CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. Autor: Professor Alison Rocha todos os direitos reservados 1

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1 Autor: Professor Alison Rocha todos os direitos reservados 1

2 AGRADECIMENTOS Primeiramente, a Deus por me abençoar com essa vida maravilhosa. Aos meus filhos, João Victor Coutinho Costa, Daniel Falcão Costa e Mateus Falcão Costa, fontes da minha inspiração. A todos os meus amados alunos, por fazer parte do meu exército de vencedores e pela verdadeira amizade. Juntos, radiografando a alma do inimigo e rumo à vitória! Autor: Professor Alison Rocha todos os direitos reservados 2

3 NOTA DO AUTOR Eu, Alison Rocha, profissional do concurso e professor de Direito Penal e Leis Extravagantes, com imenso prazer que trago a você, concursando (a), mais uma obra esquematizada com questões comentadas separadas por assunto, analisando a lei de forma minuciosa, objetiva, explicitando as principais pegadinhas da banca examinadora CESPE/UnB, com riquezas de detalhes, baseado em uma profunda pesquisa de provas e estatísticas dos assuntos mais relevantes nos concursos públicos aplicados pela referida banca. A presente obra aborda, de forma clara e concisa, várias jurisprudências e entendimentos doutrinários correlatos ao tema exposto, com foco no concurso da Polícia Federal, primando pela finalidade de complementar seus estudos e facilitar seu aprendizado. Assim, concedendo a possibilidade a qual você alcance seus sonhos na tão almejada carreira pública federal. Autor: Professor Alison Rocha todos os direitos reservados 3

4 CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA COMETIDO POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO UNIDADE 1 Teoria adotada pelo Código Penal 1.1 Crimes funcionais próprios e impróprios Possibilidade de coautoria ou participação nos delitos funcionais 1.2 Funcionário Público por equiparação UNIDADE 2 Peculato 2.1 Quadro sinótico diferenciando peculato desvio de peculato furto 2.2 Quadro sinótico diferenciando peculato desvio do delito de emprego irregular de verbas públicas 2.3 Peculato culposo e extinção da punibilidade Peculato doloso e aplicação das regras do arrependimento posterior 2.4 Peculato cometido por erro de outrem 2.5 Peculato eletrônico Elementares do delito e momento consumativo 2.6 Peculato malversação 2.7 Peculato de uso UNIDADE 3 Concussão e momento consumativo 3.1 Diferença entre o delito de concussão e extorsão 3.2 Concussão explícita e implícita; direta e indireta 3.3 Doutrina UNIDADE 4 Corrupção passiva própria e imprópria, momento consumativo 4.1 Corrupção passiva qualificada 4.2 Diferença entre o delito de corrupção passiva privilegiada e prevaricação; 4.3 Paralelo de corrupção passiva e corrupção ativa UNIDADE 5 Facilitação de contrabando ou descaminho UNIDADE 6 Prevaricação Própria 6.1 Prevaricação Imprópria UNIDADE 7 Condescendência criminosa 7.1 Doutrina UNIDADE 8 Advocacia administrativa 8.1 Exceção a punição consoante a aplicação do inciso XI do art. 117 da 8.112/ Doutrina UNIDADE 9 Violência arbitrária 9.1 Jurisprudência UNIDADE 10 Abandono de função 10.1 Norma penal em branco e a aplicação do art. 138 da lei 8.112/ Abandono de função qualificado UNIDADE 11 Exercício Funcional Ilegalmente Antecipado ou Prolongado UNIDADE 12 Violação de sigilo profissional 12.1 Sua forma qualificada 12.2 Doutrina Autor: Professor Alison Rocha todos os direitos reservados 4

5 UNIDADE 13 Gabaritos das questões de provas anteriores COMENTADAS pautadas na filosofia das principais bancas examinadoras do país UNIDADE 14 Referência Bibliográfica Autor: Professor Alison Rocha todos os direitos reservados 5

6 UNIDADE 1 TEORIA AMPLIATIVA No conceito de funcionário público para efeitos penais, o Código Penal foi adota a teoria ampliativa. Atinge a administração direta e indireta. O preceito do art º abrange, inclusive, as pessoas que trabalham em empresas prestadoras de serviços contratadas ou conveniadas para a execução de atividade típica da Administração Público, como é o caso das permissionárias e concessionárias de serviço público. O 2.º, do art. 327, estabelece causa de aumento de pena de 1/3 nas seguintes hipóteses: a) Se o agente ocupar cargo em comissão; b) Se exercer função de direção ou assessoramento de órgãos da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público. QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES RELACIONADAS AO TEMA (JUIZ FEDERAL - CESPE/UnB 2009) 1. Não interfere na pena aplicada ao agente o fato de ser ele ocupante de cargo em comissão ou de função de confiança em órgão da administração direta, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista, fundação pública ou em outra entidade controlada direta ou indiretamente pelo poder público.. UNIDADE 1.1 Crimes funcionais próprios E IMPRÓPRIOS Crimes funcionais próprios (puros ou propriamente ditos) são aqueles em que a conduta somente é considerada criminosa porque é praticada por funcionário público. Ex.: prevaricação (art. 319, CP). Já os crimes funcionais impróprios são aqueles delitos em que a conduta continua sendo criminosa, ainda que excluída a qualificação funcionário público. Ex: Peculato (art. 312, CP) Retirando-se a qualificação funcionário público, o crime passa a ser de furto (art. 155, CP) ou de apropriação indébita (art. 168, CP), dependendo da hipótese. IMPORTANTE: A doutrina moderna conceitua Funcionário Público de acordo com o art. 327 do CP: cargo, emprego, função (Cargo Lei 8112/90, art. 3. único); o art do Cód. Penal, por equiparação: concessionárias (Lei 9.983/00-168, 297, 313, 337). Não é considerado Funcionário Público: síndico da massa falida, tutor e curador, inventariante, advogado dativo. É considerado Funcionário Público: Presidente da Republica, Prefeito, Vereador, Estagiário do MP, Militar, Perito Judicial, Depositário nomeado pelo Juiz, Leiloeiro oficial a serviço do Juiz. Autor: Professor Alison Rocha todos os direitos reservados 6

7 UNIDADE Possibilidade de coautoria ou participação nos delitos funcionais Consoante as regras do art. 30 do CP, há tal possibilidade. A pessoa estranha às funções da Administração Pública pode ser responsabilizada pelas regras aplicadas aos funcionários públicos, nos crimes cometidos por estes, porquanto a elementar é objetiva, isto é, o particular que participe de tal ação delituosa tem que saber que o seu comparsa ocupe um cargo público para que seja penalizado pelas mesmas regras. Por exemplo: Alison Rocha, que é servidor público federal, e seu vizinho Tício, que não tem vínculo funcional com a administração pública, subtraíram o computador e a impressora utilizados por Alison na sua unidade de lotação, apropriando-se dos equipamentos. Tício tem conhecimento da profissão (elementar de caráter objetiva) de Alison. Nessa hipótese, Alison e Tício devem responder pelo(s) crime(s) de peculato. QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES RELACIONADAS AO TEMA (Agente Penitenciário - SEJUS-ES CESPE/UnB 2009) 2. Tendo em vista que o peculato constitui crime em que a lei penal exige sujeito ativo qualificado, ou seja, qualidade de funcionário público, não se admite em tal delito o concurso de pessoas que não detenham a mesma posição jurídica do agente. (PROCURADOR DE ESTADO PGE -PE- CESPE/UnB 2009) 3. É possível haver coautoria entre funcionário público e pessoa que não é funcionário público nos chamados crimes funcionais. UNIDADE 1.2 Funcionário Público por equiparação Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública (art. 327, caput, CP) À luz do 1º, do art. 327 do CP - funcionário público é quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública, como é o caso das permissionárias e concessionárias de serviço público. Assim, temos o conceito de funcionário público por equiparação, por ser esses comparados, para efeitos penais, aos servidores ocupantes de cargos ou empregos públicos na Administração Pública direta e indireta. Temos como exemplo: As empresas prestadoras de serviço, desde que contratadas ou conveniadas - coleta de lixo, telefone, transporte, segurança, serviço médico e hospitalar, assim, a atividade deve ser da Administração Pública e não para a Administração Pública. Autor: Professor Alison Rocha todos os direitos reservados 7

8 UNIDADE 13 Gabaritos das questões de provas anteriores comentadas pautadas na filosofia das principais bancas examinadoras do país 1. COMENTÁRIO: Consoante o art. 327 do CP, 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público. 1. GABARITO DEFINITIVO: Errado. 2. COMENTÁRIO: Consoante as regras do art. 30 do CP, há tal possibilidade. A pessoa estranha às funções da Administração Pública pode ser responsabilizada pelas regras aplicadas aos funcionários públicos, nos crimes cometidos por estes, porquanto a elementar é objetiva, isto é, o particular que participe de tal ação delituosa tem que saber que o seu comparsa ocupe um cargo público para que seja penalizado pelas mesmas regras. Por exemplo: Alison Rocha, que é servidor público federal, e seu vizinho Tício, que não tem vínculo funcional com a administração pública, subtraíram o computador e a impressora utilizados por Alison na sua unidade de lotação, apropriando-se dos equipamentos. Tício tem conhecimento da profissão (elementar de caráter objetiva) de Alison. Nessa hipótese, Alison e Tício devem responder pelo(s) crime(s) de peculato. 2. GABARITO DEFINITIVO: Errado. 3. COMENTÁRIO: O item encontra-se em consonância com as regras do art. 30 do CP, que admite tal possibilidade. A pessoa estranha às funções da Administração Pública pode ser responsabilizada pelas regras aplicadas aos funcionários públicos, nos crimes cometidos por estes, porquanto a elementar é objetiva, isto é, o particular que participe de tal ação delituosa tem que saber que o seu comparsa ocupe um cargo público para que seja penalizado pelas mesmas regras. GABARITO DEFINITIVO: Certo. Autor: Professor Alison Rocha todos os direitos reservados 8

9 UNIDADE 14 Referência Bibliográfica NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Comentado, Editora Revista dos Tribunais, GRECO, Rogério. Curso de direito penal parte especial. v. III; 6. ed. Niterói: Impetus, GRECO, Rogério. Código Penal Comentado. 2. ed. Niterói: Impetus, CAMPOS, Pedro Franco de; THEODORO, Luis Marcelo Mileo; BECHARA, Fábio Ramazzini e; ESTEFAM, André. Direito Penal Aplicado. 2. Ed. São Paulo: Saraiva, MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de direito penal parte especial. v. II. 26. ed. São Paulo: Atlas, Autor: Professor Alison Rocha todos os direitos reservados 9