabrina quer descobrir quem é...137

10 10 Segredos divinos do faroleiro Sei que você espera por alguma coisa Sem preconceitos Sentimentos austeros Sinais fragmentados Sobras divinas do mal Socializações Somos frutos das mentiras escondidas Sonhos Sopa de pregos sem caldo Subterrâneos Suplicas cotidianas Todos os sabores da saudade Transformações acidas do nada Trevas encarceradas do medo Trincas no cérebro alheio...159

11 11 Tudo que sou Um segredo Uma cor Uns sofrem mais que outros Vendas nos olhos cegos Vidas sem sentidos Visão estagnada Visões danificadas Você se sente tão bem Você veio devagar...171

12 12 Dedicatória Este livro é dedicado Josefa Rodrigues de Arruda.

13 13 No princípio eram os versos A paisagem do cotidiano é transvertida em uma sonora expressão de invisibilidade social. As ideias capitalistas norteiam nossa visão e determinam o que é belo e o que deve ser contemplado como tal. A batida circular do poeta, rompe com este ideal capitalista de imposições conceituais e retrata com singelíssimo, a beleza de um cotidiano que todos nós conhecemos. Um cotidiano urbano que, todos nós ajudamos a esculpir na invisibilidade de espaços sociais, que ocupamos diariamente. José João de Arruda Filho é um destes poetas do cotidiano, que nos ajudam a visualizar a beleza e as nuanças da poesia que por vezes são ocultadas pela velocidade das informações, pelo atropelamento de ideias, pelo consumo desmedido que é sinônimo de felicidade em uma sociedade que é devorada constantemente pela competitividade econômica...

14 14 Os versos desenhados, arquitetonicamente nesta obra, revelam uma sensibilidade indescritível, atrelada pela capacidade de enxergar além do óbvio. A capacidade, que somente um poeta pode ter: a capacidade de enxergar além dos muros das indiferenças sociais... E ao mesmo tempo de transformar estas indiferenças tão corriqueiras em nossos dias, na magistral arte das palavras. Convido a você, caro leitor, à adentrar nesta viagem literária e a emocionar-se com a poética, talvez, nunca vista tão de perto. A batida circula do poeta, qual nós fazemos parte," metamorfoseado" na beleza dos poemas! Janderson Lacerda Teixeira.

15 15 A batida circular do poeta O que seria de mim Sem a mentira Sem meu olhar condenador? Sem a hipocrisia Hereditária? O que seria de mim Sem você? (Dedicado a Murillo Kollek)