PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO - ELABORAÇÃO DE UM CATÁLOGO

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1 FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO - ELABORAÇÃO DE UM CATÁLOGO Marília Margarida Ferreira de Sousa Licenciada em Engenharia Civil pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Dissertação submetida para satisfação parcial dos requisitos do grau de Mestre em Construção de Edifícios Dissertação realizada sob supervisão de Professor Doutor Vasco Manuel Araújo Peixoto de Freitas da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Porto, Setembro de 2004

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3 Aos meus Pais

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5 AGRADECIMENTOS Ao concluir o presente trabalho gostaria de agradecer a todos os que contribuíram para a sua realização. Ao Professor Vasco Freitas expresso aqui o meu sincero agradecimento pela forma sempre solícita e simpática com que me apoiou e orientou na elaboração desta dissertação, bem como pelos conhecimentos transmitidos, pela compreensão e pelo incentivo que sempre me deu. Aos meus colegas de gabinete, nomeadamente, ao Pedro, ao Paulo e, em especial, à Susana, pela ajuda sempre pronta, deixo também aqui o meu agradecimento. De realçar ainda o Laboratório de Física das Construções LFC, pela ajuda dos seus actuais e excolaboradores, em particular, à Isabel, ao Nuno e à Eva. Um agradecimento muito especial à minha mãe, à minha irmã, ao meu irmão e à Andreia pela força que sempre me transmitiram e pela incansável paciência e compreensão. A todos os meus amigos pelo apoio que sempre me deram expresso aqui a minha gratidão, em especial ao João, pela compreensão e companhia durante o decorrer deste trabalho, à Ana Cláudia, pela ajuda nas correcções finais, à Patrícia, pela tradução, à Kitty, ao Nuno e à Susana. Patologia da Construção Elaboração de um Catálogo I

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7 PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO ELABORAÇÃO DE UM CATÁLOGO RESUMO Muito embora haja uma preocupação crescente com a qualidade da construção, verifica-se que os edifícios construídos nos últimos anos não apresentam a qualidade esperada. Pode mesmo afirmar- -se que existem milhares de fogos, construídos recentemente, com patologias muito graves que condicionam a sua utilização. Em Portugal, uma das principais causas da não qualidade da construção é a inexistência de um sistema de responsabilidades, garantias e seguros que responsabilize efectivamente os diversos intervenientes no processo construtivo pelos erros de concepção, de execução ou de mau comportamento dos materiais e componentes, e que, simultaneamente, garanta a reparação imediata dos danos. Existe uma grande diversidade de patologias que afectam os vários elementos que constituem a envolvente dos edifícios, com origem em diferentes fenómenos. A patologia da construção tem sido objecto de inúmeros estudos. No entanto, a informação técnica disponível encontra-se dispersa, sendo a sua sistematização imprescindível, de modo a facilitar a análise de causas e a resolução dos problemas. No presente trabalho foi estudado o problema da patologia da construção, nomeadamente, no que se refere às principais patologias e respectivas causas. Tomou-se como base os registos de sinistros declarados às companhias de seguros francesas, no âmbito das garantias da construção obrigatórias em França, face à inexistência de dados nacionais. Foi também efectuado o estudo e a análise dos sistemas francês e espanhol de responsabilidades, garantias e seguros na construção, sendo apresentada uma proposta para a implementação de um sistema análogo em Portugal. Por último, foi elaborado um Catálogo das patologias associadas ao comportamento higrotérmico da envolvente dos edifícios estudados nos últimos anos pelo Laboratório de Física das Construções (LFC) da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). O Catálogo é constituído por um conjunto de Fichas de Patologias, que incluem quatro campos: descrição da patologia, sondagens e medidas, causas e soluções possíveis de reparação. Palavras-Chave: Patologia, Higrotérmica, Catálogo de Patologias, Fichas de Patologias, Responsabilidades, Garantias, Seguros Patologia da Construção Elaboração de um Catálogo III

8 BUILDING PATHOLOGY PREPARATION OF A CATHALOGUE ABSTRACT Despite the growing concern over the quality of construction, recent buildings fall short of expectations. There are thousands of recent buildings with very serious pathologies that limit their use. In Portugal, one of the major causes of the non quality of the buildings is the lack of an effective system of responsibilities, guarantees and insurance that makes responsible the multiple intervenient parts in the construction process for the defects of conception, execution or bad performance of the materials and components, and simultaneously, insures the immediate repair of damage. There is a wide range of pathologies that affect the envelope of the buildings, caused by different phenomena. Building Pathology has been the subject of numberless studies. However, the available information is dispersed. It s necessary to systematize it, in order to analyse the causes and solve pathologies in an easier and more effective way. In this paper we study the building s pathology problem, concerning the main pathologies and causes, based upon people s claims of legal guarantees on the insurance companies in France, due to the inexistence of Portuguese data. The French and Spanish system of responsibilities, guarantees and insurances are also studied and analyzed. We propose a model of development of a similar system in Portugal. A Building Pathology Catalogue was also prepared containing the higrothermal pathologies occurred on the envelope of the buildings studied in the last few years by the Laboratory of Building Physics (LFC), of the Faculty of Engineering at the University of Oporto (FEUP). The Catalogue is made up of a set of Pathologies Reports that include four fields: description of the pathology, prospecting and measurements, causes and retrofit solutions. Keywords: Pathology, Higrothermic, Building Pathology Catalogue, Pathology Reports, Responsibilities, Guarantees, Insurances IV Patologia da Construção Elaboração de um Catálogo

9 PATHOLOGIE DU BATIMENT ELABORATION D UN CATALOGUE RESUME Malgré l existence d un souci croissant sur la qualité de la construction, on vérifie que les bâtiments construits ces dernières années ne présente pas la qualité souhaitée. On peut affirmé qu il existe des milliers d logements, construits récemment, qui présentent des pathologies très graves qui conditionnent leur utilisation. Au Portugal, l une des principales causes de la non qualité de la construction est l inexistence d un système de responsabilités, garanties et assurances qui responsabilise vraiment les divers intervenants dans le processus de la construction, par les erreurs commises (conception, exécution ou défaillant comportement des matériaux et components) et qui simultanément assure la réparation immédiate des dommages. Il existe une grande diversité de pathologies qui affecte les éléments qui constituent l enveloppe des bâtiments, provenant de différents phénomènes. La pathologie du bâtiment a déjà été l objet de nombreuses études. Toutefois, l information technique disponible est disperse et sa systématisation est indispensable afin de faciliter l analyse des causes et la résolution des problèmes. Dans ce travail, le problème de la pathologie du bâtiment a été étudié, notamment, ce qui concerne les principales pathologies et respectives causes. Les registres des sinistres déclarés aux compagnies d assurance françaises, concernant des garanties de construction obligatoires en France, ont servis de base, vu l inexistence de données nationales. L étude et l analyse des systèmes français et espagnol de responsabilité, garanties et assurances dans le bâtiment ont été étudiées et une proposition pour l implémentation au Portugal d un système analogue est présentée. Un catalogue de pathologies liées au comportement hygrothermique de l enveloppe des bâtiments étudiés ces dernières années pelo Laboratório de Física das Construções de la Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto a été élaborée. La catalogue est constitué par un ensemble de fiches de pathologies, qui incluent quatre domaines: description de la pathologie, sondages et mesures, causes et solutions possibles de la réparation. Mots-clé: Pathologie, Hygrothermique, Catalogue de Pathologies, Fiches de Pathologies, Responsabilités, Garanties, Assurances. Patologia da Construção Elaboração de um Catálogo V

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11 PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO ELABORAÇÃO DE UM CATÁLOGO ÍNDICE DO TEXTO 1. INTRODUÇÃO CONSIDERAÇÕES INICIAIS INTERESSE E OBJECTIVOS DO TRABALHO ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO O PROBLEMA DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CONSIDERAÇÕES GERAIS ANÁLISE DO PROBLEMA DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO COM BASE NOS DADOS FRANCESES Caracterização da Amostra Tipo de Edifícios Principais Patologias Principais Causas das Patologias Elementos Construtivos Dados Gerais Coberturas Coberturas Inclinadas Coberturas em Terraço Fachadas Vãos Envidraçados Envolvente Interior Elementos Divisórios Revestimentos Interiores Custo dos Trabalhos de Reparação de Danos Extrapolação dos Dados para o Problema da Patologia da Construção em Portugal O ESTADO DE CONSERVAÇÃO DOS EDIFÍCIOS EM PORTUGAL Dados dos Censos Dados Europeus Causas Fundamentais da Não Qualidade dos Edifícios em Portugal Generalidades Sistematização do Conhecimento Informação Técnica Patologia da Construção Elaboração de um Catálogo VII

12 Sistema de Garantias e de Seguros Qualificação Profissional Importância da Física das Construções Caracterização dos Materiais e Componentes Erros de Execução Política de Intervenção SISTEMA DE RESPONSABILIDADES, GARANTIAS E SEGUROS NO ÂMBITO DA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS GENERALIDADES O SISTEMA FRANCÊS Conceito Geral Recepção da Obra Definição Formalidades da Recepção Efeitos da Recepção Recepção Judicial Responsabilidade dos Intervenientes no Processo Construtivo Definição Intervenientes na Construção Afectos à Responsabilidade Decenal Beneficiários da Responsabilidade Decenal Garantias Obrigatórias Generalidades Garantia de Perfeito Acabamento Definição Quem deve subscrever? Garantia de Bom Funcionamento Definição Quem deve subscrever? Garantia Decenal Definição Quem deve subscrever? Seguros Obrigatórios Conceito Geral Seguro de Responsabilidade Decenal Definição Quem deve subscrever? Validade e duração Seguro de Reparação de Danos Definição Quem deve subscrever?...36 VIII Patologia da Construção Elaboração de um Catálogo

13 Validade e duração O SISTEMA ESPANHOL Conceito Geral Recepção da Obra Definição Formalidades na Recepção Responsabilidade dos Intervenientes no Processo Construtivo Garantias Obrigatórias Definição Quem deve subscrever? Seguros Obrigatórios Conceito Geral Seguro Decenal Definição Quem deve subscrever? Validade e duração Controlo da Qualidade da Construção Organismos de Controlo da Qualidade da Construção Código Técnico da Construção Conceito geral Entidades responsáveis pela elaboração do Código Técnico da Construção Estrutura do Código Técnico da Construção O SISTEMA PORTUGUÊS Conceito Geral Garantias Obrigatórias Seguros Obrigatórios Proposta de um Sistema Nacional de Responsabilidades, Garantias e Seguros CATÁLOGO DE PATOLOGIAS IMPORTÂNCIA DO CATÁLOGO MODELOS EXISTENTES Caracterização Geral Fiches Pathologie du Bâtiment (AQC e Fondation Excellence SMA) Defect Action Sheet e Good Repair Guide (BRE) Cases of Failure Information Sheet (CIB W086 Building Pathology) Fichas de Reparação de Anomalias (LNEC) GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO PATORREB Objectivos Organização do Grupo de Estudos da Patologia da Construção PATORREB Patologia da Construção Elaboração de um Catálogo IX

14 4.3.3 Estrutura do Site Criado pelo Grupo de Estudos da Patologia da Construção PATORREB CARACTERIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO UTILIZADA NA ELABORAÇÃO DO CATÁLOGO DE PATOLOGIAS ESTRUTURA DO CATÁLOGO DE PATOLOGIAS FICHAS DE PATOLOGIAS Estrutura das Fichas de Patologias Identificação da Patologia Descrição da Patologia Sondagens e Medidas Causas da Patologia Soluções Possíveis de Reparação EXEMPLO DE UMA FICHA DE PATOLOGIA CONCLUSÕES CONSIDERAÇÕES FINAIS DESENVOLVIMENTOS FUTUROS DA INVESTIGAÇÃO NESTE DOMÍNIO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...69 ANEXOS ANEXO I - CATÁLOGO DE PATOLOGIAS...77 X Patologia da Construção Elaboração de um Catálogo

15 PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO ELABORAÇÃO DE UM CATÁLOGO ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 Leis de Hammurabi (traduzido por R. F. Harper no livro Falhas na Construção de Jacob Field, publicações Wiley&Sun Inc., Nova Iorque, 1992) [42] Figura 2 Distribuição dos sinistros analisados e do custo dos trabalhos de reparação de danos em função do tipo de edifícios Figura 3 Distribuição dos sinistros analisados e do custo dos trabalhos de reparação de danos em função das principais patologias Figura 4 Distribuição dos sinistros analisados e do custo dos trabalhos de reparação de danos em função das principais causas das patologias Figura 5 Distribuição dos sinistros analisados e do custo dos trabalhos de reparação de danos em função dos elementos construtivos Figura 6 Distribuição dos sinistros analisados e do custo dos trabalhos de reparação de danos ocorridos em coberturas inclinadas Figura 7 Distribuição dos sinistros analisados e do custo dos trabalhos de reparação de danos ocorridos em coberturas em terraço Figura 8 Distribuição dos sinistros analisados e do custo dos trabalhos de reparação de danos ocorridos em fachadas Figura 9 Distribuição dos sinistros analisados e do custo dos trabalhos de reparação de danos ocorridos em vãos envidraçados Figura 10 Distribuição dos sinistros analisados e do custo dos trabalhos de reparação de danos ocorridos em elementos divisórios (envolvente interior) Figura 11 Distribuição dos sinistros analisados e do custo dos trabalhos de reparação de danos ocorridos em revestimentos interiores Figura 12 Estado de conservação dos edifícios em Portugal em 2001 [71] Figura 13 Estado de conservação dos edifícios em Portugal segundo a época de construção [71] Figura 14 Necessidade de reparação dos edifícios em função do elemento construtivo [71] Figura 15 Investimentos na construção em 2000, na Europa [86] Figura 16 Intervenientes no Programa Nacional de Desenvolvimento da Informação Técnica [59] Figura 17 Garantia Decenal (França) Figura 18 Garantias na construção obrigatórias em França Patologia da Construção Elaboração de um Catálogo XI

16 Figura 19 Garantias na construção em Espanha...37 Figura 20 Estrutura do Código Técnico da Construção espanhol [31] Figura 21 Organização das Fiches Pathologie du bâtiment [5]...51 Figura 22 Exemplo de uma Fiche Pathologie du bâtiment [8] Figura 23 Exemplo de uma Defect Action Sheet [25] Figura 24 Site do Grupo de Estudos da Patologia da Construção PATORREB [61]...55 Figura 25 Organigrama do Grupo de Estudos da Patologia da Construção PATORREB [61]...56 Figura 26 Exemplo de uma das Fichas de Patologias publicadas no site do Grupo de Estudos PATORREB (Campo correspondente à Descrição da Patologia ) [61] Figura 27 Exemplo de uma das Fichas de Patologias publicadas no site do Grupo de Estudos PATORREB (Campo correspondente às Sondagens e Medidas ) [61]...58 Figura 28 Exemplo de uma das Fichas de Patologias publicadas no site do Grupo de Estudos PATORREB (Campo correspondente às Causas da Patologia ) [61]...58 Figura 29 Exemplo de uma das Fichas de Patologias publicadas no site do Grupo de Estudos PATORREB (Campo correspondente às Soluções Possíveis de Reparação ) [61] Figura 30 Tipo de edifícios analisados...60 Figura 31 Principais patologias analisadas...60 Figura 32 Organização do Catálogo de Patologias Figura 33 Modelo das Fichas de Patologias...62 Figura 34 Exemplo do campo da Ficha de Patologia correspondente à Identificação da Patologia...63 Figura 35 Exemplo de uma Ficha de Patologia XII Patologia da Construção Elaboração de um Catálogo

17 PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO ELABORAÇÃO DE UM CATÁLOGO ÍNDICE DE QUADROS Quadro 2.1 Distribuição dos sinistros em função do custo total e do custo médio dos trabalhos de reparação de danos [6] Quadro 3.1 Proposta de calendarização para o desenvolvimento do sistema nacional de responsabilidades, garantias e seguros Patologia da Construção Elaboração de um Catálogo XIII

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19 1. INTRODUÇÃO 1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS Muito embora haja uma preocupação crescente com a qualidade da construção, verifica-se que os edifícios construídos nos últimos anos não apresentam a qualidade esperada. Pode mesmo afirmar- -se que existem milhares de fogos, construídos recentemente, com patologias muito graves que condicionam a sua utilização. Em Portugal, uma das principais causas da não qualidade da construção é a inexistência de um sistema de responsabilidades, garantias e seguros que responsabilize efectivamente os diversos intervenientes no processo construtivo pelos erros de concepção, de execução ou de mau comportamento dos materiais e componentes, e que, simultaneamente, garanta a indemnização de danos causados, de forma análoga, por exemplo, ao sistema existente em França. Por outro lado, só a análise dos registos de sinistros declarados às companhias de seguros no âmbito das garantias da construção permitiria avaliar quais as principais patologias que afectam os edifícios e, simultaneamente, condicionar a própria investigação. Existe uma grande diversidade de patologias que afectam os vários elementos que constituem a envolvente dos edifícios, com origem em diferentes fenómenos, tendo a patologia da construção sido objecto de inúmeros estudos. A informação técnica disponível, no entanto, encontra-se dispersa, sendo a sua sistematização imprescindível, de modo a facilitar a análise de causas e a resolução dos problemas, bem como a sua prevenção. 1.2 INTERESSE E OBJECTIVOS DO TRABALHO A implementação em Portugal de um sistema que garanta a responsabilização dos intervenientes no processo construtivo pelos erros cometidos irá melhorar substancialmente a qualidade da construção. Neste sentido, um dos objectivos deste trabalho consistiu no estudo e na análise do sistema francês de responsabilidades, garantias e seguros da construção e do sistema espanhol, que se encontra em fase de desenvolvimento e implementação, com o intuito de apresentar uma proposta para a implementação de um sistema análogo em Portugal. No âmbito da patologia da construção têm sido desenvolvidos inúmeros estudos com o objectivo de analisar as causas das patologias e definir as acções a desenvolver para restabelecer as características funcionais ou estéticas dos elementos degradados, existindo uma extensa lista de publicações de carácter técnico-científico. Patologia da Construção Elaboração de um Catálogo 1

20 No entanto, esta informação encontra-se dispersa, sendo fundamental a sistematização da informação disponível relativamente às patologias já estudadas, pelo que se considera imprescindível a elaboração de um Catálogo. Assim, o objectivo principal do presente trabalho foi o de elaborar um Catálogo das patologias associadas ao comportamento higrotérmico da envolvente dos edifícios estudados nos últimos anos pelo Laboratório de Física das Construções (LFC) da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). O Catálogo é constituído por um conjunto de Fichas de Patologias, que incluem quatro campos: descrição da patologia, sondagens e medidas, causas e soluções possíveis de reparação. 1.3 ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO O trabalho encontra-se dividido em três partes principais: Na primeira parte (capítulo 2) é feita uma análise do problema da patologia da construção, sendo apresentadas as principais patologias e as causas que estão na sua origem, bem como os elementos construtivos afectados e os respectivos custos dos trabalhos de reparação de danos. Tomou-se como base os registos de sinistros declarados às companhias de seguros francesas no âmbito das garantias da construção obrigatórias em França, face à inexistência de dados nacionais. É também analisado o estado de conservação dos edifícios portugueses com base nos dados estatísticos disponíveis; Na segunda parte (capítulo 3) é apresentada uma descrição e apreciação dos sistemas francês e espanhol de responsabilidades, garantias e seguros na construção, sendo apresentada uma proposta de desenvolvimento e implementação de um sistema análogo em Portugal; Na terceira e última parte (capítulo 4) é apresentado um Catálogo das patologias associadas ao comportamento higrotérmico da envolvente dos edifícios, elaborado com base nos estudos de edifícios com patologias efectuados nos últimos anos pelo Laboratório de Física das Construções (LFC) da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). O Catálogo é constituído por um conjunto de Fichas de Patologias, que incluem quatro campos: descrição da patologia, sondagens e medidas, causas e soluções possíveis de reparação. 2 Patologia da Construção Elaboração de um Catálogo

21 2. O PROBLEMA DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO 2.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS Embora o tema Patologia da Construção possa parecer recente, a reparação de defeitos nas construções não é seguramente um fenómeno actual. Já no ano 2200 A.C., o Código de Construção de Hammurabi's (Rei da Babilónia) impunha punições severas no caso de ocorrência de falhas, o que reflecte o conceito de responsabilidade inerente à patologia da construção [42]. A Se um construtor, ao construir a casa para terceiros, não fizer a construção firme e se a casa cair e causar a morte do dono da casa, esse construtor será condenado à morte. B Se causar a morte do filho do dono da casa, será condenado à morte o filho do construtor. C Se causar a morte de um escravo do dono da casa, o construtor terá de dar um escravo de igual valor ao dono da casa. D Se destruir propriedade, o construtor terá de reconstruir o que destruiu à sua própria custa. E Se a construção não obedecer aos requisitos e uma parede cair, o construtor terá de reforçar a parede às suas custas. Figura 1 Leis de Hammurabi (traduzido por R. F. Harper no livro Falhas na Construção de Jacob Field, publicações Wiley&Sun Inc., Nova Iorque, 1992) [42]. Actualmente, a investigação de defeitos é bem mais complexa, devido quer à complexidade das construções, quer ao desenvolvimento considerável das sociedades e ao aumento das exigências, sendo necessário um aumento efectivo do conhecimento e da informação disponível, bem como a interacção entre os diversos intervenientes no processo construtivo. O registo e a divulgação dos erros de construção, bem como o estudo dos casos de patologia, são fundamentais para a melhoria da qualidade das construções. Existem experiências neste sentido em alguns países, no entanto, nem sempre bem sucedidas. Patologia da Construção Elaboração de um Catálogo 3

22 Na generalidade, os dados disponíveis resultam da análise dos registos de patologias, efectuada no âmbito de trabalhos de investigação realizados por instituições que estudam o problema da patologia da construção. Como exemplo, refira-se os dados disponibilizados pelo BRE Advisory Service [62], que têm como base a análise das patologias efectuada nos inúmeros estudos de edifícios habitacionais e não habitacionais elaborados pelo BRE. Como excepção a este procedimento salienta-se a experiência francesa, nomeadamente os dados disponibilizados pela Agence Qualité Construction (AQC) [5], organismo responsável pela apreciação e implementação da qualidade na construção, em França. A AQC criou um mecanismo de recolha e análise dos sinistros declarados às companhias seguradoras - sistema SYCODÉS ( Système de Collecte des Désordres ), no âmbito da garantia decenal e dos seguros inerentes (seguros de reparação de danos e de responsabilidade decenal), obrigatórios em França desde 1978 (ver 3). Estes dados constituem um elemento fundamental na avaliação da importância da patologia da construção, sendo apresentados no 2.2. Na análise efectuada pelo SYCODÉS, além da descrição da patologia, é identificado o elemento construtivo e a causa que esteve na origem do problema, bem como o custo de reparação dos danos, com base nos registos efectuados pelos peritos que avaliaram os sinistros. Em Portugal não existem elementos que permitam apreciar quais as principais patologias que afectam as construções. Os dados existentes resultam de trabalhos pontuais de investigação, não permitindo uma abordagem global do problema. Apenas estão disponíveis alguns dados relativos ao estado de conservação de edifícios, apresentados no ANÁLISE DO PROBLEMA DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO COM BASE NOS DADOS FRANCESES CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA Os dados a seguir apresentados resultaram da análise efectuada pelo SYCODÉS ( Système de Collecte des Désordres ), mecanismo criado pela Agence Qualité Construction, a casos de sinistros declarados às companhias seguradoras, entre 1999 e 2001, no âmbito dos seguros de reparação de danos e de responsabilidade decenal obrigatórios em França, e que foram alvo de peritagens por técnicos especializados [6]. 4 Patologia da Construção Elaboração de um Catálogo

23 2.2.2 TIPO DE EDIFÍCIOS De acordo com os resultados obtidos através da análise efectuada pelo SYCODÉS [6], 81,3% dos sinistros registados ocorreram em edifícios de habitação, correspondendo os edifícios de habitação colectiva a 49,3% dos casos, tal como apresentado no gráfico da Figura 2. O custo total dos trabalhos de reparação de danos, resultantes de sinistros ocorridos em edifícios habitacionais, foi de , o que correspondeu a 66,4% do custo total. Apesar dos sinistros que ocorreram em edifícios não habitacionais representarem apenas 18,7% do total dos sinistros analisados, o custo dos trabalhos de reparação inerentes correspondeu a 33,6% do custo total. 50% TIPO DE EDIFÍCIOS 45% 40% 35% Sinistros (%) Custo dos Trabalhos de Reparação de Danos (%) 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% Habitações Unifamiliares Edifícios Colectivos Edifícios de Escritórios Edifícios de Comércio Industrias Armazéns Edifícios Agrícolas Parques de Estacionamento Edifícios de Transportes Edifícios de Ensino Edifícios de Saúde Espaços de Cultura Albergues Edifícios Habitacionais Edifícios Não Habitacionais Figura 2 Distribuição dos sinistros analisados e do custo dos trabalhos de reparação de danos em função do tipo de edifícios. Patologia da Construção Elaboração de um Catálogo 5

24 2.2.3 PRINCIPAIS PATOLOGIAS Dos casos analisados [6], verificou-se que cerca de 62% dos sinistros declarados resultaram de problemas de estanquidade à água, sendo o custo dos respectivos trabalhos de reparação de danos de cerca de , o que correspondeu a 50,3% do custo total dos trabalhos de reparação (Figura 3). Os problemas de condensações e de falta de isolamento (térmico e acústico) da envolvente corresponderam a 3% dos casos analisados. Apesar da análise detalhada de patologias associadas a problemas estruturais não fazer parte do presente trabalho, é de salientar o custo dos trabalhos de reparação de danos resultantes de problemas desta índole, que representaram 17,5% do custo total dos trabalhos de reparação, ou seja, Os restantes sinistros (24%) eram resultantes de problemas de utilização. PRINCIPAIS PATOLOGIAS 10% 62% 24% 1% 1% 2% Sinistros (%) Custo dos Trabalhos de Reparação de Danos (x10 3 ) Problemas de estabilidade Problemas de estanquidade à água Condensações Problemas de estanquidade ao ar Insuficiência de isolamento Outras Figura 3 Distribuição dos sinistros analisados e do custo dos trabalhos de reparação de danos em função das principais patologias. 6 Patologia da Construção Elaboração de um Catálogo

25 2.2.4 PRINCIPAIS CAUSAS DAS PATOLOGIAS Em matéria de sinistros, as causas e as responsabilidades são, geralmente, múltiplas e de definição nem sempre fácil. No gráfico da Figura 4 é apresentada a causa que, de acordo com a apreciação do perito responsável pela análise do sinistro, foi a que, de forma mais significativa, conduziu à patologia. Com base nos resultados fornecidos pelo SYCODÉS [6], constata-se que 79% dos sinistros registados se verificaram devido a defeitos de execução, sendo o custo dos trabalhos de reparação inerentes de As patologias devidas a erros de concepção representaram cerca de 11% dos sinistros. PRINCIPAIS CAUSAS DAS PATOLOGIAS 79% 11% 3% 1% 5% Sinistros (%) Custo dos Trabalhos de Reparação de Danos (x10 3 ) Defeitos de concepção Defeitos de execução Defeitos dos materiais Defeitos de utilização Outros Figura 4 Distribuição dos sinistros analisados e do custo dos trabalhos de reparação de danos em função das principais causas das patologias. Patologia da Construção Elaboração de um Catálogo 7

26 2.2.5 ELEMENTOS CONSTRUTIVOS DADOS GERAIS O gráfico da Figura 5 mostra a distribuição dos sinistros analisados e do respectivo custo dos trabalhos de reparação de danos, em função dos elementos construtivos causadores do dano. Verifica-se que 54 % dos casos correspondem a problemas que ocorreram na envolvente exterior do edifício (coberturas, fachadas e vãos envidraçados), sendo o custo dos trabalhos de reparação de , o que correspondeu a 47,2 % do custo total. Nos parágrafos seguintes é apresentada uma análise detalhada da distribuição dos sinistros e do custo dos respectivos trabalhos de reparação de danos, em função dos elementos da envolvente exterior (coberturas, fachadas e vãos envidraçados) e interior. São também identificadas as principais patologias observadas e as causas que estiveram na sua origem, com base na informação fornecida pelo SYCODÉS [6]. ELEMENTOS CONSTRUTIVOS 11% 16% 6% 8% 5% 8% 15% 20% 11% Sinistros (%) Custo dos Trabalhos de Reparação de Danos (x10 3 ) Infra-estruturas Fundações Estrutura de suporte Cobertura inclinada Cobertura em terraço Fachada Vãos envidraçados Envolvente interior Equipamentos Figura 5 Distribuição dos sinistros analisados e do custo dos trabalhos de reparação de danos em função dos elementos construtivos. 8 Patologia da Construção Elaboração de um Catálogo

27 COBERTURAS Coberturas Inclinadas Dos sinistros analisados, em cerca de 15 % dos casos, foram detectados problemas que ocorreram ao nível das coberturas inclinadas (Figura 5), sendo o custo dos trabalhos de reparação associados de De acordo com o gráfico da Figura 6, verifica-se que grande parte das patologias (51 %) ocorreu em coberturas com revestimento descontínuo de pequenas dimensões, do tipo telhas cerâmicas. Com base na informação fornecida pelo SYCODÉS [6], os danos resultaram, na maioria dos casos, em infiltrações de água através dos pontos singulares, devido principalmente a uma deficiente execução. No entanto, os problemas mais onerosos, em termos de reparação, estavam associados a deficiências do material de revestimento, o que implicou, em geral, a sua substituição integral. No que se refere à estrutura de suporte do revestimento da cobertura, as causas dos sinistros diferiram em função da natureza dos elementos: Para as estruturas tradicionais de suporte em madeira, as duas causas mais relevantes foram a qualidade da madeira usada, tanto no que se referia à sua qualidade intrínseca, como ao nível do tratamento insecticida e fungicida, e a aplicação e a deficiente concepção dos elementos, nomeadamente, dos pontos singulares; Para as estruturas de suporte industriais, a insuficiência de contraventamento constituiu a patologia que mais afectou esta solução (40%). Nas coberturas dotadas de um revestimento descontínuo de grandes dimensões (por exemplo, chapas de fibrocimento), a origem dos sinistros prendeu-se com o remate do revestimento com os pontos singulares e com o tratamento da ligação com os elementos do contorno e emergentes, tal como se havia verificado para as coberturas com revestimento descontínuo de pequenas dimensões. Ocorreram também alguns sinistros imputáveis a deficiências dos materiais aplicados e do sistema de fixação. No caso das coberturas com revestimento em elementos metálicos, há ainda a considerar as condensações que ocorreram na superfície inferior das coberturas metálicas devido a uma deficiente ventilação da cobertura, que se traduz no excesso de humidade na face inferior, resultando na degradação do revestimento e do suporte. Patologia da Construção Elaboração de um Catálogo 9

28 COBERTURAS INCLINADAS 14% 3% 8% 1% 51% 22% Sinistros (%) Custo dos Trabalhos de Reparação de Danos (x10 3 ) Estrutura de suporte Revestimento de grandes dimensões Drenagem de águas pluviais Revestimento de pequenas dimensões Coberturas especiais Clarabóias/Iluminação natural Figura 6 Distribuição dos sinistros analisados e do custo dos trabalhos de reparação de danos ocorridos em coberturas inclinadas Coberturas em Terraço No que se refere às coberturas em terraço e de acordo com o gráfico da Figura 7, os sinistros verificaram-se, principalmente, nas coberturas em terraço não acessíveis (46 %) e acessíveis (32 %), correspondendo o custo dos trabalhos de reparação de danos a e a , respectivamente. Os principais problemas deveram-se a deficiências de estanquidade, em geral, associada aos pontos singulares da cobertura, nomeadamente ao remate do sistema de impermeabilização com os elementos do contorno. O custo da reparação de danos causados por sinistros deste tipo foi, geralmente, elevado, tendo em atenção a consequente degradação dos elementos adjacentes. As investigações quanto à causa do sinistro foram particularmente longas e inconclusivas, tendo sido habitualmente necessário refazer por completo a cobertura. 10 Patologia da Construção Elaboração de um Catálogo

29 Os defeitos em zona corrente, apesar de cada vez mais raros em França, foram, contudo, os mais onerosos, visto que a sua reparação implicou a substituição integral do sistema de impermeabilização da cobertura. Os sinistros verificados nas coberturas em terraço-jardim ocorreram devido ao deficiente remate do sistema de impermeabilização com os elementos da envolvente, tal como para as restantes coberturas em terraço. Ocorreu também um tipo de patologia particular desta solução, que consistiu no ataque do sistema de impermeabilização pelas raízes das espécies vegetais, sempre que estas eram de grande porte e a espessura de terra vegetal era insuficiente. Por fim, uma pequena parte dos sinistros das coberturas em terraço, cerca de 5%, deveu-se ao deficiente dimensionamento e à configuração do sistema de drenagem de águas pluviais, o que originou a acumulação de água na cobertura, conduzindo a infiltrações diversas. COBERTURAS EM TERRAÇO 8% 5% 1% 8% 32% Sinistros (%) 46% Custo dos Trabalhos de Reparação de Danos (x10 3 ) Cobertura em terraço não acessível Cobertura em terraço-jardim Clarabóias/Iluminação natural Cobertura em terraço acessível Sistema de drenagem de águas pluviais Outros Figura 7 Distribuição dos sinistros analisados e do custo dos trabalhos de reparação de danos ocorridos em coberturas em terraço. Patologia da Construção Elaboração de um Catálogo 11

30 FACHADAS Trata-se do elemento construtivo que evidenciou um maior número de sinistros, 20% (Figura 5), bem como a parcela mais importante dos custos de reparação de danos ( ). Na Figura 8 é apresentada a distribuição dos sinistros analisados e o respectivo custo dos trabalhos de reparação, relativamente à solução adoptada para a fachada, definida em função do suporte ou do próprio revestimento. Nas soluções tradicionais de fachada, verificou-se que as patologias surgiram quer ao nível do suporte, quer do revestimento, sendo principalmente afectadas as alvenarias de tijolo e de blocos de betão. No que se refere ao suporte, as manifestações mais correntes consistiram em fissuras resultantes da deficiente ligação da alvenaria com a estrutura, da deformabilidade do suporte e da retracção da argamassa e do betão. A degradação do suporte conduziu à degradação do revestimento, que deixou de assegurar a estanquidade da fachada. Quanto ao revestimento, os principais problemas deveram-se a uma deficiente preparação do suporte, o que levou à ocorrência de descolamentos, destacamentos, aparecimento de manchas, entre outros. Os poucos sinistros imputáveis aos materiais resultaram do não cumprimento das especificações dos fabricantes (deficiente dosagem, não respeito dos tempos de mistura, aplicação com temperaturas demasiado frias ou quentes, etc.). Pouco utilizada nos edifícios de habitação, a solução de fachada ligeira é habitualmente aplicada nos edifícios de escritórios ou outros do sector terciário. As causas dos sinistros foram múltiplas e os custos de reparação, em geral, elevados, devido às soluções técnicas inovadoras e à aplicação de materiais de revestimento com alto custo. A origem das patologias prendeu-se com a concepção, mas também com a deficiente execução. A percentagem de patologias que surgiram em sistemas de isolamento térmico pelo exterior foi reduzida, cerca de 2%. 12 Patologia da Construção Elaboração de um Catálogo

31 FACHADAS 11% 30% 20% 4% 2% 6% 3% 24% Sinistros (%) Custo dos Trabalhos de Reparação de Danos (x10 3 ) Alvenaria de tijolo Blocos de betão Alvenaria de pedra Betão à vista Painéis pré-fabricados pesados Fachadas ligeiras Isolamento térmico pelo exterior Outros Figura 8 Distribuição dos sinistros analisados e do custo dos trabalhos de reparação de danos ocorridos em fachadas VÃOS ENVIDRAÇADOS Os sinistros que afectaram os vãos envidraçados dos edifícios representam 8% do total de sinistros e um pouco mais de 6% do custo total dos trabalhos de reparação (Figura 5). Trata-se de um domínio que sofreu uma grande evolução em França, estando constantemente a surgir novos produtos no mercado, em resposta às exigências acústicas e térmicas. Esta evolução tem-se verificado quer ao nível dos perfis, quer dos vidros. Foram observadas patologias a dois níveis (Figura 9): afectando a própria caixilharia (deficiente qualidade dos constituintes, deficiente colocação em obra), ou inerentes ao deficiente tratamento da ligação dos vãos com a envolvente, o que constituiu a grande maioria dos problemas observados. Patologia da Construção Elaboração de um Catálogo 13

32 VÃOS ENVIDRAÇADOS 7% 67% 13% 6% 7% Sinistros (%) Custo dos Trabalhos de Reparação de Danos (x10 3 ) Janelas e porta-janelas Portas Protecções exteriores Vidros Outros Figura 9 Distribuição dos sinistros analisados e do custo dos trabalhos de reparação de danos ocorridos em vãos envidraçados ENVOLVENTE INTERIOR Elementos Divisórios De acordo com o gráfico da Figura 5, os sinistros que afectaram a envolvente interior dos edifícios representaram 11% do total de sinistros analisados, sendo o custo correspondente aos trabalhos de reparação de danos de cerca de 12,6% do custo total. Por elementos divisórios entendem-se os elementos de separação que não fazem parte da estrutura de suporte dos edifícios, tais como paredes divisórias entre compartimentos, forras interiores e tectos falsos. As patologias registadas nas paredes divisórias entre compartimentos resultaram, principalmente, da aplicação de materiais inadequados. Como exemplo, refira-se a aplicação de divisórias em gesso cartonado em zonas húmidas, o que provocou o apodrecimento do material e o descolamento dos revestimentos. 14 Patologia da Construção Elaboração de um Catálogo

33 ELEMENTOS DIVISÓRIOS 36% 35% 3% 26% Sinistros (%) Custo dos Trabalhos de Reparação de Danos (x10 3 ) Paredes divisórias Forras Outras divisórias Tectos Figura 10 Distribuição dos sinistros analisados e do custo dos trabalhos de reparação de danos ocorridos em elementos divisórios (envolvente interior) Revestimentos Interiores Os revestimentos dos pavimentos foram os mais afectados pelos sinistros (78%), o que é natural, se tivermos em atenção o facto de estarem sujeitos a inúmeras solicitações: uso, punçoamento, acção da água ou de agentes químicos (Figura 11). O revestimento em ladrilhos cerâmicos colados constituiu o tipo de solução que apresentava cerca de dois terços das patologias registadas. As principais manifestações das desordens foram o descolamento, a fissuração e o empolamento dos ladrilhos. As causas principais das patologias foram a inexistência ou insuficiência de juntas, a aplicação de produtos de colagem inadequados e a deficiente preparação do suporte. Nos edifícios do tipo industrial, estes problemas tiveram uma dimensão considerável, na medida em que as superfícies revestidas com ladrilhos tinham maiores dimensões. As solicitações foram de igual modo mais severas, nomeadamente no que se refere às cargas e ao punçoamento. Patologia da Construção Elaboração de um Catálogo 15

34 REVESTIMENTOS NTERIORES 78% 5% 17% Sinistros (%) Custo dos Trabalhos de Reparação de Danos (x10 3 ) Revestimentos de pavimentos Revestimentos de tectos Revestimentos de paredes Figura 11 Distribuição dos sinistros analisados e do custo dos trabalhos de reparação de danos ocorridos em revestimentos interiores CUSTO DOS TRABALHOS DE REPARAÇÃO DE DANOS De acordo com os resultados obtidos pelo SYCODÉS [6], foi necessário um investimento de cerca de para a reparação dos danos causados pelos sinistros declarados às companhias de seguros, entre 1999 e Verificou-se que para 36,3% dos casos, os trabalhos de reparação corresponderam a um custo médio de (Quadro 2.1). Os custos publicados foram actualizados a valores de 2001, em função do índice de construção francês. Note-se que este número não representa efectivamente o custo total das reparações de danos realizadas no âmbito dos seguros, na medida em que não incluem reparações com custos inferiores a 762, nem os custos referentes a danos imateriais. 16 Patologia da Construção Elaboração de um Catálogo

35 Quadro 2.1 Distribuição dos sinistros em função do custo total e do custo médio dos trabalhos de reparação de danos [6]. CUSTO DOS TRABALHOS DE REPARAÇÃO DOS DANOS CUSTO TOTAL ( ) CUSTO TOTAL (%) CUSTO MÉDIO ( ) SINISTROS (%) Menos , ,4 De a , ,3 De a , ,6 De a , ,1 De a , ,1 De a , ,6 Mais de , , EXTRAPOLAÇÃO DOS DADOS PARA O PROBLEMA DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO EM PORTUGAL Tal como referido no 2.1, em Portugal não existe um sistema efectivo de seguros que permita realizar uma recolha de dados e efectuar uma análise estatística do problema da patologia da construção. Considera-se que, tal como em França, os problemas de estanquidade à água constituirão também a principal patologia que afecta a envolvente dos edifícios nacionais. Salienta-se, no entanto, o problema das condensações que, ao contrário do caso francês, terá uma maior relevância em Portugal, face às condições habituais de utilização, à inexistência de sistemas contínuos de aquecimento e de ventilação das habitações, bem como à insuficiência de isolamento térmico da envolvente dos edifícios portugueses. No que se refere às causas das patologias e, contrariamente à situação francesa, em que os defeitos de execução estão na origem de cerca de 79% das patologias observadas, considera-se que os defeitos de concepção deverão contribuir de uma forma muito significativa para os problemas que se observam na envolvente dos edifícios nacionais. Relativamente aos elementos construtivos, admite-se que a fachada e as coberturas serão, sem dúvida, os elementos que mais estarão na origem das patologias, tal como no caso francês. No entanto, considera-se que os vãos envidraçados terão também um peso significativo, tendo em atenção que não existe tradição de aplicação de caixilharias classificadas em Portugal. Patologia da Construção Elaboração de um Catálogo 17

36 Admite-se que as patologias que surgem em coberturas serão mais significativas nos casos de soluções de coberturas em terraço do que inclinadas, ao contrário do que acontece em França. Uma última referência relativamente à fachada, quanto ao suporte, considera-se que a solução nacional de alvenaria de tijolo vazado terá problemas muito mais significativos do que no caso francês. Torna-se absolutamente necessário fazer um estudo sistemático e fundamentado em Portugal, o que pode exigir a criação de um Observatório e a inspecção periódica obrigatória dos edifícios. 2.3 O ESTADO DE CONSERVAÇÃO DOS EDIFÍCIOS EM PORTUGAL DADOS DOS CENSOS 2001 Em Portugal, a política seguida nos últimos anos foi assumidamente de incentivo à construção nova e à aquisição de casa própria. A realidade mostra-nos que a população dos grandes centros urbanos se deslocou em massa para as áreas periféricas das cidades, tendo-se assistido, em consequência e em simultâneo, à degradação e abandono de milhares de fogos inseridos no património edificado dos centros urbanos [86]. A análise dos edifícios recenseados em 2001, segundo a época de construção, é também elucidativa da forte expansão da habitação em Portugal. Cerca de 60% dos edifícios foram construídos após 1970 e 19% foram construídos na última década. Em termos comparativos, refira-se que a proporção de edifícios construídos em França durante a década de 90 ( ), representa 10% do total (cerca de metade da situação portuguesa) [93]. Em relação ao estado de conservação dos edifícios existentes em Portugal, em 2001, cerca de 59,1% não apresentavam necessidades de reparação e 38,0% careciam de obras de reparação, sendo que 2,9% se encontravam muito degradados (Figura 12). Dos edifícios que apresentavam necessidades de reparação, a grande maioria dizia respeito a pequenos trabalhos de reparação (22%) [3]. Quanto à distribuição geográfica dos alojamentos a necessitar de obras, importa referir que 36% se localizavam nas áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa. Note-se que estes dados têm de ser analisados com muita precaução. Por um lado, os valores recolhidos resultaram da observação dos inquiridores, que não têm formação específica neste domínio; por outro, esta avaliação foi feita tendo em conta apenas o aspecto exterior do edifício, o quem nem sempre traduz as necessidades efectivas de intervenção. É do conhecimento geral que existem diversas patologias associadas a infiltrações no interior das habitações que condicionam a sua utilização. 18 Patologia da Construção Elaboração de um Catálogo

37 10,4% 22,4% 5,2% 2,9% 59,1% Sem necessidade de reparação Pequenas reparações Reparações médias Grandes reparações Muito degradado Figura 12 Estado de conservação dos edifícios em Portugal em 2001 [71]. Os dados dos Censos 2001 apontam, ainda, para a existência de uma forte relação entre a idade dos edifícios e o seu estado de conservação (Figura 13). De facto, dos edifícios construídos, antes de 1919 apenas 19,8% não apresentavam necessidades de reparação. À medida que o ano de construção dos edifícios aumenta, as necessidades de reparação dos mesmos diminui, com cerca de 87,6% dos edifícios construídos entre 1991 e 2001 a não necessitarem de qualquer tipo de intervenção. Não obstante este facto, é de referir que 0,2% dos edifícios construídos entre 1996 e 2001 se encontravam muito degradados e que 0,6% necessitavam de grandes reparações. Apesar de, em termos relativos, ser um valor bastante pequeno, este dado não é, de todo, menosprezável quando estamos a falar de edifícios que têm, no máximo, 8 anos de idade. No que se refere aos elementos construtivos, as necessidades de reparação repartiam-se de forma homogénea pela envolvente (cobertura, paredes e caixilharia) e pela estrutura (Figura 14). Patologia da Construção Elaboração de um Catálogo 19

38 Sem necessidade de reparação Pequenas reparações Reparações médias Grandes reparações Muito degradado 100% 90% 80% 70% Edifícios (%) 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% antes de Época de construção Figura 13 Estado de conservação dos edifícios em Portugal segundo a época de construção [71]. 70% 60% Edifícios (%) 50% 40% 30% 20% Nenhumas Pequenas Médias Grandes Muito Grandes 10% 0% Estrutura Cobertura Paredes e caixilharia exteriores Figura 14 Necessidade de reparação dos edifícios em função do elemento construtivo [71]. 20 Patologia da Construção Elaboração de um Catálogo

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