O ADOLESCENTE NO MUNDO GLOBALIZADO: EXPERIÊNCIAS E EXPECTATIVAS DE UM GRUPO PAULISTANO 1

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1 O ADOLESCENTE NO MUNDO GLOBALIZADO: EXPERIÊNCIAS E EXPECTATIVAS DE UM 1 Fabiana Correa Mestre em Educação, Administração e Comunicação Sandra Farto Botelho Trufem Doutora em Biologia pela USP e professora da Universidade São Marcos 1 Parte da Dissertação dd Mestrado da primeira Autora

2 Resumo Esta pesquisa trata da experiência da geração adolescente no início do século XXI, envolvida pela cultura globalizada e pelos inúmeros recursos tecnológicos e digitais. Para isso, contextualiza a adolescência investigando suas reconfigurações através dos tempos e ressaltando a aproximação entre seu entendimento e os avanços tecnológicos da sociedade. A realidade desse contexto é explorada mediante a entrevista com 65 adolescentes entre 13 e 14 anos de idade, de uma escola particular na cidade de São Paulo, onde seus conhecimentos, utilização e anseios da tecnologia da informação são investigados. Palavras chaves: adolescentes, tecnologia da informação, globalização Abstract This research deals with the experience of the teenage generation in the early nineteenth century, steeped in culture and vast global resources and digital technology. For that, contextualizes adolescence investigating its reconfigurations over time and noting the rapprochement between their understanding and technological advances of society. The reality of this context is explored through interviews with 65 adolescents between 13 and 14 years of age, in a private school at the city of Sao Paulo, where their knowledge, use and concerns of information technology are investigated. Keywords: adolescents, information technology, globalization 3

3 Introdução Nos últimos anos muito se tem discutido nos campos científico e jornalístico sobre a interação do adolescente com os mais variados recursos tecnológicos e sua representatividade na rotina e nas relações familiares. Um exemplo é a pesquisa Playground Digital, realizada pelo canal de TV por assinatura Nickelodeon e divulgada pelo Jornal Folha de São Paulo em 27 de outubro de A pesquisa entrevistou mais de sete mil crianças em doze países - Austrália, Nova Zelândia, Inglaterra, Holanda, Itália, Suécia, Alemanha, Índia, México, Japão, China e Brasil com idades entre oito e quatorze anos e com acesso à tecnologia independente da classe social. Para participar desta pesquisa utilizou-se como critério de inclusão o acesso a pelo menos dois dos seguintes aparelhos: câmera digital, vídeogame, MP3 ou I-Pod, internet, celular e ser membro de algum site de relacionamento (como o Orkut). No total foram mais de trezentas horas de discussões em grupo, pesquisa etnográfica e entrevistas quantitativas que objetivaram entender como cada país utiliza a tecnologia. Como demonstrou o uso do celular, que no México representa um item de segurança e no Brasil (a amostra brasileira foi de 600 crianças) um símbolo de sociabilidade. Dentre as crianças entrevistadas 86% acessam internet, 81% usam celular de 3 a 4 vezes por semana (41% tem celular próprio) e 67% visitam sites de relacionamento. A pesquisa indica ainda que as crianças brasileiras são as que mais utilizam tais recursos: entre todas as crianças entrevistadas nos doze países, 70% delas utilizam a internet, em contraste com os 86% brasileiros. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2006, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica que 98,1% da população brasileira têm acesso à energia elétrica e destes, 38% possuem, por exemplo, máquina de lavar roupas. No entanto, os celulares representam 64%, sendo que cinco anos antes o índice era de apenas 31%. Esta clara predileção por um meio de comunicação portátil é perceptível quando se analisa a co-existência, ou não, do celular com a telefonia fixa nas residências da população brasileira. Dentre os 64% que possuem o telefone celular há o percentual considerável de 27%, que o possuem como único meio de telefonia, portanto, não possui telefone fixo. Apenas 11% da população possuem apenas o telefone fixo em 4

4 suas residências. Quanto ao computador, 22% da população o possui em casa. A televisão detém o percentual mais próximo ao da energia elétrica: 93,5% da população a possui. Novamente, a preferência pelos meios de comunicação é bastante evidente. É este o contexto que a atual geração adolescente vivencia. Um contexto de espaços de produção de conhecimento cada vez mais ampliados e diversificados. Um cenário que se destaca pela velocidade e sincronicidade na socialização dos conhecimentos produzidos. E, justamente por estas características, organiza-se numa contínua interação que não está sujeita a fronteiras e, portanto, é transdisciplinar. Assim, esta pesquisa pretendeu primeiro, contextualizar a atual experiência de ser adolescente, investigando suas reconfigurações através dos tempos; em seguida, refletir sobre a cultura globalizada na qual estão hoje inseridos; verificar sua familiaridade com a abordagem transdisciplinar; e por fim, caracterizar o comportamento tecnológico do adolescente pós-moderno. Para tanto, os procedimentos metodológicos utilizados contemplam a pesquisa bibliográfica acerca da adolescência, pós-modernidade e transdisciplinaridade, no Banco de Dados de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), e da Scientific Eletronic Library OnLine (Scielo), artigos científicos de Revistas Qualis e livros publicados. A metodologia contempla ainda a aplicação de questionários em um grupo de 65 adolescentes entre 13 e 14 anos de idade, em duas salas de 8ª série do Ensino Fundamental em alunos de Escola particular, situada na Zona Sul da cidade de São Paulo, que possuem computador com acesso à internet e celular próprio. Os questionários foram aplicados no mês de abril de 2009 e tal grupo foi escolhido porque representa idade intermediária entre os adolescentes. A aplicação dos questionários realizou-se simultaneamente nas duas salas, durante o período de aula, em horário cedido por dois professores. As orientações aos respondentes foram passadas no início da aplicação dos questionários, estando a pesquisadora presente durante todo o tempo de aplicação. Os alunos foram informados sobre os objetivos desta pesquisa e uma solicitação por escrito (Termo de Consentimento e Esclarecido - TCLE) foi encaminhada aos respectivos pais ou responsáveis, que assinaram o documento, caso anuíssem com os procedimentos. A tabulação dos questionários foi realizada com a ajuda do software Microsoft 5

5 Excel, considerando a amostra composta pelos 65 respondentes. Configurações da adolescência: história e construção Para alguns autores, a adolescência existe somente na cultura ocidental, pois nas demais culturas é comum a passagem direta da infância para a fase adulta e, fundamentalmente as controversas acerca desta passagem se referem basicamente à relevância de seus aspectos sociais e psicológicos. Tal fato impulsiona a reflexão acerca de como esta idéia de adolescência vem sendo construída historicamente, destacando-se que seu conceito é relativamente recente. Da mesma maneira, entender a construção não só dos conceitos, mas dos significados acerca da adolescência, se faz importante. Assim como compreender a influência social, ou dos aspectos culturais, na formação da identidade do adolescente. Nas últimas décadas a adolescência tem representado tema de grande interesse para os estudiosos, motivando inúmeras publicações que contribuem para sua compreensão. A adolescência tem sido tomada, em quase toda a produção sobre o assunto, na psicologia, como uma fase natural do desenvolvimento, isto é, todos os seres humanos, na medida em que superam a infância, passam necessariamente por uma nova fase, intermediária à vida adulta, que é a adolescência. Inúmeros estudos dedicaram-se à caracterização dessa fase e a sociedade apropriou-se desses conhecimentos, tornando a adolescência algo familiar e esperado. Junto com os primeiros pêlos no corpo, com o crescimento repentino e o desenvolvimento das características sexuais, surgem as rebeldias, as insatisfações, a onipotência, as crises geracionais, enfim tudo aquilo que a psicologia, tão cuidadosamente, registrou e denominou de adolescência. 2 Foi Erikson quem cuidou de denominar a adolescência, apresentando-a sob a óptica da moratória e caracterizando-a como uma fase específica do desenvolvimento, na qual a confusão de papéis, as dificuldades no estabelecimento 2 BOCK, Ana Mercês Bahia. A perspectiva sócio-histórica de Leontiev e a crítica à naturalização da formação do ser humano: a adolescência em questão. Caderno A psicologia de A. N. Leontiev e a educação na sociedade contemporânea. Campinas: Cedes, 2004, vol. 24, n. 62, p

6 de uma identidade própria a marcam como um modo de vida entre a infância e a vida adulta 3. Posteriormente, outros autores contribuíram para a compreensão da adolescência. Uma destas contribuições é a síndrome normal da adolescência, proposta por Knobel. O autor entende que o caminho percorrido pelo adolescente na direção de uma vida adulta manifesta-se através de uma conduta psicológica dita normal. E enfatiza, não é preciso estabelecer o conceito de normalidade, pois está intimamente ligado ao meio cultural, político e sócio-econômico em que se encontra o jovem. 4 A palavra adolescência origina-se no termo em latim adolescere, que significa etimologicamente, amadurecer, crescer e desabrochar, mas também, adoecer. A própria semântica da adolescência significa, portanto, uma tarefa ambígua: o desenvolvimento do corpo biológico e psicológico mergulhados em crises que os reconfiguram. Trata-se de um período de contradições, confuso, ambivalente, doloroso, caracterizado por fricções com o meio familiar e social. 5 Esta criação humana denominada adolescência é, portanto, relativamente jovem, própria da sociedade moderna. Mas resulta de um longo caminho percorrido através dos tempos. Um caminho que coincide com a própria história do homem e suas concepções sociais. Assim, antes de alcançar o conceito de adolescência aceito atualmente faz-se necessário o entendimento do como se tem representado socialmente o cuidado de crianças e jovens ao longo da história. É de consenso que entre povos primitivos crianças e jovens eram essencialmente cuidados por seus progenitores ou familiares, um formato que passou a modificar-se com a evolução dos agrupamentos sociais. Em Roma, meninos e meninas substituíam as vestes habituais da infância e ganhavam o direito de fazer o que mais gostassem, e aos 17 anos podiam, a exemplo dos gregos, dedicarem-se às artes militares. No entanto não havia uma maioridade oficial, o rito de passagem traduzia-se na troca das vestes. O que ocorria a tempos diferentes para meninos e meninas, os primeiros a trocavam à época do primeiro corte do bigode, e as meninas por volta dos 12 anos, quando eram consideradas hábeis (férteis) para o casamento. 3 ERIKSON, Erik. Identidade, Juventude e crise. Rio de Janeiro: Zahar, 1976, p FERREIRA, Berta Weil; RIES, Bruno Edgar (orgs). Psicologia e Educação: desenvolvimento humano adolescência e vida adulta. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003, vol.ii, p ibidem, p

7 Ao longo do século II uma nova moralidade surge. A transição para a maioridade deixa de ser um ato físico, como um direito inato e habitual, e passa a ser uma condição. Um rapaz permanecia sob a autoridade paterna até a morte do pai, quando então ele próprio torna-se o pai da família. Isso se explica no fato de que a sociedade medieval organizava-se através da família e sua linhagem, daí a necessidade de manter os filhos sob a autoridade paterna. Os filhos eram treinados para a glória do poder heráldico de sua linhagem 6. O Renascimento ilumina uma preocupação: a formação integral do homem. E para isso instituiu-se a educação dos jovens. Victorino da Feltre dizia: Quero ensinar os jovens a pensar, não a delirar. 7 É aqui que a figura do adolescente torna-se mais precisa, entre o Renascimento e a Idade Moderna, com o advento da industrialização. A adolescência passa então a ser reconhecida como um momento crítico na vida dos indivíduos, tornando-se objeto de estudo das ciências humanas e da saúde. Neste período aumentam estudos acerca das modificações físicas durante esta fase do desenvolvimento humano, assim como também acerca das decorrentes mudanças no comportamento dos indivíduos. A adolescência passou a representar um período de latência social suportada pela sociedade industrial/capitalista e apoiada pelas exigências do mercado de trabalho. Podemos pensar que, a partir dessa nova situação social [...], os jovens passaram a estar colocados em uma nova condição: [...] apesar de possuir todas as condições cognitivas, afetivas e fisiológicas para participar do mundo adulto, estava desautorizado a isso, devendo permanecer em um compasso de espera para esse ingresso; vai ficando distante do mundo do trabalho e, com isso, vai ficando distante das possibilidades de obter autonomia e condições de sustento. Vai aumentando o vínculo de dependência do adulto, apesar de já possuir todas as condições para estar na sociedade de outro modo. Essa contradição vivida pelos jovens foi responsável pelo desenvolvimento das características que refletem a nova condição social na qual se encontram. 8 6 OSORIO, Luiz Carlos. Família Hoje. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996, p PILETTI, Claudino; PILETTI, Nelson. Filosofia e História da Educação. São Paulo: Ática, 1988, p BOCK, Ana Mercês Bahia. A perspectiva sócio-histórica de Leontiev e a crítica à naturalização da formação do ser humano: a adolescência em questão. Caderno A psicologia de A. N. Leontiev e a 8

8 A sociedade moderna desperta para a necessidade de uma educação especializada que possa dar conta deste desafio. O que ocorre à época é que a educação desenhou-se como controladora e cerceadora, tentando reduzir os indivíduos a um único padrão de comportamento, adequando-os a uma futura vida de trabalho. A resposta dos adolescentes a esta educação foi a busca pela sua individualidade e privacidade. Talvez aqui encontremos as primeiras manifestações de agrupamentos juvenis da história. O ano de 1968 é um marco nesta década. Um momento de grande efervescência. Muitos foram os movimentos jovens que promoveram mudanças, como a liberação feminina, o black power, o paz e amor. No Brasil os festivais de TV Record estavam no auge e agitavam a juventude num forte movimento nacionalista. Assim como a geração de 1960 esta, de 1970, caracteriza-se pelo idealismo associando criatividade e comprometimento perante a mudança social. Observa-se que a geração da década seguinte de 1980 se mostra menos comprometida com os ideais sociais. Ou, segundo Abramo, mais individualista, consumista, conservadora e indiferente aos problemas públicos, apática 9. Os adolescentes de 1980 vivenciaram uma grande crise nos modelos de sociedade e de intervenção política, e demonstraram profunda descrença nas instituições de poder. A geração dos anos 1990 se atualiza como sendo mais realista, mas também mais individualista. E seu discurso pode ser entendido como uma expressão da falta de credibilidade na política e em mudanças sociais significativas. Esta geração retorna à expressividade de rebeldia da geração de 1950, claro com novas problemáticas. É fruto de uma situação anômala, da falência das instituições de socialização, da profunda cisão entre integrados e excluídos, de uma cultura que estimula o hedonismo e leva a um extremo individualismo, os jovens aparecem como vítimas e promotores de uma dissolução social. 10 educação na sociedade contemporânea. Campinas: Cedes, 2004, vol. 24, n. 62, p ABRAMO apud MATHEUS, Tiago Corbisier. Ideais na adolescência: falta (d)e perspectivas na virada do século. São Paulo: Annablume, 2002, p idem. 9

9 Nesta primeira década do século XXI observa-se que os adolescentes dispõem de maior acesso ao conhecimento e de mais neutralidade moral. Não há, por exemplo, uma clara definição do que é certo ou errado. O que é certo para um, pode não o ser para outro. É o espaço do relativo. Depende do ângulo em que se observa... É neste século, também, que se observa com maior maturidade o protagonismo juvenil. Protagonismo é a atuação de adolescentes e jovens, através de uma participação construtiva. Envolvendo-se com as questões da própria adolescência/juventude, assim como, com as questões sociais do mundo, da comunidade... Pensando global (O planeta) e atuando localmente (em casa, na escola, na comunidade...) o adolescente pode contribuir para a assegurar os seus direitos, para a resolução de problemas da sua comunidade, da sua escola É fato, também, que não há um consenso quanto ao início ou término desta passagem demarcada pelos rituais socialmente reconhecidos. 11 O Estatuto da Criança e da Adolescência (ECA) inscreve a adolescência entre 12 e 18 nos. Já em relação à Organização Mundial de Saúde, diferentes documentos a circunscrevem no período que vai dos 10 aos 24 anos, intervalo que atesta a dilatação que essa fase do desenvolvimento vem sofrendo em diferentes contextos culturais e que sirva de referência comum entre eles, de modo a fundamentar a formulação de políticas públicas e ações sociais no setor, locais e/ou internacionais. Mas os diferentes limites definidos nos dois casos indicam, sobretudo, que a adolescência é uma produção social. Cada contexto sociocultural define sua pauta de expectativas e representações sobre os adolescentes e a adolescência, nela incluindo aspectos fisiológicos, sexuais, afetivos, sociais, políticos e institucionais, de forma a definir o papel dos adolescentes nos grupos. A circunscrição sócio-histórica da adolescência leva em conta, ainda, aspectos relativos à religião, ao gênero, à posição RABÊLLO, Maria Eleonora D. Lemos. O que é protagonismo juvenil. Disponível em [ Acesso em 23 de abril de

10 na família, na classe social, etc., para definir limites para o término da infância e a entrada na vida adulta. 12 Posto que os conceitos sobre a adolescência atualizam-se, é importante verificar a rápida mudança na forma como se constrói seus significados na vida dos indivíduos. Sabe-se que a puberdade corresponde a processos biológicos enquanto a adolescência a fenômenos psicossociais. O que chama a atenção, do ponto de vista cronológico, é a rápida mudança na leitura que se faz de ambos. Por exemplo, nos anos 1970 a criança se tornava púbere e somente depois ela adolescia, já nos anos 1980 a puberdade e a adolescência ocorriam paralelamente. Nos anos 1990 observaram-se condutas adolescentes, como namoro ou a contestação, em indivíduos ainda não-púberes, antes dos dez anos. Nos últimos anos, percebe-se que este tempo mostra-se ainda menor... Verifica-se que o fenômeno da adolescência estende-se, inclusive tomando a forma de uma pseudo adultescência em alguns indivíduos, em que o ideal da eterna adolescência impregna os comportamentos adultos. É comum encontrar adultos entre e como os adolescentes, acatando seu vocabulário, seu modo de vestir e de se divertir. A própria mídia tem divulgado este comportamento adultescente 13 ao qual inúmeros indivíduos tem se identificado. Isso porque a adolescência tornou-se um ideal, tanto para crianças, quanto para adultos. E empurrados pela admiração das crianças e também dos adultos, os adolescentes reproduzem tal expectativa social. Preocupados com a questão da adultescência alguns autores desenvolveram pesquisas visando explicar as questões que provocam o fenômeno. Entre eles Zagury, que o associa a falta de limites e superproteção dos pais OLIVEIRA, Maria Cláudia Santos Lopes de. A adolescência como objeto de investigação psicológica e os desafios do desenvolvimento humano na contemporaneidade. Disponível em [ Acesso em 08/09/ Em 20 de setembro de 1998 o Jornal Folha de São Paulo publicou um caderno sobre o fenômeno. A publicação anunciou o reconhecimento do termo adultescent nos dicionários da editora britânica Oxford University. O verbete associava o adultescente à pessoa imbuída de cultura jovem, mas com idade suficiente para não o ser. Geralmente entre os 35 e 45 anos, os adultescentes não conseguem aceitar o fato de estarem deixando de ser jovens. (New Oxford Dictionary of English). Desde esta publicação o termo vem sendo utilizado inúmeras vezes, inclusive por outros jornais, revistas e demais veículos de comunicação. Em 5 de setembro de 2007 a Revista Veja publicou a matéria Adolescência espichada, destacando justamente o comportamento adultescente. 14 LOPES, Claudio Fragata. A doce vida dos filhos-cangurus. Revista Galileu. São Paulo, 1999, n. 95. Disponível em [ Acesso em 20/01/

11 A construção da identidade é uma das tarefas mais importantes da vida do indivíduo. Em especial, na do adolescente, pois é nesta fase da vida que o indivíduo, suportado pelas experiências anteriores elabora uma identidade que será complementada nos anos posteriores, durante a fase adulta. Construir uma identidade significa definir quem a pessoa é, quais são seus valores e as direções a seguir na vida. Um forte sentido de identidade é essencial para a verdadeira maturidade atingida posteriormente pelo indivíduo. [...] É somente no final da adolescência que emerge tal sentido de identidade 15. Em suma, a identidade é a concepção de si mesmo, pautada nos valores, crenças e objetivos com os quais o indivíduo se compromete. A reunião de iguais num ambiente de diferentes é a característica mais presente nos grupos adolescentes, e é a partir deles que o indivíduo se expressa livremente e reestrutura a personalidade, mesmo que esta por um determinado período ainda precise ser mais coletiva do que individual. Portanto, não se pode negar que esta tarefa receba influência de variáveis intrapessoais, interpessoais e culturais. Neste contexto, Stuart Hall discute a questão da identidade cultural avaliando a existência ou não de uma crise de identidade; em que ela consiste e quais as suas conseqüências. Para isso apresenta uma mudança do conceito de sujeito e de identidade no século XX. Descartes postulou: Cogito, ergo sum. Ora, se para existir a condição essencial é o pensar então, o sujeito está numa posição indiscutivelmente central. Nesta mesma linha a identidade da pessoa alcança a exata extensão em que sua consciência pode ir para trás, para qualquer ação ou pensamento passado 16, evidenciando sua condição de indivíduo soberano. Este indivíduo soberano permaneceu como figura central na economia e lei moderna. Outra importante contribuição teórica para que o sujeito cartesiano fosse descentrado é a de Freud, com sua descoberta do inconsciente. Segundo Freud nossa identidade, nossa sexualidade e a estrutura de nossos desejos são formadas com base em processos psíquicos e simbólicos do inconsciente, que funciona de acordo com uma 15 ERIKSON, Erik apud GALLATIN, Judith. Adolescência e Individualidade. São Paulo: Haper & Row, 1978, p LOCKE apud HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2006, p

12 lógica muito diferente daquela da razão iluminista. Para a psicanálise, identificação é o processo psicológico através do qual o sujeito assimila um aspecto, uma propriedade ou um atributo do outro e a partir destes, se transforma total ou parcialmente. Assim, nossa personalidade forma-se e diferencia-se por variadas identificações. Em complemento, os estudos do lingüista Saussure são de destacada valia. Para Saussure os significados das palavras não são fixos. Correspondem de maneira variada às palavras, produzindo ecos. O significado de uma palavra é inerentemente instável, procura pela identidade para fazer sentido. As análises de Foucault e a contribuição de vários movimentos da década de 60, em especial, o feminismo, são também importantes contributivos na descentralização do sujeito cartesiano. É interessante lembrar que o sujeito cartesiano era compreendido como indivíduo unicamente masculino. É diante de toda esta crescente mudança do mundo moderno e da compreensão que a autonomia deste sujeito não era exatamente como estava concebida pois ele também é formado na relação com outras pessoas, que se desenvolveu a concepção do sujeito sociológico. Uma concepção caracterizada por uma identidade em busca de uma estabilização entre o interior e o exterior, o mundo pessoal e o mundo público, internalizando sentimentos subjetivos em lugares objetivos (mundo social e cultural). Aqui, a identidade costura o indivíduo à estrutura. E indivíduo e cultura atualizam-se mutuamente. E como considerar a modernidade e tais conseqüências sem considerar sua característica globalizante? Ora, é evidente que não se pode mais entender o local sem considerar o global. Não se pode deixar escapar ao olhar o nível de distanciamento tempo-espaço e as relações que dele resultam. Modernidade pressupõe globalização, e globalização, essencialmente, se refere a esta relação de distância entre tempo-espaço. A globalização pode ser definida como uma intensificação das relações sociais em escala mundial 17, ligando localidades distintas de tal maneira que acontecimentos locais modelam-se a partir de eventos muito distantes. Muitas vezes numa direção diferente daquela conhecida e esperada. Tais transformações são influenciadas pela globalização em si, mas também pelas conexões sociais estabelecidas a partir dela. 17 GIDENS, Anthony. As conseqüências da modernidade. São Paulo: Ed. Unesp,

13 Assim, quem quer que estude as cidades hoje em dia, em qualquer parte do mundo, está ciente de que o que ocorre numa vizinhança local tende a ser influenciado por fatores tais como dinheiro mundial e mercados de bens operando a uma distância indefinida da vizinhança em questão. 18 A globalização exerceu função de contestar e deslocar identidades centradas e fechadas da cultura nacional, produzindo efeito pluralizador sobre as identidades. Este efeito possibilitou novas posições de identificações, mais políticas, plurais e diversas, menos fixas e unificadas. Entretanto, há alguns esforços em busca de recuperar as unidades, as certezas e a pureza anterior, ou seja, de se manter as identidades ao redor do que Hall chama de Tradição. Ao mesmo tempo, outros aceitam que as identidades estão sujeitas as mudanças da história, da política, da representação, e assim seria improvável que elas sejam novamente puras ou unitárias, pertencendo assim ao universo da Tradução. Hall afirma que tanto o capitalismo quanto o marxismo, apostavam de diferentes formas, na ascensão de valores e identidades mais universalistas. Entretanto entende que a globalização não está promovendo nem o triunfo do global, nem a persistência do nacionalismo local, mas o deslocamento e desvios de forma mais variada e contraditória. Chega-se então a uma questão: a atual geração adolescente, imersa em um mundo tecnológico, apóia-se na manutenção de seu status como marca de sua identidade. O status quo da geração adolescente na primeira década do século xxi Christiano German afirma que uma das poucas descobertas empiricamente fundamentadas de forma transdisciplinar sobre os efeitos das atuais tecnologias de informação e comunicação na economia, na política e na sociedade de países industrializados ou em desenvolvimento é a de que somente estes, que possuem acesso à estas tecnologias e que aproveitam suas possibilidades estarão à altura dos desafios do século XXI GIDENS Sibidem, p GERMAN, Christiano. O caminho do Brasil rumo à era da informação. São Paulo: Fundação Konrad 14

14 É importante observar que segundo estimativas em áreas das ciências naturais o conhecimento se duplica em 10 anos. Mas isso leva à obsolescência do conhecimento já existente. É visível o caráter informacional e global de nossa sociedade descrito detalhadamente por Castells em sua trilogia Era da Informação - Economia, Sociedade e Cultura, composta pelos volumes Sociedade em rede, Poder da Identidade e Fim de Milênio. 20 Assim, não é rara a identificação de um novo modo de segregação que expande o padrão tradicional do limite espacial. Um indivíduo da periferia, hoje, compartilha com a elite os padrões de consumo, vida e trabalho. O exemplo disto está no largo consumo de celulares e sua freqüentemente atualização, independentemente da classe social a qual os indivíduos pertencem. Em análise feita pelo Instituto LatinPanel 21 2 milhões de novas linhas são habilitadas por mês. O Instituto aponta que as classes A e B são as que mais possuem os aparelhos. 84% dos brasileiros no topo da pirâmide social possuem pelo menos um telefone móvel. No entanto, dos brasileiros pertencentes à classe C, a camada mais populosa da pirâmide, 70% possui celular. E entre os mais pobres (classes D e E) o celular atinge a marca de 53% (o estudo considerou a compra de aparelhos novos e usados). Na primeira metade do século XX, o rádio e o cinema tiveram grande importância na descrição das identidades culturais. Agregaram nas epopéias dos heróis e aos grandes acontecimentos coletivos a crônica cotidiana: hábitos, costumes, modos de falar e vestir. Enfim, elementos que diferenciam uns povos de outros. A comunicação por rádio ajudou para que grupos de diversas regiões de um mesmo país, antes distantes e desconectados, se reconhecessem como parte de uma totalidade. Os noticiários que ligaram zonas distantes, assim como os filmes que ensinaram às massas a maneira de viver numa determinada sociedade, propunham novas sínteses possíveis das identidades culturais em transformação. A criação de editoras dentre 1940 e 1970 no Brasil, Argentina, México e, em menor escala, na Colômbia, Chile, Peru, Uruguai e Venezuela significou uma importante mudança no volume de importação cultural, no campo das letras. A Adenauer, 2000, p CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999, p ZMOGINSKI, Felipe. Maioria dos pobres tem celular. [ acessado em 27/03/

15 educação então ganhou condições para se desenvolver, ampliando as possibilidades de formação de cidadãos conscientes e, conseqüentemente, de nações mais democráticas. No entanto, nas últimas três décadas muitas destas editoras faliram ou foram compradas por empresas espanholas, francesas, italianas e alemãs 22. No Brasil, as maiores editoras de livros didáticos para a educação básica, por exemplo, não são mais de propriedade nacional. A Editora Moderna pertence à espanhola Santillana desde Já as Editoras Ática e Scipione, hoje pertencentes à Abril, tiveram as negociações suspensas (mas não encerradas) em outubro de 2008 por conta da crise no mercado mundial, mas entre os possíveis compradores estão a britânica Pearson e a americana McGrawHill. 23 Desde a década de 1990 apenas seis empresas são as responsáveis por 96% do mercado mundial da música: EMI, Warner, BMG, Sony, Polygram e Phillips. Os resultados não são animadores. Um exemplo: toda a obra de Milton Nascimento gravada na década de 1970 pela Arlequim, pertence agora à EMI 24, assim sua célebre música Travessia passou a chamar-se Bridges e seus autores agora são Milton Nascimento e Give Lee, que a traduziu. Júlia Falivene Alves inicia seu livro A invasão cultural norte-americana com um excelente exemplo do jovem brasileiro imerso neste modismo cultural. A autora faz uma breve crônica: Um dia na vida de Rogério Olha pro relógio: 20 minutos atrasado em relação ao previsto. Azar dele, que resolveu para no petshop para comprar ração para o Happy e o Smart. Agora, só vai dar pra traçar um Big Mc e uma coca e passar no Cyber Caffe do Ton para descolar uma grana. Talvez até ele queira ir junto assistir ao O demolidor, embora não seja lá muito chegado em heróis em quadrinhos da Marvel...[...] Faz uma curva à direita para sair da Paulista e por pouco não raspa no bus. Mais adiante, em frente da Fitness Academy, avista Baby conversando com um colega. Provavelmente esperando sua pickup...[...] Ela está linda em seu top azul ibidem, p Dados da Associação Brasileira de Editores Livros. Disponível em [ 24 CANCLINI, Nestor García. Diferentes, Desiguais e Desconectados. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 2005, p ALVES, Júlia Falivene. A invasão cultural norte-americana. São Paulo: Moderna: 2004, p ibidem, p

16 Um deles foi a rápida disseminação da série escrita por Stephenie Meyer, iniciada pelo livro Crepúsculo, lançado em O grande sucesso foi seguido pelo segundo livro da série, Lua Nova, também de Em janeiro de 2009 o terceiro livro, Eclipse, já estava disponível. Neste ínterim Hollywood produziu o filme sobre o primeiro livro, ainda em 2008 e iniciou a produção do segundo, Lua Nova, em março de Enquanto o quarto livro da série, Amanhecer, é escrito. Tudo acompanhado de perto, e com euforia, pelos adolescentes. Numa simples busca do verbete Crepúsculo no Google, realizada em maio de 2009, foi possível verificar quase sete milhões de páginas. Considerando a confluência dos fluxos com a cultura local, e neste caso, a cultura brasileira, as atitudes definem a função que a tecnologia possui nas camadas sociais. O indivíduo das classes D e E, por exemplo, encontra na tecnologia, do celular ao acesso à internet, um indicador de status social. A atitude massiva dos brasileiros quanto aos fluxos é, portanto, evidentemente dispersiva. De acordo com o Ibope/NetRatings, em junho de 2008, dos 41,5 milhões de brasileiros que declararam ter acesso à internet em qualquer ambiente (casa, trabalho, escola, ambientes públicos), 35,5 milhões informaram ter acesso residencial à internet e destes, 29,9 milhões declaram serem ativos. A média mensal de navegação do internauta residencial brasileiro, em junho (2008), foi de 23 horas e 12 minutos. O que, no mês, representa praticamente um dia inteiro de navegação. Com isso, os brasileiros lideram o ranking de navegação entre os 10 países que utilizam a mesma metodologia estatística: Alemanha, Austrália, Brasil, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido e Suíça. Em segundo lugar nesse ranking está a Alemanha (20 horas e 11minutos), seguida pelos Estados Unidos (19 horas e 52 minutos), França (19 horas e 50 minutos), e Japão (19 horas e 31 minutos). 27 Já no período de um ano, enquanto a internet residencial ativa cresceu 26,9% em número de usuários, algumas categorias cresceram mais: Viagens e Turismo (42,14%), Casa e Moda (30,78%) e Entretenimento (30,2%). Por tempo de utilização por pessoa, as categorias com maior desempenho anual foram: Entretenimento, com crescimento de 25% no tempo por pessoa atingindo 3h02min, e Casa e Moda com 24,3% de crescimento e 14min de consumo por usuário. Dados que surpreendem se comparados 27 Dados do Internet release de junho/2008 do Almanaque Ibope. Disponível em [ Acesso em 08 de junho de

17 aos IDHs em nosso território. A resposta a este aparente disparate está na função que a internet desempenha na vida dos brasileiros: a de status social. O resultado é uma pseudo-mobilidade. O acesso à internet é um fim em si mesmo, não o meio. A abrupta queda da primeira colocação em navegação 41,5 milhões de brasileiros para a 59ª posição em qualidade pode ser explicada por fatores como condições de mercado, regulamentação e infra-estrutura, além da possibilidade de uso e utilização real da internet por parte de indivíduos, empresas e governos. Onde está o entrave? No descartável. Um conceito rizomático na sociedade pós-moderna e bem ilustrado por Toffler 28 ao narrar sobre o lançamento de uma nova boneca Barbie, que sugere um desconto no preço da nova pela troca da antiga. A campanha publicitária transmite às meninas uma lição fundamental sobre a nova sociedade, a de que os relacionamentos do homem com as coisas são cada vez mais temporários. Outro ícone bastante similar é a relação que o homem mantém com seus aparelhos celulares. O que a pós-modernidade favorece com isso? A destruição criativa 29, isto é, o novo tem que ser construído a partir das cinzas do antigo. Ser ao mesmo tempo descritivamente criativo é ser criativamente destrutivo. A criatividade do vir a ser tem que acontecer mesmo que o fim seja em cima do sepultamento. O heroísmo criativo garante o progresso humano 30. A atual geração adolescente é a primeira que cresceu convivendo com o computador dentro de casa. É uma geração que está conectada a várias mídias e ao mesmo tempo. Para eles há muita informação e inúmeras potencialidades 24 horas por dia, sete dias por semana. E não é só isso. As possibilidades se multiplicam com a simultaneidade. Eles enviam SMS pelo celular enquanto navegam na Internet, atualizam seu Orkut, assistem a um programa na televisão, ouvem música, e conversam com quem está sentado a seu lado. Esta geração se diferencia das anteriores, que não vivenciaram esta gama de possibilidades, fruto da veloz atualização nos recursos tecnológicos. Verifica-se que os adolescentes têm grande intimidade, não só com os recursos 28 Em seu livro O choque do futuro, Toffler aborda esta questão em detalhes com o capítulo As coisas: a sociedade do descartável. 29 Conceito desenvolvido por HARVEY, David. A condição Pós-Moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. São Paulo: Loyola idem. 18

18 tecnológicos em si, como com suas atualizações. O que promove, inclusive, uma troca de papéis familiares. Hoje são os adolescentes que ensinam a técnica aos pais. Até a geração anterior a esta, eram os pais que ensinavam aos filhos. Isso ocorre porque os adolescentes são os primeiros a se aventurar em aceitar o desafio de operar um equipamento ou software novo. Outra parceria evidente, e apontada pela pesquisa, é a de que a formação de grupos virtuais, com pessoas do universo presencial ou não, facilita uma necessidade inegavelmente adolescente: pertencer a um grupo! O universo digital propicia novos códigos de relacionamento, o que está bem próximo da procura do adolescente pela sua própria identidade pessoal e sexual. Outra similaridade entre os dois universos está no fato de que os adolescentes vivem sob forte influência dos grupos, e na mesma medida grupos virtuais são facilmente criados, seja para o bem ou para o mal (gangues digitais). Em 2007 o IBOPE divulgou que até os 11 anos de idade, crianças e préadolescentes os tweens passam, em média 15 horas e 25 minutos ao mês conectados à Internet, sendo que a maior parte deste tempo é para alimentar sua rede virtual de informações 31. Primeiramente, entende-se por rede toda conexão não-linear de mais de um ponto. 32 Assim, muitas são as possíveis redes sociais 33 nas áreas de atuação humana. E em tempos de tecnologia digital é natural que estas redes sociais estejam, também, no universo virtual. De muitas maneiras esta geração cria e mantém vínculos virtuais. A Internet parece constituir-se em um veículo para exploração da individualidade e para que eles (crianças e jovens) se estabeleçam como indivíduos independentes. 34 Os chats, blogs, e as comunidades do Orkut, por exemplo, exigem o exercício do julgamento, da análise, da avaliação e da crítica. 31 PETARNELLA, Leandro. Escola Analógica, cabeças digitais: o cotidiano escolar frente às tecnologias midiáticas e digitais de informação e comunicação. São Paulo: Editora Alínea, 2008, p MEDEIROS, Rosangela de Araújo. A relação de fascínio pelo Orkut. Dissertação de Mestrado. São Paulo: USP, 2008, p Uma rede social é um conjunto de dois elementos: atores (pessoas, instituições ou grupos) e suas conexões. Essas conexões são entendidas como os laços e relações sociais que ligam as pessoas através da interação social. RECUERO apud MEDEIROS, Rosangela de Araújo. A relação de fascínio pelo Orkut. Dissertação de Mestrado. São Paulo: USP, 2008, p TAPSCOTT apud GARBIN, Elisabete Maria. Culturas juvenis, identidades e Internet: questões atuais. Revista Brasileira de Educação. São Paulo: ANPED, 2003, n.23, p

19 É sem surpresas que os adolescentes representem a maioria entre os usuários cadastrados no Orkut. Criado em 2004, já em 2005 quando o Orkut sequer tinha uma interface traduzida para o português, os brasileiros representavam 71% dos usuários. Líder absoluto no ranking, o Brasil era seguido por Estados Unidos com apenas 8,52% e Irã com 6,72%. Percentuais apresentados pelo próprio fundador do site, Orkut Buyukkokten, em evento organizado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em Permitir que cada usuário tenha a sua própria página e possa participar das mais diversas comunidades parece ser o atrativo principal deste sistema. 35 O Orkut funciona como um grande clube, só que virtual. Nele as pessoas se associam convidadas por outrem e informam seu perfil, que obviamente [...] corresponde ao que os criadores do site julgaram interessante, atual e digno de figurar numa vitrine de identidades. 36 Os usuários preenchem, não obrigatoriamente, campos como: Quem sou eu (descrição), Relacionamento (estado civil), Interesses no Orkut (amigos, profissional, etc.), Idiomas, Humor, Vícios, Hobbies, Programas de TV. Livros, Músicas e Fotos também podem ser indexadas ao perfil, permitindo ao usuário do site divulgar eventos importantes para si e para sua imagem. Trata-se de uma atualização do antigo álbum de família agora, público; e também infinitamente renovável. Retira-se e inclui-se fotos a qualquer tempo. Os álbuns do Orkut costumam apresentar fotos de festas formais como casamento e formatura e informais como as baladas, os churrascos entre amigos, além de fotos de amigos, famílias, animais de estimação, viagens e até cenas inusitadas registradas pelos usuários. O item Amigos é o que mais chama a atenção dos adolescentes. A prática é associar-se ao maior número de amigos, demonstrando o tamanho da sua popularidade. Quanto mais amigos, mais popular. Em 2008 o site atualizou suas ferramentas e inseriu a possibilidade dos usuários votarem em seus amigos como confiável, legal ou sexy, e ainda registrar ser fã deste amigo. Após o nome, estas são as primeiras informações visualizadas ao se entrar no perfil de cada usuário, além do número de recados registrados e o número de fotos. Todos, indícios de popularidade e metas para os 35 FISCHER, Rosa Maria Bueno. Técnicas de si e tecnologias digitais. In: SOMMER, Luís Henrique; BUJES, Maria Isabel Edelweiss (orgs). Educação e cultura contemporânea: articulações, provocações e transgressões em novas paisagens. Canoas: Ulbra, 2007, p ibidem, p

20 adolescentes. Ao entrar no Orkut os adolescentes têm a certeza de serem conectados ao mundo. Por isso vale adicionar como Amigo os amigos reais, os virtuais, os Amigos destes, os desconhecidos, quem for possível... Quanto mais Amigos, mais popularidade, mais possibilidades de conexão com o mundo. Mas não só pelos Amigos se faz o Orkut ou a sua influência sobre os adolescentes. As comunidades nele postadas funcionam como rótulos de identidade. Ao associar-se, por exemplo, à comunidade Odeio quem fica atrás de mim no PC (atualmente com mais de dois milhões usuários cadastrados) ou Eu amo chocolate (atualmente com quase 4 milhões de usuários), o adolescente agrega valores, qualidades/defeitos ou sentimentos à sua própria identidade. Os usuários têm à sua disposição uma imensa gama de rótulos. Um verdadeiro objeto de desejo para os adolescentes. O adolescente globalizado O tempo ao qual Feuerbach se refere nasceu nas décadas de 1970 e 1980, e ganhou intensidade nos anos Exatamente o momento em que nasciam os sujeitos desta pesquisa. Nesta década os computadores e as tecnologias a ele adjacentes ganharam a dimensão doméstica passando a integrar a rotina familiar. E de modo geral, os indivíduos se adaptaram aos recursos oferecidos pelas novas tecnologias. O fator que interessa a esta pesquisa é justamente o de que esta atual geração adolescente é nativa, neste contexto pós-moderno. Diferentemente dos demais, e graças à oportunidade de iniciar seu processo de formação da identidade já mergulhada na pós-modernidade, esta geração possui características únicas, fortemente produtoras de novos significados, que convergem com naturalidade com este novo cenário. Na óptica da cultura globalizada, entender esta identidade requer um novo posicionamento, um posicionamento deslocado ou descentrado 37. E a partir deste deslocamento, na tentativa de rearticular a relação entre os indivíduos e as práticas discursivas, que se evidencia a questão da identificação, já que a intenção é destacar mais o processo de subjetivação do que as práticas discursivas. 37 HALL, Stuart. Quem precisa da identidade? In: SILVA, Tomaz Tadeu da (org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes. 2000, p

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