UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Djavan Aragão Pereira dos Santos AVALIAÇÃO DA SUPERFÍCIE DE PAVIMENTOS FLEXÍVEIS ATRAVÉS DO LEVANTAMENTO VISUAL CONTÍNUO - PROCEDIMENTO DNIT 008/2003 PRO: ESTUDO DE CASO DA BR-324 NO TRECHO ENTRE AMÉLIA RODRIGUES E FEIRA DE SANTANA - BA Feira de Santana 2008

2 Djavan Aragão Pereira dos Santos AVALIAÇÃO DA SUPERFÍCIE DE PAVIMENTOS FLEXÍVEIS ATRAVÉS DO LEVANTAMENTO VISUAL CONTÍNUO - PROCEDIMENTO DNIT 008/2003 PRO: ESTUDO DE CASO DA BR-324 NO TRECHO ENTRE AMÉLIA RODRIGUES E FEIRA DE SANTANA - BA Trabalho de Conclusão de Curso da Universidade Estadual de Feira de Santana, apresentado à disciplina Projeto Final II como requisito parcial à obtenção de titulo de Bacharel em Engenharia Civil. Orientador: Prof. Francisco Antônio Zorzo Feira de Santana 2008

3 Djavan Aragão Pereira dos Santos AVALIAÇÃO DA SUPERFÍCIE DE PAVIMENTOS FLEXÍVEIS ATRAVÉS DO LEVANTAMENTO VISUAL CONTÍNUO - PROCEDIMENTO DNIT 008/2003 PRO: ESTUDO DE CASO DA BR-324 NO TRECHO ENTRE AMÉLIA RODRIGUES E FEIRA DE SANTANA - BA. Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção de Título de Bacharel em Engenharia Civil Feira de Santana, abril de Banca Examinadora: Me. Mário Sergio de Souza Almeida Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes Gerinaldo Costa Alves Universidade Estadual de Feira de Santana Dr. Francisco Antônio Zorzo Universidade Estadual de Feira de Santana

4 DEDICATÓRIA A Deus por ter me concedido a alcançar meu sonho. A meu admirável Pai Dilson e a minha magnífica Mãe Dinaci. Aos meus amáveis irmãos Djenane, Jeferson e a saudosa Daiane. A minha querida namorada Teciana. Aos meus parentes paternos e maternos. Aos amigos e incentivadores.

5 AGRADECIMENTOS Um trabalho de conclusão de curso não é apenas a busca em fontes bibliográficas em arquivos e artigos para a elaboração de um trabalho. É aliar a busca do conhecimento com o estudo de um problema conhecido. Por sorte, recebi ajuda de amigos e professores, que foram de fundamental importância para a realização dessa tarefa. A todas estas pessoas, e outras que por esquecimento possa ter deixado de citar, que facilitaram e tornaram menos árduo a realização deste trabalho, o meu sincero obrigado. Ao Departamento de Infra-estrutura e Transportes da Bahia que através de seus funcionários, pôde disponibilizar informações e dados para a realização deste trabalho. Ao professor Francisco Antônio Zorzo, pela orientação, pelo desafio e pelo tempo empregado para orientação. A professora Eufrozina coordenadora da disciplina Projeto Final II, que me guiou, cobrou e ensinou a iniciar e desenvolver esse trabalho. Ao Professor Gerinaldo Costa da disciplina Projeto Final I, que me deu as primeiras orientações para esse trabalho. Aos Engenheiros do DNIT Salvador, pela atenção prestada e pelas informações disponibilizadas para a elaboração do trabalho, que foram: Antônio Carlos Cruz de Oliveira, Olavo Galvão Costa e Mário Sérgio de Souza Almeida. E em especial aos engenheiros Luiz Welf do DERBA 2ª RM, ao engenheiro Max Gil Leite de Souza do DNIT - Feira de Santana e a colega Martina Rodrigues, pelo auxílio e acompanhamento no desenvolvimento do estudo de caso.

6 RESUMO O trabalho apresenta uma verificação da condição do pavimento de uma rodovia no estado da Bahia. Este estudo condiz com a realidade atual de manutenção da superfície asfáltica dos pavimentos do país, já que devido ao avançado estado das construções de pavimentos flexíveis a preocupação agora se volta para a manutenção da vida útil das mesmas. Foi aplicado um método de avaliação da superfície de pavimentos flexíveis, na rodovia BR-324, trecho entre Amélia Rodrigues e Feira de Santana, do Km 543 ao Km 230. Nesse estudo foi aplicado o modelo de avaliação superficial LVC do DNIT, que através da norma 008/2003 PRO informa as diretrizes para a realização do estudo. O método baseia-se na verificação do estado geral da superfície asfáltica e das manifestações patológicas nela presentes, gerando-se 03(três) índices que são o ICPF (Índice de Condição de Pavimentos Flexíveis), o IGGE (Índice de Gravidade Global Expedito) e o IES (Índice do Estado de Superfície do Pavimento). Ao final do estudo chegou-se ao resultado que indicou o estado do pavimento como regular. Com isso, o trabalho visa demonstrar a situação sobrecarregada do setor rodoviário do país e da Bahia. O tipo de estudo aqui desenvolvido torna-se importante para a tomada de decisões sobre uma intervenção de recuperação para que seja melhorada a condição de trafegabilidade nesse trecho, diminuindo o gasto de uma intervenção feita em hora inoportuna e reduzindo a incidência de acidentes de trânsito. Palavras chave: Método de Avaliação de Pavimentos, Levantamento Visual Contínuo, Pavimentos Asfálticos, Manutenção de Rodovias, Defeitos de Pavimentos.

7 SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS LISTA DE TABELAS LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS 1 - INTRODUÇÃO ESTRUTURA DO TRABALHO JUSTIFICATIVA OBJETIVOS Geral Especifico METODOLOGIA DO TRABALHO ESTUDO DA SITUAÇÃO DOS TRANSPORTES NO BRASIL A FORMAÇÃO DAS RODOVIAS NO BRASIL IMPORTÂNCIA DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO NO BRASIL CARACTERIZAÇÃO DOS TRANSPORTES NO BRASIL Ferrovias Hidrovias Rodovias CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE DA MALHA RODOVIÁRIA Rodovias Federais em Geral Rodovias Federais na Bahia AVALIAÇÃO DA SUPERFÍCIE DO PAVIMENTO GERÊNCIA DE PAVIMENTOS AVALIAÇÃO SUPERFICIAL Definição Importância da Avaliação Superficial 31

8 3.3 - TERMINOLOGIA DAS FALHAS DOS PAVIMENTOS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO SUPERFICIAL DOS PAVIMENTOS DNIT 007/2003 PRO DNIT 008/2003 PRO DNIT 009/2003 PRO OUTROS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DOS PAVIMENTOS Avaliação Estrutural Destrutiva (prospecção) Prospecção Não Destrutiva dos Pavimentos Medidas de Deflexões Viga Benkelman Falling Weight Deflectometer ESTUDO DO MECANISMO DA PRODUÇÃO DAS FALHAS ABORDADAS NA METODOLOGIA DO DNIT 008/2003 PRO TRINCAS DEFORMAÇÕES PANELAS E REMENDOS OUTROS DEFEITOS SELEÇÃO DAS ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO E REABILITAÇÃO ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO Remendos Capas Selantes ATIVIDADES DE REABILITAÇÃO SERVIÇOS RECOMENDADOS PARA AS DIFERENTES MANIFESTAÇÕES DE PATOLOGIAS ASFÁLTICAS ESTUDO DE CASO TRECHO RODOVIÁRIO ESTUDADO 49

9 6.2 - METODOLOGIA UTILIZADA NO TRABALHO DE CAMPO Operação do Veículo Processo de Levantamento Extensão dos Segmentos Preenchimento do Formulário para Registro Cálculos APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS CONSIDERAÇÕES FINAIS 68 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 70 ANEXOS 73 Anexo I: Formulário Para o Levantamento Visual Contínuo 74 Anexo II: Formulário Para o Cálculo do IGGE 75 Anexo III: Quadro de Resumos dos Índices Calculados 76 Anexo IV: Representação dos Diferentes Tipos de Defeitos 77 Anexo V: Relatório Fotográfico do Estudo de Caso 78

10 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Evolução da participação dos transportes de carga no Brasil p.20; Figura 2 - Malha ferroviária brasileira p.21; Figura 3 - Principais hidrovias do Brasil p.22; Figura 4 - Condição do pavimento das rodovias federais p.25; Figura 5 - Evolução da condição do pavimento das rodovias federais p.26; Figura 6 - Efeitos da escolha do momento de se restaurar um pavimento p.32; Figura 7 - Localização da BR Trecho Amélia x Feira p.50; Figura 8 - Percentual de Trechos x Qualificação p.67.

11 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Evolução da rede rodoviária nacional por tipo de jurisdição 1960/2000 p.23; Tabela 2 - Qualidade do pavimento da malha rodoviária federal na Bahia p.26; Tabela 3 - Classificação das rodovias da malha rodoviária federal na Bahia p.27; Tabela 4 - Tabela de código de defeitos p.33; Tabela 5 - Resumo das causas e tipos de deformação permanente p.42; Tabela 6 - Patologias e serviços de correção p.48; Tabela 7 - Informações do Cabeçalho p.52; Tabela 8 - Elementos de inspeção a serem observados p.52; Tabela 9 - Representação dos tipos de defeitos observados pelo LVC p.53; Tabela 10 - Freqüência dos defeitos p.53; Tabela 11 - Tabela de ICPF p.54; Tabela 12 - Pesos para cálculo do IGGE p.55; Tabela 13 - Índice do Estado de Superfície do Pavimento p.56; Tabela 14 - Resultado do Levantamento Visual Contínuo 1ª Planilha p.57; Tabela 15 - Resultado do Levantamento Visual Contínuo 2ª Planilha p.58; Tabela 16 - Primeiro formulário de cálculo do IGGE p.59; Tabela 17 - Segundo formulário do cálculo do IGGE p.60; Tabela 18 - Primeiro quadro de resumo de resultados p.61; Tabela 19 - Segundo quadro de resumo de resultados p.62; Tabela 20 - Qualificação dos subtrechos e correlação com o relatório fotográfico p.63; Tabela 21 - Caracterização do Estado do Pavimento p.66.

12 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS AASTHO - American Association of State Highway and Transportation Officials ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas ANTT - Agência Nacional de Transportes Terrestres CAP - Cimento Asfáltico de Petróleo CBUQ - Concreto Betuminoso Usinado à Quente CNT - Confederação Nacional dos Transportes CVRD - Companhia Vale do Rio Doce DERBA - Departamento de Infra-Estrutura de Transportes do Estado da Bahia DNER - Departamento Nacional de Estradas de Rodagem DNIT - Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes EUA - Estados Unidos da América FEPASA - Ferrovia Paulista S.A. FWD - Falling Weight Deflectometer LVC - Levantamento Visual Contínuo VMD - Volume Médio Diário HRB - Highway Research Board FRN - Fundo Rodoviário Nacional GPR - Ground Penetrating Radar HDM - High Disign Maintence ICPF - Índice de Condição do Pavimento Flexível IES - Índice do Estado de Superfície IGG - Índice de Gravidade Global IGGE - Índice de Gravidade Global Expedito IGI - Índice de Gravidade individual MT - Ministério dos Transportes PMF - Pré-Misturados a Frio PNV - Plano Nacional de Viação PPP - Parceria Público Privada RFFSA - Rede Ferroviária Federal S.A. SGP - Sistema de Gerência de Pavimentos VSA - Valor da Serventia Atual

13 1- INTRODUÇÃO A avaliação de um pavimento rodoviário compreende um conjunto de atividades destinadas a obtenção de dados, informações e parâmetros que permitam diagnosticar os problemas e interpretar o desempenho de uma estrutura. Essa avaliação é feita visando detectar as necessidades atuais e futuras de manutenção do pavimento e se prever as conseqüências da implementação de estratégias alternativas de manutenção (GONÇALVES, 1999). A avaliação da superfície de pavimentos pode ser feita através de vários métodos que se propõem a estabelecer um índice de qualidade para um determinado segmento a partir da análise e estatísticas relacionadas aos diversos defeitos encontrados sobre a superfície do pavimento (BALBO, 1997). No caso do presente estudo foi eleita a metodologia preconizada no Procedimento Técnico do DNIT, PRO-008/2003 Levantamento Visual Contínuo (LVC). A seleção do Procedimento Técnico do DNIT, PRO-008/2003 Levantamento Visual Contínuo, como metodologia de trabalho de campo, deveu-se ao fato de que ela é, atualmente, a mais empregada pela gerência de pavimentos dos órgãos responsáveis pelas rodovias, no caso da Bahia, o DERBA Departamento de Infraestrutura de Transportes do Estado da Bahia. Essa metodologia está bastante difundida por representar uma abordagem simplificada, mas de boa eficiência para avaliação rápida e não destrutiva da superfície dos pavimentos rodoviários. Segundo Gonçalves (1999) pode ser necessário avaliar-se um pavimento por razões específicas, tal como estimar a vida restante de um pavimento que sofreu interferências anormais ou não previstas, a exemplo de excesso de carga ou problemas de natureza construtiva, e levar a uma tomada de decisão correta. A avaliação da superfície do pavimento é realizada para fins de determinação da decisão a ser tomada para o aumento da vida útil do pavimento que está sendo estudado.

14 1.1 - ESTRUTURA DO TRABALHO O presente trabalho monográfico é constituído de sete capítulos, cuja composição está descrita a seguir. O capítulo 1 faz a introdução do trabalho monográfico, onde são descritos o tema, o problema, a justificativa e a metodologia utilizada para elaboração do trabalho. Do capítulo 2 ao 5 é feita uma revisão bibliográfica sobre assuntos relacionados ao tema abordado no trabalho monográfico: O capítulo 2 é composto por um estudo da situação do transporte rodoviário no âmbito brasileiro, com alguns fatos, datas e nomes marcantes. No capítulo 3 é elaborada uma revisão teórica do modelo de gerência de pavimentos flexíveis e seus benefícios. No capítulo 4 consta uma apresentação das patologias existentes no pavimento conforme foram consideradas nesse trabalho e as possíveis causas da produção destas falhas. O capítulo 5 consta dos tipos de serviços recomendados para cada caso de manifestação das patologias asfálticas e os principais serviços executados em manutenção e reabilitação de pavimentos atualmente. O capítulo 6 apresenta o estudo de caso, com o levantamento de dados e a análise dos mesmos. No capítulo 7 estão incluídas as considerações finais do trabalho monográfico e os pontos principais deste estudo. Por fim, são listadas as referências bibliográficas e representados os anexos utilizados para a elaboração deste trabalho JUSTIFICATIVA Uma das maiores preocupações que atingem os profissionais que trabalham com a operação das rodovias é a de avaliar o estado dos pavimentos e planejar os serviços de engenharia. As obras de conservação rodoviária têm um custo muito elevado e devem ser executadas no momento certo, podendo encarecer mais o valor, se a gerência de

15 pavimentos não conseguir identificar os defeitos e fazer a intervenção no momento correto. Para realizar a avaliação dos pavimentos e o monitoramento das rodovias com fins de gerenciar a aplicação dos tapa-buracos e dos demais serviços, é preciso encadear uma série de informações e conhecimentos e superar dificuldades operacionais. Uma das dificuldades está em escolher a metodologia de avaliação. Outra dificuldade está em conhecer as causas das patologias a partir do diagnóstico do estado do pavimento. Uma outra dificuldade está, com base nos levantamentos, avaliar a serventia do pavimento e indicar as medidas a serem empreendidas (BALBO, 1997). O problema estudado aqui tem chamado a atenção dos agentes e usuários ligados à rede rodoviária. As sociedades brasileira e baiana estão muito interessadas no assunto do funcionamento da malha viária. Os periódicos baianos cotidianamente salientam as manchetes sobre defeitos de pavimentos, acidentes rodoviários, problemas de insegurança nas estradas (PEREIRA, 2006). Nesse sentido, a CNT Confederação Nacional dos Transportes, um órgão ligado ao empresariado do setor de transportes de carga, faz, por conta própria, anualmente, uma avaliação da pavimentação da malha federal. Os dados são veiculados através da publicação na Internet e na revista CNT. No item 2.4, a seguir, estão colocados os resultados dos últimos anos que demonstram que grande parte dos sistemas rodoviários nacional e baiano estão sendo avaliados como em estado regular, ruim ou péssimo. De todo modo a CNT, para fazer sua pesquisa, precisou conceber uma metodologia de avaliação dos pavimentos. A sua metodologia, bastante parecida com a que será empregada no presente estudo, consiste numa análise visual feita em deslocamento na rodovia, levando em conta alguns elementos como sinalização, condição do pavimento, geometria e demais defeitos. Os órgãos rodoviários federal e estaduais desenvolveram diversas metodologias de estudos de pavimentos. Muitas delas baseadas na experiência internacional. Os órgãos americanos da ASSHTO e o HRB Highway Research Board possuem normas e procedimentos para a avaliação dos pavimentos que inspiraram os departamentos rodoviários de muitos países inclusive do Brasil.

16 Dentre as diversas metodologias recomendadas pelo DNIT vale aqui fazer referência aos quatro procedimentos que são 006/2003, 007/2003, 008/2003 e 009/2003 (ver também o item 3.4 do presente trabalho).a aplicação do LVC se justifica pelo fato de ser um método de abordagem simples, econômico, rápido e não destrutivo. 1.3 OBJETIVOS Geral Avaliar a superfície asfáltica do pavimento da rodovia BR-324 no trecho entre Amélia Rodrigues e Feira de Santana, na Bahia, do quilômetro 543 ao 520, através do método do LVC, visando, com o estudo das condições da rodovia, incentivar a melhora do conhecimento do estado da malha viária da federal no estado da Bahia Específico 1 - Formalizar e mensurar a qualidade da superfície do pavimento neste trecho da rodovia para consultas e posteriores trabalhos; 2 - Realizar um diagnóstico das causas da deterioração do pavimento da rodovia através da avaliação de um trecho escolhido,e indicar medidas de engenharia; 3 - Avaliar os resultados da aplicação do método do LVC como um procedimento do sistema de gerenciamento da rodovia com vistas a reduzir propagação de defeitos e desgaste da rodovia, através da tomada de decisão na hora certa. 1.4 METODOLOGIA DO TRABALHO Para o desenvolvimento do trabalho monográfico, foi executada uma revisão bibliográfica, em artigos, livros, teses, dissertações, jornais e revistas. Foram abordados assuntos como: - O desenvolvimento histórico das estradas ao longo dos anos;

17 - A priorização do modal rodoviário para transportes no Brasil; - O planejamento do sistema de gerenciamento de pavimentos; - Os tipos de falhas e as causas prováveis encontradas nos pavimentos flexíveis, visualmente identificáveis; - Os serviços de recuperação recomendados em cada caso. Executou-se, no entanto, para estudar a situação da malha viária da Bahia, a aplicação do método do LVC para o contexto da BR-324 no sentido Salvador-Feira, no trecho entre Amélia Rodrigues e Feira de Santana do quilômetro 543 ao 520, cuja pavimentação é executada em CBUQ. Para isto, foi empregado o procedimento 008/2003 do DNIT, que é composto dos seguintes processos: a) Levantamento Visual em campo, através do percurso do trecho a ser analisado; b) anotação dos defeitos apresentados em planilhas; c) Cálculo dos Índices de avaliação do pavimento. Esse levantamento de campo que será descrito e esclarecido no item 6.2 deste presente trabalho tem uma formulação teórico-metodológica que foi motivo de uma revisão bibliográfica.

18 2- ESTUDO DA SITUAÇÃO DOS TRANSPORTES NO BRASIL 2.1 A FORMAÇÃO DAS RODOVIAS NO BRASIL Durante praticamente todo o período colonial, a ocupação e o povoamento brasileiro foram um constante objetivo de Portugal, em virtude da lei internacional do uti possidetis. Por esta lei, vigente na Europa, logo após os grandes descobrimentos, todas as nações européias poderiam invocar o princípio do efetivo domínio para reivindicarem a posse dos territórios recém-descobertos, daí o empenho português de povoar a colônia e, até mesmo, abrir caminhos e interligar as várias capitanias brasileiras (GALVÃO, 1996). Segundo Cruz e Bitencourt (2005) o fato que deu início à história do sistema viário terrestre no Brasil foi à inauguração da estrada União Indústria, em Contudo, a primeira lei a conceder auxílio federal para a construção de estradas foi aprovada somente em Segundo Rubin e Pagel (2007) dá pra se dizer que a história das estradas brasileiras tem grande avanço com Washington Luís, que assumiu o cargo de presidente do Brasil em 1926, a quem se atribuiu à frase Governar é Construir Estradas. Isso porque é apenas em seu governo que surgem grandes obras como a Rio-São Paulo hoje Via Dutra e a primeira rodovia pavimentada do Brasil, a Rio- Petrópolis, que hoje leva o nome do presidente em questão. Ambas foram inauguradas em Na primeira metade do século XX, ainda tem-se a percepção de que o Brasil constituía um imenso arquipélago de ilhas econômicas. Surge, então, a ideologia nacionalista da marcha para o Oeste e, nesta linha os governos de Vargas e Kubitscheck consagraram a integração nacional como um dos objetivos principais da política pública, por meio de grandes obras rodoviárias (GALVÃO, 1996). Em 1937 é criado o DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem), órgão que não possuía recursos próprios e suas atividades eram desvinculadas dos sistemas rodoviário estadual e municipal. Como resultado da política rodoviária adotada até então, o Brasil chegava a meados da década de 1940 com modestos 423 Km de rodovias pavimentadas, entre federais e estaduais.

19 Nos anos 40 a construção de rodovias ganha impulso, com a criação do Fundo Rodoviário Nacional (FRN) em O fundo estabelecia um imposto sobre os combustíveis que, juntamente com uma parte do orçamento, tinham o objetivo de financiar novas estradas. A criação da Petrobrás e o início da indústria automobilística aceleram ainda mais a abertura de novas rodovias. Em 1945 o então ministro da Viação e Obras Públicas, Maurício Joppert da Silva, aprovou junto ao presidente José Linhares, o Decreto-lei 8.463, que conferia autonomia técnica e financeira ao DNER. Com essas medidas a política rodoviária brasileira tem seu grande impulso. Em 1950 o Brasil já contava com 968 Km de rodovias pavimentadas, o dobro do verificado na década anterior. Nos governos militares dos anos 1960 e 1970, a integração do país veio a ser tratada como assunto de segurança nacional (GALVÃO, 1996). Foi então que ocorreu a explosão do rodoviarismo no Brasil, onde foram interligadas as capitais do país. Surgiram várias rodovias importantes. Em 1980 o Brasil já possuía 47 mil Km de rodovias federais pavimentadas. Começou então uma nova fase, menos entusiástica do plano rodoviário brasileiro. Em 1988 o Fundo Rodoviário Nacional foi extinto. Criaram-se então alternativas, como o Selo Pedágio em 1989, e o Imposto do Petróleo em Porém, os recursos foram caindo gradativamente após isso. Com a escassez dos recursos destinados à política dos transportes foram criadas algumas alternativas na década de 90, como o Programa de Concessões Rodoviárias, o Programa de Descentralização e Restauração da Malha e o Programa Crema, de restauração e manutenção rodoviária (CRUZ e BITENCOURT, 2005). 2.2 IMPORTÂNCIA DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO NO BRASIL Ao longo da década de 1990, o transporte de cargas pelas rodovias brasileiras respondeu por mais de 60% do total transportado no Brasil, relegando o transporte ferroviário e hidroviário ao segundo plano, conforme ilustrado na Figura 1 que está mostrada a seguir:

20 Figura 1 Evolução da Participação dos Transportes de Carga no Brasil Fonte: Brasil 2001, apud Bartholomeu (2006) Em 2004 a distribuição dos transportes de carga no Brasil se manteve, com o transporte rodoviário sendo responsável por 61,1% do total, o ferroviário por 20,7% e o hidroviário por 4,6% (Confederação Nacional dos Transportes CNT, 2005, apud BARTHOLOMEU, 2006, p.21). 2.3 CARACTERIZAÇÃO DOS TRANSPORTES NO BRASIL Ferrovias As ferrovias brasileiras não constituem o principal foco de investimento como sistema de transporte brasileiro. O sistema ferroviário está sendo operado quase em sua totalidade por empresas privadas, após a desestatização da RFFSA (Rede Ferroviária Federal S.A.), da Fepasa (Ferrovia Paulista), da CVRD (Companhia Vale do Rio Doce) e outras empresas menores. A extensão da malha ferroviária está limitada a 30 mil Km e, em alguns casos, em precário estado (CRUZ e BITENCOURT, 2005). Os investimentos feitos atualmente no sistema de transportes ferroviário dizem respeito à manutenção da malha já existente, configurando assim um crescimento lento na quantidade transportada pelo sistema. A Figura 2 mostra a malha ferroviária brasileira e os territórios que são interligados por tal malha. Conforme se pode notar, a região sudeste detêm a maior parte da rede férrea.

21 Figura 2 Malha Ferroviária Brasileira Fonte: ANTT - Agência Nacional de Transportes Terrestres Hidrovias Constitui o transporte menos utilizado no país. As principais hidrovias nacionais, na qualidade de vias navegáveis (cursos d água), constituem a maior parte dos km de sua extensão. Vale dizer que o volume de água da bacia amazônica permite em sua malha fluvial a integração de quase metade do território nacional. Dentre as principais hidrovias do Brasil se destacam: Hidrovia do Madeira, Hidrovia do São Francisco, Hidrovia Tocantins-Araguaia, Hidrovia Paraná-Tietê e Hidrovia Paraguai-Paraná. Esse modal de transportes é o que apresenta os menores custos de implantação e manutenção. As obras viárias são simples, necessitando apenas de sinalização e uma fiscalização das intervenções feitas ao longo do curso dos rios navegáveis. Um fator negativo deste modal de transportes é o grande impacto ambiental ocasionado nas regiões por onde o mesmo é desenvolvido. A Figura 3 mostra as principais hidrovias do território nacional e suas interligações, com a observação da grande concentração da malha hidroviária no norte do território.

22 Figura 3 Principais Hidrovias do Brasil Fonte: Ministério dos Transportes (2007) Rodovias As rodovias brasileiras são a principal fonte de deslocamento dentro do país. Isso ocorre pelo alto desenvolvimento do sistema rodoviário, em relação aos modais ferroviário e hidroviário, o que vem sobrecarregando esta modalidade de transporte cada vez mais. Uma das importantes causas da sobrecarga da modalidade rodoviária é o aumento da frota proporcionalmente maior que o desenvolvimento do sistema viário. A evolução da malha rodoviária no Brasil se deu de maneira acelerada a partir dos anos de 1960, a tabela 1 mostra que dos Km de via, apenas 10% são pavimentados, crescendo em relação aos apenas 2,75% pavimentados na década de Esse crescimento foi acompanhado pelo surgimento de várias fábricas de automóveis, o que contribuiu para a priorização do transporte rodoviário no país.

23 Tabela 1 Evolução da rede rodoviária nacional por tipo de jurisdição 1960/2000 Fonte: DNIT Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes 2005 Porém o investimento na manutenção da malha viária não vem seguindo de modo adequado o mesmo crescimento, o que provoca as más condições das rodovias, que podem ser observadas em todo o país, principalmente nas regiões menos desenvolvidas. Contudo, ainda em péssimas condições as rodovias respondem por mais de 60% dos transportes de cargas no interior do país. Em se tratando de pessoas, são mais de 1,3 bilhão de pessoas anualmente, o que representa cerca de 95% do transporte total de passageiros no país (CRUZ e BITENCOURT, 2005). A malha rodoviária nacional é a segunda maior em extensão do mundo, perdendo apenas para os EUA. Porém a participação das rodovias no transporte de cargas nos EUA é de 33%, realizando uma melhor distribuição entre os modais de transportes, sendo 44% nas ferrovias e 23% nos demais modais. Na China os modais ferroviário e aquaviário respondem por 87% do transporte de cargas do país (BRANDÃO e CURY, 2005). Como conseqüência, a qualidade dos transportes no Brasil é de apenas 22% da observada nos Estados Unidos, o que demonstra uma melhor eficácia da distribuição dos transportes norte-americana.

24 O modal rodoviário, além de tudo, é o que necessita de uma maior investimento em manutenção dentre os modais apresentados. Investimento esse que no Brasil não vem sendo realizado de maneira correta. A priorização das rodovias a serem recuperadas, muitas vezes segue vontades políticas inconvenientes. No país não tem havido fundos suficientes para arrecadação de recursos para recuperação de rodovias. Os sistemas existentes de acompanhamento e gerência de rodovias não funcionam de modo conveniente. 2.4 CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE DA MALHA RODOVIÁRIA Os órgãos competentes, que fiscalizam as rodovias nacionais, detêm o conhecimento do estado da superfície dos pavimentos flexíveis. A análise é feita através das suas normas, que serão abordadas no item 3.4 deste trabalho. Além dos departamentos de transportes, desde 1995, a CNT, Confederação Nacional dos Transportes, realiza a pesquisa rodoviária, que avalia a totalidade da malha federal do Brasil e as mais importantes rodovias estaduais sob concessão. Essa pesquisa é uma importante ferramenta, já que demonstra quais as rodovias que precisam de investimento para recuperação mais imediato, produzindo um grande efeito sobre a opinião pública. A Pesquisa Rodoviária CNT fundamenta-se na idéia de qualificar trechos rodoviários de até 10 quilômetros de extensão segundo semelhança com um trecho homogêneo e perfeito, isto é, aquele que possui as melhores condições em todos os atributos considerados na pesquisa. A quantificação dessa semelhança é realizada por meio de coeficientes de parecença, usados em análise de agrupamento, para se medir semelhança ou disparidade entre dois objetos quaisquer. Em cada trecho da malha nacional, a pesquisa rodoviária CNT 2007 foi realizada por um pesquisador e um motorista, que avaliaram a condição da rodovia no que diz respeito à condição do pavimento, geometria, sinalização e demais defeitos aparentes. Dos dados da CNT apresentados na pesquisa 2007, nesse trabalho daremos enfoque à condição da superfície do pavimento, vejam-se os resultados da CNT a seguir:

25 Rodovias Federais em Geral Na pesquisa rodoviária CNT 2007 foram pesquisados os Km de rodovias pavimentadas federais e estaduais sob concessão atualmente no país. As rodovias foram classificadas quanto ao nível de qualidade do pavimento como: Figura 4 Condição do Pavimento das Rodovias Federais Regular 35,8 Ótimo Péssimo 7,9 Ruim 10,8 Bom 6,5 5 0 Fonte: Confederação Nacional dos Transportes 2007 Cerca de 7,9% do pavimento das rodovias brasileiras analisadas obtiveram a classificação como péssima. Já 10,8% foram considerados ruins, 35,8% regular, 6,5% bons e 39% como ótimos. Esses resultados demonstram que apenas 45,5% dos pavimentos avaliados foram considerados trafegáveis com segurança e conforto. Ou seja, cerca de Km de rodovias foram consideradas em mínimas condições de trafego, sendo então os outros 54,5% dos pavimentos considerados em condição regular, ruim ou péssima, podendo causar problemas de operação de veículos. A análise sistêmica destes resultados da Pesquisa Rodoviária CNT 2007 indica um quadro geral deficiente e, em certa medida, muito preocupante. Isto porque se percebe que modificações qualitativas favoráveis em grande escala nas condições rodoviárias demandarão um período de tempo mais longo para serem implementadas e poderem gerar maiores benefícios ao país. Observa-se através da análise dos últimos levantamentos da pesquisa que entre 2005 e 2007 houve uma intervenção de restauração dos pavimentos das

26 rodovias, já que as rodovias consideradas como ruim ou péssimas caíram de 24,6% no ano de 2005 para 18,7% no ano de Figura 5 Evolução da Condição do Pavimento das Rodovias Federais Fonte: CNT - Confederação Nacional dos Transportes 2007 Essa recente melhoria nas rodovias expressa uma reação do poder público durante os últimos anos para conservação da malha rodoviária Rodovias Federais na Bahia A avaliação da pesquisa nas rodovias federais na Bahia, não diferentemente dos outros estados, obteve resultados também preocupantes: Tabela 2 - Qualidade do pavimento da malha rodoviária federal na Bahia Fonte: CNT Confederação Nacional dos Transportes (2007)

27 Foram avaliados Km de rodovias federais e estaduais sob concessão na Bahia. Desses, 38,3% (2.700 Km) da superfície do pavimento foram considerados em estado bom ou ótimo, ou seja, com condições de tráfego com conforto e segurança. Já regular, ruim ou péssimo foram considerados 61,7% (4.356 Km) das rodovias analisadas. Isso indica a má qualidade do sistema viário federal do estado da Bahia e a necessidade de um estudo mais detalhado por rodovia. A tabela a seguir demonstra a classificação das rodovias federais da Bahia quanto às condições analisadas pela Pesquisa CNT 2007: Tabela 3 - Classificação das rodovias da malha rodoviária federal na Bahia Fonte: CNT Confederação Nacional dos Transportes (2007)

28 A rodovia em estudo obteve uma classificação quanto à condição da superfície do pavimento como regular de acordo com a pesquisa. Foram analisadas 269 Km de extensão da rodovia BR 324 dentro da Bahia. Esse resultado serve como um parâmetro de correlação para o estudo de caso realizado no capítulo seis. Para a melhoria desse quadro, o DNIT vem procurando soluções para melhorar a gerência de pavimentos do país. De acordo com os engenheiros do DNIT na Bahia, Antônio Carlos Cruz de Oliveira, Mário Sergio de Souza Almeida e Olavo Galvão Costa: O DNIT está implantando um Programa de Gestão e Manutenção de pavimentos, o HDM (High Design Maintence). O Programa tem por princípio o acompanhamento do Banco Mundial nos gastos efetuados em determinada estrada ao longo da sua vida útil. 1 Ainda de acordo com os engenheiros do DNIT, esse sistema modificaria o modelo de priorização de intervenção em rodovias a serem recuperadas, já que cada estrada teria seu recurso destinado desde a sua implantação, acompanhando o seu desgaste durante a vida útil e intervindo quando necessário. Essa iniciativa modificaria o quadro do estado das rodovias na Bahia, porém o programa ainda encontra-se em fase de implantação. Segundo o estudo de viabilidade de PPP (Parceria Público Privada)-Sistema Rodoviário BR-116/BR- 324/BA, o modelo HDM é uma ferramenta para a avaliação de estratégias de construção e manutenção de rodovias. A validade da estratégia é julgada sobre uma base de custos totais. O modelo simula as condições e custos envolvidos no período de vida útil do projeto, fornecendo parâmetros econômicos de decisão entre várias estratégias de manutenção para um trecho de rodovia. As informações que deverão constar no acervo técnico que são necessárias à execução do HDM são os dados de identificação dos subtrechos, dados da estrutura do pavimento existente, dados pluviométricos, dados de defeitos dos pavimentos, dados de condição da superfície de rolamento, dados de deflexão, dados de irregularidade longitudinal, dados do tráfego. Esse programa deverá funcionar como um acompanhamento intensificado do estado das rodovias ao longo da sua vida útil. 1 Em entrevista ao DNIT/BA na cidade de Salvador, no dia 14 de dezembro de 2007;

29 3 AVALIAÇÃO DA SUPERFÍCIE DO PAVIMENTO 3.1 GERÊNCIA DE PAVIMENTOS Após a construção da estrada, fato esse que requer uma aplicação financeira, uma outra vertente aparece, que é a atividade de gerência do pavimento. A gerência dos pavimentos é a realização de atividades para a manutenção do estado da via em condições trafegáveis e que tragam conforto e segurança aos usuários. Essa gerência é constituída de etapas, que vão desde as atividades de avaliação do pavimento, passando pelas atividades de manutenção e para rodovias mais deterioradas, atividades de reabilitação. A necessidade de manutenção dos pavimentos da rodovia ocorre desde a sua construção, quando ela ainda é nova e em bom estado até o fim da sua vida útil. A respeito dos pavimentos, constata-se a necessidade da intervenção em hora oportuna, uma vez que os pavimentos começam a se deteriorar a partir do primeiro dia útil (LIMA e RODRIGUES, 2000 apud NETO, 2002, p.7). Para isso, existem órgãos governamentais, a exemplo do DNIT e do DERBA que possuem equipe técnica especializada na realização dos procedimentos de avaliação. Porém, o grande empecilho dessa atividade é o direcionamento dos recursos para o pleno desenvolvimento da gerência. Porém, para que esta intervenção ocorra é necessário que se monte um sistema de gerência de pavimentos. De acordo com Lee, 1996 apud Bartholomeu (2006, p.27), O atraso nos investimentos necessários para minorar as carências do setor gera o processo de antieconomia, em que para cada dólar poupado em serviços de conservação em momento oportuno, resulta em um acréscimo de cerca de 3 dólares em gastos futuros com obras de reabilitação e reconstrução. Nos EUA, desde os anos 80, o governo começou montar um sistema de gerência de pavimentos (SGP), para se evitar uma crescente e inadequada aplicação de recursos públicos (BALBO e BODI, 1998). No Brasil, a disponibilidade de recursos é muito menor. É indispensável a rápida adoção de medidas que ajudem a direcionar os recursos públicos, visando um retorno mais efetivo e democrático para a população. Para isso é necessário que

30 o governo federal estabeleça um SGP, para que assim haja identificação dos trechos de rodovia mais necessitados de intervenção de restauração, priorizando e agendando os serviços mais economicamente vantajosos para todos. A classificação dos modelos de conservação rodoviária, segundo o estudo de viabilidade de PPP do DNIT, pode ser feita como: Conservação Corretiva Rotineira: conjunto de operações de conservação feitas de forma permanente, com programação regular e rotineira, para corrigir um defeito ou inconformidade. Conservação Preventiva Periódica: conjunto de operações de conservação realizadas de forma periódica para evitar o surgimento ou agravamento dos defeitos. Conservação de Emergência: conjunto de operações destinadas a reparar, repor, reconstruir ou restaurar elementos obstruídos ou danificados da rodovia, corrigindo defeitos de surgimento repentino, provocado por eventos extraordinários e imprevisíveis. Além dessa análise, uma boa política de gestão de qualquer malha viária depende do fluxo contínuo de recursos necessários à implementação dos serviços de manutenção de rotina e de reforço, conforme um SGP. Qualquer atraso no agendamento de obras de manutenção resulta em demandas futuras com custos muito superiores, pois, verificou-se que a progressão dos defeitos dos pavimentos geralmente não varia proporcionalmente com o tempo, e atrasos de seis meses a um ano podem significar custos de manutenção de 400 a 500% superiores, conforme estudos da United States Department of Transportation (TAVAKOLI et alli, 1992 apud, BALBO e BODI, 1998) AVALIAÇÃO SUPERFICIAL Definição Para o melhor entendimento do mecanismo de avaliação da superfície do pavimento, iremos definir a superfície do mesmo e o seu comportamento quando submetido a cargas. Segundo Senço (2001), a superfície do pavimento é a face exposta diretamente à ação do trafego, e é também a face que proporciona ao usuário o

31 conforto, a segurança, e a mobilidade, o que é, em última análise, a razão do projeto e construção do pavimento. Esta deve estar em bom estado para exercer sua função de condução do trafego com segurança e conforto. A avaliação da superfície de um pavimento consiste do registro da extensão, freqüência e severidade dos defeitos de superfície existentes (GONÇALVES, 1999). Segundo Senço (2001), o estudo da situação da via deve se basear inicialmente num exame visual das condições da superfície da capa de rolamento, e os trabalhos de conservação deverão ser vinculados ao grau de falhas encontrado. Após o que, realiza-se uma verificação estrutural do pavimento, através dos mecanismos que serão citados no fim deste capítulo. O exame visual pode ser um direcionador para os trechos de devem ser avaliados pelos métodos de inspeção estrutural Importância da Avaliação Superficial A avaliação da superfície do pavimento se torna importante, à medida que observa-se que essa possibilita o cadastro dos problemas encontrados nos segmentos e com isso a escolha do momento correto para a realização de uma manutenção preventiva. Essa atividade se constitui como um dos principais mecanismos de auxílio para o pleno gerenciamento da rodovia. Segundo os estudos da United States Department of Transportation (TAVAKOLI et alli, 1992, apud BALBO e BODI, 1998), a medida em que a rodovia sofre a interferência na hora correta, os custos com os reparos que devem ser feitos podem ser de até quatro a cinco vezes menores do que se essa intervenção fosse feita posteriormente com a pista em uma qualidade muito deteriorada. Esse gerenciamento pode também diminuir os danos nas camadas inferiores do pavimento. Podemos observar na Figura 6, duas alternativas de intervenção, a alternativa 1, mais barata e que não deixa o pavimento chegar ao mínimo aceitável e a alternativa 2, que se torna mais cara, a medida que observa-se que são gastos 4 a 5 vezes o valor da alternativa 1, durando apenas de 1,5.

32 Figura 6 - Efeitos da Escolha do Momento de se Restaurar um Pavimento Fonte: Fernando Pugliero Gonçalves (1999) Segundo Gonçalves (1999) o processo de tomada de decisão que diz respeito à escolha de medidas de manutenção depende da integração de uma série de fatores, tais como: estrutura do pavimento, tráfego atuante, taxa de oportunidade do capital e custo da obra. A vida útil do pavimento é diminuída, dentre outras causas, pela aplicação de carga em excesso no pavimento, devida as sobrecargas transportadas pelos veículos automotores de grande porte. Essa constatação se torna mais evidente, à medida que observa-se a preferência nacional pelo modelo de transportes rodoviário e a falta de vigilância das cargas de veículos. Um importante dado obtido pelas avaliações superficiais são os tipos de defeitos encontrados no pavimento, com a identificação das possíveis causas das manifestações patológicas, propiciando um melhoramento na decisão a ser tomada para a recuperação do trecho defeituoso. Algumas das causas mais freqüentes no surgimento dos defeitos dos pavimentos asfálticos podem ser devidas a problemas construtivos. Porém, na maior parte da malha viária do país, prioriza-se obras de manutenção com base nas reclamações comunicadas pelos usuários ou veiculadas pela mídia, ou ainda dependente da boa ou má opinião técnica dos gerentes da área de manutenção que costumeiramente são indicados por políticos que não tem acesso ou não se interessam pela efetiva implantação de um SGP, que realizaria a

33 avaliação rotineira da superfície dos pavimentos da malha viária, assunto que raramente é abordado fora dos trabalhos acadêmicos TERMINOLOGIA DAS FALHAS DOS PAVIMENTOS FLEXÍVEIS As falhas dos pavimentos flexíveis são definidas de acordo a norma do DNIT 005/2003 TER: defeitos nos pavimentos flexíveis e semi-rígidos: terminologia. Essa norma descreve a terminologia dos tipos de defeitos encontrados na camada superficial dos pavimentos asfálticos: Tabela 4 Tabela de Código de Defeitos Defeito Código Fissura FI Trinca Transversal Curta TTC Trinca Transversal Longa TTL Trinca Longitudinal Longa TLL Trinca Longitudinal Curta TLC Couro de Jacaré sem erosão J Couro de Jacaré com erosão JE Trinca de Retração Térmica TRR Trinca de Bloco sem Erosão TB Trinca de Bloco com Erosão TBE Afundamento Plástico Local ALP Afundamento Plástico da Trilha ATP Afundamento de Consolidação Local ALC Afundamento de Consolidação de Trilha ATC Ondulação/Corrugação O Escorregamento E Exsudação EX Desgaste D Panelas P Remendo Superficial RS Remendo Profundo RP Fonte: DNIT 005/2003 TER 3.4 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO SUPERFICIAL DOS PAVIMENTOS O DNIT possui quatro normas fixadoras dos procedimentos de avaliação da superfície dos pavimentos. Dentre elas, para o presente estudo foi relacionado o procedimento 008/2003 PRO que se refere ao LVC, estudado mais profundamente a

34 seguir na parte da metodologia utilizada no Estudo de Caso do Capítulo 6. As outras são indicadas a seguir: DNIT 006/ PRO Avaliação Objetiva da Superfície de Pavimentos Flexíveis e Semi-rígidos. Este procedimento baseia-se no cálculo do IGG (Índice de Gravidade Global) da superfície analisada. Para isso devem ser demarcadas as áreas que serão analisadas de 20 m em 20 m alternados em relação ao eixo da pista. Essa área é composta da largura da faixa de tráfego e uma extensão de 6 m. Nessas áreas serão analisadas as ocorrências de defeitos (ver tabela 4), dando ênfase à observação da presença do afundamento nas trilhas de roda. Para isso será utilizada uma treliça metálica cuja configuração é apresentada em norma. Para o cálculo do IGG, os defeitos são separados em 8 grupos. Cada grupo possui seu fator de ponderação que através do cálculo de cada IGI (Índice de Gravidade Individual) será somado para a obtenção do IGG. Esse índice por sua vez classifica o pavimento da rodovia como ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo DNIT 007/ PRO Levantamento para Avaliação da Condição de Superfície de Subtrecho Homogêneo de Rodovias de Pavimentos Flexíveis e Semirígidos para Gerência de Pavimentos e Estudos de Projetos. Esse procedimento analisa o estado da superfície de um pavimento expresso através da presença ou ausência de defeitos que serão contados e medidos. A demarcação das áreas serão idênticas as do método descrito anteriormente, porém serão analisados separadamente subtrechos homogêneos de 100m cada. A diferenciação entre os métodos é que nesse os defeitos serão identificados e medidos em áreas. Esse método não apresenta um índice de identificação do estado da superfície, isso deve ser feito de acordo com a análise das planilhas e as áreas afetadas pelos defeitos.

35 3.4.3 DNIT 009/ PRO Avaliação Subjetiva da Superfície de Pavimentos Flexíveis e Semi-rígidos Esse procedimento baseia-se na determinação de um índice conhecido como Valor da Serventia Atual (VSA) que é uma medida das condições de superfície de um pavimento, feita por um grupo de avaliadores que percorrem o trecho sob análise, registrando sua opiniões sobre a capacidade do pavimento de atender às exigências do tráfego em relação à suavidade e ao conforto. Cada membro do grupo irá atribuir um valor do VSA de acordo com a sua experiência vivida ao longo da sua atividade profissional, onde esse tenha dirigido veículos e avaliado consideráveis extensões de rodovias. O parecer dos componentes do grupo deve ser registrado em escala de 0 a 5, indicando, respectivamente, pavimentos de péssimo a ótimo. Para o cálculo do VSA de cada trecho da rodovia, o observador deve se basear na análise de como se comportaria aquele trecho de rodovia atendendo a finalidade para o qual foi construído, durante um período de 24 horas por dia, se ele estivesse localizado em uma rodovia principal. Outra questão considerada no procedimento é qual o conforto que este pavimento proporcionaria a quem tivesse que utilizá-lo dirigindo um veículo durante 8 horas ou 800 quilômetros. O Cálculo do VSA da rodovia é feito pela média dos valores dados por cada integrante do grupo. 3.5 OUTROS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DOS PAVIMENTOS Existem métodos de avaliação de pavimentos que possuem melhor precisão do que os métodos de avaliação superficial. Esses métodos são conhecidos como métodos de avaliação estrutural dos pavimentos. A expressão avaliação estrutural, em seu sentido mais amplo, abrange a caracterização completa de elementos e variáveis estruturais dos pavimentos que possibilite uma descrição objetiva de seu modo de comportamento em face das cargas do tráfego, de modo a possibilitar a emissão de julgamento abalizado sobre a capacidade portante de um pavimento existente diante das futuras demandas de tráfego (BALBO, 2007).

36 Serão citados nesse trabalho alguns dos mais importantes métodos de avaliação estrutural descritos por Balbo (2007), sem aprofundamento dos mesmos. Esses métodos tornam-se importantes para a complementação dos estudos da avaliação de pavimentos Avaliação Estrutural Destrutiva (Prospecções) Este método tem por finalidade a completa caracterização física da estrutura do pavimento: determinação das camadas existentes, definição dos materiais que a compõem e suas espessuras, bem como indicação do estado de degradação presente em todas as camadas. A avaliação destrutiva pode ser realizada por processos manuais ou mecânicos. Os processos podem ser feitos por abertura de trincheiras, na pista de rolamento ou até mesmo no acostamento. A abertura de trincheiras na pista de rolamento só é justificável quando a avaliação do pavimento exija um alto nível de detalhamento, que seja preciso analisar, por exemplo, deformações plásticas nas trilhas de roda. As avaliações mecânicas podem ser realizadas através da sondagem rotativa, com emprego de brocas com coroas diamantadas, para a extração de amostras de misturas asfálticas, bases cimentadas e concretos, para análise laboratorial. As sondagens a trado do tipo concha ou do tipo helicoidal, prestam-se a determinação da existência de materiais saturados ou ainda lençol freático sob as camadas do pavimento, para a determinação da melhoria da drenagem profunda em regiões de degradação expressiva sob ação da água Prospecção Não Destrutiva de Pavimentos O Ground Penatrating Radar (GPR) é um equipamento de alta tecnologia para a identificação de espessuras de camadas e tipos de matérias existentes no pavimento. Baseado em processos geofísicos, por meio de uma antena emissora de ondas e outra receptora, permitem a identificação de alterações na reflexão das

37 ondas de acordo com a profundidade registrada dos pontos, identificando a espessura das camadas. A determinação da espessura das camadas é um processo imediato feito através do equipamento colocado em movimento em um veículo e sendo observada a resposta da emissão de sinais emitidos pelo mesmo. Já a determinação do tipo de material existente é um processo menos imediato, quando se leva em conta à diversidade de tipos de materiais, bem como a dos estados de degradação. Tal processo torna-se difícil, sendo necessária a calibração de resultados para inúmeros materiais, de maneira a ser possível a identificação dos mesmos pelos padrões estabelecidos Medidas de Deflexões Além da determinação de tipos, espessuras e condições presentes de camadas, é necessária a determinação da capacidade estrutural do pavimento, o que se faz por meio de provas de carga. A estrutura é submetida a uma carga conhecida e analisada pela medição da deformação. Dois equipamentos são muito utilizados no Brasil, a viga Benkelman e o deflectômetro de impacto Falling Weight Deflectometer (FWD) Viga Benkelman É o equipamento de medida de deflexões mais difundido no Brasil. As normas do país para projetos de restauração de rodovias utilizam modelos de cálculo fundamentados em padrões de deflexão medidos com a viga Benkelman. Dispositivo inventado pelo engenheiro do Bureau of Public Roads dos EUA, ao qual deu o nome, o princípio de funcionamento é simplesmente o de um braço de alavanca. Uma haste rígida encontra-se com a ponta entre um par de rodas do eixo traseiro de um caminhão toco carregado com carga-padrão de 80 kn e 100 psi de pressão nos pneus de aro 10 x 20. Essa haste encontra-se apoiada em um ponto, possuindo extensômetro na extremidade oposta à da roda do caminhão,

38 proporciona-se assim a leitura da deflexão reversível ocasionada pelo caminhão no pavimento quando ele se retira do local da análise Falling Weight Deflectometer O FWD é um equipamento concebido a partir de conceitos anteriormente desenvolvidos para testes geofísicos. Esse ensaio caracteriza-se pela aplicação de um impulso contra a superfície do pavimento através de um martelo de massa variável e altura de queda variável conforme o padrão de medida desejável. Após a aplicação da carga, sete transdutores de velocidade ou geofones, dispostos longitudinalmente captam as ondas de resposta do impacto, registrando as medidas de deflexão de cada local onde os geofones se encontram. As medidas de deflexão executadas com a viga Benkelman e o FWD são diferentes. Há evidentes vantagens do FWD sobre a Viga Benkelman. Embora aponte a possível dificuldade de correlação, segundo Rocha Filho, 1996 (apud BALBO, 2007 p. 411), a deflexão do FWD é 87% da deflexão da viga Benkelman.

39 4 ESTUDO DO MECANISMO DA PRODUÇÃO DAS FALHAS ABORDADAS NA METODOLOGIA DO DNIT 008/2003 PRO Existem diferenciados modos de ruptura dos pavimentos flexíveis. Isso decorre do fato que as rupturas ser realizam em sítios geológicos e pedológicos diversos, diferentes condições climáticas e morfológicas e com políticas de cargas para veículos comerciais diferentes, em diversos países (BALBO, 1997). Os mais importantes modos de ruptura dos pavimentos são devido à resistência, fadiga, deformação plástica, retração hidráulica, retração térmica, propagação de trinca e ruptura funcional. Segundo Villibor, Fortes e Nogami (1994) os defeitos possuem interrelacionamento de modo geral, ou seja, o aparecimento de um geralmente está associado a um estágio avançado de outro. Listaremos algumas das formas em que se apresentam esses defeitos, conforme o que está ilustrado no anexo IV TRINCAS São fendas identificáveis a uma distância superior a 1,5m, podendo ser classificadas como longitudinal ou transversal (BALBO, 1997). Existem ainda trincas consideradas como trincas interligadas, que são divididas em duas categorias: trincas couro de jacaré com contornos sinuosos, e trincas em bloco, com contornos bem definidos. A trinca é um defeito na superfície que atinge a camada do revestimento e permite a entrada da água, provocando um enfraquecimento adicional da estrutura. Uma vez desencadeado o processo de trincamento, este tende a aumentar sua extensão e severidade conduzindo posteriormente à desintegração do revestimento. Segundo o Manual de Restauração de Pavimentos Asfálticos do DNIT 2006, os revestimentos betuminosos tendem a trincar em algum estágio da vida sob as ações combinadas do tráfego e das condições ambientais, por meio de um ou mais mecanismos: Trincamento por Fadiga: O trincamento do material devido à fadiga resulta dos efeitos cumulativos do carregamento sucessivo.

40 Segundo Yoshizane, as trincas por fadiga são trincas conectadas, que formam uma série de pequenos blocos. Este tipo de trincamento é caracterizado em sua fase final pelas trincas couro de jacaré, usualmente confinadas nas trilhas de roda. Nos Estados Unidos, Francis Hveem, em 1938, foi um dos primeiros estudiosos a pesquisar a deformabilidade dos pavimentos. Segundo Hveem (apud MEDINA 1997 p.158), o trincamento progressivo dos revestimentos asfálticos se devia à deformação resiliente (elástica) das camadas subjacentes. Hveem decidiu usar este termo ao invés de deformação elástica por considerar que a deformação nos pavimentos é muito maior do que nos sólidos elásticos (concreto, aço, madeira, etc) com que lidam os engenheiros. Trincas por Envelhecimento ou Retração: O ligante betuminoso perde seus elementos mais leves, com a exposição ao ar, e vai se tornando mais suscetível a rompimentos; o revestimento não pode mais suportar as deformações provenientes das mudanças de temperatura ao longo do dia em diferentes estações do ano. A rapidez do processo de endurecimento do asfalto depende da resistência à oxidação, da temperatura ambiente e da espessura do filme de ligante. Ou seja, o processo de envelhecimento depende, além da qualidade do ligante, das condições climáticas. Teores mais elevados de asfalto e baixa quantidade de vazios podem produzir efeitos benéficos sobre a vida útil de uma mistura betuminosa, pois dificultam o processo de oxidação e promovem maior durabilidade. Trincas por Reflexão: Ocorrem quando o trincamento existente em uma camada inferior propaga-se em direção à superfície, atingindo o revestimento asfáltico. Sendo assim ela pode se apresentar sob qualquer forma de tipo de trinca (longitudinal, irregular ou interligada). Trincas Próximas as Bordas: São provocadas geralmente pela umidade no acostamento. Também podem ser causadas por ruptura plástica do material das camadas sob a área trincada, em virtude da má drenagem. Podem ocorrer, eventualmente, ramificações em direção ao acostamento.

41 4.2 - DEFORMAÇÕES Entre as deformações permanentes em pavimentos, incluem-se os afundamentos nas trilhas de roda, deformações plásticas no revestimento e depressões. Esses defeitos causam acréscimos na irregularidade longitudinal, afetando a qualidade de rolamento e aumentando o custo operacional dos veículos. As causas das deformações permanentes podem estar associadas ao tráfego ou a fragilidades das camadas do pavimento. São três as situações em que o tráfego causa as deformações na camada superficial dos pavimentos asfálticos: 1 Os esforços das rodas nos materiais constituintes dos pavimentos são suficientes para causar cisalhamento, promovendo deslizamentos no interior do material. Isso ocorre com cargas concentradas ou pressões excessivas nos pneus, excedendo a resistência ao cisalhamento dos materiais, provocando fluência plástica, causando afundamentos sob a carga de roda e solapamentos ao redor da área carregada. Esses efeitos podem ser evitados pela seleção dos materiais na execução da estrutura da pista, de acordo com a sua propriedade de resistência ao cisalhamento. 2 Carregamentos estáticos de longa duração causam afundamentos em materiais de comportamento viscoso, como misturas betuminosas e alguns tipos de solos. 3 Por fim, um grande número de repetições de cargas de pressões reduzidas pode causar pequenas deformações que se acumulam ao longo do tempo e se apresentam como afundamentos canalizados ao longo da trilha de roda. As deformações que não têm suas causas ligadas à ação do tráfego são, geralmente, o reflexo de mudanças e deformações ocorridas nas camadas inferiores do pavimento, provavelmente devidas à ação da umidade. Esta umidade provoca inchamento, empolamento ou recalque nas camadas subjacentes dos pavimentos que são refletidos na superfície. A tabela 5 demonstra em quais casos, as causas das deformações serão relacionadas à ação do tráfego ou não:

42 Tabela 5 Resumo das causas e tipos de deformação permanente Causa Geral Exemplo do Defeito Causa Específica Carregamento Fluência plástica (ruptura concentrado ou em por cisalhamento) excesso Associada com o Deformações ao longo do Carregamento de longa carregamento tempo duração ou estático Afundamento nas trilhas de roda Grande número de repetições de carga Não associada com o Inchamento ou empolamento Subleito constituído de solo expansivo carregamento Solos compressíveis na Recalque diferencial fundação do pavimento Fonte: Manual de Restauração de Pavimentos Asfálticos A densificação é mais um mecanismo presente na formação das deformações pela ação do tráfego. É ocasionada pela compactação dos materiais durante a vida útil do pavimento e pode ser evitada pela boa compactação na hora da execução da estrutura do pavimento. Segundo a NBR 005/2003 TER, as deformações podem se manifestar na forma de: Afundamento Plástico: Causado pela fluência plástica de uma ou mais camadas do pavimento, acompanhada de solapamento. Quando menores que 6m, são considerados locais, já os maiores que 6m, localizados nas trilhas de roda, recebem o nome de afundamento local de trilha de roda. Afundamento de Consolidação: causado pela consolidação diferencial de uma ou mais camadas sem estar acompanhado de solapamento. Quando menores que 6m são locais, quando maiores, são de trilha de roda. Ondulação/Corrugação: Ondulações ou corrugações transversais na superfície do pavimento causadas pelo recalque da fundação dos aterros executados em regiões de pouco suporte.

43 4.3 - PANELAS E REMENDOS Panelas: Cavidades que se formam no revestimento podendo alcançar camadas inferiores do pavimento, causando a desagregação dessas camadas. As panelas também são conhecidas como buracos. Diversas causam podem contribuir para o surgimento dos buracos, que em geral ocorrem como uma fase evolutiva posterior a outros defeitos (BALBO, 1997). As causas mais freqüentes no aparecimento dos buracos são: a) Desagregação do revestimento trincado (trincas interligadas); b) Evolução de afundamentos localizados; c) Evolução do processo de deslocamento do revestimento sobre antigos revestimentos ou base (falta de imprimação); d) Falta de correto adensamento na etapa construtiva do pavimento. Remendos: Panela preenchida com uma ou mais camadas de pavimento, na operação conhecida como tapa-buraco. Os remendos evidenciam intervenções corretivas no pavimento sendo motivados pela presença de afundamento, escorregamentos, trincas interligadas, buracos, etc. Os remendos superficiais reportam à reparação de pequenas áreas, já os profundos indicam uma intervenção mais severa OUTROS DEFEITOS Desgaste: Ocorre após a perda do filme asfáltico de envolvimento dos agregados, podendo ser acompanhado pelo polimento dos agregados, por expor os mesmos à ação das rodas dos veículos, e que poderá ser agravado a depender da natureza do agregado, sendo consumido pela ação abrasiva do tráfego, ocorrendo então a perda da microestrutura dos agregados que se tornam bastante desgastados e lisos. (BALBO, 1997). A causa mais freqüente do aparecimento desse tipo de manifestação patológica condiz com a aderência insuficiente do ligante sobre a superfície de aplicação ou desgaste pela ação do tráfego. A perda de aderência do ligante começa a se manifestar quando a viscosidade do ligante cai significativamente devido à evaporação dos óleos mais

44 leves do CAP. Isso ocorre devido ao aquecimento exagerado na usinagem ou a oxidação durante longa exposição às temperaturas ambientais. Exsudação: Ocorre sob forma de manchas isoladas ou ainda em grande extensão, denotando excessiva presença de cimento asfáltico na superfície. É fácil de identificar por registrar as marcas de pneus em dias quentes, nada mais sendo do que a migração do asfalto para a superfície do pavimento. A migração poderá ser motivada por: a) segregação da mistura em algum momento da sua execução; b) compactação excessiva da mistura; c) excessiva quantidade de ligante na mistura; d) emprego de ligante com viscosidade baixa em local com clima quente; e) falta de adesividade do ligante asfaltico. Escorregamento: deslocamento do revestimento em relação a camadas inferiores, com o surgimento de fendas em forma de meia-lua. As possíveis causas dessa manifestação patológica são: a) imprimação inadequada (excessiva ou insuficiente) da base, gerando deslocamentos transversais, especialmente em trechos de curva. b) viscosidade inadequada do ligante; c) excesso de ligante na mistura.

45 5 SELEÇÃO DAS ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO E REABILITAÇÃO Visando esclarecer um dos objetivos do presente estudo, cabe aqui prescrever as atividades de engenharia para recuperação de rodovias. Para esclarecermos os problemas que aparecem na superfície dos pavimentos, deveremos conhecer a estrutura da rodovia. Os materiais utilizados na construção da estrutura das rodovias apresentam formas diferenciadas de deterioração, resultado da aplicação das cargas promovidas pelo tráfego e das condições climáticas a que são submetidos. Existe uma grande correlação entre o desempenho dos pavimentos, as estratégias de intervenção, as datas de realização das atividades e os custos, como foi descrito no capítulo 3 deste presente trabalho. Segundo Yoshizane, as atividades de intervenção na pista são divididas em 2 categorias, atividades de manutenção e reabilitação: 5.1 ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO São serviços, geralmente, de remendos e capas para selagem de trincas. A principal característica para a execução deste tipo de serviço é a detecção e reparo dos defeitos nas fases iniciais, proporcionando assim uma melhor utilização dos recursos disponíveis. Um bom exemplo são as trincas que se não seladas logo, podem evoluir rapidamente para sérios defeitos e aumentar os custos de manutenção e reabilitação Remendos São o método de reparo mais utilizados na manutenção de rodovias e ruas, pois todos os pavimentos necessitam de reparos em buracos em alguma fase da vida útil. Os buracos devem ser reparados com urgência, pois comprometem a segurança e o conforto dos usuários das vias. Além disso, permitem a entrada de água, que enfraquece a estrutura e acelera a deterioração.

46 Quanto ao material utilizado, podem ser constituídos de CBUQ ou PMF, após a limpeza, secagem, corte em área retangular, imprimação, e compactação do material de remendo Capas Selantes Atividade de aplicação do ligante asfáltico juntamente ou não com o agregado, na superfície do pavimento, com o objetivo de rejuvenescer o revestimento e selar as trincas para evitar a entrada de água através das mesmas e retardar a deterioração do pavimento. Os tipos mais freqüentes das capas selantes são: - Selo Asfáltico Impermeabilizante (fog seal): leve aplicação de emulsão asfáltica diluída em água e sem agregado, para selar trincas com pequenas aberturas. - Tratamentos Superficiais (chip seals): camadas formadas por aplicação de ligante e agregados, em que a dimensão máxima do agregado da camada sucessiva, não pode ser maior que a metade da dimensão máxima da camada subjacente. - Lama Selante ou Lama Asfáltica (slurry seal): mistura de emulsão asfáltica, agregados miúdos bem graduados e água, para tornar a mistura fluida. São utilizadas para selagem de trincas. 5.2 ATIVIDADES DE REABILITAÇÃO As atividades de reabilitação são indicadas para correção de pavimentos com problemas maiores. Dentre as atividades mais utilizadas estão a fresagem, a reciclagem, o recapeamento estrutural e a reconstrução. a) Fresagem: principal forma de remoção do revestimento antigo, através da fresadora, executando o serviço tanto para a reciclagem como para acerto da superfície a ser recapeada.

47 b) Reciclagem: O revestimento asfáltico é escarificado, aquecido no local, misturado com recicladores, lançado e compactado para recompor a base. Essa técnica é utilizada para renovar e rejuvenescer as misturas asfálticas oxidadas. Como resultado, a mistura pode ser utilizada para uma melhor ligação entre o pavimento antigo e o recapeamento. c) Recapeamento Estrutural: Construção de camada sucessiva sobre o pavimento existente. É necessária a correção do nivelamento da camada antiga, posteriormente coberta pela camada uniforme do revestimento novo. d) Reconstrução: Quando a deterioração do pavimento encontra-se em estágio avançado, esse procedimento torna-se necessário. Muitas vezes os problemas aparecem pelo mau funcionamento do sistema de drenagem, sendo necessária a correção total, única opção para reabilitação do pavimento. No passado a reconstrução utilizava materiais novos, atualmente o serviço de reciclagem tem sido muito utilizado para auxiliar na reconstrução SERVIÇOS RECOMENDADOS PARA AS DIFERENTES MANIFESTAÇÕES DE PATOLOGIAS ASFÁLTICAS Os serviços de reabilitação das rodovias devem ser definidos de acordo com a origem dos defeitos, para que os mesmos não voltem a se manifestar. Muitos desses defeitos são provenientes de problemas encontrados na base, na sub-base ou até mesmo no subleito do pavimento. Neste trabalho, foram abordados apenas serviços relacionados a problemas da camada superficial do pavimento, considerando que os mesmos não sejam reflexo de problemas vindos das camadas inferiores. Os tipos de serviços a serem executados nas vias que apresentam algum tipo de defeito devem ser escolhidos de acordo com o tipo de medida mais adequada.

48 A Tabela 6 apresenta os serviços recomendados para os diferentes tipos de patologias apresentadas na camada superficial do pavimento. Tabela 6 - Patologias e Serviços de correção PATOLOGIA ATIVIDADE DE CORREÇÃO Trincas Remendo profundo ou mistura usinada a frio com graduação fina; Trincas em Bloco Lama asfáltica + capa selante; Trincas Couro de Jacaré Remendo Profundo; Trincas de Bordo Mistura asfáltica usinada a quente + Rolo; Panelas Pré-misturado a frio + Compactação (remendo); Pintura de ligação + mistura asfáltica Afundamento de Trilha de Roda densa + Compactação com rolo pneumático; Corrugação/Ondulação Revestimento maior 5 cm: Fresadora a frio + Capa selante; Deterioração de Remendos Reaplicação do Remendo; Escorregamento Remendo Superficial; Exsudação Aplicação de areia quente ou Fresadora + Capa; Desgaste Ligante asfáltico rejuvenescedor. Obs: Correções aconselhadas para apresentação das patologias em pequenas severidades. Fonte: Hiroshi Paulo Yoshizane

49 6 ESTUDO DE CASO 6.1 TRECHO RODOVIÁRIO ESTUDADO Segundo Nery e Monteiro (1986), em 1917, o governo estadual da Bahia iniciou as obras para a construção de uma rodovia que ligava Salvador a Feira de Santana e foi concluída em Era constituída de 144 Km de extensão e foi executada nas melhores condições da época. No plano rodoviário nacional de 1944, a estrada de rodagem é incluída na rede federal como parte integrante da transversal da Bahia e chamada de BR-028. Em 1949, o DERBA e o DNER decidem pela construção de uma nova rodovia Salvador-Feira de Santana, essa agora com 108 km de extensão. Em 1951, a rodovia foi delegada ao governo estadual. Em 1955 ocorreu a pavimentação da pista no segmento de 35 Km que vai de Feira de Santana à Usina de Itapetingui. Esse segmento envolve o trecho estudado neste trabalho. Ainda nessa década o DERBA devolve a rodovia ao DNER, que prossegue a obra completando-a em Em 1969, o crescimento acelerado do tráfego faz com que o DNER decidisse pela duplicação da pista. Em 1976, a duplicação é concluída. Isso explica as diferenças entre as duas pistas, devido a idade diferenciada entre as duas. Intervenções ora em uma, ora em outra, também explicam a variação dos problemas encontrados em cada uma das pistas. Outro fator é o escoamento maior de cargas em direção ao porto de Salvador. A rodovia, que passou a se chamar BR-324, faz a ligação entre o interior da Bahia e o litoral, passando por cidades importantes do interior. O trecho que liga Feira de Santana à Amélia Rodrigues possui pista dupla e vai do km 520 ao km 543. Este trabalho, porém, foi desenvolvido no sentido Amélia Rodrigues - Feira de Santana. O trecho de rodovia possui um tráfego intenso e pesado, no qual são escoados os produtos vindos do interior para o principal porto e aeroporto da Bahia que se encontram em Salvador. Segundo o DNIT (2006), o VMD da rodovia no Km 40, que é a localização onde foi efetuado o estudo da superfície do pavimento é de veículos, envolvendo caminhões e automóveis pequenos.

50 A figura 7 mostra a BR-324, onde está situado o trecho para usado para o estudo de caso, e sua localização no estado da Bahia. Figura 7- Localização da BR Trecho Salvador x Feira de Santana Trecho Estudado BR-324 Fonte: DNIT - Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes 6.2 METODOLOGIA UTILIZADA NO TRABALHO DE CAMPO O estudo constitui-se da aplicação do método de avaliação da superfície através do Levantamento Visual Contínuo (LVC) do pavimento da BR-324, trecho entre Amélia Rodrigues e Feira de Santana, no estado da Bahia. Para realização do trabalho, empreenderam-se os seguintes passos: Escolha do trecho da rodovia a ser analisado; Levantamento de campo dos defeitos existentes no pavimento do trecho da rodovia; Cálculo do Índice de Gravidade Global Expedito, Índice de Condição de Pavimentos Flexíveis e do Índice de Estado da superfície; Análise dos resultados obtidos. Para isso foi necessário o levantamento das falhas do pavimento através da aplicação das planilhas de coleta de dado da avaliação do LVC. A Diretoria de Planejamento e Pesquisa do DNIT elaborou em 2003, a norma DNIT 008/2003 PRO,

51 que serve como documento base no levantamento visual contínuo para a avaliação de pavimentos flexíveis e semi-rígidos por meio de determinação do Índice de Condição dos Pavimentos Flexíveis (ICPF), do Índice de Gravidade Global Expedito (IGGE) e do Índice do Estado de Superfície do Pavimento (IES). Essa norma fixa, conforme o que vem descrito abaixo, as condições necessárias para ser realizado o procedimento, além dos tipos de defeitos considerados, estudados no capítulo anterior. São fixadas também, as diretrizes dos procedimentos e formulários a serem preenchidos. A norma inicialmente recomenda como deve ser operado o veículo em que o avaliador empreende a inspeção técnica Operação do Veículo O veículo deve ser operado a uma velocidade média aproximada de 40 km/h percorrendo a rodovia em um único sentido, no caso de rodovias de 2 (duas) pistas de cada lado o levantamento será feito em cada pista separado. Já em rodovias de pista simples serão levantados em um único sentido, levando-se em consideração simultaneamente as duas ou mais faixas de tráfego Processo de Levantamento O processo de levantamento visual contínuo compreende o preenchimento de alguns formulários que serão mostrados no item 6.3 deste presente trabalho. Para isso, será necessário o conhecimento de algumas instruções, tais como as que seguem: Extensão dos Segmentos A divisão dos subtrechos deve ser feita de tal forma que se obtenha uma mínima extensão de 1 km e máxima de 6 km. Preferencialmente devem ser estabelecidas extensões de 1 km para garantir a homogeneidade do subtrecho, para que não haja uma interferência no resultado. Ou seja, um subtrecho deve estar em iguais condições em sua totalidade, devendo haver mudanças nas suas características apenas em um próximo subtrecho.

52 Essa situação será mais garantida se os subtrechos forem divididos em menores partes possíveis. Os resultados deverão ter mais precisão e as medidas a serem tomadas para reabilitação do mesmo estarão em conformidade com o que os resultados obtidos no estudo Preenchimento do Formulário para Registro Será necessário o preenchimento do cabeçalho do formulário para o Levantamento Visual Contínuo (anexo I) com algumas informações importantes para o esclarecimento posterior das características da via na data de aplicação da avaliação para consultas posteriores. Essas informações de cabeçalho são esclarecidas na tabela 7: Tabela 7 Informações do Cabeçalho ITEM DEFINIÇÃO EXT Extensão executada do levantamento ORIG Idade do pavimento REST Idade da última restauração REV Tipo do revestimento ESP Espessura do revestimento INI/FIM Início e fim do trecho VMD Volume médio diário Nº pista/lado 1 para pista simples e 2 para dupla MR Marco rodoviário Mês/ano Data do levantamento A tabela 8 contém os elementos da inspeção que devem ser observados na data da aplicação da avaliação que servem para a localização e identificação do trecho avaliado: Tabela 8 Elementos de Inspeção a serem observados ITEM DEFINIÇÃO Nº do Seg Número seqüencial do segmento Odômetro Quilometragem indicada no odômetro do carro Quilômetro Quilometragem da rodovia de acordo ao MR

53 Na tabela 9 estão as representações dos tipos de defeitos a serem observados no procedimento do LVC: Tabela 9 Representação dos tipos de defeitos observados pelo LVC REPRESENTAÇÃO TIPO DE DEFEITO P Panela TR Trinca isolada TJ Trinca couro de jacaré TB Trinca em bloco AF Afundamento O Ondulações E Escorregamento do revestimento betuminoso D Desgaste do pavimento EX Exsudação R Remendo - Freqüência de defeitos: A = alta, M = média e B = baixa. A tabela auxilia na determinação da freqüência dos defeitos do pavimento. Tabela 10 Freqüência dos defeitos Fonte: DNIT Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes - Deve ser anotado todo e qualquer fato relevante não previsto nos demais campos do formulário, como por exemplo: obras em andamento, trechos urbanos, obras-de-arte, etc. - As determinações dos valores das trincas, de deformações, de panelas + remendos serão feitas pelo observador sem sair do veículo, avaliando visualmente

54 as dimensões e tipos dos defeitos considerados, item esse que foi adaptado para esse estudo quando o observador fez paradas para a realização de um relatório fotográfico que pode ser observado no anexo V. - ICPF: é analisado somente o valor do Índice de Condição do Pavimento Flexível, que é estimado com base na avaliação visual do pavimento, classificando a superfície do segmento segundo os conceitos da tabela 11, tendo em vista a aplicabilidade das medidas de manutenção determinadas pelo profissional avaliador. A precisão do valor do índice será de aproximadamente 0.5. Tabela 11 Tabela de ICPF Fonte: DNIT Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes - O formulário para o cálculo do ICPF, onde será considerada a presença e a severidade de cada defeito no revestimento asfáltico. Esse índice será gerado

55 através da conceituação do observador sobre a necessidade de um melhoramento na camada superficial do pavimento. - O levantamento das informações deverá ser feito ao fim de cada quilômetro percorrido. Extensão menor que 1 km só serão aceita em casos extremos, como fim da rodovia, mudança do tipo ou da idade do revestimento, etc Cálculos - Os pesos para o cálculo do valor do IGGE, serão adotados conforme a indicação da Tabela 12, de acordo com a freqüência de aparecimento de cada tipo de defeito: Tabela 12 Pesos para cálculo do IGGE Fonte: DNIT Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes - O IGGE é obtido através do desenvolvimento da fórmula a seguir, tendo esta que ser feita para cada sub-trecho pesquisado, formando assim um relatório da condição do trecho pesquisado. O cálculo desse índice deve ser feito com o auxílio do formulário de cálculo do IGGE (anexo II) IGGE = (P t x F t ) + (P oap x F oap ) + P pr x F pr onde: P t = Peso das trincas; F t = Freqüência das trincas; P oap = Pesos dos outros defeitos (AF, O); F oap = Freqüência dos outros defeitos; P pr = Peso das panelas e remendos; F pr = Freqüência das panelas e remendos.

56 - O IES, cujos valores estão compreendidos entre 0 e 10 é avaliado em função do ICPF e do IGGE calculados, constituindo-se pois, uma síntese destes dois índices. Os valores do IES juntamente com o código e o conceito atribuídos ao estado da superfície do pavimento, são determinados de acordo com a tabela 13. Os resultados devem ser colocados no formulário do quadro de resumos (anexo III). Tabela 13 - Índice do Estado de Superfície do Pavimento Fonte: DNIT Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes 6.3 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS A metodologia do LVC na BR-324, trecho entre Amélia Rodrigues e Feira de Santana do Km 543 ao km 520, realizado no dia 22 de janeiro de 2008, foi realizada da seguinte forma: Foram analisados 23 subtrechos de 1 quilômetro cada, para garantir a uniformidade da superfície analisada. Contou-se com a colaboração de um profissional responsável pela elaboração do LVC na região de Feira de Santana. Os observadores procuraram relatar os pontos significantes e os tipos de defeitos apresentados ao longo da rodovia. Foram obtidos os resultados que se seguem nos quadros da metodologia a seguir:

57 As duas primeiras tabelas mostram as observações feitas em campo, anotações sobre a severidade dos defeitos, particularidades do pavimento, dentre outras observações feitas no decorrer do percurso. Na tabela 14, estão as anotações feitas durante a aplicação da metodologia, constando os 12 primeiros segmentos. Tabela 14 - Resultado do Levantamento Visual Contínuo 1ª Planilha;

58 Na tabela 15, está a segunda página do formulário para o levantamento visual contínuo, constando os segmentos do 12 ao 23, e as demais informações sugeridas pela tabela. As Informações complementares foram conseguidas através de Nery e Monteiro (1986). Tabela 15 Resultado do Levantamento Visual Contínuo 2ª Planilha;

59 As duas tabelas posteriores apresentam os fatores correspondentes às severidades dos defeitos anotadas pelo observador e o cálculo do Índice de Gravidade Global Expedito do pavimento, a exemplo da tabela 16. Tabela 16 Primeiro Formulário de Cálculo do IGGE

60 A tabela 17 apresenta a continuação do cálculo do Índice de Gravidade Global Expedito, apresentando do segmento 13 ao segmento 23. Tabela 17 Segundo Formulário para o Cálculo do IGGE

61 As duas próximas tabelas funcionam como um quadro de resumo para demonstrar a real situação da rodovia pesquisada e fazer uma síntese dos 03 três índices calculados pelo avaliador. Tabela 18 Primeiro Quadro de Resumo de Resultados

62 12 e 23. A tabela 19 apresenta o resumo dos resultados obtidos entre os segmentos Tabela 19 Segundo Quadro de Resumo de Resultados

63 6.4 - AVALIAÇÃO DOS SEGMENTOS A tabela 20 apresenta a qualificação dos subtrechos pesquisados e a sua identificação no relatório fotográfico no anexo V. Tabela 20 Qualificação dos Subtrechos e Correlação com o relatório Fotográfico SEGMENTO CARACTERÍSTICA PRINCIPAL FOTOS - ANEXO V Subtrecho com alta presença de trincas isoladas, em bloco e couro de jacaré, mostrando a evolução de trincas devido ao tráfego, com presença de trincas de até 6 cm. Subtrecho com presença de desgaste e remendos, principalmente na pista da direita, a mais solicitada pelo tráfego pesado. Subtrecho com mediana presença de trincas isoladas e razoável desgaste, exsudação, escorregamento e afundamento de trilha de roda. Trecho com mediana presença de trincas isoladas de borda, trincas em bloco e alta presença de desgaste com polimento do agregado. Subtrecho apresentou as mesmas características do anterior. Subtrecho com alta presença de trincas isoladas, trincas em bloco e couro de jacaré. Subtrecho com alta presença de afundamento com solapamento e ondulações. Alta presença de trincas, remendos, afundamentos, ondulações e exsudação. Fotos 01, 02, 03 e 04 Foto 05 Fotos 06, 07 e 08 Fotos 09 Foto 10 Fotos 11 e 12 Fotos 13 e 14 Foto 15

64 Marcante presença de desgaste e exsudação, e surgimento de panelas, afundamentos e ondulações. Alta presença de vários defeitos, estando apenas as trincas sendo consideradas de média severidade. Características parecidas com as do segmento anterior, com mediana presença de escorregamento e exsudação. Presença mediana de trincas e desgaste de pavimento, com baixa presença de afundamento e ondulação. Subtrecho com baixa ou nenhuma presença de defeitos, apresentando apenas baixa presença de desgaste e trincas, sendo considerado o melhor trecho dos estudados. Possui características iguais as do trecho anterior, sendo também considerado um bom trecho. Baixa presença de exsudação, trincas em bloco, afundamento, ondulações e mediana presença de desgaste. Média presença de trincas e desgaste e alta presença de remendos. Alta presença de trincas e remendos e aparecimento médio de desgaste e exsudação. Subtrecho com características marcantes de panelas, remendos e desgaste. Subtrecho com aparecimento freqüente de panelas, com exposição do pavimento antigo da BR. Fotos 16 e 17 Foto 18 Foto 19 e 20 Sem Foto Foto 21 Foto 22 Foto 23 Sem Foto Foto 24 Sem Foto Fotos 25 e 26

65 Subtrecho marcado pela presença de grandes remendos, inclusive com trincas ao redor. Altamente trincado e com presença de panelas e remendos. Subtrecho com alta presença de panelas, remendos e mediana presença de trincas. Pela proximidade com a cidade de Feira de Santana, esse trecho apresenta panelas e remendos em alta severidade, uma grande presença de desgaste no pavimento. Foto 27 Fotos 28 e 29 Foto 30 Fotos 31 e 32 Ao todo, dos 23 subtrechos pesquisados, nenhum foi considerado em ótimo estado, 10 foram considerados em estado regular, 8 em bom estado, 2 em estado ruim e 3 em estado péssimo, conforme ilustrado na tabela 21. Os subtrechos 13, 14 e 15, foram considerados os melhores trechos da avaliação, apresentando apenas desgaste mediano na superfície do pavimento, Foi observado que, na totalidade do trecho pesquisado, há a presença de desgaste do pavimento, devido ao estado de utilização excessiva da rodovia principalmente por transporte de cargas. Esse tipo de defeito requer apenas uma operação de reabilitação simplificada, com a aplicação de ligante asfáltico, na totalidade do trecho pesquisado. Subtrechos como 1, 6, 17, 21 e 23 que apresentaram alto índice de trincas, ou seja, trincas em mais de 50% do subtrecho, necessitam de aplicação de capas selantes com graduação fina (em trincas longitudinais e transversais) para obstrução da possível entrada de água através da fendas. Já nas trincas couro de jacaré, que denotam presença de trincas por fadiga, que são reflexos de problemas provenientes da parte inferior da camada para a parte superior, é necessária a aplicação de um remendo profundo no local. Subtrechos como 18, 20, 21, 22 e 23 apresentaram alta presença de panelas, que na metodologia quer dizer mais do que 5 panelas/km, necessitam de um serviço de tapa-buracos, com correção dos defeitos através da aplicação de remendos superficiais, em buracos de pouca profundidade, que não tenham atingido a camada

66 de base, e serviços de remendo profundo, com reconstrução da camada de base, recompactação, aplicação do CBUQ. No subtrecho 9, que apresenta afundamento de trilha de roda, deve ser realizada uma operação de tapa-buracos para a correção da trilhas de roda. Os subtrechos 7, 8, 10 e 11 que têm alta presença de ondulações requerem um maior cuidado, no sentido de se investigar através dos procedimentos de avaliação estrutural, se o problema é relacionado às camadas inferiores do pavimento, caso seja comprovado, é necessário a escarificação do pavimento, reciclagem através da mistura com a base, e reconstrução da base. Os demais subtrechos, 2, 3, 4, 5, 12, 16 e 19, são subtrechos considerados com problemas de severidades medianas, que justificam apenas a aplicação de conservação rotineira. A tabela 21 mostra o percentual das qualificações encontradas na avaliação do pavimento: Tabela 21 Caracterização do Estado do Pavimento ESTADO DO NÚMERO DE PAVIMENTO SEGMENTOS PORCENTAGEM (%) Ótimo 0 00,0 Bom 8 34,8 Regular 10 43,5 Ruim 2 08,7 Péssimo 3 13,0. Isso demonstra a maior proporção dos subtrechos considerados como regular, com incidência de 43,5%, denotando a qualificação. Esse resultado variou um pouco, no percentual de índices, do obtido pelo estudo desenvolvido pela CNT 2007, pelo fato da metodologia utilizada por ela ser diferenciada da metodologia do presente trabalho. A metodologia CNT não avalia um trecho específico da rodovia, mas a rodovia como um todo, levando inclusive em consideração outros fatores que não só a superfície do pavimento.

67 O percentual de trechos considerados de acordo a sua qualificação da metodologia do LVC, são apresentados a seguir na figura 8: Figura 8 Percentual de Trechos x Qualificação

68 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS O tipo de estudo desenvolvido neste trabalho é de grande relevância para um melhor conhecimento da importância da gerência dos pavimentos flexíveis com intuitos técnico e econômico. Deve-se observar o encarecimento acelerado, com o passar dos anos, nas rodovias afetadas, das medidas para correção das manifestações patológicas. O estudo procurou entender a evolução desigual, ao longo das décadas, dos principais modais de transporte no Brasil e na Bahia. Nessa evolução percebe-se que os investimentos nos transportes não contemplaram o gerenciamento, demonstrando falta de planejamento na constituição da modalidade rodoviária. O modelo de priorização do transporte rodoviário trouxe consigo graves conseqüências, dentre elas, por deficiência da gerência dos pavimentos, a intensa deterioração das rodovias. Esse desgaste ocorrido nos pavimentos, muitas vezes, estão ligados ao excesso de carga transportado nos caminhões, fator que poderia ser minorado com a implantação de postos de pesagem e fiscalização de cargas em todas as rodovias brasileiras. Com a deterioração das vias, torna-se cada vez mais importante se otimizar o direcionamento dos recursos econômicos para manutenção e reabilitação dos pavimentos das rodovias. Com isso, para a conservação das rodovias torna-se necessário implantar um sistema de gerenciamento de pavimentos. O gerenciamento tem como objetivo acompanhar o estado do pavimento, tarefa que pode ser realizada através de alguns métodos de avaliação, sejam superficiais ou estruturais. As metodologias de avaliação superficial servem para mensurar defeitos mais aparentes e para indicar trechos que precisem da aplicação da metodologia estrutural. Neste trabalho foi aplicada a metodologia de avaliação superficial dos pavimentos flexíveis. Através do estudo, concluiu-se que o método do LVC é perfeitamente aplicável ao contexto a que foi submetido, com algumas adaptações para melhorar o conhecimento dos segmentos, a exemplo das paradas para registro fotográfico.

69 O método, no entanto demonstrou-se insensível à severidade de alguns defeitos, a medida em que se observa a contagem de remendos e buracos por quantidade. Já em relação aos pesos atribuídos pelo método, observa-se a maior preocupação com as panelas, remendos, ondulações e afundamentos, do que com as trincas. Outro fator importante é a influência maiúscula da opinião do observador sobre a condição da superfície do pavimento, já que o método não dispõe de instrumentos ou gabaritos de medida de comparação com uma rodovia em boas condições. Através do levantamento e avaliação da pesquisa realizada, chegou-se a conclusão de que o trecho analisado encontra-se na maior parte em estado regular. O trecho apresenta defeitos diversos, porém, com severidades medianas, a não ser em subtrechos específicos que apresentaram falhas mais severas. Segundo a avaliação, o trecho já necessita de intervenção, podendo em muitos segmentos empregar soluções de rotina, como as que são desenvolvidas em todas as estradas com a vida útil em idade avançada. Em alguns segmentos podese prever recapeamento e até reconstrução.

70 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BALBO, José Tadeu; BODI, Janos. Modelos para Priorização de Serviços de Manutenção de Pavimentos Urbanos, 31ª Reunião Anual de Pavimentação, São Paulo, SP, BALBO, José Tadeu. Pavimentos Asfálticos Patologias e Manutenção, São Paulo, Plêiade, BALBO, José Tadeu. Pavimentação Asfáltica: Materiais, Projeto e Restauração, São Paulo, Oficina de Textos, BARTHOLOMEU, Daniela Bacchi, Quantificação dos Impactos Econômicos e Ambientais Decorrentes do Estado de Conservação das Rodovias Brasileiras, Tese (Doutorado em Ciências) Universidade de São Paulo, Piracicaba, BRASIL. Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes. Coordenação Geral de Estudos e Pesquisa. Instituto de Pesquisas Rodoviárias. Manual de Restauração dos Pavimentos Asfálticos 2 ed. Rio de Janeiro: IPR BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão - Estudo de Viabilidade de PPP Sistema Rodoviário BR-116/BR324/BA Volume I - revisão 4 - Junho BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão - Estudo de Viabilidade de PPP Sistema Rodoviário BR-116/BR324/BA Volume IV - Junho BRANDÃO, Luiz Eduardo Teixeira; CURY, Marcus Vinicius Quintella. Avaliação da viabilidade econômica da concessão e análise dos riscos e incertezas do tráfego da BR-163, com o uso da Teoria das Opções Reais, Relatório de Trabalho (MT/CNPq), 2005.

71 CRUZ, Fábio Henrique Campos; BITENCOURT, Rafael Inocêncio de Andrade. Análise Econômica-Ambiental de Empreendimentos Vários: Um Estudo Comparativo, Trabalho de Graduação, Instituto Tecnológico de Aeronáutica São José dos Campos, SP, GALVÃO, Olímpio J. de Arroxelas. Desenvolvimento dos Transportes e Integração Regional no Brasil Uma Perspectiva Histórica, UFPE, Recife, GONÇALVES, Fernando Pugliero. O Diagnóstico e a Manutenção dos Pavimentos, (Notas de Aula), HVEEM, Francis N. Pavement Deflection end Fatigue Failures, Bulletin n.114, HRB (TRB) Washington, DC p MEDINA, Jacques de. Mecânica dos Pavimentos, Rio de Janeiro: Editora UFRJ, NERY, Antônio Pedro Cedraz; MONTEIRO, Renato. Histórico das Rodovias Federais no Estado da Bahia, DNIT/BA, portaria º DRF, NETO, Julio Pacheco Monteiro. Um Modelo Teórico para Estruturação de um Sistema de Informações para Controle e Acompanhamento da Manutenção de uma Malha Rodoviária, Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, PEREIRA, Reginaldo. Irregularidade nas Obras Rodoviárias, Artigo Publicado no Jornal A Tarde 10/02/2006. RUBIN, Débora; PAGEL, Geovana. Governar é Construir Estradas, Artigo Publicado no Jornal Eletrônico ANBA 22/08/2007. Disponível em Acessado em 08/11/2007.

72 SENÇO, Wlasermiler de. Manual de Técnicas de Pavimentação, Volume I, São Paulo: Pini, SENÇO, Wlastermiler de. Manual de Técnicas de Pavimentação, Volume II, São Paulo: Pini, VILLIBOR, Fadul Douglas; FORTES, Fábio Quintela; NOGAMI, Job Shuji. Defeitos de Pavimentos de Baixo Custo e sua Conservação, 28ª Reunião Anual de Pavimentação, Belo Horizonte, MG, YOSHIZANE, Hiroshi P. Defeitos, Manutenção e Reabilitação de Pavimento Asfáltico. Centro Superior de Educação Tecnológica CESET UNICAMP, Limeira, SP, disponível em acessado em 06/03/08. Sítios Consultados: ANTT Agência Nacional de Transportes Terrestres Disponível em Acessado em 08/11/2007 MT - Ministério dos Transportes Disponível em Acessado em 08/11/2007. DNIT - Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes Disponível em Acessado em 13/11/2007. CNT Confederação Nacional dos Transportes Disponível em Acessado em 28/11/07.

73 ANEXOS

74 ANEXO I - Formulário Para o Levantamento Visual Contínuo

75 ANEXO II - Formulário Para o Cálculo do IGGE

76 ANEXO III - Quadro de Resumos dos Índices Calculados

77 ANEXO IV - Representação dos Diferentes Tipos de Defeitos

78 ANEXO V - Relatório Fotográfico do Estudo de Caso Foto 01 Foto 02 MR de Início do Estudo Trincamento Severo Foto 03 Foto 04 Aberturas de 6 cm Remendos e Trincas Foto 05 Foto 06 Remendos, trincas na faixa direita Desgaste e Afundamento de Trilha

79 Foto 07 Foto 08 Afundamento de trilha de roda Medida de 2,5cm de Afundamento Foto 09 Foto 10 Trinca de Borda Desgaste Acentuado Foto 11 Foto 12 Couro de Jacaré Detalhe do Couro de Jacaré

80 Foto 13 Foto 14 Detalhe do Solapamento Afundamento com Solapamento Foto 15 Foto 16 Afundamento com Solapamento Buracos ou Panelas Foto 17 Foto 18 Afundamento com Trincamento Afundamento

81 Foto 19 Foto 20 Trilha de Roda Escorregamento em Curva Foto 21 Foto 22 Pouco Desgaste Pouco Desgaste Foto 23 Foto 24 Afundamento Trincas em Bloco e de Bordo

82 Foto 25 Foto 26 Detalhe da Formação de Panelas Formação de Panelas Foto 27 Foto 28 Remendos Trincas Interligadas Foto 29 Foto 30 Remendos no Acostamento Panelas no Acostamento

83 5% Foto 31 Foto 32 Remendos Remendos

TÓPICOS AVANÇADOS DE PAVIMENTAÇÃO

TÓPICOS AVANÇADOS DE PAVIMENTAÇÃO Universidade Federal do Paraná Setor de Tecnologia Departamento de Transportes TÓPICOS AVANÇADOS DE PAVIMENTAÇÃO Prof. Djalma R. Martins Pereira, M.Eng. AVALIAÇÃO DE PAVIMENTOS TÓPICOS AVANÇADOS DE PAVIMEMTAÇÃO

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