Estilo de Vida e Hábitos de Lazer dos Trabalhadores da Indústria Catarinense
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- Bernadete Chaves Ximenes
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1 Estilo de Vida e Hábitos de Lazer dos Trabalhadores da Indústria Catarinense ( ) R E L A T Ó R I O G E R A L Florianópolis, Maio ª Edição
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3 Realização SESI-SC Coordenação do Lazer Consultoria Técnica MARKUS V. NAHAS SILVIO APARECIDO FONSECA Núcleo de Pesquisa em Atividade Física & Saúde NuPAF UFSC
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5 Prefácio O SESI Santa Catarina se prepara constantemente para o futuro, desenvolvendo pesquisas com base científica para garantir melhor eficiência, inovações e metodologias de vanguarda na aplicação de seus serviços na área de Lazer, Saúde, Educação, Alimentação, Consultoria Social, Farmácia e Microcrédito. A partir da demanda específica dos clientes, focando sempre nas necessidades dos trabalhadores da Indústria, visamos proporcionar os benefícios econômicos e sociais que decorrem do desenvolvimento de ações de qualidade de vida para o trabalho. Em todo o mundo, é crescente o número de instituições que conquistam melhores resultados através da práticas de ações sociais voltadas aos colaboradores, familiares e comunidade. Este documento, relativo a uma de nossas área de atuação o Lazer, demonstra a importância da adoção de hábitos saudáveis e do desenvolvimento de atividades voltadas à saúde integral dos colaboradores, bem como a redução dos custos para a sociedade, para as empresas e para os colaboradores que praticam a filosofia do Lazer Ativo, conceito base dos serviços do SESI nesta área. Sergio Luiz Gargioni Superintendente do SESI / SC
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7 Apresentação Em 1999, o SESI-SC desenvolveu o primeiro diagnóstico estadual sobre o estilo de vida e hábitos de lazer do trabalhador da indústria, com uma amostra representativa de todas as regiões de Santa Catarina. Realizado com o apoio técnico do NuPAF Núcleo de Pesquisa em Atividade Física e Saúde da UFSC, o diagnóstico fez surgir diversas demandas nas áreas da promoção da saúde e do lazer, servindo como parâmetro de comparação nas intervenções do SESI e das próprias indústrias catarinenses. Uma das iniciativas mais marcantes, decorrentes daquele diagnóstico, foi o surgimento do Programa LAZER ATIVO, criado para responder à constatação de que aproximadamente 60% dos trabalhadores da indústria não realizavam qualquer atividade física no seu tempo livre. A proposta baseava-se no modelo dos estágios de comportamento de Prochaska e Marcus, buscando ajustar as ações à condição atual de prontidão para mudança de comportamento desta população. O LAZER ATIVO passou a servir de pano de fundo para todas as ações da área de Lazer do SESI-SC, buscando informar, mudar atitudes e criar oportunidades para a escolha de um lazer mais ativo, tanto para os trabalhadores quanto para seus familiares. Para tanto, estabeleceu-se como princípios do LAZER ATIVO: (1) o estímulo a um estilo de vida mais ativo; (2) em companhia de familiares e amigos; e (3) em contato com a natureza. Desde o princípio, o SESI Ginástica na Empresa incorporou os princípios e conceitos fundamentais do LAZER ATIVO em suas ações, criando um diferencial positivo em relação a outras iniciativas de ginástica laboral no país. Tal impacto fez com que outros Estados da Federação buscassem no SESI-SC a parceria e a orientação para utilizar o material e os conceitos da proposta catarinense. O SESI LAZER ATIVO é reconhecido como uma iniciativa de promoção da saúde para o trabalhador da indústria, a partir do incentivo ao estilo
8 de vida mais ativo uma das prioridades da Organização Mundial da Saúde, que recentemente (maio de 2004) divulgou uma Estratégia Global para a alimentação, Atividade Física e Saúde. Mais importante, porém, foi o estabelecimento de um conjunto de indicadores que servem como referência ao planejamento e avaliação das ações desenvolvidas neste setor. A proposta que agora se materializa dá continuidade à idéia de repetir a cada cinco anos o levantamento, preservando as características principais do instrumento de coleta e permitindo comparações com dados anteriores e outros indicadores populacionais. Além de avaliar o que foi implementado no período anterior, os dados fornecem subsídios para o planejamento de ações do SESI-SC, tanto na área de Lazer, como na Saúde e Educação. Este Relatório apresenta a análise geral da pesquisa realizada em julho e agosto de 2004, nas 11 Unidades Regionais do SESI, reunindo dados representativos do estilo de vida, indicadores de saúde e bem-estar, lazer e hábitos alimentares dos trabalhadores da indústria catarinense. Mais uma vez, o SESI-SC cumpre seu papel frente às demandas sociais e antecipa-se, liderando ações que visam o bemestar do trabalhador (e de seus familiares), e o desenvolvimento humanizado da indústria catarinense. O Núcleo de Pesquisa em Atividade Física e Saúde da Universidade Federal de Santa Catarina sente-se honrado em colaborar com este empreendimento. Markus Vinicius Nahas Coordenador do NuPAF - UFSC Eloir Edilson Simm Coordenador de Lazer SESI/SC
9 Sumário Introdução 9 Metodologia 11 Resultados 13 I DADOS DEMOGRÁFICOS 13 II INDICADORES DE SAÚDE & BEM-ESTAR 15 III ATIVIDADES FÍSICAS & LAZER 23 IV CONTROLE DE PESO E HÁBITOS ALIMENTARES 30 Conclusões e Recomendações 39 Bibliografia 43 Anexos 45 ANEXO 1 Relação das Indústrias Participantes, por UR 47 ANEXO 2 Relação dos Profissionais Envolvidos 53 ANEXO 3 Instrumento de coleta de dados (Questionário) 55 ANEXO 4 Dados Complementares por Unidade Regional 61
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11 Introdução O estilo de vida representa um dos principais fatores direta ou indiretamente associados ao aparecimento das chamadas doenças da civilização, principalmente as doenças cardiovasculares. Isso decorre, principalmente, das novas rotinas adotadas pela maioria das pessoas, fruto da acelerada industrialização, urbanização e globalização do mercado de alimentos no mundo inteiro as pessoas estão consumindo mais alimentos de grande densidade energética, com altos teores de gorduras saturadas e açúcares, e também muito salgados. Esse padrão alimentar, ao lado de um quadro de inatividade física crescente, tem levado países ricos e em desenvolvimento a enfrentar o crescimento sem precedentes da obesidade e do diabetes, até mesmo entre os mais jovens. Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um plano de abrangência mundial denominado Estratégia Global para Alimentação Saudável, Atividade Física e Saúde, visando a promoção de estilos de vida mais saudáveis e a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como as doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, câncer e doenças respiratórias (OMS, 2004). Essas doenças, também referidas como agravos nãotransmissíveis, são as principais causas de incapacidade e mortalidade precoce no mundo atual, independentemente do nível de desenvolvimento dos países. Os fatores de risco que mais contribuem para este quadro que preocupa a saúde pública mundial são: a obesidade, alto nível de colesterol, hipertensão, fumo e álcool, e a melhor forma de atacar o problema é pela prevenção, através de mudanças de comportamento (estilo de vida), principalmente: (a) hábitos alimentares; (b) atividade física habitual; (c) controle do fumo. Há evidências, em diversos países, de que estratégias multifacetadas, envolvendo as mudanças de comportamentos acima mencionadas alimentação saudável, atividade física e controle do fumo produzem resultados positivos e devem ser implementadas rotineiramente em níveis pessoal, institucional e comunitário. A OMS acredita que os governos, as indústrias, os profissionais de saúde, a publicidade e a sociedade civil possam atuar para se conhecer melhor a realidade e tornar as escolhas mais fáceis para um estilo de vida saudável. Boa saúde deriva-se cada vez mais das ações de promoção da saúde do que do tratamento de doenças. E promoção da saúde depende essencialmente das decisões bem informadas que as pessoas possam tomar e das oportunidades que lhes são oferecidas no curso da vida. Do ponto de vista empresarial, desenvolver ações de promoção da saúde e da qualidade de vida para os trabalhadores representa um investimento de retorno garantido a médio e longo prazo. Trabalhadores bem informados e conscientes de que seus comportamentos podem determinar o risco maior ou menor de adoecer (ou mesmo de ficar incapacitado ou morrer precocemente) são, certamente, mais saudáveis, produtivos e, possivelmente, mais felizes. Há diversas pesquisas no Brasil e exterior relatando o quanto se pode economizar em tratamentos de doenças quando se investe em promoção da saúde.
12 Do ponto de vista da pessoa que trabalha (e dos seus familiares), comportamentos saudáveis tornam a vida menos cansativa e o trabalho mais produtivo; o risco de adoecer e ficar incapacitado é reduzido; a percepção de bem-estar no trabalho, no lar e no lazer tende a ser ampliada; os dias de afastamento para tratamento de agravos à saúde tendem a ser reduzidos, com maior probabilidade de manutenção do emprego e maior potencial de empregabilidade. Em suma, a qualidade de vida do trabalhador (e de seus familiares) está diretamente associada ao seu estilo de vida. Para que se possa desenvolver ações de promoção da saúde e qualidade de vida nas empresas, é necessário que se conheça a realidade em cada contexto, possibilitando investir com mais eficácia e eficiência nessas ações. O SESI-SC, através de seu Departamento de Lazer, tem sido pioneiro em muitas ações que visam o conhecimento da realidade e intervenções que promovam o bem-estar no contexto empresarial. Exemplo disso foi o Diagnóstico do Estilo de Vida e Hábitos de Lazer realizado em 1999, com amostra representativa dos trabalhadores da indústria de Santa Catarina, e que incluiu os seguintes indicadores: (a) exposição ao fumo e consumo de bebidas alcoólicas; (b) percepção do nível de saúde; (c) percepção de estresse; (d) atividades física habituais e práticas de lazer; (e) prevalência de sobrepeso e obesidade; e (f) hábitos alimentares. Esses dados constituíram um banco de informações que subsidiou diversas ações do SESI-SC, servindo de modelo para levantamentos similares em outras regiões do país. Este levantamento dá continuidade à iniciativa do SESI-SC iniciada em 1999, reunindo informações atualizadas que possam servir para análise de mudanças comportamentais ocorridas nos últimos cinco anos, bem como disponibilizar um amplo banco de dados para auxiliar no planejamento de ações de lazer e promoção da saúde para os próximos anos. Inicia-se, assim, um processo de vigilância epidemiológica, que certamente dará ao SESI e às indústrias catarinenses um importante recurso para o planejamento de ações integradas de lazer, saúde e educação afinal, quando se pretende mudar comportamentos e promover hábitos saudáveis, a abordagem multifacetada e interdisciplinar é a mais eficaz. O relatório está estruturado de modo a apresentar os objetivos, a metodologia e os resultados principais do levantamento, tanto em termos gerais, quanto por Unidade Regional. O banco de dados completo estará à disposição dos técnicos do SESI para análises posteriores. 10 ESTILOS DE VIDA E HÁBITOS DE LAZER DOS TRABALHADORES DA INDÚSTRIA CATARINENSE
13 Metodologia Este levantamento foi realizado durante o inverno de 2004, cinco anos após o diagnóstico do estilo de vida e hábitos de lazer dos trabalhadores da indústria catarinense realizado em Em termos gerais, repetiram-se os procedimentos de amostragem e coleta realizados na primeira oportunidade, permitindo analisar possíveis variações nas características investigadas. A mudança mais significativa ocorreu na forma de montagem do banco de dados, agora feita com leitura ótica dos questionários (software SPHYNX). A amostra tomou por base as empresas participantes do diagnóstico de 1999, representando todas as Unidades Regionais do SESI, agora em número de onze. Foram selecionadas empresas de grande, médio e pequeno porte, e, de cada uma delas, foram selecionados aleatoriamente trabalhadores de ambos os sexos, em número proporcional dentro do previsto para cada UR. Não foram incluídas empresas com menos de 20 empregados. Nos casos de recusa da empresa em permitir a aplicação dos questionários, substituiu-se por empresa do mesmo porte e preferencialmente do mesmo ramo, na respectiva UR. Procedeu-se, também, a substituição daquele trabalhador selecionado que não estava no local de trabalho no momento da coleta ou que tenha se negado a participar (pouquíssimos casos). Dos três mil questionários enviados às URs, 86% retornaram e foram utilizados na análise (2.574). A equipe de coleta (anexo 2) incluiu profissionais da área de Lazer do SESI-SC, que participaram de treinamento específico para padronização da aplicação dos questionários. A coleta foi realizada em pequenos grupos (3 a 15 trabalhadores), com a presença de um dos representantes do SESI na região. Houve contato prévio formal com a administração das empresas selecionadas para marcação do dia e local para coleta. Todos os trabalhadores foram informados do caráter voluntário da participação neste levantamento, e de que suas respostas seriam mantidas em sigilo, sem identificação dos respondentes. O questionário utilizado foi adaptado do instrumento utilizado em 1999, mantendo-se, na essência, as mesmas questões, mas adaptando-as para respostas categóricas em função da leitura ótica utilizada para montagem do banco de dados. Além das informações pessoais, foram coletadas informações sobre indicadores de saúde e bem-estar, atividades de lazer, participação em programas de ginástica na empresa, controle de peso e hábitos alimentares. Cópia do questionário está no anexo 3. Para análise estatística, utilizou-se o programa SPSS - versão 11, incluindo procedimentos de estatística descritiva (distribuição de freqüência, medidas de tendência central e dispersão) e medidas de associação (Qui-quadrado), adotando-se o nível de significância estatística de 5% (p<0,05).
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15 Resultados I DADOS DEMOGRÁFICOS A taxa de retorno dos questionários foi semelhante à de 1999 (85,9%). Neste levantamento, apesar da boa taxa média de retorno (85,8%), percebe-se um certo prejuízo na representatividade regional em função do índice relativo à UR - Planalto Norte (apenas 63% de retorno). As relações das empresas participantes e dos profissionais que colaboraram na coleta de dados estão nos Anexos 1 e 2 deste Relatório. A apresentação e análise dos resultados parte dos dados gerais e segue com uma síntese das informações regionais (11 Unidades). Tabelas mais detalhadas com dados das Unidades Regionais podem ser vistas no Anexo 4. O delineamento amostral permite análises pelas categorias: Unidade Regional, sexo, renda mensal e faixa etária dos sujeitos. Não é possível, entretanto, a análise por indústria, uma vez que a amostra não é representativa neste nível. Nas tabelas, dados positivos são, por vezes, destacados em verde; os negativos, em vermelho Distribuição dos sujeitos por Unidade Regional (U.R.) Unidade Regional N o de empresas % da amostra n Taxa de Retorno 1. Blumenau 9 7, % 2. Brusque/Itajaí 13 8, % 3. Grande Florianópolis 8 5, % 4. Jaraguá do Sul 11 6, % 5. Joinville 11 7, % 6. Lages 9 6, % 7. Meio-Oeste 25 15, % 8. Oeste 12 10, % 9. Planalto Norte 13 10, % 10. Rio do Sul 9 6, % 11. Sul 19 15, % Total % ,8%
16 A amostra deste estudo foi composta por industriários, sendo que 62,5% são homens e 37,5% mulheres. Proporções semelhantes (67,5% - masculino e 32,5% - feminino) foram observadas no levantamento do ano de Houve necessidade de adaptação no delineamento amostral devido às mudanças na estrutura regional do SESI-SC, que reduziu o número e reorganizou a composição das Unidades Regionais (21 para 11 URs). Os dados demográficos (questões 1 a 8) mostram um aumento no nível de escolarização dos trabalhadores em relação a 1999, mantendo-se o perfil geral do estado civil - com pequeno aumento na proporção de viúvos e divorciados Dados Demográficos Gerais (n=2.574) Variável Homens Mulheres Todos % n % n % n Faixa etária Menos de 30 anos 51, , , a 39 anos 31, , , anos ou mais 17, , ,5 397 Número de filhos Não tem filhos 41, , , filhos 46, , , filhos 10, ,2 89 9,7 250 > 4 filhos 1,6 26 1,2 12 1,5 39 Estado Civil Solteiro (a) 33, , ,4 855 Casado/vivendo com parceiro (a) 63, , , Viúvo (a) 0,5 8 0,7 7 0,6 15 Divorciado/separado (a) 2,6 42 6,4 61 4,0 103 Nível de escolarização Ensino fundamental incompleto 15, , ,2 414 Fund. completo/médio incompleto 25, , ,8 636 Médio completo/superior incompleto 47, , , Ensino superior completo 11, , ,7 299 Renda familiar mensal até R$ 520,00 20, , ,7 579 R$ 521,00 a 1.300,00 47, , , R$ 1.301,00 a 2.600,00 22, , ,9 584 Acima de R$ 2.600,00 9, ,3 70 9,0 229 Para facilitar determinadas análises, alguns indicadores demográficos foram reduzidos a duas ou três categorias, como no caso da renda familiar mensal: até R$ 1.300,00 e mais de R$ 1.300,00; idade: até 39 anos e 40 ou mais anos de idade; estado civil: casados e outras categorias. Essa categorização permite análises estatísticas que requerem um número mínimo de sujeitos em cada classe. 14 ESTILOS DE VIDA E HÁBITOS DE LAZER DOS TRABALHADORES DA INDÚSTRIA CATARINENSE
17 Observou-se que a renda familiar é um fator discriminante para diversos indicadores de saúde, como o fumo, a inatividade física e a percepção da condição de saúde atual (pior na faixa de renda familiar até R$ 1.300,00). Para outras variáveis, entretanto, a renda não é um fator discriminante (por exemplo: qualidade do sono e nível de estresse). Como era previsto, renda e escolarização estão fortemente associadas nesta população (p<0,001 na análise do Qui-quadrado). II INDICADORES DE SAÚDE & BEM-ESTAR Este módulo do questionário incluiu as questões 9 a 18, contendo informações relativas à percepção do estado de saúde atual, qualidade do sono, percepção dos níveis de estresse, bem-estar (no lar, no trabalho e no lazer), fumo e ingestão de bebidas alcoólicas. Em diversos indicadores pode-se observar uma melhora significativa em relação aos dados de 1999 (por exemplo: percepção de saúde, fumo e ingestão de bebidas alcoólicas) Percepção do Estado de Saúde Atual A percepção do estado de saúde tem sido utilizada em levantamentos populacionais em todo o mundo, sendo considerada um indicador importante para detecção de variações no quadro geral de morbidade e mortalidade por todas as causas. Neste diagnóstico, a exemplo do que ocorrera em 1999, utiliza-se quatro categorias de respostas (condição de saúde excelente, boa, regular ou ruim). A tabela a seguir mostra a prevalência de respostas considerando a percepção positiva da condição atual de saúde da amostra. Percepção Positiva do Estado de Saúde Atual 2004 Classificação Homens (%) Mulheres (%) Todos (%) Excelente / Bom (Percepção positiva) Todos Até 39 anos 40+ anos 89,8 91,2 83,0 p<0,05 entre sexos e p<0,01 entre faixas etárias Quando separados por faixa etária (até 39 e 40+ anos), observa-se que os trabalhadores mais jovens, em ambos os sexos, referem condição de saúde mais positiva. A figura a seguir mostra que a proporção de sujeitos nos níveis Excelente ou Bom (percepção positiva) era de 85,2% em 1999, aumentando para 88,6% em ,5 87,3 82,5 88,6 89,7 82,9 INDICADORES DE SAÚDE & BEM-ESTAR RELATÓRIO GERAL 15
18 Deve-se destacar a redução significativa de 20,1% (1999) para 13,5% (2004) na prevalência de mulheres com percepção negativa de saúde (regular/ruim); nas duas pesquisas, observou-se uma maior proporção de mulheres com percepção negativa de saúde. A tabela a seguir apresenta os dados da percepção do estado de saúde atual, por Unidade Regional. Os indicadores menos favoráveis estão nas UR s 6 (Lages) e 10 (Rio do Sul); os mais favoráveis estão nas URs 3 (Grande Florianópolis) e 5 (Joinville). Percepção do Estado de Saúde Atual por UR Unidade Regional Homens (%) Mulheres (%) Total (%) Positiva Negativa Positiva Negativa Positiva Negativa 1. Blumenau 87,9 12,1 86,3 12,7 87,1 12,9 2. Brusque/Itajaí 89,4 10,6 87,2 12,8 88,6 11,4 3. Gde Florianópolis 94,7 5,3 89,5 10,5 92,1 7,9 4. Jaraguá do Sul 89,2 10,8 94,8 5,2 91,9 8,1 5. Joinville 94,3 5,7 90,4 9,6 92,6 7,4 6. Lages 84,3 15,7 84,2 15,8 84,2 15,8 7. Meio-Oeste 91,4 8,6 81,0 19,0 88,6 11,4 8. Oeste 93,1 6,9 82,2 17,8 87,3 12,7 9. Planalto Norte 89,6 10,4 92,9 7,1 90,6 9,4 10. Rio do Sul 84,4 15,6 77,5 22,5 80,7 19,3 11. Sul 88,7 11,3 90,2 9,8 89,1 10,9 Em síntese: Grupos de maior risco: Percepção negativa de saúde Homem < Mulher Jovem < Meia-idade Renda até R$ 1.300,00 > Renda > R$ 1.300, > ESTILOS DE VIDA E HÁBITOS DE LAZER DOS TRABALHADORES DA INDÚSTRIA CATARINENSE
19 2.2 - Qualidade do Sono Um dos indicadores mais significativos do bem-estar individual é a qualidade do sono. Pessoas que dormem bem regularmente têm mais disposição, níveis de humor mais positivos e são mais produtivas em todos os aspectos da vida. Neste levantamento, a qualidade do sono foi investigada quanto à freqüência com que dorme bem, tendo o respondente quatro opções de resposta: sempre; quase sempre (percepção positiva) e 50% das vezes; nunca/raramente (percepção negativa). Aproximadamente 85% referem boa qualidade de sono, com uma maior prevalência positiva entre as mulheres do que entre os homens desta população. A tabela a seguir mostra os dados gerais da percepção dos sujeitos quanto à qualidade do sono. Não se observou diferença na qualidade do sono em função da faixa etária. Qualidade do Sono - Freqüência com que dorme bem 2004 Classificação Homens Mulheres Todos % N % n % n Sempre / Quase sempre 1 84, , , % vezes / Nunca / Raramente 2 16, , ,9 381 p<0,05 entre sexos; 1 Percepção positiva; 2 Percepção negativa Quando analisada por Unidade Regional, a percepção da freqüência com que dorme bem mostra diferenças significativas entre as regiões. Na tabela a seguir observa-se que quatro UR s têm resultados mais negativos que as demais (UR 2, UR 7, UR 8 e UR 10). Qualidade do Sono* por UR Unidade Regional (UR) Homens (%) Mulheres (%) Total (%) Positiva Negativa Positiva Negativa Positiva Negativa 1. Blumenau 80,0 20,0 89,5 10,5 84,9 15,1 2. Brusque/Itajaí 79,4 20,6 88,5 11,5 82,6 17,4 3. Gde Florianópolis 90,7 9,3 84,2 15,8 87,4 12,6 4. Jaraguá do Sul 75,9 24,1 92,2 7,8 82,8 16,3 5. Joinville 88,6 11,4 94,0 6,0 91,0 9,0 6. Lages 81,9 18,1 92,1 7,9 84,2 15,8 7. Meio-Oeste 85,6 14,4 84,8 15,2 82,3 17,7 8. Oeste 82,3 17,7 82,9 17,1 82,6 17,4 9. Planalto Norte 88,4 11,6 86,9 13,1 88,0 12,0 10. Rio do Sul 76,6 23,4 82,0 18,0 79,5 20,5 11. Sul 85,8 14,2 85,9 14,1 85,8 14,2 INDICADORES DE SAÚDE & BEM-ESTAR * Positiva Dorme bem sempre/quase sempre; Negativa Dorme bem < 50% das vezes. RELATÓRIO GERAL 17
20 2.3 - Percepção do Nível de Estresse A proporção dos que referem não dormir bem com freqüência é semelhante à proporção dos que referem níveis de estresse elevado (14,9 e 12,6%, respectivamente), sendo que 87,4% (2004) não referem problemas com estresse (dados um pouco melhores que os de 1999: 86,1%). A percepção do nível de estresse (geral) está na tabela a seguir, e mostra que as mulheres referem níveis mais negativos de estresse do que os homens, apesar de referirem melhor qualidade no sono, como se viu no item anterior. Não se observou diferença na percepção de estresse em função da faixa etária. Percepção do Nível de estresse 2004 Classificação Homens Mulheres Todos % n % N % n Raramente estressado / às vezes 1 89, , , Quase sempre / sempre 2 10, , ,6 321 p<0,001 entre sexos - 1 Percepção positiva; 2 Percepção negativa A prevalência de trabalhadores com percepção positiva ou negativa do nível de estresse por UR é apresentada na tabela a seguir. A tendência das mulheres terem mais problemas no gerenciamento do estresse se mantém para a maioria das UR s, com destaque negativo para a UR Meio-Oeste (7), UR Planalto Norte (9) e UR Rio do Sul (10), onde uma em cada três mulheres refere níveis elevados de estresse. Percepção do nível de estresse por UR Unidade Regional Homens (%) Mulheres (%) Total (%) Positiva Negativa Positiva Negativa Positiva Negativa 1. Blumenau 87,9 12,1 85,1 14,9 86,5 13,5 2. Brusque/Itajaí 86,6 13,4 84,6 15,4 85,9 14,1 3. Gde Florianópolis 90,8 9,2 86,8 13,2 88,8 11,2 4. Jaraguá do Sul 88,0 12,0 90,9 9,1 89,4 10,6 5. Joinville 91,5 8,5 90,2 9,8 91,0 9,0 6. Lages 85,6 14,4 97,4 2,6 88,3 11,7 7. Meio-Oeste 92,0 8,0 81,6 18,4 89,2 10,8 8. Oeste 92,2 7,8 87,0 13,0 89,4 10,6 9. Planalto Norte 88,5 11,5 79,2 20,8 85,8 14,2 10. Rio do Sul 84,0 16,0 68,5 31,5 75,6 24,4 11. Sul 89,1 10,9 85,9 14,1 88,3 11,7 18 ESTILOS DE VIDA E HÁBITOS DE LAZER DOS TRABALHADORES DA INDÚSTRIA CATARINENSE
21 Em síntese: Grupos de maior risco: Percepção negativa de estresse Homem < Mulher Jovem = Meia-idade Renda até R$ 1.300,00 = Renda > R$ 1.300, > Tabagismo O fumo é considerado o principal fator comportamental de risco à saúde. Os dados deste levantamento relativos ao tabagismo são animadores (apenas 13% referem fumar atualmente), tanto em relação à prevalência nacional, quanto aos dados de 1999 nesta população. Dados nacionais recentemente divulgados pelo INCA - Instituto Nacional do Câncer (Ministério da Saúde, 2004) indicam uma prevalência de 19% de fumantes, considerando a população de 16 capitais do país. Já os dados do diagnóstico de 1999 na população catarinense, indicavam uma prevalência de 20,7 % de fumantes. Na amostra geral, observa-se maior prevalência entre os homens (15%) do que entre as mulheres (9%), com tendência linear de aumento dessa prevalência com a idade (p<0,001). A proporção de fumantes é também maior entre as pessoas de menor renda - até R$ 1.300,00 (14,5%) do que no grupo de renda acima de R$ 1.300,00 (9,8%) (p<0,01). Prevalência de Tabagismo geral (p< 0,001 entre sexos) No tocante ao tabagismo, pode-se dizer que o grupo de risco nesta população inclui as pessoas do sexo masculino, com idade igual ou superior a 40 anos e da faixa de renda mais baixa. Na análise por região, observa-se menor prevalência de fumantes nas UR s da Grande Florianópolis e Joinville; e maior prevalência nas UR s do Meio-Oeste e Planalto Norte. INDICADORES DE SAÚDE & BEM-ESTAR RELATÓRIO GERAL 19
22 Unidade Regional Prevalência de tabagismo por UR Homens Mulheres Total (%) (%) (%) 1. Blumenau 17,6 8,4 12,9 2. Brusque/Itajaí 12,0 6,4 10,0 3. Grande Florianópolis 13,2 2,6 7,9 4. Jaraguá do Sul 10,8 7,8 9,4 5. Joinville 6,6 3,6 5,3 6. Lages 9,4 7,9 9,1 7. Meio-Oeste 23,9 21,9 23,4 8. Oeste 13,1 8,9 10,9 9. Planalto Norte 23,4 20,2 22,5 10. Rio do Sul 20,8 4,5 12,0 11. Sul 9,6 4,3 8,4 Em síntese: Grupos de maior risco: Tabagismo Homem > Mulher Jovem < Meia-idade Renda até R$ 1.300,00 > Renda > R$ 1.300, > Consumo de álcool A análise do consumo de bebidas alcoólicas considerou as respostas de duas questões relativas ao consumo médio semanal e a ingestão de cinco ou mais doses em uma mesma ocasião no período dos últimos 30 dias. O critério da Organização Mundial da Saúde para alcoolismo potencial considera os dois indicadores acima referidos. Para mulheres, o consumo de mais de sete doses por semana indica problema potencial de alcoolismo; para os homens, este limite é de 14 doses por semana. Entende-se por dose o equivalente a uma lata de cerveja, uma taça de vinho ou uma medida padrão de bebida destilada (cachaça, conhaque, whiskey, por exemplo). Consumo semanal de bebidas alcoólicas - Prevalência geral Classificação Homens Mulheres Todos % n % n % N Não ingere álcool 34, , , a 6 doses por semana 53, , , a 13 doses por semana 5,6 89 0,9 9 3, ou mais doses por semana 2,1 33 0,4 4 1,5 37 p< 0,001 entre sexos 20 ESTILOS DE VIDA E HÁBITOS DE LAZER DOS TRABALHADORES DA INDÚSTRIA CATARINENSE
23 Nesta população observou-se uma significativa melhora nesses indicadores, em relação aos dados de 1999, sendo mais preocupante o consumo exagerado ocasional (51% dos homens; 24,4% das mulheres; 41% do total) do que o consumo regular semanal acima do aceitável (2,1% dos homens afirmam ingerir 14 ou mais doses/semana; 1,3% das mulheres sete ou mais doses/semana). A diferença entre sexos é estatisticamente significativa (p<0,001) e repete a tendência de 1999 homens bebem mais que mulheres. Prevalência (%) de pessoas com consumo exagerado ocasional (5 ou mais doses de bebida numa ocasião, no último mês). (p< 0,001 entre sexos) Em síntese: Grupos de maior risco: Alcoolismo Potencial Homem > Mulher Jovem = Meia-idade Renda até R$ 1.300,00 < Renda > R$ 1.300, > Percepção de Bem-estar A percepção de bem-estar é um indicador importante do grau de satisfação com a vida e ajustamento social das pessoas. Neste levantamento foram considerados três contextos: o trabalho, o lar e o lazer. As percepções individuais foram registradas numa escala Likert, com cinco níveis: muito bem, bem, mais ou menos, mal e muito mal. A Percepção de Bem-estar no Trabalho geral Classificação Homens Mulheres Total % % % Muito bem / bem 83,0 81,8 81,6 Mais ou menos 15,3 17,4 16,1 Mal / Muito mal 1,8 0,7 1,4 p<0,05 entre sexos INDICADORES DE SAÚDE & BEM-ESTAR RELATÓRIO GERAL 21
24 B Percepção de Bem-estar no Lar geral Classificação Homens Mulheres Total % % % Muito bem / bem 86,5 82,3 84,9 Mais ou menos 12,6 16,2 13,9 Mal / Muito mal 0,9 1,5 1,1 p<0,001 entre sexos C Percepção de Bem-estar no Lazer geral Classificação Homens Mulheres Total % % % Muito bem / bem 87,1 88,5 87,8 Mais ou menos 10,5 10,7 10,6 Mal / Muito mal 2,0 0,7 1,6 Nos três contextos no trabalho, no lar e no lazer, observa-se uma pequena diminuição na percepção positiva de bem-estar em relação aos dados de 1999, com um deslocamento significativo na proporção das respostas da categoria Muito Bem para Bem. Pode-se considerar, entretanto, como sendo bastante positiva a percepção de bem-estar dos trabalhadores. A figura a seguir resume a prevalência de respostas positivas (muito bem / bem) quanto a percepção de bem-estar no trabalho, no lar e no lazer ,0 Prevalência de Percepção Positiva de Bem-estar (Muito Bem / Bem) geral 81,8 81,6 86,5 82, ,5 87,8 87,1 Trabalho Lar Lazer Homens Mulheres Todos A percepção de bem-estar nos três contextos é mais positiva entre àqueles com maior renda (>R$ 1.300,00); quanto à faixa etária, observaram-se diferenças significativas apenas na percepção de bem-estar no lar para as mulheres e no lazer para os homens (pior percepção entre aqueles com 40 anos ou mais). A tabela a seguir mostra a percepção positiva de bem-estar nos contextos analisados, por UR. Destaca-se, positivamente, os resultados da UR 3 (Grande Florianópolis). 22 ESTILOS DE VIDA E HÁBITOS DE LAZER DOS TRABALHADORES DA INDÚSTRIA CATARINENSE
25 Prevalência de Percepção Positiva de Bem-estar (Muito Bem / Bem) por UR Unidade Regional (UR) Trabalho (%) Lar (%) Lazer (%) 1. Blumenau 75,1 82,8 87,6 2. Brusque/Itajaí 81,7 86,8 91,8 3. Grande Florianópolis 90,8 90,1 94,7 4. Jaraguá do Sul 92,5 85,0 92,5 5. Joinville 88,2 86,6 91,4 6. Lages 80,0 86,1 87,9 7. Meio-Oeste 80,2 84,4 84,3 8. Oeste 83,6 85,1 86,9 9. Planalto Norte 84,4 84,4 82,5 10. Rio do Sul 64,5 81,8 85,5 11. Sul 85,5 83,8 88,0 III ATIVIDADES FÍSICAS & LAZER Transporte para o Trabalho As respostas quanto ao transporte para o trabalho incluíram quatro categorias: a pé ou de bicicleta (transporte ativo) e ônibus ou carro / moto (transporte motorizado). Os dados indicadores de transporte ativo mostram tendência negativa quando comparados com o relatório de 1999, reduzindo de 42% (1999) para 33,8% (2004) a proporção de sujeitos que se desloca a pé ou de bicicleta para o trabalho. O aumento no número de pessoas utilizando ônibus aparentemente explica esta diferença (este grupo aumentou de 32,6% em 1999 para 42,4% em 2004). Os homens utilizam mais o transporte ativo nesta população, como se pode ver na tabela a seguir. ATIVIDADES FÍSICAS & LAZER Transporte para o trabalho Classificação Homens Mulheres Todos % n % n % n A pé 19, , ,7 530 De bicicleta 14, , ,1 337 Ônibus 39, , , Carro / moto 26, , ,8 610 p<0,001 entre sexos RELATÓRIO GERAL 23
26 Transporte ativo para o trabalho por UR Unidade Regional Homens (%) Mulheres (%) Total (%) 1. Blumenau 9,9 13,7 11,8 2. Brusque/Itajaí 23,9 25,6 24,5 3. Grande Florianópolis 42,1 27,6 34,8 4. Jaraguá do Sul 36,1 41,6 38,8 5. Joinville 24,7 18,1 21,8 6. Lages 44,8 11,1 37,5 7. Meio-Oeste 33,2 31,5 32,7 8. Oeste 37,0 28,8 32,6 9. Planalto Norte 38,0 44,1 39,8 10. Rio do Sul 58,5 53,9 56,0 11. Sul 35,1 53,2 39,3 A prevalência de transporte ativo (a pé ou de bicicleta) para o trabalho, por Unidade Regional (tabela anterior), mostrou diferenças significativas entre as UR s, com destaque negativo para a UR de Blumenau (11,8%) e positivo para UR de Rio do Sul (56%). O tempo de deslocamento para o trabalho está na tabela a seguir. Classificação Tempo de deslocamento para o trabalho Homens Mulheres Todos % n % n % n < 15 minutos 49, , , minutos 31, , , minutos 11, , ,0 332 > 45 minutos 8, ,0 86 8,4 215 p<0,001 entre sexos Características do Trabalho Observa-se que uma fração significativa dos trabalhadores desenvolve tarefas laborais essencialmente sedentárias (32,1%), principalmente no grupo das mulheres (42,7%). Uma proporção maior de homens, por sua vez, realiza tarefas que demandam maior gasto energético (15,2%), como pode ser visto na tabela a seguir. Classificação Características do trabalho Homens Mulheres Todos % n % n % n Trabalho sedentário 25, , ,1 816 Trabalho moderadamente ativo 59, , , Trabalho pesado 15, , ,0 330 p<0,001 entre sexos O trabalho pesado é mais prevalente entre as pessoas com 40 anos ou mais, com menor escolaridade e menor renda familiar (p<0,01). As pessoas nesse grupo referem percepção de saúde mais negativa, fumam mais e assistem mais televisão que os demais grupos. 24 ESTILOS DE VIDA E HÁBITOS DE LAZER DOS TRABALHADORES DA INDÚSTRIA CATARINENSE
27 Características do trabalho - por UR Unidade Regional (UR) Homens (%) Mulheres (%) Total (%) 1* Blumenau 21,1 63,3 15,6 51,6 44,2 4,2 36,8 53,5 9,7 2. Brusque/Itajaí 22,9 60,0 17,1 39,7 55,1 5,1 28,9 58,3 12,8 3. G Florianópolis 39,5 51,3 9,2 57,9 38,2 3,9 48,7 44,7 6,6 4. Jaraguá do Sul 32,5 59,0 8,4 42,9 53,2 3,9 37,5 56,3 6,3 5. Joinville 46,7 44,8 8,6 66,7 28,4 4,9 55,4 37,6 7,0 6. Lages 22,8 56,7 20,5 52,6 36,8 10,5 29,7 52,1 18,2 7. Meio-Oeste 17,3 66,5 16,2 35,6 50,5 13,9 22,2 62,3 15,6 8. Oeste 33,6 57,8 8,6 39,2 44,8 16,1 36,5 50,9 12,5 9. Planalto Norte 22,8 58,7 18,5 29,8 53,6 16,7 24,9 57,1 17,9 10. Rio do Sul 21,3 58,7 20,0 37,1 53,9 9,0 29,9 56,1 14,0 11. Sul 24,2 59,6 16,2 28,6 63,7 7,7 25,2 60,6 14,2 * 1 Trabalho sedentário; 2 - Moderadamente Ativo; 3 - Trabalho Pesado Prática de Exercícios Físicos ou Esportes A prática de exercícios ou esportes está associada à redução das doenças crônico-degenerativas e promoção da qualidade de vida, devendo ser incentivada em todas as idades, como tem sido feito no Programa LAZER ATIVO do SESI-SC. Nota-se um aumento significativo na proporção de trabalhadores que afirmam realizar alguma atividade física de lazer (exercícios físicos ou esportes). Reduziu-se de 46,4% em 1999 para apenas 32,4% os que referem não realizar atividades físicas no lazer. Este dado é ainda mais relevante para o sexo feminino (redução de inativas no lazer de 67% para 46,4%). Os homens tendem a ser mais ativos no lazer, como se pode observar na tabela a seguir. ATIVIDADES FÍSICAS & LAZER Prática de Exercícios ou Esporte no Lazer RELATÓRIO GERAL 25
28 Considera-se como regular e adequada para a saúde uma prática de exercícios / esportes em três a cinco dias por semana. Se a prática for de atividades apenas moderadas (caminhar, por exemplo), esta freqüência deve ser de, no mínimo, cinco dias na semana (30 minutos ou mais por dia). A freqüência na prática de exercícios ou esportes entre os que afirmam praticar (67,6% do total) está na tabela a seguir. Freqüência na prática de exercícios / esportes 2004 Classificação* Homens Mulheres Total % % % 1 2 vezes/semana 72,6 69,2 71,5 3 5 vezes/semana 23,0 25,4 23,7 > 5 vezes/semana 4,4 5,5 4,8 * entre os que relataram praticar exercícios ou esportes. A tabela a seguir mostra a proporção de trabalhadores nos diversos níveis de prática de exercícios ou esportes relatados por Unidade Regional. Observa-se que as UR s 1 (Blumenau) e 2 (Brusque/Itajaí) são as que apresentam maior proporção de sujeitos que afirmam ser inativos no lazer. Positivamente, pode-se destacar as UR s 5 (Joinville) e 7 (Meio-Oeste). Unidade Regional Prática de exercícios / esportes - por UR Homens (%) Mulheres (%) Total (%) 1* Blumenau 20,9 52,7 26,4 13,7 32,6 53,7 17,2 42,5 40,3 2. Brusque/Itajaí 22,0 53,2 24,8 9,0 29,5 61,5 17,4 44,7 37,9 3. G Florianópolis 25,0 51,3 23,7 11,8 39,5 48,7 18,4 45,4 36,2 4. Jaraguá do Sul 32,5 44,6 22,9 14,3 42,9 42,9 23,8 43,8 32,5 5. Joinville 32,4 50,5 17,1 23,5 42,0 34,6 28,5 46,8 24,7 6. Lages 23,0 53,2 23,8 10,5 44,7 44,7 20,1 51,2 28,7 7. Meio-Oeste 23,6 53,6 22,9 12,5 50,0 37,5 20,6 52,6 26,8 8. Oeste 32,3 43,1 24,6 10,3 43,2 46,6 20,7 43,1 36,2 9. Planalto Norte 19,9 48,2 31,9 7,1 45,2 47,6 16,0 47,3 36,7 10. Rio do Sul 18,2 61,0 20,8 9,0 49,4 41,6 13,3 54,8 31,9 11. Sul 27,2 50,0 22,8 10,9 38,0 51,1 23,4 47,2 29,4 * 1 - Sim, regularmente; 2 - Sim, às vezes; 3 - Não Em síntese: Grupos de maior risco: Inatividade Física no Lazer Homem < Mulher Jovem < Meia-idade Renda até R$ 1.300,00 > Renda > R$ 1.300, > ESTILOS DE VIDA E HÁBITOS DE LAZER DOS TRABALHADORES DA INDÚSTRIA CATARINENSE
29 3.4 Preferências nas atividades de lazer ativo praticadas A análise da preferência nas atividades de lazer mostra uma clara diferença entre indivíduos de cada sexo, com predominância de prática de atividades físicas entre os homens. Estes preferem exercícios e práticas esportivas mais tradicionais, enquanto as mulheres preferem atividades moderadas, como a caminhada. No geral, 31,4% dos sujeitos apontam sua preferência por exercícios e esportes tradicionais (futebol, voleibol, ginástica, corrida, etc.); 22,3% preferem atividades físicas moderadas (caminhada, andar de bicicleta, dançar, pescar, jardinagem, etc.); apenas 1,1% indicam preferir esportes alternativos (escalada, rafting, frescobol, lutas, surfe, etc.). Os demais, não responderam (8,5%) ou mencionaram atividades de lazer passivas (jogos de salão, assistir televisão, ouvir música, ler, etc.). Há uma tendência de aumentar a preferência por atividades moderadas (homens) ou atividades sedentárias (ambos os sexos) com o passar da idade. Preferências nas atividades de lazer, por faixa etária e sexo Classificação < 40 anos 40 + anos Total Masc Femin Masc Femin Masc Femin 1. Exercícios e esportes tradicionais 48,8 9,0 26,4 6,7 44,9 8,8 2. Atividades de lazer moderadas 13,7 33,5 28,5 25,0 16,3 32,3 3. Esportes alternativos 1,7 0,2 1,4 1,6 0,2 4. Outras atividades / não responderam 35,9 57,3 43,7 68,3 37,2 58,7 ATIVIDADES FÍSICAS & LAZER Local de preferência para atividades físicas Classificação Homens (%) Mulheres (%) Total (%) Instalações do SESI 14,5 10,2 12,9 Instalações da Indústria 16,1 12,2 14,6 Clubes / academias 30,7 37,6 33,2 Ruas e parques 17,6 20,2 18,6 Outros 17,2 12,2 15,3 Não pretende praticar 4,0 7,6 5,3 p<0,001 entre sexos RELATÓRIO GERAL 27
30 Comparando-se com os dados de 1999, observa-se um aumento na indicação das instalações do SESI e de Clubes/academias como locais de preferência. Pelas respostas dadas, apenas 5% dos sujeitos indicam que não pretendem praticar atividades físicas nos próximos meses, colocando-se no estágio de mudança de comportamento referido como pré-contemplação (maior proporção entre as mulheres). Como prefere praticar atividades físicas no lazer Classificação Homens Mulheres Total % % % Sozinho(a) 12,4 7,9 10,7 Com parceiro(a) 23,5 26,8 24,7 Em grupo 60,7 59,3 60,2 Não pretende praticar 3,5 6,1 4,4 p<0,001 entre sexos Aumentou a preferência em realizar atividades físicas na companhia de um parceiro ou em grupo (84,9%) em relação a 1999 (62,8%). Isto está de acordo com a proposta do Lazer Ativo: buscar a companhia de amigos e familiares na prática de atividades de lazer. Tempo assistindo televisão dia de semana Classificação Homens Mulheres Total % % % Até 1h 35,0 46,6 39,3 2 horas 30,8 27,7 29,6 3 horas 18,5 14,3 17,0 4 horas 8,0 5,4 7,0 5 horas 3,3 2,7 3,1 6 horas 3,3 1,5 2,6 7 horas ou mais 1,2 1,7 1,4 p<0,001 entre sexos Tempo assistindo televisão fim de semana Classificação Homens Mulheres Total % % % Até 1h 10,2 10,9 10,4 2 horas 16,1 17,0 16,4 3 horas 21,5 19,1 20,6 4 horas 20,1 19,1 19,7 5 horas 11,5 13,0 12,1 6 horas 10,1 9,5 9,9 7 horas ou mais 10,5 11,4 10,8 Durante a semana, predomina o tempo de até 2 horas assistindo televisão (68,9%), com mais tempo despendido no final de semana. Considera-se como recomendável um tempo inferior a duas horas diárias assistindo televisão. 28 ESTILOS DE VIDA E HÁBITOS DE LAZER DOS TRABALHADORES DA INDÚSTRIA CATARINENSE
31 3.5 Ginástica na Empresa e Informações do Lazer Ativo As questões 38 a 41 referiam-se ao oferecimento pela empresa e participação nas atividades de Ginástica na Empresa e do Lazer Ativo. Os trabalhadores referem que 41,8% das empresas oferecem programas de ginástica laboral, sendo 20,5% do Programa SESI-GE. Em geral, as mulheres participam mais das atividades da GE do que os homens. A empresa oferece Ginástica Laboral? Você participa na GE Classificação Homens Mulheres Total % % % Não 67,6 54,9 62,8 Sim regularmente 22,5 33,8 26,8 Sim às vezes 9,9 11,3 10,4 p<0,001 entre sexos ATIVIDADES FÍSICAS & LAZER Ouviu falar no Lazer Ativo? % (p<0,001 entre sexos) Considera-se bastante positiva a proporção de trabalhadores que afirma ter ouvido falar no Programa Lazer Ativo do SESI (40,4%). Do total de trabalhadores, 23% afirmam ter participado de alguma atividade do Programa Lazer Ativo. RELATÓRIO GERAL 29
32 Participou de atividades do Lazer Ativo? Classificação Homens Mulheres Total % % % Não 69,3 78,3 72,6 Sim 26,7 16,7 23,0 Não sei 4,0 5,0 4,4 p<0,001 entre sexos IV CONTROLE DE PESO E HÁBITOS ALIMENTARES 4.1 Peso, Estatura e Índice de Massa Corporal (IMC) O peso (em kg) e a estatura (em metros) foram referidos pelos sujeitos. Este procedimento tem sido validado para diversas populações a partir da adolescência. O IMC foi calculado dividindo-se o peso pela estatura elevada ao quadrado (kg/m 2 ). Observa-se, nos dados desta amostra, um aumento médio no peso, tanto para os homens (1,1 kg), quanto para as mulheres (1,6 kg), com um correspondente aumento no IMC, em relação aos dados de Esta tendência segue o que tem sido observado nas últimas décadas, tanto em países desenvolvidos, como no Brasil, alertando para a crescente incidência de casos de obesidade. Os valores das variáveis: peso, estatura e IMC, em escala contínua, são apresentados na tabela a seguir. Peso, Estatura e IMC Escala contínua Variável Homens Mulheres Min-max Média DP Min-max Média DP Peso (kg) ,9 11, ,9 10,7 Estatura (m) 1,50-1,99 1,74 0,07 1,38-1,88 1,63 0,07 IMC (kg/m 2 ) 14,7-42,1 24,8 3, ,6 23,3 4,0 p<0,001 entre sexos IMC Prevalência de casos conforme classificação da OMS Classificação Homens Mulheres Total % % % Baixo peso (<18,5) 1,7 5,9 3,2 Recomendável (18,5-24,9) 55,4 67,8 59,9 Sobrepeso (25-29,9) 35,7 19,8 29,9 Obesidade (30+) 7,3 6,6 7,0 p<0,001 entre sexos 30 ESTILOS DE VIDA E HÁBITOS DE LAZER DOS TRABALHADORES DA INDÚSTRIA CATARINENSE
33 Dados recentes da população brasileira indicam uma prevalência de sobrepeso/obesidade igual a 40% (Ministério da Saúde, 2004). Para esta amostra, a prevalência foi de 36,9%. Em comparação com os dados de 1999, houve um aumento na prevalência de sobrepeso/obesidade, tanto para homens (43% X 38,3% em 1999) quanto para mulheres (26,4% X 21,9% em 1999). Este problema é particularmente mais grave nas UR s 6 - Lages (40,6%) e 11 - Sul (44,7%). No Anexo 4 encontram-se os dados principais de cada Unidade Regional. Variação do IMC (valor médio), por sexo: CONTROLE DE PESO E HÁBITOS ALIMENTARES 4.2 Satisfação com o Peso Daqueles que não estão satisfeitos com seu peso uma proporção maior gostaria de diminuí-lo (34,5% em 2004 X 29,9% em 1999), confirmando a tendência de aumento do sobrepeso nos últimos cinco anos. Pode-se observar que, relativamente, mais mulheres estão insatisfeitas e tentando perder peso, apesar de ser nos homens a maior prevalência de sobrepeso. Classificação Satisfação com o peso Homens Mulheres Total % % % Sim 59,7 42,2 53,2 Não, quer aumentar 13,9 9,6 12,3 Não, quer diminuir 26,4 48,2 34,5 p<0,001 entre sexos RELATÓRIO GERAL 31
34 Variação na satisfação com o peso: % Observa-se que uma proporção maior de mulheres está tentando perder peso (p<0,001 entre sexos), apesar de estar entre os homens a maior prevalência de sobrepeso e obesidade. Comparados com os dados de 1999, observa-se um aumento na proporção de pessoas que afirmam querer perder peso. Em geral, 32,1% dos respondentes estão tentando perder peso (2004); este valor era de 28,6% em Os dados por sexo estão na figura a seguir. Variação na proporção de pessoas que referiram estar tentando perder peso % Em síntese: Grupos de maior risco: Sobrepeso & Obesidade Homem > Mulher Jovem < Meia-idade Renda até R$ 1.300,00 = Renda > R$ 1.300, < ESTILOS DE VIDA E HÁBITOS DE LAZER DOS TRABALHADORES DA INDÚSTRIA CATARINENSE
35 4.3 Hábitos alimentares Os hábitos alimentares foram investigados nas questões 46 a 55 do questionário. O foco foi na freqüência de consumo de determinados grupos de alimentos, sabidamente relacionados com a saúde individual. Investigou-se, também, o número de refeições completas e lanches feitos por dia, considerando-se como recomendável duas a três refeições e dois a três lanches num dia típico. Classificação Refeições completas por dia Homens Mulheres Total % % % Nenhuma 1,9 2,1 2,0 1 12,2 16,2 13,7 2 36,6 31,8 34,8 3 38,0 38,8 38,3 4 7,3 7,1 7,2 5 3,9 3,9 3,9 CONTROLE DE PESO E HÁBITOS ALIMENTARES Predomina o hábito de fazer duas ou três refeições completas por dia (o que é positivo), não havendo diferença neste padrão por sexo. Entretanto, 15,7% dos trabalhadores referem não fazer ou fazer apenas uma refeição completa por dia (o que é negativo). Predomina na amostra o hábito de fazer um ou dois lanches por dia (tabela a seguir). Lanches por dia Classificação Homens Mulheres Total % % % Nenhum 19,9 16,6 18,6 1 36,0 37,9 36,7 2 28,8 30,8 29,5 3 9,7 8,8 9,4 4 2,8 2,5 2,7 5 2,8 3,4 3,1 Os itens a seguir tratam da freqüência de consumo de certos alimentos caracterizadores de uma alimentação saudável. Alguns indicadores são considerados positivos, como o consumo de frutas e verduras; outros são considerados indicadores negativos, como a ingestão de doces e refrigerantes. O ponto de corte adotado nesta análise de freqüência alimentar é de cinco dias ou mais na semana, ou seja: espera-se que as pessoas consumam frutas, verduras, saladas verdes, etc. (indicadores positivos) cinco ou mais dias da semana. Por outro lado, espera-se que as pessoas consumam alimentos negativos (doces, salgadinhos) numa freqüência menor que cinco dias por semana. RELATÓRIO GERAL 33
36 O primeiro item analisado é o da freqüência de café da manhã completo, sabidamente um indicador importante para a saúde e disposição para o trabalho. Entretanto, um terço (33,2%) dos trabalhadores nesta amostra afirma não tomar café da manhã completo em nenhum dia da semana. Café da manhã completo (dias da semana) Classificação Homens Mulheres Total % % % Nenhum 33,2 33,2 33,2 1 10,8 11,8 11,2 2 10,6 12,2 11,2 3 6,7 6,0 6,4 4 4,2 2,4 3,5 5 9,8 7,2 8,8 6 5,7 2,9 4,7 7 19,1 24,3 21,0 p<0,001 entre sexos Apenas 34,5% referem tomar café da manhã completo com freqüência semanal igual ou superior a 5 dias. Mais de 50% dos trabalhadores (55,6%) raramente o fazem. Esta característica teve seu perfil piorado em relação aos dados de 1999, quando 32,1% afirmavam raramente/às vezes fazer esta refeição. Neste item, os mais velhos têm um perfil mais positivo em relação aos de idade inferior a 40 anos. Homens e mulheres não diferem. Consumo de frutas e sucos naturais (dias da semana) Classificação Homens Mulheres Total % % % Nenhum 9,8 7,1 8,8 1 13,5 11,9 12,9 2 20,6 16,9 19,2 3 19,5 18,7 19,2 4 9,9 10,7 10,2 5 11,6 13,9 12,5 6 3,9 3,8 3,9 7 11,1 17,0 13,3 p<0,001 entre sexos Nesta amostra, menos de um terço das pessoas afirmam consumir frutas ou sucos naturais em 5 ou mais dias da semana. As mulheres e as pessoas de idade igual ou maior que 40 anos apresentam um perfil mais positivo no consumo de frutas e sucos naturais, assim como de verduras e saladas verdes, mas este indicador poderia ser melhor (menos de 30% incluem frutas e aproximadamente 55% incluem verduras e saladas verdes nas refeições em cinco ou mais dias da semana). 34 ESTILOS DE VIDA E HÁBITOS DE LAZER DOS TRABALHADORES DA INDÚSTRIA CATARINENSE
37 Consumo de verduras e saladas verdes (dias da semana) Classificação Homens Mulheres Total % % % Nenhum 6,9 5,4 6,3 1 5,6 4,4 5,1 2 11,2 10,3 10,9 3 13,5 11,0 12,6 4 10,7 8,1 9,7 5 18,4 20,0 19,0 6 10,2 8,9 9,7 7 23,4 31,9 26,6 p<0,001 entre sexos As tabelas a seguir resumem a freqüência no consumo de diversos grupos de alimentos considerados negativos para a saúde individual seja pela densidade calórica, pela quantidade de gordura saturada (salsicha, hambúrguer, carne bovina, frituras) ou de açúcar (refrigerantes, doces e tortas). Os resultados indicam comportamentos bastante positivos para a grande maioria das pessoas neste grupo, considerando como consumo de risco, a freqüência de cinco ou mais dias na semana. CONTROLE DE PESO E HÁBITOS ALIMENTARES Consumo de salsicha, cachorro quente, hambúrguer (dias da semana) Classificação Homens Mulheres Total % % % Nenhum 33,5 31,9 32,9 1 36,1 39,0 37,2 2 16,1 16,2 16,1 3 7,6 7,6 7,6 4 3,4 2,3 3,0 5 1,8 1,6 1,7 6 0,9 0,7 0,8 7 0,8 0,7 0,7 Observa-se na tabela acima, uma baixa freqüência no consumo de salsichas e hambúrgueres, em geral e para ambos os sexos. Observa-se uma redução significativa no consumo em 5 ou mais dias de 8,6% para 3,2% dos sujeitos, de 1999 para Consumo de carne bovina (dias da semana) Classificação Homens Mulheres Total % % % Nenhum 1,8 3,3 2,3 1 4,1 9,0 5,9 2 14,2 21,8 17,0 3 26,0 29,4 27,3 4 19,9 17,9 19,2 5 16,4 10,6 14,2 6 8,0 2,7 6,0 7 9,6 5,3 8,0 p<0,001 entre sexos RELATÓRIO GERAL 35
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