STEVIA. Substituto natural do açúcar. Informações Técnicas

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Miguel Antas Duarte
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1 Informações Técnicas STEVIA Substituto natural do açúcar NOME CINETÍFICO: Stevia rebaudiana. FAMÍLIA: Asteraceae. CAS NUMBER: SINÔNIMOS: Estévia INTRODUÇÃO A segurança da Stevia para o consumo humano foi estabelecida através de rigorosas pesquisas arbitradas, e a Agência de Alimentos e Medicamentos dos EUA (Food and Grug Administration, FDA) e o Comitê Conjunto de Especialistas da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO/OMS) em aditivos alimentares reconheceram a Stévia como segura. Mais de 200 amplos estudos foram conduzidos sobre a Stévia atestando a sua segurança. Stevia foi desenvolvido para proporcionar um adoçante de alta qualidade a partir de uma fonte natural, ideal para o uso em alimentos ou bebidas de calorias reduzidas, onde é necessária a redução de açúcar em 50% ou mais. DESCRIÇÃO Stevia ou estévia é um adoçante 100% natural não calórico que proporciona o sabor doce com poucas calorias. É uma planta nativa da América do Sul usada como adoçante em alimentos e bebidas há centenas de anos. Página 1 de 5

2 Esta planta tem uma extraordinária capacidade adoçante. Em sua forma natural é aproximadamente 10 a 15 vezes mais doce do que o açúcar doméstico normal. Na sua forma mais comum de pó branco, extraído das folhas da planta, chega a ser de 70 a 400 vezes mais doce que o adoçante natural. O extrato de estévia, com uma composição glicosídeos de esteviol otimizada, foi projetado para proporcionar um sabor mais limpo e permitir que os níveis de redução de açúcar mais elevados contra Rebaudioside A e outros produtos de estévia. PROPRIEDADES Stevia oferece aos consumidores vários benefícios para a saúde, além de não ser tóxico, não alterar o nível de glicose do sangue e não conter ingredientes artificiais. Redução de calorias: os alimentos adoçados com Stevia podem ser uma forma eficaz de reduzir calorias sem comprometer o sabor doce que os consumidores apreciam. Diabetes: a Stevia é uma boa opção para pessoas com diabetes. Estudos demosntraram que a Stevia pode aumentar a sensibilidade da insulina e ter efeitos benéficos nos níveis de insulina e glicose no sangue. Prevenção de cáries: a Stevia não prejudica os dentes e pode, na verdade, ajudar a evitar cáries, já que ela inibe de forma significativa o desenvolvimento de placas. Obesidade: novas pesquisas demonstram possíveis benefícios da Stevia no tratamento da obesidade. ESTUDOS Um novo substituto do açúcar, livre de calorias, a partir da folha da planta Stevia chega ao Reino Unido Adoçantes à base de estévia estão começando a entrar no mercado do Reino Unido, após a aprovação para uso na União Europeia no final de Compostos intensamente doces, chamados glicosídeos de esteviol, são purificados a partir das folhas da planta Stevia para resultar em um adoçante de origem natural, que é cerca de 200 vezes mais doce do que a sacarose. A comunidade científica tem conhecimento de stevia por mais de 100 anos, mas no caso da segurança não foi feita até depois de especificações de pureza confiáveis foram estabelecidas e resultados de pesquisas disponíveis que fechou dúvidas de segurança para a satisfação dos reguladores. Em alimentos e formulações de bebidas, glicosídeos de esteviol exibem comportamentos característicos e formulação bem-sucedida. Glicosídeos de esteviol são particularmente bem adequados para uma grande variedade de bebidas e produtos lácteos, produtos de Página 2 de 5

3 confeitaria e aplicações em vários outros alimentos. Isto é em parte causado pelo elevado grau de estabilidade dos glicosídeos de esteviol no processamento de alimentos. Adoçantes à base de Stevia oferecem um potencial interessante para o uso como uma solução inovadora para a redução de calorias e açúcar (Boileau,A.; Fry,C.J.and Murray,R.,2012). Stevia rebaudiana Bertoni, fonte de um adoçante natural de alta potência: uma revisão abrangente sobre os aspectos bioquímicos, nutricionais e funcionais Stevia rebaudiana Bertoni, um antigo arbusto perene da América do Sul, produz glicosídeos diterpenos que são adoçantes de baixas calorias, cerca de 300 vezes mais doce do que a sacarose. Extratos de Stevia, além de terem propriedades terapêuticas, contém um nível elevado de compostos conhecidos como adoçantes, os glicosídeos de esteviol, que possuem atividade antioxidante, antimicrobiana e antifúngica. Esteviosídeo e rebaudiosídeo A são os principais compostos adoçantes de interesse. Eles são termoestáveis, mesmo a temperaturas de até 200 C, tornando-os adequados para utilização em alimentos cozidos. Stevia rebaudiana tem um grande potencial como uma nova safra agrícola já que a demanda dos consumidores por alimentos à base de plantas está aumentando e a análise centesimal mostrou que Stevia também contém ácido fólico, vitamina C e de todos os aminoácidos indispensáveis com exceção do triptofano. O cultivo e produção do Stevia ajudariam ainda mais aqueles que têm que restringir a ingestão de carboidratos em sua dieta, para apreciar o sabor doce com calorias mínimas (Lemus-Mondaca, R. et al, 2012). Diabetes Investigações estudaram o efeito agudo do steviosídeo em 12 pacientes com diabetes do tipo II. Em um estudo duplo, cruzado, pacientes consumiram uma refeição teste suplementada ou com 1,0 g de steviosídeo ou com 1,0 g de amido de milho (controle). Amostras de sangue foram retiradas 30 minutos antes e 240 minutos após a ingestão da refeição. Comparado com o controle, steviosídeo reduziu a área de incremento sob a curva de resposta de glicose em 18,0% (P=0,13). O índice insulinogênico foi aumentado por aproximadamente 40% pelo grupo steviosídeo, comparado com o controle (P<0,001). O steviosídeo tendeu a diminuir os níveis de glucagon, enquanto que a área sob insulina não foi significativamente alterada. As pesquisas Página 3 de 5

4 concluíram que a erva reduz os níveis de glicose pós-prandial no sangue, em pacientes com diabetes do tipo II, indicando efeitos benéficos no metabolismo da glicose (Gregersen et al, 2004). Hipertensão Stevia reduziu significativamente a pressão arterial sistólica e diastólica de indivíduos hipertensivos em um estudo multicêntrico, randomizado, duplo-cego e placebo-controlado. Cento e seis indivíduos de 28 a 75 anos com hipertensão essencialmente de leve a moderada foram inscritos no estudo. Eles entraram em um período placebo controlado, duplo-cego de 4 semanas. Indivíduos com uma pressão arterial diastólica entre 95 e 115 mmhg nas duas últimas visitas do período placebo foram randomizados para receber cápsulas de steviosídeo de 250 mg (n=60) e placebo (n=46) 3 vezes por dia e foram acompanhados mensalmente por um ano. No grupo de tratamento ativo, a pressão arterial sistólica e diastólica diminuíram significativamente após 3 meses (sistólica: 166 mmhg [±9,4] para 152,6 mmhg [±6,8]; diastólica: 104,7 mmhg [±5,2] para 90,3 mmhg [±3,6], p<0,05). Esse efeito foi contínuo durante todo o período experimental (Chan et al, 2000). INDICAÇÕES Stevia pode ser aplicado em centenas de produtos alimentares, suplementos e bebidas, como chás, refrigerantes, sucos, iogurtes, chocolates, shakes, leite de soja, alimentos assados, cereais, balas de goma e adoçantes de mesa. CONCENTRAÇÃO RECOMENDADA A doçura de Stevia é cerca de 200 a 300 vezes maior que a do açúcar, embora na prática pode variar de acordo com a formulação e o nível de doçura no qual ela é utilizada. Página 4 de 5

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Boileau, A.; Fry, C.J.; Murray,R. A new calorie-free sugar substitute from the leaf of the stevia plant arrives in the UK. Nutrition Bulletin, vol.37, March 2012, p Chan,P.; Tomlinson, B.; Chen, Y.J. et al. A double-blind placebo-controlled study of the effectiveness and tolerability of oral stevioside in human hypertension. BR J Clin Pharmacol. 50(3): Lemus-Mondaca, R.; Vega-Gálvez, A. ; Zura-Bravo, L. ; Ah-Hen, K. Stevia rebaudiana Bertoni, source of a high-potency natural sweetener: A comprehensive review on the biochemical, nutritional and functional aspects. Food Chemistry, vol.132,june 2012, p Gregersen, S.; Jeppesen P.B.; Holst JJ, Hermansen K.Antihyperglycemic effects of stevioside in type 2 diabetic subjects. Metabolism: 53(1): Revisão nº: 00 Data: 01/04/2014 Elaborado por: Gisele Masini Conferido por: Camilla França Página 5 de 5

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