O regime jurídico internacional da apatridia: a América do Sul e o Caribe

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1 O regime jurídico internacional da apatridia: a América do Sul e o Caribe Gilberto M. A. Rodrigues; Mariana Fernandes Apatridia é a ausência de nacionalidade. Ela gera nefastas consequências para os indivíduos que dela são vítimas. Atualmente, existem mais de 12 milhões de apátridas no mundo. Etimologicamente, a palavra apátrida vem do grego ápatris que significa: sem país. Sinônimo de heimatlos ou apólida, do grego, ápolis, que significa - sem cidade, sem pátria. A Convenção sobre o Estatuto dos Apátridas de 1954 define-os como toda a pessoa que não seja considerada por qualquer Estado, segundo sua legislação, como seu nacional. Ou seja, apátrida é aquele indivíduo que não possui qualquer nacionalidade. A apatridia tem sua origem numa época remota. Contudo, a sua problemática difundiu-se a partir do século 20 com as duas Grandes Guerras, devido ao deslocamento de pessoas; a revolução comunista da URSS, o nazismo na Alemanha e o fascismo na Itália, uma vez que todos que fugiram desses sistemas políticos perderam a sua nacionalidade (MELLO, 2001: 938). As consequências da Segunda Guerra Mundial foram devastadoras. Uma delas foi tornar milhões de pessoas apátridas. Nesse período, a apatridia passou a ser encarada como um problema universal; daí surgiu a necessidade de enfrentá-la e erradicá-la. Além de assegurar direitos e obrigações aos indivíduos em uma ordem jurídica interna, a nacionalidade também lhes garante proteção internacional. Ou seja, qualquer violação à integridade física, moral ou patrimonial de um indivíduo nacional de algum Estado será passível de legítima reclamação por parte deste, perante a ordem internacional. Quanto aos apátridas, eles não podem contar com tal proteção, pois, não estão cobertos pelo manto de proteção estatal garantida pela nacionalidade. A apatridia sem regulamentação marginaliza uma minoria da proteção dos Estados. Os apátridas não possuem nem o mínimo de direitos conferidos aos estrangeiros em um determinado Estado. Eles não podem requerer a emissão de documentos, como consequências disso, não podem gozar do sistema de saúde pública, de educação, além disso, são impedidos de adquirirem móveis ou imóveis e de exercerem trabalho remunerado reconhecido. Para suprir a falta de reconhecimento jurídico internacional da condição de apátrida foram criadas, em nível universal, a Convenção sobre o Estatuto dos Apátridas de 1954 e a Convenção para Redução dos Casos de Apatridia de 1961, ambas na esfera da ONU. Foi a partir delas que passaram a existir duas condições dadas aos indivíduos: ser nacional de algum Estado, recebendo proteção internacional deste; ou ser apátrida, recebendo proteção internacional pela comunidade internacional. A Convenção sobre o Estatuto dos Refugiados de 1951 já trazia certa proteção aos apátridas, pois é aplicável aos refugiados que possuem o status de apátrida 3

2 (os chamados apátridas de fato). No entanto, nem todos os apátridas estão na situação de refúgio e, por isso, o problema persistia. Daí que, em 1954, a comunidade internacional decidiu, celebrar um compromisso que é a Convenção sobre o Estatuto dos Apátridas, que cuida exclusivamente desta questão. A Convenção de 1954 trouxe à tona uma das principais bases para a cooperação internacional sobre os Direitos Humanos que é a tolerância religiosa, cultural, racial e por sua vez, a não discriminação. Nela são elencados dispositivos acerca de direitos que podem ser exercidos pelos apátridas dentro do Estado onde estejam estabelecidos, tais como: liberdade no exercício de religião, de recorrer aos tribunais jurisdicionais, de exercerem trabalho remunerado, de receber tratamento favorável ou não menos favorável que os estrangeiros no que diz respeito à aquisição de bens móveis e imóveis, direito à educação pública, à obtenção de documento de identidade, dentre outros, como se nacionais ou estrangeiros fossem. Como complementação, foi celebrada a Convenção para Redução dos Casos de Apatridia de 1961, que criou mecanismos de repressão e erradicação da apatridia e que estabelece regras para a concessão ou não privação da nacionalidade [...]. As disposições da Convenção de 1961 oferecem salvaguardas cuidadosamente detalhadas contra a apatridia, que devem ser implementadas por meio da legislação sobre nacionalidade do Estado (ACNUR, 2010, p.3), devendo estas leis estar em conformidade com os padrões internacionais. Apátridas: América Latina e Caribe No âmbito regional da América Latina e Caribe, poucos países fazem parte destas das duas Convenções Internacionais sobre apatridia. Os gráficos assim ilustram: 4

3 Fonte: Gráficos elaborados pelos autores, a partir de dados da obra Nacionalidade e Apatridia. Manual para Parlamentares (2009). A partir de uma análise dos gráficos, pode-se estabelecer uma hipótese que explica o motivo pelo qual a maioria dos Estados da América Latina e Caribe não assinou ou ratificou as convenções de 1954 e 1961 sobre apatridia: a pequena quantidade de apátridas estabelecidos nessa região. Segundo dados fornecidos pelo ACNUR, obtidos através de um senso realizado em dezembro de 2009, aproximadamente 118 (cento e dezoito) apátridas estão estabelecidos na região latinoamericana, sendo que 106 (cento e seis) encontram-se no Brasil, 11 (onze) na Colômbia e 1 (um) no Panamá. Destes três países, o Brasil foi o único que, ao menos, ratificou as duas convenções sobre apatridia. A Colômbia apenas assinou a Convenção de 1954, mantendo-se inerte quanto à de 1961 e o Panamá manteve-se inerte quanto às duas convenções. Os dados obtidos pelo senso foram fornecidos pelos próprios Estados, e como a maioria declarou possuir um número baixo de apátridas em seu território, como é o caso do Brasil, da Colômbia e do Panamá, ou não possuir qualquer apátrida, conclui-se, com base em nossa hipótese, que estes Estados consideram desnecessária a vinculação a essas convenções. Outra hipótese é a legislação interna destes países ser mais abrangente do que as Convenções sobre apatridia. A Estônia, por exemplo, é um dos países que mais possui apátridas estabelecidos em seu território, mas não é parte de nenhuma das convenções sobre apatridia. Contudo, quase todas as pessoas registradas como apátridas têm residência permanente e desfrutam de mais direitos que os previstos na Convenção de 1954, relativa ao Estatuto dos Apátridas. Mas essa hipótese necessitaria de confirmação mediante a análise individual de cada legislação nacional, no âmbito da região. O Brasil é um dos poucos países da América Latina e Caribe que assinaram e ratificaram as duas Convenções. Para implementar essas convenções, ele adotou diversas medidas internas a respeito da repressão da apatridia. Uma delas foi a Emenda Constitucional n. 54, reconhecida pela Campanha Global de Apatridia de 2011 como sendo um caso de sucesso. Antes da inserção da referida emenda na Constituição Federal, a concessão da nacionalidade brasileira aos filhos de brasileiros nascidos no estrangeiro só poderia ser feita se eles viessem residir no Brasil. A comunidade brasileira expatriada, vítimas de tal restrição, 5

4 formada por cerca de 3 milhões de pessoas, criou o movimento dos Brasileirinhos Apátridas que lutou pela referida emenda. Com sucesso, em 2007, foi incorporada a Emenda Constitucional n. 54 que possibilitou o registro e a respectiva concessão da nacionalidade brasileira aos filhos de brasileiros nascidos em território estrangeiro, por meio dos consulados brasileiros. A norma foi aplicada retroativamente e resolveu o problema de cerca de 200 mil casos de apatridia. Em 11 de novembro de 2010, foi aprovada a Declaração de Brasília sobre a Proteção de Refugiados e Apátridas no Continente Americano. Esse documento renovou o compromisso dos Estados signatários em proteger os apátridas, valendose da ampla rede de proteção aos refugiados já existente. Jurisprudência no Brasil Além da implementação dos compromissos internacionais pelos órgãos executivos e legislativos brasileiros, é importante saber como a jurisprudência tem decido a respeito do reconhecimento do status de apátrida e dos direitos advindos deste ato (reconhecimento). No Brasil, vale comentar o caso judicial de Andrimana Buyoya Habiziman. Nascido em Burundi, África, fugiu, clandestinamente, para o Brasil em um navio cargueiro em 2006, devido ao genocídio étnico, crise econômica e política e o falecimento de seus familiares. No mesmo ano, embarcou no voo com destino a Lisboa. No entanto, por utilizar-se de documentação falsa, foi devolvido ao Brasil, onde cumpriu integralmente a devida pena. Após diligências efetuadas pela Polícia Federal brasileira, a Embaixada de Burundi não lhe assegurou a cidadania. Já a Embaixada da África do Sul também não aceitou a sua deportação. Ele então solicitou refugio ao Conselho Nacional para Refugiados CONARE, bem como visto de trabalho ao Conselho Nacional de Imigração CNIg. Em nenhum dos dois pedidos obteve êxito, pois, segundo as autoridades administrativas, ele não preenchia os requisitos para caracterização de refugiado. Em sequência, decidiu ajuizar ação contra a União para que fosse reconhecido seu status de apátrida, bem como a antecipação dos efeitos da tutela para que ele pudesse exercer atividade profissional remunerada, segundo art. 17 e 18 da Convenção de 1954, e para prorrogar a validade do documento provisório de identificação. O Tribunal Regional Federal da 5ª região, julgando recurso de apelação da União, reafirmou sentença dada pela primeira instância quanto ao reconhecimento do status de apátrida de Andrimana. O voto do relator Desembargador Federal Bruno Leonardo Câmara Carrá foi pelo não provimento (aceitação) do recurso e consequentemente o reconhecimento do status de apátrida, com base na definição de apátrida da Convenção sobre o Estatuto dos Apátridas de Este é um caso bem-sucedido de reconhecimento de apatridia pela Justiça Brasileira. A condição jurídica do apátrida, internacionalmente 6

5 reconhecida, faz parte do desenvolvimento histórico dos Direitos Humanos que passou a englobar não só a obrigação dos Estados de proteger indivíduos reconhecidos como nacionais de algum Estado, mas também de proteger aqueles que estão descobertos do manto da nacionalidade. Tal concepção confirma a ideia de que os direitos humanos reconhecidos universalmente são inerentes à condição de ser humano, independentemente de ficções jurídicas criadas apenas para organizar as sociedades. Essa realidade dramática dos apátridas tem sido vocalizada pelo Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR), cujo papel em sensibilizar e apoiar os Estados para a adoção de medidas legais e executivas em prol dos apátridas tem contribuído sobremaneira para o avanço nessa temática. Concluindo, sendo a nacionalidade um direito que abre as portas para os demais direitos essenciais à vida digna do ser humano, e levando em conta as Convenções que previnem e reprimem a privação da nacionalidade, o comprometimento dos Estados por meio delas é imprescindível para a efetiva e integral aplicação dos Direitos Humanos. Gilberto M. A. Rodrigues é professor Doutor do Programa de Doutorado em Direito da Universidade Católica de Santos. Professor do Curso de Relações Internacionais da Faculdade Santa Marcelina. Pós-doutor pela Universidade de Notre Dame (EUA). Mariana Fernandes é graduanda em Direito e bolsista CNPq de Iniciação Científica da Faculdade de Direito da Universidade Católica de Santos, com o tema do regime jurídico internacional dos apátridas. Referências bibliográficas: ACNUR. Unidade de Informação Pública. ALMEIDA, Guilherme de; RAMOS, André de Carvalho; RODRIGUES, Gilberto M. A.60 Anos de ACNUR. Perspectivas de futuro. São Paulo: CLA, ANDRADE, William Cesar de; FANTAZZINI, Orlando. Dossiê A Apatridia O Direito de se ter um lugar a que chamamos de pátria. Refúgio, Migrações e Cidadania, CadernosxdexDebatesx6,xp.33-60, Dezembro de, MELLO, Celso D. de Albuquerque Mello. Direito Internacional Público. Rio de Janeiro:zRenovar,x2001. PEREIRA, Gustavo Oliveira de Lima. A pátria dos sem pátria: Direitos Humanos e Alteridade. Porto Alegre: UniRitter, TRF 5ª Região. Relator: Desembargador Bruno Leonardo Câmara Carrá. Julgamento em: 20/09/2011, publicado no DJE de 17/11/2011 p Acessado em 29/06/2012. Disponívelxem:x< e/2011/11/ _ _ pdf>. UNIAOINTERPARLAMENTAR. Nacionalidade e Apatridia. Manual para parlamentares. Unidade Legal Regional do Escritório do ACNUR para Américas com o apoio do Conselho Português para os Refugiados. Suíça: outubro de

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