Empreendedorismo e Crescimento Econômico: Evidências Empíricas para o Estado de Goiás
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- Maria da Assunção Frade Castelhano
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1 Empreendedorismo e Crescimento Econômico: Evidências Empíricas para o Estado de Goiás Resumo Autoria: Anderson Mutter Teixeira, Cândido Borges O presente trabalho tem como objetivo investigar o papel do empreendedorismo no crescimento econômico do Estado de Goiás. Para sua realização, utilizou-se como proxy do empreeendedorismo o número de novas empresas registradas na Junta Comercial do estado, bem como a técnica econometrica do painel de dados dinâmico. Os dados utilizados foram o número de empresas criadas em 30 municípios do estado de Goiás no período de dez anos. Os resultados postulam uma significância para o PIB defasado na determinação do produto per capita, todavia, a variável empreendedorismo apresenta um sinal negativo e não significativo estatisticamente. 1 - Introdução Entender os determinantes da riqueza das nações é um dos grandes objetivos da economia, desde a sua concepção como ciência com o advento da obra clássica de Adam Smith A Riqueza das Nações de Tal fato, pode ser subdividido em quatro grandes paradigmas teóricos da teoria do crescimento econômico, a saber: neoclássico, AK, Variedade de Produtos e Schumpeterianos, conforme subdividido por Aghion e Howitt (2009). Todavia, o papel do empreendedorismo sempre foi negligenciado por tais abordagens apesar das considerações sobre seu papel primordial para o desenvolvimento econômico destacadas por Schumpeter em sua obra clássica de 1911, Teoria do Desenvolvimento Econômico. Nessa incursão teórica, Schumpeter argumenta que o empreendedorismo é o núcleo do crescimento econômico, uma vez que, introduz à dinâmica econômica novos produtos e inovações que de alguma forma torna obsoletos processos produtivos, produtos e tecnologias existentes o chamado processo da destruição criativa. Na esteira disso, evidências empíricas recentes inferem que a atividade empreendedora tem um efeito positivo sobre o crescimento econômico nos países ricos e ambígua nos países pobres, pois seus resultados são correlacionados com o nível de desenvolvimento econômico do pais em questão (Stel et al., 2005; Wennekers et al., 2005). No caso específico para o Brasil e para seus estados da federação entender o papel do empreendedorismo ainda é uma questão em aberto, a luz disso, o presente trabalho tem como objetivo investigar o papel do empreendedorismo na determinação do produto per capita do Estado de Goiás considerando-se uma amostra de 30 municípios. Para a feitura do trabalho a variável utilizada para captar o efeito do empreendedorismo em cada município é medido pelo número de empresas novas aberta e infere-se os resultados empíricos via o estimador System GMM desenvolvido por Blundell e Bond (1998). Sendo assim, além dessa introdução o trabalho está dividido em quatro seções: a segunda apresenta a fundamentação teórica e as principais evidências empíricas, a terceira seção 1
2 apresenta a metodologia empírica; a quarta seção descreve os resultados econométricos e, por fim, a quinta seção delineia as considerações finais. 2 Empreendedorismo e crescimento: arcabouço teórico e evidências empíricas Por intermédio dos trabalhos de Swan (1956), Solow (1996) o crescimento econômico de longo prazo é basicamente atribuído ao progresso tecnológico exógeno e sua inferência deriva-se do modelo neoclássico de crescimento. Variáveis como capital, trabalho e a produtividade total dos fatores dividem espaço na determinação do crescimento econômico de longo prazo. Não satisfeita com tais suposições a partir dos anos 80 emerge uma nova categoria de modelos denominados de Teoria do Crescimento Endógeno ou Nova Teoria do Crescimento. A luz dos trabalhos de Romer (1986) e Lucas (1988), essa abordagem teórica destaca o papel relevante da variedade de produto e acumulação de conhecimento. Na esteira dessa abordagem endógena, modelos baseados na contribuição de Schumpeter tratam a inovação gerada pelos agentes econômicos como o motor do crescimento econômico (Grossman e Helpman, 1991). Apesar do sucesso teórico de tais modelos, em termos empíricos os resultados de alguma forma estão levantando dúvidas quanto ao seu poder de especificar os principais determinantes do crescimento econômico. Fato concretizado pelo termo cunhado por Audretsch e Keilbach (2004), o chamado Paradoxo Europeu que reflete de alguma forma os modestos níveis de crescimento apesar do elevado nível de investimento em capital humano e pesquisa em muitos países europeus. Como consequência disso, pesquisadores como Acs et al. (2004) postulam que o conhecimento pode não gerar automaticamente o chamado efeito transbordamento, deste modo emergindo o papel primordial do empreendedorismo para facilitar o transbordamento do conhecimento e consequente crescimento econômico. Essa teoria assume que o novo conhecimento acumulado, bem como inovações e novas ideias criadas em centros de pesquisas de empresas grandes e universidades não aproveitadas geram oportunidades de negócios. Ou seja, o empreendedorismo seria uma resposta endógena aos investimentos em conhecimento que não foram completamente apropriados pelas empresas estabelecidas. Com o objetivo de ilustrar o papel do empreendedorismo no crescimento econômico, evidências empíricas para inúmeros países vem sendo testadas nos últimos anos. Com o propósito de ilustrar isso, Acs et Al. (2004), usando um painel de dados para 18 países inferem que atividade empreendedora também serve para promover o crescimento econômico, uma vez que tais atividades facilitam o processo condutor do spillover do conhecimento com isso contribuindo para o crescimento econômico dos países. Na esteira desse trabalho merece destaque o trabalho de Stel et al. (2005). Estes autores investigam se a atividade empreendedora influencia o crescimento econômico em uma amostra de 36 países. Para isso utilizam como proxy de empreendedorismo o número de empresas nascentes ou próprias apontando que o seu papel positivo depende do nível de desenvolvimento do país em questão. As principais evidências apontam que a atividade empreendedora é significativa para o crescimento em países desenvolvidos, porém pode ser influenciado por outros fatores e um efeito negativo em países pobres. Os mesmos autores 2
3 ainda argumentam que o fato do empreendedorismo não ser significativo nos países pobres não deve desencorajar os formuladores de políticas públicas de desenvolverem medidas econômicas para o seu estimulo. Em termos de literatura empírica para o Brasil podemos destacar Cravo e Gourlay (2010), nesse trabalho os autores testam m painel para o período de , cujo objetivo é investigar a relevância do tamanho do empreendedorismo medido pelo anos de escolaridade dos empregadores. Os resultados postulam que um efeito negativo com o crescimento econômico afirmando que capital humano incorporado dentro das pequenas e médias empresas pode ser mais importante para o crescimento econômico que o relativo tamanho do setor. Por fim, podemos ilustrar o estudo realizado por Barros e Pereira (2008). Nesse estudo os autores investigam o efeito da atividade empreendedora no crescimento econômico para os municípios do Estado de Minas Gerais. Usando a variável proporção de trabalhadores por conta própria na população economicamente ativa. Os principais resultados apontam para um efeito negativo do empreendedorismo sobre o crescimento econômico local. Assim, tal resultado remete para a discussão do empreendedorismo por necessidade na economia brasileira. 3 Metodologia Empirica Com a finalidade de dimensionar formalmente se o número de empresas novas pode influenciar no crescimento do PIB per capita dos municípios do estado de Goiás, emprega-se a metodologia dos Dados em Painel Dinâmicos. Na visão de Baltagi (2005), uma das vantagens dos painéis de dados é que eles permitem ao pesquisador um melhor entendimento do ajustamento dinâmico das relações econômicas, possibilitando, deste modo, tratar dos aspectos intimamente relacionados com a causalidade. Deste modo, modelos dinâmicos em painel de dados é definida pela presença da variável dependente defasada (em lags) entre os regressores, logo possibilitando controlar para uma possível existência de correlação entre os valores passados da variável dependente e os valores contemporâneos das demais variáveis explicativas, assim eliminando as possíveis fontes de viés dos estimadores. Para Greene (2003), sem a variável defasada, as variáveis independentes representam toda a informação que explica a geração de y it, porém agora com a variável defasada, adiciona-se na equação a história inteira das variáveis explicativas, uma vez que qualquer influencia medida sobre o tempo está contida naquela variável (y i,t 1 ). Diante disso, a regressão estimada tem como base a seguinte especificação: Y it = αy i,t 1 + x it β + it (1) it = µ i + u it (2) E[µ i ]=E[u it ]=E[µ i,u i ] (3) onde: x it - é um vetor de variáveis explicativas de dimensão 1xk β é o vetor de coeficientes, 3
4 kx1, associado a esses regressores; it - é composto por dois elementos ortogonais, um componente aleatório idissiocrativo e efeitos individuais fixos constantes no tempo. Há uma imensa literatura sobre painel de dados dinâmicos, cujo objetivo primordial é tratar da estimação de modelos dinâmicos com dados em painel. Um dos trabalhos pioneiros é de Arellano e Bond (1991). Tais autores modelam um procedimento de estimação à luz do método dos momentos generalizados (GMM). Nesse trabalho os autores utilizam os inúmeros valores defasados das variáveis endógenas como instrumentos para a primeira diferença dessas variáveis. Porém, a variável dependente defasada é correlacionada com o efeito fixo que, por sua vez, é parte do componente do erro do modelo, gerando um viés dinâmico ao estimador (caso usa-se pooled OLS). Assim, uma alternativa é transformar os dados de modo a eliminar o efeito fixo, assim o procedimento padrão desenvolvido por Arellano e bond (1991) é a transformação em primeira diferença. Diante da equação (1) obtém-se: y it y i,t 1 = α(y i,t 1 y t 2 ) + (x it x i,t 1 )β + it i,t 1 y it = α y i,t 1 + x it β + u it (4) Observa-se que a variável dependente defasada apresenta um componente endógeno, tendo em vista o termo y i,t 1 que por definição e correlacionado com u i,t 1 além de um potencial problema de endogeneidade entre os demais regressores. Assim, a solução geral consiste em utilizar os valores em lags de y i,t 1 como instrumentos para y i,t 1, via hipótese de ausência de correlação serial. Todavia, em outra obra relevante da literatura, Blundell e Bond (1998), constatam que sobretudo em casos de acentuada persistência nas séries temporais, os níveis passados de uma variável tendem a ser pouco informativos, em relação as suas variações futuras, deste modo, desenvolveram uma abordagem alternativa para o problema de viés dinâmico, apresentado por Arellano e Bover (1995). Ao invés de transformar os dados, essa abordagem instrumentaliza y i,t 1 e os demais regressores, logo o instrumento proposto por Blundell e Bond (1998) utiliza instrumentos em primeira diferença para a equação de regressão em nível. Assim, para obter estimadores GMM com máxima eficiência e menor viés possível, Blundell e Bond (1998), combinam as duas abordagens desenvolvendo um sistema, via a equação em primeira diferença (4) e a equação em nível (1) devidamente instrumentalizada. Logo, o estimador resultante é denominado de System GMM. Cabe uma ressalva conforme destacado por Roodman (2006), é a possibilidade de proliferação de instrumentos, acarretando uma possível sobreidentificação das variáveis endógenas não permitindo o tratamento adequado da endogeneidade, gerando estimativas enviesadas. 4
5 Assim, o autor argumenta que como não há uma forma definitiva para se definir o número de instrumentos duas técnicas são apresentadas, a saber: a primeira postula em considerar apenas algumas defasagens, ao invés de considerar todas as disponíveis e por fim, a segunda considera a possibilidade de combinar ou colapsar os instrumentos em conjuntos menores 3.1 Dados A amostra é compreendida por um painel balanceado para o período de dados anuais para os 30 municipios com maior PIB em valores correntes para o estado de Goias. Os municípios participantes da pesquisa são: Acreuna, Alexânia, Alto Horizonte, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Bom Jesus de Goiás, Cachoeira Dourada, Caldas Novas, Catalão, Cristalina, Formosa, Goiânia, Goiatuba, Inhumas, Ipameri, Itumbiara, Jataí, Luziânia, Minacu, Mineiros, Morrinhos, Niquelãndia, Rio Verde, Santa Helena de Goiás, São Simão, Senador Canedo, Trindade e Valparaiso de Goiás. A tabela 1 abaixo sumariza o código e descrição resumida das variáveis utilizadas no modelo. Principais fontes para coleta dos dados para a estimação empírica foram IBGE, Seplan (Secretaria do Planejamento do Estado de Goiás), Ministério do Trabalho (Rais) e Juceg (Junta Comercial do Estado de Goiás). Tabela 1 - Código e descrição resumida das variáveis utilizadas no modelo Variável Descrição Fonte Pibpercapita Empresas pib per capita anual dos i municípios Empresas novas criadas no município i Seplan Juceg Gastomun Gasto municipal em despesas de capital Seplan Escolariedade Taxa de escolaridade dos trabalhadores do mercado formal Rais Já a tabela 2 abaixo sumariza as principais estatísticas descritivas das variáveis utilizadas no modelo dinâmico. Tabela 2 - Estatísticas descritivas das variáveis utilizadas no modelo dinâmico Obs Mean std. dev Min Max Pibpercapita Empresas gastomun escolariedade Resultados As regressões foram realizadas, via duas técnicas, Difference GMMM e System GMM. Esses estimadores são desenhados para modelos de Painel dinâmico com um pequeno T (dimensão temporal) e Grande N (Dimensão Cross section). Foram realizadas estimativas one-step e two-step, pois são assintoticamente mais eficientes no caso da segunda respectivamente. A tabela 3 abaixo sintetiza os principais resultados 5
6 Tabela 3 Resultados Variável dependente=crescimento do Pib per capita Variável independente Difference GMM System GMM lpib (l1) (0.7813) ( ) Empresas (L1) Empresas (L2) Gastomun (L1) ( ) -1.89e-07 ( ) ( ) 1.10e-08 (1.08e-07) (4.34e-07) Escolariedade (L1) 2.97e (1.95e-06) ( ) Arellano-Bond AR (1) Arellano - Bond AR (2) Sargan Hansen 1.00 Observa c oes Os resultados inferidos para a regressão com (L.Pib) per capita, número de empresas novas (empresas), gasto municipal em despesas de capital (gastomum) e taxa de escolaridade dos trabalhadores formais em relação ao total de trabalhadores formais, aponta que a variável (l.pib) defasado tem sinal positivo em consonância com o pressuposto teórico, ou seja, valores passados do pib per capita influenciam positivamente os valores contemporâneos, observa-se que a mesma apresenta elevada significância estatística. Mas o papel das outras variáveis independentes apontam resultados bem menos otimistas e consistentes. Todos os parâmetros relacionados com as demais variáveis independentes apresentam coeficientes não diferentes estatisticamente de zero aos níveis de significância convencionais no system GMM. Cabe aqui duas ressalvas em relação ao sinal negativo da variável. Alguns fatores podem explicar a relação negativa entre criação de empresas e crescimento econômico. O primeiro é que nem todos os tipos de empresas contribuem efetivamente para o crescimento econômico. Estudos realizados nos Estados Unidos (Birch e Medoff, 1994) e na Inglaterra (Storey e Johnson, 1987; Storey, 1994), mostram que o que pode importar para o crescimento econômico não é quantidade de empresas, mas a qualidade delas. Um tipo de empresa e particularmente apontado como importante para o crescimento econômico: as empresas com alto potencial de crescimento, chamadas de gazelas. As gazelas são minoria entre as empresas nascentes, mas são aquelas que mais contribuem para 6
7 a dinâmica do crescimento (Birch Medoff, 1994, Storey, 1994). Uma segunda explicação possível é que em regiões com cultura empresarial ainda incipiente, o impacto da criação de empresas no crescimento econômico pode não ser o mesmo do que em regiões industrializadas. Estudos de David Storey mostraram que enquanto na maior parte das regiões da Inglaterra a criação de empresas resultou em crescimento econômico, na Escócia, onde o setor empresarial é menos importante que outros setores da economia, a relação entre criação de empresas e crescimento econômico foi inexistente ou, em algumas regiões, mesmo negativo (Stel, Carree e Thurik, 2005; Mueller, Stel e Storey, 2008). A industrialização de Goiás é recente e dessa forma apresenta alguma semelhança com o caso da Escócia. Em termos econométricos na análise de diagnóstico, os testes de autocorrelação de primeira e segunda ordem proposto por Arelano e bond (1991) indicam validade de identificação do GMM, porém o Teste de Hansen é igual a um no System GMM indicando a presença de muitos instrumentos. Usou-se no pacote estatístico o comando Collapse, para criar um instrumento para cada variável e defasagem temporal, ao invés de um instrumento para cada período temporal, variável e defasagem temporal. As demais variáveis como gasto tem sinal positivo, apesar de não ser estatisticamente significativo, bem como a escolaridade dos trabalhadores do mercado formal no system GMM. 5 Considerações finais O presente trabalho teve como objetivo investigar o papel do empreendedorismo no crescimento econômico da renda per capita do Estado de Goiás. Para sua realização, utilizou-se como proxy do empreeendedorismo o número de novas empresas registradas na Junta Comercial do estado, diferentemente da literatura nacional que utiliza a proporção de trabalhadores por conta própria na população economicamente ativa, bem como utilizou-se a técnica econometrica do painel de dados dinâmico. Os principais resultados postulam uma significância para o PIB defasado na determinação do produto per capita, todavia, a variável empreendedorismo apresenta um sinal negativo e não significativo estatisticamente. Uma explicação teórica para o resultado está na linha que empresas nascentes ou novas que influenciam no crescimento econômico é as chamadas gazelas e são em nível geral a minoria das empresas novas, também podemos destacar o ambiente cultural, uma vez que, a baixa dinâmica industrial do estado de Goiás, caracteriza-se como um elemento central que influencia negativamente na geração de empresas do tipo gazelas abrindo espaço para a emergência de empresas. Em termos econométricos a obtenção de dados mais consistentes e diversificados para gerar outros instrumentos são sugestões futuras de pesquisa, assim gerando especificações mais sofisticadas para inferir os determinantes do crescimento econômico do estado de Goiás. 7
8 6 Referências Acs, Z,J., Audretsch, D, B., Braunerhjem, P., Carlsson, B., The missing link: The knowledge filter and entrepreneurship in economic growth.cepr working paper 4358,2004. Adriaan J Van Stel, & David J Storey., The Link between Firm Births and Job Creation: Is there a Upas Tree Effect?Regional Studies 38(8) , Andre van Stel., Martin Carree., Roy Thurik., The Effect of Entrepreneurial Activity on National Economic Growh, Small Business Economics , Arellano, M.,Bond, S. Some tests of specication for panel data: Monte Carlo ev- idence and an application to employment equations. Review of Economic Studies 58(1) , Arellano, M., Bover, O. Another look at the instrumental variables estimation of errorcomponent models. Journal of Econometrics 28(1) Audretsch, D.B.,Entrepreneurschip capital and economic growth. Economics Policy 23(1)63-67,2007. Oxford Review of Birch, D. L. and J. Medof., Gazelles. Labor Markets, Employment Policy and Job Creation Boulder and London Westview Press, , Blundell, R., Bond, S.Initial conditions and moment restrictions in dynamic panel data models.journal of Econometrics 87(1) Greene, W. H., Econometric Analysis,Prentice Hall, New Jersey, Grossman, G., Helpman,E.,Innovation and growth in the global economy,mit Press, Lucas, R. E., On The mechanics of economic development.journal of Monetary Economics, 22(1), Mueller, P., van Stel, A., Storey, D., The effects of new firm formation on regional development over time: The case of Great Britain.Small Business Economics 30(1), 59-71, Romer, P., Endogenous technical change. Journal of Political Economy, 98, , Romer, P., Increasing returns and economic growth, American Economic Review 94, , Roodman, D., How to do xtabond2 : An introduction to difference and system GMM in Stata, Washington: Center for Global Development (Working paper 103) Schumpeter, J. A., Teoria do desenvolvimento econ?mico (L.Schlaepfer, Trad). Rio de Janeiro: Fundo de Cultura. (obra original publicada em Stel, A., Van, Carree, M., Thurik,R., The Effect of entrepreneurial activity on national economic growh. Small Business Economics, 24(3) ,
9 Storey, D. J., Understanding the small business sector. London: ITP, Storey, D. J., and S. Johnson., Job Generation and Labour Market Change, McMillan Press, Solow, R., A contribution to theory of economic growh. Quarterly Journal of Economics 70, sander Wennekers., Andr van Stel., Roy Thurik, Paul Reynolds., Nascent Entrepreneurship and the Level of Economic Development. Small Business Economics , Wooldridge,J.M., Econometric analysis of cross section and panel data.mit Press, Zoltan J Acs., David B. Audretsch., Pontus Braunerhjelm., Bo Carlsson., Growth and entrepreneurship. Small Business Economics,
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