Amazonas, Grandes Projetos e Recursos Naturais

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1 Amazonas, Grandes Projetos e Recursos Naturais Paola Verri de Santana Universidade Federal do Amazonas pvsantana@yahoo.com.br INTRODUÇÃO A Amazônia brasileira vive o processo de apropriação da natureza e de expansão do capital através dos chamados grandes projetos. O estudo da produção do espaço urbano amazonense requer especial atenção a alguns agentes produtores como: os corporativos, neste caso, a participação de empresas da cadeia produtiva do petróleo e gás natural, em particular, a Petróleo Brasileiro S. A. Petrobras por serem importantes formadores de receitas orçamentárias. Depois da descoberta de Urucu, no município de Coari, em 1986,e da inauguração da planta operacional de exploração e produção da Petrobras na Amazônia, em 1988, a região do médio e baixo rio Solimões, no estado do Amazonas, recebeu a construção do Gasoduto Urucu-Coari-Manaus, obra integrante do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), com 661 km deextensão na linha tronco do Urucu a Manaus, além dos sete ramais para as cidades decoari, Codajás, Anori, Anamã, Caapiranga, Manacapuru e Iranduba. A análise das transformações em espaços urbanos amazonenses parte do que está posto: oproblemade lidar com as relações entre Estado, empresas e cidades. Cada um desses elementos exerce mediação dentro do que se pode constituir uma tríade. As finanças públicas derivamdesse questionamento quanto ao papel do capital e do Estado no processo de urbanização no Amazonas. Os responsáveis por gerir recursos públicos, como os provenientes das rendas do petróleo, são aqueles com a competência para conceber e executar políticas públicas em prol do desenvolvimento urbano, no Brasil, a divisão político-administrativa demanda observar as dinâmicas em três níveis de governo: federal, estadual e municipal. A identificação da origem e da divisão das fontes de receitas formadoras das finanças públicas municipais foi procedimento

2 adotado para compor o arcaboço descritivo do problema.entre os gestores de recursos, como os provenientes das chamadas rendas do petróleo e gás natural interessa pensar em sujeitosde municipios produtores de petróleo e gás. A competência para conceber e executar políticas públicas urbanas tem sido atribuída a entes governamentais. As contradições na produção e no consumo do espaço parece se concretizar na cidade. A urbanização amazônica tem elo nos processos de expansão do capitalismo brasileiro. OBJETIVOS O trabalho objetiva analisar as ações de grandes empresas e empreendimentos situados no território do estado do Amazonas, quanto aos aspectos relativos às finanças públicas municipais, e quanto aos diferentes fatores e agentes envolvidos.para especificar esta questão dentre as empresas e empreendimentos fez-se o recorte das ações integradas a cadeia produtiva do petróleo.identificar os pagamentos de royalties,em especial, considerando os pagadores e os municípios recebedores, consiste a tarefa aqui posta.a participação dos royalties destaca-se frente as rendas do petróleo, por esta razão convencionou-se demostrar estes valores. A importância em se identificar e localizar os recebedores de royalties no Amazonas pode significar que o problema não seja a falta de dinheiro mas gestão das receitas auferidas. METODOLOGIA Os procedimentos metodológicos e aportes teóricos lidam com a necessidade de ter elementos empíricos e categorias analíticas capazes de melhor compreender a realidade estudada. Há dados quantitativos e qualitativos como os referentes a localização e a distribuição dos campos de produção de petróleo e gás natural no Amazonas e respectivos pagamentos de royalties. O esforço consiste numa reflexão fundamentada na economia política e em três fatores de produção: terra, trabalho e capital. Para tanto, Karl Marx, Henri Lefebvre, David Harvey, Neil Smith, são fundamentais. Pensar a triade Estado, empresa e cidade é desafio na medida em que categorias geográficas como espaço, região e território estão articuladas em se tratando da ação corporativa de grandes projetos como tem sido o da exploração e produção na

3 região do Urucu, no município de Coari situado no médio rio Solimões, no estado do Amazonas, quando da construção do Gasoduto Urucu-Coari-Manaus. Neste contexto, as finanças públicas municipais são impactadas pelas rendas do petróleo, por exemplo, pelos royalties.a extração de recursos naturais nesta divisão do mapa do Brasil assume diferentes recortes. Na competência da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, o mapa brasileiro assume, no caso da Bacia do Solimões, o controle sobre a empresa estatal brasileira como a principal operadora e concessionária em território amazonense.a este respeito reconheceu-se a necessidade de se fazer um levantamento preliminar das leis que tratam das rendas do petróleo, de modo a revisar as regras que definem a atuação de sujeitos como a ANP e a Petrobras, bem como das definições quanto aos critérios para a atribuição dosvalores a título de royalties destinados aos municípios em estudo. RESULTADOS PRELIMINARES Os resultados decorrem de uma pesquisa que surge dos desdobramentos de projetos de pesquisas anteriores, como projeto financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, intitulado Impactos das Ações da Petrobras em Cidades da Amazônia Brasileira, coordenado pela autora deste trabalho, integrante das atividades desenvolvidas no Núcleo de Estudos e Pesquisas das Cidades na Amazônia Brasileira, onde está sendo desenvolvido o projeto Cidades Amazônicas: Dinâmicas Espaciais, Rede Urbana Local e Regional, sob a coordenação do Prof. Dr. José Aldemir de Oliveira, como parte ao Programa de Apoio a Núcleos de Excelência - FAPEAM/CNPq, juntos a Geografia da Universidade Federal do Amazonas. Estas experiências têm buscado desvendar a participação da Petrobras nas receitas públicas municipais no Amazonas. A identificação de diferenças e semelhanças entre as cidades é norteadora para se chegar a uma análise do que venha ser o papel das finanças públicas municipais na formulação de políticas públicas urbanas específicas para a região. Os resultados da investigação acerca da questão urbana na Amazônia vêm somar esforços àqueles dedicados à problemática das cidades amazonenses. A atuação de sujeitos estratégicos, tanto no aspecto corporativo como estatal tem sido pesquisada,

4 seja pela via das empresas centrais da cadeia produtiva do petróleo, seja através das instituições que integram a estrutura estatal brasileira. O trabalho resulta da necessidade de se pensar em uma geografia do petróleo na Amazônia, de modo que categorias geográficas, espaço, região e território têm sido evidenciadas. A observação de que estão articuladas se dá devido ao fato da ação corporativa de grandes projetos como o da exploração e produção na região do Urucu, não se fazer sem que mobilize diferentes sujeitos, como os das três esferas governamentais. Por situar-seno médio rio Solimões, no estado do Amazonas, quando da construção do Gasoduto Urucu-Coari-Manaus, uma série de audiências públicas foram conduzidas, instituiçoes como a Uninersidade Federal do Amazonas e Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, foram consultadasvia pesquisadores. Quanto às formas, convém evidenciar, de início, que uma regionalização, em se tratando de exploração e produção de petróleo e gás, influencia a definição de quais operadoras detém a concessão para explorar e produzir nos blocos exploratórios concedidos depende de rodadas de licitações. A ANP Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveisestabelece, em outubro de 2012, a seguinte divisão: Bacia do Amazonas; Bacia de Campos; Bacias de Cumuruxatiba, Jequitinhonha e Camamu-Almada; Bacia do Espírito Santo-Mar; Bacia do Espírito Santo-Terra; Bacias da Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas e Ceará; Bacias do Paraná e Pelotas; Bacia do Parnaíba; Bacia do Parecis; Bacias de Pernambuco-Paraíba e Rio do Peixe; Bacia do Potiguar; Bacias do Recôncavo e do Tucano Sul; Bacia de Santos; Bacia de Sergipe-Alagoas; Bacia do Solimões e Bacia de São Francisco.Somente os estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, São Paulo e Sergipe foram considerados produtores a título de ter direito aos royalties do petróleo no ano de 2010, conforme dados da ANP. Do ponto de vista da extração de recursos naturais, em particular, o petróleo e gás, ocorre uma divisão do território brasileiro sob a ótica da regionalização feita com base nas bacias petrolíferas, aqui considerada apenas a do Solimões por ter significativa produção em terra. O fato de a Petrobras predominar como operadora e concessionária

5 na região do Urucu a faz agente modificador do espaço, que, embora sendo uma empresa estatal, não se confunde com as competências frente às atribuições que se espera dos bens e serviços geridos por municípios, o estado do Amazonas e a União. Nestes termos, as diferentes unidades territoriais da federação estabelecem uma divisão do trabalho frente às ações de interesse público sujeitas aos modos de governar. Antes de apresentar a presença dos royalties nos orçamentos públicos de municípios referentes a cidades na calha rio Solimoes e Amazonas convém esclarecer que as referências adotadas seguem as definições legais, sem que sejam discutidas questões como o direito de uma dada unidade da federação ter a renda do petróleo tendo como argumento ser um estado ou um município produtor. Apenas seguiu-se o que tem sido a prática da ANP. Os royalties, enquanto a mais famosa renda do petróleo, tem sido entendida como uma Compensação financeira devida pelos concessionários, paga mensalmente, com relação a cada campo, a partir do mês em data de início da produção, sendo distribuída entre estados, municípios, Comando da Marinha do Brasil, Ministério da Ciência Especial, administrado pelo Ministério da Fazenda. Um estudo inicial de leis que tratam das rendas do petróleo, permitiu conhecer as regras que definem a atuação de sujeitos como a ANP e a Petrobras, bem como das definições quanto aos critérios para a atribuição dos valores a título de royalties destinados aos municípios em estudo. Os royalties destacam-se dentre as rendas do petróleo, para tanto, o território tem sidolevado em consideração, entretanto, é antes os municípios e os estadosao invés do território nacional aqueles tidos como produtores de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos. Por que pensar em uma geografia do petróleo na Amazônia levando em consideração a lei nº , de 22 de dezembro de 2010 que dispõe sobre a exploração e a produção de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos em áreas do pré-sal e em áreas estratégicas? Porque cria o Fundo Social FS, através do Art. 47, afirmando ser de natureza contábil e financeira, vinculado à Presidência da República, com a finalidade de constituir fonte de recursos para o desenvolvimento social e regional, na forma de programas e projetos nas áreas de combate à pobreza e de

6 desenvolvimento: I - da educação; II - da cultura; III - do esporte; IV - da saúde pública; V - da ciência e tecnologia; VI - do meio ambiente; e VII - de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Estes programas e projetos devem observar instrumentos legais do planejamento do orçamento público o plano plurianual - PPA, a lei de diretrizes orçamentárias - LDO e as respectivas dotações consignadas na lei orçamentária anual - LOA. A gestão deste Fundo Social depende ainda do Conselho Deliberativo do Fundo Social - CDFS, com a atribuição de propor ao Poder Executivo, ouvidos os Ministérios afins, a prioridade e a destinação dos recursos resgatados do FS para as finalidades estabelecidas no art. 47, além de requerer fixação de metas, prazo de execução e planos de avaliação. A política da Gestão do Fundo Social também determina que o CDFS deverá submeter os programas e projetos a criteriosa avaliação quantitativa e qualitativa durante todas as fases de execução, monitorando os impactos efetivos sobre a população e nas regiões de intervenção, com o apoio de instituições públicas e universitárias de pesquisa. Por fim, convém monitorar o que o 5o do Art. 58. desta lei prevê: Os recursos do FS destinados aos programas e projetos de que trata o art. 47 devem observar critérios de redução das desigualdades regionais (Brasil, 2010).Soma-se ainda a lei nº , de 9 de setembro de 2013 que dispõe sobre a destinação para as áreas de educação e saúde de parcela da participação no resultado ou da compensação financeira pela exploração de petróleo e gás natural. Quadro Legislação que trata do petróleo e dos royalties Instrumento legal LEI Nº 7.990, DE 28 DE DEZEMBRO DE LEI Nº 9.478, DE 6 DEAGOSTO DE LEI Nº , DE 30 DE JUNHO DE Descrição Institui, para os Estados, Distrito Federal e Municípios, compensação financeira pelo resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica, de recursos minerais em seus respectivos territórios, plataformas continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, e dá outras providências. (Art. 21, XIX da CF) Dispõe sobre a política energética nacional, as atividades relativas ao monopólio do petróleo, institui o Conselho Nacional de Política Energética e a Agência Nacional do Petróleo e dá outras providências. Autoriza a União a ceder onerosamente à Petróleo Brasileiro S.A. - PETROBRAS o exercício das atividades de pesquisa e lavra de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos de que

7 trata o inciso I do art. 177 da Constituição Federal, e dá outras providências. LEI Nº , DE22 DE Dispõe sobre a exploração e a produção de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos, sob o regime de partilha de DEZEMBRO DE 2010 produção, em áreas do pré-sal e em áreas estratégicas; cria o Fundo Social - FS e dispõe sobre sua estrutura e fontes de recursos; altera dispositivos da Lei no 9.478, de 6 de agosto de 1997; e dá outras providências. LEI Nº , DE30 DE Modifica as Leis no9.478, de 6 de agosto de 1997, e no12.351, de 22 de dezembro de 2010, para determinar novas regras de NOVEMBRO DE distribuição entre os entes da Federação dos royalties e da participação especial devidos em função da exploração de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos, e para aprimorar o marco regulatório sobre a exploração desses recursos no regime de partilha. LEI Nº , DE 9 DE Dispõe sobre a destinação para as áreas de educação e saúde de parcela da participação no resultado ou da compensação financeira SETEMBRO DE 2013 pela exploração de petróleo e gás natural, com a finalidade de cumprimento da meta prevista no inciso VI do caput do art. 214 e no art. 196 da Constituição Federal; altera a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989; e dá outras providências. Fonte: org. por SANTANA, P.V. com base em BRASIL. Um olhar a respeito destas leis permite avaliar o quanto é arbitrário e negociávelesta micro-geopolítica do petróleo, porque debatido entre os entes da federação brasileira. Estas leis regulam o processo de apropriação dos recursos petrolíferos e definem a atuação do que se pode chamar de agente produtor do espaço. Apesar de listar os principais instrumentos legais federais, mais interessante são os próprios valores que cada Município tem recebido a título de royalties e participação especial. Entre as rendas do petróleo, tendo em destaque osmunicípios beneficiários de montantes dos royalties registradospela ANP, observa-se uma concentração espacial da riqueza pública no interior das regiões petrolíferas. Dos 62 municípios do estado doamazonas, somente 19 recebem repasses da ANP. O quadro abaixo mostra lista de municípios tidos produtores ou dos que sofrem influência com as instações de embarque e desembarque, como é o caso, da movimentação da frota de embarcações mantidas pela Transpetro, em especial, entre o Terminal Aquaviário de Coari e a REMAN Refinaria de Manaus-AM. Convencionou-se reconhecer estes municípios a jusante

8 (secundários) apenas do píer fluvial Coari-AM, enquanto outros estão jusante (secundários) dos píeres fluviais de Coarie da REMAN. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP, a distribuição dos royalties considera os municípios atravessados ou às margens do Rio Amazonas, situados de modo a serem afetados pelas operações de embarque edesembarque de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos, no caso, a jusantedas instações fluviais de Coari e Manaus. Os municípios elencados são aqueles situados no estado do Amazonas com respectivos valores dos royalties que cada um tem recebido, isso revela, de um lado, orçamentos públicos crescentes, de outro, municípios desprovidos de tais rendas. TABELA Municípios do Amazonas Beneficiados com Royalties em 2010 Ordem BENEFICIÁRIOS Acumulados no Ano - VALOR (R$) AMAZONAS TOTAL ,76 1. COARI ,45 2. MANAUS ,21 3. TEFÉ ,41 4. AUTAZES ,84 5. CAREIRO DA VÁRZEA ,84 6. IRANDUBA ,84 7. ITACOATIARA ,84 8. ITAPIRANGA ,84 9. PARINTINS , SILVES , URUCARÁ , URUCURITUBA , ANAMÃ , ANORI , BERURI , CAREIRO , CODAJÁS , MANACAPURU , MANAQUIRI ,59 Fonte: ANP. Superintendência de Controle das Participações Governamentais.Royalties. Rio de Janeiro, 20/12/2010.

9 O caso de Coari se sobressai devido ao maior montante recebido, além do peso (25,8%) que duas das rendas do petróleo representam frente à Receita Total 1, que em 2010 foi de R$ ,37, para uma população de habitantes, uma receita per capita de R$ 2.430,45. As transferências da União referentes a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Naturais contadas no quadro acima refere-se a soma da Cota-parte Royalties - Compensação Financeira pela Produção depetróleo - Lei n 7.990/89 (R$ ,97) e da Cota-Parte Royalties pelo Excedente da Produção do Petróleo Leinº 9.478/97, artigo 49, I e II (R$ ,48). As finanças públicas municipais são impactadas pelos royalties. A participação dos royalties destaca-se frente às rendas do petróleo. Mas convém listar outras receitas decorrentes da cadeia produtiva do petróleo: Cota-Parte Royalties pela Participação Especial - Lei nº 9.478/97, artigo 50 (R$ ,97), Cota-Parte do Fundo Especial do Petróleo - FEP (R$ ,98), Cota-Parte Royalties - Compensação Financeira pela Produção de Petróleo - Lei nº 7.990/89, artigo 9º (R$ ,95), além de parcela de impostos como o ICMS Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação. Ao se identificar e localizar os recebedores de royalties no Amazonas é possivel supor a existência do problema de gerir o dinheiro, isso faz questionar a gestão das receitas auferidas. Com uma população de habitantes, Manacapuru tem uma receita total 2 menor de R$ ,52 e um Índice de Desenvolvimento Humano Municipal maior que o de Coari. TABELA Índice de Desenvolvimento Humano Municipal de Coari e Manacapuru Município IDHM COARI 0,312 0,389 0,586 MANACAPURU 0,339 0,437 0,614 Fonte: PNUD. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil Disponível em: Identificar os pagamentos de royalties, implicaria considerar os pagadores, isto é, mostrar quais são os concessionários dos campos de petróleo existentes no 1 COARI. Quadro dos Dados Contábeis Consolidados Municipais MANACAPURU. Quadro dos Dados Contábeis Consolidados Municipais

10 Amazonas. É neste momento em que os elementos da triade se articulam: Estado, empresa e cidade. Dentre as empresas destaca-se a atuação da Petróleo Brasileiro S.A. - PETROBRAScujos empreendimentos situados no território do estado do Amazonas, ressaltam-se os dentro do município de Coari. Evidenciar as finanças públicas municipais comparativamente à participação de outras cidades médias, a exemplo de Manacapuru,serve para indicar a necessidade de buscar diferentes fatores e agentes envolvidos. Anunciar melhorias gradativas no IDH-M apesar mostrar posição inferior de Coari serve para somar elementos para se pensar o direito à cidade que vem sendo conquistado em cidades do Amazonas. Definidas as regiões produtoras, foi possível listar os municípios que recebem royalties da ANP, fato que só acontece a medida em que o petróleo é tornado mercadoria no processo de troca e estabalecendo uma relação real entre as mercadorias.neil Smith ajuda ao explicar que o desenvolvimento é desigual em diferentes escalas: urbana, nacional e global. As empresas e empreendimentos integrados à cadeia produtiva do petróleosão especificadas a fim de identificar os royalties considerando os pagadores e os municípios recebedores, isso revela a existência de relações contratuais reguladas pela ANP. Sendo assim, Henri Lefebvre em A Vida Cotidiana no Mundo Moderno (1991) explica que a Teoria das Formas envolve diferentes formas tanto na perspectiva mental como na social. Uma tentativa de reflexão nestes termos faz-se necessária: 1. A forma lógica - princípio da identidade (caso da conversão para valores monetários do preço do barril de petróleo); 2. a forma matemática enumeração, medida (da necessidade de ter válvulas capazes de medir o fluxo da produção para calcular o que se deve pagar de royalties); 3. A forma da linguagem codificação (os poços e os campos produtores destes recursos naturais são codificados e são localizáveis através de coordenadas geográficas em graus, minutos e segundos, bem como cartografados de modo a mostrar as respectivas distribuições espaciais); 4. A forma da troca equivalência (buscam-se uma relação de igualdade lógica entre dados quantitativos e qualitativos como os referentes aosda produção de petróleo e gás natural no Amazonas, em valores monetários, e respectivos pagamentos de royalties); 5. A forma contratual reciprocidade, jurídica (as licitações promovidas

11 pela Petrobras permitem a assinatura de contratos com fornecedores que têm um objeto a realizar com data de início e término, além do documento ter valor estabelecido, bem como outras regras); 6. A forma do objeto prático-sensível percebido e concebido (presença de produtos finais da Petrobras no cotidiano é significativa tanto no urbano como no rural, desde as commodities petróleo e gás natural, das empresas exploradoras de recursos naturais àquilo que é comercializado diretamente a consumidores finais, como a gasolina e o gás de cozinha); 7. A forma urbana simultaneidade e território (da estrutura político administrativa municipal que se realiza por meio da cidade que, por sua vez, faz a mediação nas açöes estaduais e federais) e; 8. A forma escrita recorrência, cumulativo(as representações dos três fatores de produção: terra, trabalho e capital, que são expressos, em geral, na forma de dados físicos, econômicos, sociais por meio de grandezas geométricas, figuras; diagrama, curva, gráficos, além de descritos em relatórios corporativos anuais, projetos, contratos, estudos acadêmicos, planos de investimento, etc.).neste sentido, a pesquisa sistematiza dados que dizem respeito à triade Estado, empresa e cidade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AFONSO, J. R. R, e GOBETTI, S, W. Rendas do petróleo no Brasil: Alguns aspectos fiscais e federativos. Revista do BNDES. Rio de Janeiro, v. 15, n. 30, p , dez CASTRO, E. Urbanização, pluralidade e singularidades das cidades amazônicas. CASTRO, Edna. (org.) Cidades na floresta. São Paulo: Annablume, p COARI, Prefeitura de. Plano Diretor participativo de desenvolvimento. Tomos I e II. Coari: prefeitura do município de Coari/AM, p. ELALI, A. O federalismo fiscal brasileiro e o sistema tributário nacional. São Paulo: MP Editora, p. HARVEY, David, Alternativas ao neoliberalismo e o direito à cidade. Belém: Cadernos NAEA, vol. 12, n. 2, pp , dez LEFEBVRE, Henry. O direito à cidade. 3. ed. São Paulo: Centauro, p. MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política. v.1. livro 1, O processo de produção do capital, tomo 1. São Paulo: Abril cultural, 1983.

12 SANTANA, P. V. Da matéria fóssil em movimento ao imposto sobre circulação de mercadorias e serviços: uma reflexão sobre a cidade e o urbano. Anais do XII Simpósio Nacional de Geografia Urbana. Belo Horizonte: UFMG, p.. Elementos da produção do espaço urbano em cidades amazonenses. Anais do XIII SIMPURB. Rio de Janeiro: UERJ, set p. SCHOR, T., COSTA, D. e OLIVEIRA, J. A. de. Cidades, Rede Urbana e Desenvolvimento na Amazônia dos Grandes Rios. In: TRINDADE JR, Saint Clair Cordeiro da et al. Pequenas e Médias Cidades na Amazônia. Belém: FASE; ICSA/UFPA; Observatório Comova, SMITH, Neil. Desenvolvimento desigual. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1988.

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