M atri ar cad o M arte l o

Transcrição

1 M atri ar cad o d o M arte l o O Reino de Duhan-Castil Alberto Lima & Rafael Alves

2 Para Alberto Lima, o maior apoiador desse projeto...

3 Uma Aventura para Como usar esse suplemento Afim de inspirar jogadores e mestres esse suplemento descreve um pequeno cenário de campanha, o reino anão de Duhan-Castil. Nele você vai encontrar várias galerias temáticas, povos e NPCs notáveis para usar em sua campanha. Nesse suplemento apresentaremos uma nova especialização: o Matriarcado do Martelo. Uma facção de Clerigas temidas e respeitadas. Se esse suplemento é seu primeiro contato com o reino de Duhan-Castil, entre no blog moostache.com.br e baixe grátis os suplementos anteriores. Se gostar, acompanhe o blog semanalmente para ficar por dentro de todas as novidades desse cenário. Boa leitura. Rafael Ethernalys Como usar esse suplemento 3

4 M a t r ia r c a d o d o M a r t e lo Em eras antigas quando as guerras eram constantes, era comum os guerreiros anões partirem de suas casas para as batalhas deixando para trás suas famílias. Suas mulheres ficavam aos prantos temendo pela segurança de seus maridos. Nos momentos de aflição elas se apegavam à sua fé e oravam para a deusa Knefh. Segundo o panteão dos anões, Knefh é a deusa da fertilidade. Embora em outras culturas essa deusa apareça personificada como Mahana deusa da vida ou Dhandar deusa da cura. Knefh é a divindade para a qual as anãs rezam nos momentos de seus partos, ou fazem rituais antes de iniciar qualquer processo de cultivo. Mas com as constantes guerras e por consequência perdas dos guerreiros de seus povos, essa deusa começou a ser clamada para que salvasse os soldados e consolasse as viúvas. Na forma de Dhandar ela era invocada quando os anões voltavam das batalhas banhados de sangue. Eles eram curados pelas orações de suas esposas. Quando voltavam já mortos, o poder de Dhandar já não surtia efeito. Porém as anãs mais experientes que conheciam a força das orações à Mahana, deusa da vida, ainda assim faziam suas preces à esta outra personificação, que trazia os mortos de volta se o destino permitisse. Reconhecendo que essa deusa possuía três faces as anãs não poderiam deixar de lado Knefh, que fora a primeira que cultuavam no início. Sendo assim, Knefh era sempre homenageada quando todo anão nascia ou quando toda plantação era colhida. Essa divina trindade é a base de todas as anãs de Duhan-Castil. 4

5 Isso tudo deu certo por muito tempo. Mas a intensidade das batalhas aumentou muito. Os anões já não voltavam feridos para casa. Quando voltavam estavam mutilados, com corpos podres em estado avançado de decomposição. O poder da trindade era nulo devido ao tempo que levavam para trazer os corpos à Duhan-Castil. As anãs então decidiram que iriam para a guerra. Levariam o poder de Knefh, Mahana e Dhandar para os campos de batalha. Três anciãs, cada uma representando uma face da deusa, se reuniram em assembleia com as anãs viúvas do reino. Três dias de duração em uma conversa com portas fechadas e no final estava fundada uma nova ordem, um matriarcado. Elas lutariam, mas em respeito à deusa da vida Mahana, usariam como arma principal o martelo, afim de que o sangue do inimigo não aparecesse, insultando os olhos da deusa. O estava fundado. Cadetes 5 5

6 As anãs do matriarcado treinaram a arte da guerra com anãs da confraria do machado e uniram a força com a sabedoria da deusa. Tornaram-se uma especialização da classe dos Clérigos. Outras anãs se interessaram pela ideia e o matriarcado do martelo abraçou a todas, sendo viúvas ou não. Qualquer anã dentro ou fora do reino era bem-vinda. Hoje o é uma força de guerra oficial de Duhan-Castil. Respeitada e até temida entre as outras facções. em Jogo é uma especialização para a classe Clérigo. Ao chegar no nível 5 dessa classe o jogador pode escolher se alistar no Matriarcado. É óbvio que o personagem precisar ser do sexo feminino. Membros do matriarcado do martelo possui todas as magias divinas e mais as seguintes habilidades: Arma Estimada (Nível 5) +1 na BA total e +1 no Dano total quando utilizar o martelo (Lembrando que o martelo é a arma principal do matriarcado, mas assim como todos os clérigos, as anãs ainda podem utilizar outras armas secundárias, desde que essas não causem cortes.) 6

7 O Toque de Dhandar (Nível 8) Dhandar, deusa da cura concede às clérigas do Matriarcado um poder de cura mais potente quando esse é usado naqueles de sua raça. Portanto toda magia de cura quando usada em anões ganham um bônus de + 2 pontos de vida no resultado final. A mão esquerda de Knefh (Nível 10) Muitos veem a primeira face da trindade, Knefh, como uma deusa frágil por ela se tratar da fertilidade. Mas se esquecem que essa personificação da deusa representa a força das anãs ao darem à luz. Ou sua coragem e bravura ao defender seus filhos quando seus maridos estavam longe. A mão esquerda de Knefh é um golpe especial que, embora tenha um limite diário conforme o nível da clériga, é muito potente. Esse ataque faz com que o Martelo da usuária brilhe e seu dano seja potencializado. Segue a tabela das alterações nesse ataque. Cadetes 5 7

8 A Benção de Mahana (Nível 20) A face da grande deusa que representa a vida, possui uma incrível misericórdia. Tanto que, se o destino assim permitir, as orações certas entoadas por clérigas experientes pode ressuscitar uma pessoa que morreu recentemente. A misericórdia de Mahana é tão grande que esse poder não beneficia exclusivamente os anões apenas. Qualquer outra raça pode ser ressuscitada. Pouco se ouviu falar desse poder já que ele não depende da Clériga ou da própria Mahana. A sabedoria da deusa entende que o poder do destino é mais forte que o dela e que no final das contas, tudo está nas mãos dessa força. Pela mecânica de jogo a clériga precisa de estar no nível 20 para entoar as orações. A pessoa a ser ressuscitada precisa estar morta a no máximo 7 dias. E para finalizar, o narrador exercerá o papel de Destino. Só o narrador pode autorizar que esse poder seja utilizado. Por tanto, jogador, seja compreensivo para aceitar um não. E, narrador, seja imparcial. Grandes heróis merecem uma segunda chance. Mas às vezes uma morte honrosa gera grandes canções. 8

9