UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO MATEUS PELISSARI DE MACEDO

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1 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO MATEUS PELISSARI DE MACEDO RELAÇÃO ENTRE TAXA DE PRENHEZ, CATEGORIA E ESCORE CORPORAL DE BOVINOS SUBMETIDOS À INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO (IATF) CURITIBA 2016

2 MATEUS PELISSARI DE MACEDO RELAÇÃO ENTRE TAXA DE PRENHEZ, CATEGORIA E ESCORE CORPORAL DE BOVINOS SUBMETIDOS À INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO (IATF) Trabalho de Conclusão de Curso e Relatório de Estágio Curricular Supervisionado apresentado ao Curso de Medicina Veterinária da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito avaliativo parcial do 9º semestre para obtenção do título de Bacharel em Medicina Veterinária. Orientador: Msc. João Filipi Scheffer Pereira CURITIBA 2016

3 Reitoria Sr. Luiz Guilherme Rangel dos Santos Pró-Reitor Administrativo Sr. Carlos Eduardo Rangel Santos Pró-Reitoria Acadêmica Profª. Carmen Luiza da Silva Pró-Reitor de Planejamento Sr. Afonso Celso Rangel dos Santos Pró- Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão Profª. Carmen Luiza da Silva Secretário Geral Sr. Bruno Carneiro da Cunha Diniz Diretor da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde Prof. João Henrique Faryniuk Coordenador do Curso de Medicina Veterinária Prof. Welington Hartmann CAMPUS BARIGUI Rua Sydnei A Rangel Santos Santo Inácio CEP Curitiba - PR FONE: (41)

4 TERMO DE APROVAÇÃO MATEUS PELISSARI DE MACEDO RELAÇÃO ENTRE TAXA DE PRENHEZ, CATEGORIA E ESCORE CORPORAL DE BOVINOS SUBMETIDOS À INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO (IATF) Este trabalho de conclusão de curso foi julgado e aprovado para a obtenção do título de Bacharel no Curso de Bacharelado em Medicina Veterinária da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná. Curitiba, 30 de junho de 2016 COMISSÃO EXAMINADORA: Orientador Prof. Msc. João Filipi Scheffer Pereira UTP Universidade Tuiuti do Paraná Prof. Dr. Odilei Rogério Prado UTP Universidade Tuiuti do Paraná Prof. Liedge Simioni UTP Universidade Tuiuti do Paraná

5 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus pela oportunidade da vida, sustentando o caminho para as minhas realizações. Aos meus familiares que me apoiaram para a formação acadêmica. Aos mestres que se dedicaram ao lecionar os conteúdos da medicina veterinária para mim e meus colegas, transmitindo com prazer sua sabedoria. Todos estes, desde os professores e funcionários da Faculdade Evangélica do Paraná como os da Universidade Tuiuti do Paraná. Aos meus colegas e amigos da universidade e da vida pessoal, que são os que também me auxiliam nas reflexões das dificuldades e positividades do dia a dia. E em especial, ao meu Professor orientador Msc João Filipi S. Pereira que me mostrou as direções e auxiliou no desenvolvimento de atividades realizadas, estágio curricular e ao presente trabalho. E ao médico veterinário Dieggo Ricardo M. da Silva, profissional supervisor do estágio curricular, que me ensinou sobre a realidade da rotina de um médico veterinário atuante no interior do estado.

6 RESUMO O presente estudo analisa a relação das taxas de prenhez (TP) de diferentes categorias e escores de condição corporal (ECC) de bovinos submetidos à inseminação artificial em tempo fixo (IATF). As categorias principais são fêmeas nulíparas, primíparas e multíparas. Esta análise surgiu da necessidade de aprimorar os resultados obtidos em grande parte das propriedades de bovinocultura de corte que possuem uma ou mais destas categorias. O objetivo do estudo é de avaliar as condições favoráveis e as desfavoráveis de cada uma das classificações dos animais, partindo para possíveis soluções. Através de dados de 1360 fêmeas bovinas submetidas à IATF, no interior do estado do Paraná, foi realizada a análise descritiva dos dados, apresentando em tabelas e gráficos, a taxa de prenhez do rebanho avaliado, por categoria e a relação com ECC. As multíparas apresentaram 52% de TP (62,35% do rebanho), primíparas 49,7% de TP (10,95% do rebanho) e nulíparas 49,3% (26,7% do rebanho). As taxa de prenhez para ECC 2 (60%), ECC 2,5 (54%), ECC 3 (50,8%), ECC 3,5 (43,4%) e ECC 4 (48,5%). Conclui-se que a escolha do protocolo depende da categoria e ECC dos animais a serem submetidos a IATF. A utilização de ecg pode determinar bons resultados para fêmeas bovinas em baixos ECC. O ECC por sua vez, é um fator determinante na eficiência reprodutiva. Palavras-chave: Taxa de prenhez;bovinos; categorias; escore de condição corporal; IATF.

7 ABSTRACT This study analyzes the relationship of pregnancy rates (TP) of different categories and body condition score (BCS) of cattle submitted to artificial insemination in fixed time (TAI). The main categories are nulliparous, primiparous and multiparous females. This analysis resulted from the need to improve the results obtained in a large part of beef cattle properties that have one or more of these categories. The aim of the study is to assess the conditions favorable and unfavorable ratings of each of the animals leaving for possible solutions. Through data 1360 cows submitted to TAI within the state of Paraná, the descriptive analysis of data was performed, presenting in tables and graphs, the herd pregnancy rate assessed by category and the relationship with ECC. Multiparous showed 52% of TP (62.35% of the herd), gilts 49.7% of TP (10.95% of the herd) and nulliparous 49.3% (26.7% of the herd). The pregnancy rate for ECC 2 (60%), ECC 2.5 (54%), 3 ECC (50.8%), ECC 3.5 (43.4%) and 4 ECC (48.5%). It concludes that the choice of protocol depends on the category and ECC of animals to be subjected to TAI. The use of ecg can determine good results for cows at low ECC. The ECC in turn, is a key factor in reproductive efficiency Keywords: Pregnancy rate; cattle; categories; body condition score; FTAI

8 LISTA DE ABREVIATURAS E2 Estrógeno ECC Escore de Condição Corporal EM Estação de Monta FSH Hormônio Folículo Estimulante GnRH Hormônio Liberador da Gonadotrofina IATF Inseminação Artificial em Tempo Fixo IEP Intervalo Entre Partos IPP Idade ao Primeiro Parto LH Hormônio Luteínizante MP Multíparas NL Nulíparas P4 Progesterona PGF2α Prostaglandina F2α PIB Produto Interno Bruto PM Primíparas RTB Retirada Temporária do Bezerro TE Transferência de Embrião TP Taxa de Prenhez

9 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - INTER-RELAÇÕES NO CONTROLE DA FUNÇÃO REPRODUTIVA DA FÊMEA FIGURA 2 - PROTOCOLO IATF FIGURA 3 TAXA DE PRENHEZ POR CATEGORIA E MÉDIA DO REBANHO FIGURA 4 RELAÇÃO DA TAXA DE PRENHEZ (TP) E ESCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL (ECC) FIGURA 5 - CARGA HORÁRIA DO ESTÁGIO POR ATIVIDADES FIGURA 6 - NÚMERO DE PROCEDIMENTOS DESENVOLVIDOS FIGURA 7 - EMPRESA FERMACON AGROPECUÁRIA FIGURA 8 - MATERIAIS E ESTRUTURA PARA A REALIZAÇÃO DE IATF EM BOVINOS DE CORTE FIGURA 9 - LOTE DE FÊMEAS BOVINAS SELECIONADAS PARA IATF FIGURA 10 - BEZERROS PRODUZIDOS A PARTIR DE IATF FIGURA 11 - PROPRIEDADE DE BOVINOCULTURA DE LEITE ONDE FORAM REALIZADOS EXAMES GINECOLÓGICOS FIGURA 12 - PROCEDIMENTO DE DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO EM BOVINO FIGURA 13 - IMAGEM ULTRASSONOGRAFICA DE FETO BOVINO COM 60 DIAS DE GESTAÇÃO FIGURA 14 - ASSESSORIA TÉCNICA PARA AQUISIÇÃO DE NOVILHAS RECRIADAS FIGURA 15 - ASSESSORIA TÉCNICA PARA AQUISIÇÃO DE EQUINO DE MODALIDADE ESPORTIVA FIGURA 16 - ÉGUA DOADORA DE EMBRIÃO PARA TE FIGURA 17 - AVALIAÇÃO DE FILTRADO UTERINO DA FÊMEA EQUINA PARA TE FIGURA 18 - VACAS HOLANDESAS SUBMETIDAS AO EXAME DE BRUCELOSE E TUBERCULOSE FIGURA 19 - PROLAPSO VAGINAL EM VACA NELORE FIGURA 20 - CORREÇÃO ODONTOLÓGICA EM EQUINO (CORREÇÃO DE ESMALTE DENTÁRIO, EXTRAÇÃO DE DENTES DE LOBO E EXTRAÇÃO DE CAPA DE 4º PRÉ-MOLAR)... 63

10 FIGURA 21 - VACA COM QUADRO DE HIPOCALCEMIA PÓS-PARTO FIGURA 22 - VACA COM QUADRO CLÍNICO DE MASTITE... 64

11 LISTA DE TABELAS TABELA 1 - NÚMERO E FREQUÊNCIA DE FÊMEAS POR CATEGORIA E TOTAL DO REBANHO...33 TABELA 2 RELAÇÃO DA TAXA DE PRENHEZ E ESCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL (ECC)...34

12 SUMÁRIO CAPÍTULO I: RELAÇÃO ENTRE TAXA DE PRENHEZ, CATEGORIA E ESCORE CORPORAL DE BOVINOS SUBMETIDOS À INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO (IATF) INTRODUÇÃO REVISÃO BIBLIOGRÁFICA CICLO ESTRAL Puberdade ENDOCRINOLOGIA DO CICLO ESTRAL Glândulas endócrinas Fisiologia dos hormônios reprodutivos femininos INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO (IATF) DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO Não retorno ao cio Palpação retal Ultrassonografia transretal Dosagem de progesterona Taxa de prenhez CATEGORIAS DE FÊMEAS BOVINAS Novilhas Vacas primíparas Vacas multíparas METODOLOGIA RESULTADOS DISCUSSÃO CONCLUSÃO REFERÊNCIAS CAPÍTULO II: RELATÓRIO DE ESTÁGIO INTRODUÇÃO INFORMAÇÕES DO ESTÁGIO ATIVIDADES DESENVOLVIDAS... 50

13 3.1 Responsabilidade Técnica Empresarial IATF Exame Ginecológico Diagnóstico de Gestação Assessoria Técnica Transferência de Embrião Equino Manejo Sanitário Clínica Médica CONSIDERAÇÕES FINAIS... 65

14 12 CAPÍTULO I: RELAÇÃO ENTRE TAXA DE PRENHEZ, CATEGORIA E ESCORE CORPORAL DE BOVINOS SUBMETIDOS À INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO (IATF)

15 13 1 INTRODUÇÃO Em 2014, o Brasil atingiu o número de 212,3 milhões de cabeças bovinas, mantendo-se em segundo lugar no ranking mundial (IBGE, 2014). Mais de 10% do rebanho nacional foi ao abate neste mesmo ano, contabilizando bovinos. No ano seguinte (2015) o índice diminuiu, permanecendo em pouco menos de 25 milhões de abates e até o momento atual, em meados de maio de 2016, os índices estão em torno de 8 milhões (ABIEC, 2016). O estado do Paraná é detentor de 9,1 milhões de cabeças bovinas, equivalente a 4,3% do país, ocupando a décima posição no ranking nacional (IBGE, 2014). O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio no Brasil em 2014 representou aproximadamente 23% do PIB total brasileiro. As atividades agrícolas representam 70% e a pecuária cerca de 30% do produzido no ano (MAPA, 2014). Um dos fatores mais importantes na produção de gado de corte é a reprodução. A rentabilidade da atividade é diretamente influenciada pela expectativa de vida da fêmea reprodutora e a capacidade de desmamar um bezerro comercializável por ano (ATKINS; POHLER; SMITH, 2013). Para melhorar o desempenho reprodutivo e aumentar a taxa de desfrute de bovinos de corte, é importante utilizar tecnologias associadas ao planejamento nutricional e sanitário (BONATO, SANTOS, 2011). Diferenças nos resultados entre as categorias de fêmeas podem estar relacionadas a idade de puberdade, estresse ao parto, efeitos combinados de demanda energética para primeira lactação e crescimento, anestro pós-parto prolongado, escore de condição corporal, entre outras (BRAUNER et al., 2008; OLIVEIRA; BONATO, SANTOS, 2011; GRILLO et al., 2014). O presente estudo tem como objetivo avaliar a relação da taxa de prenhez, categoria e escore corporal de fêmeas bovinas submetidas à inseminação artificial em tempo fixo.

16 14 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 CICLO ESTRAL O ciclo estral representa a ciclicidade ovariana que leva os animais do sexo feminino partir de um período reprodutivo não receptivo ao receptivo permitindo que as fêmeas estejam preparadas para conceber um embrião e estabelecer gestação (FORDE et al., 2011). O ciclo é iniciado quando o animal atinge a puberdade, fato que ocorre quando a fêmea possui de 30% a 50% do peso adulto (NOGUEIRA, 2004), no entanto, a maturidade sexual é atingida somente quando a fêmea possui aproximadamente 60 a 65% do peso adulto (LOPES; FERREIRA; RAYMUNDO, 2015). O ciclo sexual dos bovinos tem duração normal de 18 a 24 dias, compreendendo duas fases principais: Fase luteal (14 a 18 dias) e fase folicular (4 a 6 dias). A fase luteal é o período em que o corpo lúteo está presente (formado após a ovulação) e os níveis de progesterona estão altos, enquanto que a fase folicular está entre a luteólise do corpo lúteo e a próxima ovulação, na presença de altos níveis de estradiol (FORDE et al., 2011; GUÁRAQUETA, 2009; PANSANI; BELTRAN, 2009). O ciclo também pode ser dividido em quatro fases: Proestro (fase folicular), momento da maturação folicular; Estro (fase folicular), definido pela manifestação do cio; Metaestro (fase luteal), quando ocorre a ovulação e formação do corpo lúteo, e por fim, o diestro (fase luteal) que é marcado pela atividade do CL (FORDE et al., 2011; GUÁRAQUETA, 2009; PANSANI; BELTRAN, 2009). Durante a fase de estro, as fêmeas bovinas apresentam características comportamentais que indicam o período pré-ovulatório. Os principais comportamentos são: Imobilidade durante a monta, descarga muco vaginal, vocalização frequente, intensa movimentação, aumenta da frequência de micção, monta em outras fêmeas e receptividade sexual do macho (BARUSELLI; GIMENES; SALES, 2007) Puberdade A puberdade nas fêmeas bovinas é definida como a idade em que as novilhas apresentam o primeiro estro ovulatório seguido de fase luteal com duração de 15 a 17

17 15 dias, típica da espécie. Esta é a primeira oportunidade de concepção (ATKINS; POHLER; SMITH, 2013). Para a ocorrência da concepção fatores do indivíduo (Aspecto racial, sistema endócrino e reprodutivo), devem estar associados com fatores ambientais (clima, nutrição e sanidade) (LOPES; FERREIRA; RAYMUNDO, 2015). O trato reprodutivo de fêmeas bovinas é iniciado durante a formação do feto no primeiro terço da gestação. O desenvolvimento dos ovários ocorre entre os dias 50 e 60 de gestação, no seu interior, folículos primordiais podem ser identificados a partir de 74 a 80 de gestação (GASSER, 2013; ATKINS; POHLER; SMITH, 2013). Entre 4 e 5 meses gestacionais, níveis de FSH e estradiol também estão presentes no feto. Demais maturações de tecidos e do eixo endócrino continuam após o nascimento. Estes eventos precoces são uma parte importante para o desenvolvimento ovariano e do sistema endócrino durante o período pré-natal (GASSER, 2013; ATKINS; POHLER; SMITH, 2013). Para a puberdade propriamente dita, estima-se que os fatores determinantes para a fase se iniciem quando as fêmeas atingem de 60 a 65% do peso adulto, podendo ser influenciada por fatores genotípicos, fenotípicos e ambientais (LOPES; FERREIRA; RAYMUNDO, 2015). O início da puberdade ocorre com uma série de complexos eventos endócrinos a partir do eixo endócrino reprodutivo, o chamado eixo hipotálamo-hipofisário. Os componentes deste estão funcionais antes da puberdade, porém o hipotálamo é último a se desenvolver (ATKINS; POHLER; SMITH, 2013; PERRY, 2015). Durante o período anterior à puberdade, esta glândula é altamente sensível ao efeito inibitório do estradiol (E2), exercendo feedback negativo sobre a liberação tônica de LH (hormônio luteinizante). Conforme a fêmea se desenvolve, a sensibilidade ao estradiol diminui, estando associada ao decréscimo no número de receptores para este esteroide (ATKINS; POHLER; SMITH, 2013; PERRY, 2015). Cerca de 50 dias antes da puberdade (peri-puberdade), o hipotálamo começa a responder positivamente para a produção do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH), aumentando os níveis de estradiol pelos folículos ovarianos, via estímulo FSH, desencadeando no feedback positivo para a realização do pico de LH. A ovulação seguida da formação de corpo lúteo ocorre neste momento, proporcionando o primeiro cio e ciclo estral (ATKINS; POHLER; SMITH, 2013; PERRY, 2015).

18 16 Em 1987, Byerley et al., realizaram um estudo que demonstra a baixa taxa de fertilidade de novilhas submetidas à reprodução ao primeiro cio quando comparadas ao terceiro (57% e 78% de taxa de prenhez respectivamente). A apresentação da puberdade em idade mais avançada pode representar maior taxa de fertilidade em novilhas fecundadas no primeiro cio, mas ainda assim os resultados não são superiores à reprodução em terceiro estro. Estudos mais recentes explicam a possível causa destes resultados. Após a puberdade geralmente ocorrem ciclos estrais de curta duração, sendo regularizados após os próximos ciclos (NOGUEIRA, 2004). Quando estes são curtos ocorre a luteólise prematura, antes do 16º dia de ciclo, momento em que o endométrio inicia a secreção pulsátil de prostaglandina F2α (PGF2α) em condições normais do ciclo estral (SÁ FILHO, 2007). As baixas taxas de concepção ocorrem com a regressão do corpo lúteo antes do embrião liberar o sinal de reconhecimento materno da gestação ocasionando na morte embrionária (MANN; LAMMING, 2001). 2.2 ENDOCRINOLOGIA DO CICLO ESTRAL O sistema endócrino compreende uma série de glândulas endócrinas. Localizadas em diferentes áreas, produzem um ou mais hormônios que, interagindo entre si, são capazes de desempenhar o ciclo estral nas fêmeas. Os hormônios são secretados no sistema circulatório e atuam em alguns locais específicos no organismo (PANSANI; BELTRAN, 2009) Glândulas endócrinas O eixo reprodutivo inicia-se com o hipotálamo, localizado na região do terceiro ventrículo, estendendo-se do quiasma óptico aos corpos mamilares. Possui ligações vasculares e neurais com os lobos posterior e anterior da hipófise, possibilitando um fluxo venoso retrógrado de hormônios hipofisários que levam ao mecanismo de retroalimentação negativa de regulações hipotalâmicas (HAFEZ; HAFEZ, 2004). A ligação vascular entre o hipotálamo e a hipófise é denominada porta-hipotálamohipofisário. O hipotálamo secreta o hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH), que regula a secreção dos hormônios da hipófise (BYERLEY et al., 1987).

19 17 A hipófise localiza-se em uma depressão óssea na base do cérebro, denominada sela túrcica. Anatomicamente está divida em três partes: Lobo anterior, intermediário e posterior. Através de cinco tipos celulares, a hipófise anterior é capaz de secretar diferentes hormônios, são estes: Somatótrofos, corticótrofos, mamótrofos, tireótrofos e os gonadótrofos. Cada tipo possui funções distintas no organismo, ressaltando-se nesta revisão o último, responsável pela secreção dos hormônios reprodutivos FSH (hormônio folículo estimulante) e o LH (hormônio luteinizante) (SARAIVA et al., 2010). As gônadas também possuem papel fundamental na produção de hormônios reprodutivos, além da função de produzir células germinativas (gametogênese). Os estrógenos são produzidos pelas células que compõem a parede do folículo ovariano, uma capa externa que são as células da teca e outra interna que são as células da granulosa. As células da teca produzem andrógenos que logo são convertidos em estrógenos pelas células da granulosa (GUÁRAQUETA, 2009) Após a ovulação, o espaço ocupado previamente pelo folículo é ocupado por fibroblastos, células musculares lisas, células do sistema imune, células endoteliais, células da granulosa e da teca, que através dos processos de hiperplasia e/ou hipertrofia formam uma estrutura chamada corpo hemorrágico. Este se reorganiza e forma o corpo lúteo, responsável pela secreção da progesterona cíclica ou gestacional (SALLES; ARAÚJO, 2010) Fisiologia dos hormônios reprodutivos femininos O ciclo estral é iniciado a partir de eventos neuroendócrinos que desencadeiam em resposta gonadal para a formação das estruturas necessárias à reprodução. O ciclo é regulado pelos hormônios do hipotálamo (GnRH), da hipófise anterior (FSH e LH), dos ovários (P4, E2 e inibinas) e do útero (PGF2α). Esses hormônios funcionam através de um sistema de feedback positivo e negativo para gerir o ciclo estral (FORDE et al., 2011; PANSANI; BELTRAN, 2009). A figura 1 é uma representação esquemática dos órgãos e hormônios mais importantes envolvidos na reprodução da fêmea, com algumas de suas funções e interações.

20 18 FIGURA 1 - INTER-RELAÇÕES NO CONTROLE DA FUNÇÃO REPRODUTIVA DA FÊMEA FONTE: INTERVET, Os neurônios do hipotálamo secretores de GnRH revelam o padrão cíclico do hormônio dependendo dos níveis circulantes de estrógenos. Assim que liberado, o GnRH penetra nos vasos do sistema porta-hipofisário e atinge a hipófise anterior. Neste local, o hormônio hipotalâmico se liga a um receptor inserido nas células gonadotróficas hipofisárias que secretam FSH e LH (ABREU et al., 2006). A hipófise anterior secreta três hormônios gonadotróficos: FSH, LH e prolactina, sendo os dois primeiros glicoproteínas. A regulação da secreção do FSH e LH é realizada tanto pelo estímulo de GnRH como de esteroides gonadais. Além disso, peptídeos gonadais podem estimular (ativinas) ou inibir (inibinas) a secreção do FSH (FORDE et al., 2011; HAFEZ; HAFEZ, 2004; PANSANI; BELTRAN, 2009).

21 19 O hormônio folículo estimulante atua no ovário induzindo o desenvolvimento de folículos secundários, e o hormônio luteinizante, estimula o amadurecimento de folículos terciários desencadeando na ruptura da parede folicular e ovulação (FORDE et al., 2011; HAFEZ; HAFEZ, 2004; PANSANI; BELTRAN, 2009). O GnRH e LH são secretados de forma pulsátil (INTERVET, 2007). Já o FSH é liberado de forma constante na velocidade em que é produzido, apesar de que uma pequena quantidade ainda possa ser armazenada para ser liberada ao estímulo de GnRH (SARAIVA et al., 2010). Conforme ocorre o desenvolvimento do folículo através dos estímulos de FSH, os níveis de estradiol aumentam (responsável pelos sinais de estro na fêmea), exercendo um feedback positivo no hipotálamo e na hipófise. Esse mecanismo eleva a frequência de pulsos de GnRH e a partir de certo nível de estrógeno circulante, ocorre um pico de liberação do hormônio hipotalâmico, que por sua vez, induz um pico de LH. Com isso, o oócito é liberado (ovulação) e o corpo lúteo é formado sob o suporte de LH (INTERVET, 2007; POLETINI, 2012). Durante o processo de desenvolvimento folicular, a inibina é produzida pelas células da granulosa, atuando na hipófise com feedback negativo para o FSH, controlando o desenvolvimento dos folículos (POLETINI, 2012). A partir do folículo rompido (corpo hemorrágico) forma-se o corpo lúteo, liberador de progesterona e ocitocina (FORTE et al., 2011) Com o corpo lúteo ativo, as concentrações de progesterona permanecem elevadas, preparando o tecido endometrial para a implantação do embrião e inibindo contrações da parede uterina danosas para a gestação. As ondas foliculares continuam a serem estimuladas por liberação de FSH pela hipófise anterior. Entretanto, os folículos formados durante este período são incapazes de ovular, pois a progesterona é dominante nesta fase do ciclo estral, o que impede o desenvolvimento final destes folículos (FORTE et al., 2011; INTERVET, 2007). Através de feedback negativo pela P4 sobre o hipotálamo, a frequência dos pulsos de LH é limitada, sendo assim, insuficientes para a ovulação. Caso não ocorra reconhecimento materno de gestação, o endométrio uterino libera PGF2α que dá início à regressão do corpo lúteo (luteólise). Nesse momento, os níveis de progesterona diminuem, reduzindo a inibição de GnRH pelo hipotálamo. Inicia-se uma nova fase folicular, um novo ciclo estral (FORTE et al., 2011; INTERVET, 2007).

22 INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO (IATF) A inseminação artificial (IA) é uma importante técnica desenvolvida para o melhoramento genético dos animais, uma vez que um reprodutor de alta qualidade produz sêmen suficiente para inseminar milhares de fêmeas anualmente (HAFEZ; HAFEZ, 2004). Esta biotecnologia da reprodução agrega as técnicas desde a colheita do sêmen, sua análise, processamento e manutenção, até a introdução no trato genital de uma fêmea através de métodos artificiais (GONÇALVES et al., 2008). Apesar da ampla utilização, fatores como nutrição, gestão e detecção de cio afetam a eficiência do uso desta tecnologia nos resultados de um rebanho. A alternativa mais viável para corrigir as falhas na inseminação artificial em função do número de vacas inseminadas é a implantação de protocolos hormonais, realizando a sincronização do estro. Assim, é possível inseminar o rebanho sem a necessidade de detecção de cio, padronizando o trabalho reprodutivo. Esse processo chama-se inseminação artificial em tempo fixo (IATF) (BÓ; BARUSELLI, 2014). Com a implantação da IATF em um rebanho, os resultados podem trazer melhoramento dos aspectos produtivos (desempenho e potencialidade do rebanho), tais como: diminuição no intervalo entre partos (IEP), aumento da uniformidade dos bezerros, facilidade de inserir genéticas superiores nas gerações decorrentes (favorecendo a seleção e melhoramento genético) (LAMB, 2014), permite realizar diferentes tipos de cruzamentos, redução do número de touros na propriedade, facilidade no planejamento e organização dos manejos (NICACIO, 2015), além de possibilitar a utilização de touros já mortos (sêmen congelado) e diminuir os riscos de propagação de doenças sexualmente transmissíveis (HAFEZ; HAFEZ, 2004). Em um recente estudo realizado no Canadá, Lardner et al. (2015) compara a eficiência reprodutiva e custos de um sistema produtivo utilizando de IATF para outro sob monta natural. O sistema natural pode ser de menor custo comparado à IATF, porém, observou-se melhorias nas taxas de concepção, intervalo entre partos, número bezerros nascidos e desmamados, resultando no aumento do lucro no sistema de IATF. A longo prazo, o ganho genético de reposição do plantel pode ser considerado um dos pontos determinantes para a utilização do sistema de sincronização estral. Por outro lado, a IATF pode gerar aumento de custo para o produtor. A primeira

23 21 dificuldade desta biotecnologia é o manejo com o gado que será de maior intensidade, sendo necessário realizar de 3 a 4 manipulações em um período de cerca de 11 dias (NICACIO, 2015). A propriedade deve contar com infraestrutura para a realização dos procedimentos, os quais devem ser manipulados por mão de obra capacitada, além da aquisição dos insumos necessários. Deve-se considerar também alguns pontos que, quando falhos, podem ocasionar em resultados negativos, como por exemplo, tempo incorreto do serviço, erro na manipulação e identificação dos animais, entre outros (NICACIO, 2015). Existem diversos protocolos hormonais para realizar a sincronização de ovulação seguida de inseminação artificial em tempo fixo. A escolha do procedimento depende das condições encontradas em cada propriedade e dos animais. Espera-se que do total de fêmeas inseminadas uma vez, obtenha-se um índice próximo a 50% de taxa de prenhez, quando a técnica é realizada corretamente (BARUSELLI et al., 2004). Para que se aproveite a continuação da estação de monta (EM), as fêmeas bovinas que não conceberam podem ser submetidas a nova IATF, IA com observação de cio ou colocadas com touro para o repasse (BARUSELLI et al., 2004). 2.4 DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO O diagnóstico de gestação em rebanhos é muito importante para a manutenção da eficiência reprodutiva, é o procedimento que informa a taxa de prenhez. Através do exame e conforme a metodologia, é possível identificar problemas de fertilidade, a idade do feto, a viabilidade e até mesmo o sexo. Entre 18 e 24 dias é possível realizar o diagnóstico precoce através da dosagem de progesterona ou do não retorno ao cio. A utilização da ultrassonografia transretal também pode ser precoce, com possibilidade a partir do 25º dia de gestação. Mais tardiamente, a palpação retal com no mínimo 32 dias.

24 Não retorno ao cio De acordo com o ciclo estral bovino, com média de 21 dias entre uma ovulação e outra, uma vaca deve apresentar cio novamente após essas 3 semanas caso não haja concepção. No caso do animal estar prenhe esse retorno ao cio não ocorre, sendo o método mais simples de diagnóstico de gestação (INTERVET, 2007). Algumas fêmeas não gestantes podem não apresentar sinais de estro, as quais seriam consideradas como falsos positivos. O contrário também pode ocorrer. Estudos confirmam que até 7% das vacas prenhez apresentarão alguns sinais de cio durante a gestação. Isto ocorre principalmente durante o 4º e 5º mês de gestação, quando há uma diminuição da progesterona no momento de transição entre a produção ovariana e placentária. Inseminar estes falsos negativos pode resultar em morte embrionário ou fetal (INTERVET, 2007; HAFEZ, HAFEZ, 2004) Palpação retal O procedimento de palpação retal consiste na introdução da mão e braço do médico veterinário pelo reto, seguido da palpação direta do útero e estruturas presentes. A técnica é baseada no conhecimento da anatomia da genitália e evolução fisiológica da gestação. O treinamento e experiência do profissional é essencial para a confirmação do diagnóstico (PIMENTEL, 2005) A partir de 32 dias de gestação já é possível identificar alterações na estrutura do aparelho reprodutivo da fêmea (deslizamento do corio-alantóide sobre a parede do útero). Conforme o tempo de desenvolvimento da prenhez alguns eventos podem ser notados, facilitando a identificação da idade fetal, tais como: Assimetria uterina, acúmulo de líquido uterino com aumento de volume, identificação do frêmito da artéria uterina média, deslocamento das estruturas reprodutivas para a cavidade abdominal e palpação de estruturas ósseas fetais (PIMENTEL, 2005) Ultrassonografia transretal O exame ginecológico através da ultrassonografia é o mais acurado e detalhado, permitindo diagnosticar a gestação precocemente, sexagem fetal e

25 23 patologias no útero e ovários, fornecendo resultados precisos e rápidos. O exame, assim como na palpação retal, exige capacitação para o manuseio e interpretação do exame (BEEFPOINT, 2010). A ultrassonografia transretal é um método não-invasivo e de alta confiabilidade para avaliação das atividades luteal e folicular, possuindo múltiplas aplicações através visualização da morfologia do aparelho reprodutor feminino de diversas espécies animais. O procedimento permite a caracterização do crescimento folicular, desenvolvimento, manutenção e regressão luteal, e ocorrências do período gestacional a partir do 25º dia da concepção (BEEFPOINT, 2010) Dosagem de progesterona Outro método de diagnóstico de gestação é da dosagem do hormônio progesterona, na rotina da reprodução de bovinos é pouco utilizado. O exame consiste na avaliação da progesterona secretada por corpo lúteo funcional entre 18 e 24 dias após cobertura ou inseminação, e pode ser detectada no leite ou no plasma sanguíneo. Possui mais de 90% de sensibilidade, porém baixa especificidade, ou seja, pode apresentar muitos animais falsos positivos (INTERVET, 2007). A detecção dos níveis de progesterona pode ser realizada através de teste de ELISA (ensaio de imunoabsorção enzimática) ou por radio-imuno-ensaio. Um alto nível de P4 sugere que a vaca esteja prenhe, porém a realização de apenas um teste apresenta apenas 80% de acurácia para diagnósticos positivos de prenhez. Esta detecção no leite ou no soro é uma boa ferramenta para o diagnóstico precoce de prenhez, devido a sua praticidade, porém a eficiência pode variar com fatores externos (localização da propriedade e laboratório, viabilidade e transporte das amostras, entre outros) (BALLS, PETERS, 2004) Taxa de prenhez A taxa de prenhez é definida pelo número de fêmeas gestantes sobre o total das submetidas a determinado processo de reprodução (expresso em porcentagem), seja através de monta natural ou de processos biotecnológicos. Na produção de

26 24 bovinos de corte, a eficiência da fase de cria é um dos fatores determinantes da viabilidade econômica (BARCELLOS et al., 2006) Na idealização, busca-se uma média de produção de 1 bezerro desmamado/vaca/ano. Para que os resultados estejam direcionados a esta meta, é necessário eliminar desperdícios no ciclo produtivo, reduzir custos e ociosidades e otimizar benefícios, assim é possível competir no mercado (PFEIFER et al., 2005). Para que se obtenha a produção de 1 bezerro desmamado/vaca/ano, é necessário que 100% das fêmeas possuam média de intervalo entre partos (IEP) em no máximo 12 meses. Desta forma, todas estas reprodutoras devem conceber em no máximo 85 dias após o último parto, completar a gestação e amamentar o bezerro até o momento necessário. Os estudos demonstram que estes números são quase impossíveis. (DIAZ et al., 2005) Alguns fatores podem ser determinantes nos resultados de taxa de prenhez, sendo realizados diversas pesquisas sobre estas variações. Segundo um estudo de Brandão (2012), o resultado médio de 62,3% de taxa de prenhez em fêmeas bovinas de diferentes categorias (nulíparas, primíparas e multíparas) é considerado muito bom para apenas um procedimento de IATF por animal. Ferreira et al. (2013), verificou que vacas nelore multíparas submetidas a um programa de IATF seguido de repasse com touro com ECC entre 2 e 2,5 (escala de 1 a 5) apresentam menor taxa de prenhez quando comparadas às de ECC 3, representando 65,9% e 86,5% de prenhez respectivamente. Barcellos et al. (2006), afirmou que o peso no início do acasalamento é a variável de maior impacto sobre a eficiência reprodutiva durante o primeiro serviço de novilhas de corte. De acordo com o estudo, novilhas aos 18 meses com ECC baixo necessitam de assistência no ganho de peso para poder equiparar-se as taxas obtidas por novilhas de 24 meses, submetidas a monta natural. No caso de vacas em lactação os índices de prenhez podem ser baixos, devido ao desgaste energético da amamentação, principalmente em primíparas. Em vacas solteiras, ou seja, que não estão lactando, as respostas para a reprodução podem ser mais favoráveis, devido ao ECC possivelmente equilibrado (BRANDÃO, 2012). Outro estudo, realizado por Ereno et al. (2007), retirou temporariamente os bezerros em amamentação de fêmeas lactantes que foram submetidas à IATF (54hr antes da inseminação). Como resultado obteve-se aumento na taxa de prenhez,

27 25 enquanto que em outro grupo, adicionou-se ecg 72 horas antes da inseminação. A utilização desta gonadotrofina não melhorou a taxa de prenhez em vacas nelore lactantes ciclando e em boa condição corporal submetidas à IATF. Em contrapartida, no mesmo trabalho realizado por Brandão (2012), citado anteriormente, observou-se o efeito positivo do uso do ecg nos índices de prenhez, independente da categoria animal, atingindo acima de 59% de fêmeas prenhas. É possível também atingir resultados satisfatórios através da inseminação artificial convencional sob observação de cio. Uma única aplicação de PGF2α em vacas cíclicas com corpo lúteo ativo induz a luteólise, permitindo o crescimento da onda folicular e posteriormente a ovulação. Carvalho et al. (2015), obteve taxa de prenhez de 56,9% utilizando desta metodologia. 2.5 CATEGORIAS DE FÊMEAS BOVINAS As fêmeas bovinas devem ser selecionadas antes do início da estação reprodutiva, para a formação de lotes. Apresentar boa condição corporal e ciclo estral normal é de extrema importância para o sucesso da reprodução. Dentre os animais presentes nas propriedades, algumas categorias podem ser diferidas, cada uma com suas vantagens e limitações. Esta diferenciação é muito importante, uma vez que o manejo específico para cada uma pode alterar os resultados finais do sistema (EMBRAPA, 2006a). A eficiência reprodutiva expressa o desempenho do manejo de um rebanho em todas as fases da criação, desde a desmama até o último parto. Fatores como nutrição, sanidade e genética, situam-se paralelamente à condição de reprodução tanto de novilhas como de vacas (EMBRAPA, 2006b) Novilhas Na pecuária de corte, a produção de bezerros se difere após a desmama, quando estes serão destinados ao corte ou a reposição de rebanho. O período de desmama é preferencialmente definido de acordo com o peso do bezerro, geralmente atingindo o ideal próximo dos 7 meses de idade. Neste contexto, a eficiência

28 26 reprodutiva de novilhas é de extrema importância tanto pela produtividade em si, como no melhoramento genético do plantel (SÁ FILHO; MARQUES; BARUSELLI, 2010). Novilha é a fêmea bovina que ainda não concebeu. Conforme os aspectos genotípicos, fenotípicos e ambientais a novilha pode já ter atingido a puberdade ou ainda ser impúbere (LOPES; FERREIRA; RAYMUNDO, 2015; ATKINS; POHLER; SMITH, 2013). Em um rebanho equilibrado em proporções de animais, cerca de 15 a 20% das vacas do sistema de reprodução devem ser substituídas anualmente por novilhas. Conforme a variação da idade desta categoria na primeira concepção, as respostas produtivas e, consequentemente econômicas, irão variar (CANELLAS, 2010). Segundo Day et al. (2013), uma limitação da eficiência na reprodução de gado de corte brasileira é o fato de grande parte das novilhas Nelore produzirem a primeira cria ao terceiro e quarto ano. O atraso na vida reprodutiva desta reposição gera aumento do rebanho não produtivo na propriedade, redução na taxa de desfrute e eficiência de produção de bezerros. Deste modo, a lucratividade e o melhoramento genético são beneficiados pela redução da idade ao primeiro parto (IPP) (SOUSA et al., 2015). Para que novilhas de corte tenham seu primeiro bezerro ao segundo ano, é preciso que sejam concebidas próximo aos 13 e 15 meses de idade. Porém, é preciso evitar submeter uma fêmea à reprodução ao primeiro cio, pois pode apresentar baixa taxa de prenhez, quando comparado do terceiro em diante (BYERLEY et al., 1987). Quando há precocidade na primeira gestação, o intervalo entre partos pode ser indesejavelmente aumentado. Estas novilhas que se tornarão primíparas devem ser estritamente acompanhadas e monitoradas para buscar manter os bons resultados (CORDOVA; CIFFONI, 2010). Novilhas zebuínas podem possuir boa fertilidade quando atingem de 60 a 65% do peso adulto (LOPES; FERREIRA; RAYMUNDO, 2015), assim como as da raça Hereford, apresentando desejáveis resultados na taxa de prenhez. No caso de novilhas acasaladas entre 12 e 15 meses, os números de gestação não são satisfatórios (COSTA, 2006). Naturalmente, as fêmeas zebuínas apresentam maturidade sexual após os 20 meses de idade, já as taurinas são mais precoces, em torno de 10 a 15 meses (RODRIGUES, 2012). Protocolos de IATF a base de P4 e E2 no Brasil são muito utilizados e possuem altos índices em vacas paridas e solteiras, entretanto em novilhas Nelore os

29 27 resultados ainda são desfavoráveis (SÁ FILHO; THATCHER; VASCONCELOS, 2009). Altas concentrações circulantes de P4 em novilhas púberes reduzem o suporte gonadotrófico, diminuindo a liberação de LH. Assim, a P4 interfere no desenvolvimento do folículo dominante, podendo ser um fator que reduz a fertilidade (RODRIGUES, 2012). Dispositivos intravaginais contendo P4 previamente utilizados, ou seja, com menores concentrações de progesterona, resultam em melhores taxas de prenhez quando comparados aos dispositivos de primeiro uso. Por outro lado, os efeitos de altas concentrações de P4 circulantes podem ser atenuados pela administração exógena de gonadotrofina coriônica equina (DIAS et al., 2009). Outro método para reduzir os efeitos negativos da alta P4 em novilhas, é a aplicação de PGF2α no início do protocolo de sincronização de cio, o que demonstra redução na progesterona circulante no dia da retirada do implante. Assim como o uso do ecg, a prostaglandina F2α aumentou a taxa de prenhez nos estudos de Dias et al. (2009) e Peres et al. (2009) Vacas primíparas Vacas primíparas são fêmeas bovinas de primeiro parto, situação que quando realizada precocemente, ocorre entre o segundo e terceiro ano de idade. Esta categoria geralmente é um desafio quanto a taxa de prenhez, pois necessita de atenção principalmente com o escore de condição corporal durante o pós-parto e nova concepção (PILAU; LOBATO, 2009). As primíparas são as que possuem maior dificuldade na reprodução. Sua demanda energética é a mais exigente dentre as categorias, pois ainda necessitam de energia para o desenvolvimento corporal (para atingir a fase adulta), para o processo da primeira lactação e para retomar a atividade reprodutiva (OLIVEIRA; BONATO; SANTOS, 2011; GRILLO et al., 2014). Tendo em vista a necessidade de obter intervalo entre partos próximos de 12 meses, vacas recém paridas possuem pouco tempo para recuperar-se do parto para uma nova concepção, esse período compreende cerca de 60 a 80 dias. Os últimos dois meses pré-parto são essenciais para realizar esta recuperação e assim retomar a atividade reprodutiva (OLIVEIRA; BONATO; SANTOS, 2011).

30 28 A manipulação do ganho de peso e escore de condição corporal na gestação é um desafio na pecuária brasileira. Para que uma primípara obtenha bons resultados na próxima concepção, ela precisa atingir uma boa condição nutricional no período do primeiro parto (PILAU; LOBATO, 2009). Rovira (1996), afirma que esta categoria com idade próxima de 36 meses, pesando de 80% a 85% do peso adulto da raça, obtém índices reprodutivos satisfatórios. Alguns estudos demonstram a necessidade de elaboração de estratégias alimentares para dar suporte a esta categoria de bovinos. Tanure, Potter e Lobato (2011), verificaram que primíparas com 3 anos de idade obtiveram melhores taxas de prenhez em pastagens de melhor qualidade do que o grupo comparado em pastagens naturais, de menor qualidade. As primíparas de menor taxa de prenhez diminuíram em 1 ponto o escore de condição corporal (escala de 1 a 5) durante a fase de acasalamento. Pilau e Lobato (2009) também compararam a taxa de prenhez em primíparas alocadas em diferentes tipos de pastejo em diferentes fases da primeira gestação. Vacas que se alimentaram de milheto no início do período gestacional e pastagem nativa no pré-parto atingiram 53% de taxa de prenhez na segunda concepção. Já as alocadas em pastos nativos no início e aveia e azevém no pré-parto, alcançaram 88% de gestantes. Ou seja, primíparas apresentam melhores resultados na próxima concepção quando alocadas em pastos de melhor qualidade no terço final da primeira gestação. Os resultados de 88% de taxa de prenhez de Pilau e Lobato (2011) aproximamse dos obtidos por vacas múltiparas (88,1%) no estudo de Oliveira, Bonato e Santos (2011), onde as primíparas alcançaram apenas 42,9% de prenhez em um mesmo manejo das multíparas. Demonstra-se então a influência que um bom planejamento estratégico para uso do pastoreio têm sobre a eficiência reprodutiva do rebanho. Vaz et al. (2012), também verificou significativas maiores taxas de gestação em primíparas das raças Charolês, Nelore e suas cruzas, submetidas à suplementação energético-proteica, comparadas ao grupo controle onde não houve suplementação.

31 Vacas multíparas Vacas multíparas são fêmeas bovinas adultas que já tiveram dois partos ou mais. Esta categoria geralmente representa a maior proporção de animais nos sistemas de cria de bezerros. Sua eficiência na reprodução depende muito das condições ambientais em que são submetidas, tais como: nutrição, sanidade e tipo de manejo reprodutivo (COSTA et al., 2005; VIANA et al., 2015). Uma vaca atinge maturidade fisiológica em torno dos 4 anos de idade, antes disso sua produtividade pode não ser alta. A idade da fêmea bovina está relacionada com a capacidade de produção leiteira, consequentemente influencia na habilidade materna para o crescimento dos respectivos bezerros. O melhor desempenho reprodutivo e produtivo geralmente ocorre entre os 6 e 8 anos de idade, a partir disto, os índices começam a baixar (COSTA et al., 2005). Vacas solteiras (sem bezerro ao pé) geralmente possuem melhor escore de condição corporal, o que facilita a sua eficiência reprodutiva. Já nos casos das lactantes, além da influência do ECC, a amamentação gera um efeito negativo sobre o ciclo estral. Esta situação pode ser responsável pela extensão do anestro pós-parto através da inibição do GnRH por opióides endógenos produzidos nesta fase (COSTA et al., 2005; ERENO et al., 2007). O efeito inibitório da lactação torna-se mais grave quando o animal não possui um bom aporte nutricional, desfavorecendo o ECC, assim a reprodução é ineficiente. Uma solução para esta situação é a remoção temporária do bezerro lactente associado a um protocolo hormonal com progestágenos (IATF). Esta metodologia apresenta resultados favoráveis (ERENO et al., 2007). A remoção temporária do bezerro (RTB) facilita o retorno à ciclicidade ovariana de vacas em anestro pós-parto. Este procedimento consiste na separação dos bezerros lactentes das respectivas vacas, em torno de 48 h antes da inseminação artificial em protocolo de IATF. A RBT aumenta a pulsatilidade de LH em vacas cíclicas, uma vez que o estímulo da mamada impede a retomada do padrão de secreção pulsátil deste hormônio, responsável pela maturação final do folículo e consequente ovulação (MENEGHETII et al., 2001). Outro método bastante utilizado é o acréscimo de gonadotrofina coriônica equina aos protocolos IATF com progestágenos. Os resultados de uma inseminação geralmente permanecem próximos ao satisfatório de 50% de taxa de prenhez.

32 30 Entretanto, Ereno et al. (2007), verificou que a adição de ecg não melhora a TP em vacas que já estavam ciclando e com bom ECC, uma vez que já possuíam bons resultados. Esta metodologia pode substituir a retirada temporária do bezerro lactente. Em vacas de corte, o ECC moderado (próximo a 3 em uma escala de 1 a 5) aumenta a probabilidade de melhor desempenho reprodutivo. Já o ECC baixo reduz as taxas de prenhez, assim como nas outras categorias de fêmeas bovinas. Utilizar o escore de condição corporal como indicador de eficiência reprodutiva em multíparas, permite a elaboração de estratégias de manejo para as matrizes e suas crias (COSTA et al., 2005; VIANA et al., 2015).

33 31 3 METODOLOGIA Entre os meses de outubro de 2015 e abril de 2016, foram avaliadas 1360 fêmeas bovinas sendo 369 nulíparas (NL), 143 primíparas (PM) e 848 multíparas (MP) da raça nelore de rebanhos comerciais distribuídos em 8 propriedades rurais de bovinocultura de corte localizadas na região centro-sul e norte central do estado do Paraná, Brasil. Todos os animais foram mantidos em regime extensivo de pasto, com rotação de piquetes periodicamente, sob suplementação de sal mineral e livre acesso a água. Como manejo reprodutivo, todas as propriedades adotaram a IATF com sêmen de touros das raças Aberdeen Angus, Nelore Mocho, Red Angus e Senepol, dentre 13 touros diferentes. Foi realizada apenas uma inseminação em cada fêmea, pelo mesmo inseminador. O diagnóstico de gestação foi realizado após dias da inseminação artificial, no período entre os dias 19/10/15 e 25/04/16. Foram utilizadas no procedimento de IATF fêmeas com ECC entre 2-4. Os grupos PM e MP foram submetidos ao mesmo protocolo IATF, representado na figura 2. No grupo NL configurou-se apenas duas diferenças no protocolo dos outros grupos: Os implantes intravaginais utilizados eram de segundo ou terceiro uso, ao contrário dos grupos PM e MP que utilizaram também o de primeiro uso, e no D8 a dosagem de cipionato de estradiol foi reduzida para 0,6 mg. FIGURA 2 - PROTOCOLO IATF Adaptado de: Silva, 2015.

34 32 Foi realizada a análise descritiva dos dados apresentando em tabelas e gráficos a taxa de prenhez do rebanho avaliado, por categoria e a relação com ECC.

35 33 4 RESULTADOS A tabela 1 apresenta o número total de fêmeas e a frequência por categoria. Do total de fêmeas do rebanho, a categoria multípara (62,35%) apresentou maior participação na composição do rebanho seguido pelas categorias nulíparas (26,7%) e primíparas (10,95%). Os dados mostram uma taxa média de confirmação de prenhez para o rebanho de 51%. Nas categorias os dados mostram valores de prenhez de 52% para multípara, 49,7% para primípara e 49,3% para nulípara. Tabela 1 Número e frequência de fêmeas por categoria e total do rebanho. Nulípara Primípara Multípara Total/Média Número (n) Frequência (%) 26,7 10,95 62, Prenhez Média (%) 49,3 49,7 52,0 51,0 A figura 3, apresenta os valores de confirmação do diagnóstico de gestação no rebanho e por categoria como apresentados na tabela 1. FIGURA 3 TAXA DE PRENHEZ POR CATEGORIA E MÉDIA DO REBANHO 70,00% 65,00% 60,00% 55,00% 50,00% 45,00% Prenhe Vazia 40,00% 35,00% 30,00% Multípara Nulípara Primípara Rebanho

36 34 A tabela 2 e figura 4, mostram a taxa de prenhez em relação ao ECC. Os dados mostram que a melhor taxa média de prenhez no rebanho é obtida entre 2 e 3 de ECC, mantendo-se acima de 50%. Tabela 2 - Relação da taxa de prenhez e escore de condição corporal (ECC). ECC Número (n) Prenhez (n) Prenhez (%) ,0 2, , ,8 3, , ,5 FIGURA 4 RELAÇÃO DA TAXA DE PRENHEZ (TP) E ESCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL (ECC) 70,00% 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% % TP 10,00% 0,00% 2 2,5 3 3,5 4 ECC

37 35 5 DISCUSSÃO Do total de fêmeas submetidas à IATF, houve grande frequência de multíparas, seguido de nulíparas e com menor número, primíparas. Apesar destas amostras estarem localizadas em diferentes propriedades, as proporções são equivalentes a rebanhos equilibrados em termos de número de animais. Devido ao fato de se buscar uma renovação completa do plantel em torno de 5 anos, 15-20% das fêmeas submetidas à reprodução devem ser substituídas anualmente por novilhas (CANELLAS, 2010). A taxa de gestação média do rebanho foi de 51%, resultado satisfatório que está próximo ao 50% esperado em um procedimento de IATF (BARUSELLI et al., 2004; ERENO et al., 2007). Pode existir notória diferença no desempenho reprodutivo entre as categorias de fêmeas bovinas. Altas taxas de gestação, geralmente alcançadas por nulíparas e multíparas (GRILLO et al., 2014, NOGUEIRA et al., 2014; SOUSA et al., 2014; BATISTA et al., 2012), podem ser ocultadas no resultado do rebanho pela resposta reprodutiva de primíparas, que geralmente são baixas (BATISTA, ABREU, 2010; GRILLO et al., 2014; OLIVEIRA; BONATO, SANTOS, 2011). A categoria de nulíparas obteve taxa de prenhez de 49,3% (tabela e gráfico 1), representando superioridade ao encontrado por Fujita et al.(2013) e Sousa et al. (2014). A favorável possibilidade de prenhez desta categoria está relacionada ao fato da ausência de estresse do parto, do bezerro e da consequente lactação (BATISTA et al., 2012). Neste contexto, a demanda enérgica de novilhas está voltada para o próprio crescimento, ciclo reprodutivo e manutenção, além de não possuir os efeitos inibitórios da presença do bezerro (ERENO et al., 2007). Altas concentrações de progesterona podem prejudicar o desenvolvimento folicular de novilhas, diminuindo a qualidade do oócito e prejudicando a IATF, que utiliza implante de P4, em animais cíclicos (BÓ et al., 2002; PEGORER, 2009; SILVA, GOTTSCHALL, 2014). Cutaia et al. (2001) demonstra que a utilização destes implantes de primeiro uso, apresentam menores taxas de prenhez quando comparados aos de segundo ou terceiro uso (49,5% e 59,7% respectivamente). Baseado nisto, implantar os dispositivos reutilizados pode ter sido um fator determinante para que os resultados desta categoria não fossem desfavoráveis.

38 36 A utilização de gonadotrofina coriônica equina no protocolo também pode ter influído na inibição destes efeitos negativos que afetam novilhas, assim como na análise de Dias et al. (2009). Outro método utilizado para reduzir a progesterona circulante em novilhas é a aplicação de PGF2α no início do protocolo de sincronização de cio. Este procedimento faz a regressão de um possível corpo lúteo ativo, que seria um fator determinante para as altas concentrações de P4 (PERES et al., 2009). As primíparas obtiveram um índice de 49,7% (tabela e gráfico 1) de prenhez, resultado favorável segundo Sousa et al. (2014) e próximo das outras categorias. O estresse ao parto combinado com os efeitos negativos da presença do bezerro, da demanda energética para primeira lactação, crescimento, manutenção e entrada em novo ciclo reprodutivo, definem a baixa eficiência reprodutiva da categoria como mostra Ferreira et al. (2013), Grillo et al. (2014) e Nogueira et al. (2014). Esta ineficiência de primíparas relaciona-se com a ampla possibilidade destes fatores promoverem negativas condições de escore corporal, determinante na ciclicidade ovariana (SÁ FILHO et al. 2008). É necessário então, o planejamento estratégico da nutrição para obter melhor ECC pós-parto (GRILLO et al., 2014). A suplementação mineral proteica pode ser inclusa neste planejamento, pois define melhores resultados para primíparas lactantes (LOPES et al., 2007; VAZ et al., 2012). A utilização de ecg no protocolo IATF possivelmente foi determinante no sucesso da taxa de prenhez das primíparas. Este hormônio promove crescimento folicular em bovinos (NOGUEIRA et al., 2014) através da ação do FSH e LH no desenvolvimento dos folículos. Esta situação é válida no caso das primíparas lactantes que se encontram em anestro, o que pode ocorrer nas fêmeas com baixo ECC pós-parto (SÁ FILHO et al., 2010; YAVAS, WALTON, 2000). Uma vez que vacas de primeira cria enfrentam diversas condições de estresse, o manejo deve ser tratado de forma cautelosa e planejada (OLIVEIRA; BONATO, SANTOS, 2011). Diferente das primíparas, a categoria de multíparas (52% de TP) não necessita de demanda energética para o crescimento, uma vez que são adultas. Entretanto, ainda se deparam com os efeitos negativos da presença do bezerro e o desgaste da lactação e reprodução. Assim como nulíparas e primíparas, o ECC é essencial para definir a eficiência na reprodução das multíparas (BRAUNER et al., 2008; GRILLO et al., 2014; OLIVEIRA; BONATO, SANTOS, 2011).

39 37 Sousa e colaboradores (2014), observaram que a presença de bezerros lactantes influenciou negativamente na taxa de prenhez de multíparas. Este efeito, da mesma maneira para primíparas, pode ser solucionado através do método de retirada temporária do bezerro (ERENO et al., 2007) ou da utilização de ecg no protocolo de sincronização de cio (MELLO et al., 2014). Porém, quando as fêmeas já encontramse em ECC favorável e apresentam boa TP, estes métodos podem não promover melhorias (ERENO et al., 2007). Multíparas representam grande dependência aos fatores ambientais em que são submetidas (BATISTA, ABREU, 2010). Assim, a avaliação do ECC dos animais e domínio técnico do responsável de cada propriedade é fundamental na escolha do protocolo IATF e planejamento geral (SILVA, GOTTSCHALL, 2014). A tabela 2 e figura 4 demonstram as taxas de prenhez relativas ao ECC. A variação no número de amostras para cada grupo dificulta a real comparação das TP. Porém, a partir de uma análise individual das classificações, nota-se o bom desempenho dos animais que encontravam-se nos escores 2,0; 2,5 e 3,0. Por outro lado, os de ECC 3,5 e 4,0 obtiveram índices indesejados. Grillo et al. (2014), observaram que fêmeas bovinas com ECC médio de 3,2; 2,1 e 2,4 (escala de 1 a 5) alcançaram 88%, 36,7% e 52,6% respectivamente de ciclicidade ovariana, indicando que ECC mais próximo de 3 possui maior probabilidade de apresentar ciclicidade. Desta forma, a duração do anestro pós-parto é influenciada pelo ECC nesta fase e no período pré-parto (OLIVEIRA; BONATO, SANTOS, 2011; VASCONCELOS; VILELA, SÁ FILHO, 2009). Possivelmente o que levou aos benéficos resultados de TP em baixos escores de condição corporal do presente estudo foi a utilização de um correto protocolo para sincronização do cio. Principalmente pela combinação do ECP com ecg que representa boa alternativa para aumentar a fertilidade de fêmeas bovinas acíclicas (SOUZA et al., 2014). As taxas de gestação obtidas pelas fêmeas com escore 3,5 e 4,0 de 43,4% e 48,5% respectivamente foram desfavoráveis. Estes resultados podem ser explicados pelas menores concentrações circulantes de hormônios esteroides (progesterona e estradiol) que pode ocorrer em fêmeas com alta ingestão alimentar. Esta situação pode estar relaciona à menor produção pelos ovários ou maior metabolismo destes hormônios (SARTORI; GUARDIEIRO, 2010).

40 38 6 CONCLUSÃO O protocolo de IATF possivelmente foi o fator determinante para que os resultados obtidos fossem favoráveis, principalmente pela ação do hormônio ecg e dos implantes de liberação de progesterona reutilizados para a categoria de nulíparas. O ECC representa um importante método de seleção de fêmeas bovinas para indicar a eficiência reprodutiva. Planejamento nutricional é essencial para a redução do tempo de retorno do ciclo estral pós-parto. Deve-se evitar que os animais atinjam tanto a subnutrição como a obesidade, devido a possibilidade de torna-los ineficientes reprodutivamente.

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49 CAPÍTULO II: RELATÓRIO DE ESTÁGIO 47

50 48 1 INTRODUÇÃO Para o sucesso da produção animal nas propriedades rurais o trabalho de assessoria técnica aos produtores é de grande importância. Com grande variedade de propriedades nos quesitos de mão de obra, estrutura, qualidade e quantidade de animais, condição financeira, entre outros, médicos veterinários e zootecnistas são procurados para avaliar, alterar e implementar o que for preciso na propriedade, exercendo a assessoria em busca de melhores resultados produtivos. Nesta área, os médicos veterinários podem atuar na gestão da propriedade rural, prestar consultoria técnica fixa ou periódica, treinamento e orientação de funcionários em relação ao manejo reprodutivo, nutritivo e sanitário, clínica médica e cirúrgica, responsabilidade técnica, entre outros. Como parte dos requisitos do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Tuiuti do Paraná, realizou-se o estágio curricular na cidade e região de Pitanga-PR, junto ao médico veterinário Dieggo Meira, prestador de assessoria veterinária para propriedades rurais de grande e pequeno porte, além de uma empresa de produtos agropecuários. O estágio foi realizado no primeiro semestre de 2016 com o principal objetivo de aprendizagem prática das situações reais que a medicina veterinária encontra na rotina de propriedades no interior do estado.

51 49 2 INFORMAÇÕES DO ESTÁGIO O estágio obrigatório foi realizado junto ao médico veterinário autônomo Dieggo Ricardo Meira da Silva, CRMV 06481, na cidade e região de Pitanga PR. De acordo com dados do IBGE (2014), a cidade e região de Pitanga PR possui mais de 86 mil cabeças de bovinos, com uma média de quase 26 mil vacas ordenhadas no ano, contabilizando aproximadamente mil litros de leite distribuídos em 1713 propriedades leiteiras. Com relação a equinos, a região estima 1628 animais. O médico veterinário Dieggo Meira graduou-se em 2005 pela Faculdade Integrado de Campo Mourão. Atuou na área de reprodução animal na empresa Embriogen em Campo Mourão PR durante 5 anos. Possui 2 anos de experiência como responsável técnico do Frigorífico Frigodasko e 5 anos pela empresa Fermacon Agropecuária. Atualmente atua nas áreas de bovinocultura de leite e corte (atendimento clínico, reprodução, assistência técnica e gestão de propriedades), atendimento clínico e reprodução em equinos e responsabilidade técnica empresarial. O estágio curricular teve abrangência em todas as áreas de trabalho atuais do supervisor de estágio, através do acompanhamento diário com o mesmo. Com início no dia 23 de janeiro de 2016 e término em 08 de abril de 2016, a carga horária do estágio foi de 424 horas sob supervisão do responsável pelo estágio Dieggo Ricardo Meira da Silva e orientação do professor responsável Msc João Filipi Scheffer Pereira.

52 Horas 50 3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS O estágio consistiu principalmente de atividades dentro de propriedades rurais, exceto pelas funções de responsabilidade técnica. O serviço volante realizado pelo médico veterinário Dieggo Meira abrange diversas cidades da região centro-sul ao norte central do estado do Paraná, tais como: Pitanga, Santa Maria do Oeste, Boa Ventura de São Roque, Cândido de Abreu, Ivaiporã, Altamira do Paraná, Mamborê, Janiópolis, Peabiru e Engenheiro Beltrão. As atividades estão descritas abaixo conforme a área de atuação. FIGURA 5 - CARGA HORÁRIA DO ESTÁGIO POR ATIVIDADES Atividades do Estágio

53 Número de Procedimentos 51 FIGURA 6 - NÚMERO DE PROCEDIMENTOS DESENVOLVIDOS Atividades Desenvolvidas Responsabilidade Técnica Empresarial Na cidade de Pitanga realizaram-se as atividades de responsabilidade técnica da empresa Fermacon Agropecuária, representando 66 horas do estágio. Constituiuse principalmente das seguintes funções: Orientação de funcionários sobre validade e armazenamento de produtos; Verificação periódica do acondicionamento (manutenção e armazenamento) de vacinas, antígenos e medicamentos, controlando principalmente as condições de temperatura dos refrigeradores; Orientação à gerência sobre aquisição de produtos; manter o controle de medicamentos controlados bem como a retenção e arquivamento de receituários; Garantir condições favoráveis aos animais expostos à venda; Realização de relatórios periódicos ao órgão competente sobre vendas e aquisições de animais e determinados produtos; Entre outros.

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