DIREITO PREVIDENCIÁRIO

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1 CONCURSO: Instituto Nacional do Seguro Social CARGO: Técnico do Seguro Social PROFESSORA: Paola Restini Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei n.º 9.610/1998, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Rateio é crime!!! Valorize o trabalho do professor e adquira o curso de forma honesta, realizando sua matrícula individualmente no site concurseiro24horas.com.br

2 AULA INAUGURAL INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL 1. APRESENTAÇÃO O CURSO INTRODUÇÃO SEGURIDADE SOCIAL UNIVERSALIDADE DA COBERTURA E DO ATENDIMENTO (UCA): UNIFORMIDADE E EQUIVALÊNCIA DOS BENEFÍCIOS E SERVIÇOS ÀS POPULAÇÕES URBANAS E RURAIS (UEBS): SELETIVIDADE E DISTRIBUTIVIDADE NA PRESTAÇÃO DOS BENEFÍCIOS E SERVIÇOS (SDBS): IRREDUTIBILIDADE DO VALOR DOS BENEFÍCIOS (IRRVB): EQUIDADE NA FORMA DE PARTICIPAÇÃO E CUSTEIO DIVERSIDADE DA BASE DE FINANCIAMENTO (DBF) CARÁTER DEMOCRÁTICO E DESCENTRALIZADO DA ADMINISTRAÇÃO, MEDIANTE GESTÃO QUADRIPARTITE, COM PARTICIPAÇÃO DOS TRABALHADORES, DOS EMPREGADORES, DOS APOSENTADOS E DO GOVERNO NOS ÓRGÃOS COLEGIADOS (DDQ): FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL EMPREGADOR TRABALHADOR CONCURSOS DE PROGNÓSTICOS IMPORTADOR DE BENS OU SERVIÇOS DO EXTERIOR: SAÚDE PREVIDÊNCIA SOCIAL ASSISTÊNCIA SOCIAL RESUMO DA AULA QUESTÕES COMENTADAS CONSIDERAÇÕES FINAIS QUESTÕES APRESENTADAS EM AULA Temas abordados: Seguridade Social e Legislação Previdenciária

3 1. Apresentação Prezado aluno, nossa aula demonstrativa tratará do Tema da Seguridade Social bem como Legislação Previdenciária. Destaco que apresentaremos o conteúdo completo para o concurso do INSS. Fiquem tranquilos que dará tempo de vermos tudo. Aqui é apenas uma demonstração de como será nosso curso para INSS. Edital x Cronograma das Aulas. A matéria será dividida em dois assuntos: Regulamento da Seguridade Social e Benefícios previdenciários. O objetivo dessa divisão é fazer com que o leitor se prepare para a realização de provas de concursos, sem grandes dificuldades. A apresentação do tema será de forma clara, didática, sem embromação. A linguagem utilizada é simples e acessível a todos. Abordarei os assuntos de modo objetivo com inúmeros quadros e tabelas comparativos, o que facilita o entendimento e a memorização. Ao final de cada titulo, inclui as questões mais recentes de provas, para que o leitor tenha a oportunidade de testar seu conhecimento e perceber de forma bem clara como os temas são cobrados em provas. É uma leitura que recomendo, pois quanto mais objetivo e simples for à leitura, maior será o grau de aprovação. Antes de iniciar os estudos, me apresento: meu nome é Paola Restini, sou professora de Direito Previdenciário e estarei aqui para um único objetivo: a aprovação de vocês! Me formei em direito e já obtive êxito na prova da OAB. Tentei advogar na iniciativa privada, mas não era o que realmente queria. Iniciei meus estudos para concursos públicos, e ao mesmo tempo, comecei a dar aulas nessa área e escrever livros. Me identifiquei muito lecionando

4 A partir daí as oportunidades foram surgindo. Me aperfeiçoei em cursos de extensão em direito previdenciário e logo mais termino minha pós graduação na área. Segue meu currículo para vocês me conhecerem melhor: Bacharel em Direito pela Faculdade Colégio Osvaldo Cruz; Pós graduada em Direito Administrativo e Comercial com relações com o mercado; Pós graduada em Direito Previdenciário; Professora de Direito Constitucional, Administrativo e Previdenciário na escola preparatória para concursos Eclipse em Ribeirão Preto. Para que vocês obtenham sucesso nessa escola que é o concurso público basta manter o foco e ter disciplina, sendo objetivo e organizado. Torço pelo sucesso de vocês! 1.1 O Curso A matéria de Direito Previdenciário tem como leis fundamentais a Lei n.º 8.212/1991 (Parte de Custeio) e a Lei n.º 8.213/1991 (Parte de Benefícios). Ocorre que em 1999 houve a publicação do Decreto (Regulamento da Previdência Social) agrupando essas duas leis com um maior detalhamento sobre o direito previdenciário. Então seria mais coerente lermos o Decreto inteiro??? Não! Claro que não!!! Imagina vocês lendo mais de 400 artigos como não seria cansativo!! E mais, houve várias alterações nas leis 8212/1991 e 8213/1991 que não foram inseridas no decreto

5 Houve ainda grandes alterações como no caso do Salário Maternidade recebido pela mãe adotante bem como a aposentadoria por pessoas com deficiência que não estão incluídas no querido decreto. Por isso o nosso curso. O objetivo maior deste curso é compilar os estudos das leis com o regulamento e suas alterações de forma a facilitar os estudos de vocês para a tão sonhada aprovação. O curso contará com a análise das jurisprudências atuais bem como com resolução de questões da CESPE, FCC, FUNRIO e ESAF. E mais, vocês poderão tirar dúvidas comigo por . Meu objetivo maior é fazer com que vocês estudem de uma forma objetiva, sem se tornar cansativo, pois sei muito bem como é chato ficar lendo artigos, jurisprudências e doutrinas. Espero que vocês alcancem a tão sonhada aprovação. Vamos agora ao nosso cronograma! Combinando a matéria de Seguridade Social e Legislação Previdenciária que foram cobradas no último concurso, incluindo as alterações do nosso ordenamento jurídico, ficaremos com o seguinte sequencia: 1 Seguridade social: origem e evolução legislativa no Brasil; conceito; organização e princípios constitucionais. 2 Regime Geral da Previdência Social: beneficiário, benefícios e custeio. 3 Salário-de-contribuição: conceito, parcelas integrantes e excluídas, limites mínimo e máximo; salário-base, enquadramento, proporcionalidade e reajustamento. 4 Planos de benefícios da previdência social: espécies de benefícios e prestações, disposições gerais e específicas, períodos de carência, salário-debenefício, renda mensal do benefício, reajustamento do valor do benefício. 5 PIS/PASEP

6 6 Legislação acidentária. 6.1 Regulamento do seguro de acidentes do trabalho (urbano e rural). 6.2 Moléstia profissional. 7 Reconhecimento da Filiação. 8 Contagem recíproca do tempo de contribuição. 9 Justificação administrativa. O cronograma de aulas você acompanha em nossa página do curso. 1.2 Introdução Conceito de Direito Previdenciário. O Direito Previdenciário é o ramo do direito público que estuda o funcionamento e a organização da Seguridade Social. No Brasil a seguridade Social esta disciplinada entre os artigos 194 e 204 da Constituição Federal disciplinando a previdência social, assistência e a saúde. Origem e Evolução da Seguridade Social no Mundo e no Brasil. Antes de iniciarmos os estudos sobre a origem da Seguridade Social no Brasil e no Mundo, mister analisar o conceito primordial que rege essa evolução, qual seja: a Proteção Social. A Proteção Social é definida pela maioria dos doutrinadores previdenciários como a garantia de inclusão a todos os cidadãos que se encontram em situação de vulnerabilidade ou em situação de risco. Essa proteção se exterioriza por mecanismos criados pela sociedade, ao longo do tempo, para atender aos infortúnios da vida, como doença, idade avançada, acidente, reclusão, maternidade entre outros, que impeçam a pessoa de obter seu sustento. Mas como era ofertada essa proteção social antigamente? Acreditem! Pela própria família dos necessitados ou até mesmo por pessoas estranhas, como instituições de amparo aos necessitados. Destaco que nessa época não havia nenhuma participação do Estado no auxílio das pessoas desamparadas

7 Ocorre que em meados do século XIX os governos mundiais, podemos dizer assim, começaram a elaborar normas de proteção aos trabalhadores. Mas foi a partir da Revolução industrial (século XVIII) que houve a evolução para o resto do mundo. Podemos classificar em três grandes fases: Fase inicial (até 1920) Surgimento dos primeiros regimes de proteção social ou até mesmo previdência; Fase Intermediária (de 1920 a 1945) expansão da previdência por várias nações ao redor do mundo, e Fase contemporânea (de 1945 aos dias atuais) expansão dos regimes previdenciários. Destacamos aqui os fatos mais marcantes da Proteção Social: Ano de "Poor Relief Act" (Leis dos Pobres): Foi o marco inicial da Assistência Social no mundo. Ano de Lei de Bismark: É o surgimento da Previdência Social no mundo. Essa lei foi instituída por Bismark o qual criou um seguro doença em favor dos trabalhadores industriais. Esse seguro era patrocinado pelo próprio trabalhador bem como pelo seu empregador. No decorrer dos anos essa lei foi se aprimorando alcançando benefícios em decorrência de acidente e invalidez. Ano de Constituição do México: Foi a primeira constituição do mundo a adotar a expressão Previdência Social. Ano de Constituição de Weimar: Constituição que teve pouca duração na Alemanha, porém, assim como a mexicana, abarcou a previdencia social em seu texto. Ano de "Social Security Act": Institui o sistema previdenciário nacional nos Estados Unidos. Ano de Plano Beveridcie (Inglaterra):esse plano reformulou o sistema previdenciário britânico instituindo que qualquer pessoa em qualquer idade teria

8 ampla proteção social estatal. Podemos considerar esse plano como primordial ao plano que hoje faz parte de nosso dia a dia, a Seguridade Social em sua forma completa. Vocês devem estar se perguntando? E no Brasil como se deu a evolução previdenciária??? Deu-se de uma maneira bem parecida com a mundial com o surgimento da Lei Eloy Chaves (24/01/1923), marco inicial da Previdência Social no Brasil. Essa lei surgiu a pedido dos trabalhadores ferroviários estaduais sendo criada a Caixa de Aposentadoria e Pensão (CAP), a qual previa que cada empresa de estrada de ferro no Brasil deveria criar e custear a sua própria Caixa de Aposentadoria e Pensão em favor de seus trabalhadores, bem como quais benefícios seriam concedidos a eles. IMPORTANTE Essas Caixas de aposentadoria e pensão NÃO tinham a participação do Estado. Elas eram patrocinadas únicas e exclusivamente pelas empresas e por seus empregados. Com a publicação da Lei Eloy Chaves várias outras categorias foram surgindo, tais como portuários, rádios, e outras categorias. Como houve a criação de muitas CAPs, o país teve que passar por uma reforma previdenciária, como a unificação dessas em Institutos de Aposentadorias e Pensões, sendo organizadas pela categoria profissional e não mais pelas empresas. Esses institutos, com natureza de autarquias, eram subordinados ao Ministério do Trabalho (que foi criado em 1930), sendo que o primeiro a ser realmente constituído foi o Instituto dos Marítimos. Além da criação dos Institutos, o Brasil passou por três constituições, sendo a de 1934, a de 1937 e a de 1946, cada uma com sua peculiaridade, vejamos: CF 1934: primeira Constituição a trazer em seu bojo que o custeio da previdência seria de forma tríplice, ou seja, contribuições de empregadores, trabalhadores e Estado

9 CF 1937: essa Constituição manteve a mesma linha da CF de 1934, trazendo como novidade a palavra Seguro Social. CF 1946: considera como a primeira constituição a adotar o termo Previdência Social, porém não trouxe em seu bojo nada de relevante, mantendo o que as outras já previam. Após essas modificações, houve a instituição de uma lei que unificou a legislação previdenciária, Lei n. 3807/1960 Lei Orgânica da Previdência Social. Essa lei incluiu na Constituição de 1946 a proibição de prestação de beneficio sem a correspondente fonte de custeio. Criou-se assim, o Instituto Nacional da Previdência Social (INPS) através do Decreto n. 72 de 1966, unificando definitivamente os Institutos de Aposentadorias e Pensões. Após essa unificação o governo decidiu integrar ao INPS o SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) deixando de ser uma prestação privada para se tornar um benefício comum, sendo que o INPS passa a ser o responsável pela concessão deste. Alguns anos após criou-se o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (SINPAS), surgindo com ele sete entidades no total, sendo: INPS INAMPS LBA FUNABEM DATAPREV lapas CEME Instituto Nacional de Previdência Social Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social Fundação Legião Brasileira de Assistência Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social Central de Medicamentos Após essas transições todas finalmente houve a promulgação da Constituição Federal de 1988, que trouxe em seu artigo 194 a atual definição de Seguridade Social, conforme podemos observar:

10 Art. 194: A Seguridade Social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à Saúde, à Previdência e à Assistência Social. Nasce aqui o conceito de Seguridade Social compreendendo três áreas: Previdência, Assistência e Saúde. (o famoso SAP) Antes de iniciarmos o conceito dessas áreas, faço um breve comentário: extinguiuse o SINPAS, o INAMPS, a LBA, a FUNABEM e o CEME. Mas em 1990 criou-se o INSS que nada mais é do que a fusão do IAPAS com o INPS. A DATAPREV continua em funcionamento ainda sendo ela uma empresa pública ligada ao Ministério da Previdência Social. Para melhor compreensão o sistema ficou dividido da seguinte maneira: INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) Prestação de benefícios previdenciários aos segurados, SISTEMA PREVIDENCIÁRIO MDS (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome) MS (Ministério da Saúde) Coordenação de ações na área de Assistência Social. Coordenação de ações na área de Saúde, entre elas o SUS DATAPREV (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social) Empresa responsável pelo suporte de TI (Tecnologia da Informação) no âmbito do Ministério da Previdência Social. Após toda essa revolução, digamos assim, foram criadas as leis 8212 e 8213, que substituiu a Lei Orgânica da Previdência Social, tratando da parte de custeio e de benefícios. Por fim, em 1999 o Presidente da República editou e publicou o decreto que regulamenta os dispositivos das leis 8212 e 8213, conhecido como Regulamento da Previdência Social

11 A partir daqui a estrutura da previdência não sofreu alterações, somente houve a criação da Secretaria da Receita Previdenciária que ficou responsável pela fiscalização e controle das contribuições sociais, perdurando até a modificação de seu nome para Secretaria da Receita Federal do Brasil, em Atualmente a Receita Federal do Brasil, conhecida como super receita, possui as funções de controle, arrecadação e fiscalização de todas as contribuições sociais devidas a previdência enquanto o INSS controla e concede benefícios previdenciários. RECEITA FEDERAL controle, arrecadação e fiscalização de todas as contribuições sociais INSS controla e concede benefícios previdenciários. Pronto! Agora que estudamos o histórico da previdência nada mais justo que iniciarmos o conceito previsto na Constituição Federal sobre a Seguridade Social. 2. Seguridade Social O artigo 194 da CF/88 define Seguridade Social como: A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Destaca-se que a Seguridade Social é exercida pelo Poder Público e pela sociedade. Por ser um conjunto integrado de ações o Estado deve proporcionar a saúde, a assistência e a previdência e a população deve contribuir para manter o sistema

12 SEGURIDADE SOCIAL SAÚDE ASSISTÊNCIA SOCIAL PREVIDÊNCIA SOCIAL Direito de Todos Independe de Contribuição Quem dela necessitar Independe de Contribuição Regime Geral Caráter Contributivo Filiação Compulsória A Seguridade Social compreende uma rede social de proteção, sendo conhecida como Estado do bem estar social. Este tem o intuito de oferecer proteção ao cidadão nas situações de risco social, ou seja, dar proteção ao indivíduo caso ele incorra nas situações de risco, garantindo os meios necessários para que ele possa sobreviver. Com o intuito de alcançar esse objetivo, as políticas e ações públicas de saúde, assistência social e previdência social atuarão de modo integrado. Por esta razão, a ESAF considerou correta a assertiva abaixo: A Previdência Social é vista como um serviço a ser prestado de forma integrada com a Assistência Social e a Saúde. A Constituição preceitua que as ações na área da Seguridade Social não serão desempenhadas restritivamente pelo Estado, visto que a iniciativa dessas ações também pertence à sociedade. No entanto, o art. 194 da CF estabelece que cabe ao poder público organizar a seguridade social, nos termos da lei. Sendo assim, a Seguridade se desmembra em três áreas: Saúde, Previdência e Assistência Social. (veremos cada uma delas) A organização da Seguridade Social deverá obedecer alguns princípios Constitucionais, tais como: universalidade da cobertura e do atendimento; uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;

13 INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; irredutibilidade do valor dos benefícios; equidade na forma de participação no custeio; diversidade da base de financiamento e caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. Atenção! Esse artigo é muito cobrado em prova, pois a banca sempre mescla os princípios constitucionais com os princípios da seguridade social, o que acarreta confusão por parte do candidato. O art. 194 da Constituição Federal dispõe que a seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: I - universalidade da cobertura e do atendimento; II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; V - equidade na forma de participação no custeio; VI - diversidade da base de financiamento; VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. Mais que memorizar, vocês tem que entender o princípios. Por isso, ai vai um esquema para entender e se precaver das pegadinhas das bancas:

14 UCA UEBS SDBS IRRVB Universalidade da Cobertura e do Atendimento Uniformidade e Equivalência dos Benefícios e Serviços às populações urbanas e rurais Seletividade e Distributividade na prestação dos Benefícios e Serviços. Irredutibilidade do Valor dos Benefícios. EFPC Equidade na Forma de Participação no Custeio. DBF DDQ Diversidade da Base de Financiamento. Caráter Democrático e Descentralizado da administração, mediante gestão Quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados 2.1. Universalidade da cobertura e do atendimento (UCA): O princípio da Universalidade da Cobertura e do atendimento deve abranger todas as contingências sociais que geram necessidade de proteção social. (maternidade, velhice, doença, invalidez, etc). A universalidade da cobertura significa quais os riscos sociais, ou seja, toda e qualquer situação de vida que possa levar ao estado de necessidade, devem ser amparados pela Seguridade. Tais como: maternidade, velhice, doença, acidente, invalidez, reclusão e morte. No entanto, os recursos são limitados, devendo o legislador optar. Já a universalidade do atendimento diz respeito à proteção das pessoas, dos titulares, ou seja, todos os residentes do território nacional, isto é, todas as pessoas indistintamente deverão ser acolhidas pela Seguridade Social. Fiquem tranquilos que mais a frente aprofundaremos esse tema

15 2.2. Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais (UEBS): Tal princípio veda a criação de benefícios diferenciados para trabalhadores urbanos e rurais. Equivalência não se confunde com igualdade. O rural, no que diz respeito à aposentadoria, tem uma forma diferenciada de contribuir para o sistema. Este princípio se materializa, por exemplo, na garantia constitucional de que os benefícios que substituem a renda do trabalhador não tenham valor inferior a um salário-mínimo, a qual se aplica, indistintamente, aos trabalhadores urbanos e aos trabalhadores rurais. Portanto, os benefícios oferecidos pela Seguridade Social deverão se estender para a população urbana e para a rural. Como são uniformes, os benefícios deverão ser equivalentes, ou seja, não se podem diferenciar os valores dos benefícios às populações urbanas e as rurais. Isto porque a proteção social dada à população urbana sempre foi mais ampla devido sua criação iniciar na década de vinte através das Caixas de Aposentadorias e pensões nas empresas ferroviárias, conhecida como a Lei Eloy Chaves e serem destinadas aos trabalhadores urbanos tendo sua extensão aos rurais somente na década de sessenta com a criação da Funrural Fundo de Assistência e Previdência ao trabalhador rural. A partir deste momento os trabalhadores rurais passaram a fazer parte do recebimento dos benefícios concedidos pela previdência, porém, recebiam um valor inferior ao mínimo. Por todo esse exposto, o legislador percebeu que não poderia haver essa diferença de contribuição, sendo garantia constitucional que os benefícios que substituíssem a renda do trabalhador não poderiam ser inferiores a um salário mínimo, o qual se aplica, a partir de então, aos trabalhadores urbanos e rurais. Insta mencionar aqui que este principio não impede a existência de algumas diferenciações na concessão dos benefícios, como por exemplo, a redução em cinco anos para obtenção de aposentadoria por idade para os trabalhadores rurais,

16 bem como a contribuição paga pelos produtores rurais que exercem atividade em regime de economia familiar incidir sobre o resultado da comercialização da produção. Podemos citar como exemplo uma questão do CESPE aplicada em 2009 no concurso de Juiz Federal, vejamos: A CF estabelece expressamente que um dos objetivos do sistema de seguridade social é a uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais. Entretanto, o legislador ordinário poderá estabelecer benefícios diferenciados para essas populações, em determinadas hipóteses. O CESPE considerou a questão como incorreta, pois há na legislação (especialmente na Constituição Federal) requisitos diferenciados para a concessão de alguns benefícios aos trabalhadores rurais, como citamos acima, a idade para concessão de aposentadoria Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços (SDBS): O sistema estabelece preferências, de acordo com a possibilidade econômica financeira do contribuinte, ou seja, favorecer os indivíduos que se encontrem em situação inferior, como por exemplo: auxílio reclusão e salário família são devidos exclusivamente aos segurados de baixa renda. (Pela PORTARIA INTERMINISTERIAL N 19 /MPS/MF, DE 10 DE JANEIRO DE 2014, baixa renda: aquele que tem salário de contribuição menor ou igual de R$ 682,50 a R$ 1025,81). É importante frisar que se devem selecionar as situações de risco a serem cobertas e não as pessoas a serem protegidas, pois isto implicaria ofensa ao princípio da universalidade e até mesmo à isonomia. Esse principio pondera o principio da universalidade. Como? Como não há possibilidade de se oferecer cobertura a todas as situações de risco social, o legislador impôs a seletividade, que consiste em selecionar quais as

17 situações serão cobertas e qual será a extensão da cobertura fornecida em cada uma das situações de risco social. Cabe destacar que somente seleciona as situações e não as pessoas, pois aqui estaríamos infringindo o principio da universalidade da cobertura e o principio constitucional da isonomia. A doutrina reconhece esse principio como sendo prestações da Seguridade Social devida na medida da disponibilidade orçamentária. (chamamos de principio da reserva do possível) Há uma seleção das situações de risco a serem cobertas pela Seguridade Social, ou seja, a Constituição irá determinar a distribuição a Seguridade Social para que esta atue como distribuidor de renda, concedendo os benefícios somente àqueles que mais necessitam. Assim, conforme dispõe o art. 195 da CF/88, toda a sociedade irá financiar a Seguridade Social, que distribuirá os benefícios aos mais necessitados, sendo a escolha das situações de risco a ser coberta feita pela lei, sem que a Administração Pública atue nessa escolha. Há uma vinculação total ao ente gestor, cabendo à administração apenas assegurar que a pessoa que esta solicitando o benefício preencha os requisitos da lei. Exemplo marcante de aplicação do princípio da seletividade e da distributividade é a previsão constitucional de que o salário-família e o auxílio-reclusão sejam concedidos apenas aos dependentes do segurado de baixa renda. Verificamos que aqui há uma pequena exclusão de alguns segurados, aqueles que possuem uma renda considerável não terá acesso aos benefícios. Por fim, importante citar a seguinte passagem do ilustre autor Frederico Amado (Direito e Processo Previdenciário Sistematizado, Editora JusPodivm, 4.a Edição, 2013): A SELETIVIDADE DEVERÁ LASTREAR A ESCOLHA FEITA PELO LEGISLADOR DOS BENEFÍCIOS E SERVIÇOS INTEGRANTES DA SEGURIDADE SOCIAL, BEM COMO OS REQUISITOS PARA A SUA CONCESSÃO, CONFORME AS NECESSIDADES SOCIAIS E

18 A DISPONIBILIDADE DE RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS, DE ACORDO COM O INTERESSE PÚBLICO." 2.4. Irredutibilidade do valor dos benefícios (IRRVB): Esse princípio prevê que a irredutibilidade do valor dos benefícios será garantida por meio do reajuste anual, comumente igual ou superior ao valor da inflação, ou seja, os benefícios não podem sofrer reduções, mas sim o reajustamento periódico dos benefícios, para preservar-lhes o seu valor real. A Constituição Federal impede a redução do valor dos benefícios da mesma maneira que impede a redução dos salários dos trabalhadores. Sendo assim, o valor dos benefícios também não pode sofrer reduções, sendo exigido seu reajustamento periódico para manter seu valor. Destaca-se aqui a posição do STF a uma interpretação restritiva desse principio, o qual reduz a proteção dele decorrente ao valor nominal do beneficio, conforme podemos verificar em um julgado no qual se discutia a possibilidade de exministros do STF continuarem a receber parcela remuneratória por tempo de serviço, vejamos: DE RESTO, É MAIS QUE SEDIMENTADA NA JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL QUE NEM MESMO À LEI ORDINÁRIA PODE O AGENTE PÚBLICO OPOR, A TÍTULO DE DIREITO ADQUIRIDO, A PRETENSÃO A QUE SE PRESERVE DADA FÓRMULA DE COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO TOTAL, SE, DA ALTERAÇÃO, NÃO DECORRE A REDUÇÃO DELA; O MESMO SUCEDE COM RELAÇÃO AOS PROVENTOS DA APOSENTADORIA... (MS RELATOR MINISTRO SEPÚLVEDA PERTENCE). Preste atenção!!!!!!! Muitas provas de concursos estão cobrando este entendimento. Vejamos:

19 A ESAF considerou incorreta errada a seguinte assertiva: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL o princípio da irredutibilidade do valor dos benefícios, segundo a orientação do Supremo Tribunal Federal, significa a irredutibilidade do valor real, protegendo-os do fenômeno inflacionário. Repito: não significa que o valor real do beneficio não esteja protegido, pois a CF em seu artigo 201, 4º, exige que haja reajustes periódicos aos benefícios para que eles mantenham o poder de compra, porém, esse reajuste não necessariamente deverá manter o índice aplicado no reajuste do salário mínimo, mesmo porque a Constituição proíbe a vinculação do salário mínimo para qualquer finalidade. Assim, para que vocês não se esqueçam: não há exigência constitucional de que os benefícios da Previdência sejam reajustados pelo mesmo índice aplicado ao reajuste do salário-mínimo. O reajuste dos valores dos benefícios será feito anualmente com base no índice Nacional de Preços ao Consumidor INPC. Destaca-se que o art. 201, 4º da CF/1988 é apenas uma aplicação do princípio da irredutibilidade: É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei. Ademais, no passado o STF defendia que o princípio da irredutibilidade preservava apenas o valor nominal dos benefícios, enquanto que a maioria dos autores pátrios defendia que tal princípio defendia o valor real dos benefícios. Atualmente não resta dúvida quanto ao posicionamento do STF: "ESTE TRIBUNAL FIXOU ENTENDIMENTO NO SENTIDO DE QUE O DISPOSTO NO ART. 201, 40, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL, ASSEGURA A REVISÃO DOS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS CONFORME CRITÉRIOS DEFINIDOS EM LEI, OU SEJA, COMPETE AO LEGISLADOR ORDINÁRIO DEFINIR AS DIRETRIZES PARA CONSERVAÇÃO DO VALOR REAL DO BENEFÍCIO. PRECEDENTES." (AI AGR, REI. MM. EROS GRAU, JULGAMENTO EM , SEGUNDA TURMA, DI DE ) NO MESMO SENTIDO: AI AGR, REL. MM. RICARDO LEWANDOWSKI, JULGAMENTO EM , PRIMEIRA TURMA, DIE DE

20 Assim, tanto para a doutrina quanto para a jurisprudência, assegura-se o valor real dos benefícios. 2.5 Equidade na forma de participação e custeio O princípio da Equidade na forma de participação e custeio assegura que todas as pessoas que estiverem na mesma situação deverão contribuir da mesma forma, ou seja, os que ganham mais contribuem com mais e os que ganham menos contribuem com menos. Ex: art. 198 do decreto n. 3048/99 segurado empregado, avulso e doméstico obedecerá a um conjunto escalonado de alíquotas, conforme demonstrado abaixo. Salário de contribuição Alíquotas Ate R$ 1.317,07 8% De R$ 1317,07 até R$ 2.195,12 9% De R$ 2195,12 até R$ 4.390,24 11% Este princípio se relaciona com o princípio da capacidade contributiva, ou seja, quem pode mais paga mais, quem pode menos, paga menos, conforme já falado acima. Sendo assim, as contribuições das empresas possuem alíquotas superiores àquelas devidas pelos segurados, devido a sua maior capacidade econômica. Ocorre que, para que haja equidade, a participação no custeio deverá ser graduada de acordo com os riscos proporcionados aos beneficiários. Citaremos um exemplo: se uma empresa possui um alto risco de acidentes de trabalho esta deverá contribuir mais que uma empresa que não possui risco algum. Outro exemplo a ser citado é a empresa que investe em prevenção e segurança do trabalho, recolhendo contribuições menores do que uma empresa que não faz investimento algum em segurança

21 2.6 Diversidade da base de financiamento (DBF) INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL A seguridade social será financiada por toda sociedade, de forma direta e indireta, mediante recursos provenientes: orçamentos da empresa incidente sobre da receita de concursos de prognósticos. da União a folha de pagamento São os jogos de loterias dos Estados a receita do DF o lucro dos Municípios a remuneração paga para o trabalhador Sendo assim, a base da Seguridade Social será a folha de pagamento das empresas, o lucro das empresas, a remuneração dos empregados, os valores declarados pelos contribuintes facultativos, entre outras fontes de arrecadação. A manutenção da Seguridade Social é tão importante, que a própria CF/1988 admite uma ampliação da base de financiamento, conforme podemos extrair da primeira parte do Art. 195, 4 : A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social Caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados (DDQ): Por este princípio, a Constituição exige a participação da sociedade na gestão da Seguridade Social. Os quatro grupos que têm interesses na Seguridade Social trabalhadores, aposentados, empresas e o governo devem ter assento e voz nos seus órgãos decisórios, para que possam acompanhar a gestão e participar das decisões

22 Caso haja discussão sobre direitos, todos os interessados deverão ter representantes para melhor garantir seus interesses. 3. Financiamento da Seguridade Social De acordo com o art. 195 da CF/88: A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das contribuições sociais. A contribuição para a Seguridade Social é dever do Estado e da Sociedade e serão dispostas através dos orçamentos, não integrando o orçamento da União. Podemos encontrar essa regra no art. 195, 1 da CF/88: As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União. Analisando o dispositivo acima podemos concluir que todo ente político (União, Estado, DF e Municípios) deverá contribuir com a Seguridade Social, porém o orçamento destinado a ela deverá ser separado das receitas da União. Cada ente federativo, portanto, indicará as dotações orçamentárias a serem aplicadas em ações de Seguridade Social. Quando os entes federativos aplicam parcela da sua arrecadação tributária no desenvolvimento de ações da Seguridade Social, uma parte dos valores transferidos ao Poder Público pela sociedade, sob a forma de impostos que não estão vinculados a uma atividade estatal específica em relação ao contribuinte, retorna à sociedade sob a forma de prestações da Seguridade Social. O 2º do art. 195 da Constituição dispõe que a proposta de orçamento da Seguridade Social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos

23 Destaca-se ainda que a lei prevê a responsabilidade da União pela cobertura de insuficiências financeiras da Seguridade Social, quando decorrentes do pagamento de benefícios de prestação continuada da Previdência Social. Como assim????? Por estar na condição de gestora do Regime Geral de Previdência Social, compete à União suportar eventuais insuficiências financeiras, caso o montante dos recursos arrecadados com as contribuições previdenciárias e com as outras fontes de recursos previstas em lei não sejam suficientes para o pagamento dos benefícios. Ainda, a contribuição da União para a Seguridade Social é constituída de recursos adicionais do Orçamento Fiscal, os quais são fixados obrigatoriamente na lei orçamentária anual. E o financiamento por parte da sociedade, como fica? Retomando o art. 195 da CF/88, o qual dispõe: Art A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a receita ou o faturamento; c) o lucro; II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; III - sobre a receita de concursos de prognósticos. IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. Esse artigo trata das contribuições sociais, que também estão previstas na Lei n. 8212/1991 bem como no Decreto 3048/1999. Essas contribuições por já estarem previstas na CF/1988 não necessitam de

24 lei complementar para serem instituídas, necessitando apenas de lei ordinária. Trataremos deste assunto em uma aula mais específica. Aqui falaremos somente sobre as disposições constitucionais sobre o financiamento da Seguridade Social Empregador Para a CF/88, empregador seria empresa ou entidade a ela equiparada. Empregador é a pessoa que admite a seu serviço um empregado. Este conceito inclui o empregador doméstico (pessoa ou família que admite um empregado doméstico). O conceito previdenciário de empresa é bastante amplo, pois é considerado como empresa qualquer tipo de sociedade, instituição, entidade ou até mesmo uma pessoa física que venha a desenvolver atividade econômica, com ou sem finalidade lucrativa, e que venha a utilizar a mão de obra de trabalhadores. As contribuições da empresa ou entidade a ela equiparada incidem sobre algumas bases, sendo elas: a) Folha de Salário e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício: Aplica-se aqui um percentual, geralmente de 20%, sobre o total da folha de salários de seus empregados ou pessoas que prestem serviços sem vinculo empregatício, sem limite nenhum, ou seja, caso a folha do empregador seja equivalente a 1 milhão de reais, ele vai ter que recolher 200 mil em contribuição social, conhecida como cota patronal. b) Receita ou Faturamento: Nesse caso, o empregador recolhe suas contribuições sociais aplicando um

25 percentual sobre a receita (empresas comerciais) ou sobre o faturamento (empresas industriais). Essas contribuições são o PIS (Programa de Integração Social) e a COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social). c) O lucro; Aqui, o empregador recolhe suas contribuições sociais aplicando um percentual sobre o lucro da empresa. Essa contribuição é conhecida como CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido). Muitos de nós achamos que a PIS/COFINS e a CSLL possuem a mesma base de cálculo, porém são institutos distintos da parte de contabilidade. Como não sou expert em contabilidade, faço meus comentários brevemente sobre a indagação. De acordo com a Lei no /2003, a COFINS tem como fato gerador o faturamento mensal, assim entendido o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil. A CSLL tem como base de cálculo o lucro real ou o lucro presumido, aplicando-se as mesmas normas de apuração e de pagamento estabelecidas para o imposto de renda das pessoas jurídicas. Ai vocês me questionam: mas não haveria bis in idem na incidência de duas contribuições sobre idêntico fato gerador (obtenção de faturamento)? Claro que não! Segundo o STF, a incidência da COFINS e do PIS/PASEP sobre a mesma base de cálculo não é inconstitucional, pois as duas contribuições encontravam-se previstas no texto original da Constituição: a COFINS, no art. 195, e a contribuição para o PIS/PASEP, que é anterior à Constituição, mas foi por ela expressamente recepcionada no art A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido CSLL encontra-se prevista na alínea c do inc. I do art. 195 da Constituição e foi instituída pela Lei nº 7.689/1988. O fato gerador desta contribuição é a obtenção de lucro pela empresa e a alíquota

26 aplicável é de 9%. A apuração da contribuição pode ser feita pelo lucro real ou presumido, a depender da forma de tributação adotada pela empresa. Mais uma vez: é bis in idem a empresa pagar IRPJ sobre o lucro e a CSLL? Não! O STF também já se manifestou, afirmando que não é inconstitucional a coincidência entre a base de cálculo desta contribuição social e a base de cálculo do IRPJ. Também aqui, o STF argumenta que ambos (IRPJ e CSLL) encontravam-se previstos no texto original da constituição. Votando a nossa contribuição previdenciária, importante salientar aqui uma jurisprudência do STF a respeito da contribuição previdenciária, vejamos: SÚMULA STF N : É LEGÍTIMA A INCIDÊNCIA DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE O 13 SALÁRIO. O que isso quer dizer? Na gratificação natalina, ou 13 salário, incide contribuição para o financiamento da seguridade Trabalhador Com relação às contribuições devidas pelo trabalhador e pelos demais segurados da Previdência Social (inciso II do art. 195 da CF), devemos ter em mente que todo trabalhador vincula-se obrigatoriamente à Previdência Social (filiação compulsória) e, por conta disso, é obrigado a recolher contribuições de Seguridade Social para ter acesso aos benefícios por ela concedidos. Entende por demais segurados da Previdência Social, o segurado facultativo, ou seja, pessoas que não exercem atividades remuneradas, o contribuinte individual, o trabalhador avulso, o empregado doméstico e o segurado especial

27 Geralmente a contribuição do empregador incide sobre os valores pagos pelo seu empregador, porém, o segurado especial tem uma outra forma de contribuir que veremos no decorrer do curso. Destaca-se ainda que não haverá incidência de contribuição sobre as aposentadorias e pensões concedidas pelo RGPS. Este é um ponto bastante cobrado pelas provas, então vamos dar uma atenção a ele! Imaginem a seguinte situação: Paulo completou sessenta e cinco anos de idade, tendo trabalhado como empregado ao longo de vinte e dois anos em uma empresa privada. Faz jus, portanto, ao benefício previdenciário aposentadoria por idade, devido pelo RGPS. Concedido o benefício pelo INSS, Paulo passará a receber mensalmente os seus proventos de aposentadoria e sobre eles não incidirá contribuição de Seguridade Social, pois a constituição proíbe esta incidência. Cabe destacar ainda que os recursos provenientes destas contribuições sociais não podem ser utilizados para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do Regime Geral de Previdência Social RGPS. Atenção!!! Todas as contribuições previstas nos incisos I a IV do art. 195 da Constituição são contribuições de Seguridade Social, as quais, caracterizam-se pelo fato de que o produto da arrecadação somente pode ser aplicado em ações de Seguridade Social. Contudo, as contribuições da empresa sobre a folha de salário e demais rendimentos assim como a contribuição dos trabalhadores e demais segurados são ainda mais específicas, sendo que os recursos arrecadados com estas contribuições estão vinculados exclusivamente ao pagamento de benefícios do RGPS (Art. 167, XI da CF), não podendo ser utilizados para o financiamento de nenhuma outra atividade, ainda que dentro da Seguridade Social

28 Portanto, não esqueça: a expressão contribuições previdenciárias designa a contribuição da empresa sobre a folha de salários e demais rendimentos e a contribuição do trabalhador. Vejamos o art. 167, XI da CF/88: É vedada (proibida) a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I, a (Contribuição do Empregador Folha de Salários), e II (Contribuição do Trabalhador), para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social (RGPS) de que trata o art. 201 (Benefícios da Seguridade Social: Aposentadoria, Auxílio Doença, Salário Família, etc.) Concursos de prognósticos O que seria concurso de prognóstico? De acordo com o 1º do art. 212 do Regulamento da Previdência Social RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 06/05/1999, são todos e quaisquer concursos de sorteios de números, loterias, apostas, inclusive as realizadas em reuniões hípicas, nos âmbitos federal, estadual, do Distrito Federal e municipal, promovidos por órgãos do Poder Público ou por sociedades comerciais ou civis. De acordo com o 2 do mencionado art. 212 do Regulamento da Previdência, esta contribuição consiste na renda líquida (o total da arrecadação, deduzidos os valores destinados ao pagamento de prêmios, de impostos e de despesas com administração, excluídos da renda líquida os valores destinados ao INDESP Instituto Nacional do Desenvolvimento do Desporto, ao programa de crédito educativo e ao FIES Fundo de financiamento do estudante de nível superior) dos concursos de prognósticos realizados pelos órgãos do Poder Público, destinada à Seguridade Social de sua esfera de governo. Também incide contribuição, com alíquota de 5%, sobre o movimento global de apostas em prados de corrida e sobre o movimento global de sorteio de números ou de quaisquer modalidades de símbolos

29 O movimento global das apostas é o total das importâncias relativas às várias modalidades de jogos, inclusive o de acumulada, apregoadas para o público no prado de corrida, sub-sede ou outra dependência da entidade. O movimento global de sorteio de números é o total da receita bruta, apurada com a venda de cartelas, cartões ou quaisquer outras modalidades, para sorteio realizado em qualquer condição Importador de bens ou serviços do exterior: Instituídas a COFINS importação e o PIS/PASEP importação, pela Emenda Constitucional n 42/2003, o importador foi obrigado a contribuir para a Seguridade Social. Com isso houve uma maior abrangência na arrecadação de recursos para a Seguridade Social garantindo uma segurança maior contra qualquer tipo de quebra econômica nos setores do mercado. Assim, as empresas que importam ou exportam produtos deverão contribuir para o sistema. Caso a pessoa jurídica esteja em débito com a Seguridade Social não poderá realizar qualquer tipo de negociação com o Estado nem mesmo receber benefícios ou incentivos fiscais. Vejamos o 3 do art. 195 da CF/88: 3º - A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. Um exemplo clássico seria uma empresa com débitos patronais querendo participar de licitação pública. Isso seria inadmissível. O 4º do referido artigo ainda prevê: - A lei (complementar) poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido ao disposto no art. 154, I

30 Ou seja, o Estado poderá instituir outras fontes para garantir a manutenção ou expansão do sistema da Seguridade Social, como por exemplo as contribuições Sociais Residuais. Agora vocês me perguntam: quais os requisitos necessários para instituir novas fontes? A criação das Contribuições Sociais Residuais se dará por meio de Lei Complementar; As contribuições deverão ser não cumulativas; O fato gerador (FG) ou a base de cálculo (BC) dessas novas contribuições deverão ser diferentes do FG e da BC das contribuições sociais existentes. Cabe destacar aqui que o STF já sedimentou entendimento que as contribuições sociais residuais podem ter o mesmo fato gerador ou a mesma base de cálculo dos impostos. O artigo 195, 5 da CF/88 estabelece: 5º - Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total. Sendo assim, para criação ou majoração de benefícios ou serviços da Seguridade Social, há necessidade de se apresentar a sua fonte de custeio total. Fala-se aqui do principio da preexistência do custeio em relação aos benefícios e serviços, aplicando-se, tal principio, somente a Seguridade Social. Convém mencionarmos ainda em qual momento essa nova contribuição poderá ser exigida. O parágrafo 6, do artigo 195 da CF/88, estabelece que as contribuições sociais de que trata este artigo (Contribuições Sociais para a Seguridade Social) só poderão ser exigidas após decorridos 90 (noventa) dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado (anterioridade Nonagesimal ou Mitigada)

31 Não se aplica aqui a anterioridade anual, ou seja, aquela que o tributo somente será exigido no exercício financeiro seguinte ao daquele que houve a instituição ou majoração. A aplicação desse dispositivo, da anterioridade, seja ela nonagesimal seja ela anula, visa garantir que o contribuinte não seja pego de surpresa. Concluindo: as contribuições sociais somente poderão ser exigidas 90 dias após a publicação da lei que a instituiu, sem aguardar o exercício financeiro seguinte. Outro ponto importante é a jurisprudência do STF aplicável ao dispositivo: SÚMULA STF N.º 669/2003: NORMA LEGAL QUE ALTERA O PRAZO DE RECOLHIMENTO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA NÃO SE SUJEITA AO PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE. O que isso quer dizer, professora??? Quer dizer que a norma que altera o prazo de recolhimento de contribuição social tem aplicação imediata, não havendo necessidade de aguardar 90 dias. Essa norma também se aplica aquelas que reduzem as contribuições sociais, entrando em vigor na data de sua publicação. E quanto às entidades que são imunes ou isentas? Primeiro vamos diferenciar imunidade de isenção. Imunidade é quando a própria CF impede que o Estado tribute pessoas, bens e serviços. Já a isenção ocorre quando há uma obrigação tributária, ou seja, há constituição do crédito tributário e, mediante lei, o Estado dispensa o pagamento desse crédito. Vejamos o 7º, do art. 195, da CF/88: São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. A Lei n.º /2009, em seu art. 29, traz os seguintes requisitos para as entidades beneficentes de assistência social que desejam ser imunes:

32 1. Não percebam seus diretores, conselheiros, sócios, instituidores ou benfeitores, remuneração, vantagens ou benefícios, direta ou indiretamente, por qualquer forma ou título, em razão das competências, funções ou atividades que lhes sejam atribuídas pelos respectivos atos constitutivos; 2. Aplique suas rendas, seus recursos e eventual superávit integralmente no território nacional, na manutenção e desenvolvimento de seus objetivos institucionais; 3. Apresente certidão negativa ou certidão positiva com efeito de negativa de débitos relativos aos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e certificado de regularidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS); 4. Mantenha escrituração contábil regular que registre as receitas e despesas, bem como a aplicação em gratuidade de forma segregada, em consonância com as normas emanadas do Conselho Federal de Contabilidade (CFC); 5. Não distribua resultados, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio, sob qualquer forma ou pretexto; 6. Conserve em boa ordem, pelo prazo de 10 (dez) anos, contado da data da emissão, os documentos que comprovem a origem e a aplicação de seus recursos e os relativos a atos ou operações realizados que impliquem modificação da situação patrimonial; 7. Cumpra as obrigações acessórias estabelecidas na legislação tributária; 8. Apresente as demonstrações contábeis e financeiras devidamente auditadas por auditor independente legalmente habilitado nos Conselhos Regionais de Contabilidade (CRC) quando a receita bruta anual auferida for superior ao limite fixado pela Lei Complementar n.º 123/2006 (Lei do Simples Nacional). O 8º, do art. 195 da CF/88, traz o produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre

33 o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. Institui aqui o contribuinte segurado especial que contribuem com um percentual sobre a receita bruta de comercialização de sua produção. Destaca-se aqui a aplicação de dois princípios primordiais da Seguridade Social: a diversidade da base de financiamento e equidade na forma de participação e custeio. O 9º, dispõe que as contribuições sociais do Empregador poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão de obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho. Ou seja, a alíquota ou a base de cálculo das contribuições sociais dos empregadores podem ser diferenciadas em razão do PUMA! PUMA????? PORTE DA EMPRESA; UTILIZAÇÃO INTENSIVA DE MÃO DE OBRA; MERCADO DE TRABALHO (condições estruturais do mercado de trabalho), E ATIVIDADE ECONÔMICA. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde (SUS) e ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos. O 11 veda a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais Empregador Folha de Salários, e contribuição do Trabalhador, para débitos em montante superior ao fixado em lei complementar

34 Traduzindo! Possibilidade de se conceder a remissão ou a anistia. Mas, o que seria remissão ou anistia? Remissão, lembrem-se de missa, que perdoa, extingue, nossos pecados!!!! Brincadeiras a parte, a remissão trata da extinção do crédito tributário, já a anistia trata da exclusão desse crédito. PARA NÃO TER ERRO: REMISSÃO é EXTINÇÃO = REX ANISTIA é EXCLUSÃO - ANEX Cabe aqui uma ressalva: o montante desses débitos objetos de remissão ou anistia tem que ser inferior ao limite fixado em lei complementar. Estamos acabando os parágrafos do artigo 195 da CF/88. O 12 relata que a lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes do empregador sobre a Receita ou Faturamento e Contribuição do Importador, serão não cumulativas. O que isso quer dizer? Quer dizer que a lei definirá os setores econômicos em que a Contribuição do Empregador sobre Receita ou Faturamento (PIS e COFINS) e a Contribuição do Importador (PIS-Importação e COFINS-Importação) serão não cumulativas, ou seja, serão recuperáveis. Uma contribuição não cumulativa, ou recuperável, é aquela que pode ser compensada em vendas futuras. Por fim, o 13, dispõe que aplica-se o disposto no 12 inclusive na hipótese de substituição gradual, total ou parcial, da contribuição do Empregador Folha de Salários, pela incidente sobre a receita ou o faturamento. Ou seja, o Estado deseja substituir gradualmente as contribuições do Empregador sobre folha de salários e adotar uma contribuição equivalente sobre a receita ou faturamento do Empregador

35 4. Saúde De acordo com o art. 196 da Constituição, saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. O acesso aos serviços de saúde é universal, sendo que é dever do Estado manter os serviços de saúde para toda população independentemente de contribuição e da condição social ou econômica do individuo. Cabe destacar aqui que a saúde é um direito de todos, não se exigindo nenhuma contribuição por parte da pessoa usuária. Qualquer pessoa, pobre ou rica, tem direito de ser atendido nos postos públicos de saúde, sem distinção, como nos casos das campanhas de vacinação para a população. Destaco que não importa nesta espécie de proteção social a condição econômica do beneficiário. O Estado não pode negar acesso à saúde pública a uma pessoa sob o argumento de que esta possui riqueza pessoal e meios de prover a sua própria saúde. Cabe ao poder público dispor, nos termos da lei, de sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo os serviços serem prestados diretamente ou através de terceiros, como pessoas físicas ou jurídicas de direito privado. Insta mencionar ainda que a execução dos serviços nem sempre serão feitas diretamente pelo Estado, porém, a fiscalização e controle sempre estarão sob seu domínio. Podemos citar como exemplo a prestação de serviço de saúde por um hospital particular, em que uma pessoa jurídica de direito privado presta um serviço público sendo remunerada, fiscalizada e controlada diretamente pelo Estado. Os serviços relativos à saúde são de competência do SUS Sistema Único de Saúde, sendo vinculado, no âmbito federal, ao Ministério da Saúde. Nos estados, no Distrito Federal e nos municípios, as ações de saúde são desenvolvidas no âmbito das respectivas Secretarias de saúde. Vejamos:

36 Art As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; III - participação da comunidade. As ações e os serviços de saúde, de acordo com o art. 198 da Constituição, integram uma rede regionalizada e hierarquizada, constituindo um sistema único que deve ser DESCENTRALIZADO, com direção única em cada esfera de governo. Concluímos que cada Município e cada Estado possui sua própria secretaria de Saúde como órgão responsável pelas ações de saúde. A comunidade deve acompanhar a gestão das ações relacionadas à saúde, sendo que os serviços prestados pelo SUS terão prioridade às atividades preventivas, sem que haja prejuízo aos serviços assistenciais. A Constituição exige a participação da comunidade no acompanhamento e na gestão das ações de saúde. O atendimento prestado pelo SUS será integral e terá prioridade as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais. Há também a instituição, pela Constituição, de limites mínimos para a aplicação de recursos na área de saúde. De acordo com o 3º do art. 198, os percentuais mínimos de aplicação de recursos na saúde por cada um dos entes federativos serão definidos em Lei Complementar. O 4º do art. 77 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias ADCT, por sua vez, define que, enquanto não for publicada a lei complementar a que se refere o 3º do art. 198, os limites mínimos serão os seguintes: No caso da União: I - na forma definida nos termos da lei complementar; II - no caso dos Estados e do Distrito Federal, doze por cento do produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 (ITCMD, IPVA e ICMS) e dos

37 recursos de que tratam os arts. 157 (repartição de receitas tributárias) e 159, inciso I, alínea a (FPE Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal), e inciso II (10% do IPI aos Estados e Distrito Federal), deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios; e III - no caso dos Municípios e do Distrito Federal, quinze por cento do produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 (IPTU, ITI e ISS) e dos recursos de que tratam os arts. 158 (repartição de receitas tributárias) e 159, inciso I, alínea b (Fundo de participação nos Municípios) e 3º (25% dos 10% do IPI aos Estados e Distrito Federal). Portanto, atualmente, os limites mínimos de recursos a serem aplicados na saúde correspondem, no caso da União, ao valor aplicado no ano anterior, corrigido pela variação nominal do PIB. Para os estados aplica-se o percentual mínimo de 12% e para os municípios o percentual de 15%. O artigo 199 da Constituição, afirma que a assistência à saúde é livre à iniciativa privada e que as instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência às entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. A destinação dos recursos públicos somente poderá ser feita sob a forma de subvenção ou auxilio para as instituições privadas sem fins lucrativos, por haver permissão dessas entidades no SUS, e de modo complementar, sendo certo que terão direito a remuneração pelos serviços prestados. Cabe destacar que o Sistema Único de Saúde será financiado com recursos do orçamento da Seguridade Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. O art. 23, II da CF dispõe que os entes federativos tem competência para tomar conta da saúde pública, devendo cada um aplicar uma parcela de suas receitas no desenvolvimento das ações relacionadas à saúde. Além dessas atribuições, o art. 200 da CF estabelece as funções do SUS, vejamos:

38 Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos; Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; Ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; Participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; Incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico; Fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano; Participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; Colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. Estes temas relacionados às disposições constitucionais acerca da saúde são cobrados pela ESAF de modo bastante literal. Portanto, considero importante a leitura dos art. 196 a 199 da Constituição, uma vez que muitas são as questões cujo enunciado repete disposições destes artigos, alterando apenas algumas palavras. 5. Previdência Social Segundo o art. 201 da Constituição Federal, a Previdência Social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. A Previdência Social, distintivamente da Assistência Social e da Saúde, depende de contribuição prévia, sendo assim, o trabalhador e a empresa devem recolher contribuições para o sistema com o intuito de, caso aconteça alguma situação de risco, estar amparado pela Previdência, sob a forma de concessão de algum benefício ou de um serviço

39 Frise-se que o trabalhador é obrigado a recolher para a Previdência Social a partir do momento que exerça uma atividade, que seja de filiação obrigatória, pois estará automaticamente vinculado ao sistema previdenciário, mesmo que não queira. Este segmento autônomo da seguridade social vai se preocupar exclusivamente com os trabalhadores e com os seus dependentes econômicos. A previdência social é a técnica de proteção social destinada a afastar necessidades sociais decorrentes de contingências sociais que reduzem ou eliminam a capacidade de auto-sustento dos trabalhadores e/ou de seus dependentes. Contingência social são fatos e/ou acontecimentos que, uma vez ocorridos, tem a força de colocar uma pessoa e/ou seus dependentes em estado de necessidade, como por exemplos invalidez (incapacidade), óbito, idade avançada, entre outros. A Previdência Social, como visto, tem em mira contingências bem específicas: aquelas que atingem o trabalhador e, via reflexa, seus dependentes, pessoas consideradas economicamente dependentes do segurado. Essa dependência pode ser presumida por lei (no caso de cônjuges, filhos menores e/ou incapazes) ou comprovada no caso concreto (no caso de pais que dependiam economicamente do filho que veio a óbito). Daremos maior atenção aos dependentes em tópico próprio. Houve uma mudança no texto constitucional a respeito da contribuição do trabalhador e empresa para a Previdência, a partir da EC n. 20, passou a constar do texto constitucional a exigência de que o sistema previdenciário obedeça a critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. Este dispositivo, inserido no texto constitucional devido à preocupação com o déficit da Previdência, exige do legislador e dos gestores da Previdência a busca constante pelo equilíbrio entre as contribuições vertidas pela sociedade para o financiamento do sistema e os valores que a Previdência retorna à sociedade sob a forma de benefícios. Além disso, exige que os gestores da Previdência estejam atentos às probabilidades futuras, tendo em vista que o equilíbrio das contas da Previdência depende de

40 fatores como a modificação da composição etária da população e dos seus níveis de ocupação profissional. o sistema previdenciário deverá obedecer a critérios que preservam o equilíbrio financeiro e atuarial. Isso quer dizer que deve haver um equilíbrio entre as contribuições e os valores que a previdência retorna a sociedade sob a forma de benefícios para que não aconteça a quebra do sistema. Portanto, BENEFÍCIOS PRESTADOS AOS TRABALHADORES E DEMAIS PESSOAS QUE CONTRIBUÍREM PREVIDÊNCIA SOCIAL A FILIAÇÃO AO REGIME DE PREVIDÊNCIA É OBRIGATÓRIA. DEVE OBSERVAR CRITÉRIOS QUE PRESERVEM O EQUILÍBRIO FINANCEIRO E ATUARIAL. De acordo com o art. 201 da CF, a Previdência Social deverá oferecer cobertura para os seguintes eventos: Doença, invalidez, morte e idade avançada; Proteção à maternidade, especialmente à gestante; Proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; Salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; Pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes. Vamos analisar os incisos do artigo 201 da CF. I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;

41 A cobertura dos eventos será realizada por meio das seguintes formas de proteção previstas na Previdência Social: Cobertura de eventos de: Doença Invalidez Morte Idade avançada Benefício Auxílio-doença e Auxílio-Acidente Aposentadoria por invalidez Pensão por morte Aposentadoria por idade e por tempo de contribuição II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; Tal proteção se da através do salário maternidade III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; Cabe destacar aqui que o Seguro desemprego é um benefício previdenciário concedido pelo MTE e NÃO PELO INSS. Não considera como proteção ao trabalhador em caso de desemprego involuntário, mas um período de graça no qual o desempregado não contribui para a previdência Social, mas mantém a sua qualidade de segurado, inclusive podendo gozar dos benefícios previdenciários. IV salário família e auxílio reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; Salário família e Auxílio Reclusão só para o segurado baixa renda. V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no 2.º (benefício que substitui o rendimento do segurado terá como valor mensal mínimo o salário mínimo nacional). A pensão por morte é um benefício para os dependentes do segurado, com valor mínimo de um salário mínimo. Quando entrarmos na parte de benefícios aprofundaremos mais o assunto

42 Dando continuidade na análise do artigo 201 da CF/88, temos que é vedada a adoção de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar. Fala-se aqui em relação à aposentadoria com a exceção da aposentadoria especial (relativa aos que trabalham em condições que prejudicam a saúde, tendo direito a se aposentar com 15, 20 ou 25 anos, dependendo da atividade que exercem) e da aposentadoria do portador de deficiência (regra nova!). O 2º preceitua que nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo. Mas o que seria salário de contribuição? É todo rendimento do empregado que irá servir de base de cálculo para as contribuições sociais, mas vamos deixar essa parte e lado pois teremos tópico específico para maiores informações. Essa regra contida na CF/88 possui caráter protetivo, pois imaginem que vocês trabalharam por anos e ao se aposentar verificam que o valor da aposentadoria é menor que o salário mínimo? Não da né! Por isso nenhum benefício que substitua o salário de contribuição terá valor menor que o salário mínimo, e estes deverão ser atualizados, na forma da lei para que não percam seu valor real. O 4º, dispõe que é assegurado o reajustamento dos benefícios para preservarlhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei. Fala-se aqui no principio da irredutibilidade do valor dos benefícios. Imaginem vocês hoje aposentados recebendo R$ 2.000,00, e daqui 20 anos recebendo os mesmos R$ 2.000,00, como sobreviveriam??? Por isso a norma de reajuste dos benefícios, para acompanhar os aumentos do mercado e tentar dar uma qualidade de vida mais razoável

43 Ademais, veda-se a filiação ao regime geral de previdência social (RGPS), na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência (RPPS). Como assim? Vocês passam no concurso do INSS e serão servidores públicos certo? Vocês terão o regime próprio de previdência social e não poderão se filiar ao regime geral na condição de empregado facultativo. Caso vocês exerçam outra profissão, que haja compatibilidade de horários com o carga exercido, poderão participar do regime geral, como por exemplo: sou analista ou técnico do INSS e dou aulas em faculdades, ao dar aulas contribuo para o RGPS como empregado. A IN do INSS/PRESS n. 45/2010 dispõe sobre essa norma: Servidores Públicos Federais: Art. 35, 1.º A partir de 15/05/2003, data da publicação da Lei n.º /, é vedada a filiação ao RGPS, na qualidade de segurado facultativo, do servidor público efetivo civil da União, de suas respectivas Autarquias ou Fundações, participante de RPPS, inclusive na hipótese de afastamento sem vencimentos. Quanto aos Servidores Públicos Estaduais, Distritais e Municipais, a mesma norma relata: Art. 35. A partir de 16/12/1998, data da publicação da Emenda Constitucional n.º 20/1998, é vedada a filiação ao RGPS, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de RPPS (Estadual, Distrital e Municipal), salvo na hipótese de afastamento sem vencimento e desde que não permitida, nesta condição, contribuição ao respectivo regime próprio. Ou seja, os Servidores dos Estados, do DF e dos Municípios poderão contribuir como segurado facultativo, desde que estejam afastados, sem receber seus vencimentos e que não estejam contribuindo para o seu RPPS. O 6º, dispõe que a gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos do mês de dezembro de cada ano. Isso quer dizer que não importa o quantum de aumento houve na remuneração, a gratificação natalina dos aposentados sempre terá como base o provento do mês de Dezembro. O 7 dispõe da aposentadoria. Vejamos:

44 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social (RGPS), nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições: I 35 (trinta e cinco) anos de contribuição, se homem, e 30 (trinta) anos de contribuição, se mulher; II 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta) anos de idade, se mulher, reduzido em 5 (cinco) anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal. 8º Os requisitos a que se refere o inciso I do parágrafo anterior serão reduzidos em 5 (cinco) anos, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. Essa regra trata das condições da aposentadoria. Na regra de benefícios há quatro aposentadorias: por idade, por tempo de contribuição, especial e por invalidez. Vamos nos atentar somente para as duas primeiras (que os parágrafos acima tratam): aposentadoria por idade e aposentadoria por tempo de contribuição. Aposentadoria por idade: Regra Geral Homem Mulher Trabalhadores Rurais Homem Mulher Idade 65 anos 60 anos Idade 60 anos 55 anos Aposentadoria por tempo de contribuição: Regra Geral Homem Tempo de contribuição 35 anos

45 Mulher Professores (FMI fundamental, médio e infantil) Homem Mulher INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL 30 anos Tempo de contribuição 30 anos 25 anos O 9º dispões que para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os diversos regimes de previdência social se compensarão financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei. Ou seja, todo o tempo que houve trabalho e contribuição deverá ser levado em consideração, independentemente se o labor foi em iniciativa pública ou privada. Cabe destacar ainda que os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para efeito de contribuição previdenciária e consequente repercussão em benefícios, nos casos e na forma da lei. O 12 relata ainda que a lei disporá sobre sistema especial de inclusão previdenciária para atender os trabalhadores de baixa renda e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda, garantindo-lhes acesso a benefícios de valor igual a um salário mínimo. Ademais, o sistema especial de inclusão previdenciária terá alíquotas e carências inferiores às vigentes para os demais segurados do regime geral de previdência social. O Sistema especial de inclusão previdenciária visa proteger os trabalhadores de baixa renda ou até mesmo aqueles que não possuem renda alguma que se dediquem ao trabalho doméstico em sua residência. A Lei n. º 8.212/1991 (Plano de Custeio da Seguridade Social) foi alterada pela Lei n.º /2011 que implantou a inédita alíquota de 5% para o segurado facultativo de baixa renda. O artigo 202 da CF trata da previdência complementar, transcreve ele abaixo somente para complemento de nossos estudos

46 Art O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social (RGPS), será facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar (Lei Complementar n.º 109/2001). 1 A lei complementar de que trata este artigo assegurará ao participante de planos de benefícios de entidades de previdência privada o pleno acesso às informações relativas à gestão de seus respectivos planos. 2 As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas nos estatutos, regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência privada não integram o contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios concedidos, não integram a remuneração dos participantes, nos termos da lei. 3º É vedado o aporte de recursos à entidade de previdência privada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e outras entidades públicas, salvo na qualidade de patrocinador, situação na qual, em hipótese alguma, sua contribuição normal poderá exceder a do segurado. 4º Lei complementar (Lei Complementar n.º 108/2001) disciplinará a relação entre a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, inclusive suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas controladas direta ou indiretamente, enquanto patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada, e suas respectivas entidades fechadas de previdência privada. 5º A lei complementar de que trata o parágrafo anterior aplicar-se-á, no que couber, às empresas privadas permissionárias ou concessionárias de prestação de serviços públicos, quando patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada. 6º A lei complementar a que se refere o 4 deste artigo estabelecerá os requisitos para a designação dos membros das diretorias das entidades fechadas de previdência privada e disciplinará a inserção dos participantes nos colegiados e instâncias de decisão em que seus interesses sejam objeto de discussão e deliberação. Portanto, a Previdência Social tem natureza de seguro social; por isso, exige-se a contribuição dos seus segurados. O só estado de necessidade advindo de uma contingência social não dá direito à proteção previdenciária. Requer-se que a pessoa atingida pela contingência social tenha a qualidade, o status de contribuinte do sistema de previdência social. (Eduardo Rocha Dias; José Leandro Monteiro de Macêdo, incurso de Direito Previdenciário, Editora Método, 2008, p. 32)

47 A contribuição é da essência da previdência social já que o sistema é contributivo, devendo haver previsão de fundo de custeio para arcar com os gastos provenientes da concessão e manutenção de benefícios previdenciários. 6. Assistência Social De acordo com o art. 203 da CF/88, a Assistência Social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à Seguridade Social, ou seja, independe de contribuição assim como a saúde, porém, o acesso é restrito somente de quem dela realmente necessitar. Ou seja, a assistência social é o segmento autônomo da seguridade social que trata dos hipossuficientes, ou seja, daqueles que não possuem condições de prover sua própria manutenção. Cuidará daqueles que têm maiores necessidades, sem exigir deles (seus beneficiários) qualquer contribuição à seguridade social. A atuação protetiva fornecerá aquilo que for absolutamente indispensável para cessar o atual estado de necessidade do assistido (Exs.: alimentos, roupas, abrigos e até mesmo pequenos benefícios em dinheiro). A assistência social serve para cobrir as lacunas deixadas pela previdência social que, devido a sua natureza contributiva, acaba por excluir os necessitados. Seu objetivo é a proteção aos desamparados e por essa razão há a necessidade de comprovar a insuficiência de recurso para gozar do beneficio. O art. 203 da CF/88 estabelece os seguintes objetivos da Assistência Social: A proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; O amparo às crianças e adolescentes carentes; A promoção da integração ao mercado de trabalho; A habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária;

48 A garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. As ações governamentais na área da Assistência Social serão realizadas com recursos do orçamento da Seguridade Social, além de outras fontes, e organizadas com base nas seguintes diretrizes: Descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social; Participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis. Há a possibilidade de vincular a receita tributária liquida dos Estados e do Distrito Federal a programas de inclusão social, sendo vedado que essa verba seja destinada ao pagamento de despesas com pessoal, encargos sociais, serviços da divida e qualquer outra despesa corrente não vinculada aos investimentos. A Assistência Social também é encontrada na Lei n. 8742/1993, ou seja, a LOAS ( Lei Orgânica da Assistência Social). E o que seria o LOAS? O BPC-LOAS é um beneficio de prestação continuada de assistência mensal no valor de um salário mínimo, previsto no art. 203, V da CF/88, devido ao necessitado, deficiente ou idoso que não tenha renda própria e cuja renda familiar mensal per capita seja inferior a 25% do salário mínimo. (renda per capita é o conjunto de pessoas que vivam sob o mesmo teto e que, somando-se suas rendas, esta seja inferior ao estipulado em lei) Destaca-se aqui que as pessoas consideradas como idosas devem possuir idade igual ou superior a 60 anos, porém, para o LOAS a pessoa somente será considerada idosa quando atingir a idade de 65 anos. Importante!!!!! Para que o beneficiário receba o LOAS, há necessidade da observância dos seguintes requisitos:

49 REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DO BPC-LOAS. INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL Não possuir renda própria e ter renda familiar per capita inferior a 25% do salário-mínimo. Deficiente ou idoso (65 anos ou mais). E como é feito o financiamento da Assistência Social? Será financiada pelos orçamentos dos entes políticos e pelas contribuições sociais. Vejamos o art. 204 da CF/88: Art As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com recursos do orçamento da seguridade social, previstos no art. 195, além de outras fontes, e organizadas com base nas seguintes diretrizes: I - descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social (EBAS); II - participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis. A Assistência Social é classificada como descentralizada, ou seja, a coordenação geral pertence a esfera federal e a execução das ações pertencem a esfera estadual, municipal e as entidades beneficentes de assistência social. Há ainda a faculdade dos Estados e do DF vincularem 0,5% da Receita Tributária Líquida de sua arrecadação a programas de apoio, inclusão e promoção social. O art. 204 dispõe sobre essa norma, vejamos: Parágrafo único. É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a programa de apoio à inclusão e promoção social até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, vedada a aplicação desses recursos no pagamento de: I - despesas com pessoal e encargos sociais; II - serviço da dívida; III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações apoiados

50 7. Resumo da Aula Origem e Evolução da Seguridade Social: - Até meados do século XIX (1850), a proteção social era ofertada exclusivamente pela própria família ou pelas casas de assistência; - No final do século XIX (entre 1880 e 1900) o Estado começou a ser mais participativo. Em várias partes do mundo os governos começaram a elaborar normas protetivas aos trabalhadores; - Em 1883 houve o surgimento da Previdência Social no mundo, na Alemanha, com a Lei de Bismark. Era um seguro contra doenças financiando pelo empregador e pelo trabalhador (algo próximo do nosso atual sistema, o RGPS); - Em 1935, nos EUA, é criado o Social Security Act, que institui a Previdência Social para os norte-americanos; - Em 1942, na Inglaterra, é instituído o Plano Beveridge, que foi uma ampla e profunda reforma previdenciária. Foi o ponto alto do Welfare State, com introdução de inúmeros benefícios aos trabalhadores. - Em 1919 surge o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT), entretanto ainda era um benefício privado, ou seja, era pago pelo empregado; - O marco inicial da Previdência Social no Brasil foi em 1923, com a Lei Eloy Chaves (LEC), que previa que cada empresa de estradas de ferro deveria criar e custear parcialmente a sua Caixa de Aposentadoria e Pensão (CAP); - Com o tempo, a Lei Eloy Chaves foi expandida para outras empresas, sendo criadas inúmeras CAP no Brasil; - Em 1930, houve a unificação das CAP em Institutos de Aposentadoria e Pensão (IAP), sendo um IAP para cada categoria profissional (ferroviários, bancários, comerciários, etc.);

51 - Em 1960, foi criada a Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS), que unificou toda a legislação previdenciária das IAP; Em 1966, foi criado o Instituto Nacional da Previdência Social (INPS), que unificou todas as IAP. Agora, o Brasil tem apenas uma instituição de Previdência Social; - Em 1967 o SAT se torna um benefício público; - Em 1977, de forma pretenciosa, é criado o Sistema Nacional de Previdência Social (SINPAS), composto pelas seguintes entidades: Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), Fundação Legião Brasileira de Assistência (LBA), Fundação Nacional do Bem Estar do Menor (FUNABEM), Empresa de Processamento de Dados da Previdência e Assistência Social (DATAPREV), Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social (IAPAS) e Central de Medicamentos (CEME). - O SINPAS nunca funcionou efetivamente, sendo extinto em 1988, sob a égide da CF/1988; - No início da década de 1990, houve uma reforma na estrutura previdenciária, com a extinção de algumas entidades (INAMPS, LBA, FUNABEM e CEME) e a fusão de outras (INPS + IAPAS = INSS); - Agora, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) era a entidade responsável pelo custeio da Seguridade, bem como pela concessão de benefícios previdenciários; - Em 2004, foi criada a Secretaria da Receita Previdenciária (SRP),que ficou responsável pelo custeio da Seguridade Social. Nesse momento, o INSS ficou responsável apenas pela concessão dos benefícios; - Em 2007, ocorreu a fusão entre a SRP e a Secretaria da Receita Federal (SRF), que gerou a Receita Federal do Brasil (RFB), que ficou responsável, desde então, pelo custeio da Seguridade Social. A parte da concessão de benefícios contínua sendo realizada pelo INSS

52 03. Direito Previdenciário é o ramo do direito público que estuda a organização e o funcionamento da Seguridade Social. Especificamente no Brasil, a Seguridade Social é tratada na Constituição Federal de 1988, em capítulo próprio, entre os artigos 194 e 204, o que demonstra grande preocupação do constituinte originário de 1988 quanto à previdência social, a assistência social e a saúde. 04. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. SAP. 05. Princípios Constitucionais da Seguridade Social: UCA UEBS SDBS IRRV B EFPC Universalidade da Cobertura e do Atendimento Uniformidade e Equivalência dos Benefícios e Serviços às populações urbanas e rurais Seletividade e Distributividade na prestação dos Benefícios e Serviços. Irredutibilidade do Valor dos Benefícios. Equidade na Forma de Participação no Custeio. DBF DDQ Diversidade da Base de Financiamento. Caráter Democrático e Descentralizado da administração, mediante gestão Quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados I - Universalidade da cobertura e do atendimento; Universalidade objetiva (cobertura) - extensão a todos os fatos e situações que geram as necessidades básicas das pessoas, tais como: maternidade; velhice; doença; acidente; invalidez; reclusão e morte. Universalidade subjetiva (atendimento) consiste na abrangência de todas as pessoas, indistintamente; II - Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;

53 Concessão dos mesmos benefícios de igual valor econômico e de serviços da mesma qualidade; III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; Compreende o atendimento distintivo e prioritário aos mais carentes; alguns benefícios são pagos somente aos de baixa renda; os trabalhadores ativos contribuem para a manutenção dos que ainda não trabalham (menores) e dos que já não trabalham mais (aposentados). Por exemplo, os benefícios salário-família e o auxílio-reclusão só serão pagos àqueles segurados que tenham renda mensal inferior de R$682,50 a R$ 1025,81 (Portaria Interministerial MPS/MF nº 19, de 10/01/2014). O sistema objetiva distribuir renda, principalmente para as pessoas de baixa renda, tendo, portanto, caráter social. IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; As prestações constituem dívidas de valor; não podem sofrer desvalorização; precisam manter seu valor de compra, acompanhando a inflação; esta é uma norma de eficácia limitada; V - eqüidade na forma de participação no custeio; Quem ganha mais deve pagar mais, para que ocorra a justa participação no custeio da Seguridade Social; a contribuição dos empregadores recai sobre o lucro e o faturamento, além da folha de pagamento; estabelece que se devem tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais VI - diversidade da base de financiamento; O custeio provém de toda a sociedade, de forma direta e indireta, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; Orçamentos públicos; Contribuições dos empregadores e empresas, incidindo sobre: Folha de salários; Receita ou faturamento; Lucro Contribuições dos trabalhadores e demais segurados da previdência social; Sobre aposentadorias e pensões não incide contribuição; Receita de concursos de prognósticos (loteria);

54 VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão Quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. Cabe à sociedade civil participar da administração da Seguridade Social, através de representantes indicados pelos empregadores, pelos trabalhadores e pelos aposentados (caráter democrático). 06. A lei (complementar) poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido disposto no art. 154, I da CF/1988. Em resumo: A criação das Contribuições Sociais Residuais se dará por meio de Lei Complementar; As contribuições deverão ser não cumulativas; O fato gerador (FG) ou a base de cálculo (BC) dessas novas contribuições deverão ser diferentes do FG e da BC das contribuições sociais existentes. O STF tem o entendimento que as contribuições sociais residuais podem ter o mesmo FG ou a mesma BC dos impostos existentes. Esse entendimento é importante! 07. Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total. 08. As Contribuições Sociais para a Seguridade Social só poderão ser exigidas após decorridos 90 dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b" da CF/1988 (Anterioridade Anual). 09. São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. 10. As contribuições sociais do Empregador poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão do Porte da empresa, da Utilização intensiva de mão de obra, do Mercado de trabalho e da Atividade econômica. REGRA PUMA!

55 11. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. 12. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral (RGPS Regime Geral da Previdência Social), de caráter contributivo e filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. 13. É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei. 14. Regras Constitucionais sobre Aposentadoria: Aposentadoria por Tempo de Contribuição. Regra Geral: Homem: 35 anos de Contribuição. Mulher: 30 anos de Contribuição. Professores FMI (Ensino Fundamental, Médio e Educação Infantil): Homem: 30 anos de Contribuição. Mulher: 25 anos de Contribuição. Aposentadoria por Idade: Regra Geral: Homem: 65 anos de Idade. Mulher: 60 anos de Idade. Trabalhadores Rurais (Produtor Rural, Garimpeiro ou Pescador Artesanal): Homem: 60 anos de Idade. Mulher: 55 anos de Idade

56 15. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social. 16. A competência para legislar sobre Seguridade Social é privativa da União, podendo ser delegado aos Estados o poder de legislar sobre questões específicas. 17. A competência para legislar sobre Previdência Social é concorrente entre a União, os Estados e o Distrito Federal Compete a União definir as normas gerais de Previdência Social Os Estados podem suplementar as normas gerais Na falta de normas gerais por parte da União, os Estados poderão editar normais gerais sobre previdência Social (Competência Legislativa Plena) A superveniência de lei federal sobre normas gerais de previdência Social suspende a lei estadual editada por meio da Competência Legislativa Plena supracitada. 18. A legislação previdenciária é composta de todos os atos legais, atos com força de lei e atos infralegais que tratam, no todo ou em parte, de assunto correlato ao Direito Previdenciário. Terminamos aqui nosso resumão!!! Em caso de dúvida sobre o curso, utilize o nosso Fórum de Dúvidas, presente em sua área restrita. Para outros assuntos, escreva para mim: pa.restini@gmail.com

57 8. Questões comentadas 01. (Analista Executivo/SEGER-ES/CESPE/2013): Acerca do conceito, da origem e da evolução legislativa da seguridade social brasileira, é correto afirmar que a Constituição de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdência, realizada com contribuições do Estado, do empregado e do empregador. Assertiva incorreta! A Constituição Federal de 1934 dispôs que o custeio da previdência ocorreria de forma tríplice, com contribuição dos empregadores, dos trabalhadores e do Estado. Apesar da participação do Estado no custeio, essa constituição adotou o termo Previdência sem o adjetivo Social. 02. (Analista Judiciário Área Administrativa/TRT- 8/CESPE/2013): Acerca da evolução histórica do direito previdenciário brasileiro, é correto afirmar que ocorreram inúmeras modificações na organização administrativa previdenciária brasileira ao longo de seu desenvolvimento, tais como a transformação do Fundo de Assistência e Previdência do Trabalhador Rural em INPS e, em seguida, mediante a CF, a transformação deste em INSS. Assertiva incorreta! Em 1963, por meio da Lei n.º 4.214, foi instituído o Fundo de Assistência e Previdência do Trabalhador Rural (FUNRURAL). Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao comercializarem sua produção, eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdência mediante guia própria. O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em Por sua vez, em 1966, foi publicado o Decreto-Lei n.º 72, que unificou todos os IAPs existentes, criando o Instituto Nacional da Previdência Social (INPS), perdurando até a criação do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), por meio da Lei n.º 8.029/1990 (1 ano e meio após a promulgação da CF/1988), sendo que o INSS nasceu da fusão do INPS com o Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social (IAPAS). 03. (Defensor Público/DPU/CESPE/2010): A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo n.º 4.682/1923), considerada o marco da Previdência Social no Brasil, criou as caixas de aposentadoria e pensões das empresas de estradas de ferro, sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

58 Assertiva incorreta! INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL Não há participação do Estado, pois as Caixas de aposentadorias e pensões eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados. A Lei Eloy Chaves previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua própria CAP em favor de seus trabalhadores, além de prever quais benefícios seriam concedidos e quais seriam as contribuições da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP. 04. (Procurador/TCE-BA/CESPE/2010): Na evolução da previdência social brasileira, o modelo dos institutos de aposentadoria e pensão, que abrangiam determinadas categorias profissionais, foi posteriormente substituído pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensão, que eram criadas na estrutura de cada empresa. Assertiva incorreta! Aconteceu o contrário: As Caixa de Aposentadoria e Pensão foram substituídas pelos Institutos de Aposentadoria e Pensões. Houve a unificação das CAP em IAP (Institutos de Aposentadoria e Pensão), que não seriam organizadas por empresas, mas sim por Categoria Profissional. 05. (Analista Judiciário Área Administrativa/TRT- 8/CESPE/2013): Acerca da evolução histórica do direito previdenciário brasileiro, é correto afirmar que o ordenamento jurídico brasileiro coexistiu com inúmeros regimes previdenciários específicos até a edição do Decreto-Lei n.º 72/1966, mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organização previdenciária no INPS. Assertiva correta! Em 1960, a Lei n.º unificou a legislação securitária e ficou conhecida como Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS). Os IAPs continuaram existindo, mas a legislação foi unificada, o que foi um grande avanço para os trabalhadores, além da simplificação no entendimento da legislação. Em 1965 foi incluído um dispositivo na CF/1946 no qual se proibia a prestação de benefício sem a correspondente fonte de custeio. Em 1966, foi publicado o Decreto-Lei n.º 72 que unificava os IAP, criando o INPS (Instituto Nacional da Previdência Social), órgão público de natureza autárquica. Um ano depois, em 1967, com o advento da Lei n.º 5.316, o governo integrou o SAT (Seguro de Acidente do Trabalho) à Previdência Social e, esse benefício deixou de ser uma prestação privada para se tornar um benefício público

59 A partir de 1967, tanto os benefícios comuns quanto os acidentários ficaram abrangidos pelo INPS, que passou a ser o órgão responsável pela concessão dos mesmos. 06. (Procurador Municipal/PGM-Aracaju/CESPE/2008): A positivação do modelo de seguridade social na ordem jurídica nacional ocorreu a partir da Constituição de 1937, seguindo o modelo do bem-estar social, em voga na Europa naquele momento. No caso brasileiro, as áreas representativas dessa forma de atuação são saúde, assistência e previdência social. Assertiva incorreta! A CF/1937 não trouxe o modelo de seguridade social à ordem jurídica nacional. 07. (Defensor Público/DPE-AM/IC/2011): A constituição do sistema de proteção social no Brasil, a exemplo do que ocorreu na Europa, deu-se em razão de longo e vagaroso processo de superação dos postulados do liberalismo clássico, passando o sistema da total ausência de regulação estatal para uma intervenção cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteção previdenciária. Assertiva correta! No Brasil, a evolução previdenciária se deu exatamente como consta na questão. Um vagaroso processo de transformação de Estado Liberal (sem intervenção Estatal) para Estado Social (com total intervenção estatal). Até 1923, apenas alguns servidores públicos possuíam a proteção social estatal, não existindo uma proteção extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada. Após a criação da LEC (Lei Eloy Chaves marco inicial da Previdência Social no Brasil), o sistema securitário brasileiro evoluiu lentamente até o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF/ (Defensor Público/DPE-AM/IC/2011): A Carta constitucional de 1937 previa, como forma de atuação do estado, as áreas de saúde, assistência e previdência social, além de inúmeras outras inovações na área da seguridade social. Assertiva incorreta! A CF/1937 não trouxe o modelo de seguridade social à ordem jurídica nacional, quem trouxe foi a CF/1988 que conceituava Seguridade Social como sendo um conjunto de ações integradas nas áreas de Previdência, Assistência e Saúde

60 09. (Analista Judiciário Área Administrativa/TRT- 8/CESPE/2013): Acerca da evolução histórica do direito previdenciário brasileiro, é correto afirmar que o Decreto Legislativo n.º 4.682/1923, também conhecido como Lei Eloy Chaves, é considerado um marco do direito previdenciário brasileiro, devido ao fato de, por meio dele, ter sido criado o Ministério da Previdência e Assistência Social. Assertiva incorreta! A Lei Eloy Chaves, foi o marco inicial da Previdência Social no Brasil, não por ter criado o Ministério da Previdência e Assistência Social, mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensão (CAP). No caso, a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua própria CAP em favor de seus trabalhadores. Além disso, deveria prever quais benefícios seriam concedidos e quais seriam as contribuições da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP. Como podemos perceber, a previdência nasceu no Brasil sem a participação do Estado, pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados. 10. (Técnico do Seguro Social/INSS/FCC/2012): O INSS, autarquia federal, resultou da fusão das seguintes autarquias: IAPAS e INAMPS. Assertiva incorreta! Como vimos, a Lei n.º 8.029/1990 criou o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) através da fusão do INPS (Instituto Nacional de Previdência Social) com o IAPAS (Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social). 11. (Defensor Público/DPE-AM/IC/2011): A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio, ou seja, a contribuição dos trabalhadores, a dos empregadores e a do poder público. Assertiva correta! A CF/1934 estabeleceu pela primeira vez a forma tríplice da fonte de custeio, com contribuições do Empregador, Trabalhador e do Estado. 12. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2008): A fusão da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciária centralizou em apenas um órgão a arrecadação da maioria dos tributos federais. Contudo, a fiscalização e a arrecadação das contribuições sociais destinadas aos chamados terceiros SESC, SENAC, SESI, SENAI e outros permanecem a cargo do INSS. Assertiva incorreta!

61 Com a criação da Receita Federal do Brasil,em 2007, o INSS não está mais encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuição social ou outra espécie de tributo. Cabe, atualemente, ao INSS apenas a concessão de benefícios previdenciários. 13. (Defensor Público/DPE-AM/IC/2011): É entendimento doutrinário dominante que o marco inicial da previdência social brasileira foi a publicação do Decreto Legislativo n.º 4.682/1923, Lei Eloy Chaves, que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensões nas empresas de estradas de ferro existentes, sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criação do Instituto da Aposentadoria e Pensão. Assertiva incorreta! A LEC (Lei Eloy Chaves) determinou que fosse criada uma CAP (Caixa de Aposentadoria e Pensão) por empresa de estrada de ferro. Na década de 30, quando as CAP foram substituídas pelos IAP (Institutos de Aposentadoria e Pensão), cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e não pela própria LEC como afirma a questão. 14. (Analista Judiciário Área Administrativa/TRT- 8/CESPE/2013): Acerca da evolução histórica do direito previdenciário brasileiro, é correto afirmar que ao longo de décadas, o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadãos, tendo sido instituídos benefícios previdenciários ao trabalhador apenas com a promulgação da CF. Assertiva incorreta! Com o passar do tempo, os direitos sociais se expandiram até chegarmos à Constituição de Desde o surgimento da Previdência Social no país, por meio da Lei Eloy Chaves (1923), os trabalhadores sempre contaram com benefícios previdenciários. 15. (Analista Executivo/SEGER-ES/CESPE/2013): Acerca do conceito, da origem e da evolução legislativa da seguridade social brasileira, é correto afirmar que apesar de não ser a primeira norma a tratar de seguridade social, a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo n.º 4.682/1923) é considerada pela doutrina majoritária o marco inicial da previdência social brasileira. Assertiva correta! A Lei Eloy Chaves é considerada o marco da Previdência Social no Brasil. Ela determinava a criação de Caixas de Aposentadoria e Pensões para os empregados ferroviários. Previa os benefícios de aposentadoria por invalidez, aposentadoria por tempo de contribuição, pensão por morte e assistência médica

62 16. (Auditor-Fiscal/RFB/ESAF/2012): A sociedade financia a seguridade social, de forma indireta, entre outras formas, por meio das contribuições para a seguridade social incidentes sobre a folha de salários. Assertiva incorreta! De acordo com o art. 195m I, alínea a da CF/88: a seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; 17. (Juiz do Trabalho/TRT-3/2013): A Seguridade Social abrange a Previdência Social, a Assistência Social (prestações pecuniárias ou serviços prestados a pessoas alijadas de qualquer atividade laborativa) e a Saúde Pública (fornecimento de assistência médico-hospitalar, tratamento e medicação), estes dois últimos sendo prestações do Estado devidas independentemente de contribuição. Assertiva correta! Como determina a Constituição Federal, são ramos da Seguridade Social: SAP! - Saúde: é direito de todos e dever do Estado, ou seja, não importa a condição da pessoa, ela sempre terá direito ao SUS. Essa prestação é universal e independe de prévia contribuição. - Assistência Social: é devida apenas as pessoas que necessitam, independentemente de prévia contribuição. - Previdência Social: é devida apenas aos segurados que contribuíram previamente para o Regime Geral de Previdência Social. Sendo o único ramo contributivo. 18. (Analista de Comércio Exterior/MDIC/ESAF/2012):

63 Nos termos da atual redação da Constituição, são objetivos estabelecidos para a organização da seguridade social, entre outros, a seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços. Assertiva correta! UCA UEBS SDBS IRRV B EFPC Universalidade da Cobertura e do Atendimento Uniformidade e Equivalência dos Benefícios e Serviços às populações urbanas e rurais Seletividade e Distributividade na prestação dos Benefícios e Serviços. Irredutibilidade do Valor dos Benefícios. Equidade na Forma de Participação no Custeio. DBF DDQ Diversidade da Base de Financiamento. Caráter Democrático e Descentralizado da administração, mediante gestão Quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados 19. (Advogado da União/AGU/CESPE/2012): Com base na jurisprudência do STF, é correto afirmar que o direito à proteção da seguridade social, no Brasil, é garantido apenas aos segurados de um dos regimes previdenciários previstos em lei. O indivíduo que não contribui para nenhum desses regimes não faz jus à referida proteção. Assertiva incorreta! Conforme a jurisprudência do STF, a Seguridade Social abrange direitos protetivos relativos à Previdência, à Assistência e à Saúde (SAP). Lembrem-se que a Previdência é o único ramo contributivo da Seguridade, ou seja, só poderá usufruir dos benefícios previdenciários apenas os segurados filiados ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS) que com ele contribuem financeiramente. Por sua vez, a Assistência é devida apenas às pessoas que dela necessitar, enquanto que a Saúde é direito de todos e dever do Estado, ou seja, qualquer pessoa, rica ou pobre, pode usufruir da saúde pública. 20. (Procurador Federal/AGU/CESPE/2013): A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade,

64 destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social, sendo que a universalidade da cobertura e do atendimento, bem como a uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais estão entre os objetivos em que se baseia a organização da seguridade social no Brasil. Assertiva correta! Conceito perfeito de Seguridade Social. 21. (Auditor-Fiscal/RFB/ESAF/2010): À luz da Organização da Seguridade Social, a Previdência Social, a Educação e a Assistência Social são partes da Seguridade Social. Assertiva Incorreta! Dispõe o Art. 194 da CF/1988, a Seguridade Social é dividida em três áreas: Previdência Social, Assistência Social e Saúde, o SAP. A Educação não faz parte da Seguridade Social. 22. (Defensor Público/DPE-AM/FCC/2013): A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinados a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Nesta seara, nos termos das previsões constitucionais, é correto afirmar que as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União. Assertiva correta! Conforme dispõe o art. 195, 1.º, da CF/88: As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União. No orçamento da União, constará apenas receitas da União destinadas a Seguridade Social. Não haverá receitas estaduais, distritais e municipais, em prol da Seguridade Social. Em resumo, todo ente político (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) deve contribuir com a Seguridade, mas com orçamentos separados. 23. (Analista Judiciário Área Judiciária/STJ/CESPE/2012):

65 Segundo a CF, as contribuições das entidades beneficentes de assistência social estão entre as fontes de recursos destinados ao financiamento da seguridade social, juntamente com os recursos provenientes dos orçamentos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Assertiva incorreta! Literalidade do art. 195 da CF/88: A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a receita ou o faturamento; c) o lucro; II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; III - sobre a receita de concursos de prognósticos. IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. Em suma, as contribuições das entidades beneficentes de assistência social NÃO estão entre as fontes de recursos destinados ao financiamento da Seguridade Social. 24. (Técnico do Seguro Social/INSS/FCC/2012): É correto afirmar que a Seguridade Social compreende a Assistência Social, a Saúde e a Previdência Social. Assertiva correta! Dispõe o art. 194 da CF/1988: a seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. 25. (Juiz Federal Substituto/TRF-1/CESPE/2013): A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade destinadas a assegurar os direitos relativos ao trabalho, à saúde, à previdência e à assistência social. Assertiva incorreta!

66 Literalidade da Constituição Federal INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL A assertiva está quase correta, só errou ao afirmar que o Trabalho está entre os ramos da Seguridade Social! Lembre-se: Seguridade Social = Previdência Social + Assistência Social + Saúde. 26. (Analista de Comércio Exterior/MDIC/ESAF/2012): A assistência social será prestada a quem dela necessitar, mediante contribuição, pois apresenta natureza de seguro social, sendo ainda realizada mediante recursos do orçamento da seguridade social, previsto no art. 195 da Constituição, além de outras fontes. Assertiva incorreta! A Assistência Social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à Seguridade social. A Previdência tem natureza de seguro social, uma há o recolhimento periódico das contribuições sociais para que no momento que ocorrer algum caso de a pessoa possa utilizar os respectivos benefícios. Porém, a parte final da questão está correta, uma vez que as ações governamentais na área da Assistência Social serão realizadas com recursos do orçamento da seguridade social, previstos no art. 195, além de outras fontes. 27. (Auditor-Fiscal/RFB/ESAF/2010): À luz da Organização da Seguridade Social, a Saúde possui abrangência universal, sendo qualquer pessoa por ela amparada. Assertiva correta! O Art. 196 da CF/1988 prevê: a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. A Saúde é a única área da Seguridade Social que qualquer pessoa pode usufruir, independentemente de contribuição por parte do segurado. Lembrando que a Previdência Social é devida apenas aos segurados que com ela contribui, e a Assistência Social é devida apenas a quem dela necessitar, independentemente de contribuição. 28. (Juiz Federal Substituto/TRF-1/CESPE/2013):

67 Constituem objetivos da seguridade social a universalidade e a uniformidade da cobertura e do atendimento e a inequidade na forma de participação no custeio. Assertiva incorreta! UCA UEBS SDBS IRRV B EFPC Universalidade da Cobertura e do Atendimento Uniformidade e Equivalência dos Benefícios e Serviços às populações urbanas e rurais Seletividade e Distributividade na prestação dos Benefícios e Serviços. Irredutibilidade do Valor dos Benefícios. Equidade na Forma de Participação no Custeio. DBF DDQ Diversidade da Base de Financiamento. Caráter Democrático e Descentralizado da administração, mediante gestão Quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados 29. (Procurador/MP-TCE-BA/CESPE/2010): O conceito de seguridade social compreende a saúde, a previdência e a assistência social e está positivado expressamente no ordenamento jurídico brasileiro, tanto no texto constitucional quanto na legislação infraconstitucional. Assertiva correta! O art. 194 dispõe que: a seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Lei n.º 8.212/1991: Art. 1º A Seguridade Social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinado a assegurar o direito relativo à saúde, à previdência e à assistência social. Decreto n.º 3.048/1999: Art. 1º A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinado a assegurar o direito relativo à saúde, à previdência e à assistência social

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