Indicadores de desempenho: Revestimento de Argamassa
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- Sônia Casado Viveiros
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1 Indicadores de desempenho: Revestimento de Argamassa
2 SISTEMA DE INDICADORES DE DESEMPENHO REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS
3 INDICADORES DE DESEMPENHO Indicadores de desempenho são como termômetros para a aferição do produto, serviço ou processo, de acordo com parâmetros pré-estabelecidos. Devem fazer parte do dia-a-dia do gerenciamento da obra, inseridos nas rotinas de gestão, em geral nas medições de serviços. A extensão das aferições pode variar: em processos mais estáveis eles podem ser menos freqüentes, já quando existem muitas variações, devem ser apurados com maior frequência. 3
4 INDICADORES DE PRODUTIVIDADE São índices de referência para medição do desempenho dos processos produtivos: comparam os recursos utilizados com o resultado (produto) atingido. INSUMOS Produtividade: Insumos Produtos ou: Produtos Insumos Kg argamassa por m² de revestimento
5 INDICADOR DE CONSUMO DE MATERIAIS O consumo de materiais é um item muito importante a ser controlado em uma obra. A relação entre o que foi consumido de material e o que foi previsto em projeto gera este indicador. Deve ser vinculado ao local de aplicação, pois além de facilitar sua apuração, permite rastreabilidade do processo O consumo de projeto considera perdas comuns
6 FÓRMULA DO INDICADOR DE CONSUMO: I Este indicador mede o desvio entre o consumo efetivo de materiais e o consumo teórico, previsto em projeto. I = (e t) 00/ t onde: (e) Consumo de Materiais Efetivo (t) Consumo de Materiais de Projeto Exemplo: e=,80 kg/m² ; t=,6kg/m² I=(,80-,6)00/,6= 7,8% Ou seja o consumo está aproximadamente 7% acima do projetado
7 O PROCEDIMENTO DE COLETA DE DADOS O consumo de materiais efetivo é extraído a partir de uma planilha de controle da quantidade de insumos que foram gastos por uma determinada área em m²; No caso do revestimento interno, o controle poderá ser feito por ambiente, unidade ou pavimento, Nos revestimentos externo, o controle poderá ser feito por faixa de pavimento ou empena de fachada
8 Planilha de controle Trecho: (pavimento, unidade etc...) Data de aplicação: Responsável: Tipos de Argamassas Tipos de Materiais Unidade Consumo de Materiais Consumo da Argamassa Área de aplicação (m) Consumo Efetivo/m MVO Cimento Kg Areia Kg Total Kg Industrializada Kg Tabela Controle do Consumo Efetivo de Material/m
9 Rastreabilidade: onde gastamos? A saída de material do almoxarifado para a obra deve ser controlada, indicando-se numa tabela o local de aplicação, o que facilita o preenchimento das tabelas e para se obter o indicador de consumo de materiais. Tipos de Argamassas MVO Cimento Kg Areia Kg Total Kg Industrializada Kg Tipos de Materiais Unidade Quantidades Área de Aplicação - Local
10 Planilha do indicador Tipos de Argamassas MVO Kg Industrializada Kg Consumo de materiais Unidade Consumo efetivo/m (e) Consumo projeto/m (t) Indicador (e t) 00/ t Benchmark Tabela Indicador Consumo de Materiais Acompanhar a variação permite identificar precocemente desvios que podem afetar o plano de suprimentos da obra. Índice de referência
11 INDICADOR DE ESPESSURA DE REVESTIMENTOS INTERNOS As espessuras das taliscas demonstram a quantidade de argamassa que deverá ser usada para a perfeita regularização do revestimento. Elas denunciam quando as alvenarias e estruturas encontram-se fora do prumo.
12 INDICADOR DE ESPESSURA: I Este indicador é obtido a partir das medições das espessuras reais das taliscas comparadas à espessura especificada no projeto O desvio nesta relação é expresso pela seguinte fórmula: I = (e t) 00/ t (resultado em %) onde: (e) = Média Aritmética das Espessuras Reais das Taliscas em cm (t) = Espessura de Projeto em cm. Exemplo: e=,9 cm ; t=,5 cm I=(,9 -,5)00/,5= 6,7% Ou seja a espessura está quase 7% acima do projetado
13 COLETA DE DADOS DE TALISCAS As medições devem ser feitas por painel, por exemplo: A,B,C e D, seguindo o sentido horário a partir da esquerda do acesso. (ver planta baixa) Em cada painel as medições das taliscas devem ser de acordo com o esquema das diagonais conforme a figura. (elevação) C B D A 3 5 4
14 APROPRIAÇÃO DAS ESPESSURAS DAS TALISCAS A codificação dos painéis facilita o controle das medições, por exemplo: Paqp3 que significa Painel A do quarto do 3º pavimento-tipo. Devem ser descontados os vãos existentes em cada painel. Código Painel * Área do Painel** (cm) Talisca Espessura Real (cm) ÁREA TOTAL PAINEÍS (cm) Nº DE TALISCAS MÉDIA DAS ESPESSURAS REAIS
15 INDICADOR FINAL DE ESPESSURA Espessura de Taliscas (cm) Indicador Benchmark Tipo de Argamassa Média da Espessura Real (e) Espessura de Projeto (t) (e-t)00/t Padrão Obs: A área total permite ter a comparação do volume total resultante de algum desvio, facilitando correções no gerenciamento de compras e empreiteiros Índice de referência (padrão) Exemplo: 00m² x 0,05 x7%= 4,86 m³ de acréscimo!
16 INDICADOR I3: PRUMO PARA REVESTIMENTOS EXTERNOS O prumo das fachadas é um item de fundamental na execução dos revestimentos externos. Este indicador é obtido a partir do somatório das variações de todas as linhas de prumo de uma fachada dividido pelo total de números de linhas de prumo, que é expresso pela seguinte fórmula: I3 = v/p onde: (v) Somatório das Variações de Todas as Linhas de Prumo de uma Fachada (p) Total de n de Linhas de Prumo
17 PROCEDIMENTO PARA COLETA DE DADOS PARA REVESTIMENTOS EXTERNOS Para face de fachada com até 3 metros de comprimento colocar dois prumos e para cada módulo a mais de 3 metros adicionar mais uma linha de prumo sucessivamente. São medidos os pontos no cruzamento dos prumos com as linhas horizontais que passam pela metade do pé direito de cada pavimento, até a superfície externa da alvenaria existente As medições deverão ser feitas por face de fachada e no melhor sentido de subida ou descida do andaime. L L L3
18 VARIAÇÃO NO PRUMO Variação é a diferença entre a distância padrão superior (D) e a distância encontrada em cada pavimento. Pode ser positiva ou negativa. D V4 V3 V V
19 MAPEAMENTO DA FACHADA Linha de Prumo / Fachada Pavimento L L L3 L4 L5 L6 L7 L8 L9 L0 L L Térreo PUC º Tipo º Tipo 3º Tipo 4º Tipo 5º Tipo 6º Tipo 7º Tipo 8º Tipo 9º Tipo 0º Tipo Cobertura Variação V V V3 V4 V5 V6 V7 V8 V9 V0 V V Onde: V = L...V = L
20 INDICADOR GERAL DE PRUMO A média da variação, resultado do somatório das Variações - V das linhas - L até L dividido pelo número de linhas de prumo, será o indicador de prumo para revestimentos externos.. Estes dados deverão ser introduzidos na tabela 7 para a obtenção deste indicador Prumo Indicador Benchmark Tipo de Argamassa Somatório das Variações (v) N de prumos (p) v/p Padrão O ideal seria zero, mas deve ser estabelecido um fator de tolerância em função da altura e tecnologia adotada, por exemplo, entre -,5 e +,5 Índice de referência (padrão)
21 INDICADORES DE QUALIDADE Os indicadores de qualidade são parâmetros para a aferição do desempenho de produtos ou serviços em relação às necessidades dos clientes internos e externos. A planicidade / prumo dos painéis executados é um item de averiguação fundamental a ser verificado após a execução dos revestimentos internos. Cada obra deve ter um limite de tolerância para a variação do prumo e planicidade. Os painéis dentro do limite estão conformes.
22 INDICADOR GERAL DE CONFORMIDADE DE PLANICIDADE Este indicador é obtido a partir da relação de painéis em conformidade pelo total de painéis executados, que é expresso pela seguinte fórmula: I 4 = (a X00)/b - resultado em % Onde: (a) Total de Painéis em Conformidade (b) Total de Painéis Executados Exemplo: I4= (7X00)/44= 88,0 % ou seja mais de 0% dos painéis estão não-conformes, um índice inaceitável!
23 COLETA DE DADOS DE PLANICIDADE As medições devem ser feitas por painel, por exemplo: A,B,C e D, seguindo o sentido horário a partir da esquerda do acesso. Em cada painel as medições devem ser de acordo com as réguas e conforme a elevação. B A C D
24 MEDIDAS NAS RÉGUAS D D D Dist. de referên cia Dist. de referên cia Dist. de referên cia Régua Painel Plano 5 Régua Painel Côncavo 5 Régua Painel Convexo
25 APROPRIAÇÃO DAS DISTÂNCIAS DAS RÉGUAS Área do Painel** Distâncias Réguas Código Painel * (m) Pontos (m) Código Painel * Área do Painel** (m) Nº de Pontos (n) Médias das Distâncias (D) * A codificação dos painéis facilita o controle das medições, por exemplo: Paqp3 que significa Painel A do quarto do 3º pavimento-tipo. ** Em relação à área do painel, devem ser descontados os vãos existentes em cada um deles
26 CONFORMIDADE DO PAINEL A conformidade do painel será função das médias das distâncias, comparadas à uma distância padrão. Média das Distância Distâncias Padrão Conformidade do Painel Código Painel * (D) (D ) (D/D ) O painel está conforme caso o resultado seja igual a, ou dentro dos limites de tolerância definidos para a obra, por exemplo entre 0,98 e,0. Exemplo: A média das distâncias foi 5 e a distância de referência padrão também era 5, o índice é,o painel está conforme.
27 EXEMPLOS DE RESULTADOS D D D 3 Média= dist. Ref. 3 Média> dist. Ref. 3 Média> dist. Ref Régua Painel Plano 5 Régua Painel Côncavo 5 Régua Painel Convexo
28 RESULTADO DO INDICADOR GERAL DE PLANICIDADE Ele verifica o percentual total de painéis conformes no conjunto da obra. Planicidade Indicador Benchmark Tipo de Argamassa Total de Painéis em Conformidade (a) Total de Painéis Executados (b) (a-b)x00/b Padrão
SISTEMA DE INDICADORES DE DESEMPENHO REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS
. SISTEMA DE INDICADORES: Processos devem ser controlados e para isto usamos indicadores, tanto de andamento como de desempenho. Eles são como termômetros para a aferição do produto, serviço ou processo,
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