Conjuntura Macroeconômica Semanal

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1 Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos Conjuntura Macroeconômica Semanal 23 de janeiro de 2015 Medidas recentes reforçam expectativa de alcance da meta fiscal Leandro Câmara Negrão O Ministério da Fazenda apresentou, nesta semana, novas medidas fiscais para a economia brasileira, dando continuidade ao ajuste econômico em curso. O anúncio reforça a intenção do governo de cumprir a meta estabelecida para o superávit primário de 2015, de 1,2% do PIB. Apesar do cumprimento do número em si não ser uma tarefa fácil, ainda mais em um ano de baixo crescimento econômico, a direção das medidas nos parece adequada. É historicamente recomendado que esse tipo de política seja implementada nos primeiros anos de governo, período em que o capital político é maior. Com as medidas divulgadas até ao momento e utilizando como insumo nossa projeção de crescimento do PIB de 0,5% em 2015, estimamos que o superávit primário do Governo Central alcance cerca de 1,0% do PIB no ano. Sendo que o restante (0,2% do PIB) seria cumprido pelos governos regionais e empresas estatais. CONJUNTURA MACROECONÔMICA SEMANAL Como 2014 deve ter encerrado com um déficit de aproximadamente R$ 20 bilhões (0,4% PIB), para se cumprir a meta de 1,2% do PIB, o esforço este ano tem que ser da ordem de R$ 86 bilhões (1,6% do PIB). Porém, mais do que atingir a meta, as medidas adotadas até o momento já trazem uma mudança importante, que é fazer com que as despesas públicas cresçam mais alinhadas à variação do PIB. Adicionalmente, a direção de política econômica adotada vai além de atingir um número fechado no ano, ela busca o resgate da confiança na economia brasileira. Assim, apesar do custo sobre a atividade e a inflação que esse ajuste deverá contratar para este ano, avaliamos que os efeitos serão positivos no médio prazo. Atuação agressiva do BCE deve evitar que risco de deflação afete retomada da economia europeia Felipe Wajskop França O Banco Central Europeu anunciou nesta semana a ampliação do seu programa de compra de ativos privados para incluir também a aquisição de títulos soberanos e de instituições oficiais da Área do Euro. O volume das compras mensais será de 60 bilhões. O novo programa terá início em março e está programado para ser encerrado em setembro de 2016, somando, assim, 1,14 trilhão. No entanto, o BCE se comprometeu a conduzir as compras até que a inflação volte para uma trajetória favorável, deixando a porta aberta para estender o programa caso julgue necessário. A autoridade monetária anunciou ainda alterações nas condições das suas linhas de longo prazo (TLTRO), eliminando o spread de 0,10 pp em relação à taxa básica de juros. Do lado negativo, revelou que o compartilhamento de risco do novo programa entre os bancos centrais nacionais que compõem o Eurosystem será de apenas 20%, o que pode dar margem à interpretação que há falta de comprometimento de alguns países membros com a União Monetária. De todo modo, o anúncio de ontem surpreendeu positivamente, no tamanho do programa e na possibilidade de extensão. Com isso, acreditamos no sucesso das medidas em evitar que o risco de deflação afete a retomada da economia europeia. Como vínhamos defendendo em outras publicações, o maior impacto de um programa de compra de ativos soberanos na Área do Euro deveria ocorrer sobre as expectativas dos agentes e, principalmente, sobre o euro, já que as taxas de longo prazo nos países membros já estão nos patamares mínimos históricos. Dessa forma, o anúncio desta semana serviu para validar o movimento do mercado de câmbio e deverá ancorar as expectativas de inflação de volta em um nível próximo (porém abaixo) da meta de 2,0% do BCE. 1

2 Medidas recentes reforçam expectativa de alcance da meta fiscal Leandro Câmara Negrão O Ministério da Fazenda apresentou, nesta semana, novas medidas fiscais para a economia brasileira, dando continuidade ao ajuste econômico em curso. O anúncio reforça a intenção do governo de cumprir a meta estabelecida para o superávit primário de 2015, de 1,2% do PIB. Apesar do cumprimento do número em si não ser uma tarefa fácil, ainda mais em um ano de baixo crescimento econômico, a direção das medidas nos parece adequada. Depois de um período em que o governo adotou uma política de desoneração de diversos setores na economia, chegamos ao momento de se fazer alguns ajustes. É historicamente recomendado que esse tipo de política seja implementada nos primeiros anos de governo, período em que o capital político é maior. Com as medidas divulgadas até ao momento e utilizando como insumo nossa projeção de crescimento do PIB de 0,5% em 2015, estimamos que o superávit primário do Governo Central alcance cerca de 1,0% do PIB no ano. Sendo que o restante (0,2% do PIB) seria cumprido pelos governos regionais e empresas estatais. 3,0% 2,5% 2,0% 2,8% 2,5% 2,5% 2,3% 2,1% 2,1% 2,2% 1,9% 1,8% 1,7% 2,3% Superávit primário do Governo Central (% PIB) 1,7% 1,6% 1,5% 1,0% 0,8% 1,2% 1,2% 1,0% 0,5% 0,3% 0,0% -0,5% -0,4% -1,0% * 2015* Fonte: Tesouro Nacional Elaboração e projeções: BRADESCO: Cenário Doméstico As medidas anunciadas desde os últimos dias de 2014 passam tanto por correções de alguns desequilíbrios em programas governamentais, que deverão melhorar a eficiência do gasto público, como pela elevação de algumas alíquotas de impostos. Entre as medidas que se encaixam no primeiro grupo houve mudanças de regra nas (i) pensões por morte; (ii) auxílio-doença; (iii) seguro-desemprego; (iv) seguro-desemprego do pescador; e (v) abono salarial. As alterações nas pensões por morte já entraram em vigor neste mês: passa-se a ter carência de vinte e quatro meses de contribuição para ter acesso à pensão, será exigido pelo menos dois anos de união estável e o cálculo passará a ser de 50% do salário mais 10% por dependente, até um limite de 100%. No auxílio-doença, as empresas passam a arcar com o pagamento do salário do funcionário por até trinta dias de afastamento (anteriormente esse prazo era de quinze dias), além de passar a vigorar um teto no valor equivalente à média das últimas doze contribuições. Quanto ao seguro-desemprego, com a nova regra ocorreu um aumento da carência de seis para dezoito meses para a primeira solicitação, sendo que a segunda passou a ser de doze meses e a terceira de seis meses. Essa alteração deverá passar a valer no início de março. Já no seguro-desemprego do pescador, as exigências e 2

3 a carência para ter direito ao benefício aumentaram. Além disso, não pode mais ser recebido em conjunto com outros benefícios assistenciais. Por fim, para ter direito ao abono salarial, o contribuinte deve trabalhar pelo menos seis meses corridos no ano e o pagamento será proporcional ao período trabalhado. Anteriormente bastava ter trabalhado trinta dias no período e ter recebido até dois salários mínimos. Apesar de a nova regra entrar em vigor ainda neste ano, só deverá contribuir com o resultado primário em Assim, consideramos que todas essas medidas tenham um efeito de R$ 12,0 bilhões em 2015 e um impacto ainda maior em 2016, quando as medidas passarão a valer em sua totalidade. Principais mudanças nas regras de previdência e FAT Benefício social Como era Como ficará Abono Salarial Seguro-desemprego Seguro-desemprego do pescador Pago para quem trabalhou pelo menos 30 dias em um ano e recebeu até dois salários mínimos. O valor é o mesmo, independente do período trabalhado. O seguro é pago para quem trabalhou por 6 meses e tenha perdido o emprego. Recebe um salário mínimo durante o período em que é proibido pescar; registro sem prazo de carência; pessoas recebem o seguro e outros benefícios sociais ao mesmo tempo. O trabalhador deverá trabalhar pelo menos 6 meses corridos no ano para receber o abono. O valor será proporcional ao tempo trabalhado por ano. O período de carência passa a ser de 18 meses, na primeira solicitação. Para o segundo pedido, 12 meses. A partir do terceiro período, 6 meses. Será proibido o acúmulo de benefícios assistenciais e previdenciários com o seguro do pescador. Será exigida uma carência de três anos entre o registro como pescador e o recebimento do seguro. Pensão por morte Auxílio-doença Não há exigência de tempo mínimo de união estável ou casamento e não é solicitado um tempo mínimo de contribuição do segurado. O pagamento equivale a 100% do benefício, pensão para o cônjuge é vitalícia. A empresa paga o auxílio por 15 dias e depois o INSS assume o pagamento. O valor pago é igual ao da última contribuição registrada. A perícia é feita pelo INSS. Carência de 24 meses de contribuição para ter acesso à pensão. Passará a ser exigido pelo menos 2 anos de casamento ou união estável. Será alterado o cálculo da pensão de 100% para 50% mais 10% por dependente, até o limite de 100%. Termina com o benefício vitalício para os cônjuges jovens. As empresas arcarão com o pagamento por 30 dias. Depois, o INSS assume o pagamento. O valor passa a ser pago pela média das últimas 12 contribuições. Cenário Doméstico Considerando o outro lado do ajuste, visando a elevação de receitas do Governo, após o retorno do IPI para o setor automotivo no início do ano, foram adotadas quatro medidas: i) equiparação do IPI de cosméticos dos atacadistas com os industriais; (ii) elevação da alíquota de PIS/Cofins para importação; iii) aumento da alíquota do IOF incidente sobre o crédito de pessoa física de 1,5% para 3,0% ao ano, com limite de um ano; e iv) elevação das alíquotas do PIS/Cofins e da CIDE. A equiparação do IPI de cosméticos terá um efeito reduzido nas receitas, de R$ R$ 0,653 bilhão por ano, sendo que em 2015 esse valor deve ser de R$ 0,381 bilhão. Isso porque a medida passa a valer a partir de junho. A elevação da alíquota de PIS/Cofins para importação trará um acréscimo de R$ 1,19 bilhão por ano nos cofres do governo, sendo que para 2015 a arrecadação estimada é de R$ 0,694 bilhão, pois a medida também só começa a valer a partir de junho. Já com a elevação da alíquota do IOF incidente sobre o crédito de pessoa física, estima-se arrecadar cerca de R$ 8,31 bilhões por ano. Em 2015 a arrecadação com essa medida deverá ser de R$ 7,38 bilhões e já começa a valer neste mês. Finalmente, houve a elevação das alíquotas do PIS/Cofins e da CIDE, que estavam zeradas, para R$ 0,22 por litro para a gasolina e R$ 0,15 por litro para o diesel. Como a elevação da CIDE deveria respeitar a regra de noventena, elevou-se o PIS/Cofins na mesma intensidade para que o efeito sobre a arrecadação passe a ocorrer já no próximo mês. Todas essas medidas em conjunto deverão promover um aumento de receita da ordem de R$ 20,6 bilhões em Sendo que para os próximos anos essas medidas teriam um efeito de cerca de R$ 24,2 bilhões por ano. Adicionalmente, o veto da correção da tabela do Imposto de Renda para pessoa física em 6,5% (foi aprovado reajuste de 4,5%) fez com que o governo deixasse de arrecadar menos neste ano. Como 2014 deve ter encerrado com um déficit de aproximadamente R$ 20 bilhões (0,4% PIB), para se cumprir a meta de 1,2% do PIB, o esforço este ano tem que ser da ordem de R$ 86 bilhões (1,6% do PIB). Com as medidas que foram anunciadas até o momento, a tarefa de alcance da meta de superávit primário em 2015 segue dificil, apesar de a direção 3

4 para tal objetivo estar correta. Assim, seria necessário um esforço maior por parte do governo, principalmente no contingenciamento dos gastos. Porém, mais do que atingir a meta, as medidas adotadas até o momento já trazem uma mudança importante, que é fazer com que as despesas públicas cresçam mais alinhadas à variação do PIB. Adicionalmente, a direção de política econômica adotada vai além de atingir um número fechado no ano, ela busca o resgate da confiança na economia brasileira. Além disso, algumas delas, como as da Previdência e do FAT, alteram regras que terão impactos maiores nos próximos anos. Assim, apesar do custo sobre a atividade e a inflação que esse ajuste deverá contratar para este ano, avaliamos que os efeitos serão positivos no médio prazo. Porém, é importante ressaltar que ainda são necessários outros ajustess para que se atinja um superávit primário que estabilize a relação dívida/ PIB no médio prazo. De todo modo, é um começo de trabalho que surpreende positivamente, superando o que era esperado por nós e pela grande maioria dos analistas de mercado. E isso já pode ser observado em grande parte dos ativos que traduzem o prêmio de risco do Brasil. 21,0% 18,0% 16,3% 15,0% 19,0% 14,0% 18,7% 17,8% 19,5% Efetiva Estimada Variação em doze meses da receita total limpa - efetiva vs estimada 12,0% 13,4% 10,9% 9,0% 6,0% 8,3% 11,0% 7,1% 8,9% 7,2% 6,2% 3,0% 4,9% 0,0% -0,2% -3,0% Cenário Doméstico jan/05 mar/05 mai/05 jul/05 set/05 nov/05 jan/06 mar/06 mai/06 jul/06 set/06 nov/06 jan/07 mar/07 mai/07 jul/07 set/07 nov/07 jan/08 mar/08 mai/08 jul/08 set/08 nov/08 jan/09 mar/09 mai/09 jul/09 set/09 nov/09 jan/10 mar/10 mai/10 jul/10 set/10 nov/10 jan/11 mar/11 mai/11 jul/11 set/11 nov/11 jan/12 mar/12 mai/12 jul/12 set/12 nov/12 jan/13 mar/13 mai/13 jul/13 set/13 nov/13 jan/14 mar/14 mai/14 jul/14 set/14 nov/14 Fonte: Tesouro Nacional Elaboração: BRADESCO: 4

5 Atuação agressiva do BCE deve evitar que risco de deflação afete retomada da economia europeia Felipe Wajskop França O Banco Central Europeu anunciou nesta semana a ampliação do seu programa de compra de ativos privados para incluir também a aquisição de títulos soberanos e de instituições oficiais da Área do Euro. O volume das compras mensais será de 60 bilhões. O novo programa terá início em março e está programado para ser encerrado em setembro de 2016, somando, assim, 1,14 trilhão. No entanto, o BCE se comprometeu a conduzir as compras até que a inflação volte para uma trajetória favorável, deixando a porta aberta para estender o programa caso julgue necessário. A autoridade monetária anunciou ainda alterações nas condições das suas linhas de longo prazo (TLTRO), eliminando o spread de 0,10 pp em relação à taxa básica de juros. Do lado negativo, revelou que o compartilhamento de risco do novo programa entre os bancos centrais nacionais que compõem o Eurosystem será de apenas 20%, o que pode dar margem à interpretação que há falta de comprometimento de alguns países membros com a União Monetária. De todo modo, o anúncio de ontem surpreendeu positivamente, no tamanho do programa e na possibilidade de extensão. Com isso, acreditamos no sucesso das medidas em evitar que o risco de deflação afete a retomada da economia europeia. O anúncio de um programa de compra de ativos soberanos em larga escala já era aguardado pelos mercados. As duas condições impostas pelo BCE como necessárias para a adoção de novos estímulos monetários foram atendidas: as medidas anunciadas até o momento não foram suficientes para ampliar o seu balanço no ritmo desejado e as expectativas de inflação de médio prazo exibiram piora adicional. A inflação implícita nos títulos alemães de 5 anos por exemplo recuou de 0,26% para 0,05% desde o último encontro do BCE em dezembro até o último dia 21 e voltou para 0,19% depois da reunião desta semana. De fato, o desconforto com o desempenho recente dos índices de preços europeus foi um dos motivos que levou a autoridade monetária a adotar novas medias. Em dezembro, houve variação negativa de 0,2% nos preços ao consumidor na Área do Euro, na comparação com o mesmo período de 2013 (a menor leitura desde setembro de 2009). Ainda que a queda recente dos preços do petróleo tenha sido, sem dúvida, a maior responsável pela deflação na região, o BCE se mostrou especialmente preocupado com seus possíveis efeitos de segunda ordem sobre os demais preços e sobre os salários. 2,5 2,0 1,90 1,5 1,0 1,02 1,59 2,29 1,87 1,75 1,50 1,51 1,06 1,21 1,11 Alemanha Italia 0,87 Inflação implicita nos títulos de cinco anos (%) 0,5 0,0 0,73 0,40 0,16 0,71 0,35 0,54 0,22-0,5-0,56-0,25 Cenário Externo -1,0 jan/10 mar/10 mai/10 jul/10 set/10 nov/10 jan/11 mar/11 mai/11 jul/11 set/11 Apesar da expectativa quanto ao anúncio, o tamanho das medidas foi surpreendente. A autoridade monetária europeia vinha defendendo que seu objetivo com os pacotes anteriores era de ampliar seu balanço em cerca de 1,0 trilhão em dois anos. Com a ampliação do programa, incluindo a compra de títulos soberanos e de instituições oficiais da Área do Euro, seu balanço ficará 1,14 trilhão maior. Além disso, especulava-se que as nov/11 jan/12 mar/12 mai/12 jul/12 set/12 nov/12 jan/13 mar/13 mai/13 jul/13 set/13 nov/13 jan/14 mar/14 mai/14 jul/14 set/14 nov/14 jan/15 Fonte: Bloomberg Elaboração: BRADESCO compras mensais pudessem chegar a 50 bilhões, não os 60 bilhões anunciados. Estimando que as aquisições de títulos privados (Asset Backed Securities e covered-bonds) e as linhas de financiamento de longo prazo (Targeted Long Term Refinancing Operations) somem cerca de 500 bilhões nos próximos dois anos, as compras de ativos soberanos poderia chegar a quase 700 bilhões. 5

6 3,5 3,0 3,0 3,1 3,3 Balanço do banco central europeu ( trilhões) 2,5 2,7 2,6 2,0 2,1 2,2 1,9 2,2 2,2 2,0 1,5 1,5 1,5 1,7 1,0 set/07 dez/07 mar/08 jun/08 set/08 dez/08 mar/09 jun/09 set/09 dez/09 mar/10 jun/10 set/10 dez/10 mar/11 jun/11 set/11 dez/11 mar/12 jun/12 set/12 dez/12 mar/13 jun/13 set/13 dez/13 mar/14 jun/14 set/14 dez/14 mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 set/16 Fonte: Bloomberg Elaboração: BRADESCO O novo programa terá início em março e está programado para ser encerrado em setembro de No entanto, o BCE se comprometeu a conduzir as compras até que haja um ajuste sustentável na trajetória de inflação. Com isso, deixou a porta aberta para estendê-lo caso a inflação não volte a se acelerar. As compras dos títulos soberanos de cada país (com grau de investimento) serão conduzidas pelos respectivos bancos centrais nacionais (BCN), com orientação do BCE. Sua proporção respeitará a participação de cada instituição nacional no capital do BCE, com o limite de até 33% da dívida total de cada país e de 25% por emissão. Por fim, das novas compras, 12% serão títulos emitidos por agências ou outras instituições europeias e os 88% restantes serão ativos soberanos. Desse total, 20% terão o risco compartilhado pelo Eurosystem 1 : o total da parcela das aquisições dos títulos de agências e outras instituições, mais 8% dos bônus soberanos. Ou seja, apenas 10% dos ativos soberanos (8 de 88) terão o risco compartilhado pelos países membros do bloco, enquanto os 90% restantes terão as perdas arcadas pelos BCNs responsáveis. Isso, por sua vez pode levantar alguma dúvida quanto ao comprometimento dos países membros com a União Monetária. Como vínhamos defendendo em outras publicações, o maior impacto de um programa de compra de ativos soberanos na Área do Euro deveria ocorrer sobre as expectativas dos agentes e, principalmente, sobre o euro, já que as taxas de longo prazo nos países membros já estão nos patamares mínimos históricos. Nos últimos doze meses, a taxa de dez anos na Alemanha recuou de 1,75% para 0,45%. Na Espanha, a mesma taxa passou de 3,75% para 1,53%. Ao mesmo tempo, desde a última reunião do BCE, quando começou a ficar claro que iniciaria a compra de títulos soberanos no início deste ano, o euro depreciou 9,1% frente ao dólar. Dessa forma, o anúncio desta semana serviu para validar o movimento do mercado de câmbio e deverá ancorar as expectativas de inflação de volta em um nível próximo (porém abaixo) da meta de 2,0% do BCE além da sinalização positiva dada pelo BC, estima-se que 3% de depreciação do euro tem impacto de 0,1 a 0,2 pp sobre a inflação no ano. Com isso, reafirmamos nossa expectativa de que o sucesso das medidas deva impedir que o risco de deflação, proveniente da queda dos preços de energia, afete a retomada da economia europeia. Mantemos, assim, a projeção de crescimento de 1,1% do PIB europeu neste ano. 1,60 1,60 1,59 Taxa de câmbio nominal US$/ 1,50 1,51 1,48 Cenário Externo 1,40 1,30 1,20 1,10 jan/07 mai/07 set/07 1,34 jan/08 mai/08 set/08 1,25 jan/09 mai/09 set/09 jan/10 mai/10 1,19 set/10 1,32 1,29 jan/11 mai/11 set/11 1,42 1,27 jan/12 mai/12 1,36 1,27 1,21 set/12 jan/13 mai/13 1,39 1,38 1,36 1,35 1,28 1,25 1,12 set/13 jan/14 mai/14 set/14 jan/15 Fonte: Bloomberg Elaboração: BRADESCO 1 O Eurosystem é composto pelos 19 bancos centrais nacionais dos países membros da Área do Euro e pelo Banco Central Europeu. 6

7 Quadro de Projeções - PIB real Mundial e países selecionados p 2015p Países Desenvolvidos 2,6 3,0 2,8 0,1-3,6 2,9 1,6 1,2 1,4 1,8 2,2 Estados Unidos 3,1 2,7 1,9-0,3-3,5 2,4 1,8 2,2 1,9 2,3 2,9 Área do Euro 1,7 3,2 3,0 0,4-4,3 1,8 1,5-0,6-0,4 0,8 1,1 Alemanha 0,8 3,9 3,4 0,8-5,1 3,6 3,1 0,9 0,4 1,4 1,6 França 1,8 2,5 2,3-0,1-3,1 1,7 1,7 0,0 0,3 0,4 0,6 Itália 0,9 2,2 1,7-1,2-5,5 1,8 0,4-2,7-1,9-0,2 0,4 Reino Unido 2,8 2,6 3,6-1,0-4,0 1,8 0,9 0,3 1,9 3,1 2,5 Japão 1,3 1,7 2,2-1,0-5,5 4,7-0,5 1,5 1,5 0,4 1,0 Países Emergentes 7,2 8,2 8,6 6,2 2,8 7,4 6,3 5,1 4,7 4,3 4,2 China 11,3 12,7 14,2 9,6 9,2 10,4 9,3 7,7 7,7 7,3 6,5 Coréia 4,0 5,2 5,1 2,3 0,3 6,3 3,6 2,0 2,8 4,0 3,5 Rússia 6,4 8,2 8,5 5,2-7,8 4,3 4,3 3,4 1,3 0,2-4,0 Índia 9,3 9,6 9,7 8,2 6,4 9,7 7,5 5,1 4,5 5,2 6,8 América Latina 4,7 5,7 5,8 4,3-1,3 6,1 4,5 2,9 2,7 1,2 1,4 Brasil 3,2 4,0 6,1 5,2-0,3 7,5 2,7 1,0 2,5 0,0 0,5 Argentina 9,2 8,4 8,0 3,1 0,1 9,1 8,6 0,9 3,0-2,3-2,0 Chile 6,2 5,7 5,2 3,3-1,1 7,5 4,8 5,4 3,6 1,8 3,0 Colômbia 4,7 6,7 6,9 3,6 5,8 4,0 6,6 4,0 4,7 4,8 3,5 México 3,2 5,1 3,2 1,2-6,2 5,1 4,0 3,9 1,1 2,5 3,2 Peru 6,8 7,8 8,9 10,1 1,1 8,4 6,5 6,0 5,6 2,7 2,6 Mundo 4,5 5,2 5,4 2,9-0,6 5,4 4,1 3,4 3,3 3,1 3,2 Fonte: FMI Elaboração e (p) projeção: BRADESCO Quadro de Projeções Macroeconômicas Externas 7

8 Quadro de Projeções Macroeconômicas - Ano base Quadro de Projeções Macroeconômicas Domésticas ATIVIDADE, INFLAÇÃO E JUROS (1): A partir de 2002 com dados calculados de acordo com a nova metodologia da Pesquisa Mensal de Emprego. (**) Para 2014, os dados de inflação, balança comercial, taxa de juros, taxa de câmbio, rating e IBOVESPA já são efetivos. Atualizado com dados até 23/janeiro/2015 Fonte: Dados oficiais para números efetivos Elaboração e (*)projeção: BRADESCO * 2015* 2016* PIB (%) 4,0 6,1 5,2-0,3 7,5 2,7 1,0 2,5 0,0 0,5 2,0 Agropecuária (%) 4,8 4,8 6,3-3,1 6,3 3,9-2,3 7,3 1,0 2,0 3,0 Indústria (%) 2,2 5,3 4,1-5,6 10,4 1,6-0,8 1,7-1,7 0,3 1,5 Serviços (%) 4,2 6,1 4,9 2,1 5,5 2,7 1,7 2,2 0,7 0,5 2,1 Consumo Privado (%) 5,2 6,1 5,7 4,4 6,9 4,1 3,1 2,6 0,9 0,8 1,6 Consumo da Adm. Pública (%) 2,6 5,1 3,2 3,1 4,2 1,9 3,2 2,0 2,2 0,3 2,0 Investimento (FBKF) (%) 9,8 13,9 13,6-6,7 21,3 4,7-4,0 5,2-7,7 0,3 5,0 Exportações Bens e Serviços Não Fatores (%) 5,0 6,2 0,5-9,1 11,5 4,5 0,5 2,5-0,6 3,5 3,0 Importações Bens e Serviços Não Fatores (%) 18,4 19,9 15,4-7,6 35,8 9,7 0,2 8,3-1,3 2,0 5,0 PIB (R$) - bilhões (Preços Correntes) PIB (US$) - bilhões ,0 População - milhões 187,3 189,5 191,5 193,5 195,5 197,4 199,2 201,0 202,8 204,5 206,1 PIB per capita - US$ Produção Industrial - IBGE (%) 2,7 5,9 3,1-7,1 10,2 0,4-2,3 2,0-3,2 0,2 1,5 Taxa de Desemprego Aberto (30 dias) - IBGE (1) 10,0 9,3 7,9 8,1 6,7 6,0 5,5 5,4 4,9 5,7 5,5 Vendas no Comércio Varejista - Restrita (%) 6,2 9,7 9,1 5,9 10,9 6,7 8,4 4,5 2,6 2,5 4,5 IPCA - IBGE (%) 3,1 4,5 5,9 4,3 5,9 6,5 5,8 5,9 6,4 6,8 5,20 IPC - FIPE (%) 2,5 4,4 6,2 3,7 6,4 5,8 5,1 3,9 5,2 6,5 5,20 IGP-M - FGV (%) 3,8 7,8 9,8-1,7 11,3 5,1 7,8 5,5 3,7 5,0 5,00 IGP-DI - FGV (%) 3,8 7,9 9,1-1,4 11,3 5,0 8,1 5,5 3,8 5,1 5,00 Taxa Selic (final de período) % 13,25 11,25 13,75 8,75 10,75 11,00 7,25 10,00 11,75 12,50 11,50 Taxa Selic nominal (acumulado 12 meses) % 15,08 11,85 12,48 9,92 9,78 11,62 8,48 8,21 10,91 12,22 11,61 Taxa Selic real / IPCA (acumulado 12 meses) % 11,6 7,1 6,2 5,4 3,7 4,8 2,5 2,2 4,2 5,1 6,1 Taxa Selic real / IGP-M (acumulado 12 meses) % 10,8 3,8 2,4 11,8-1,4 6,2 0,6 2,6 7,0 6,9 6,3 EXTERNO, CÂMBIO, RISCO E BOLSA Balança Comercial (US$ bilhões) 46,5 40,0 24,9 25,4 20,1 29,8 19,4 2,6-3,9 4,1 8,9 Exportações (US$ bilhões) 137,8 160,6 197,9 153,0 201,9 256,0 242,6 242,2 225,1 207,7 223,4 Importações (US$ bilhões) 91,3 120,6 173,0 127,6 181,8 226,2 223,1 239,6 229,0 203,6 214,6 Corrente de Comércio (% PIB) 21,1 20,6 22,4 17,3 17,9 19,5 20,7 21,5 20,7 20,1 20,6 Déficit em serviços e rendas (US$ bilhões) -37,1-42,5-57,3-52,9-70,3-85,3-76,5-87,3-87,5-83,9-90,2 Saldo em conta-corrente (US$ bilhões) 13,6 1,6-28,2-24,3-47,3-52,5-54,2-81,4-88,6-76,4-78,0 Saldo em conta-corrente (% PIB) 0,8 0,1-1,7-1,6-2,2-2,1-2,4-3,6-4,0-3,7-3,6 Investimento Direto Estrangeiro (US$ bilhões) 18,8 34,3 45,1 25,9 48,5 66,7 65,3 64,0 61,5 64,0 69,0 Taxa de câmbio (final de período) R$ / US$ 2,14 1,77 2,34 1,74 1,67 1,88 2,04 2,35 2,64 2,75 2,84 Taxa de câmbio (média anual) R$ / US$ 2,18 1,95 1,83 2,00 1,76 1,67 1,95 2,16 2,35 2,70 2,80 Desvalorização nominal ponta (%) -8,66-17,15 31,94-25,49-4,31 12,58 8,94 12,81 12,59 4,12 3,14 Desvalorização nominal média (%) -10,56-10,53-5,82 8,89-11,89-4,85 16,70 10,43 9,06 14,74 3,58 Reservas internacionais (US$ bilhões) - liquidez 85,8 180,3 206,8 239,1 288,6 352,0 378,6 373,5 379,1 384,8 392,5 Dívida Externa Total Médio e Longo Prazo (US$ bilhões) 172,5 193,2 198,4 202,3 256,8 298,2 312,9 312,0 340,1 357,1 375,0 Dívida Externa / Exportações 1,3 1,2 1,0 1,3 1,3 1,2 1,3 1,3 1,5 1,7 1,7 Reservas Internacionais / Importações 0,9 1,5 1,2 1,9 1,6 1,6 1,7 1,6 1,7 1,9 1,8 Rating Soberano Moody's Ba2 Ba1 Ba1 Baa3 Baa3 Baa2 Baa2 Baa2 Baa2 - - Rating Soberano S&P BB BB+ BBB- BBB- BBB- BBB BBB BBB BBB- - - IBOVESPA - Pontos FISCAL Resultado primário do setor público (R$ bilhões) 75,9 88,1 103,6 65,8 101,7 129,0 105,0 92,1-18,6 66,4 118,8 Resultado primário do setor público (% PIB) 3,20 3,31 3,42 2,03 2,70 3,11 2,38 1,90-0,36 1,20 2,00 Resultado nominal do setor público - sem câmbio (% PIB) -3,6-2,8-2,0-3,3-2,5-2,6-2,5-3,3-5,7-4,9-4,3 Dívida Líquida do Setor Público (R$ bilhões) 1120,1 1211,8 1168,2 1362,7 1475,8 1508,5 1550,5 1637,5 1894,4 2059,4 2157,7 Dívida Líquida do Setor Público (% PIB) 47,3 45,5 38,5 42,1 39,1 36,4 35,3 33,8 36,7 37,2 36,3 8

9 Equipe Técnica Equipe Técnica Octavio de Barros - Diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos Marcelo Cirne de Toledo - Superintendente executivo Economia Internacional: Fabiana D Atri / Felipe Wajskop França / Thomas Henrique Schreurs Pires Economia Doméstica: Robson Rodrigues Pereira / Andréa Bastos Damico / Igor Velecico / Ellen Regina Steter / Myriã Tatiany Neves Bast Análise Setorial: Regina Helena Couto Silva / Priscila Pacheco Trigo / Leandro de Oliveira Almeida Pesquisa Proprietária: Fernando Freitas / Leandro Câmara Negrão Estagiários: Ariana Stephanie Zerbinatti / Vanderley Rodrigues Gonçalves Junior / Lucas Zaniboni / Felipe Escandor Rubio / Thomaz Lopes Macetti / Victor Hugo Carvalho Alexandrino da Silva / Davi Sacomani Beganskas / Ives Leonardo Dias Fernandes O BRADESCO não se responsabiliza por quaisquer atos/decisões tomadas com base nas informações disponibilizadas por suas publicações e projeções. Todos os dados ou opiniões dos informativos aqui presentes são rigorosamente apurados e elaborados por profissionais plenamente qualificados, mas não devem ser tomados, em nenhuma hipótese, como base, balizamento, guia ou norma para qualquer documento, avaliações, julgamentos ou tomadas de decisões, sejam de natureza formal ou informal. Desse modo, ressaltamos que todas as consequências ou responsabilidades pelo uso de quaisquer dados ou análises desta publicação são assumidas exclusivamente pelo usuário, eximindo o BRADESCO de todas as ações decorrentes do uso deste material. Lembramos ainda que o acesso a essas informações implica a total aceitação deste termo de responsabilidade e uso. A reprodução total ou parcial desta publicação é expressamente proibida, exceto com a autorização do Banco BRADESCO ou a citação por completo da fonte (nomes dos autores, da publicação e do Banco BRADESCO). 9

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