A IMPORTÂNCIA DO TROÇO DE REFERÊNCIA PARA A REQUALIFICAÇÃO FLUVIAL

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1 A IMPORTÂNCIA DO TROÇO DE REFERÊNCIA PARA A REQUALIFICAÇÃO FLUVIAL Isabel BOAVIDA Mestre em Hidráulica e Recursos Hídricos, Instituto Superior Técnico, Universidade Técnica de Lisboa, isabelboavida@ist.utl.pt José SANTOS Doutor em Engenharia Florestal, Instituto Superior de Agronomia, Universidade Técnica de Lisboa, jmsantos@isa.utl.pt Rui CORTES Professor Catedrático, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, rcortes@utad.pt Teresa FERREIRA Professor Associado com Agregação, Instituto Superior de Agronomia, Universidade Técnica de Lisboa, terferreira@isa.utl.pt António N. PINHEIRO Professor Catedrático, Instituto Superior Técnico, Universidade Técnica de Lisboa, apinheiro@civil.ist.utl.pt Resumo Os ecossistemas fluviais têm testemunhado uma longa história de pressão humana, resultado do aumento significativo do consumo de água e a diversificação das suas utilizações. A consciência desta situação levou à concepção e implementação de muitos projetos de requalificação fluvial, com um variável grau de sucesso. Em situações naturais, as espécies piscícolas, com diferentes graus de adequação, co-habitam ao longo do ciclo hidrológico. A sequência de condições favoráveis e desfavoráveis ditam as interações abióticas e bióticas que moldam as respectivas populações. Muitos dos projetos de requalificação fluvial fracassam por falta de um estudo prévio que identifique as condições naturais de habitat que existiriam no rio a ser requalificado antes de este sofrer perturbação. Em muitos casos o objectivo da requalificação é a maximizaçâo do habitat negligenciando condiçôes adversas experienciadas pelas espécies, em especial em climas mediterrâneos, e que são naturais e necessárias para o desenvolvimento da comunidade piscícola. O presente estudo incide sobre um projecto de requalificação na ribeira de Odelouca, em que as espécies piscícolas alvo são a boga do sudoeste Iberochondrostoma almacai e o escalo do Arade Squalius aradensis. Um troço de referência, minimamente perturbado, é selecionado na ribeira de Odelouca e a variação anual da superfície ponderada utilizável (SPU) nesse troço é analisada. De acordo com as espécies-alvo, quatro bioperíodos, que definem diferentes momentos no ciclo biológico das espécies, são definidos. Consideráveis diferenças entre a SPU do troço degradado e do troço de referência são registadas. O projeto de requalificação tende a minimizar essas diferenças. Palavras-chave: requalificação fluvial, referência, espécies piscícolas, habitat 1. INTRODUÇÃO Ao longo dos últimos anos assistiu-se a um acréscimo do número de aproveitamentos hidráulicos e à consequente alteração do regime hidrológico a jusante dos mesmos, que resultou numa uniformização dos habitats fluviais e na degradação do ecossistema aquático (NAIMAN e TURNER, 2; SALA et al., 2). As populações piscícolas são as primeiras a sofrerem um impacto significativo ao verem o seu habitat ser alterado, diminuído e, muitas vezes, eliminado. No sentido de contrariar esta tendência e com o intuito de salvaguardar as espécies aquáticas vários projectos de requalificação fluvial têm sido propostos e implementados em todo o mundo (SMITH et al., 22; LACEY e MILLAR, 24; WHEATON et al., 24; WOOLSEY et al., 27), com um variável grau de sucesso. Estes projectos visam, na sua maioria, restaurar o rio, no sentido de repor as suas 1

2 funcionalidades naturais (BRADSHAW, 1983; PALMER et al., 2; RONI et al., 2), quer seja pela implementação de estruturas habitacionais que promovem uma maior heterogeneidade do rio, quer pela implementação de um regime de caudais ecológicos. Em situações naturais, as espécies piscícolas, co-habitam ao longo do ciclo hidrológico em diferentes condições de adequação. A sequência de condições favoráveis e desfavoráveis ditam as interações abióticas e bióticas que moldam as respectivas populações. Muitos dos projectos de requalificação fluvial ainda perseguem a ideia de que maximizar o habitat é o objectivo. Ainda que idealista, os resultados de um projecto de requalificação devem acima de tudo reflectir o estado que o rio tinha antes de ser perturbado, o seu estado natural, conceito este explícito na Directiva Quadro da Água. As acções num projecto deste tipo devem ter lugar após uma fase inicial de estudo que incida sobre as condições em que o rio funcionava antes da perturbação (PETTS, 1984; BERNHARDT et al., 2; PARASIEWICZ, 27) ou sobre troços de referência. Contudo não é fácil conduzir um projecto de requalificação no sentido da situação de referência. O rio é um ecossistema complexo caracterizado pela interacção de diversos factores como a hidrologia, a hidráulica, a geologia, a morfologia, a vegetação ripária, as diferentes espécies aquáticas, entre outros. Como tal, e para garantir o sucesso das acções de requalificação, todos estes factores devem ser considerados. Adicionalmente, devem ser consideradas as espécies alvo que habitam no troço de referência, bem como os diferentes estágios de vida que são importantes para a dinâmica da população e o sucesso das espécies (STRANGE, 1999). Igualmente, e em especial em zonas marcadamente mediterrâneas (GASITH e RESH, 1999), o estudo deve procurar enquadrar as diferentes épocas da biologia das espécies que são fortemente definidas pelo regime hidrológico (MILHOUS et al., 199). No troço requalificado as espécies devem testemunhar as mesmas situações de stress, como a escassez de água dos meses de verão, que viveriam em condições naturais. Os modelos hidrodinâmicos bidimensionais, em conjunto com dados de preferência de habitat, traduzidos em curvas de preferência de habitat, simulam a variação do habitat das espécies alvo em função de alterações na morfologia do leito e variações do caudal. Um dos modelos mais usados actualmente é o modelo bidimensional River2D (STEFFLER, 2). Com base numa representação topográfica tão rigorosa quanto possível da morfologia do curso de água, este modelo cria uma malha de elementos finitos, que deve representar com boa aproximação as características físicas do leito, importantes para os organismos aquáticos. O resultado do modelo é o habitat traduzido em SPU - superfície ponderada utilizável, passível de ser utilizada pelas espécies piscícolas. Com o intuito de analisar o sucesso de um projeto de requalificação realizou-se uma análise das condições de habitat no troço degradado, no cenário de requalificação e comparam-se os resultados dos valores de SPU com os do troço de referência propositadamente escolhido para o efeito. O projeto de requalificação incide num troço da ribeira de Odelouca, em que as espécies piscícolas alvo são a boga do sudoeste Iberochondrostoma almacai e o escalo do Arade Squalius aradensis. 2. MATERIAIS E MÉTODOS 2.1 Enquadramento da área de estudo O presente estudo teve lugar na ribeira de Odelouca, o maior tributário do rio Arade (987 km 2 ), no barlavento algarvio. A ribeira de Odelouca tem 92 km de extensão, desde a Serra do Caldeirão até à confluência com o rio Arade. É um curso de água com características marcadamente mediterrânicas, onde o escoamento é torrencial nos meses de Inverno e o leito apresenta pegos dispersos em grande parte da época estival. A parte superior do rio está classificada como sítio Natura 2 (EU, 2) devido ao elevado estado de preservação da vegetação ripária, onde a intervenção humana é esparsa e quase 2

3 inexistente. Na parte inferior da ribeira, a jusante da Barragem de Odelouca, a morfologia do curso de água foi alterada para dar lugar às inúmeras plantações agrícolas que têm lugar nas margens da ribeira. A poluição química ou difusa proveniente da agricultura ainda que existente não é um dos principais factores de degradação da ribeira, sendo a alteração do ecossistema fluvial, como seja a substituição da vegetação riparia pelos campos agrícolas, o principal atentado ambiental. A comunidade piscícola na ribeira de Odelouca alberga um baixo número de espécies, que no entanto se traduzem numa elevada percentagem de endemismos. O escalo do arade Squalius aradensis e a boga do sudoeste Iberochondrostoma almacai, são duas das espécies nativas mais frequentes na ribeira, encontrando-se actualmente classificadas como criticamente em perigo no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (CABRAL et al., 26). São endemismos estritamente portugueses, exibindo uma distribuição espacial praticamente limitada à bacia de Odelouca e a outras adjacentes de menor dimensão. Estas espécies ocorrem sobretudo em rios e ribeiras intermitentes, sendo que a primeira prefere locais de velocidade de corrente moderada e elevada granulometria, e a segunda ocorre preferencialmente em locais com água de temperatura relativamente elevada e alguma profundidade (PIRES et al., 24). Ambas as espécies enfrentam, como principais factores de ameaça, uma diminuição do seu habitat natural, em consequência da alteração do regime natural de caudais provocada pela construção de barragens, bem como a introdução de espécies exóticas (CABRAL et al., 26). Figura 1 Localização do troço degradado (1) e do troço de referência (2) na bacia hidrográfica da ribeira de Odelouca. 2.2 Recolha de dados Foram seleccionados dois troços na ribeira de Odelouca, respectivamente a montante e a jusante da Barragem de Odelouca (Figura 1). Ambos os troços têm número de ordem 4 e distam 9 e 66 km da nascente. O troço mais a montante foi seleccionado dentro da Rede Natura 2 (EU, 2) e apresenta um elevado carácter natural não tendo sofrido praticamente nenhuma perturbação humana, tendo sido por isso considerado como a situação de referência para o troço de jusante (HUGHES, 1994). As principais unidades geomorfológicas (mesohabitats) deste troço incluem glides nos braços laterais do rio e uma sequência típica de pool-riffle-run. Com 74 m de comprimento e 33 m de largura média este troço apresenta uma estrutura ripária bem desenvolvida em ambas as margens, contribuindo para o aumento da cobertura (vegetação suspensa, raízes e blocos submersos) onde os peixes se podem esconder ou descansar. O troço de jusante, o qual se denominou de degradado, tem 2 m de comprimento e uma largura média de 8 m. A pool é a unidade geomorfológica predominante seguida do riffle. As margens são instáveis e ocupadas, essencialmente, por plantações agrícolas. 3

4 Para a realização do presente estudo procedeu-se ao levantamento topográfico do troço de referência e do troço degradado resultando na obtenção de 1824 e 4129 pontos, respectivamente. A rugosidade absoluta nos dois troços foi estimada a partir de observações do material do leito, designadamente, forma e tamanho. Os parâmetros hidráulicos (e.g. velocidade e profundidade) foram medidos ao longo de secções transversais que representassem diferentes unidades geomorfológicas (runs, riffles e pools) existentes no troço. As características hidráulicas foram medidas segundo uma malha horizontal que teve em conta a irregularidade do leito e a uniformidade dos parâmetros hidráulicos. Nas zonas mais complexas, de características irregulares, criou-se uma malha com, m de lado e nas zonas de leito regular foi criada uma outra de 1 m de lado. A medição da velocidade foi realizada a vau, utilizando-se um molinete ultrasónico. A medição da altura de escoamento foi efectuada com régua graduada em cada vertical da secção transversal. A cobertura foi caracterizada por inspecção visual e delimitação de polígonos de cobertura homogénea, respeitando as seguintes classes: i) qualquer estrutura submersa na qual os peixes podem esconder-se visualmente; (ii) vegetação riparia junto às margens; e (iii) turbulência. As curvas de preferência de habitat foram desenvolvidas considerando as preferências por profundidade, velocidade e cobertura, para diferentes estágios de vida: <, -7, >7 cm para a boga; e <4, 4-6, >6 cm para o escalo (SANTOS e FERREIRA, 28), correspondendo a young-of-year (YOY, +), juvenis (1+) e adultos (>1+), respectivamente. Quadro 1 Características dos troços de referência e degradado. Troços Troço de referência Troço degradado Comprimento (m) Largura média (m) Declive do curso de água (mm -1 ).18.2 Profundidade (m).41±.21.2±.14 Velocidade (m/s).7±.6.41±.23 Nº de Froude.3±.34.26±.14 *Valores médios para a profundidade, velocidade e Nº de Froude, seguido do desvio padrão. 2.3 Análise dos dados O regime hidrológico foi calculado tendo em conta os caudais diários da estação mais próxima, o Monte dos Pachecos. Os registos de 29 anos (1962-2) foram considerados representativos das condições locais. Os caudais diários para os troços de referência e degradado foram calculados multiplicando o caudal diário medido na estação hidrométrica por um factor de ajuste correspondente ao quociente entre a bacia hidrográfica do troço e a bacia hidrográfica da estação hidrométrica. Ao longo do ano hidrológico foram considerados quatro bioperíodos com funções biológicas específicas (PARASIEWICZ, 27). Para identificar esses bioperíodos o regime hidrológico foi comparado com a biologia das espécies alvo referenciada na bibliografia existente (MAGALHÃES et al., 22; COELHO et al., 2; SANTOS e FERREIRA, 28). Como tal foram considerados quatro bioperiodos representados na Figura 2: Inverno (winter floods); desova (spawning); crescimento (rearing and growth); e verão (summer droughts). 4

5 Figura 2 Regime hidrológico na estação hidrométrica de Monte dos Pachecos e os bioperiodos das espécies. O cenário de requalificação fluvial a considerar no troço degradado inclui a introdução de 3 ilhas a meio do troço e a introdução de duas baías laterais em margens opostas. Este cenário foi escolhido uma vez que já tinha sido objecto de estudo e garantia um melhoramento do habitat destas espécies (BOAVIDA et al., 21). As simulações hidrodinâmicas e do habitat foram levadas a cabo com o River2D até um caudal de 12 m 3 /s para o troço de referência, o degradado e o cenário de requalificação fluvial. O valor de SPU superfície ponderada utilizável foi usado para avaliar o cenário de requalificação fluvial e foi calculado como o produto das preferências de profundidade, velocidade e cobertura.

6 Figura 3 Superfície molhada do troço de referência para (a) o caudal baixo (.4 m 3 /s) e (b) o caudal elevado (7.9 m 3 /s); troço degradado para (c) o caudal baixo (.4 m 3 /s) e (d) o caudal elevado (7.9 m 3 /s); e cenário de requalificação fluvial para (e) o caudal baixo (.4 m 3 /s) e (f) o caudal elevado (7.9 m 3 /s) 3. RESULTADOS 3.1 Modelação hidrodinâmica Na Figura 3 apresentam-se os resultados da simulação hidrodinâmica para o troço de referência, troço degradado e cenário de requalificação considerando um valor de caudal mais baixo (Q=.4 m 3 /s) e um valor de caudal mais elevado (Q=7.9 m 3 /s). A morfologia mais complexa do troço de referência é revelada para o caudal mais elevado com a formação de ilhas e canais laterais junto à margem direita. No troço degradado não se notam diferenças na superfície molhada do caudal mais baixo para o caudal mais elevado. No cenário de requalificação fluvial verifica-se para o caudal mais elevado a completa submersão das baías laterais. As curvas de SPU versus caudal para a boga e o escalo e considerando-se os diferentes troços cenário de requalificação fluvial apresentam-se na Figura 4. Verificou-se que os YOY da boga ganham habitat com o cenário de requalificação fluvial para os caudais acima dos 1.3 m 3 /s. Os restantes estágios de vida da boga apresentam um claro melhoramento do habitat relativamente ao troço degradado para a gama de caudais estudados. No caso do escalo os resultados mostram uma 6

7 diferença clara entre os estágios de vida. Enquanto que os juvenis e os adultos evidenciaram uma clara melhoria do habitat em relação à situação degradada, no caso dos YOY tal só se verificou para os caudais mais baixos (1 < Q < 4. m 3 /s). O valor de SPU do troço de referência e do cenário de requalificação fluvial foi correlacionado, no que resultou um valor de R quadrado para todas as espécies/estágios de vida/bioperíodo de.67 (p<.). Valores mais elevados de SPU correspondem uma maior divergência entre os dois troços em questão (a) 3 3 (b) SPU (%) SPU (%) SPU(%) (c) SPU (%) (d) SPU (%) (e) SPU (%) (f) Figura 4 Curvas de SPU em função do caudal (m 3 /s) no troço de referência, degradado e cenário de requlificação para: (a) YOY da boga, (b) YOY do escalo, (c) juvenis da boga, (d) juvenis do escalo, (e) adultos da boga, e (f) adultos do escalo. (d) 7

8 4. DISCUSSÃO As acções de requalificação fluvial são conduzidas com o objectivo de melhoramento do habitat físico para as espécies alvo (KEMP et al., 1999). Muitas vezes estas acções falham por não terem um troço de referência onde se basearem as suas acções de requalificação (NILSSON et al., 27). Além disso e em especial em climas marcadamente mediterrâneos, as espécies piscícolas habitam em condições sub-óptimas de habitat durante uma parte do ano. Estas condições desfavoráveis determinam alterações importantes ao nível da disponibilidade de alimento, da competição por espaços confinados (pools isolados), interferindo por isso no sucesso de cada estágio de vida e por consequência no sucesso da espécie. Todos estes factores fazem parte da evolução natural das espécies e devem por isso ser respeitados e considerados nos estudos de requalificação ambiental. Segundo KARR (1981) quanto mais próxima for a estrutura da comunidade do troço requalificado da do troço de referência mais saudável e perto das condições naturais é possível julgar a requalificação. Muitos estudos de requalificação ambiental ainda tentam maximizar a disponibilidade de habitat para as espécies alvo e para os estágios de vida mais críticos. Esta metodologia permite não só recriar as condições desfavoráveis tipicamente existentes num curso mediterrâneo como permitem avaliar a resposta das comunidades piscícolas por épocas do ano. Recrear as condições adversas de um curso de água é tão importante como recriar habitat, com o pressuposto de manter um balanço dinâmico entre as espécies que compõem a comunidade. De facto, um determinado habitat pode ser óptimo para determinada espécie e não favorável para outra espécie. O mesmo se passa ao nível dos estágios de vida. As espécies ao longo do seu ciclo de vida vão tendo preferências distintas por habitats diferentes. A única forma de diminuir esta ambiguidade de escolhas é escolher uma meta (benchmark) que vá de encontro ao ecossistema que era passível de ser encontrado antes da perturbação e que pode ser facilmente caracterizado por troços de referência. Neste projecto de requalificação procedeu-se à introdução de ilhas e baías laterais no curso de água. As ilhas promovem a criação de áreas para a desova, descanso, alimento e protecção, uma vez que desviam o escoamento e criam zonas de menores velocidades na sua vizinhança (TÁNAGO e GARCIA e JÁLON, 27) contribuindo para o aumento da heterogeneidade hidráulica (COWX e WELCOMME, 1998). As baías laterais são zonas de profundidade baixa com velocidade reduzida promovendo o desenvolvimento dos mais jovens. Adicionalmente gozam de temperaturas mais elevadas que o curso de água principal (BARAS e NINDABA, 1999). Tendo em conta a diferença de preferência de habitats de espécie para espécie e entre os estágios de vida ao beneficiarmos um tipo de habitat estaremos irremediavelmente a negligenciar outro. Se a meta for as condições de referência, as acções de requalificação podem ser desenvolvidas com vista ao melhoramento do habitat das espécies que mais abundam no troço de referência. Ou seja, as proporções das espécies e estágios de vida no troço de referência devem ser mimetizados no projecto de requalificação. Por outro lado, ao recriarmos grandes variações das condições hidrológicas, típicas dos rios mediterrâneos e a que as espécies estão naturalmente habituadas podemos estar a filtrar a comunidade piscícola aos endemismos. A existência de potenciais competidores exóticos fica reduzida, uma vez que estas espécies são menos tolerantes a grandes variações das condições ambientais (MAGALHÃES et al., 22). Além disso, as espécies endémicas dos rios mediterrâneos dependem da sucessão destes períodos críticos, com algumas espécies e estágios de vida a sofrerem mais que outros. Esta variação das condições hidrológicas a longo do ano deve pois ser incorporada nos projectos de requalificação a fim de caracterizar os diferentes períodos da biologia das espécies e as condições hidrologicamente adversas. Cada rio tem uma combinação única de habitats, e este estudo sublinha a importância de que apenas os troços naturais ambos com condições favoráveis e desfavoráveis podem e devem ser usados como meta para a acção de requalificação. Adicionalmente, e para melhorar as acções de 8

9 requalificação, é importante evoluir para uma noção de comunidade piscícola, incorporando condições desfavoráveis de habitat para todos os estágios de vida e espécies presentes no troço de referência. Posteriores acções de monitorização da comunidade piscícola devem ter lugar. A monitorização deve atender ao número e abundância das espécies antes e depois das acções de requalificação (KARR, 1981). Só assim se pode entender o impacto destas acções nas comunidades existentes e assim programar futuros projectos de requalificação. 12 Troço de referência - SPU (%) R 2 =.67 Cenário de requalificação fluvial - SPU (%) BIBLIOGRAFIA BARAS, E.; NINDABA, J. Seasonal and diel utilisation of inshore microhabitats by larvae and juveniles of Leuciscus cephalus and Leuciscus leuciscus. Environmental Biology of Fishes 6, 1999, pp BERNHARDT, E.S.; PALMER, M.A.; ALLAN, J.D.; ABELL, R.; ALEXANDER, G.; BROOKS, S.; CARR, J.; CLAYTON, S.; DAHM, C.; FOLLSTAD SHAH, J.; GALAT, D.L.; GLOSS, S.; GOODWIN, P.; HART, D.H.; HASSET, B.; JENKINSON, R.; KATZ, S.; KONDOLF, G.M.; LAKE, P.S.; LAVE, R.; MEYER, J.L.; O DONNELL, T.K.; PAGANO, L.; SUDDUTH, E. River Restoration in the United States: A national synthesis. Science, 38, 2, pp BOAVIDA, I.; SANTOS, J.M.; CORTES, R.V.; PINHEIRO, A.N.; FERREIRA, M.T. Assessment of instream structures for habitat improvement for two critically endangered fish species. Aquatic Ecology 4, 21, pp BRADSHAW, A.D. The reconstruction of ecosystems. Journal of Applied Ecology, 2, 1983, pp CABRAL, M.J.; ALMEIDA, J.; ALMEIDA, P.R.; DELLINGUER, T.; ALMEIDA, N.F.; OLIVEIRA, M.E.; PALMEIRIM, J.M.; QUEIROZ, A.L.; ROGADO, L.; SANTOS-REIS, M. Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal. Lisboa (Portugal), Instituto da Conservação da Natureza/Assírio Alvim, 26, 66 pp. COELHO, M.M.; MESQUITA, N.; COLLARES-PEREIRA, M.J. Chondrostoma almacai, a new cyprinid species from the southwest of Portugal, Iberian Península. Folia Zoologica 4, 2, pp COWX, I.G.; WELCOMME, R.L. Rehabilitation of Rivers for Fish. Fishing News Books, Blackwell Science, Oxford EC. Council Directive for a legislative frame and actions for the water policy, 2/6/EC, Official Journal of the EC 22/12/2, 2. 9

10 GASITH, A., RESH, V.H. Streams in Mediterranean climate regions abiotic influences and biotic responses to predictable seasonal events. Annual Review of Ecology and Systematics 3, 1999, pp HUGHES, F.M.R. Environmental change, disturbance, and regeneration in semi-arid floodplain forests. Pages in A. C. Millington and K. Pye, editors. Environmental change in drylands: biogeographical and geomorphical perspectives. John Wiley, New York, New York, USA. 24. KARR, J.R. Assessment of biotic integrity using fish communities. Fisheries 6, 1981, pp KEMP, J.L.; HARPER, D.M.; CROSA, G.A. Use of functional habitats to link ecology with morphology and hydrology in river rehabilitation. Aquatic Conservation: Marine and Freshwater Ecosystems 9, 1999, pp LACEY, R.W.; MILLAR J.R. Reach scale hydraulic assessment of instream salmonid habitat restoration. Journal of the American Water Resources Association, 4, 24, pp MAGALHÃES, M.F.; BEJA, P.; CANAS, C.; COLLARES-PEREIRA, M.J. Functional heterogeneity of dry-season fish refugia across a Mediterranean catchment: the role of habitat and predation. Freshwater Biology 47, 22, pp MILHOUS, R.T.; BARTHOLOW, J.M.; UPDIKE, M.A.; MOOS, A.R. Reference manual for generation and analysis of habitat time, series-version II. Instream Flow Information Pap. No. 27. Bid. Rep. 9(16), US Fish and Wildlife Service, Fort Collins, Colorado, 199. NAIMAN R.J.; TURNER, M.G. A future perspective on North America s freshwater ecosystems. Ecological Applications, 1, 2, pp NILSSON, C.; JANSSON, R.; MALQVIST, B.; NAIMAN, R.J. Restoring riverine landscapes: the challenge of identifying priorities, reference states, and techniques. Ecology and Society 12, 27, pp 16. PALMER, M.A.; BERNHARDT, E.S.; ALLAN, J.D.; et al. Standards for ecologically successful river restoration. Journal of Applied Ecology, 42, 2, pp PARASIEWICZ, P. Using mesohabsim to develop reference habitat template and ecological management scenarios. River Research and Application, 23, 27, pp PETTS, G.E. Impounded Rivers, Wiley, Chichester, PIRES, A.M.; COSTA, L.M.; ALVES, M.J.; COELHO, M.M. Fish assemblage structure across the Arade basin (southern Portugal). Cybium, 28(4), 24, pp RONI, Phil. and Food and Agriculture Organization of the United Nations - Habitat rehabilitation for inland fisheries: global review of effectiveness and guidance for rehabilitation of freshwater ecosystems / by Phil Roni... [et al.] Food and Agriculture Organization of the United Nations, Rome. 2. SALA, O.E.; CHAPIN, F.S.; ARMESTO, J.J.; et al. Global biodiversity scenarios for the year 21. Science, 287, 2, pp SANTOS, J.M.; FERREIRA, M.T. Microhabitat use by endangered Iberian cyprinids nase Iberochondrostoma almacai and chub Squalius aradensis. Aquatic Science 7, 28, pp SMITH, A.; KATOPODIS, C.; STEFFLER, P. Assessment of flow characteristics of fish habitat structures in a constructed tundra channel using the River2D finite element model, in Proceedings of 4th Ecohydraulics Symposium and Conference on Environmental Flows for River Systems. Cape Town, South Africa. 22. STRANGE, R.M. Historical biogeography, ecology, and fish distributions: conceptual issues for establishing IBI criteria. Assessing the Sustainability and Biological Integrity of Water Resources Using Fish Communities (ed. T.P. Simon): CRC Press, Boca Raton, FL STEFFLER, P. Software River2D. Two Dimensional Depth Averaged Finite Element Hydrodynamic Model. University of Alberta, Canada. 2. TÁNAGO, M.G.; GARCIA de JÁLON, D. Restauración de rios. Guía metodológica para la elaboración de proyectos. Ministerio de Medio Ambiente, España

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