CHILE. Grupo de Aviação Nº 5: opera com os aviões
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- Adriano Rico Lameira
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1 60 DADOS DO PAÍS: POPULAÇÃO: habitantes ÁREA: quilômetros quadrados FRONTEIRAS: Peru (norte); Continente Antártico (sul); Argentina e Bolívia (leste); Oceano Pacífico (oeste) SITUAÇÃO POLÍTICO-ECONÔMICA: no seu primeiro ano de segundo mandato, a presidente da República, Michelle Bachellet, teve a condução de seu governo questionada, especialmente pelo aparecimento de casos de corrupção na política, em que políticos da esquerda e da direita foram vinculados a casos de financiamentos irregulares de suas campanhas políticas. Nesse cenário, a popularidade da presidente começou a cair abruptamente nas pesquisas, atingindo os piores índices desde que está no governo, onde sempre havia desfrutado do apoio dos eleitores. Recentemente, o país foi afetado por diversas catástrofes naturais, como enchentes e terremoto na região norte, incêndios florestais e erupções vulcânicas no sul do país (Calbuco), obrigando a evacuação de mais de 4 mil pessoas dessa região. O emprego dos meios aéreos militares foram imprescindíveis para a pronta ajuda e o início da recuperação dessas zonas. A economia do Chile não foi prejudicada por esses desastres e fatos políticos, continuando estável e mantendo bons indicadores econômicos em comparação com os outros países da região. FORÇA AÉREA DO CHILE 21/3/1930: criação da Força Aérea do Chile, com a fusão dos Serviços de Aviação do Exército e da Marinha. CHILE A FACh possui uma frota de dez caças Northrop F-5E Tiger III, que dotam o Grupo de Aviação Nº 12, sediado em Punta Arenas. ORGANIZAÇÃO: a Força Aérea do Chile (FACh) é a instituição armada que tem a responsabilidade pela condução da defesa da soberania nacional do espaço aéreo do país ( de quilômetros quadrados), possuindo em sua direção um Comando em Chefe, que é o órgão máximo, assessorado pelo Estado-Maior Geral, que realiza o planejamento e o desenvolvimento estratégico da instituição, sendo dotado com seis diretorias, que atuam nas áreas de Operações, Inteligência, Pessoal, Logística, Direção de Planejamento e Dois aviões Lockheed C-130B/H Hercules do Grupo de Aviação nº 10, sediado em Santiago, realizam voo de formação. Doutrina, Finanças e Direções Internacionais, que são encarregadas da gestão desses assuntos em suas respectivas áreas de atuação. Subordinados ao Comandante da FACh existem os Comandos de Combate, de Pessoal e Logístico. A FACh realiza a defesa do território e do espaço aéreo do país com o emprego de meios aéreos, além de efetuar as operações dissuasivas militares em tempo de paz e as específicas em caso de guerra. Também atua executando a presença SAR (busca e resgate) no território continental, no sul austral, na Antártica e no Chile insular ( de quilômetros quadrados), além de apoiar as comunidades, efetuando o transporte de pessoas, evacuações aeromédicas e ajuda humanitária em caso de catástrofes ou desastres naturais. Também colabora com a Organização das Nações Unidas (ONU), atuando em missões humanitárias para a manutenção da paz em outros países. Os Comandos da FACh estão assim organizados: COMANDO DE COMBATE É o grande comando responsável pela coordenação das atividades operacionais da FACh, como as brigadas aéreas, o Serviço Aerofotogramétrico, o Grupo de Telecomunicações Estratégicas, a Divisão de Telecomunicações e Informática e o Grupo de Operações Espaciais Vinculadas ao Comando de Combate, existem cinco brigadas aéreas, que estão posicionadas em todo o território do país, principalmente nos pontos estratégicos de maior importância. As brigadas estão constituídas por grupos de aviação, grupos de defesa antiaérea e grupos de telecomunicações e detecção. Em alguns casos existem as alas bases, que são unidades logísticas e administrativas de apoio às subdivisões da brigada. As brigadas aéreas da FACh possuem a seguinte estrutura: I BRIGADA AÉREA: baseada em Iquique, está dotada com as seguintes unidades: Grupo de Aviação Nº 1: equipado com os aparelhos Enaer A-36 Halcon II e Embraer EMB.314 Super Tucano; Grupo de Aviação Nº 2: opera com aviões CASA Aviocar, Piper PA Dakota e helicópteros Bell 412, além dos VANT Hermes 900; Grupo de Aviação Nº 3: opera com os Lockheed Martin F-16C/D Block 50 Fighting Falcon; Ala Base Nº 4; Grupo de Defesa Antiaérea 24; e Grupo de Telecomunicações e Detecção 34. II BRIGADA AÉREA: atua desde Santiago (Pudahuel), sendo integrada pelas seguintes unidades: Grupo de Aviação Nº 9: que atua com os helicópteros Bell UH-1H Iroquois, Bell 206B Jet Ranger III e Bell 412EP, além dos aviões Piper PA Dakota. Quatro dos aparelhos UH-1H do GA-9 e suas tripulações estão destacados no Haiti, onde participam da MINUSTAH, que é uma missão de estabilização da ONU nesse país, integrando o Batalhão Chile. Grupo de Aviação Nº 10: dotado com aviões de transporte Gulfstream IV, Lockheed Martin C-130B/H Hercules, Boeing /-500, ER e KC-135E Stratotanker. Também opera o Boeing C, modificado pela IAI para atuar em missões de alerta aéreo antecipado (AEW), denominado na FACh de Condor. Ala Base Nº 2; Regimento de Artilharia Antiaérea e Forças Especiais (Base Aérea de Quintero); e Grupo de Telecomunicações e Detecção 32. III BRIGADA AÉREA: estabelecida em Puerto Montt, abriga as seguintes unidades: Grupo de Aviação Nº 5: opera com os aviões DHC-6-100/300 Twin Otter, Cessna 525 CJ1 Citation Jet e helicópteros Bell UH-1H Iroquois e Sikorsky S-70A Black Hawk; Grupo de Telecomunicações e Detecção 35. IV BRIGADA AÉREA: com sede em Punta Arenas, possui as seguintes unidades: Grupo de Aviação Nº 6: emprega os aviões DHC Twin Otter e helicópteros Bell 412EP. Este grupo mantém sob a sua subordinação, desde 2 de janeiro de 2012, a Esquadrilha de Operação Antártica (Ex-Grupo de Exploração Antártica Nº 19), equipada com aviões DHC Twin Otter e helicópteros Bell 412EP; Grupo de Aviação Nº 12: utiliza os caças Northrop F-5E/F Tiger III; Grupo de Telecomunicações e Detecção 33. V BRIGADA AÉREA: sediada em Antofagasta, abriga as seguintes unidades: Grupo de Aviação Nº 7: atua com os Lockheed Martin F-16AM Fighting Falcon; Grupo de Aviação Nº 8: opera os Lockheed Martin F-16AM/BM Fighting Falcon, helicópteros Bell 412EP e aviões CASA Aviocar; Ala Base nº 1; Grupo de Artilharia Antiaérea 21; e Grupo de Telecomunicações e Detecção 31. SERVIÇO AEROFOTOGRAMÉTRICO (SAF): é 61
2 A FACh está dotada com um Boeing ER, para realizar as missões de transporte estratégico. Opera no Grupo de Aviação Nº 10, sediado em Santiago. uma unidade especializada nas aplicações da fotografia aérea para fins estratégicos e de utilidade para o país, como cartografia geral, aeronáutica e aerofotogrametria. Está sediado em Santiago do Chile e opera com aviões Gates Learjet 35A e DHC Twin Otter, devidamente equipados e modificados com câmeras especializadas. Tendo em vista a excelência de seus trabalhos, seus serviços também são estendidos para o âmbito privado nacional e internacional. GRUPO DE OPERAÇÕES ESPACIAIS (GOE): tem a sua sede na Base Aérea de El Bosque e está vinculado ao Comando de Combate da FACh. No início, foi denominado Centro de Operações Satelitais (COS). Durante a fase de desenvolvimento e até o lançamento do satélite FASAT-Charlie, foi redenominado como Grupo de Operações Satelitais (GOS), adotando, em seguida, o seu nome definitivo como Grupo de Operações Espaciais (GOE). Atualmente, coordena a operação do FASAT (SSOT, Sistema Óptico de Observação Remota), além de receber e processar diversos tipos de informações enviadas por satélites. Sua projeção no tempo está relacionada com os futuros engenhos espaciais que serão adquiridos pela FACh. COMANDO DE PESSOAL: efetua a coordenação das atividades de Educação, Saúde, Bem- Estar Social e Auditoria. ENSINO E CAPACITAÇÃO O berço dos oficiais da FACh é a Escola de Aviação Capitão Manuel Ávalos Prado, estabelecida na Base Aérea de El Bosque, em Santiago. Realiza a formação dos pilotos militares e oficiais destinados às áreas de Defesa Antiaérea, Telecomunicações, Informática e Administração. A instrução de voo dos futuros pilotos é ministrada nos aviões Enaer T-35A/B Pillan. Após a sua formação acadêmica, os pilotos militares são transferidos para a Escola de Voo por Instrumentos em Puerto Montt (III Brigada Aérea), onde, após a conclusão desse curso, são selecionados para as aviações de combate, asas rotativas e de transporte. Os pilotos selecionados para a aviação de combate são enviados para a Escola Tática de Pilotos de Combate, sediada em Antofagasta (I Brigada Aérea), onde realizam o Curso de Táticas e Técnicas de Combate Aéreo. Já os selecionados para a aviação de asas rotativas seguem para a Escola Tática de Helicópteros, estabelecida em Santiago (II Brigada Aérea). Os destinados para piloto de transporte frequentam a Escola Tática de Transporte em Puerto Montt (III Brigada Aérea), realizando o curso de operações de transporte militar multimotor. Após serem formados em cada especialidade, para prosseguir na carreira profissional, os oficiais frequentam a Academia Politécnica Aeronáutica (que ministra cursos de Engenharia Aeronáutica, Eletrônica e de Administração), seguindo, posteriormente, para a Academia de Guerra Aérea, ambas sediadas em Santiago. No caso dos graduados, estes são formados na Escola de Especialidades 1º Sargento Adolfo Menadier Rojas, que está sediada em El Bosque, Santiago. São ministradas as especialidades de Defesa Aérea, Tripulantes Aéreos, Manutenção e Armamento, Comunicações e Eletrônica, Operações Aéreas e Administrativas. Após a conclusão deste curso, ainda realizam durante a sua carreira militar outros cursos na Escola de Aperfeiçoamento de Suboficiais. COMANDO LOGÍSTICO Tem a responsabilidade pelo gerenciamento e execuções nas áreas de manutenção, desenvolvimento de projetos, abastecimento, infraestrutura, transporte e serviços, missão aérea em Washington e a Base Aérea de Los Cerrilhos. UNIDADES ESPECIAIS Esquadrilha de Alta Acrobacia Halcones: sediada em El Bosque, é a unidade estrela da FACh, que tem como missão estreitar as relações entre a instituição e o cidadão comum, fomentando a consciência aérea nas suas apresentações, quando é demonstrada toda a destreza e a disciplina dos aviadores militares. Emprega aviões Extra EA300L em missões de demonstração aérea em âmbito nacional e internacional. Serviço de Busca e Resgate (SAR): tem a incumbência de realizar missões de busca e resgate, empregando os meios aéreos para socorrer pessoas que sofreram acidentes aéreos no território continental, insular, antártico e marítimo do Chile e áreas delegadas por convenções internacionais. Também pode atuar em outros tipos de acidentes, desde que não afete a sua missão principal. Suas Álvaro Romero Via operações obedecem aos regulamentos da Convenção de Chicago (1944), de que o Chile é signatário, além de participar como membro do sistema de buscas assistido por satélites COSPAS/SARSAT. Cada brigada aérea possui um centro coordenador de resgate para o cumprimento da sua missão. Na Ilha de Páscoa existe uma unidade local denominada Esquadrilha de Busca e Salvamento Aéreo, subordinada à II Brigada Aérea, que emprega aviões Cessna O-2A Skymaster. Em outubro de 2014, foi realizado o Exercício Multinacional Salitre 2014, na Base Aérea de Antofagasta, que teve a participação de aeronaves do Chile, Argentina, Brasil, Estados Unidos e Uruguai. Foi anunciada a intenção para a aquisição de um helicóptero de tamanho médio, na classe do Sikorsky UH-60 Black Hawk, para equipar o Grupo de Aviação Nº 5, em Puerto Montt. No início de abril deste ano foi recebido um novo avião Lockheed Martin KC-130R Hercules, para o Grupo de Aviação Nº 10. Está previsto o recebimento de outro desses aparelhos no início de Não foram recebidos novos aviões Cirrus SR-22T para a FACh. Por outro lado, um dos aviões Piper PA-28 Dakota montado no Chile já foi entregue ao Museo Nacional Aeronáutico y del Espacio, onde está preservado. A Esquadrilha de Alta Acrobacia Halcones, depois de um recesso de mais de um ano, voltou a operar normalmente com seus cinco aviões Extra 300L em setembro de 2014, realizando diversas apresentações no Chile e aprontando-se para a sua primeira visita à Colômbia em julho deste ano, para participar da F-AIR, e uma visita posterior ao Equador em outubro de Existem estudos para a aquisição de um avião de transporte médio, na categoria do Airbus D&S C295 ou o C-27J Spartan. A Alenia Aermacchi firmou um convênio de cooperação industrial com a Enaer em março deste ano, abrangendo o apoio logístico para o transporte tático médio C-27J Spartan e o treinador a jato M-345 HET, que está sendo oferecido ao Chile em substituição aos C-101 (A-36 Halcon). Os VANT Hermes 900 do Grupo Nº 2 foram empregados pela primeira vez em tarefas de monitoramento da situação, por ocasião das grandes enchentes que assolaram o norte do Chile em março deste ano. Também foram empregados nessa missão aeronaves de transporte e helicópteros. Um caça Lockheed-Martin-Fokker F-16MLU do Grupo de Aviação Nº 8 sobrevoa a Cordilheira dos Andes. Aeronaves utilizadas pela Força Aérea do Chile Bell 206B Jet Ranger III 05 TR USA Bell UH-1H Iroquois 15 A/U/SAR USA Bell 412 EP/SP 16 U/SAR USA Boeing C Condor / IAI Phalcon 01 AEW/GE USA Boeing N 01 VIP USA Boeing QC 01 TR USA Boeing 767-3YOER 01 T USA Boeing KC-135E 02 T/RV USA CASA C /300 Aviocar 03 T Espanha CASA/Enaer A-36 Halcon II 08 A/TR Chile/Espanha Cessna O-1A Bird Dog 02 REB USA Cessna O-2A 02 SAR USA Cessna 525 CJ1 Citation Jet 04 TR-IFR/T/U USA Cirrus SR-22T 02 L USA DHC-6-100/300 Twin Otter 12 F/T/L Canadá Elbit Systems Hermes VANT R/GE Israel Embraer 314 Super Tucano 12 A/TR Brasil Enaer T-35A/B Pillan 30 TR Chile Extra 300L 05 ACR Alemanha Gates Learjet 35A 02 F USA Gulfstream IV 01 VIP USA Lockheed Martin F-16C/D Block 50M 06/04 A/C USA Lockheed Martin/Fokker F-16AM/BM 35 A/C Holanda Lockheed C-130B/H Hercules 01/03 T USA Northrop F-5E/F Tiger III 10/02 A/C/R/TR USA Enaer (INDAER)/ Piper PA Dakota 08 L/U USA/Chile Sikorsky S-70A-39 Black Hawk 01 T/U/SAR USA Obs.: A=Ataque, ACR=Acrobacia, AEW=Alerta Aéreo Antecipado, C=Caça, F=Foto, GE=Guerra Eletrônica, L=Ligação, REB=Rebocador, RV=Reabastecimento em Voo, SAR=Busca e Resgate, T=Transporte, TR=Treinamento, U=Utilitário, VANT=Veículo Aéreo Não Tripulado, VIP=Transporte de Autoridades 62 64
3 Os jatos CASA/Enaer A-36 Halcon II são empregados em missões de formação de equipagens de combate no Grupo de Aviação Nº 1, sediado em Iquique. Estão sendo realizados estudos e avaliações necessários para a decisão de substituir o atual satélite FASAT-C pela versão Delta, que está dotada com novas capacidades para um desempenho de maior exigência. A vida útil do FASAT-C deverá expirar entre os anos de 2016 e AVIAÇÃO DO EXÉRCITO DO CHILE 11/2/1913: criação da Escola de Aeronáutica Militar em Lo Espejo (El Bosque); 21/3/1930: junção das Aviações Militar e Naval, criando-se a Força Aérea do Chile (FACh); 16/11/1970: recriação da Aviação do Exército do Chile como Comando de Aviação; e 1995: o Comando de Aviação do Exército é transformado em Brigada de Aviação do Exército (BAVE), com sede em Rancagua. ORGANIZAÇÃO: o Exército do Chile possui um componente aéreo denominado Brigada de Aviação do Exército do Chile (BAVE), que atua em missões de apoio aerotático às unidades militares de terra em caso de conflito ou na paz, sendo empregada nas tarefas de ligação, controle, reconhecimento, transporte, evacuação aeromédica e voos humanitários em caso de catástrofes e desastres naturais. Também pode ser empregada em alguns aspectos limitados do combate antiblindados e antipessoal. A sua principal base de operações está sediada em Rancagua, porém existem destacamentos nas sete Divisões do Exército Chileno, distribuídas por todo o país. Tais unidades são conhecidas como PAVE (Pelotões de Aviação do Exército). A sua estrutura orgânica possui um Quartel- General, o Batalhão de Serviço de Base (encarregado da manutenção e segurança da base), o Batalhão de Abastecimento e Manutenção de Aeronaves e Batalhões de Aviões e de Helicópteros, de acordo com os seguintes dados: BATALHÃO DE ABASTECIMENTO E MA- NUTENÇÃO DE AVIAÇÃO (BAMA): tem a incumbência de programar, executar e controlar as diversas etapas de manutenção das aeronaves da BAVE. BATALHÕES DE AERONAVES: são as unidades que operam os diversos tipos de aeronaves da instituição, de acordo com a seguinte organização: Batalhão de Aviões Nº 1 La Independencia : atua no transporte de tropas e em missões de observação, empregando aviões CASA Aviocar e CN-235M, além de monomotores Cessna 172S SkyHawk, C-208B Grand Caravan e um jato Cessna 680 Citation Sovereign, que é utilizado em ligação rápida do Alto Comando Militar. Batalhão de Helicópteros Nº 1 Germania : opera com helicópteros no apoio aéreo aproximado às forças de terra, empregando helicópteros de reconhecimento armado e de assalto. Está dotado com helicópteros Eurocopter AS-330L Puma, AS-532AL Cougar, MD 530F e Eurocopter AS-350B e AS-355NP Ecureuil. Pelotões de Aviação do Exército (PAVE): além dos batalhões, integrados pelas aeronaves da brigada, existem pelotões de aviação distribuídos como pequenas bases nas Divisões Territoriais do Exército, para serviço de operações aéreas, sendo as suas aeronaves distribuídas por todo o país. Cada PAVE efetua tarefas de cooperação com as forças terrestres, como patrulhamento, reconhecimento, transporte de tropas e logístico, de acordo com a seguinte organização: Pelotão de Aviação Nº 1: sediado em Antofagasta, apoia a I Divisão de Exército; Pelotão de Aviação Nº 3: com base em Valdívia, apoia a III Divisão de Exército; Pelotão de Aviação Nº 4: opera desde Coyhaique e apoia a IV Divisão de Exército; Pelotão de Aviação Nº 5: estabelecido em Punta Arenas, apoia a V Divisão de Exército; e Pelotão de Aviação Nº 6: baseado em Iquique, apoia a VI Divisão de Exército. A INSTRUÇÃO DOS TRIPULANTES DA BAVE O processo de capacitação dos oficiais (homens e mulheres) que são selecionados para pilotos no Exército do Chile é realizado pela Escola de Aviação do Exército. Tal curso tem a duração de dois anos, sendo que no primeiro ano é ministrada a teoria geral do voo e após a sua conclusão os alunos são selecionados para a pilotagem de aviões ou de helicópteros. Cláudio Lucchesi No segundo ano é realizada a instrução de voo primária em aviões Cessna C172S SkyHawk da Escola de Aviação do Exército. Os alunos selecionados para operar helicópteros realizam todo o curso nos aparelhos MD530F da BAVE. Posteriormente, durante a sua carreira, os oficiais e graduados também realizam cursos de manutenção de eficiência em operações e emergências (até em cabinas submersas). A Base de Rancagua possui simuladores de voo de helicópteros e de aviões com capacidade NVG (Night Vision Goggles Óculos de Visão Noturna). Os pilotos que prosseguem e ingressam como instrutores de voo por instrumentos (IVI) e segurança aeroespacial são enviados à FACh para realizarem o curso correspondente. Por outro lado, os graduados recebem, na Escola de Aviação do Exército, os cursos para 2º Sargento mecânico tripulante e mecânico especialista. Já na cidade de Arica, no Centro de Treinamento Tático de Aviação do Exército (CETAE), são realizados os cursos avançados para pilotos militares, interagindo com as unidades blindadas do Exército existentes na mesma zona, sendo efetuados os treinamentos de voo tático e de tiro. Neste ano, a Aviação do Exército Chileno deverá receber a segunda unidade do helicóptero Airbus Helicopters AS532/AL Cougar MK II. Em abril de 2015, foram recebidos dois aviões Cessna 172S SkyHawk para a instrução primária e básica dos pilotos da BAVE, bem como missões de ligação. Estuda-se a possibilidade de aquisição de um terceiro destes aparelhos, bem como de helicópteros de instrução, que permitam que os MD530F atuem somente em missões de ataque. Em decorrência de obras, os helicópteros da BAVE operam desde a base de Rancagua, enquanto os aviões de transporte estão operando desde a Base Aérea Pudahuel da FACh. Já os Cessna SkyHawk estão realizando seus voos de instrução desde o aeródromo de Tobalaba, do Clube Aéreo do Pessoal do Exército. Ainda não foi definido qual será o aparelho que irá substituir ou complementar os CN235M, permanecendo as preferências para o Airbus D&S C295 e o Aermacchi C-27J Spartan. Aeronaves utilizadas pela Aviação do Exército do Chile Airbus Helicopters AS532/AL Cougar MK II 09¹ T França Eurocopter SA-330L Puma 04 T França CASA Aviocar 02 T Espanha CASA CN-235M T Espanha Cessna 172S SkyHawk 02 TR USA Cessna 208B Grand Caravan 03 L/T USA Cessna 680 Citation Sovereign 01 AMB/T/VIP USA Eurocopter AS-350B2/3 Ecureuil 03 L/T/TR/U França Helibras/Eurocopter HB-355N Ecureuil II 01 L/T/TR/U Brasil McDonnell Douglas MD530F 09 A/L/U USA Obs.: A=Ataque, AMB=Ambulância, L=Ligação, T=Transporte, TR=Treinamento, U=Utilitário, VIP=Transporte de Autoridades 1. Um será recebido neste ano. AVIAÇÃO NAVAL DO CHILE 27/4/1916: oficiais da Armada do Chile ingressam nos cursos de voo ministrados pela Escola de Aeronáutica Militar do Exército do Chile; 21/3/1930: fusão das Aviações Naval e Militar, criando-se a Força Aérea do Chile (FACh); 4/7/1953: reativação da Aviação Naval na Armada do Chile. ORGANIZAÇÃO: a Armada do Chile possui um componente aéreo denominado Aviação Naval do Chile (ANC), que efetua apoio operacional às atividades da Esquadra e da Infantaria da Marinha, atuando nas tarefas de ligação, transporte de tropas e logístico, como também efetua a vigilância, observação e detecção de embarcações em um teatro de operações bélico, entre outras. O Comando da Aviação Naval está localizado na Base Aeronaval Concón, na cidade de mesmo nome, próxima a Valparaiso e Viña del Mar. Suas aeronaves estão localizadas nas diversas Zonas Navais em que o território chileno está dividido, o Grupo Aeronaval Sul e em alguns navios de guerra da Esquadra Nacional A ANC, de acordo com a sua organização institucional, está assim estruturada: Base Aeronaval Concón: é a principal base aérea da Aviação Naval, concentrando toda a logística, administração e manutenção das aeronaves distribuídas pelas diversas unidades em terra e no mar no território nacional. Também sedia o Centro A FACh emprega este helicóptero Sikorsky S-70A-39 Black Hawk em missões de helitransporte, SAR e utilitárias
4 de Reparos da Aviação Naval (CRAN). A partir de 16 de março de 2015, a Base Aeronaval e Aeródromo de Viña del Mar passaram a denominar-se oficialmente Base Aeronaval e Aeródromo de Concón, atendendo a uma solicitação da prefeitura dessa cidade no ano passado. Esquadrão de Helicópteros Utilitários HU-1: efetua missões de patrulhamento costeiro, polícia marítima, busca e resgate (SAR), transporte de tropas, logístico e ligação. Opera com helicópteros Eurocopter BO-105, AS-365 Dauphin e Bell 206 Jet Ranger III. Esquadrão de Patrulha Aeronaval VP-1: realiza missões de busca e resgate marítimo, patrulhamento aeronaval e antissubmarino de longo alcance no mar territorial e da Zona Econômica Exclusiva (ZEE). Opera com aviões Lockheed P-3A Orion, Airbus D&S C295ASW/MPA Persuader e Embraer EMB.111A(N) Bandeirante Patrulha. Esquadrão de Serviços Gerais VC-1: atua com os aviões bimotores Embraer C.111 e Cessna O-2A Skymaster em tarefas de transporte de pessoal e logístico, lançamento de cargas e de paraquedistas, ligação, reboque de alvos e apoio. Esquadrão de Helicópteros de Ataque HA-1: tem a responsabilidade de efetuar missões de combate antissubmarino e de ataque de precisão contra navios na superfície, operando com os helicópteros Eurocopter AS-332F1 Cougar e AS-332L Super Puma. O HA-1 opera a bordo dos principais navios de guerra da Armada Chilena, equipados para tal. As aeronaves Cessna O-2A, BO-105, Bell 206 e Dauphin participam também dos trabalhos de polícia marítima e busca e resgate por determinação da Direção Geral do Território Marítimo (Directemar) e da Marinha Mercante (Guarda Costeira Chilena). Destacamentos Aeronavais: são unidades locais que, na IV Zona Naval, sediada em Iquique, possuem instalações para a operação de aviões de esclarecimento e de helicópteros BO-105. Já na II Zona Naval, baseada no Porto de Talcahuano, existem instalações para operar dois destacamentos de helicópteros BO-105 e AS-365 Dauphin, além de aviões. Em Puerto Montt existe um heliporto às margens do porto da cidade, bem como um hangar no Aeródromo Marcel Marchant Binder, onde opera um avião Cessna O-2A destacado. Escola de Aviação Naval: sediada na base Aeronaval de Concón, é a instituição que realiza a formação acadêmica dos aviadores navais chilenos, ministrando a instrução para os pilotos, técnicos, operadores e pessoal de terra. Os oficiais selecionados para a Aviação Naval devem ser aprovados no curso teórico conjunto das três Forças Armadas na Base Aérea El Bosque (FACh), onde, após a sua conclusão, voltam à Escola de Aviação Naval e efetuam o estágio de voo por instrumentos, tático e de acrobacia, entre outros, utilizando os aviões de treinamento avançado Pilatus PC-7 Turbo Trainer. Após a conclusão desse curso os pilotos são selecionados para especialização em aeronaves de asa fixa ou rotativa, para seguir a sua carreira de aviador naval nos diversos esquadrões da Armada Chilena. Os EMB.314 Super Tucano da FACh dotam o Grupo de Aviação Nº 1, sediado em Iquique. Esquadrão de Instrução VT-1: é o encarregado de ministrar o curso básico da instrução de voo dos pilotos da Escola de Aviação Naval, empregando os aviões Pilatus PC-7 Turbo Trainer, que também podem efetuar ataques leves. GRUPO AERONAVAL SUL: baseado em Punta Arenas, se divide em três Estações Aeronavais, situadas em Punta Arenas, Isla Dawson e Puerto Williams. Opera com aviões Embraer 111, Airbus D&S C295ASW/MPA Persuader e helicópteros Eurocopter AS-365 Dauphin. Sua jurisdição é basicamente na zona mais austral do país. Teve início neste ano o processo de seleção de uma aeronave que substitua os Cessna O-2A como parte do Projeto Piquero, estimando-se que em meados ou no final deste ano seja anunciado o vencedor, que deve ser um bimotor leve de observação com motor a pistão. Deverão ser incorporados dois aviões em 2015 e outros cinco em Será enviado aos Estados Unidos para a fábrica Lockheed Martin o primeiro avião P-3ACH Orion para receber novas asas, estendendo a sua vida útil em mais 15 mil horas de voo aproximadamente. Aeronaves utilizadas pela Aviação Naval do Chile Airbus D&S C295ASW/MPA Persuader 03 A/EM/AS Espanha Bell 206 Jet Ranger III 04 SAR/U USA Cessna O-2A Skymaster 05 P/SAR/U USA Embraer EMB.111A(N) Bandeirulha 03 A/EM Brasil Embraer/Armada Chile C.111A(N) 01 U Brasil Eurocopter AS-332L Super Puma 02 AS/T França Eurocopter AS-332F1 Cougar 05 A/AS/T/TR França Eurocopter AS-365N/Fi Dauphin 08 P/SAR/U França Lockheed P-3ACH Orion 02 AS/EM USA MBB BO-105CBS 04 SAR/U Alemanha Pilatus PC-7 Turbo trainer 07 A/TR Suíça Obs.: A=Ataque, AS=Antissubmarino, EM=Esclarecimento Marítimo, P=Patrulha, SAR=Busca e Resgate, T=Transporte, TR=Treinamento, U=Utilitário CARABINEIROS DO CHILE 16/6/1948: fundação do Aeroclube dos Carabineiros do Chile; 17/2/1960: criação da Brigada Aeropolicial dos Carabineiros do Chile; 24/4/1972: mudança de denominação de Brigada para Prefeitura Aeropolicial; e 2010: redenominação para Prefeitura Aérea dos Carabineiros do Chile (PACC). ORGANIZAÇÃO: os Carabineiros do Chile, que são a polícia uniformizada do país, estão dotados com um componente aéreo denominado Prefeitura Aérea dos Carabineiros do Chile (PACC), que é uma força de apoio à função policial, cuja missão é resguardar a ordem pública, realizar a vigilância de fronteiras, atender às comunidades necessitadas, bem como apoiar operacionalmente as unidades policiais de terra. Os helicópteros Bell 412 EP/SP da FACh são utilizados em missões utilitárias e de busca e resgate (SAR). O seu quartel-general está baseado no Aeródromo Eulogio Sánchez (Tobalaba), em Santiago, além de duas bases e outros destacamentos nas principais cidades do país. Esses destacamentos, denominados seções aéreas, normalmente, são dotados com um helicóptero MBB BO-105 ou BK- 117 e com aviões do seu aeroclube civil. A PACC está assim organizada: Base de Aviões de Tobalaba: é uma instalação compartilhada com o Aeroclube dos Carabineiros do Chile, possuindo as seções operacional, administrativa e de manutenção das aeronaves de asa fixa. As aeronaves da corporação são complementadas por aviões do Aeroclube da Prefeitura Aeropolicial, com destaque para as aeronaves Piper PA-31 Navajo, PA-31T Cheyenne II e Cessna das variantes U-206G, 210M/N, 550 Citation Bravo e Beech King Air B200, que utilizam matrículas civis. Base de Helicópteros de Tobalaba: tem a Os helicópteros McDonnell Douglas MD530F da Aviação do Exército do Chile atuam em missões de ataque, utilitárias e de ligação. Cees-Jan van der Ende 68 69
5 A Aviação Naval do Chile emprega oito helicópteros Eurocopter AS- 365 Dauphin no Esquadrão de Helicópteros Utilitários, que atuam em missões de patrulha, utilitárias e de busca e resgate. responsabilidade pela operação e a manutenção da frota de helicópteros da instituição, mantendo aparelhos em alerta as 24 horas do dia, durante todo o ano, para uso na área de Santiago e seus arredores. Seções aéreas: são unidades locais, muito semelhantes aos pelotões da Aviação do Exército e destacamentos da Aviação Naval, com a diferença de que a seção aérea tem dotação própria de aeronaves para operação local, constituída por um helicóptero de serviço somente policial e um avião do aeroclube em operação conjunta. Normalmente, cada capital regional conta com uma seção aérea para atender às necessidades de serviço em todo o país. As manutenções de maior complexidade dessas aeronaves são realizadas em Tobalaba. Em 30 de novembro de 2014 o helicóptero EC135 (C-26) acidentou-se em uma avenida na cidade de Santiago do Chile, ao efetuar resgate urbano. Tal acidente provocou a revisão dos procedimentos de resgate em zonas urbanas. No mês de fevereiro deste ano, realizou o seu primeiro voo no Chile o recém-adquirido Agusta/ Westland AW139, que será utilizado nos trabalhos do Grupo de Operações Especiais (GOPE). Em abril de 2015, foi incorporado um novo avião Beechcraft King Air B200. Aeronaves utilizadas pelos Carabineiros do Chile Agusta/Westland A.109E Power 05 AMB/SAR/PE Itália Agusta/Westland AW AMB/SAR/PE Itália Beech B200GT King Air 01 PE USA Beech B200 King Air 03² AMB/U/T USA Bell 206B Jet Ranger III 01 AMB/SAR USA Cessna U206G Stationair 6 II 02² U/T USA Cessna C210N Centurion II 02² U/T USA Cessna T210M Turbo Centurion II 01² U/T USA Cessna C-550 Citation Bravo 01² AMB/U/T USA Eurocopter BO-105CB 02 U/SAR/PE Alemanha Eurocopter BO-105CBS 02 U/SAR/PE Alemanha Eurocopter BO-105LSA-3 Super Lifter 03 U/SAR/PE Alemanha Eurocopter BK-117B-2 02 U/SAR/VIP Alemanha Eurocopter EC U/SAR/VIP França Piper PA-31 Navajo 02² U/T USA Piper PA-31T Cheyenne II 1² U/T USA Obs.: AMB=Ambulância, PE=Patrulha Especializada, SAR=Busca e Resgate, T=Transporte, U=Utilitário. 2. Aeronaves em comodato com o Aeroclube do Pessoal dos Carabineiros do Chile. POLÍCIA DE INVESTIGAÇÕES DO CHILE (PDI) A Polícia de Investigações do Chile (PDI) realiza a investigação técnico-científica de delitos ocorridos no país, além de executar ações de inteligência, para prevenir a ocorrência de crimes. A PDI possui uma brigada aeropolicial, fundada como uma força-tarefa em 1974 e passando para brigada em Atua em ações de transporte e de apoio às investigações realizadas pela instituição em operações contra o crime organizado, bem como no transporte de presos. A brigada aeropolicial está subordinada à Subdireção Administrativa da PDI, tendo a sua base de operações localizada no Aeródromo Eulogio Sánchez, em Santiago, compartilhando as suas instalações com o Aeroclube de Investigações. O segmento não possui outras subdivisões próprias nas diversas localidades do país. Aeronaves utilizadas pela Polícia de Investigações Cessna TU-206G Stationair 6 II 01 L/PE USA Eurocopter AS-350B-3 Ecureuil 03 L/T/PE/TR França Obs.: L=Ligação, PE=Patrulha Especializada, T=Transporte, TR=Treinamento Os Carabineiros do Chile adquiriram este helicóptero Agusta-Westland AW-139 recentemente para reforçar as missões de patrulha especializada, evacuação aeromédica e SAR. 70
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