QUESTÃO CENTRAL O QUE SIGNIFICA SER DIFERENTE?

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1 QUESTÃO CENTRAL O QUE SIGNIFICA SER DIFERENTE? Basicamente, ser diferente é não ser igual Mas será que ser diferente será sinónimo de ser desigual? Ter uma diferença, ser diferente, significa, de forma simples, não integrarmos uma categoria ou não apresentarmos uma correspondência com uma referência num dado processo de comparação. Existem tantas variáveis possíveis nesta equação que o mais certo será encontrarmos simultaneamente aspetos que nos aproximam e aspetos que nos distinguem quando nos comparamos com alguém. Eu não sou diferente por estar numa cadeira de rodas. A diferença depende daquilo a que nos comparamos. Se me comparam com uma pessoa sem deficiência, sou diferente porque não consigo andar. Se me compraram com uma pessoa idosa, sou diferente porque sou mais nova. Se me comparam a um homem, sou diferente porque sou mulher. Mas se me comparam com uma pessoa de cor branca sou igual. Se me compraram com uma mulher sou igual, se me comparam com uma pessoa da minha idade sou igual. Página 1 de 8

2 Se, por exemplo, só podemos comparar características físicas e traços de personalidade, tradições culturais, indivíduos, grupos, comunidades, regiões/espaços e épocas/tempos, com outros aspetos do mesmo género, então a diferença será sempre um resultado relativo (só somos diferentes em relação a algo dentro do mesmo género com que nos comparamos) Quando procuramos perceber se somos iguais ou diferentes dos outros podemos comparar-nos: Utilizando aspetos individuais (diferenças físicas, interesses, ideias, valores, aspirações, orientação sexual, etc.) Utilizando os nossos grupos de pertença (homens, mulheres, jovens, idosos) Utilizando referências mais abrangentes, as comunidades que integramos. (Chineses e portugueses) Conclusões: Ser diferente não é um absoluto, é sempre relativo a algo com que somos comparados Todos somos simultaneamente diferentes e iguais, pois somos diferentes em certos aspetos e iguais noutros. Ser diferente não é ser anormal, e ser igual não é o normal. Tudo depende daquilo com que nos comparamos. Normal é ser diferente e, simultaneamente, igual. Mas então porque é que prestamos mais atenção às diferenças do que às semelhanças? Página 2 de 8

3 Embora ambas sejam importantes nas nossas relações com o mundo e construção da nossa identidade, as semelhanças tendem a fornecer-nos estabilidade, a validar os nossos comportamentos, ideias e valores. Pelo contrário, as diferenças conduzem-nos ao questionamento e à dúvida sobre os nossos pontos de referência Como muitos países nesta era de globalização, e em consequência de fortes movimentos de emigração e imigração, Portugal apresenta uma inquestionável riqueza em termos de diversidade étnica e cultural. Quantos são os cidadãos estrangeiros com autorização de residência no país? Indivíduos Indivíduos Esta multiculturalidade conduz frequentemente a processos de aculturação. Aculturação: processo de contacto entre culturas diferentes e suas consequências. O processo de aculturação pode decorrer de uma das seguintes formas: assimilação, integração, separação e marginalização. Assimilação Integração Separação Marginalização Abandono da própria Manutenção parcial Preservação da Isolamento da identidade cultural da identidade identidade cultural e comunidade em favor da cultural do grupo ausência de minoritária, que não identidade cultural minoritário e estabelecimento de tem o direito a relações com a participar na da comunidade participação cada comunidade comunidade dominante. vez maior na dominante dominante, devido a sociedade atitudes dominante discriminatórias Página 3 de 8

4 Quando ser diferente se torna numa desvantagem: isola, impede o bem-estar e a participação social e comunitária A questão da discriminação Apesar das diferenças serem inevitáveis e normais, a história da humanidade está repleta de situações nas quais o confronto, a intolerância, a indiferença para com o que não é igual, conduziu a posturas discriminatórias, segregacionistas e aniquiladoras. É frequente exemplificar esta perspetiva aludindo: À conquista, colonização e escravização de várias regiões do globo por parte de países europeus, entre eles Portugal e Espanha. À história recente de perseguição e extermínio de mais de metade dos judeus da Europa, entre 1933 e 1945, durante o regime nazi liderado por Adolf Hitler. Discriminar consiste em estabelecer diferenças Discriminar não tem mal nenhum. Nosso dia-a-dia, discriminamos constantemente pessoas. Uma empresa de publicidade quer contratar as pessoas mais criativas de entre os candidatos. Um professor avalia os seus alunos e diferencia-os em função do que sabem ou não sabem para determinar se estão em condições de serem aprovados ou não. Nada há de errado nisto. O que é errado é discriminar as pessoas sem ter uma boa razão para o fazer. Discriminar em função de aspetos que não são relevantes. Imagina o que seria uma empresa de publicidade ou o tal professor decidirem determinar a contratação de uma pessoa ou a aprovação, ou não aprovação dos alunos, em função de um fator como a cor dos olhos, da pele ou da altura? Seria injusto. É a este tipo de discriminação injustificada e negativa (que impede as pessoas de usufruírem dos seus direitos) que é errada, porque está associada a estereótipos negativos e preconceitos. Página 4 de 8

5 Estereótipo negativo: noção ou ideia simplificada, na qual se atribui, abusiva e infundadamente, características negativas a todos os indivíduos pertencentes a um grupo social que foi também abusiva e infundadamente caracterizado como tal. Exemplos: Às vezes é assumido que alguém que é deficiente físico também é deficiente mental. As mulheres não podem fazer um trabalho como um homem. As raparigas não são competentes no desporto. Os homens são desorganizados e pouco asseados. As mulheres estão apenas preocupadas com a sua aparência física. Todos os louros são pouco inteligentes. Todos os adolescentes são rebeldes. Os idosos têm problemas de saúde e comportam-se como crianças. Os mexicanos são preguiçosos e vieram para a América ilegalmente. Todos os árabes e os muçulmanos são terroristas. Preconceito: atitude discriminatória injustificada (sem fundamento imparcial), baseada em estereótipos negativos. Exemplos: Até os primeiros anos do século XX, as mulheres não podiam votar. O holocausto aconteceu parcialmente por causa de um preconceito contra os judeus. No Afeganistão, quando os talibãs estavam no comando, as mulheres não podiam ser educadas e tiveram que cobrir o rosto quando estavam fora de casa. As mulheres não estão autorizadas a conduzir na Arábia Saudita e são obrigadas a andar atrás do homem que está com elas. Alguns pais não aprovam que os seus filhos se casem com alguém de uma religião ou etnia diferente. Página 5 de 8

6 Algumas empresas contratam mulheres, mas não as promovem para cargos de supervisão. Como lidar com a diferença? A questão dos direitos fundamentais e o direito à diferença. Num processo de aculturação há sempre a possibilidade de existirem tensões entre as culturas em presença. Assim, um dos principais desafios que se coloca nestes processos diz respeito à adoção de práticas integradoras, preventivas de situações de racismo e xenofobia. Estas práticas devem assentar num diálogo e comunicação intercultural que reconheça, afirme e estimule a diferença e pluralidade culturais. As diferenças entre culturas não podem ser negadas, mas, para compreendermos essas diferenças, temos de ser capazes de nos descentrarmos e utilizar novas referências, libertar-nos tanto quanto possível de estereótipos e preconceitos relativamente aos outros. Em resposta, e na sequência das duas guerras mundiais, as várias nações do mundo uniram-se em defesa dos direitos humanos fundamentais, adotando, em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos. O documento, constituído por 30 artigos, enuncia os direitos fundamentais civis, políticos e sociais que devem gozar todos os seres humanos, sem distinção de raça, sexo, nacionalidade, religião, etc., qualquer que seja o país que habitem ou o regime político nele instituído. O que são direitos fundamentais? Um direito é uma pretensão legítima a alguma coisa. Direitos fundamentais são aspetos essenciais aos seres humanos (sem os quais eles não podem ou devem viver) e são o fundamento de outros direitos reconhecidos aos seres humanos. Página 6 de 8

7 No seu 1º artigo a Declaração Universal dos Direitos Humanos, declara que: Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade. A Declaração Universal dos Direitos Humanos proclama um mundo de dignidade, onde todos, sem exceção, nascem livres e iguais. Mas esta é apenas uma proclamação, pois não é concretizada para muitos milhões de seres humanos. Ainda que exista um acordo generalizado sobre os direitos que não podem ser negados a cada um de nós pelo simples facto de sermos humanos, e apesar de todos os Estados-membros das Nações Unidas serem signatários da Declaração, muitos são os Estados que, alegada ou comprovadamente, continuam a não respeitar estes princípios. Por que razão é importante conhecer e respeitar os direitos fundamentais? Porque conhecendo esses direitos, isso melhora significativamente a nossa possibilidade de intervenção cívica, Página 7 de 8 também conhecida por cidadania Porque o desrespeito por esses direitos degrada as relações entre os seres humanos até condições extremas, cujo exemplo mais ilustrativo é a guerra. Por que é o direito à diferença ou à não discriminação um direito fundamental? Este direito é muito importante porque: Sem ele os restantes direitos fundamentais não poderiam ser gozados por todos, isto é, alguém com uma determinada diferença (etnia, cor, religião, nacionalidade, sexo, orientação sexual, etc.) poderia ser impedido de usufruir desses direitos só com base nessa diferença.

8 Existe um conjunto alargado de tratados ou convenções internacionais que regulamentam o cumprimento dos direitos humanos consagrados na Declaração Universal dos Direitos do Homem das Nações Unidas, entre eles: Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial (1969) Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres (1981) Convenção sobre os Direitos da Criança (1990) Convenção Europeia dos Direitos Humanos A Convenção Europeia dos Direitos Humanos, no seu art.º 14, diz o seguinte: O gozo dos direitos e liberdades reconhecidos na presente Convenção deve ser assegurado sem quaisquer distinções, tais como as fundadas no sexo, raça, cor, língua, religião, opiniões políticas ou outras, origem nacional ou social, a pertença a uma minoria nacional, a riqueza, o nascimento ou qualquer outra situação Apesar de toda a legislação, todos os dias escutamos notícias que nos dão conta de situações nas quais as liberdades fundamentais não são garantidas e o direito à diferença é desrespeitado. Por exemplo, machismo, homofobia, racismo, xenofobia, intolerância religiosa, entre outras, são realidades muito presentes no nosso quotidiano. Elas representam formas de pensar, sentir e comportar que tornam as diferenças uma desvantagem, reduzindo o nível de participação social, o bem-estar e o exercício dos direitos. Frequentemente afetam grupos minoritários e/ou sub-representados em órgãos de poder e decisão Página 8 de 8

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