Universidade Federal de Goiás Instituto de Estudos Sócio-Ambientais Programa de Pesquisa e Pós-Graduação em Geografia Mestrado em Geografia

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1 Universidade Federal de Goiás Instituto de Estudos Sócio-Ambientais Programa de Pesquisa e Pós-Graduação em Geografia Mestrado em Geografia Mudanças históricas na morfologia do canal do Rio Araguaia no trecho entre a cidade de Barra do Garças (MT) e a foz do Rio Cristalino na Ilha do Bananal no período entre as décadas de 60 e 90 Roberto Prado de Morais Orientador: Dr. Edgardo M. Latrubesse Goiânia, 2002

2 Roberto Prado de Morais Mudanças históricas na morfologia do canal do Rio Araguaia no trecho entre a cidade de Barra do Garças (MT) e a foz do Rio Cristalino na Ilha do Bananal no período entre as décadas de 60 e 90 Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pesquisa e Pós Graduação em Geografia da Universidade Federal de Goiás, para a obtenção do título de Mestre em Geografia. Área de Concentração: Ambiente e Apropriação do Espaço no Cerrado. Orientador: Dr. Edgardo M. Latrubesse Goiânia - GO 2002

3 Roberto Prado de Morais Mudanças históricas na morfologia do canal do Rio Araguaia no trecho entre a cidade de Barra do Garças (MT) e a foz do Rio Cristalino na Ilha do Bananal no período entre as décadas de 60 e 90 Dissertação defendida e aprovada em / /2002. Banca examinadora constituída pelos professores (as): Prof. Dr. Edgardo M. Latrubesse Universidade Federal de Goiás (Orientador) Prof. Dr. Edvard Elias de Souza Filho Universidade Estadual de Maringá - PR (Membro) Prof. Dr. Laerte Guimarães Ferreira Júnior Universidade Federal de Goiás (Membro)

4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a meus pais José Marra e Sebastiana Helena

5 AGRADECIMENTOS Ao Prof. Dr. Edgardo M. Latrubesse, pela orientação e paciência com que me conduziu até o final deste trabalho. À CAPES pela concessão da bolsa de estudos. Ao LABOGEF e ao Laboratório de Geoprocessamento do IESA-UFG, pela disponibilidade de trabalho e equipamentos. Ao CNPq - Programa Centro-Oeste, o qual contamos com recursos de financiamento para o projeto. Aos companheiros de pesquisa The Araguaia Team, como é chamado pelo Prof. Latrubesse. Maxi, Pedro, Gisela, Flaudio e Sâmia. Às técnicas do LABOGEF: Cíntia e em especial à Kênia que está sempre pronta a nos socorrer nos momentos mais críticos. Aos colegas de mestrado Maria, Jaqueline, Ary, Paula, Ronaldo, Solange, Sandro, Pedro e Luís Augusto (in memorian).

6 v Í N D I C E Páginas Resumo 1 Apresentação 2 Capítulo I Fundamentação Teórica-Metodológica 1.1 O Sistema Fluvial Padrões de Canais Canais Retilíneos Canais Anastomosados Canais Meandriformes O Canal e a Planície de Inundação Dinâmica Morfológica dos Sistemas Fluviais Mudanças de Canais Sistemas de Informação Geográfica (SIG s), Sensoriamento Remoto e Geomorfologia Fluvial 21 Capítulo II Caracterização Ambiental da Bacia do Rio Araguaia 2.1 A bacia do Rio Araguaia-Tocantins A bacia do Rio Araguaia 2.3 Geologia e Geomorfologia Clima Hidrologia Vegetação Histórico de ocupação e uso da terra na bacia 35 Capítulo III Metodologia 3.1 Materiais e Métodos Processamento das imagens de satélite Processamento dos dados Georreferenciamento das imagens 45

7 vi Realce das imagens Combinação das imagens Segmentação da área de estudo Elementos morfológicos do canal fluvial Variáveis morfométricas e morfológicas do canal Mapeamento do canal Mapeamento na escala de 1: Mapeamento na escala de 1: Definição de classes dos processos erosivos e sedimentares Processamento de dados vetoriais e quantificação areal Calibração de dados Elaboração de equações para avaliação de processos erosivos e sedimentares em grandes sistemas fluviais Equação de Balanço Erosão/Sedimentação Equação de Taxas de Erosão e Sedimentação Equação da Relação Erosão/Sedimentação Trabalhos de campo 61 Capítulo IV Análise Morfométrica e Morfológica do Canal do Rio Araguaia 4.1 Alterações morfométricas e morfológicas no canal do Rio Araguaia Elementos morfológicos do canal do Rio Araguaia Morfodinâmica de ilhas no canal do Rio Araguaia A bacia do rio Araguaia: Parâmetros morfométricos gerais Os segmentos do canal do Rio Araguaia Segmento Segmento Segmento Segmento Segmento Segmento Segmento 07 93

8 vii Segmento Segmento Segmento Síntese dos resultados da avaliação morfométrica e morfológica 106 Capítulo V Dinâmica dos Processos de Erosão e Sedimentação no Canal do Rio Araguaia 5.1 Descrição dos processos de erosão e sedimentação do rio Araguaia Avaliação dos processos erosivos e sedimentares no canal do rio Araguaia utilizando equações matemáticas Segmento 01: Erosão e Sedimentação Segmento 02: Erosão e Sedimentação Segmento 03: Erosão e Sedimentação Segmento 04: Erosão e Sedimentação Segmento 05: Erosão e Sedimentação Segmento 06: Erosão e Sedimentação Segmento 07: Erosão e Sedimentação Segmento 08: Erosão e Sedimentação Segmento 09: Erosão e Sedimentação Segmento 10: Erosão e Sedimentação 157 Considerações Finais 161 Bibliografia 170

9 viii Índice de Tabelas Tabela 01: Classificação de Canais Aluviais 9 Tabela 02: Relação largura/profundidade, sinuosidade e grau de entrelaçamento entre os principais tipos de canais fluviais 10 Tabela 03: Influência das atividades humanas nas mudanças de canais 20 Tabela 04: Médias anuais de vazão do rio Araguaia 34 Tabela 05: Características das bandas espectrais do Landsat 5 TM 43 Tabela 06: Valores quantitativos morfométricos e morfológicos do segmento 01 do canal do rio Araguaia 72 Tabela 07: Relação entre elementos morfológicos do canal e área ocupada - Segmento Tabela 08: Valores quantitativos morfométricos e morfológicos do segmento 02 do canal do rio Araguaia 75 Tabela 09: Relação entre elementos morfológicos do canal e área ocupada - Segmento Tabela 10: Valores quantitativos morfométricos e morfológicos do segmento 03 do canal do rio Araguaia 79 Tabela 11: Relação entre elementos morfológicos do canal e área ocupada - Segmento Tabela 12: Valores quantitativos morfométricos e morfológicos do segmento 04 do canal do rio Araguaia 82 Tabela 13: Relação entre elementos morfológicos do canal e área ocupada - Segmento Tabela 14: Valores quantitativos morfométricos e morfológicos do segmento 05 do canal do rio Araguaia 85 Tabela 15: Relação entre elementos morfológicos do canal e área ocupada - Segmento Tabela 16: Valores quantitativos morfométricos e morfológicos do segmento 06 do canal do rio Araguaia 90

10 ix Tabela 17: Relação entre elementos morfológicos do canal e área ocupada - Segmento Tabela 18: Valores quantitativos morfométricos e morfológicos do segmento 07 do canal do rio Araguaia 93 Tabela 19: Relação entre elementos morfológicos do canal e área ocupada - Segmento Tabela 20: Valores quantitativos morfométricos e morfológicos do segmento 08 do canal do rio Araguaia 96 Tabela 21: Relação entre elementos morfológicos do canal e área ocupada - Segmento Tabela 22: Valores quantitativos morfométricos e morfológicos do segmento 09 do canal do rio Araguaia 99 Tabela 23: Relação entre elementos morfológicos do canal e área ocupada -Segmento Tabela 24: Valores quantitativos morfométricos e morfológicos do segmento 10 do canal do rio Araguaia 103 Tabela 25: Relação entre elementos morfológicos do canal e área ocupada - Segmento Tabela 26: Tabela síntese dos valores morfométricos e morfológicos do canal do rio Araguaia 108 Tabela 27: Tabela síntese dos valores areais dos elementos morfológicos do canal do rio Araguaia 109 Tabela 28: Resultados areais das variáveis dos processos de erosão e sedimentação do canal do rio Araguaia Segmento Tabela 29: Valores areais dos elementos morfológicos do canal fluvial 117 Tabela 30: Resultados areais das variáveis dos processos de erosão e sedimentação do canal do rio Araguaia Segmento Tabela 31: Valores areais dos elementos morfológicos do canal fluvial 121 Tabela 32: Resultados areais das variáveis dos processos de erosão e sedimentação do canal do rio Araguaia Segmento

11 x Tabela 33: Valores areais dos elementos morfológicos do canal fluvial 125 Tabela 34: Resultados areais das variáveis dos processos de erosão e sedimentação do canal do rio Araguaia Segmento Tabela 35: Valores areais dos elementos morfológicos do canal fluvial 129 Tabela 36: Resultados areais das variáveis dos processos de erosão e sedimentação do canal do rio Araguaia Segmento Tabela 37: Valores areais dos elementos morfológicos do canal fluvial 134 Tabela 39: Resultados areais das variáveis dos processos de erosão e sedimentação do canal do rio Araguaia Segmento Tabela 40: Valores areais dos elementos morfológicos do canal fluvial 142 Tabela 41: Resultados areais das variáveis dos processos de erosão e sedimentação do canal do rio Araguaia Segmento Tabela 42: Valores areais dos elementos morfológicos do canal fluvial 146 Tabela 43: Resultados areais das variáveis dos processos de erosão e sedimentação do canal do rio Araguaia Segmento Tabela 44: Valores areais dos elementos morfológicos do canal fluvial 150 Tabela 45: Resultados areais das variáveis dos processos de erosão e sedimentação do canal do rio Araguaia Segmento Tabela 46: Valores areais dos elementos morfológicos do canal fluvial 154 Tabela 47: Resultados areais das variáveis dos processos de erosão e sedimentação do canal do rio Araguaia Segmento Tabela 48: Valores areais dos elementos morfológicos do canal fluvial. 158 Tabela 49: Tabela síntese das variáveis dos processos de erosão e sedimentação no canal do rio Araguaia 165

12 xi Tabela 50: Tabela síntese dos resultados obtidos pelas equações matemáticas de avaliação dos processos de erosão e sedimentação 167 Índice de Figuras Figura 01: Classificação das formas de canais baseadas no padrão e carga de sedimentos 9 Figura 02: Representação das zonas e variações das propriedades dos canais na bacia de drenagem 15 Figura 03: Rio Araguaia Imagens Landsat 5 TM, banda 3 43 Figura 04: Rio Araguaia Imagem Landsat 5 TM, banda 4 44 Figura 05: Rio Araguaia Imagem Landsat 5 TM, banda 5 45 Figura 6a e 6b: Exemplos de classes dos processos erosivos e sedimentares no rio Araguaia 55 Figura 6c e 6d: Exemplos de classes dos processos erosivos e sedimentares no rio Araguaia 56 Figura 6e e 6f: Exemplos de classes dos processos erosivos e sedimentares no rio Araguaia 57 Figura 07: Exemplo de ilha nova cujo núcleo residual foi envolvido por material sedimentar dando à ilha uma nova configuração espacial 67 Figura 08: Exemplo de ilha nova no canal originada por sedimentação no canal 68 Figura 09: Exemplo de ilha nova no canal originada pela migração lateral do canal e captura de braço de canal abandonado 69 Figura 10: Exemplo de modificações na direção de fluxos no canal principal do Araguaia 87 Figura 11: Sobreposição do canal referente ao ano de 1997 sobre fotografia aérea do ano de Figura 12: Localização dos pontos onde foram coletadas amostras de sedimentos para datação pelo método de C

13 xii Índice de Fotos Foto 01: Erosão Chitolina, Alta Bacia Região das Nascentes do Araguaia 38 Foto 02: Canal secundário ou de Paraná assoreado sendo colonizado por vegetação primária 89 Foto 03: Ilha em processo de anexação à planície de inundação devido ao assoreamento de canais secundários 89 Foto 04: Erosão fluvial em área urbana na cidade de Aruanã provocada pela migração lateral do canal 133 Foto 05: Exemplo da fragilidade da vegetação ciliar frente ação erosiva do canal 134 Índice de Mapas Mapa 01: Localização da Bacia do Araguaia-Tocantins 26 Mapa 02: Localização da Bacia do Rio Araguaia 28 Mapa 03: Mapa estrutural da região de Barra do Garças 30 Mapa 04: Localização da área de estudo 71 Mapa 05: Rio Araguaia Segmento Mapa 06: Rio Araguaia Segmento Mapa 07: Rio Araguaia Segmento Mapa 08: Rio Araguaia Segmento Mapa 09: Rio Araguaia Segmento Mapa 10: Rio Araguaia Segmento Mapa 11: Rio Araguaia Segmento Mapa 12: Rio Araguaia Segmento Mapa 13: Rio Araguaia Segmento Mapa 14: Rio Araguaia Segmento Mapa 15: Rio Araguaia Segmento 01: Mapa de Processos Erosivos e Sedimentares 119 Mapa 16: Rio Araguaia Segmento 02: Mapa de Processos Erosivos e Sedimentares 123 Mapa 17: Rio Araguaia Segmento 03: Mapa de Processos Erosivos e Sedimentares 127

14 xiii Mapa 18: Rio Araguaia Segmento 04: Mapa de Processos Erosivos e Sedimentares 131 Mapa 19: Rio Araguaia Segmento 05: Mapa de Processos Erosivos e Sedimentares 140 Mapa 20: Rio Araguaia Segmento 06: Mapa de Processos Erosivos e Sedimentares 144 Mapa 21: Rio Araguaia Segmento 07: Mapa de Processos Erosivos e Sedimentares 148 Mapa 22: Rio Araguaia Segmento 08: Mapa de Processos Erosivos e Sedimentares 152 Mapa 23: Rio Araguaia Segmento 09: Mapa de Processos Erosivos e Sedimentares 156 Mapa 24: Rio Araguaia Segmento 10: Mapa de Processos Erosivos e Sedimentares 160

15 1 RESUMO A área de abrangência deste estudo está inserida na bacia do Rio Araguaia e aborda especificamente o trecho médio do canal localizado entre a cidade de Barra do Garças (MT) e a foz do rio Cristalino na Ilha do Bananal. O objetivo da pesquisa foi realizar a quantificação e avaliação das mudanças na morfologia do canal por processos de erosão e sedimentação no período compreendido entre as décadas de 60 e 90. Utilizou-se materiais cartográficos como cartas planialtimétricas, fotografias aéreas, imagens de radar e imagens de satélite Landsat 5 TM de diferentes períodos de aquisição entre 1965 e Foi feita a compilação da base cartográfica (1965) e o mapeamento atualizado do canal através do uso de imagens de satélite. Posteriormente foram definidas variáveis morfométricas e morfológicas, processos ativos no canal (erosão e sedimentação) e elaboradas equações matemáticas para avaliação de processos erosivos e sedimentares em grandes canais fluviais. As informações foram digitalizadas através do programa SPRING e elaborado um banco de dados digitais para o canal do rio Araguaia. Os resultados oferecem um diagnóstico do comportamento das condições morfológicas do canal através de cálculos obtidos das variáveis morfométricas/morfológicas, areais e dos processos ativos (erosão e sedimentação). Obtidos estes resultados foram elaboradas equações matemáticas que objetivavam chegar ao balanço de erosão/sedimentação, taxas de erosão e sedimentação e índices de relação entre erosão e sedimentação para avaliar a intensidade e predominância destes processos no canal do rio Araguaia.

16 APRESENTAÇÃO

17 3 A bacia do Rio Araguaia é uma das áreas prioritárias de pesquisa do Instituto de Estudos Sócio-Ambientais da Universidade Federal de Goiás, IESA-UFG. A proposta que contempla este estudo enquadra-se no projeto de pesquisa Morfodinâmica atual e evolução quaternária da planície aluvial do Rio Araguaia: suas implicações ambientais, o qual integra o programa Proposta de Implantação de uma rede integrada de pesquisa sobre o Rio Araguaia: Diagnóstico ambiental, erosão suas conseqüências e controle. A dissertação em nível de mestrado aqui apresentada entitula-se Mudanças históricas na morfologia do canal do rio Araguaia no trecho entre a cidade de Barra do Garças (MT) e a foz do rio Cristalino na Ilha do Bananal no período entre as décadas de 60 e 90. O objetivo da pesquisa foi realizar a quantificação e avaliação das mudanças na morfologia do canal por processos de erosão e sedimentação no período compreendido entre as décadas de 60 e 90. O Capítulo I Fundamentação Teórica-Metodológica apresenta uma discussão dos principais elementos que compõe o sistema fluvial, padrões de canais, a relação estabelecida entre o canal e a planície de inundação, a dinâmica morfológica dos sistemas fluviais, as causas responsáveis pelas mudanças de canais e por fim, faz uma abordagem sobre o uso de SIG s aplicados à análise de grandes sistemas fluviais. O Capítulo II Caracterização Ambiental da Bacia do Araguaia aborda a bacia sob aspectos gerais do contexto geográfico, localização espacial e características do meio físico como geologia e geomorfologia, clima, hidrografia, vegetação, além de uma síntese sobre o histórico de ocupação e tipos de uso da terra na área. O Capítulo III Metodologia discute os materiais e métodos utilizados como o processamento de imagens de satélite, definição de variáveis morfométricas, morfológicas e de processos ativos no canal, mapeamento e elaboração de equações matemáticas para avaliação de processos erosivos e sedimentares em canais fluviais.

18 4 O Capítulo IV Análise Morfométrica e Morfológica do Canal do Rio Araguaia analisa o canal o qual foi dividido em dez trechos ou segmentos, sob aspectos de seus elementos morfológicos que se traduzem em variáveis de medidas quantitativas, objetivando verificar mudanças e estabelecer comparações espaciais e temporais de acordo com o enfoque histórico da análise que compreende o período entre as décadas de 60 e 90. O Capítulo V Dinâmica dos Processos de Erosão e Sedimentação no Canal do Rio Araguaia aborda os processos de erosão e sedimentação como processos de transformação responsáveis pelas alterações nos sistemas fluviais e avalia a intensidade destes processos, aplicando equações matemáticas desenvolvidas especialmente para este objetivo. Nas Considerações Finais são feitos comentários sobre os resultados obtidos na pesquisa, sua importância e aplicabilidade de ordem prática. Deve-se destacar que este projeto contou com recursos financeiros do CNPq (Programa Centro Oeste, projeto nº /99-9), o que permitiu o pleno desenvolvimento da pesquisa em questão.

19 CAPÍTULO I FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - METODOLÓGICA

20 6 1.1 O SISTEMA FLUVIAL As vantagens em adotar a bacia hidrográfica como unidade de estudo, permite que se leve em consideração à mesma como um sistema, e que como tal, analisá-la como um sistema aberto. Rice (1983) ao referir-se à bacia hidrográfica, segundo o modelo de análise sistêmica adotada nos estudos geomorfológicos, diz ser está "um sistema em que se produz um constante ganho e perda, tanto de massa como energia". Schumm (1977) apud Knigthon (1998) afirma que o sistema fluvial pode ser considerado como qualquer sistema físico ou histórico. O primeiro enfoca o funcionamento do sistema, normalmente por curtos intervalos de tempo, enquanto o segundo age diretamente como tendências evolutivas. Significa que as mudanças que se processam no sistema ocorrem ao longo de variações da escala temporal. Podemos assim concluir que o sistema fluvial é um sistema físico com uma história. A análise do sistema fluvial sob uma perspectiva física ou histórica abre a possibilidade de abordá-lo por diversos métodos. Assim, sob a ótica da engenharia fluvial, por exemplo, trata-se os sistemas fluviais como puramente físicos regidos por leis e princípios físicos universais, enfocando a análise do funcionamento do sistema durante curtos intervalos de tempo, o que promove uma visão das condições atuais operantes no sistema. A análise do sistema fluvial como um sistema histórico ou de uma perspectiva genética, por outro lado, age diretamente com tendências evolutivas, permitindo a reconstrução de condições pretéritas, de modo que o cenário fluvial e suas características associadas, dependem na última instância, da evolução geológica e climática da região e da ação antrópica sobre sua área de influência (Knigthon 1998). Observa-se que vários pesquisadores preferem considerar o sistema fluvial como um sistema físico com uma história. As mudanças nas condições do sistema ocorrem e podem ser analisadas em diversas escalas temporais, e que os traços herdados tem um importante papel nas condições atuais do sistema.

21 7 Para Schumm (1977), as formas atuais, recebem influências de condições presentes e passadas. Neste contexto, o presente é para ele definido como o período de tempo no qual os inputs do sistema permanecem constantes tendendo a produzir formas características. Contudo não há garantia de que as condições de inputs permaneçam estáveis tempo suficiente para atingir um estágio de equilíbrio. Knighton (1998), define os rios e canais de um sistema fluvial, como corpos de água fluindo em um sistema aberto. Estes têm basicamente três importantes funções na constituição das paisagens terrestres, ou seja, erodem o canal onde fluem, transportam sedimentos provenientes de intemperismos e de processos que ocorrem nas vertentes, bem como de outros agentes denudacionais e promovem sedimentação dos materiais transportados. O primeiro efeito que a água produz sobre a superfície é o de erosão, esta, pode se processar de forma direta e/ou indireta. Os mecanismos de erosão atuam geralmente de forma combinada, produzindo material, o qual a água transporta na forma de sedimentos. Os principais componentes hidrológicos de um sistema fluvial são representados por um sistema de entradas, saídas, armazenamento e transferências de matéria e energia. Para Patton (1988) as relações que se estabelecem na bacia hidrográfica entre suas características físicas, são de grande importância na compreensão da dinâmica interna do sistema, visto que a interdependência entre a hidrologia, geologia e a composição da rede de drenagem proporcionam observar a evolução do sistema fluvial. Um sistema fluvial está caracterizado por apresentar uma estrutura interna definida pelas suas variáveis de estado, tais como a geologia (litologia, condicionamento estrutural) o clima (pluviosidade, temperaturas médias) e a vegetação (Iriondo, 1986). Estas variáveis de estado se relacionam e se modificam por processos climáticos e geológicos, tais como erosão, transporte, sedimentação, intemperismo, pedogênese e oscilação de nível freático.

22 8 O sistema fluvial é então constituído por um conjunto de elementos interconectados que funcionam compondo uma complexa entidade integrada. Esta estrutura e seus processos determinam um comportamento para cada tipo de sistema. Tais características são inerentes à própria bacia, influindo quanto à ação dos processos fluviais (erosão, transporte e deposição), os quais atuam sobre as propriedades dos canais como a morfologia, o padrão do canal e as características dos depósitos sedimentares resultantes. Sendo assim a mudança de uma variável externa produz reajuste em todos os demais parâmetros do sistema fluvial. 1.2 PADRÕES DE CANAIS Padrão de canal é um termo para descrever o aspecto que o rio mostra em vista aérea ao longo de seu perfil longitudinal (Leopold,1994). Schumm (1986) define cinco padrões básicos de canais (Figura 01), são eles: Tipo 1: canais retilíneos com migração de ondas de areia; Tipo 2: canais retilíneos com migração de ondas de areia ou com talvegue sinuoso; Tipo 3a: canais meandrantes com alta sinuosidade de igual largura; Tipo 3b: canais meandrantes mais largos nas curvas do que nos cruzamentos; Tipo 4: canal de transição meândrica para braided (entrelaçado); Tipo 5: canal típico braided (entrelaçado). A relativa estabilidade destes canais em termos de sua atividade de erosão normal, forma e gradiente está relacionada ao tamanho de sedimentos, carga, velocidade do fluxo, e competência dos canais (Figura 01 e Tabela 01).

23 Baixo Baixo Barras Migração de Talvegue Avulsão 9 Tabela 01: Classificação de Canais Aluviais. Tipo de Canal Carga de leito % total de carga Características do Canal Carga em suspensão < 3 Relação largura/profundidade <10; Sinuosidade geralmente >2.0; gradiente relativamente suave. Carga mista 3-11 Relação largura/profundidade de 10-40; Sinuosidade ; gradiente moderado Carga de leito > 11 Relação largura/profundidade > 40; Sinuosidade geralmente < 1.3; gradiente relativamente íngreme Fonte: Schumm, TIPOS DE CANAIS Reto Baixo 1 Carga Suspensa Carga Mista Carga de Leito 2 Alto Alternadas Migração Padrão do Canal 3a 3b Limite do canal 4 Anastomosado Alto Alto Fluxo Barras 5 Estabilidade Relativa Migração de Meandro Migração de Meandro Corte de Meandro Estrangulamento Alto Estabilidade Relativa Baixo (3%>) Baixo Carga de Leito / Raio da Carga Total Alto (> 11%) Pequeno Pequeno Baixo Baixo Tamanho do Sedimento Carga de Sedimento Velocidade de Fluxo Poder da Corrente Grande Grande Alto Alto Figura 01: Classificação das formas de canais baseadas no padrão e carga de sedimentos (Schumm, 1986).

24 10 Nos estudos de sistemas fluviais é comum o emprego de uma classificação clássica de quatro padrões de canais: retilíneo (straight), meandrantes (meandering), anastomosado (anastomosed) e entrelaçados (braided). Estes padrões são caracterizados em função de parâmetros morfométricos como sinuosidade grau de entrelaçamento e relação entre largura/profundidade (Tabela 02). Tabela 02: Relação largura/profundidade, sinuosidade e grau de entrelaçamento entre os principais tipos de canais fluviais. Tipo de Canal Retilíneo Entrelaçado Morfologia Razão L/P Grau de Entrelaçamento Canais simples com barras longitudinais Dois ou mais canais com barras e pequenas ilhas. Sinuosidade < 40 < 1 (canal único) Baixa (<1,5) Normalmente > 40; Comumente > 300 > 1 (canais múltiplos) Baixa (<1,5) Meandrante Canais simples Anastomosado Dois ou mais canais com ilhas largas e estáveis. Fonte: Rust (1978) < 40 < 1 (canal único) Alta (> 1,5) Normalmente < 10 > 1 (canais múltiplos) Alta (> 1,5) A maioria dos sistemas fluviais apresenta combinações de dois ou mais padrões morfológicos no seu percurso com passagens gradativas de características próprias de um determinado padrão para outro procurando se adaptar as condições locais impostas. Ao longo do tempo podem ocorrer variações em função da descarga do rio nas épocas de cheia e de estiagem.

25 Canais Retilíneos Os canais retilíneos são relativamente pouco freqüentes quando comparados aos outros padrões. Possuem sinuosidade desprezível em relação a sua largura. Seu talvegue é geralmente sinuoso devido ao desenvolvimento de barras laterais dispostas alternadamente em cada margem. Caracterizam-se por uma baixa relação largura/profunidade normalmente inferior a 40. Canais retos possuem um índice de sinuosidade muito baixo (inferior a 1,5). Apresentam no seu perfil transversal um ponto de maior profundidade e um local mais raso de agradação. São canais que possuem um certo dinamismo em função da intensidade variável das descargas de água Canais Anastomosados Formam sucessivas ramificações e posteriores reencontros de seus cursos, separados por ilhas assimétricas de barras arenosas. Estas barras dividem o canal em múltiplos canais durante os períodos de secas, podem ficar submersas em períodos de enchentes. Uma de suas caracterizam é a baixa razão largura/profundidade, a qual pode ser inferior a 10, e alta sinuosidade, as vezes superior a 2,0. Apresentam canais largos, rápido transporte de sedimentos e contínuas migrações laterais. Tais canais caracterizam-se ainda, pelo grande volume de carga de fundo e gradiente relativamente alto. Uma vez formadas estas barras arenosas podem ser estabilizadas pela deposição de sedimentos mais finos em fase subseqüente a um período de enchente. Em etapa posterior, pode-se estabelecer uma cobertura vegetal que além de dificultar a erosão, favorece a deposição de mais sedimentos finos.

26 Canais Meandriformes O padrão meandrante é característico de rios com gradiente moderadamente baixo. Nestes rios, as cargas em suspensão e de fundo, encontram-se em quantidades mais ou menos equivalentes. Os rios de canais meandrantes são caracterizados por fluxo contínuo e regular. Caracterizam-se como canais de alta sinuosidade e razão largura/profundidade menor que 40, onde predomina o transporte de carga em suspensão. Apresentam sinuosidade alta onde os valores são superiores a 1,5. Os canais meandrantes possuem competência e capacidade de transporte mais baixas e uniformes. Portanto transportam materiais de granulação mais fina e selecionada. Para Leopold (1994) a morfologia de um canal meandrante depende das características morfológicas e da função de utilização e dissipação de energia executada no canal. Os meandros de um canal tendem a originar-se a partir de alguns mecanismos de desenvolvimento do canal. A fricção da água sobre o leito e os bancos provoca turbulência no fluxo da água gerando instabilidades e promovendo a formação de barras alternadas ao longo do canal. Um fluxo helicoidal é formado com a superfície da água sendo elevada sobre o banco côncavo de cada curva, retornando novamente à profundidade, e posteriormente, o fluxo é direcionado para o banco oposto. Inicia-se os processos de erosão e sedimentação. A alta velocidade do fluxo erosiona e transporta sedimentos sobre o lado externo da curva depositando o material sobre o lado interno seguinte, formando assim, uma barra em pontal (point bar).

27 Canais Entrelaçados Canais do tipo entrelaçado (braided) caracterizam-se pelo predomínio da carga de fundo. Possuem razão largura/profundidade maior que 40, comumente excedendo 300. Sua sinuosidade é considerada baixa com valores inferiores a 1,5. A formação deste tipo de canal é favorecida por declividades médias a altas (>5º), abundância de carga de fundo de granulação grossa, grande variabilidade na descarga e facilidade de erosão nas margens. Canais entrelaçados desenvolvem-se por seleção de partículas, com a deposição de material de frações granulométricas que o rio não pode transportar. A deposição da carga de fundo propicia o desenvolvimento de barras que obstruem a corrente e ramificam-na. 1.3 O CANAL E A PLANÍCIE DE INUNDAÇÃO Segundo Shumm (1986) canais aluviais são aqueles que fluem entre bancos e um leito composto de sedimentos que são transportados pelo rio, são sensíveis às mudanças na carga de sedimentos, descarga de água e variações no declive do vale fluvial. De forma simplificada pode-se distinguir em uma bacia de drenagem três zonas ou setores os quais são: Zona 01 - Produção de sedimentos, Zona 02 - Transporte de sedimentos e Zona 03 - Deposição de sedimentos. A intensidade de atuação dos processos de erosão, transporte e deposição estão associadas a fatores de natureza interna e externa do sistema. Alterações em algum destes fatores são responsáveis por importantes mudanças no sistema fluvial que refletem na característica do material (volume e granulometria), geometria do canal e propriedades hidráulicas, por exemplo. Para Church (1996) o tamanho do canal é determinado pelo fluxo da água através dele, particularmente pelo pico de fluxo e a erosão que afeta o canal, moldando-o e transportando sedimentos. Canais que

28 14 fluem sobre sedimentos os quais tenham sido previamente depositados são chamados canais aluviais. São canais competentes para modificarem sua forma, desde que movam sedimentos que se encontram sobre seu leito e formando bancos. Segundo Schumm (1977) o tamanho dos canais aumenta sistematicamente à medida que o sistema fluvial aumenta a área de drenagem de seus contribuintes aumentando o fluxo para o canal principal. A escala morfológica de mudança de canais segue de acordo com a figura 02. O tipo e o volume de sedimentos fornecidos ao sistema tem uma importante influência na morfologia, no padrão e na forma de armazenamento de sedimentos no canal. As planícies de inundação são produzidas por processos físicos de deposição dos rios numa variedade de sub-ambientes sedimentares, cujas variações dominantes produzem uma considerável variedade de formas. Nas planícies estão registradas as mudanças históricas do ambiente nos últimos séculos e milênios e não menos devido aos efeitos das ações humanas que alteram as atividades geomorfológicas, o padrão e o tipo de sedimentos (Lewin, 1996). Os diferentes estágios evolutivos evidenciados numa planície de inundação refletem as alterações e as mudanças ocorridas nas condições operantes no sistema fluvial. Geomorfologicamente a planície de inundação tem denotação genética. Para Church (1996) trata-se de uma superfície construída pelo rio atual, resultado da deposição de sedimentos durante sua migração lateral e inundações. Elas podem conter lagos ou braços de canais, sazonalmente ou permanentemente conectados com o canal principal, os quais constituem importantes habitats aquáticos.

29 AUMENTO 15 EROSÃO TRANSPORTE DEPOSIÇÃO ZONA 1 ZONA 2 ZONA 3 Tamanho dos grãos do do leito Característica da descarga dos canais Volume relativo de aluvião armazenado Largura do canal Profundidade do canal Velocidade de fluxo média Areia ÁREA DE DRENAGEM (DISTÂNCIA A JUSANTE) Figura 02: Representação das zonas e variações das propriedades dos canais na bacia de drenagem (Church, 1996). A planície aluvial pode ser entendida como uma geoforma aluvial, caracterizada pela presença de depósitos horizontais, construídos por uma grande variedade de sedimentos que respondem as características deposicionais dos diferentes ambientes de formação. São dominados por processos de sedimentação, geralmente materiais finos que são

30 16 acrescionados fora do canal fluvial. Tais ambientes podem estar temporariamente ou permanentemente alagados (Lewin, 1996). A ocupação humana destes ambientes desde a antiguidade e o alto potencial de risco que apresentam, mostram a necessidade de contar com dados que avaliem a estabilidade do sistema. Destaca-se que não há um único modelo global de formação de planícies de inundações, torna-se importante as investigações individuais locais, para que num futuro próximo as interações entre rio e planície possam ser prontamente compreendidas. 1.4 DINÂMICA MORFOLÓGICA DOS SISTEMAS FLUVIAIS A turbulência das águas e a velocidade relacionam-se com o trabalho que o rio executa, isto é, erosão, transporte e deposição dos sedimentos dentríticos. Para analisar a importância do trabalho fluvial deve-se considerar a energia do rio, tanto na sua forma potencial como cinética. O fluxo das águas transforma a energia potencial em energia cinética. A vazão da maioria dos rios aumenta para a jusante, assim como sua carga. Se por qualquer razão o fluxo diminui ocorrerá deposição. Erosão, transporte e deposição são processos que não podem ser separados. Eles são interdependentes dentro de relações mutáveis do fluxo e da carga existente. Não se pode considerá-los separadamente. Se a energia disponível para o transporte de carga sólida for suficiente, o canal mantém-se em condições estáveis. Se existir um excesso de energia, esta é usada para erodir os lados e o fundo do canal contribuindo para um aumento da carga para jusante. Se a energia for menor que aquela capaz de transportar toda a carga, parte dela é depositada (Suguio & Bigarella, 1990). Segundo Church (1996) a relação entre o tipo de sedimentos e o padrão do canal, dependem da descarga e do gradiente do canal. Juntos eles determinam a habilidade do canal em mover sedimentos. A sinuosidade

31 17 introduz um mecanismo adicional de dissipação de energia. Contudo se o sedimento fornecido tornar-se relativamente abundante, o rio pode não transportá-lo totalmente até mesmo quando fluir no limite máximo de seu gradiente. O rio passará a aumentar seu canal (agradação). Em tal estado, o padrão habitual de instabilidade lateral ocasionará uma súbita mudança no curso do canal, chamada avulção. Se o desequilíbrio na carga de sedimentos for suficientemente grande, o rio fará freqüentes avulções o que conseqüentemente aumentará o grau de entrelaçamento (braided) do canal devido à acumulação de material sedimentar. A morfologia dos rios reflete a concentração e o tipo de sedimentos que se movem ao longo do canal. Quando os sedimentos fornecidos ao canal são predominantemente de granulação fina, eles são carreados em suspensão e posteriormente depositados em águas calmas durante a inundação. O resultado é um canal único que divaga habitualmente. Os sedimentos grossos são transportados junto ao leito sendo depositados em barras, o qual abastece o canal e desvia o rio para um padrão menos regular de atividade lateral. Deve-se ao fornecimento de sedimentos ao sistema a capacidade dos canais em meandrar irregularmente pela planície de inundação, vagar ou tornar-se entrelaçado (braided). São vários os fatores que controlam os processos físicos nos rios daí sua morfologia. De acordo com Church (1996) um dos primeiros são: o volume e tempo de distribuição da água provida de montante da bacia; o volume, e a característica do sedimento fornecido ao canal; a natureza do material através do qual os rios fluem; o contexto geológico local da paisagem fluvial. Secundariamente, fatores que possam ser importantes determinantes da morfologia do canal incluem o clima regional, a vegetação natural e o uso da terra na bacia de drenagem. Modificações diretas no canal de natureza antrópica é o fator mais importante em muitos canais em diversas regiões.

32 MUDANÇAS DE CANAIS Estudos que versam sobre mudanças de canais podem estar relacionados a uma série de fatores de caráter natural e antrópico onde podem ter relações com diferentes dimensões temporais. Segundo Schumm e Lichty (1965) modificado por Knighton (1998) variáveis como geologia, clima, relevo regional, morfologia das vertentes, propriedades do solo e da vegetação, morfologia de canais, descarga de sedimentos entre outras, podem ocasionar importantes mudanças nas condições da dinâmica do canal. Tais variáveis podem assim ser consideradas independentes, dependentes e/ou irrelevantes, segundo a perspectiva da escala temporal do trabalho executado pelos rios. Os diferentes estágios evolutivos evidenciados numa planície aluvial refletem as alterações e as mudanças sofridas nas condições operantes no sistema fluvial, de modo que o cenário fluvial e seus traços associados, revelam a evolução geológica e climática da região, como também, os efeitos da ação antrópica sobre sua área de influência. As mudanças no sistema ocorrem em várias escalas temporais considerando a planície aluvial como um sistema físico construído pelo registro palpável de sua história. Sob esta óptica, os rios e suas planícies não se encontram em equilíbrio. Os canais podem estar incidindo, assoreando, sedimentando e acrescionando o material em resposta às mudanças ambientais de longo prazo. A morfologia do canal de um rio é formada pelo movimento da água e dos sedimentos em relação aos materiais disponíveis no leito e nos bancos. Os canais mudam numa variedade de formas através de processos de erosão e sedimentação. O escoamento superficial e a carga de sedimentos podem variar respondendo às alterações ocorridas no uso da terra, tais como desmatamentos, agricultura, pastagem, urbanização e outras influências. As mudanças na descarga e na carga de sedimentos dificilmente produzem respostas imediatas, mas iniciam mudanças ou seqüências destas que podem se estender ao longo do tempo (Brookes, 1996).

33 19 Talvez o mais importante problema hidrológico no atual estado de conhecimento é determinar quantitativamente as alterações na relação precipitação-escoamento-erosão, este conhecimento é necessário para determinar o quanto e qual o tipo de mudança afeta o canal. As reações do canal não dependem apenas do tipo de mudança na cobertura da terra e nas condições do solo, mas na porcentagem da bacia afetada, do clima regional, da topografia e declividade além de outras características interconectadas à bacia. (Dunne & Leopold, 1998). Alguns fatores que afetam o escoamento superficial podem alterar a carga de sedimentos. Os canais reagem à nova situação de descarga de sedimentos modificando o regime do fluxo, especialmente quanto às características de magnitude e freqüência da alta descarga. Um canal transporta água e sedimentos e o fluxo é tipicamente não uniforme, irregular e turbulento. Segundo Brookes (1996) é necessário compreender que um canal descrito como estável pode naturalmente erodir seu leito e bancos. Esta erosão pode ser pronunciada após o maior pico de descarga. O canal pode exibir diferentes respostas para mudar as condições superficiais da bacia dependendo da magnitude relativa das mudanças do fluxo e da produção de sedimentos. As mudanças dos canais resultam de um desenvolvimento histórico da terra e dos sistemas hídricos. A tabela 03 lista alguns dos maiores impactos humanos nos canais, os quais tem continuidade até o presente.

34 20 Tabela 03: Influência das atividades humanas nas mudanças de canais. MUDANÇAS INDIRETAS Mudanças no uso da terra Uso hídrico MUDANÇAS DIRETAS Manejo dos rios Fonte: Brookes, Desmatamento Reflorestamento Agricultura Urbanização Mineração Irrigação Esgoto Extração de material Canalização Controle de enchentes Proteção de erosão em bancos Dragagem Mudanças na bacia de drenagem podem alterar o escoamento pluvial e a relação de produção de sedimentos, produzindo efeitos indiretos nas características dos canais. As maiores mudanças que afetam os canais referem-se às modificações advindas das atividades humanas. O maior impacto: o desmatamento acelera a erosão das vertentes e a intensificação dos processos erosivos promove incremento no fornecimento de sedimentos para os canais. As características do escoamento também são afetadas por estas alterações. Os canais tendem a tornar-se mais largos, menos profundos e sinuosos caso uma grande quantidade de sedimentos permaneçam armazenados no canal ou na planície de inundação (Brookes, 1996). Algumas mudanças podem ser sutis, como a carga de sedimentos à medida que ocorre a lenta agradação do canal. Outras são rápidas, como uma maior junção de tributários. Contudo uma definição mais precisa, associada com mudanças na história geológica ou através do curso das atividades humanas, possam tornar-se certas somente após estudos substanciais. Segundo Wolman & Leopold (1957) apud Lewin (1996) as taxas de acreção lateral podem em alguns casos, serem determinadas pela migração dos meandros, outras avaliações podem ser feitas através de medidas diretas em campo ou com uso de mapas históricos. A taxa de

35 21 migração (e assim também as taxas de acreção de materiais à planície de inundação) tem sido associadas à capacidade dos rios. No estudo dos rios e das bacias hidrográficas, a Geomorfologia Fluvial coloca-se entre os setores mais dinâmicos da ciência geomorfológica. Contudo foi a partir da década de 70 no Brasil, que os estudos de Geomorfologia Fluvial passaram a dar maior ênfase aos processos e mecanismos observados nos canais fluviais e adquirir uma visão mais abrangente ao envolverem outras áreas do conhecimento. Além de adotarem uma perspectiva temporal para as mudanças fluviais (Cunha, 1994). A análise de mudanças históricas nos canais fluviais podem integrar conceitos e propor estratégias alternativas de gerenciamento. 1.6 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA (SIG s), SENSORIAMENTO REMOTO E GEOMORFOLOGIA FLUVIAL A análise geomórfica de grandes rios requer uma sistemática e organizada aproximação envolvendo escalas espaciais e temporais (Thorne, 2002). Reconhece-se que há um elo de ligação que une a morfologia dos processos fluviais e a variedade de escalas temporo-espaciais e que estas são indispensáveis para correta interpretação dos resultados. O progresso da aplicabilidade dos estudos de geomorfologia fluvial apoia-se na capacidade de identificar, investigar e compreender a continuidade e conectividade dos processos de fluxo e formas nos sistemas fluviais. Isto prediz numa necessidade de reconhecer e explorar ligações que une o sistema fluvial no espaço e no tempo. Experiências adquiridas em pesquisas de base mostram que os processos se baseiam em estudos que interpretam resultados de medidas detalhadas de velocidades, dinâmica de sedimentos e formas fluviais dentro do contexto dos processos de fluxo e das mudanças de canais que tem alcance dentro de um contexto multiescalar (Thorne, 2002).

36 22 O uso de ferramentas que possam viabilizar estes e outros objetivos na exploração e interpretação de informações sobre os sistemas ambientais tem atraído cada vez mais atenção para a necessidade de usos de programa computacionais para análise de dados geográficos. Para McDonnel (1996) os SIG s (Sistemas de Informações Geográficas) refere-se à tecnologia de manipulação de dados os quais apresenta propriedades geométricas (informações topológicas e de coordenadas) e atributos (informações características das entidades geométricas). Os diversos conjuntos de dados inseridos num sistema são geograficamente registrados, permitindo sua manipulação através de diferentes conjuntos de informações. A habilidade de integrar grandes conjuntos de dados espaciais e a variedade de ferramentas para avaliação analítica de informações via SIG, torna-se útil em várias disciplinas. As principais aplicações no uso dos SIG s é servir como método de medir e visualizar variáveis hidrológicas ou como meio de análise topográfica. Isto envolve a integração e manipulação de numerosos conjuntos de dados para visualizar ou obter estimativas contínuas de variáveis e parâmetros ambientais de acordo com uma série de critérios (McDonnel, 1996). Pode-se gerar inventários de áreas executar cálculos matemáticos, determinar informações areais de determinada área, comprimento de redes, distâncias entre outras quantificações. Com os sensores remotos a possibilidade de observar a terra como um todo e entre eles os sistemas fluviais provê meios de monitorar canais com o uso aplicado de variáveis com medidas repetitivas. Segundo Milton at al., (1995) a aplicação de técnicas de Sensoriamento Remoto no estudo de mudanças dos canais está baseada em diversas suposições tais como: Primeiro é que as mudanças no canal podem ser mensuradas visto as modificações de seu padrão espacial através do tempo. O sistema fluvial é uma entidade dinâmica definida por componentes hidrogeomorfológicos que se modificam. As mudanças no canal fluvial

37 23 ocorrem em grandes extensões de escalas temporais nos ambientes fluviais, assim o uso do Sensoriamento Remoto potencializa a aplicação de medidas de observação em todas elas; Segundo, o sensor tem níveis de precisão radiométrica o que permite distinguir os diversos alvos imageados; Terceiro, as distorções das imagens que ocorrem devido ao deslocamento da plataforma orbital e curvatura da terra, podem ser corrigidas permitindo sobrepor diversas informações sobre elas e fazer análises comparativas. Assegurando as propriedades espectrais, radiométricas, espaciais e temporais, os sistemas sensores são compatíveis com alterações ocorridas nos sistemas fluviais. Faz-se necessário tomar alguns procedimentos de processamentos de imagens para aquisição de dados. O mais importante destes procedimentos é o geo-referenciamento da imagem. Aconselha-se também complementar a análise com dados de campo e fotografias aéreas, como recurso que permita uma melhor abordagem qualitativa. O Sensoriamento Remoto tem uma larga aplicação no estudo de mudanças em sistemas fluviais. Torna-se útil como meio de descobrir e traçar mudanças nos sistemas. Estas evidências refletem a variação das propriedades espectrais dos objetos e no arranjo espacial deles. Para Milton at al., (1995) o método para esta análise consiste em: Reconhecer os alvos; Segmentar a imagem; Analisar suas propriedades espectrais. O Sensoriamento Remoto tem uma larga aplicação nos estudos de mudanças em sistemas fluviais. Eles são úteis como meio de detecção e mapeamento de alterações e como meio de medidas de algumas variáveis físicas que sustentam e controlam mudanças no ambiente fluvial. O uso desta técnica para identificar mudanças é baseado em suposições previamente descritas e podem assumir aproximações puramente empíricas. Mudanças no sistema fluvial oferecem variações consistentes nas

38 24 propriedades espectrais dos objetos e no seu arranjo espacial, como mobilidade do canal e surgimento de barras, por exemplo. Os sensores remotos não buscam substituir o trabalho de campo, mas complementam os resultados e interpretações de determinado estudo para ser aplicado em áreas de maior extensão, permitindo inclusive fazer a segmentação de canais. As informações adquiridas pelos satélites estendem o conhecimento para a geomorfologia fluvial também para identificação de padrões de canais. As planícies de inundação apresentam características morfológicas complexas que relaciona depósitos de inundação e variações na posição do canal. Algumas paisagens fluviais incluem lagos, levees e barras de scroll, que podem ser facilmente identificadas nas imagens, facilitando também identificar variações na vegetação e na umidade do solo (Trimble, 1995). Análises deste tipo de alterações requer aproximações baseadas no reconhecimento dos alvos (objetos) e análise de suas propriedades espectrais. Para identificação e mapeamento de mudanças, torna-se necessário compreender mais sobre as propriedades do ambiente o qual compõe as imagens que serão analisadas. Este entendimento pode ser obtido através de métodos semi-empíricos tais como o reconhecimento local, ou pelo uso de modelos físicos de interação entre a radiação eletromagnética e os componentes do sistema fluvial. Se a metodologia adotada é empírica ou determinística, o Sensoriamento Remoto oferece ao geomorfólogo um amplo conjunto de ferramentas com as quais é possível visualizar, classificar e analisar as mudanças no canal através de escalas espaciais e temporais de dias e até décadas (Trimble, 1995). Não existe um sistema ideal de Sensoriamento Remoto para monitoramento de mudanças nos sistema fluviais, mas tem sido oferecido aos geomorfológos um grande número de sistemas operacionais e de fácil acessibilidade.

39 CAPÍTULO II CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DA BACIA DO RIO ARAGUAIA

40 A BACIA DO RIO ARAGUAIA - TOCANTINS A bacia Araguaia - Tocantins é um dos sistemas fluviais mais importantes da América do Sul. Em termos areais é a quarta em tamanho com km 2 perdendo apenas para as bacias do Amazonas, Paraná e Orinoco (Latrubesse et al. 1999). Essa bacia hidrográfica é formada por importantes mananciais dentre os quais se destacam o rio Araguaia, o rio Tocantins e o rio das Mortes. Geograficamente a bacia desenvolve-se aproximadamente entre os paralelos 02º e 18º de latitude sul e os meridianos de 46º e 56º de longitude oeste (Mapa 01). N 54º W 50º W 46º W 02º S 02º S 75º 10º 30º 10º I II 06º S 06º S I.1 III BACIAS FLUVIAIS DO BRASIL V VI IV A r a g u a i a 30º 75º VII VIII 30º 30º 10º S 10º S Ilha do Bananal T o c a n t i n s Legenda I - I.1 - II - III - IV - V - VI - VII - VIII - Amazonas Araguaia/Tocantins Norte-Leste São francisco Leste Paraguai Paraná Uruguai Sul-Leste Rio das Mortes 14º S 14º S Araguaia Araguaia Cristalino 18º S 18º S 54º W 50º W 46º W Km Paranã Mapa 01: Localização da Bacia do Araguaia-Tocantins.

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