1. Os primeiros meses do bebê: O primeiro contato com os gestos.

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1 214 UM PANORAMA DA CONSTRUÇÃO GESTUAL DO BEBÊ AO LONGO DO PRIMEIRO ANO DE VIDA Amanda Lameiro de Aragão IC/CNPq/UFPB Marianne Carvalho Bezerra Cavalcante CNPq/UFPB 0 Introdução Neste trabalho buscamos compreender o funcionamento multimodal da linguagem e fala ao longo do tempo nas interações mãe-bebê. Para entendermos essa multimodalidade, o, seguimos a proposta de Kendon(1982) e seu contínuo gestual. Segundo Kendon (1982), os principais s s durante a fala são: gesticulação, pantomima, emblemas e, no caso dos surdos, também a língua de sinais. Observamos que os três primeiros tipos de s estarão bem presentes nos primeiros momentos da aquisição da linguagem observada na interação mãe-bebê. Partimos da premissa que mesmo sem percebermos estamos produzindo s durante a fala, isto significa que e fala se encontram interligados formando um conjunto que não pode dissociar-se, esta perspectiva se baseia na concepção de que o funcionamento da língua é sempre multimodal (KENDON, 1982; MCNEILL, 1985). A perspectiva de McNeill (1985) propõe que e fala se encontram integrados numa mesma matriz de produção e significação, afirmando que "a ocorrência de s ao longo da fala implica que durante o ato de fala dois tipos de pensamento, imagístico e sintático, estão sendo coordenados". Isto é, são constitutivos de um único sistema lingüístico. Ressaltamos também neste trabalho a relevância do apontar entre os emblemáticos. Conforme Cavalcante (1994) o processo de referência dentro da aquisição da linguagem se apresenta com dois objetivos, o de declarar e o de identificar, porém não podemos identificar, especificamente, qual dos dois estará sendo usado pela criança ao apontar para algo. Partimos então da premissa que o apontar se posiciona na aquisição da linguagem como um ato social, pois o individuo ao apontar chama o outro a contemplar o objeto apontado junto com ele, havendo dessa forma uma interação e uma troca comunicativa. Durante o processo de construção gestual a criança apresenta primeiro a gesticulação como um amálgama das outras tipologias gestuais e, aos poucos, vai transformando este amálgama em s diferentes: gesticulação, pantomima e emblemas ao longo do tempo. Os s não aparecem de forma definida nas crianças nos primeiros momentos de vida, é conforme o decorrer do tempo que o bebê vai dando os seus primeiros passos na produção gestual, na consolidação e na intensidade de produção desses s. Para entendermos os tipos de s propostos por Kendon (1982), observaremos o inicio da produção gestual, a sua forma e a sua intensidade de produção (análise quantitativa) ao longo do tempo nas interações mãe-bebê. Para isto analisaremos duas díades entre quatro meses e um ano e cinco meses de vida, em interações naturalísticas, ou seja, filmagem que englobam situações do cotidiano. A partir da análise das duas díades e da suas equiparações, veremos o processo de construção gestual atentando para o inicio da produção de cada, sua forma de produção, e sua freqüência ao longo do tempo. 1. Os primeiros meses do bebê: O primeiro contato com os s. Conforme o continuo de Kendon proposto em 1982, os principais s s durante a fala são: gesticulação, pantomima, emblemas. Tentando buscar um significado para, McNeill (2000, p. 1) aponta que essa palavra não se apresenta de forma singular, mas sim de forma plural, e através do contínuo de Kendon apresenta definições e exemplos dos tipos de s encontrados nesse continuo. O primeiro tipo de é a gesticulação que acompanha a fala e engloba o movimento das mãos, braços, cabeça e pescoço e até mesmo a postura corporal do sujeito. A pantomima seria uma simulação de ações nas quais a característica mais presente é a marca narrativa. Os emblemas seriam os s já convencionalizados pela sociedade, como por exemplo, o movimento feito com a mão aberta ao se despedir de uma pessoa. Se partirmos da premissa de que e fala estão integrados numa mesma matriz de produção e significação (McNeill, 1985), identificaremos a presença dos tipos de s propostos por

2 215 Kendon em todos os momentos nas interações mãe-bebê, ou seja, nos processo de construção significativa. Nos primeiros meses de vida não seria diferente a presença e a importância desses s. Considerando a grande relevância das interações mãe-bebê para a aquisição da linguagem e conseqüentemente de suas multimodalidades, sabemos que é a através da produção da mãe durante as interações que o bebê irá sendo apresentado aos diversos tipos de s. Nesse primeiro momento da vida do bebê, que compreende desde o nascimento até a virada dos nove meses 1, a produção gestual da mãe de forma continua é de extrema importância, pois é através dela que o bebê vai dando seus primeiros passos e sendo apresentado aos tipos de s existentes. Podemos dizer que esse primeiro momento seria um período de apresentações e contato entre o bebê e as multimodalidades da língua, dentre elas a produção gestual. Nesse primeiro momento, enquanto a produção da mãe é intensificada, a produção gestual do bebê ainda não é observada. Apesar da ausência de produção gestual de forma concreta, vemos que muitas das vezes o bebê apresenta reações às produções gestuais da mãe. Geralmente essas reações são representadas através do olhar fixo em direção a mãe ou ao seu movimento gestual e através do sorriso. Em algumas situações a reação da criança acaba correspondendo ao real objetivo da produção gestual da mãe, que é muita das vezes fazer cessar um choro, chamar a atenção do bebê ou até mesmo para demonstrar carinho. As situações abaixo, observadas em uma das díades 2 mãe-bebê entre os quatro meses e um ano e cinco meses de vida da criança, demonstram: a produção gestual da mãe, o primeiro contato da criança com alguns tipos de s propostos por Kendon em seu continuo, e alguns dos tipos de reações do bebê. Nesse primeiro exemplo a abaixo, a criança (4 meses e 9 dias) e a mãe se encontram no chão dentro de um contexto lúdico, no qual a mãe tenta a todo momento chamar a atenção da criança. Durante a interação, a mãe faz uso do emblemático para alcançar seu objetivo. Apesar da ausência da produção gestual do bebê, percebemos que ele é apresentado ao emblemático e que reage a produção através do olhar e do sorriso. Emblema Gestos Comunicativos da Mãe A mãe, que está próxima ao bebê, começa a cantar e bater palmas como uma forma de chamar a atenção da criança. Mãe: Parabeins pá você, nessa data quirida. Reação do Bebê A criança, que está de bruço no chão, levanta a cabeça, olha para o da mãe e começa a sorrir. pelo bebê Ausência de Gesto Nesse segundo exemplo temos a criança já com alguns meses (6 meses e 27 dias) reagindo a produção pantomímica através do olhar fixo em direção a mãe e aos seus movimentos.nesse primeiro momento percebemos o contato do bebê com o pantomímico. 1 Termo utilizado por Tomasello (2003) para fazer referencia às mudanças cognitivas e lingüísticas apresentadas pela criança a partir desta faixa etária. 2 Essa díade compõe o corpus do Lafe (Laboratório de Aquisição da Fala e da Escrita), que contém oito díades mãe-bebê.

3 216 Pantomima Gestos Comunicativos da Mãe Reação do Bebê Mãe bate as mãos no chão imitando as batidas da mão na banheira. Mãe: Adorô u banhu. Ficô batendu na água comu bati na banhera. Durante todo o movimento gestual da mãe, o bebê permanece olhando para o movimento. Ausência de 2. A revolução dos nove meses: o início e o desenvolvimento da produção gestual. Primatas humanos e não-humanos antes dos nove meses apresentam uma cognição social em comum. Porém os humanos demonstram, durante a revolução dos nove meses, competências cognitivas particulares da espécie. Durante os nove meses os bebês passam a realizar o comportamento de atenção conjunta, que surge com a compreensão das outras pessoas como agentes intencionais. È durante essa fase da vida que o bebê começa a ver os outros como agentes intencionais iguais a ele, e dessa forma passam a compreender a relação entre ação e resultado e as ações intencionais dos outros. Inicialmente o bebê realiza o processo de imitação das ações observadas, porém durante o seu desenvolvimento inicia suas próprias ações intencionais, ou seja, se posiciona como o eu intencional 3. Tomasello (1995) observa que essa compreensão das outras pessoas como agentes intencionais possibilita à criança uma aprendizagem cultural através da imitação. Nessa imitação a criança se coloca no lugar do outro, e passa a imitar a partir do entendimento da intenção do adulto próximo a ela. Na realidade o bebê deixa de ver apenas movimentos e começa a enxergar ações com intenções as quais irá reproduzir. Essa aprendizagem cultural, através do processo de imitação, levará a criança a outros tipos de aprendizagem como: a aprendizagem das potencialidades dos objetos intencionais e a se comunicarem através de s. È nesse momento durante o período chamado de a revolução dos nove meses que identificamos o início da produção gestual do bebê. A partir da virada dos oito meses para os nove meses podemos perceber dois momentos: o início e o desenvolvimento da produção gestual. No primeiro momento a produção do bebê acontece geralmente após o incentivo inicial da mãe, ou seja, após produção gestual da mãe. Num segundo momento, conforme o desenvolvimento sesório-motor e o passar dos meses, a criança já se sente capaz de produzir seus próprios s sem que haja a presença de um incentivo inicial por parte da mãe. Apesar dessa iniciativa por parte da criança, a presença de um incentivo da mãe após a produção do bebê não deixa de existir e nem perde sua importância durante o processo de aquisição. O incentivo e a interpretação da mãe aos s s são de extrema importância para a consolidação dos s. Entendemos, portanto que é durante essa fase dos nove meses que a criança inicia seus primeiros passos na produção dos s. Nos primeiro passos da produção gestual, o bebê realiza os s sempre de forma desordenada, os movimentos são realizados de forma desajeitada. O apontar, por exemplo, começa de forma totalmente desajeitada, os dedos se encontram semi-flexionados e a mão semiaberta. Conforme o passar do tempo, com as interações mãe-bebê e o desenvolvimento sensóriomotor, o bebê realizará os s de forma mais concreta e de forma mais intensa, ou seja, os s ao longo do tempo passam a ser s cada vez mais próximos a estrutura adulta. Nas situações abaixo observadas em duas Díades, mostram como os s emblemáticos, pantomímicos e gesticulares se caracterizam durante essa primeira etapa de desenvolvimento 3 Não concordamos com esta perspectiva de compreensão da intencionalidade tal como proposta por Tomasello (1995).

4 217 Gesticulação: Nesse exemplo, retirado da Díade C 4, temos mãe e bebê (8m e 8d) brincando no chão de frente uma para outra com brinquedos ao redor. Nesse contexto lúdico, no qual a mãe canta música, seu filho tentará gesticular através do movimento dos braços de forma desordenada. Gestos comunicativos da mãe A mãe tenta tirar o objeto das mãos do bebê. Mãe: Hum? Mi dê Nãu vai briga cumigu decididamenti. Tô te procandu i você nãu vai briga cumigu.hum? Gestos comunicativos de bebê Quando o bebê percebe que a mãe retirou o objeto, ele olha pra ela e começa a balançar os braços com as mãos abertas de forma desordenada para cima e para baixo e para os lados. Bebê: Ã: Ã: Gesticulação Identificamos que a gesticulação se inicia a partir dos 8 meses de vida, durante o período de virada dos nove meses. È após esse primeiro que a criança produzirá outros tipos de. Porém assim como os outros s, a gesticulação se inicia num primeiro momento através de uma tentativa, na qual os movimentos são realizados de forma desordenada e desajeitada, depois esse passará a ser de forma concreta e irá ser amálgama para todos os outros s. Pantomima: O pantomímico ocorre com mais freqüente em contextos lúdicos, nos quais a mãe interage com o bebê através de brincadeiras, com o uso brinquedos e objetos diversos. Nesse tipo de contexto onde há a produção de s pantomímicos pela criança, o incentivo da mãe nas produções pantomímicas do bebê é de extrema importância. Muitas das vezes o bebê inicia o pantomímico, porém a mãe reforça esse através da interpretação do da criança ou quando produz o junto com o filho de forma que o incentiva na produção. Nessa primeira situação pantomímica da Díade C, vemos que a criança, com 9 meses e 10 dias, tem a iniciativa de fazer de conta que a mão é um telefone e mostrar que está simulando uma conversa. A mãe quando percebe a intenção do bebê, faz uso do telefone de brinquedo e começa a simular uma conversa ao telefone, e o transfere para o filho que começa a simular uma conversa novamente sendo que nesse novo momento com um brinquedo. pela mãe Pantomima Gestos comunicativos da mãe (2)Mãe simula, através de um objeto, uma conversa ao telefone com o pai do bebê.após a simulação mãe passa o telefone para a criança. Gestos comunicativos de bebê (1) Criança coloca a mão aberta na orelha imitando um telefone. (3) Criança pega o telefone e simula novamente uma conversa. Pantomima 4 A Díade C faz parte do Corpus do LAFE( Laboratório de Aquisição da Fala e da Escrita) que contém oito díades que são marcadas por letras( de A a H).

5 218 Nesse outro exemplo, observado na Díade D, temos a criança (1 ano, 3 meses e 22 dias ) e a mãe interagindo na sala com vários brinquedos. O bebê pega o seu paninho e começa a passar em cima dos móveis da sala. A interpretação da mãe em relação ao é de grande relevância nessa situação, porque faz com que a criança venha a consolidar o pantomímico realizado. Outro ponto importante a ser destacada é o fato de que a criança com um ano já inicia os seus s pantomímicos sem um incentivo inicial da mãe, esse incentivo só ocorrerá após a produção do bebê como uma forma de ajudar na consolidação do. Ausência de Gestos comunicativos da mãe A mãe percebe que o bebê está realizando o pantomímico e pergunta para ele: Tá na faxina é? Nesse momento percebemos a interpretação da mãe ao realizado. Gestos comunicativos de bebê No primeiro momento o bebê pega m paninho e começa a passar em cima dos móveis, após a interpretação da mãe, o bebê volta a realizar o pantomímico, como se estivesse fazendo a faxina. pelo bebê Pantomima A produção pantomímica do bebê, conforme a interação da mãe-bebê costuma aparecer durante os noves meses de idade da criança. Num primeiro momento a produção do bebê ocorre logo após a produção da mãe, mas num segundo momento já com 1 ano de vida, o bebê já passa a realizar suas próprias pantomimas sem um incentivo inicial da mãe. Porém em alguns casos onde a produção pantomímica da mãe e sua interpretação aos s dos bebês são fracas, essa faixa etária para o inicio da produção pantomímica do bebê pode variar. Emblemas: Entre os s emblemáticos, aqueles já convencionalizados culturalmente, trazemos como destaque dentro do processo de aquisição o de apontar. Durante a aquisição da linguagem, o ato de identificar, ou seja, o apontar traz a noção de um desejo de transmitir informações sobre aquele objeto. Vemos em Cavalcante (1994) que o processo de referência dentro da aquisição da linguagem se apresenta com dois objetivos, o de declarar e o de identificar, porém não podemos identificar, especificamente, qual dos dois estará sendo usado pela criança ao apontar para algo. O apontar se posiciona na aquisição da linguagem como um ato social, pois o individuo ao apontar chama o outro a contemplar o objeto apontado junto com ele, havendo dessa forma uma interação e uma troca comunicativa. Esses tipos de apontar ainda podem se apresentar de diversas maneiras. Conforme uma nomenclatura apresentada por Cavalcante (1994) temos: 1)Apontar convencional: extensão do braço e dedo indicador em direção a um objeto. 2)Apontar com dois dedos: dedo indicador e dedo mediano na posição semifletida. 3) Apontar com três dedos: indicador, dedo mediano e anelar na posição semifletida 4) Apontar com a mão toda: todos os dedos estendidos, com o indicador na posição maior de extensão em direção a um objeto 5)Apontar semi-extendido: dedo indicador encontra-se semifletido em direção a um objetivo 6)Apontar exploratório: dedo indicador tocando no objeto apontado. 7) Apontar com objetos entre os dedos: a função do dedo indicador é trocada pelo objeto que está entre os dedos. 8)Apontar com dois braços para direções opostas: apenas um dos apontares está direcionado para o objeto. Nos primeiros passos da criança na produção desse emblemático, observamos que o se apresenta de forma desajeitada. A mão geralmente se encontra semi-aberta, os dedos semi-flexionados. De acordo com a nomenclatura de Cavalcante, os tipos de apontar mais

6 219 freqüentes durante esses primeiros passos são: o apontar exploratório, o apontar com a mão toda e o semi-extendido. È com o passar dos meses, com o desenvolvimento sensório motor e as interações que o apontar convencional irá aparecer. A produção de s de apontar se inicia durante o período dos oito para os nove meses, porém esse se apresenta de forma desajeitada. Na situação abaixo, observado na Díade C, a criança com 8 meses e 8 dias mostram o poder comunicativo desse e a sua forma de produção inicial. O bebê aponta com a mão toda para câmera, para mostrá-la a mãe. Nesse exemplo os números indicam os momentos e a ordem de produção e reação. Tipo de Emblema Gestos comunicativo s da mãe (2) Quando o bebê estica o braço para tocar em seu reflexo, a mãe percebe sua intenção e se aproxima do espelho com a criança nos braços. Quem é?é: Gestos comunicativos de bebê Tipo de 1) O bebê estica o braço direito, com mão aberta, tentando tocar no espelho, em seu reflexo. (3) Quando bebê consegue enfim tocar em seu reflexo Emblema fica batendo no espelho com a mão direita aberta. (4) Após tocar no espelho, o bebê olha para câmera através do espelho, se vira e olha direto para câmera apontando com a mão aberta para ela, e depois volta a olhar para câmera através do espelho. Nesse outro exemplo, da Díade C, o bebê já se encontra com 1 ano e 4 meses de vida.percebemos já a utilização do dedo indicador na produção do apontar, porém essa produção ainda aparece de forma desajeitada Tipo de Ausência de Gestos comunicativos da mãe Mãe observa o bebê de longe. Gestos comunicativos de bebê (Reação do bebê) Bebê com o livro no chão folendo-o, aponta com o dedo indicado tocando na página Após apontar para o livro, o bebê olha para a câmera como se estivesse mostrando algo do livro. _Ó Tipo de Emblema Na Díade D, também identificamos exemplos que mostram a construção do apontar durante a aquisição. A criança, já com 1 ano e 5 meses, produz o de apontar convencional, ou seja, com a extensão do braço e o dedo indicador em direção ao objeto. Nessa situação, o bebê usou do de apontar para indicar a mãe o seu real desejo. Tipo de Gestos (2)A mãe comunicativos entende o da pedido mãe do bebê, pega o brinquedo e pergunta: Qual é? Essi? Gestos (1)O bebê comunicativos aponta de a mãe bebê fechada e o dedo Tipo de indicador esticado (convencional) para o objeto que está em cima da mesa. Emblema (3) Após a fala da mãe,o bebê continua apontando para outro objeto até ela entender que ele quer o outro brinquedo.

7 220 A partir de uma analise comparativa entre as duas díades podemos observar que o emblemático de apontar se inicia por volta dos 8 meses para os 9 meses. Nesses primeiros passos das produções, os s se apresentam de forma desajeitada e os mais constantes são o apontar com a mão toda aberta, o apontar exploratório e o semi-extendido. Por volta de 1 ano de idade a criança já está produzindo o primeiro apontar convencional. 3. Analise comparativa e quantitativa Através da observação de duas díades C e D, entre quatro meses e um ano e cinco meses de vida, em situações de interação, analisamos a freqüência e o inicio de cada tipo de proposto por Kendon em seu continuo. Nessa análise quantitativa é apresentada, em números de ocorrência, a quantidade de cada ocorrido por idade. Com a comparação das duas díades, o s começam a surgir a partir dos 8 meses para os 9 meses. Em ambas as díades a freqüência maior foi a dos s emblemáticos principalmente a dos s de apontar. A gesticulação surge com amalgama para a produção de outros s. Conforme a produção pantomímica da mãe aumenta a produção do bebê também cresce. Esse tipo de depende diretamente do incentivo da mãe, o incentivo inicial e o incentivo para a consolidação. Como se observa, assim como a produção verbal neste período é ainda pequena e muito atrelada à interpretação do adulto, o também se apresenta em pouca intensidade. È nesse período apresentado abaixo que o bebê está dando seus primeiros passos na sua produção gestual. Na primeira tabela da esquerda temos a produção gestual da Díade C, na qual o incentivo da mãe é bastante significativo. A mãe dessa criança durante os primeiros meses produz muitos s principalmente a pantomima. Já na tabela da direita se encontra a freqüência de produção da Díade D, na qual o incentivo da mãe é menor em relação aos incentivos da mãe da Díade C. Conforme as tabelas abaixo, também identificamos que a Díade C produz bem mais s pantomímicos do que a díade D. Idade Gesticulação Pantomima Emblema 4m e 25d m e 4 d m e 25d m e 13d m e 21d m e 6d ano e28 d ano e 1m ano e 2m ano e 3m ano e 4m ano e 5m Idade Gesticulação Pantomima Emblema 4m e 9d m e 12d m e 27d m e 27d m e 8d m e 8d m e 10d m e15d ano e 12d 0 0 1

8 221 1 ano e 29d ano e 4m ano e 5m Considerações finais A partir da analise de das duas díades e de suas comparações, percebemos a importância da interação mãe-bebê dentro do processo de construção gestual. Nesses momentos de interação, identificamos a presença dos s proposto por Kendon em seu continum tanto na produção gestual da mãe quanto a do bebê. Identificamos dentro desse processo de construção gestual do bebê três momentos: o primeiro contato com os s, o início e o desenvolvimento gestual. Durante os primeiros meses, entre os quatro até os oito meses, o bebê é apresentado aos s através da produção da mãe. Apesar do bebê não apresentar uma produção gestual, observamos que ele reage aos incentivos da mãe, ou seja, através do olhar e até mesmo do sorriso o bebê reage aos s da mãe. No segundo momento, durante a passagem dos oito meses para os nove meses, identificamos o início da produção gestual do bebê. Os s são s de forma desajeitada, desordenada e com um incentivo inicial da mãe. O emblemático de apontar, por exemplo, é com a mão semi-aberta e com o dedo indicador semi-flexionado. Os tipos mais comuns de apontar, nessa primeira caminhada na produção emblemática, são: o apontar com a mão toda, o semi-exetendido e o apontar exploratório. Assim como os outros s, o pantomímico também é iniciado a partir do incentivo da mãe. A pantomima inicial da mãe chama o bebê para interação e conseqüentemente para a realização do. Nesse terceiro momento, quando a criança já se encontra com um ano de idade, ela já produz os s sem um incentivo inicial da mãe. Muita das vezes é a criança que irá chamar a mãe para a interação. A produção e a interpretação da mãe ao realizado pelo filho servirão para a consolidação do, por esse motivo é que consideramos de extrema importância a interação entre mãe e bebê para a construção gestual da criança. Referências CAVALCANTE, Marianne Carvalho Bezerra. O de apontar como processo de coconstrução na interação mãe-criança. Dissertação de Mestrado. Recife, MCNEILL,David. Language and gesture. Cambridge University Press TOMASELLO, Michael. Atenção conjunta e aprendizagem cultural. In: Origens Culturais da Aquisição do Conhecimento. Tradução: Cláudia Berliner. Martins Fontes São Paulo: 2003.

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