Bruna Barbosa de Jesus Viviane Cristina Mariano Viviane de Oliveira O CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO SOBRE PRECAUÇÕES E ISOLAMENTOS

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1 Bruna Barbosa de Jesus Viviane Cristina Mariano Viviane de Oliveira O CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO SOBRE PRECAUÇÕES E ISOLAMENTOS

2 Bruna Barbosa de Jesus Viviane Cristina Mariano Viviane de Oliveira O CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO SOBRE PRECAUÇÕES E ISOLAMENTOS Projeto de pesquisa apresentado à disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso, do Curso de Enfermagem, do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade São Francisco, sob orientação da Prof.ª MS. Gisleide Carvalho Góes Fernandes como exigência para aprovação.

3 Mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que DEUS tem preparado para aqueles que o amam. 1 Coríntios 2:9

4 Dedicatória Dedicamos este trabalho a DEUS por ter nos proporcionado a oportunidade de viver, evoluir a cada dia e principalmente por ter colocado pessoas pelo nosso caminho que fizeram muita diferença em nossas vidas.

5 Agradecimentos A DEUS em primeiro lugar por ter me dado essa oportunidade e me sustentar até aqui; Aos meus pais José e Vera pelo apoio e dedicação, A minha irmã Ingrid pela ajuda nos momentos difíceis, Ao meu namorado Jonas pelo carinho e grande incentivo, e que você saiba que é meu porto seguro, A minha orientadora Profª Gisleide pela atenção e paciência, As minhas colegas de trabalho Viviane Mariano e Viviane Oliveira por me agüentarem, Quero dividir com vocês essa conquista tão importante pra mim, Sem vocês a vitória não seria completa, obrigada! Bruna Barbosa de Jesus

6 Agradecimentos Gostaria de iniciar dizendo que hoje vivo uma realidade que antes mais se parecia um sonho, mais para que esse sonho fosse realizado foi preciso muito esforço, determinação, perseverança, paciência, ousadia para chegar aonde cheguei, nada disso conseguiria sozinha agradeço muito a todos que de uma forma ou outra ajudaram que este sonho fosse realizado. Agradeço primeiramente a DEUS, por ter me guiado e iluminado em todos os momentos fáceis e difíceis, que considero como matérias-primas de aprendizado. Agradeço aos meus pais, Laércio e Maria Helena, meus maiores exemplos. Obrigada por cada incentivo e orientação, pelas orações em meu favor, pela preocupação para que nada acontecesse comigo durante o meu trajeto de todos os dias. Aos meus avôs e os demais familiares, por terem confiado e acreditado, para que eu concluísse mais uma etapa desta vida mesmo a distancia. Não posso me esquecer do Nico que faz parte da família o mesmo trocou muitos pneus da Suzi nesses quatro anos de caminhada. Ao meu namorado, Juliano, por todo amor, carinho, paciência e compreensão que tem me dedicado. Aos meus amigos que me acolheram em suas casas para que eu pudesse dar continuidade ao curso em especial a Tâmara e a família dela no inicio do curso, e as meninas que moraram na república em especial a Aline e agora no final do curso, a Grasiele e seu esposo Alexandre que me acolheram. Também não posso me esquecer da equipe do PACS Cachoeira em especial as agentes de saúde que me ajudaram muito com relação aos dias de estágio. Aos meus colegas de classe, gostaria de agradecer pela paciência, sorriso, abraço, pelas mãos que sempre se estendiam quando eu precisava. Esta caminhada não seria a mesma sem vocês. Agradecer também às minhas companheiras de TCC, Bruna e Viviane Oliveira, pelas trocas de conhecimento, pelo trabalho e pelas reuniões tão gostosas que sempre realizávamos e não posso me esquecer das comidas que em todas as reuniões nunca faltava. À professora Gisleide Carvalho que, com muita paciência e atenção, dedicou do seu valioso tempo para me orientar em cada passo deste trabalho. E a todos os professores que de uma forma ou outra contribuíram na minha vida acadêmica e na minha futura vida profissional. Obrigada a todos que mesmo não citando aqui mais que de uma forma ou outra contribuiu muito para essa etapa em minha vida. Viviane Cristina Mariano

7 Agradecimentos Primeiramente gostaria de agradecer a Deus que nunca me abandonou, peço que me perdoe pelos meus erros, e que eu possa ser sempre ser um instrumento do seu amor eterno. Esse momento tão sublime, não poderia se concretizar sem a vossa benção. Quero também agradecer a minha filha Patrícia pela sua compreensão, paciência e pelo seu amor, ao Jair pelo seu amor incondicional, a minha família que me compreendeu nos momentos tão difíceis da minha vida, e que sempre manterão as portas abertas para me acolher, aos meus amigos que mesmo em um inicio incerto, confuso e incomum, onde todos os estranhos fariam parte de nossas vidas, e que apesar de tantos contratempos aprendemos a serem colegas, amigos e irmãos, agradeço também de uma forma especial as minhas companheiras de TCC: Vivi e Bruna, e não poderia deixar de falar dessas figuras que foram essência em minha vida acadêmica, são eles meus professores e mestres, agradeço a vocês por todo empenho para que eu chegasse nesse momento todo especial, Gisleide sem você essa conclusão não seria possível, agradeço por toda orientação que você nos deu, nos transmitindo suas experiências e apoiar-nos em nossas dificuldades. Viviane de Oliveira

8 FERNANDES, G.C.G; JESUS, B.B; MARIANO, V.C; OLIVEIRA, V. O conhecimento do enfermeiro sobre precaução e isolamento. Trabalho de Conclusão de Curso, curso de Enfermagem da Universidade São Francisco. Bragança Paulista-SP, RESUMO Para diminuir os riscos de transmissão de microorganismos é necessário ter o conhecimento das medidas de precauções e isolamento. Os tipos de precauções existentes são padrão, utilizadas para todos os pacientes e em conjunto com estas, temos as baseadas na transmissão, sendo três tipos: precauções por aerossóis, por gotículas e por contato, podendo ser utilizadas isoladamente ou combinadas entre si. Este estudo teve como objetivo identificar o conhecimento e a utilização de medidas pelos Enfermeiros em relação às precauções e isolamento; verificar o conhecimento dos enfermeiros sobre os diferentes tipos de isolamentos e a adesão entre os enfermeiros sobre a utilização de medidas de precauções. Tratou-se de um estudo exploratório descritivo, com abordagem quali/quantitativa, no qual foi aplicado um questionário abordando dados de identificação pessoal e profissional e dados de conhecimento sobre o tema para os enfermeiros que atuam em diversos setores de um Hospital Geral do interior de São Paulo. Os resultados demonstraram o predomínio da faixa etária entre 30 a 45 anos; tempo de formação 1 a 5 anos de formado; turno de trabalho ocorreu na maioria no período diurno, em geral os enfermeiros possuem conhecimento acerca do assunto abordado, mas encontram dificuldades para aplicação das medidas de precaução e isolamento. Concluímos que apesar dos enfermeiros demonstrarem conhecimento sobre o assunto, encontram dificuldades em aderir às medidas, entre elas a falta de materiais, o numero insuficiente de profissionais, falta de conscientização. Acreditamos que esta pesquisa poderá contribuir para o desenvolvimento de alternativas para melhorar a assistência de enfermagem e ampliação do conhecimento, revela também a necessidade da educação continuada e permanente nas unidades. Sugerimos a realização de novas pesquisas, na qual seja avaliado o conhecimento dos acadêmicos de enfermagem sobre o tema. Palavras-chaves: precauções, isolamentos, enfermagem e conhecimento.

9 ABSTRACT To reduce the risk of microorganisms transmission is necessary to have knowledge of precautions and isolation measures. The types of existing precautions are standard used for all patients and in conjunction therewith, have those based on transmission, three types: precautions aerosols, droplets and by contact, they may be used alone or in combination. This study aimed to identify the knowledge and use of measures by nurses regarding precautions and isolation, check the nurses' knowledge about the different types of insulation and adhesion between the nurses on the use of precaution measures. This was an exploratory descriptive approach in which we applied a questionnaire addressing data identifying personal and professional data and knowledge on the topic for nurses working in different sectors of a General Hospital in city of Sao Paulo state. The results demonstrated predominant age between 30 to 45 years; training time 1-5 years of graduation; work shift occurred mostly during the day, usually nurses have knowledge about the subject, but find it difficult to apply precautionary measures and isolation. We conclude that despite nurses demonstrate knowledge on subject, they find it difficult to adhere to measures, including the lack of materials, insufficient number of professionals, lack of awareness. We believe that this research will contribute to the development of alternatives to improve nursing care and expansion of knowledge, also reveals the need for continuing education and permanent units. We suggest a new research, which is assessed knowledge of nursing students on the topic. Keywords: precautions, insulation, nursing and knowledge.

10 LISTA DE TABELAS TABELA 01: Distribuição dos enfermeiros de acordo com a faixa etária (N22). Bragança Paulista, TABELA 02: Distribuição dos enfermeiros de acordo com seu turno de trabalho na instituição (N22). Bragança Paulista, TABELA 03: Distribuição das respostas atribuídas pelos enfermeiros quanto às ações realizadas individualmente para evitar a transmissão de doenças entre pacientes (N22). Bragança Paulista, TABELA 04: Distribuição das respostas atribuídas pelos enfermeiros quanto às doenças que são transmitidas através de contato (N22). Bragança Paulista, TABELA 05: Distribuição das respostas atribuídas pelos enfermeiros quanto às doenças que são transmitidas através de aerossóis (N22). Bragança Paulista, TABELA 06: Distribuição das respostas atribuídas pelos enfermeiros quanto à barreira de proteção imprescindível nas precauções por gotículas (N22). Bragança Paulista, TABELA 07: Distribuição das respostas atribuídas pelos enfermeiros quanto à barreira de proteção imprescindível nas precauções por aerossóis (N22). Bragança Paulista,

11 LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 01: Distribuição da população estudada de acordo com o tempo de formação (N22). Bragança Paulista, GRÁFICO 02: Distribuição de enfermeiros conforme o tempo de trabalho na instituição (N22). Bragança Paulista, GRÁFICO 03: Distribuição da população estudada com relação se já haviam trabalhado na área da saúde antes da formação acadêmica (N22). Bragança Paulista, GRÁFICO 04: Distribuição das respostas atribuídas pelos enfermeiros relacionadas ao entendimento sobre o conceito de precaução padrão (N22). Bragança Paulista, GRÁFICO 05: Distribuição das respostas obtidas pelos enfermeiros relacionados ao conhecimento sobre as precauções de contato (N22). Bragança Paulista, GRÁFICO 06: Distribuição das respostas obtidas pelos enfermeiros relacionados ao conhecimento sobre a transmissão de doenças através de gotículas (N22). Bragança Paulista, GRÁFICO 07: Distribuição das respostas atribuídas pelos enfermeiros em relação ao uso da mascara N95 (N22). Bragança Paulista, GRÁFICO 08: Distribuição de enfermeiros quanto ao profissional que realiza orientação aos familiares sobre precauções e isolamento (N22). Bragança paulista,

12 LISTA DE SIGLAS ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária APECIH ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE DE INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAÚDE. CCIH Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. CDC Centers for Disease Control and Prevention. CME Central de material e esterilização. EPI Equipamento de Proteção Individual. HC Hospital das Clínicas. HIV Vírus da Imunodeficiência Humana. NR32 Norma regulamentadora 32. OMS Organização Mundial de Saúde. OPS Organização Panamericana de Saúde. PFF2 Peça Facial Filtrante II. PP Precaução Padrão. PU Precaução Universal. s/n se necessário. UTI Unidade de Terapia Intensiva. µm unidade de medida micra.

13 12 SUMÁRIO RESUMO... 8 LISTA DE TABELAS LISTA DE GRÁFICOS SUMÁRIO INTRODUÇÃO FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Histórico e evolução das praticas de precaução e isolamento Formas de transmissão dos agentes infecciosos Transmissão por contato Transmissão por gotículas Transmissão por aerossóis Sistema de Precauções e Isolamentos Precaução Padrão Precauções por contato Precauções por gotículas Precauções por aerossóis A importância da atuação do enfermeiro no Sistema de Precauções e Isolamentos 24 3 JUSTIFICATIVA OBJETIVO GERAL Objetivos Específicos METODOLOGIA Desenho de estudo Local de estudo População/Amostra Coleta de dados Procedimento Critérios de exclusão Instrumento Procedimento Ético-Legal ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS... 31

14 13 7. CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APÊNDICES Apêndice A Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Apêndice B Questionário ANEXOS Anexo A Carta de Autorização Anexo B Ficha de Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa Anexo C Carta de Apresentação do Projeto de Pesquisa... 63

15 14 1. INTRODUÇÃO Conforme ANVISA (2000), a hospitalização traz algumas consequências para o paciente, um dos grandes riscos do ambiente hospitalar é a transmissão de bactérias e outros patógenos de um paciente para o outro pela susceptibilidade e através dos profissionais de saúde, por isso há necessidade de empregar medidas de precauções e isolamentos para determinados casos como, por exemplo, um paciente com uma bactéria multirresistente. Outro meio de se utilizar o isolamento são as doenças transmissíveis, de acordo com o tipo de transmissão será o tipo de isolamento. O avanço no conhecimento cientifico impulsionou a adoção de novas tecnologias e intervenções sendo uma delas as diferentes formas de isolamento (NICHIATA et al., 2004). Semmelweis, em 1847, questionou os casos de febre puerperal e descobriu que a simples lavagem das mãos de médicos após as necropsias realizadas, diminuíam os casos de morte das puérperas evitando a transmissão de doenças de um paciente para o outro (CARDOSO, SILVA, 2004). Em 1863 Florence Nightingale já utilizava estratégias para minimizar os riscos de transmissão, enfatizando os cuidados com os pacientes e com o meio ambiente (CARDOSO, SILVA, 2004). As primeiras recomendações sobre precauções e isolamentos foram publicadas em 1877, nelas eram recomendadas a separação de pacientes infectados dos não infectados, mas a transmissão continuou, porque a doença em questão não era considerada (COUTO, PEDROSA, NOGUEIRA, 2003). Somente entre 1877 a 1897, através de Pasteur e Koch, houve novas intervenções sobre o controle de doenças infecciosas, com o estabelecimento de uma causa microbiológica das doenças (NICHIATA et al.,.2004). As práticas de precaução e isolamentos são muito antigas e vem se aprimorando a cada dia, sendo essencial que os profissionais de saúde adquiram consciência que estão interferindo nos mecanismos naturais das defesas orgânicas (DANTAS et al., 2010).

16 15 O profissional de saúde é o principal veículo de transmissão de microorganismos, o que ocorre através do contato direto (mãos) ou contato indireto (fômites) com o próprio paciente (UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO, 2011). Na década de 90, surgiu a necessidade de uma nova política de isolamento, pois foram identificadas variações de interpretação e confusão a respeito da política anterior. Foi publicada então, uma orientação revisada sobre precauções de isolamentos para hospitais. Nesta visão, foram feitas as seguintes alterações: as PU (Precauções Universais) foram substituídas pelas PP (Precaução Padrão) e as precauções baseadas na transmissão das doenças (precaução por contato, aerossóis e gotículas) passaram a ser usadas em adição às PP (APECIH, 1999). Entre os tipos de precauções existentes temos as precauções padrão, que são utilizadas para todos os pacientes e em conjunto com estas temos as precauções baseadas na transmissão, sendo três tipos: precauções por aerossóis, por gotículas e por contato, elas podem ser utilizadas isoladamente ou combinadas entre si (APECIH, 2012). Para minimizar os riscos de transmissão de microorganismos de um paciente para o outro é necessário ter o conhecimento sobre os mecanismos de transmissão e seguir a adoção de medidas de precaução para cada tipo de isolamento. Independente do diagnóstico do paciente, antes mesmo de se detectar a doença transmissível é necessário adotar as medidas de precaução padrão que devem ser utilizadas para todo e qualquer paciente independente do diagnóstico ou estado infeccioso presumido (OLIVEIRA, CARDOSO, MASCARENHAS, 2010). As precauções padrão aplicam-se quando o profissional entra em contato com sangue, fluídos e todos os líquidos corporais entre essas precauções se enquadram a lavagem das mãos, uso de luvas como barreira protetora evitando o contato com excreções, aventais, máscara e óculos quando houver risco de respingos nessas áreas. Medidas simples de precaução padrão podem reduzir ou mesmo evitar a disseminação dos microorganismos (BOLICK, 2000). As precauções baseadas na transmissão são utilizadas para pacientes com suspeita ou infecção confirmada ou colonização por patógenos epidemiologicamente relevantes.

17 16 Conforme Moura (2004) o conhecimento prévio e o treinamento dos profissionais de saúde para medidas preventiva de isolamento são atributos necessários para as instituições, devido à possibilidade de ocorrência de surtos. A equipe de enfermagem deve possuir conhecimento e estar capacitada, sobretudo com relação à transmissão de patógenos para que possa evitar suas formas de disseminação (AGUIAR, LIMA, SANTOS, 2008). A importância de prevenção da transmissão é um fato, contudo, a inexistência de estudos que registrem a adesão total dos profissionais de saúde aos protocolos de precaução e isolamento adotados pelas instituições visando à disseminação de microorganismos multirresistentes também é preocupante (MOURA 2004). Este trabalho tem por finalidade avaliar o conhecimento dos Enfermeiros sobre a importância da utilização de precauções e isolamentos, pois reconhecemos que este profissional possui qualificação necessária para tal intervenção, diminuindo assim a disseminação das doenças no ambiente hospitalar.

18 17 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Histórico e evolução das praticas de precaução e isolamento Desde o século XIV, já existia a preocupação com o isolamento dos doentes, os quais eram obrigados a permanecer em suas casas marcadas com um sinal distintivo (FARREL 2003 apud APECIH 2012). A partir do século XVIII começa surgir a ideia de transmissão, passando a identificar agentes microbiológicos e uma melhor concepção da doença (NICHIATA et al.,.2004). Florence Nightingale em 1863 estabeleceu as primeiras recomendações sistematizadas relacionadas ao cuidado do paciente, enfatizando a necessidade de limpeza do ambiente hospitalar, os ensinamentos de Florence abordava a transmissão de doenças por substâncias do corpo e os cuidados com o ambiente hospitalar com relação ao ar puro, luz, calor, limpeza e a necessidade de separação dos doentes infectados dos não infectados (NIGHTINGALE 1989 apud NICHIATA et. al.,.2004). No final do século XIX, nos Estados Unidos, vieram às primeiras recomendações sobre isolamento no ambiente hospitalar, orientando a internação de pacientes com doenças infecciosas em quartos separados (BRUDNEY, DOBKIN, 1991 apud APECIH 2012). Segundo a OMS e OPS apud Nichiata et. al. (2004), em 1960, definiu isolamento: a segregação de pessoas infectadas durante o período de transmissibilidade da doença, em local sob condições para evitar a transmissão direta ou indireta do agente infeccioso a indivíduos suscetíveis ou que possam transmitir a outros. O CDC (Centers for DiseaseControl e Prevention), dos Estados Unidos publicou em 1970 um documento Técnicas para isolamentos em hospitais orientando os hospitais quanto à utilização das precauções para isolamento de pacientes com infecções, em 1975 este documento foi revisado e publicado recomendando uma classificação com sete categorias de isolamento, segundo suas vias de transmissão (CDC, 1970 apud NICHIATA et al.,.2004).

19 18 No início da década de 80 os hospitais se depararam com a infecção hospitalar por microorganismos multirresistentes, tendo a necessidade de um novo sistema de isolamento. Em 1983, o CDC lança a atualização do manual de isolamentos, com título Guideline for Isolation Precautions in Hospitals neste documento as categorias de isolamentos foram divididas em: precauções entéricas, estrita, de contato, respiratória, para pacientes com tuberculose, com sangue e fluídos orgânicos (APECIH 2012). No Brasil em 1985, o Ministério da Saúde publicou o Manual de Controle de Infecção Hospitalar com recomendações específicas sobre isolamentos com base nas recomendações do CDC (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1985 apud NICHIATA et al., 2004). Em 1996 o CDC preconiza as Precauções Padrão e define as Precauções baseadas na transmissão, as quais foram categorizadas em Precauções de Contato, para Gotículas e Aerossóis, essas são as recomendações que têm orientado a prática de isolamentos no Brasil até os dias atuais (APECIH 2012). 2.2 Formas de transmissão dos agentes infecciosos Mecanismo de transmissão é a forma como os microorganismos são transmitidos afetando o hospedeiro suscetível, podendo ser de transmissão direta através de exposição ao sangue e outros fluídos corpóreos ou através de fonte indireta por meio de vetor ou fômites. As principais vias de transmissão de patógenos no ambiente hospitalar são por contato, gotículas e aéreas (APECIH 2012) Transmissão por contato É o mecanismo mais comum para disseminação de microorganismos no ambiente hospitalar e se divide em duas categorias: transmissão por contato direto e transmissão por contato indireto (CARMAGNANI, 2000).

20 19 Transmissão por contato direto é a disseminação de microorganismos de um individuo a outro através de contato com superfície corporal e transferência física de microorganismos, entre um hospedeiro suscetível e uma pessoa infectada ou colonizada, durante um procedimento (profissional), ou entre pacientes, sem que haja um objeto intermediário contaminado (MOLINARI, 2006). Transmissão por contato indireto envolve o contato de um hospedeiro suscetível com equipamento e materiais de uso comum contaminado (instrumentos, agulhas, curativos), pertences pessoais, mãos contaminadas que não foram lavadas ou luvas que não foram trocadas no atendimento a diferentes pacientes, através dos EPIs do profissional da saúde (MOLINARI, 2006) Transmissão por gotículas As gotículas são partículas com tamanho >5 µm liberadas por meio da transferência do patógeno ao hospedeiro através da tosse, fala, espirro, podendo também ser liberadas por meio de procedimentos tais como aspiração traqueal, entubação, fisioterapia respiratória com indução de tosse, entre outros. A distância máxima para a transmissão é de aproximadamente até 1 metro, pelo ar e os microorganismos se depositam no hospedeiro na conjuntiva ocular, mucosa nasal ou boca (BATISTA, 2003 apud MESQUITA, 2006) Transmissão por aerossóis Os aerossóis são gotículas menores que 5µm liberadas através da respiração, fala, tosse, ou espirros, devido o seu tamanho essas partículas podem permanecer horas no ambiente suspensas no ar e até mesmo atingir longas distâncias e ambientes diferentes, através das correntes aéreas propiciando uma maior facilidade de inalação por hospedeiros suscetíveis (ANDRIOLLI et al,1999 apud MESQUITA 2006).

21 Sistema de Precauções e Isolamentos O CDC segundo Fernandes (2010) contempla em 1996 com o novo sistema de precauções e isolamento, baseando-se em duas categorias: as precauções padrão, que devem ser aplicadas a todos os pacientes, independentemente de sua condição infecciosa (com ou sem a presença de doenças transmissíveis) e as precauções específicas nos modos de transmissão, as quais são classificadas de acordo com sua transmissão. O objetivo principal de um sistema de precauções e isolamento é a prevenção da transmissão de um microrganismo de um paciente, seja ele portador são ou doente, para outro indivíduo, tanto de forma direta, como indireta. Para isso, são adotadas medidas de prevenção em relação ao paciente e aos profissionais de saúde, que podem servir de veículo de transmissão destes microrganismos (FERNANDES, 2010 apud MOLINARI, 2006). Segue abaixo as medidas de precauções padrão e as precauções específicas, sendo elas precaução de contato, respiratórias para gotículas e precauções respiratórias para aerossóis, lembrando que, dependendo da forma de transmissão, pode ser necessária a utilização de mais de um tipo de precaução Precaução Padrão A Precaução Padrão parte do princípio de que, quando não se sabe a concentração de microorganismos nos diversos fluídos corporais do paciente, o profissional da saúde precisa considerar todos como potencialmente infectados (STARLING, SILVA, 1998 apud MOLINARI, 2006). As precauções padrão (PP) são medidas indicadas para todo paciente independentemente do seu diagnóstico e/ou na manipulação de equipamentos ou artigos contaminados ou sob suspeita de contaminação, visando minimizar os riscos de infecção por microorganismos veiculados pelo sangue, secreções, excreções, fluídos corporais, pele não íntegra e mucosa tanto para o profissional quanto para transmissão de um paciente para o

22 21 outro. O objetivo da PP é reduzir as infecções nas instituições de serviços de saúde (APECIH, 2012). Conforme Carmagnani (2000) as PP compreendem as seguintes normas: Lavagem das mãos antes e após contato com o paciente, com finalidade de reduzir microorganismos; Uso de luvas quando houver risco de contato com fluídos corpóreos, sangue, excreções, secreções, procedimentos invasivos, mucosas e pele não íntegra, devem ser trocadas entre um procedimento e outro no mesmo paciente; Máscara cirúrgica, protetores faciais e oculares protegem a face de respingos de material biológico, devendo ser de uso individual, a máscara deve ser descartada após término do procedimento, os protetores faciais e os óculos devem ser higienizados e só descartados quando estiverem danificados; Avental deve ser utilizado sempre que houver risco de contato com material biológico com o objetivo de proteger a roupa do profissional e diminuir os riscos de transmissão de um paciente para o outro e descartado após o uso; Materiais pérfuro-cortantes: não reencapar agulhas, não desconectá-las da seringa, desprezar em local adequado e usar dispositivos de segurança conforme NR Precauções por contato As Precauções por contato são utilizadas para pacientes suspeitos de infecção ou de colonização por microorganismos epidemiologicamente importantes (FERNANDES, 2010). De acordo com APECIH (2012) as medidas de prevenção pelo contato consistem em: Quarto privativo, o paciente deve ser internado em quarto privativo, caso não for possível, coorte de pacientes infectados ou colonizados pelo mesmo microorganismos. Higiene das mãos antes e após contato com paciente; Avental vestir dentro do quarto e deve ser de uso individual, desprezado após o uso.

23 22 Luvas devem ser utilizadas sempre que houver contato com o paciente; Paramentação adequada, na seguinte ordem: avental máscara (s/n) óculos protetor (s/n) luvas higiene das mãos ao sair do quarto. Artigos e equipamentos devem ser de uso exclusivo; Transporte do paciente deve ser restrito, quando necessário manter as secreções contidas, avisar ao setor de encaminhamento sobre as precauções de contato Precauções por gotículas Para Nichiata et al.,(2004) as precauções por gotículas são indicadas para evitar o risco de transmissão de agentes infecciosos veiculados por vias aéreas, através de contato com a conjuntiva e com a mucosa do nariz ou da boca de um individuo suscetível com gotículas de tamanho grande > 5µm. Compõem as medidas de precauções por gotículas: Quarto privativo, o paciente deve ser internado em quarto privativo, caso não for possível, coorte de pacientes infectados ou colonizados pelo mesmo microorganismo. Manter a porta fechada; Higiene das mãos antes e após o contato com o paciente; Máscara cirúrgica (obrigatória) ao entrar no quarto, inclusive para as visitas e descartá-las ao sair do quarto; Transporte do paciente deve ser restrito, quando necessário realizar o transporte do paciente com a máscara cirúrgica no trajeto e enquanto se manter fora do quarto, avisar ao setor de encaminhamento sobre as precauções por gotículas Precauções por aerossóis Para APECIH (2012) precauções por aerossóis visam prevenir a disseminação de infecções de transmissão respiratória por aerossóis. A transmissão

24 23 por aerossóis é diferente da transmissão por gotículas, algumas partículas pequenas, < 5µm eliminadas durante a respiração, a fala ou tosse se ressecam e ficam suspensas no ar, podendo permanecer durante horas e atingir ambientes diferentes, inclusive quartos adjacentes (são carreados por corrente de ar). Quarto privativo ou coorte quando os pacientes apresentarem a mesma doença, porta fechada e de preferência com sistema de ventilação com pressão negativa e filtragem do ar. Caso a instituição não possua quartos com essas características (quarto com pressão negativa), manter o paciente em quarto privativo, com as portas fechadas e boa ventilação; Higiene das mãos quando entrar em contato com o paciente; Mascara tipo respirador de uso obrigatório para todos que entrarem no quarto, Máscara PFF2 Peça Facial Filtrante II (Máscara N95), uso individual e a durabilidade depende da frequência de uso e acondicionamento adequado; Transporte do paciente deve ser evitado, o paciente deve sair do quarto utilizando mascara cirúrgica, avisar o setor sobre as precauções por aerossóis. Conforme APECIH (2012) estão apresentados no abaixo as indicações do tipo de precauções recomendadas segundo o agente etiológico.

25 24 Indicações do tipo de precauções recomendadas segundo o agente etiológico. Infecção/condição/microrganismo Precauções Caxumba Precaução por Gotículas Cólera Precaução por Contato Conjuntivite Precaução Padrão Coqueluche Precaução Por Gotículas Dengue Precaução Padrão Difteria Precaução por Contato Herpes Zoster (disseminado) Precaução por Contato e Aerossóis HIV Precaução Padrão H1N1/Influenza Precaução por Gotículas Impetigo Precaução por Contato Malária Precaução Padrão Meningite Precaução por Gotículas Pediculose Precaução por contato Raiva Precaução Padrão Rubéola Precaução por Gotículas Sarampo Precaução por Aerossóis Sífilis Precaução Padrão Tétano Precaução Padrão Tuberculose Precaução por Aerossóis Varicela Precaução por Contato e Aerossóis Fonte: apud APECIH (2012). 2.4 A importância da atuação do enfermeiro no Sistema de Precauções e Isolamentos Florence definiu a atuação e a função da enfermagem como de auxiliar da natureza, ou seja, oferecendo luz, água, aquecimento, nutrição, saneamento adequados, higiene, limpeza, assepsia. A enfermeira deveria proporcionar melhores condições, para que se pudesse atuar com o menor gasto de energia vital possível, o foco era o controle do ambiente dos indivíduos e das famílias, tanto dos sadios quanto dos enfermos (GEORGE, 2000 apud MOLINARI, 2006).

26 25 A enfermagem é uma profissão que não é mais apenas uma atividade que se sustenta em atos de caridade, mas que vem conquistando seu espaço por demonstrar conhecimento e domínio cientifico (GEORGE, 2000). A equipe de enfermagem é responsável pela assistência ao paciente, portanto a ela caberia à indicação de precaução específica, o mais precocemente possível nas suspeita ou confirmação de doenças infecciosas. O enfermeiro como líder da equipe de enfermagem deve ter o conhecimento das precauções e isolamentos adequados para dar uma melhor assistência, prevenir as transmissões de doenças no ambiente hospitalar e ser um multiplicador de conhecimento para sua equipe (APECIH, 2012).

27 26 3 JUSTIFICATIVA Essa pesquisa tem como finalidade avaliar o conhecimento dos Enfermeiros com relação às precauções e isolamentos, tendo em vista que este profissional atua como multiplicador de conhecimento para a equipe e na assistência ao paciente. Com este trabalho vamos levantar o uso adequado das precauções para cada tipo de isolamento e a necessidade de conhecimento do enfermeiro sobre este assunto para minimizar a transmissão de doenças.

28 27 4 OBJETIVO GERAL Identificar o conhecimento e a utilização de medidas pelos Enfermeiros em relação às precauções e isolamento. 4.1 Objetivos Específicos 1. Verificar o conhecimento dos enfermeiros sobre os diferentes tipos de isolamentos 2. Verificar a adesão entre os enfermeiros sobre a utilização de medidas de precauções.

29 28 5 METODOLOGIA 5.1 Desenho de estudo Trata-se de um estudo exploratório descritivo. Optamos por realizar uma pesquisa com abordagem quali/quantitativa, pois mostra aquilo que se busca na investigação e possibilita analisar as informações de forma mais objetiva do significado das expressões dos sujeitos envolvidos na pesquisa (ALVES et. al, 2006), para avaliar de forma criteriosa a compreensão e o aprofundamento do profissional Enfermeiro relacionado com os isolamentos e a aplicabilidade do uso correto dos equipamentos nos diversos tipos de precauções. Para a fundamentação cientifica a respeito do tema escolhido foram cruzadas as seguintes palavras chaves: precauções, isolamentos, enfermagem e conhecimento, pesquisadas nos bancos de dados BIREME, LILACS, SCIELO e BVS. 5.2 Local de estudo Esta pesquisa foi realizada em um Hospital de médio porte, situado em Bragança Paulista, interior de São Paulo. 5.3 População/Amostra A população estudada foi composta por 35 Enfermeiros que atuam nos setores: pronto socorro, pediatria, maternidade, clinica médica, clinica cirúrgica, UTI adulto, UTI neopediátrica, berçário, hemodiálise, centro cirúrgico, central de material, CCIH e apartamento que trabalham nos turnos diurno, vespertino e noturno.

30 Coleta de dados Procedimento Inicialmente foi solicitado ao hospital selecionado autorização para a realização do estudo (Anexo A), assim como o parecer do Comitê de Ética (Anexo B), após autorização e aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa foi realizado contato com a enfermeira gerente do hospital selecionado comunicando-a da nossa pesquisa e solicitando-a que avisasse os enfermeiros sobre a nossa intenção e a reafirmação da importância da sua colaboração assim como dos enfermeiros das unidades do hospital. Foram incluídos os Enfermeiros que trabalham nos turnos diurno, vespertino e noturno dos setores do pronto socorro, pediatria, maternidade, clinica médica, clinica cirúrgica, UTI adulto, UTI neopediátrica, berçário, hemodiálise, centro cirúrgico, central de material, CCIH e apartamentos; que concordaram em participar da pesquisa, assinando o termo de consentimento (Apêndice A). Do total de 35 enfermeiros, somente 22 (62,8%) participaram da pesquisa Critérios de exclusão Foram excluídos os Enfermeiros que se recusaram a participar da pesquisa e os que se encontravam de férias, folga ou licença médica durante o período do estudo. Dos 35 (100%) enfermeiros, um total de 13 (37,1%) enfermeiros não preencheu os critérios de inclusão do estudo, sendo que 3 (8,5%) deles se encontravam de férias, 4 (11,4%) se encontravam em atividades externas e 6 (17,1%) não responderam o questionário Instrumento Para coleta de dados foi utilizado um questionário quali/quantitativo com perguntas abertas e fechadas (Apêndice B) divididos em duas partes.

31 30 A primeira parte constou de um questionário com seis perguntas, que abordaram características demográficas, tais como idade, tempo de formação, tempo de trabalho na instituição, setor e turno de trabalho. A segunda foi composta por um questionário com treze questões abordando o conhecimento em relação ao conceito de precaução padrão, a principal ação que deve ser realizada para evitar à transmissão de doenças, as principais vias de transmissão de patógenos, a diferença entre transmissão por gotículas e aerossóis, as medidas utilizadas para precauções de contato, quais as doenças que necessitam de precauções por gotículas, por contato e por aerossóis, a barreira de proteção essencial pra gotículas e para aerossóis, os fatores que dificultam a utilização das medidas de precaução, o uso correto da mascara N95 e por quem são feitas as orientações aos familiares quanto às medidas de precauções. A pesquisa foi realizada no mês de setembro de O sigilo dos entrevistados foi mantido. Estes estão representados pela letra E (enfermeiro) seguido de um número em ordem crescente. 5.4 Procedimento Ético-Legal O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade São Francisco. Participaram deste estudo os enfermeiros que atuam no Hospital e que estiveram de acordo com o Termo de Consentimento. Este estudo, embora realizado com seres humanos, não acarretou riscos à saúde física e mental dos mesmos, visto que não foi utilizada nenhuma forma de intervenção, a não ser a aplicação do questionário. Asseguramos a cada participante da pesquisa a manutenção do sigilo da informação prestada. Todos os instrumentos de coleta de dados foram arquivados e sob responsabilidade do (a) pesquisador (a). Foram cumpridos os termos da Resolução 196 (10/10/1996), do Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 1996).

32 31 6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Para uma melhor compreensão e clareza, os resultados obtidos estão apresentados da seguinte forma: Caracterização da população com o objetivo de conhecer os aspectos básicos de identificação dos profissionais e a descrição a cerca do conhecimento teórico/prático sobre precauções e isolamento para compreensão dos dados relacionados ao conhecimento do tema proposto no trabalho. 6.1 Caracterização da População Ao analisarmos o perfil demográfico dos enfermeiros entrevistados referente à faixa etária, observamos que a idade entre 30 a 45 anos teve maior predomínio, como mostra a TABELA 1. TABELA 1 - Distribuição dos enfermeiros de acordo com a faixa etária (N22). Bragança Paulista, Idade (anos) Frequência % 18 a ,6 >25 a ,7 >30 a ,1 > ,5 Total ,0 Para Oliveira, Cardoso, Mascarenhas (2010) a faixa etária encontrada variou entre 22 e 27 anos, não coincidindo com os dados da nossa pesquisa. Com relação ao tempo de formação, houve maior porcentagem de profissionais entre 1 a 5 anos de formado, correspondendo a 9 (41%) da população estudada, seguido por 5 a 10 anos de formação somando 7 (32%), maior que 10 anos 5 (23%) do total e com menor porcentagem os recém-formados de 6 meses a 1 ano correspondendo apenas 1 (4,5%) da população estudada, dados esses apresentados no GRÁFICO 1.

33 Número de entrevistados Tempo de formação 9 (41%) 7 (32%) 5 (23%) 1 (4,5%) 6m - 1 ano 1-5 anos 5-10 anos > 10 anos Tempo de formação GRÁFICO 1 - Distribuição da população estudada de acordo com o tempo de formação (N22). Bragança Paulista, 2012 Para Cardoso e Silva (2004) um dos fatores que interfere no nível do conhecimento destes profissionais é o tempo de formação. Conforme a TABELA 2 sobre o turno de trabalho, grande parte dos enfermeiros trabalha no turno diurno 10 (45,5%), enquanto que 6 (27,3%) dos enfermeiros trabalham no noturno, no período vespertino tivemos 5 (22,7%), e apenas 1 (4,5%) no período integral (diurno e vespertino). TABELA 2 - Distribuição dos enfermeiros de acordo com seu turno de trabalho na instituição (N22). Bragança Paulista, Turno de Trabalho Frequência % Manhã 10 45,5 Manhã/Tarde 1 4,5 Tarde 5 22,7 Noite 6 27,3 Total ,0 De acordo com Oliveira, Cardoso, Mascarenhas (2010), a população estudada se concentra na sua maioria no período diurno, o que coincide com os dados da nossa pesquisa.

34 33 De acordo com o tempo de trabalho na instituição, apresentados no GRÁFICO 2 os dados demonstram 7 (31,8%) trabalham entre 1 a 5 anos, 7 (31,8%) entre 5 a 10 anos, seguido de 6 (27,3%) e de 6 meses a 1 ano 2 (9,1%). Tempo de trabalho na instituição 2 (9,1%) 6 (27,3%) 6m - 1 ano 5-10 anos 7 (31,8%) 1-5 anos > 10 anos 7 (31,8%) GRÁFICO 2 - Distribuição de enfermeiros conforme o tempo de trabalho na instituição (N22). Bragança Paulista, O tempo na instituição de acordo com Cardoso e Silva (2004) é um fator que influencia no nível de conhecimento do profissional. O setor de atuação dos profissionais foi bem diversificado, sendo Centro Cirúrgico 1 (4,5%), Clinica Cirúrgica 1 (4,5%), CME 1 (4,5%), Maternidade 1 (4,5%), Maternidade/Clinica Médica/Clinica Cirúrgica 1 (4,5%), Pronto Socorro 2 (9,1%), UTI Adulto 4 (18,2%), UTI Neo/Berçário 5 (22,7%), Supervisão 2 (9,1%), Pediatria 1 (4,5%), Apartamento 1 (4,5%) e Hemodiálise 2 (9,1%). Em relação ao profissional já ter experiência anterior na área da saúde tivemos pouco mais da metade 12 (55%) já ter trabalhado anteriormente e 10 (45%) dos profissionais nunca trabalharam na área da saúde, dentre os que já trabalhavam, a amostra foi composta por enfermeiros que já tiveram experiência como técnicos e auxiliares de enfermagem, além de uma estagiária, como demonstra o GRAFICO 3.

35 34 Já trabalhavam na área da saúde 10 (45%) Não Sim 12 (55%) GRÁFICO 3 -Distribuição da população estudada com relação ao trabalho na área da saúde antes da formação acadêmica (N22). Bragança Paulista, Descrições a cerca do conhecimento teórico/prático sobre precaução e isolamento Este tópico refere-se ao conhecimento teórico/prático dos enfermeiros sobre o conhecimento em relação às precauções e isolamentos. Foram aplicadas 13 questões, descritas e analisadas a seguir, de acordo com a ordem de aplicação. No GRÁFICO 4 estão apresentados os dados quanto ao entendimento dos enfermeiros em relação ao conceito de precaução padrão e observa-se que, 19 (86%) dos entrevistados responderam que devem ser aplicadas em todas as situações de atendimento a todos pacientes, independente da suspeita de doença transmissível, 2 (9%) responderam o uso de luvas quando existir possibilidade de contato e 1 (4,5%) responderam que são precauções utilizadas somente para pacientes com doenças infecciosas.

36 35 Precaução Padrão 1 (4,5%) 2 (9,1%) Devem ser aplicadas em todas as situações de atendimento a todos pacientes, independente da suspeita de doença transmissível. São precauções utilizadas somente para pacientes com doenças infecciosas. 19 (86%) Uso de luvas quando existir possibilidade de contato com sangue, fluídos corpóreos, secreções e excreções, mucosas e pele íntegra. GRÁFICO 4: Distribuição das respostas atribuídas pelos enfermeiros relacionada ao entendimento sobre o conceito de precaução padrão (N22). Bragança Paulista, Para Alves et al. (2007) e Carneiro, Cavalcante (2004) a PP é a precaução mais importante a ser aplicada no atendimento de todos os pacientes dentro do hospital sem distinção, denominada de Precauções Padrão (PP) sendo as precauções básicas e a mais importante devendo ser observada por todos os profissionais de saúde no atendimento de qualquer paciente ou usuário do serviço de saúde, independente do seu diagnostico ou suspeita de infecção. Pelos dados apresentados na TABELA 3, podemos observar que 100% dos entrevistados responderam a lavagem das mãos antes e após cada procedimento como ações realizadas individualmente para evitar a transmissão de doenças.

37 36 TABELA 3: Distribuição das respostas atribuídas pelos enfermeiros quanto às ações realizadas individualmente para evitar a transmissão de doenças entre pacientes (N22). Bragança Paulista, Descrição das alternativas Freqüência % Uso de luvas de procedimento - - Óculos de proteção - - Lavagem das mãos antes e após cada procedimento Luvas, Avental, óculos e máscara cirúrgica - - Nenhuma das alternativas - - Total Para Martini (2004) a lavagem das mãos é a principal medida de controle de infecção hospitalar. Lavar as mãos é a forma mais simples e importante de se prevenir à contaminação e quando realizada de maneira adequada diminui a contagem de microorganismos nas mãos e as tornam um instrumento limpo e seguro para o cuidado com os pacientes. (BARRETELLA et al, 200-). Outro assunto pesquisado foi o conhecimento dos enfermeiros em relação às principais vias de transmissão de patógenos. Pudemos observar que as respostas em sua maioria foram com relação às vias de contágio respiratórias e contato. A seguir as respostas dos enfermeiros. Dentre as respostas obtidas tivemos um total de 13 (59%) responderam que as principais vias de transmissão são as vias respiratórias e contato, sendo eles: E1, E2, E3, E4, E6, E9, E10, E11, E12, E14, E15, E17 e E21, as respostas de 2 (9%) dos enfermeiros (E18 e E20) foi contato direto e indireto, o E16 correspondendo a 1 (4,5%) não respondeu essa questão, dentre os demais obtivemos 6 (27,2%) com as seguintes respostas: E5: Por contato direto com patógeno, transmissão pelo ar e contato indireto via vetor E7: Pelas mãos, vias aéreas, contato com fluidos corporais E8: Sangue, fluidos, pele, secreções e fluidos corporais E13: Horizontal, vertical, pelo ar, contato indireto, fômites, iatrogenia

38 37 E19: Contato (toque), fluídos ou secreções; Contato (sexual); Ar (gotículas e aerossóis) E22: Contato, aerossol, gotículas, sangue, secreção orofaringe, secreção geral Para Carneiro, Cavalcante (2004) e para a APECIH (2012), as vias de transmissão são divididas em: contato (direto e indireto), por gotículas, por via aérea, por veiculo comum e por vetor. De acordo com as respostas colhidas em relação à diferença entre a transmissão por gotículas e aerossóis foram encontradas 4 (18,1%) E1, E6, E12 e E16 responderam que gotículas são partículas grandes (> 5 micra) são geradas durante tosse e espirro e o aerossóis são partículas menores (< 5 micra) e ficam mais tempo suspensa no ar, E3, E4 e E11 3 (13,6%) responderam que as gotículas atingem a mucosa nasal e oral e os aerossóis penetram no trato respiratório, o E8 e E2 12 (9%) disseram que gotículas é necessário o uso da mascara cirúrgica e para aerossóis a máscara N95, o E18 e E20 2 (9%) disseram que as gotículas são maiores e ficam pouco tempo suspensas no ar, já o aerossol são partículas menores e ficam mais tempo suspensas no ar, 11 (50%) dos enfermeiros tiveram outras respostas: E2: Gotículas: são partículas maiores em torno de 0,5 mm. Aerossóis: são partículas menores que 0,5 mm E5: O tipo de partícula, para transmissão, na transmissão por aerossol a partícula fica suspensa no ar podendo atingir longas distâncias e na transmissão por gotículas precipita no chão logo após a sua propagação, ficando ativa em superfícies e equipamentos E7: Gotículas são partículas maiores que 4mcg, ficam por pouco tempo no ar. Aerossóis: são partículas menores ficam suspensas no ar por um tempo maior E9: Gotículas: contato com secreção. Aerossóis: o agente patogênico permanece no ambiente E10: Aerossóis: isolamento respiratório. Gotículas: devido perdigotos porem ambos isolamentos seguem juntos não tem como separar gotículas de aerossóis, precaução padrão para ambos simultaneamente

39 38 E13: gotículas: superiores a 5 micra geradas por tosse, espirros etc. Aerossóis: disseminação de núcleos de gotículas ou pequenas partículas inaliveis superiores no ar E14: A diferença é que a gotículas são mais pesadas e não fica tanto tempo no ar e os aerossóis permanecem muito mais tempo no ar e para eliminar e mais difícil E15: A transmissão por gotículas consiste em migroorganismo de tamanho maior (> 5 micra) que tendem a decantar no ambiente. A via é a respiração, tosse e secreção de vias aéreas. a transmissão por aerossóis consiste em micro organismo menores (< 5 micra) que tendem a se manter em suspensa no ar ambiente por tempo maior. A via de transmissão é também a respiração, tosse e secreção E17: O tamanho das partículas > ou < 5 micras e isso ira definir que tipo de mascara deve ser utilizada em isolamentos respiratórios E19: As gotículas são partículas maiores que a aerossóis por isso que não alcançam longas distancias já os aerossóis são mais leves e se dispersam para todo o ambiente sendo necessário o uso da mascara N95 mais filtro Epa E22: Isolamento transmissão por gotículas: transmitido pela secreção vias aéreas em pequenas distancia < 1 metro. Transmissão aerossóis: transmitidas pela secreção vias aéreas em grandes distancias, > 1 metro Para Carneiro, Cavalcante (2004) a transmissão por gotículas produzidas como consequência do tossir, espirrar ou falar de uma pessoa infectada ou colonizada. Também podem ser produzidas durante procedimentos do tipo aspiração e broncoscopia. Devido ao peso, as gotículas atingem pequenas distancias (cerca de 1 metro). A transmissão ocorre quando os microrganismos presentes nas gotículas são transferidos para o hospedeiro ao atingir as mucosas conjuntival, nasal ou oral. A transmissão por aerossóis acontece pela disseminação de núcleos de gotículas (resíduos de gotículas evaporadas) eliminadas durante a respiração, fala, tosse ou espirro. Esses núcleos de gotículas são de pequeno tamanho (menor que 5 micra) e quando se ressecam ficam suspensos no ar, podendo permanecer horas. Os microrganismos, dessa forma, podem propagar-se

40 amplamente por correntes de ar antes de serem inalados ou depositados no hospedeiro suscetível. 39 O GRÁFICO 5 aborda o conhecimento dos enfermeiros em relação as precauções de contato, a maioria dos entrevistados que corresponde a 17 (77,3%), respondeu quarto privativo, luvas quando entrar em contato com o paciente e equipamentos, avental, óculos e mascara descartável quando houver risco de respingos, 4 (18,2%) respondeu quarto privativo, luvas quando entrar em contato com o paciente e equipamentos, avental, óculos e mascara descartável quando houver risco de respingos e equipamentos de uso coletivo e luvas ao entrar em contato com o paciente; e apenas 1 (9%) não respondeu a questão, e as demais alternativas não foram assinaladas. Precaução de contato NÃO RESPONDEU 4 (18,2%) 1 (4,5%) 17 (77,3%) quarto privativo, luvas quando entrar em contato com o paciente e equipamentos, avental, óculos e mascara descartável quando houver risco de respingos quarto privativo, luvas quando entrar em contato com o paciente e equipamentos, avental, óculos e mascara descartável quando houver risco de respingos e Equipamentos de uso coletivo e luvas ao entrar em contato com o paciente; Gráfico 5: Distribuição das respostas obtidas pelos enfermeiros relacionados ao conhecimento sobre as precauções de contato (N22). Bragança Paulista, De acordo com Alves et al. (2007) as medidas de precauções de contato consistem em: internação do paciente em quarto privativo, ou interná-lo em um quarto com outro paciente que apresente infecção pelo mesmo microrganismo. Luvas e Lavagem das mãos: usar luvas limpas e não estéreis ao entrar no quarto do

41 40 paciente durante o tempo de atendimento, trocá-las após contato com material infectante com alta concentração de microrganismo (fezes e secreções de feridas), Máscara: seguir precauções padrão. Avental: usar avental limpo não necessariamente estéril ao entrar no quarto, Equipamentos de Cuidado ao Paciente: sempre que possível devem ser usados para um único paciente. Para Fonseca, Silva (2006), as medidas de precauções por contato estão indicadas para situações em que exista possibilidade de transmissão de agentes infecciosos por contato direto ou indireto. Isto é, contato entre pacientes, contato através do profissional de saúde (mãos) ou contato por meio de artigos. Quarto privativo ou comum para o mesmo microrganismo, obrigatório o uso de luvas para qualquer contato com o paciente, avental usar sempre que houver possibilidade de contato das roupas do profissional com o paciente, com seu leito ou com material infectante, artigos e equipamentos são todos de uso exclusivo para o paciente, devem ser limpos e desinfetados (ou esterilizados) após a alta. Conforme o GRÁFICO 6 quanto a transmissão de doenças através de gotículas, observa-se que a maioria dos entrevistados respondeu meningite, H1N1 e rubéola com 15 (68,2%), Sarampo, Difteria e Coqueluche 5 (22,7%) e Tuberculose, Impetigo e Herpes Zoster com 2 (9,1%).

42 41 Transmissão por Gotículas 5 (22,7%) Meningite, H1N1 e Rubéola 2 (9,1%) 15 (68,2%) Tuberculose, Impetigo e Herpes Zoster Sarampo, Difteria e Coqueluche Gráfico 6: Distribuição das respostas obtidas pelos enfermeiros relacionados ao conhecimento sobre a transmissão de doenças através de gotículas (N22). Bragança Paulista, Segundo APECIH (2012), as doenças transmitidas por gotículas que se enquadram nesta resposta é meningite, H1N1 e rubéola. Pelos dados apresentados na TABELA 4 quanto as doenças que são transmitidas através de contato, a maioria dos enfermeiros 20 (90,9%) teve como resposta pediculose, herpes zoster e cólera, e 2 (9,1%) dos enfermeiros teve como resposta tétano, sarampo e raiva.

43 TABELA 4: Distribuição das respostas atribuídas pelos enfermeiros quanto às doenças que são transmitidas através de contato (N22). Bragança Paulista, Descrição das alternativas Freqüência % Dengue, Varicela e Coqueluche - - Pediculose, Herpes Zoster e Cólera 20 90,9 Conjuntivite, Sífilis e Tuberculose - - HIV, Impetigo e Malária - - Tétano, Sarampo e Raiva 2 9,1 Total Levin et. al. ( ) relata como doença transmitida por contato pediculose, herpes Zoster e cólera. Com relação às doenças que são transmitidas por aerossóis 9 (40,9%) dos enfermeiros responderam H1N1, Meningite e Tuberculose, e 13 (59,1%) dos enfermeiros responderam Tuberculose, Sarampo e Varicela, estes dados estão apresentados na TABELA 5. TABELA 5: Distribuição das respostas atribuídas pelos enfermeiros quanto às doenças que são transmitidas através de aerossóis (N22). Bragança Paulista, Descrição das alternativas Freqüência % H1N1, Meningite e Tuberculose 9 40,9 Rubéola, Sífilis e Caxumba - - Tétano, Malária e Impetigo - - Cólera, Dengue e Raiva - - Tuberculose, Sarampo e Varicela 13 59,1 Total Segundo APECIH (2012) e o Levin et. al. ( ) define que Tuberculose, Sarampo e Varicela são doenças transmitidas por aerossóis.

44 43 Na TABELA 6 estão descritos os dados dos enfermeiros quanto à barreira de proteção utilizada na precaução por gotículas, segundo estes todos 22 (100%) responderam referindo se a máscara cirúrgica. TABELA 6: Distribuição das respostas atribuídas pelos enfermeiros quanto à barreira de proteção imprescindível nas precauções por gotículas (N22). Bragança Paulista, Descrição das alternativas Frequência % Avental descartável - - Máscara N Óculos de proteção - - Máscara Cirúrgica Luvas de procedimento - - Total Conforme Levin et. al. ( ) e ANVISA (2000) para precauções respiratórias por gotículas é obrigatório o uso de máscara cirúrgica por todas as pessoas que entrarem no quarto. De acordo com a TABELA 7 que se refere à barreira utilizada na precaução por aerossóis, 22 (100%) dos entrevistados referiram à máscara N95.

45 44 TABELA 7: Distribuição das respostas atribuídas pelos enfermeiros quanto à barreira de proteção imprescindível nas precauções por aerossóis (N22). Bragança Paulista, Descrição das alternativas Frequência % Luvas de procedimento - - Máscara Cirúrgica - - Máscara N Avental descartável - - Óculos de proteção - - Total Para Alves et. al. (2007) e Nichiata et. al. (2004) nas precauções por aerossóis é necessário utilizar máscaras com capacidade de filtragem e vedação lateral adequada denominada respirador N95. Com relação às dificuldades encontradas pelos enfermeiros para aplicar as medidas de precauções e isolamento, adquirimos as seguintes respostas: 6 (27,2%) disseram que a dificuldade encontrada é a falta de conhecimento, sendo eles E1, E4, E5, E6, E8 e E15, 7 (31,8%) relataram como dificuldade a falta de recursos materiais e numero insuficiente de profissionais, são eles E3, E17, E18, E19, E20, E21 e E22, 2 (9,1%) responderam que a falta de conscientização e adesão pelos profissionais e familiares são fatores que dificultam a aplicação das medidas, sendo eles E7 e E9, 2 (9,1%) não responderam essa questão E13 e E16, 1 (4,5%) disse que não há dificuldade E12, 1 (4,5%) refere que a dificuldade é a falta de treinamento E14, tivemos algumas outras respostas, tais como: E2: O pouco tempo de uso dos equipamentos; dificuldade em utilizá-los, pressa para realizar procedimento simples E10: Alto fluxo de profissionais e alunos em hospital escola, etc E11: Conscientização da equipe multiprofissional quanto à importância da higienização das mãos de forma correta é a principal dificuldade Os achados se coincidem com Turrini (2000) que diz que a falta de tempo, o despreparo técnico do pessoal por falta de conhecimentos básicos e o número

46 45 inadequado de funcionários em relação ao número de pacientes, levam a falhas no cumprimento de técnicas e rotinas pré estabelecidas. A compreensão da educação dos profissionais de saúde deve incluir desde a orientação na admissão até a educação continuada no serviço. Moura (2004) reforça a importância dos treinamentos para a equipe como forma de atualização do conhecimento e assim diminuir a disseminação de doenças. Conforme demonstra o GRÁFICO 7 quanto ao uso adequado da máscara N95, a maioria dos entrevistados respondeu uso individual, sem a máscara cirúrgica por baixo com 15 (68,2%), seguida de 4 (18,2%) uso individual, com a máscara cirúrgica por baixo e 2 (9,1%) uso descartável, sem a máscara cirúrgica por baixo. Um dos entrevistados assinalou duas alternativas, sendo assim anulada essa resposta. 1(4,5%) Máscara N95 ANULADA (B/D) 4(18,2%) 2(9,1%) Uso individual, sem a máscara cirúrgica por baixo 15 (68,2%) Uso individual, com a máscara cirúrgica por baixo Uso descartavel, sem a máscara cirúrgica por baixo Gráfico 7: Distribuição das respostas atribuídas pelos enfermeiros em relação ao uso da mascara N95 (N22). Bragança Paulista, De acordo com APECIH (2012) e Levin et. al. ( ) deve-se verificar se a máscara N95 está perfeitamente ajustada à face e com boa vedação, sendo a mesma de uso individual e a durabilidade depende da freqüência de uso e do acondicionamento adequado.

47 Número de entrevistados 46 No GRÁFICO 8 estão apresentados os dados obtidos sobre quem seria o profissional mais adequado para dar essa informação referente a orientação aos familiares quanto às medidas de precaução e isolamento, e os resultados encontrados foram 15 (68,1%) enfermeiro, 3 (13,6%) médico e o enfermeiro, 2 (9%) enfermeiro e os auxiliares e técnicos 1 (4,5%) enfermeiro e técnicos de enfermagem, 1 (4,5%) enfermeiro e psicólogo (68,1%) Orientação aos familiares 3 (13,6%) 2 (9,1%) 1 (4,5%) 1 (4,5%) Gráfico 8: Distribuição de enfermeiros quanto ao profissional que realiza orientação aos familiares sobre precauções e isolamento (N22). Bragança paulista, Para Domingues et. al. (1999) a atuação do enfermeiro é de extrema importância como orientador, além de ser o elo entre o paciente e a família, a equipe multiprofissional deve estar preparada para orientar. Conforme Cardoso, Silva (2004) o enfermeiro é um educador em potencial, gerador e multiplicador de conhecimento.

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