TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA DIRETORIA DE RECURSOS E REEXAMES (DRR)

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1 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA DIRETORIA DE RECURSOS E REEXAMES (DRR) Fls 006 PROCESSO Nº: REC-14/ UNIDADE GESTORA: Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina S.A. - EPAGRI INTERESSADO: Valdir Crestani ASSUNTO: Recurso de Reconsideração da decisão exarada no processo TCE-07/ PARECER Nº: DRR - 113/ Parecer Plenário EMENTA. Tomada de Contas Especial. Análise dos atos administrativos praticados pela estatal no exercício de Recurso. Pedido de Reconsideração Prescrição. Pretensão punitiva. Código Civil. Prazo decenal. Deve-se considerar o lapso prescricional de 10 (dez) anos para a pretensão punitiva quando a lei não lhe haja fixado prazo menor, em conformidade com o estabelecido na Lei nº /02. Conhecer e negar provimento ao recurso Sra. Diretora, 1. INTRODUÇÃO Trata-se de Recurso de Reconsideração interposto pelo senhor Valdir Crestani, ex-diretor-presidente da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina S.A. - EPAGRI (Epagri), com o qual requer a reforma do Acórdão nº 0265/2014, proferido pelo Tribunal Pleno na sessão de 09/04/2014, quando da apreciação do processo TCE 07/ , cuja parte conclusiva ficou assim redigida: [...] Julgar irregulares, sem imputação de débito, na forma do art. 18, inciso III, alínea "b", c/c o art. 21, parágrafo único, da Lei Complementar (estadual) n. 202/2000, as contas pertinentes à presente Tomada de Contas Especial, que trata de irregularidades ocorridas no âmbito da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina S.A. - EPAGRI -, envolvendo a participação da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Rural Sustentável do Estado de Santa Catarina - FUNDAGRO - nas atividades e execução de projetos da EPAGRI. 1

2 6.2. Aplicar aos Responsáveis a seguir discriminados, com fundamento no art. 69 da Lei Complementar (estadual) n. 202/2000 c/c o art. 108, parágrafo único, do Regimento Interno do TCE (Resolução n. TC- 06/2001), as multas adiante especificadas, em face da ausência da cobrança da prestação de contas por recursos financeiros repassados a entidade privada, em descumprimento ao art. 1º, 2º, inciso I, alínea a, da IN n. TC-14/2012 desta Corte de Contas c/c os arts. 146, inciso I, da Lei Complementar (estadual) n. 381/2007 e 70, parágrafo único, da Constituição Federal, fixando-lhes o prazo de 30 (trinta) dias, a contar da publicação deste Acórdão no Diário Oficial Eletrônico desta Corte de Contas, para comprovarem ao Tribunal o recolhimento ao Tesouro do Estado das multas cominadas, sem o que, fica desde logo autorizado o encaminhamento da dívida para cobrança judicial, observado o disposto nos arts. 43, inciso II, e 71 da Lei Complementar n. 202/2000: ao Sr. JOEL VIEIRA DE OLIVEIRA - Diretor-Presidente da EPAGRI no período de 23/12/1995 a 26/01/1997, CPF n , a multa no valor de R$ 1.000,00 (mil reais); ao Sr. ROGÉRIO MENDONÇA - Diretor-Presidente da EPAGRI no período de 27/01/1997 a 1º/03/1998, CPF n , a multa no valor de R$ 1.000,00 (mil reais); ao Sr VALDIR CRESTANI - Diretor-Presidente da EPAGRI no período de 1º/03/1998 a 1 /01/1999, CPF n , a multa no valor de R$ 1.000,00 (mil reais); ao Sr. DIONÍSIO BRESSAN LEMOS - Diretor-Presidente da EPAGRI no período de 1º/01/1999 a 1º/01/2003, CPF n , a multa no valor de R$ 1.000,00 (mil reais); ao Sr. ATHOS DE ALMEIDA LOPES - Diretor-Presidente da EPAGRI no período de 1º/01/2003 a 31/12/2006, CPF n , a multa no valor de R$ 1000,00 (mil reais); ao Sr. MURILO XAVIER FLORES - Diretor-Presidente da EPAGRI no período de 02/01/2007 a 04/02/2009, CPF n , a multa no valor de R$ 1.000,00 (mil reais) Determinar à Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina S.A. - EPAGRI -, na pessoa do seu Diretor- Presidente, que: quando da contratação de serviços com entidades privadas, faça a devida licitação, nos termos da Constituição Federal e da Lei de Licitações; para contratação de serviços relacionados à atividade fim e permanente da Empresa, pondere acerca da necessidade de realização de concurso público, a fim de não violar os princípios da Administração Pública, como os da legalidade e do concurso público; nos casos de repasses de recursos financeiros a uma terceira entidade, faça cumprir a exigência prevista no art. 70, parágrafo único, da Constituição Federal, no que tange ao dever de prestar contas; obedeça ao Prejulgado n desta Corte de Contas; não celebre contratos e/ou convênios com entidades públicas ou privadas que venham a configurar um possível desvio de receita da EPAGRI; adote providências a fim de verificar se há algum tipo de dano ao Erário em cada um dos contratos e/ou convênios celebrados com a FUNDAGRO e que ainda estão em vigência, bem como se abstenha de realizar novas contratações com essa Fundação sem a realização de licitação; verifique a situação legal de cada um dos funcionários da EPAGRI que prestam serviços em entidade privadas, a fim de verificar se está ocorrendo algum tipo de ilegalidade Determinar à Diretoria de Controle da Administração Estadual (DCE) deste Tribunal que inclua, na programação do próximo ano, a auditoria na EPAGRI a fim de verificar as medidas adotadas pela Unidade em relação ao presente Acórdão. 2

3 Fls Dar ciência deste Acórdão, bem como do Relatório e Voto do Relator que o fundamentam: aos Responsáveis nominados no item 3 desta deliberação; aos procuradores constituídos nos autos; à Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina S.A. - EPAGRI; ao Ministério Público Estadual, no que tange à matéria tratada acerca da FUNDAGRO, conforme solicitação do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas. (Grifou-se) O Recorrente pleiteia a alteração do item 6.2 (6.2.3) da decisão acima transcrita, nos termos do qual foi apenado aplicado a multa de R$ 1.000,00 (mil reais). Para tanto, limita-se a sustentar, em síntese, que a medida sancionatória já foi atingida pela prescrição, não mais podendo prevalecer, posto que, qualquer que fosse o prazo prescricional considerado pelo Tribunal de Contas (05 ou 10 anos), este já teria fluído. Este é o sucinto relatório. 2. ADMISSIBILIDADE Considerando o teor da decisão prolatada no processo n TCE 07/ , tem-se que a interposição do presente Recurso de Reconsideração, previsto no art. 77 da Lei Complementar nº 202/2000, atende ao pressuposto da adequação. Art. 77. Cabe Recurso de Reconsideração contra decisão em processo de prestação e tomada de contas, com efeito suspensivo, interposto uma só vez por escrito, pelo responsável, interessado ou pelo Ministério Público junto ao Tribunal, dentro do prazo de trinta dias contados a partir da publicação da decisão no Diário Oficial Eletrônico do Tribunal de Contas. Por outro lado, o Recurso foi interposto por Valdir Crestani, Diretor- Presidente da EPAGRI à época, apontado no processo como responsável, circunstância que lhe confere legitimidade para recorrer. A propósito, o conceito de responsável encontra-se definido no art. 133, 1º, "a", do Regimento Interno (Resolução nº TC 06/2001): Art (...) 1º Para efeito do disposto no caput, considera-se: a) Responsável aquele que figure no processo em razão da utilização, arrecadação, guarda, gerenciamento ou administração de dinheiro, bens, e valores públicos, ou pelos quais o Estado ou o Município respondam, ou que, em nome destes assuma obrigações de natureza 3

4 pecuniária, ou por ter dado causa a perda, extravio, ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário; (Grifou-se) Em relação à tempestividade, esta foi corretamente observada, pois o Acórdão nº 0265/2014 foi publicado no Diário Oficial Eletrônico do Tribunal de Contas (DOTC-e) em 09/05/2014 (fl. 2275) e o Recurso protocolizado em 29/05/2014, portanto, dentro do prazo legal. Outrossim, o presente Recurso, interposto pela primeira vez, atende o pressuposto da singularidade. Destarte, restam cumpridos os requisitos necessários ao conhecimento do presente Recurso de Reconsideração 3. ANÁLISE O Recorrente se insurge contra a multa de R$ 1.000,00, que lhe foi imposta ante a ausência da cobrança da prestação de contas por recursos financeiros repassados a entidade privada, em descumprimento ao art. 1º, 2º, inciso I, alínea a, da IN n. TC-14/2012 desta Corte de Contas c/c os arts. 146, inciso I, da Lei Complementar Estadual nº 381/2007 e 70, parágrafo único, da Constituição Federal. Sustenta em sua defesa a ocorrência da prescrição administrativa da pretensão punitiva do Tribunal de Contas, posto que o prazo prescricional a ser observado, segundo ele, seria de 5 (cinco) anos, amparado na regra geral de prescrição dos créditos tributários e do direito de punição dos atos administrativos, e não de 10 (dez) anos, conforme previsto no Código Civil. Assinala-se, desde logo, que esse argumento já foi utilizado pelo Recorrente nos autos originais, tendo sido rechaçados pelo corpo técnico deste Tribunal (fls ), pelo Ministério Público de Contas (fl. 2248) e pelo Relator do processo (fl. 2253v), não merecendo, portanto, prosperar. Considerando a igualdade da argumentação de defesa apresentada, adota-se o entendimento explanado pela Instrução Técnica no Relatório de Reinstrução nº 122/2009 (fls ): O Novo Código Civil (Lei nº /02) trouxe como regra geral a seguinte determinação legal: "Artigo 205. A prescrição ocorre em 10 (dez) anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor". 4

5 Fls 008 E como regra de transição o disposto no artigo 2.208: "Serão os da lei anterior os prazos, quando reduzidos por este Código, e se, na data da sua entrada em vigor, já houver transcorrido mais da metade do tempo estabelecido na lei revogada". Esta Corte de Contas sustentou o entendimento acima explanado (utilização do prazo prescricional de 10 anos) em Relatório elaborado no Processo nº PDI-01/ , pelo Exmo. Sr. Conselheiro Relator Moacir Bertoli. (...) O Corpo Técnico, destaca, ainda, a decisão do Tribunal de Contas da União, Acórdão nº 175/07, de 07/02/07 do Relator Ministro Ubiratan Aguiar, na qual confirma o entendimento da aplicação do lapso prescricional de 10 (dez) anos, na forma do Novo Código Civil: Análise: Na vigência do Código Civil de 1916, esta Corte de Contas entendia que a Lei nº 9.873/99, que regulava a ação punitiva movida pela Administração Pública Federal, não se aplicava às pretensões punitivas desta Corte, uma vez que a atividade judicante do TCU não teria como fundamento o exercício do poder de polícia mas sim o controle externo previsto constitucionalmente (Acórdão nº 71/2000- Plenário, Acórdão nº248/2000-plenário e Acórdão nº 61/2003-Plenário). 9. Quanto ao Acórdão nº 248/2000-Plenário, trago à colação os seguintes trechos: No que diz respeito à prescrição da pretensão punitiva, qual seja, a extinção do direito de punir do Estado, vale repisar que a própria Constituição Federal, em seu art. 37, 5º, remete à lei ordinária a competência para estabelecer os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente público. Entendo, também, não deva prosperar a tese esposada pelos recorrentes no sentido de que, no ordenamento positivo, o atendimento à referida determinação constitucional deu-se com o advento da Medida Provisória n.º , posteriormente convertida na Lei nº 9.873, de (...)19.2.9É de se frisar que, com a edição da Lei n.º 9.268/96, a multa, sem perder a natureza penal, passou a ser considerada dívida de valor, à qual se aplicam as normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública, por sua vez disciplinada pela Lei de Execução Fiscal. De fato, como bem destacou o recorrente, o art. 2º da Lei n.º 6.830/80 afirma que se deve entender por dívida ativa da Fazenda Pública aquela definida como tributária ou não tributária na Lei n.º 4.320/64, que, por seu turno (art. 39, 2º), elenca os créditos da Fazenda Pública classificados como integrantes da dívida ativa não tributária. Analisando o rol apresentado neste dispositivo legal, forçoso é concluir estarem inseridos os originários das multas aplicadas por esta Corte. 10. Cumpre destacar que o prazo de prescrição qüinqüenal é aplicável às ações de cobrança das dívidas passivas da União, conforme disciplinado pelo Decreto nº /32, enquanto que, no caso em comento, a União figura no pólo ativo. A jurisprudência desta Corte caminhou para existência de prescrição vintenária sobre as dívidas ativas da União (Acórdão nº 08/97-2a Câmara, Acórdão nº 11/98-2a Câmara, Acórdão nº 71/2000-Plenário e Acórdão nº 05/2003-2a Câmara), baseada no art. 177 do Código Civil de Com a edição do novo Código Civil de 2002, os prazos prescricionais passaram a obedecer o disposto no seu art. 205, in verbis: a prescrição ocorre em 10 anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.. 5

6 12. O Exmo. Ministro Augusto Sherman Cavalcanti, em sua Proposta de Decisão condutora do Acórdão nº 1727/2003-1a Câmara, discorreu sobre a prescrição após o advento do novo Código Civil bem como a regra de transição a incidir sobre fatos ocorridos na vigência do antigo diploma civil, in verbis: 9. Registre-se que o novo Código não trouxe previsão de prazo prescricional específico para a cobrança de dívidas ativas da União, dos Estados ou dos Municípios, o que, ante a ausência de outra legislação pertinente, nos leva à aplicação da regra geral para as dívidas ativas decorrentes de atos praticados após 01/01/ Com referência aos prazos já em andamento quando da entrada em vigor do novo Código Civil, este estabeleceu em seu art : Art Serão os da lei anterior os prazos, quando reduzidos por este Código, e se, na data de sua entrada em vigor, já houver transcorrido mais da metade do tempo estabelecido na lei revogada. 11. Desta feita, entendo, salvo melhor juízo, que quando ocorrerem, simultaneamente, as duas condições estabelecidas no artigo retromencionado - quais sejam, redução do prazo prescricional pelo novo Código Civil e transcurso, em 01/01/2003, de mais da metade do tempo estabelecido na lei revogada - continuarão correndo os prazos na forma da legislação pretérita. (Grifou-se). Assim, o lapso prescricional, diante do atual Código Civil, passou de 20 (vinte) para 10 (dez) anos, conforme estabelece o art. 205 da Lei nº , de Ressalvando-se os casos em que os prazos prescricionais estão em andamento, com a vigência do novo Código Civil, no qual se utiliza a regra de transição, prevista no art do referido Código. Observa-se que o Sr. Valdir Crestani foi Diretor-Presidente da EPAGRI no período de 1 /03/1998 a 1 /01/1999 (fl. 2145). Desta forma, como até 12/01/03, data da entrada em vigor do novo Código Civil, não transcorreu mais da metade do prazo prescricional de 20 (vinte) anos, previsto no antigo Código Civil. Diante disso, prevalece no caso, para efeito de prescrição, conforme entendimento consolidado neste Tribunal, amparado nas disposições expressas do art do Código Civil, o prazo de 10 (dez) anos, estabelecido no novo Código Civil. Com efeito, diz o citado dispositivo: Art Serão os da lei anterior os prazos, quando reduzidos por este Código, e se, na data de sua entrada em vigor, já houver transcorrido mais da metade do tempo estabelecido na lei revogada. Não é, obviamente, o caso dos autos, motivo pelo qual vale a regra geral do art. 205 do Código Civil vigente, segundo a qual "a prescrição ocorre em 10 (dez) anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor". 6

7 Fls 009 Poder-se-ia cogitar, diante do lapso de tempo decorrido, de uma eventual ocorrência de prescrição intercorrente, prevista no parágrafo único do art. 202 do Código Civil, que seria aquela passível de acontecer no curso do processo, tendo como marco inicial, para contagem do prazo, a data que a interrompeu. Mas, mesmo que fosse considerada essa alternativa prescricional, ainda assim seria inviável reconhecer-se a prescrição, posto que, o Ofício Citatório n /2008, expedido por este Tribunal de Contas, foi recebido pelo Recorrente em 23/10/2008, conforme consta no Aviso de Recebimento devidamente assinado (fl. 1159), circunstância que, nos termos do art. 202, inciso I, do Código Civil, interrompe a prescrição, a qual ocorreria, nos termos da legislação aplicável, somente em 23/10/2016. Portanto, inocorrente a prescrição, sugere-se que deva ser negado provimento ao Recurso, com a manutenção da multa aplicada, diante da omissão da autoridade responsável em exigir a devida prestação de contas dos recursos repassados e recebidos por entidade privada. 4. CONCLUSÃO Diante do exposto, a Diretoria de Recursos e Reexames emite o presente Parecer no sentido de que o Relator, Conselheiro Herneus De Nadal, proponha ao Egrégio Tribunal Pleno decidir por: 4.1. Conhecer do Recurso de Reconsideração, nos termos do art. 77 da Lei Complementar nº 202/2000, interposto contra o Acórdão nº 0265/2014 exarado na Sessão Ordinária de 09/04/2014, nos autos do processo - TCE 07/ e, no mérito, negar-lhe provimento, ratificando na íntegra a decisão recorrida. 7

8 4.2. Dar ciência da Decisão, bem como do Parecer e Voto que a fundamentam, ao Recorrente, Sr. Valdir Crestani. Diretoria de Recursos e Reexames, em 06 de agosto de HUMBERTO ANTONIO SOUZA ALBERTON Assessor de Auditor De acordo: VALÉRIA PATRICIO Coordenadora Encaminhem-se os Autos à elevada consideração do Exmo. Sr. Relator, Conselheiro Herneus De Nadal, ouvido preliminarmente o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas. MARIA DE LOURDES SILVEIRA SORDI Diretora 8