AULA 1. Profa. Vanna Cabral
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- Adriana Mascarenhas Felgueiras
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1 AULA 1 Profa. Vanna Cabral
2 DA ORGANIZAÇÃO DO NCPC
3 DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL 1.1 Direito Processual Constitucional Art. 1o O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se as disposições deste Código. Sem Correspondente
4 DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL 1.1 Principio da Inércia Art. 2o O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei. Art. 2o Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e forma legais. Art O processo civil começa por iniciativa da parte, mas se desenvolve por impulso oficial.
5 DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL 1.1 Principio da Ação Art. 3o Não se excluirá da apreciação CF. Art. 5. XXXV - a lei não excluirá da jurisdicional ameaça ou lesão a direito. apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
6 DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL 1.1 Arbitragem x Poder Judiciário Art. 3o 1o É permitida a arbitragem, na forma da lei. Sem Correspondente
7 DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL 1.1 Solução consensual do Conflito Art. 3o 2o O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos. 3o A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial. Art O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, competindo-lhe: IV - tentar, a qualquer tempo, conciliar as partes. Sem Correspondente
8 DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL 1.1 Duração Razoável do processo Art. 4o As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa. Art O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, competindo-lhe: II - velar pela rápida solução do litígio;
9 DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL 1.1 Regra da Boa-fé processual Art. 5o Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar- se de acordo com a boa-fé. Art. 14. São deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma participam do processo: II - proceder com lealdade e boa-fé;
10 DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL 1.1 Regra da Cooperação Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre Sem si para que se obtenha, em tempo razoáve el, decisão de mérito correspondente justa e efetiva.
11 DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL 1.1 Principio da Isonomia Art. 7o É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório. Art O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, competindo-lhe: I - assegurar às partes igualdade de I - assegurar às partes igualdade de tratamento;
12 DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL 1.1 Função Social do Poder Judiciário Art. 8 o Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa hum mana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência. Sem Correspondente
13 DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL 1.1 Principio do Contraditório e da Ampla Defesa Art. 9 o. Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: Art Só em casos excepcionais, expressamente autorizados por lei, determinará o juiz medidas cautelares sem a audiência das partes. I - à tutela provisória de urgência; II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no Art. 311, incisos II e III; III - à decisão prevista no Art. 701.
14 DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL Ação Monitória Art Sendo evidente o direito do autor, o juiz deferirá a expedição de mandado de pagamento, de entrega de coisa ou para execução de obrigação de fazer ou de não fazer, concedendo ao réu prazo de 15 (quinze) dias para o cumprimento e o pagamento de honorários advocatícios de cinco por cento do valor atribuído à causa.
15 DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL 1.1 Proibição da sentença surpresa Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. Sem Correspondente
16 DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL 1.1 Principio da Publicidade Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade. Parágrafo único. Nos casos de segredo de justiça, pode ser autorizada a presença somente das partes, de seus advogados, de defensores públicos ou do Ministério Público. Art As sentenças e acórdãos serão proferidos com observância do disposto no Art. 458; as demais decisões serão fundamentadas, ainda que de modo conciso. Art São requisitos essenciais da sentença: II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito; CF Art. 93. IX Art Os atos processuais são públicos. Correm, todavia, em segredo de justiça os processos: I - em que o exigir o interesse público; Il - que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão desta em divórcio, alimentos e guarda de menores.
17 DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL 1.1 Regra da Ordem Cronológica de Julgamento Art. 12. Os juízes e os tribunais deverão obedecer à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão. Reformado pela Lei /2016
18 DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL A) Preferencialmente Art. 12. Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão. (Redação dada pela Lei nº , de 2016) (Vigência) 3 o Após elaboração de lista própria, respeitar-se-á a ordem cronológica das conclusões entre as preferências legais. Sem correspondente Sem correspondente
19 DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL A) Publicidade da Ordem dos processos 1 o A lista de processos aptos a julgamento deverá estar permanentemente à disposição para consulta pública em cartório e na rede mundial de computadores. Sem correspondente
20 DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL A) Julgamentos excluídos da ordem cronológica 2 o Estão excluídos da regra do caput: Sem correspondente I - as sentenças proferidas em audiência, Sem homologatórias de acordo ou de improcedência liminar correspondente do pedido; II - o julgamento de processos em bloco paraa aplicação de tese jurídica firmada em julgamento de casos Sem correspondente repetitivos; III - o julgamento de recursos repetitivos ou de incidente Sem de resolução de demandas repetitivas; IV - as decisões proferidas com base nos arts. 485 (decisões sem resolução do mérito) e 932 (decisões do correspondente Sem correspondente relator na ordem dos processo no tribunal); V - o julgamento de embargos de declaração; Sem correspondente VI - o julgamento de agravo interno; Sem correspondente VII - as preferências legais e as metas estabelecidas Sem pelo CNJ; correspondente VIII - os processos criminais, nos órgãos jurisdicionais Sem que tenham competência penal; correspondente IX - a causa que exija urgência no julgamento, assim Sem reconhecida por decisão fundamentada. correspondente
21 DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL A) Movimentação do processo já em conclusão para julgamento 4 o Após a inclusão do processo na lista de que trata o 1 o, o requerimento formulado pela parte não altera a ordem cronológica para a decisão, exceto quando implicar a reabertura da instrução ou a conversão do julgamento em diligência. 5 o Decidido o requerimento previsto no 4 o, o processo retornará à mesma posição em que anteriormente se encontrava na lista. Sem correspondente Sem correspondente
22 DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL A) Preferência na ordem 6 o Ocupará o primeiro lugar na lista prevista no 1 o Sem ou, conforme o caso, no 3 o, o processo que: correspondente I - tiver sua sentença ou acórdão anulado, salvo quando Sem houver necessidade de realização de diligência ou de correspondente complementação da instrução; II - se enquadrar na hipótese do Art ,, inciso II. Sem correspondente
23 DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL Art Publicado o acórdão paradigma: II - o órgão que proferiu o acórdão recorrido, na origem, reexaminará o processo de competência originária, a remessa necessária ou o recurso anteriormente julgado, se o acórdão recorrido contrariar a orientação do tribunal superior;
24 DA APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS Art. 13. A jurisdição civil será regida pelas normas processuais brasileiras, ressalvadas as disposições específicas previstas em tratados, convenções ou acordos internacionais de que o Brasil seja parte. Art. 1o A jurisdição civil, contenciosa e voluntária, é exercida pelos juízes, em todo o território nacional, conforme as disposições que este Código estabelece.
25 DA APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS Art. 14. A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada. LINDB. Art. 6 o.
26 DA APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS A) Aplicação subsidiária do CPC Art. 15. Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente. Sem correspondente
27 LIVRO II DA FUNÇÃO JURISDICIONAL TÍTULO I - DA JURISDIÇÃO E DA AÇÃO
28 A) JURISDIÇÃO Art. 16. A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional, conforme as disposições deste Código. Art. 1o A jurisdição civil, contenciosa e voluntária, é exercida pelos juízes, em todo o território nacional, conforme as disposições que este Código estabelece.
29 A) PRESSUPOSTOS PROCESSUA AIS (OU CONDIÇÕES DE AÇÃO?) Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade. Art. 3o Para propor ou contestar ação é necessário ter interesse e legitimidade.
30 A) LEGITIMIDADE Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico. Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído poderá intervir como assistente litisconsorcial. Art. 6o Ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, salvo quando autorizado por lei. Sem correspondente
31 A) Interesse Processual Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração: I - da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica; II - da autenticidade ou da falsidade de documento. Art. 4o O interesse do autor pode limitar-se à declaração: I - da existência ou da inexistência de relação jurídica; II - da autenticidade ou falsidade de II - da autenticidade ou falsidade de documento.
32 Art. 20. É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do direito. Art. 4o Parágrafo único. É admissível a ação declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do direito.
33 TÍTULO II - DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL E DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
34 CAPÍTULO I - DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL A) COMPETÊNCIA CONCORRENTE Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que: I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil. Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal. Art. 88. É competente a autoridade judiciária brasileira quando: I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; II - no Brasil tiver de ser cumprida a obr rigação; III - a ação se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil. Parágrafo único. Para o fim do disposto no n o I, reputa- se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que aqui tiver agência, filial ou sucursal.
35 CAPÍTULO I - DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira Sem processar e julgar as ações: correspondente I - de alimentos, quando: Sem correspondente a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil; Sem correspondente b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou Sem propriedade de bens, recebimento de re enda ou obtenção correspondente de benefícios econômicos; II - decorrentes de relações de consumo, quando o Sem consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil; correspondente III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se Sem submeterem à jurisdição nacional. correspondente
36 CAPÍTULO I - DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL A) COMPETÊNCIA EXCLUSIVA Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil; II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional; III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional. Art. 89. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil; II - proceder a inventário e partilha de bens, situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja estrangeiro e tenha residido fora do território na acional. Sem correspondente
37 CAPÍTULO I - DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL A) NÃO LITISPENDÊNCIA Art. 24. A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil. Parágrafo único. A pendência de causa perante a jurisdição brasileira não impede a homologação de sentença judicial estrangeira quando exigida para produzir efeitos no Brasil. Art. 90. A ação intentada perante tribunal estrangeiro não induz litispendência, nem obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que Ihe são conexas. Sem correspondente
38 CAPÍTULO I - DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL A) Exclusão da competência brasileira Art. 25. Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e o julgamento da ação quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional, arguida pelo réu na contestação. Sem correspondente
39 CAPÍTULO I - DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL - Exceção 1 o Não se aplica o disposto no caput às hipóteses de competência internacional exclusiva previstas neste Capítulo. Sem correspondente - Eleição de Foro 2 o Aplica-se à hipótese do caput o Art. 63, 1 o a 4 o. Sem correspondente Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
40 CAPÍTULO II - DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL 1. Princípios Art. 26. A cooperação jurídica internacional será regida Sem por tratado de que o Brasil faz parte e observará: correspondente I - o respeito às garantias do devido processo legal no Sem Estado requerente; correspondente II - a igualdade de tratamento entre nacionais e Sem estrangeiros, residentes ou não no Brasil, em relação ao correspondente acesso à justiça e à tramitação dos processos, assegurando-se assistência judiciária aos necessitados; III - a publicidade processual, exceto nas hipóteses de Sem sigilo previstas na legislação brasileira ou na do Estado correspondente requerente; IV - a existência de autoridade central para recepção e Sem transmissão dos pedidos de cooperação; correspondente V - a espontaneidade na transmissão de informações a Sem autoridades estrangeiras. correspondente
41 CAPÍTULO II - DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL Art o Na cooperação jurídica internacional não será admitida a prática de atos que contrariem ou que produzam resultados incompatíveis com as normas fundamentais que regem o Estado brasileiro. Sem correspondente
42 CAPÍTULO II - DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL Cooperação internacional pode ser compreendida em dois sentidos: amplo e estrito. - Amplo, refere-se a toda forma de interação conveniente (colaborativa) para dois ou mais Estados. - Estrito: dá se com o procedimento de auxílio direto A cooperação é modalidade de relação en ntre Estados, através dos órgãos que estes mesmos designam, segundo sua normativa interna ou através de atos internacionais, e que será executada pelas autoridades que o Estado requerido designa, sejam administrativas ou jurisdicionais.
43 CAPÍTULO II - DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL 1. Reciprocidade Art o Na ausência de tratado, a cooperação jurídica internacional poderá realizar-se com base em reciprocidade, manifestada por via diplomática. Sem correspondente 2. Homologação de sentença estrang geira Art o Não se exigirá a reciprocidadee referida no 1 o para homologação de sentença estrangeira. Sem correspondente
44 CAPÍTULO II - DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL 1. Autoridade Central Art o O Ministério da Justiça exercerá as funções de autoridade central na ausência de designação específica. Sem correspondente A figura das autoridades centrais funcion na como gerenciadores da cooperação internacional, tanto ativa quanto passiva. Nesse sentido, são órgãos administrativoss que centralizam as atribuições relativas à cooperação internacional.
45 CAPÍTULO II - DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL 1. Objeto Art. 27. A cooperação jurídica internacional terá por Sem objeto: correspondente I - citação, intimação e notificação judicial e extrajudicial; Sem correspondente II - colheita de provas e obtenção de informações; Sem correspondente III - homologação e cumprimento de decisão; Sem correspondente IV - concessão de medida judicial de urgência; Sem correspondente V - assistência jurídica internacional; Sem correspondente VI - qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não Sem proibida pela lei brasileira. correspondente
46 SEÇÃO II - DO AUXÍLIO DIRETO Art. 28. Cabe auxílio direto quando a medida não decorrer diretamente de decisão de autoridade jurisdicional estrangeira a ser submetida a juízo de delibação no Brasil. Sem correspondente
47 SEÇÃO II - DO AUXÍLIO DIRETO Natureza Jurídica. Trata-se de procedimento de natureza administrativa. A diferença essencial entre os procedimentos de natureza homologatória (ação de homologação de sentença e carta rogatória) está no fato de que o requerimento de auxílio direto prescinde de juízo de delibação.
48 SEÇÃO II - DO AUXÍLIO DIRETO A) Procedimento Art. 29. A solicitação de auxílio direto será encaminhada pelo órgão estrangeiro interessado à autoridade central, cabendo ao Estado requerentee assegurar a autenticidade e a clareza do pedido. Sem correspondente
49 SEÇÃO II - DO AUXÍLIO DIRETO A) Objeto Art. 30. Além dos casos previstos em tratados de que o Sem Brasil faz parte, o auxílio direto terá os seguintes objetos: correspondente I - obtenção e prestação de informações sobre o Sem ordenamento jurídico e sobre processos administrativos correspondente ou jurisdicionais findos ou em curso; II - colheita de provas, salvo se a medida fo or adotada em Sem processo, em curso no estrangeiro, de competência correspondente exclusiva de autoridade judiciária brasileira; III - qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não Sem proibida pela lei brasileira. correspondente
50 SEÇÃO III - DA CARTA ROGATÓRIA Art. 36. O procedimento da cartaa rogatória perante o Superior Tribunal de Justiça é de jurisdição contenciosa e deve assegurar às partes as garantias do devido Supremo Tribunal Federal. processo legal. Art A concessão de exeqüibilidade às cartas rogatórias das justiças estrangeiras obedecerá ao disposto no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.
51 SEÇÃO III - DA CARTA ROGATÓRIA A) Contraditório e Ampla Defesa Art o A defesa restringir-se-á à discussão quanto ao atendimento dos requisitos para que o pronunciamento judicial estrangeiro produza efeitos no Bra asil. 2 o Em qualquer hipótese, é vedada a revisão do mérito do pronunciamento judicial estrangeiro pela autoridade judiciária brasileira. Sem correspondente Sem correspondente
52 TÍTULO III - DA COMPETÊNCIA INTERNA CAPÍTULO I - DA COMPETÊNCIA
53 SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 1. Jurisdição Estatal x Justiça arbitral Art. 42. As causas cíveis serão Art. 86. As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz processadas e decididas, ou nos limites de sua competência, simplesmente decididas, pelos ressalvado às partes o direito de órgãos jurisdicionais, nos limites de instituir juízo arbitral, na forma da lei. sua competência, ressalvada às partes a faculdade de instituírem juízo arbitral.
54 SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 1. Perpetiuatio Jurisdiciones Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta. Art. 87. Determina-se a competência no momento em que a ação é proposta. São irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, sal lvo quando suprimirem o órgão judiciário ou alterarem a competência em razão da matéria ou da hierarquia.
55 SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 1. Legislação sobre Competência Art. 44. Obedecidos os limites estabelecidos pela Constituição Federal, a competência é determinada pelas normas previstas neste Código ou em legislação especial, pelas normas de organização judiciária e, ainda, no que couber, pelas constituições dos Estados. Art. 91. Regem a competência em razão do valor e da matéria as normas de organização judiciária, ressalvados os casos expressos neste Código.
56 SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS Competência Absoluta x Competência Relativa Competência absoluta. É inderrogável por convenção firmada entree os contendores a competência em razão da matéria, da pessoa ou da função. Apenas os critérios de distribuição da competência adstritos ao sistema de (in)comp petência relativa podem
57 COMPETÊNCIA ABSOLUTA Art. 45. Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal competente se nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou conselho de fiscalização de atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro interveniente, exceto as ações: I - de recuperação judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho; II - sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho. CF. Art Aos juízes federais compete processar e julgar: I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; CF. Art Aos juízes federais compete processar e julgar: I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
58 COMPETÊNCIA ABSOLUTA Prescreve o texto constitucional que, aos juízes federais, dentre outras, compete processar e julgar as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; (Art. 109, CF-88). O Art. 45, observando tal comando (e adaptando-o, no plano infraconstitucional, aos avanços do Direito Empresarial, em especial no que diz com o instituto da recuperação judicial), sublinha haver competência atrativa da Justiça Federal (em razão de interesse-intervenção da pessoa),
59 COMPETÊNCIA ABSOLUTA A) Cumulação de Pedidos Art o Os autos não serão remetidos se houver pedido cuja apreciação seja de competência do juízo perante o qual foi proposta a ação. 2 o Na hipótese do 1 o, o juiz, ao não admitir a cumulação de pedidos em razão da incom mpetência para apreciar qualquer deles, não examinará o mérito daquele em que exista interesse da União, de suas entidades autárquicas ou de suas empresas públicas. Sem Correspondente Sem Correspondente
60 COMPETÊNCIA ABSOLUTA Os autos, que, como regra, mediante participação-intervenção das pessoas acima referidas devem ser remetidos ao juízo federal competente, não os serão, ao menos de imediato, se houver pedido cuja apreciação pertença à competência do juízo em face do qual fora proposta a demanda. Nesses casos, ao inadmitir potencial cumulação de pedidos em razão de sua incompetência para apreciar qualquer deles, o julgador deixará de examinar o mérito daquele em que exista interesse da União, de suas entidades autárquicas ou de suas empresas públicas.
61 COMPETÊNCIA ABSOLUTA A) Devolução dos autos Art o O juízo federal restituirá os autos ao juízo estadual sem suscitar conflito se o ente federal cuja presença ensejou a remessa for excluído do processo. Sem Correspondente
62 COMPETÊNCIA ABSOLUTA 1.1 Competência em Direito Real sobre Imóveis Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa. Art. 95. Nas ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro da situação da coisa. Pode o autor, entretanto, optar pelo fo oro do domicílio ou de eleição, não recaindo o litígio sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, posse, divisão e demarcação de terras e nunciação de obra nova.
63 COMPETÊNCIA ABSOLUTA 2 o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta. Sem correspondente
64 COMPETÊNCIA ABSOLUTA 5.3 Inderrogabilidade da incompetência absoluta Art. 62. A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável por convenção das partes. Art A competência em razão da matéria e da hierarquia é inderrogável por convenção das partes; mas estas podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde serão propostas as ações oriundas de direitos e obrigações.
65 COMPETÊNCIA RELATIVA A) Territorial: Domicílio do réu Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu. Art. 94. A ação fundada em direito pessoal e a ação fundada em direito real sobre bens móveis serão propostas, em regra, no foro do domicílio do réu.
66 COMPETÊNCIA RELATIVA - Quando União for Autora Art. 51. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autora a União. Parágrafo único. Se a União for a demandada, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou no Distrito Federal. Art. 99. O foro da Capital do Estado ou do Território é competente: I - para as causas em que a União for autora, ré ou interveniente; II - para as causas em que o Território for autor, réu ou interveniente.
67 COMPETÊNCIA RELATIVA Na ação promovida pela União, o foro competente para processar e julgar o feito é o do domicílio do demandado. Sendo ela demandada, concorrentemente, (a) o foro do domicílio do demandante, (b) da localidade em que ocorreu o ato ou fato que motivou o ajuizamento, (c) da situação da coisa ou, ainda, (d) do Distrito Federal.
68 COMPETÊNCIA RELATIVA - Quando Estado ou o Distrito Federal for autor Art. 52. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autor Estado ou o Distrito Federal. Parágrafo único. Se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a ação poderá ser propos sta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou na capital do respectivo ente federado. Sem Correspondente
69 COMPETÊNCIA RELATIVA Na ação promovida pela União, o foro competente para processar e julgar o feito é o do domicílio do demandado. Sendo ela demandada, concorrentemente, (a) o foro do domicílio do demandante, (b) da localidade em que ocorreu o ato ou fato que motivou o ajuizamento, (c) da situação da coisa ou, ainda, (d) do Distrito Federal.
70 COMPETÊNCIA RELATIVA A) Domicilio do Autor da Herançaa Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro. Art. 96. O foro do domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de últ tima vontade e todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
71 COMPETÊNCIA RELATIVA É competente para processar e julgar o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, o foro do último domicílio do de cujus no Brasil, desimportando, pois, a localidade em que se tenha consumado o óbito. Se o falecido não possuía domicílio certo, revela-se competente (a) o foro de situação dos bens imóveis objeto da herança a; (b) havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes; (c) não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.
72 COMPETÊNCIA RELATIVA A) Réu Ausente Art. 49. A ação em que o ausente for réu será proposta no foro de seu último domicílio, também competente para a arrecadação, o inventário, a partilha e o cumprimento de disposições testamentárias. Art. 97. As ações em que o ausente for réu correm no foro de seu último domicílio, que é também o competente para a arrecadação, o inventário, a partilha e o cumprimento de disposições testamentárias.
73 COMPETÊNCIA RELATIVA A) Réu Incapaz Art. 50. A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de seu representante ou assistente. Art. 98. A ação em que o incapaz for réu se processará no foro do domicílio de seu representante.
74 COMPETÊNCIA RELATIVA A) Foro privilegiado Art. 53. É competente o foro: Art É competente o foro: I - para a ação de divórcio, I - da residência da mulher, para a separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável: ação de separação dos cônjuges e a conversão desta em divórcio, e para a anulação de casamento; a) de domicílio do guardião de filho incapaz; b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz; c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal; II - de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos; II - do domicílio ou da residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos;
75 COMPETÊNCIA RELATIVA A) Outros critérios de competênc cia Art. 53. III - do lugar: IV - do lugar: a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica; a)onde está a sede, para a ação em que for ré a pessoa jurídica; b) onde se acha agência ou sucursal, b) onde se acha a agência ou quanto às obrigações que a pessoa jurídica contraiu; sucursal, quanto às obrigações que ela contraiu; c) onde exerce suas atividades, para c) onde exerce a sua atividade a ação em que for ré sociedade ou principal, para a ação em que for ré a associação sem personalidade sociedade, que carece de jurídica; personalidade jurídica; d) onde a obrigação deve ser d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o cumprimento; satisfeita, para a ação em que se Ihe exigir o cumprimento;
76 COMPETÊNCIA RELATIVA e) de residência do idoso, para a Lei (Estatuto do Idoso). Art. causa que verse sobre direito 80. previsto no respectivo estatuto; f) da sede da serventia notarial ou de Sem Correspondente registro, para a ação de reparação de dano por ato praticado em razão do ofício; IV - do lugar do ato ou fato para a ação: V - do lugar do ato ou fato: a) de reparação de dano; a) para a ação de reparação do dano; b) em que for réu administrador ou b) para a ação em que for réu o gestor de negócios alheios; administrador ou gestor de negócios alheios. V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou Parágrafo único. Nas ações de reparação do dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, acidente de veículos, inclusive será competente o foro do domicílio aeronaves. do autor ou do local do fato.
77 SEÇÃO II - DA MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA 1. Causas de Modificação Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, observado o disposto nesta Seção. Art A competência, em razão do valor e do território, poderá modificar-se pela conexão ou continência, observado o disposto nos artigos seguintes.
78 SEÇÃO II - DA MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA 1. Conexão Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir. 1 o Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado. Art Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando Ihes for comum o objeto ou a causa de pedir. Art Havendo conexão ou continência, o juiz, de ofício ou a requ uerimento de qualquer das partes, pode ordenar a reunião de ações propostas em separado, a fim de que sejam decididas simultaneamente.
79 SEÇÃO II - DA MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA 2 o Aplica-se o disposto no caput: Se em correspondente I - à execução de título extrajudicial e Sem correspondente à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico; II - às execuções fundadas no Sem correspondente mesmo título executivo. 3 o Serão reunidos para julgamento Sem correspondente conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.
80 SEÇÃO II - DA MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA 1. Continência Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais. Art Dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre que há identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das outras. Diz-se haver continência entre duas ou causa de pedir, mostrando-se o pedido amplo ) ao formulado em outra. mais ações, face à identidade de partes e formulado numa delas sobreposto ( mais
81 SEÇÃO II - DA MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serã o necessariamente reunidas. Sem correspondente
82 SEÇÃO II - DA MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA Ação continente e ação contida. Denomina-se continente a demanda que possui o pedido mais amplo, ensejador da sobreposição que justifica o reconhecimento da continência. Denomina-se ação contida, por sua vez, aquela que, a despeito da identidade de partes e causa de pedir, possui pedido apenas parcial se comparado ao formulado em sede de ação continente.
83 SEÇÃO II - DA MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA 1. Prevenção Art. 58. A reunião das ações Art Correndo em separado propostas em separado far-se-á no ações conexas perante juízes que juízo prevento, onde serão decididas têm a mesma competência territorial, simultaneamente. considera-se prevento aquele que despachou em primeiro lugar.
84 SEÇÃO II - DA MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA Art. 59. O registro ou a distribuição Art Correndo em separado da petição inicial torna prevento o ações conexas perante juízes que juízo. têm a mesma competência territorial, considera-se prevento aquele que despachou em primeiro lugar. Art A citação válida torna prev vento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição.
85 SEÇÃO II - DA MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA Art. 60. Se o imóvel se achar situado em mais de um Estado, comarca, seção ou subseção judiciária, a competência territorial do juízo prevento estender-se-á sobre a totalidade do imóvel. Art Se o imóvel se achar situado em mais de um Estado ou comarca, determinar-se-á o foro pela prevenção, estendendo-se a competência sobre a totalidade do imóvel.
86 SEÇÃO II - DA MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA 1. Ação Acessória Art. 61. A ação acessória será Art A ação acessória será proposta no juízo competente para a proposta perante o juiz competente ação principal. para a ação principal.
87 SEÇÃO II - DA MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA 1. Foro de Eleição Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações. 1 o A eleição de foro só produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir expressamente a determinado negócio jurídico. 2 o O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes. Art A competência em razão da matéria e da hierarquia é inderrogável por convenção das partes; mas estas podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde serão propostas as ações oriundas de dir reitos e obrigações. 1 o O acordo, porém, só produz efeito, quando constar de contrato escrito e aludir expressamente a determinado negócio jurídico. 2o O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores
88 SEÇÃO II - DA MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA 3 o Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser Art Parágrafo único. A nulidade da cláusula de eleição de foro, em reputada ineficaz de ofício pelo juiz, contrato de adesão, pode ser que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu. declarada de ofício pelo juiz, que declinará de competência para o juízo de domicílio do réu. 4 o Citado, incumbe ao réu alegar a Se em correspondente abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação, sob pena de preclusão. A
89 SEÇÃO II - DA MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA A competência territorial (como regra), bem como aquela estabelecida com base no valor da causa podem, porque adstritas ao sistema de incompetência relativa, figurar como objeto de negociação entre as partes, que deverão, se assim pretenderem, eleger, por escrito, o foro competente para a propositura da ação pertinente aos direitos e obrigações assumidos em relação a negócio jurídico específico. Tal eleição, segundo o regime codificado, ob briga herdeiros e sucessores das partes.
90 SEÇÃO II - DA MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA Da recusa oficiosa e da impugnação da cláusula de eleição de foro. O julgador está autorizado, deparando-se, antes de determinada a citação, com cláusula de eleição abusiva, a declará-la ineficaz, ocasião em que determinará, de ofício, a remessa dos autos ao foro de domicílio do réu. Determinada, pois, a citação, incumbe ao demandado, pena de preclusão, suscitar o abuso perpetrado, em sede de contestação.
91 SEÇÃO III - DA INCOMPETÊNCIA 1. Alegação de incompetência Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação. Art Argúi-se, por meio de exceção, a incompetência relativa. Parágrafo único. A nulidade da cláusula de eleição de foro, em contrato de adesão, pode ser declarada de ofício pelo juiz, que declinará de competência para o juízo de domicílio do réu.
92 SEÇÃO III - DA INCOMPETÊNCIA Art o A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício. Art A incompetência absoluta deve ser declarada de ofício e pode ser alegada, em qualquer tempo e gra au de jurisdição, independentemente de exceção.
93 SEÇÃO III - DA INCOMPETÊNCIA A incompetência absoluta, nada obstante deva ser suscitada pelo réu em preliminar de contestação, pode ser suscitada a qualquer tempo, independente- mente do grau de jurisdição em que se encontre a causa. Diferentemente da incompetência relativa, a incompetência absoluta não só pode, como deve, ser suscitada de ofício, uma vez que não se encontra adstrita ao regime da prorrogação.
94 SEÇÃO III - DA INCOMPETÊNCIA Art. 65. Prorrogar-se-á a Art Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não competência se dela o juiz não alegar a incompetência em declinar na forma do parágrafo único preliminar de contestação. do Art. 112 desta Lei ou o réu não opuser exceção declinatória nos casos e prazos legais. Parágrafo único. A incompetência Sem correspondente relativa pode ser alegada pelo Ministério Público nas causas em que atuar.
95 SEÇÃO III - DA INCOMPETÊNCIA A inércia do demandado em atacar violaçãoo à regra de competência sujeita ao regime de incompetência relativa importa, segundo o regime codificado, na prorrogação da competência. O momento oportuno para a alegação, pelo réu, é a contestação. Admite-se, ainda, nos casos em que o parquet atuar, seja por ele sus- citada a incompetência relativa do juízo.
96 SEÇÃO III - DA INCOMPETÊNCIA A) Procedimento Art o Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de incompetência. Art o Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente. Sem correspondente Sem correspondente
97 SEÇÃO III - DA INCOMPETÊNCIA Art o Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-seão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente. Aert o Declarada a incompetência absoluta, somente os atos decisórios serão nulos, remetendo-se os autos ao juiz co ompetente.
98 SEÇÃO III - DA INCOMPETÊNCIA Suscitada a incompetência (independentemente de sua natureza) e ouvida a parte contrária, o julgador deve, de imediato, enfrentá-la. O acolhimento da postulação da parte ou o reconhecimento de oficio da incompetência tem por consequência a remessa dos autos ao juízo competente para processar e julgar a causa. Ressalvados os casos em que houver pronunciamento judicial em sentido diverso, conservar-se-ão os efeitos de decisão profe erida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida pelo juízo competente.
99 SEÇÃO III - DA INCOMPETÊNCIA 1. Conflito de competência Art. 66. Há conflito de competência quando: I - 2 (dois) ou mais juízes se declaram competentes; II - 2 (dois) ou mais juízes se consideram incompetentes, atribuindo um ao outro a competência; III - entre 2 (dois) ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos. Parágrafo único. O juiz que não acolher a competência declinada deverá suscitar o conflito, salvo se a atribuir a outro juízo. Art Há conflito de competência: I - quando dois ou mais juízes se declaram competentes; II - quando dois ou mais juízes se consideram incompetentes; III - quando entre dois ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos. Sem Correspondente
100 SEÇÃO III - DA INCOMPETÊNCIA O conflito de competência pode ser positiva ou negativa. Diz-se positiva, quando dois ou mais juízes se declaram competentes para processar e julgar o mesmo feito; negativa, pois, quando dois ou mais juízes se declaram incompetentes para processar e julgar a causa, atribuindo um ao outro competência. Há conflito de competência, ainda, quando dois ou mais julgadores controvertem acerca da reunião ou separação de processo os. Compete ao julgador que renegar-desacolher a competência que lhe foi declinada, caso não decline a juízo diverso, suscitar o conflito.
101 SEÇÃO III - DA INCOMPETÊNCIA 1. Cooperação nacional Art. 67. Aos órgãos do Poder Judiciário, estadual ou federal, especializado ou comum, em todas as instâncias e graus de jurisdição, inclusive aos tr ribunais superiores, incumbe o dever de recíproca cooperação, por meio de seus magistrados e servidores. Sem Correspondente
102 SEÇÃO III - DA INCOMPETÊNCIA O pedido de cooperação jurisdicional, nadaa obstante a autonomia de cada juízo, deve, face ao compromisso com a prestação da melhor jurisdição possível, ser atendido o quanto antes, prescindindo, consoante expresso apontamento legal, do respeito à forma específica. O Código prevê, como técnica de cooperação jurisdicional, a realização de atos concertados entre os órgãos cooperantes.
103 SEÇÃO III - DA INCOMPETÊNCIA Há, na lei, um rol exemplificativo de atos que podem ser realizados mediante atuação concertada. São eles: (I) a prática de citação, intimação ou notificação de ato; (II) a obtenção e apresentação de provas e a coleta de depoimentos; (III) a efetivação de tutela provisória;
104 SEÇÃO III - DA INCOMPETÊNCIA (IV) a efetivação de medidas e providências para recuperação e preservação de empresas; (V) a facilitação de habilitação de créditos na falência e na recuperação judicial; (VI) a centralização de processos repetitivos; (VII) a execução de decisão jurisdicional, sem prejuízo de outros compatíveis com a teleologia do instituto.
105 SEÇÃO III - DA INCOMPETÊNCIA A) Amplitude Art. 68. Os juízos poderão formular entree si pedido de cooperação para prática de qualquer ato processual. Sem Correspondente Inexistem restrições, bem compreendida a afirmativa, quanto ao objeto de pedido de cooperação entre juízos.
106 SEÇÃO III - DA INCOMPETÊNCIA A) Objeto Art. 69. O pedido de cooperação jurisdicional deve ser prontamente atendido, prescinde de forma específica e pode ser executado como: I - auxílio direto; II - reunião ou apensamento de processo os; III - prestação de informações; IV - atos concertados entre os juízes cooperantes. Sem Correspondente Sem Correspondente Sem Correspondente Sem Correspondente Sem Correspondente
107 SEÇÃO III - DA INCOMPETÊNCIA 2 o Os atos concertados entre os juízes cooperantes poderão consistir, além de outros, no estabelecimento de procedimento para: I - a prática de citação, intimação ou notificação de ato; Sem Correspondente Sem Correspondente II - a obtenção e apresentação de provas e a coleta de Sem depoimentos; Correspondente III - a efetivação de tutela provisória; Sem Correspondente IV - a efetivação de medidas e providências para Sem recuperação e preservação de empresas; Correspondente
108 SEÇÃO III - DA INCOMPETÊNCIA V - a facilitação de habilitação de créditos na falência e na Sem recuperação judicial; Correspondente VI - a centralização de processos repetitivos; Sem Correspondente VII - a execução de decisão jurisdicional. Sem Correspondente 3 o O pedido de cooperação judiciária pode ser realizado Sem entre órgãos jurisdicionais de diferentes ramos do Poder Correspondente Judiciário.
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