Relatório de Resultados 4T15
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- Luiz Guilherme Candal de Lacerda
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1 Relatório de Resultados 4T15 São Paulo, 18 de fevereiro de 2016, a Companhia de Gás de São Paulo - Comgás (Bovespa: CGAS3 e CGAS5, Reuters: CGAS3.SA e CGAS5.SA e Bloomberg: CGAS3:BZ e CGAS5:BZ), divulga seus resultados referentes ao quarto trimestre de 2015 (4T15). As informações financeiras e operacionais a seguir são apresentadas em IFRS e comparadas ao quarto trimestre do ano de 2014 (4T14) conforme indicado. Destaques do 4º trimestre de 2015 Relações com Investidores Nelson Roseira Gomes Neto Diretor Presidente e de Relações com Investidores André Menegueti Salgueiro Gerente de Relações com Investidores Telefone: investidores@comgas.com.br EBITDA normalizado de R$ 314 mm, 2,9% abaixo do 4T14 e EBITDA IFRS de R$ 414 mm, 40% acima do 4T14. No ano o EBITDA normalizado foi de R$ mm, 5,7% acima de 2014, um novo recorde para a Companhia; Lucro líquido normalizado de R$ 179,6 mm no trimestre, 4% acima do 4T14 e R$ 620 mm no ano, 13% acima do ano anterior, um novo recorde para a Companhia; Conexão de 15 indústrias, 264 comércios e 23 mil residências no trimestre, totalizando mais de 113 mil clientes adicionados no ano; Contratação de financiamento junto ao BNDES de R$ 371 milhões; e 4ª emissão de debêntures não conversíveis no valor de R$ 592 milhões. Teleconferência em Português Data: 22/02/2016 Horário: 14:00 (BRT) Tel: Tel: Código: Comgas Sumário das Informações Financeiras ,9% Número de Medidores ,9% ,8% Volume Total* ,5% ,6% Volume sem Termogeração* ,2% ,4% Receita Líquida ,3% ,9% EBITDA ,6% 25,1% 18,4% 6,7 p.p. Margem EBITDA (%) 23,2% 22,5% 0,7 p.p. A teleconferência terá uma apresentação disponível para download no website: ri.comgas.com.br ,9% EBITDA Normalizado ,7% 19,1% 20,1% -1,0 p.p Margem EBITDA Normalizado 20,9% 20,4% 0,5 p.p ,2% Lucro Líquido ,3% 14,6% 9,3% 5,3 p.p. Margem Líquida (%) 10,6% 9,6% 1,0 p.p ,3% CAPEX ,2% ,9% Dívida Líquida ,9% 0,78 1,28-39,0% Dívida Líquida/EBITDA 0,78 1,28-39,0% *em milhares de m3
2 Sumário Executivo Os volumes de vendas de gás nos segmentos residencial, comercial e cogeração fecharam o trimestre com crescimento de 1,6%, 3,0% e 3,2% respectivamente. No mercado residencial, a adição de 112 mil novos clientes nos últimos 12 meses compensou o impacto da crise hídrica e do programa de Bônus da SABESP, os quais impactaram negativamente o consumo médio unitário ao longo do ano, o volume anual apresentou queda de 0,5% neste segmento. No mercado comercial continuamos com um forte ritmo de adição de novos clientes, com clientes conectados nos últimos 12 meses, e apesar do cenário econômico conseguimos crescer 3,0% o volume no comparativo trimestral e 4,8% no anual. Já no mercado de cogeração observamos um consumo 3,2% maior no comparativo trimestral, explicado principalmente pelas cogerações comerciais, que apresentaram crescimento de 53% do volume ao longo do ano. Devido ao custo elevado da energia elétrica, algumas empresas passaram a gerar energia além do horário de ponta. No comparativo anual, a volume de cogeração apresentou queda de 2,4%, impactado principalmente pela migração de um cliente para o segmento industrial e paradas para manutenções em alguns clientes ao longo do ano. O segmento industrial segue sofrendo com a desaceleração econômica e o GNV com a renovação da frota. A queda do volume industrial foi de 5,6% em 2015 e de 10,3% no último trimestre versus o 4T14, impactado principalmente pela retração da atividade industrial no Estado de São Paulo. As maiores quedas registradas no segmento industrial foram nos setores têxtil, siderúrgico e automotivo. O volume do GNV continua perdendo força e caiu 10,8% no comparativo trimestral, acumulando uma queda de 11,1% no ano, impactado pela forte renovação da frota nos últimos anos, que retirou do mercado grande parcela dos veículos que consumiam gás natural. A receita líquida da Comgás atingiu R$ 6,6 bilhões no ano, 3,3% acima de 2014 e R$ 1,6 bilhões no 4T15, 2,4% maior que o mesmo período do ano anterior. Os aumentos nas tarifas de vendas, conforme deliberações ARSESP nº 534 (dezembro/14) e nº 575 (maio/15) suportaram o crescimento da receita líquida da Comgás apesar do menor volume de vendas. O mix de vendas também foi melhor refletindo o crescimento das vendas nos segmentos residencial e comercial, e a queda mais acentuada nas vendas nos segmentos, automotivo e industrial. Os custos de gás e transporte, excluído o custo de construção, caíram 7,2% impactados pelo menor volume distribuído no trimestre e pela queda no preço do petróleo ao longo do ano. O custo do gás boliviano em dólares apresentou redução significativa na comparação com o 4T14, uma vez que o preço do petróleo caiu na comparação entre períodos. Parte desta queda foi compensada pela variação cambial e pelos recentes aumentos no custo do gás nacional, que fizeram com que o custo médio unitário da Companhia ficasse apenas 1,2% abaixo em relação ao 4T14. No ano, o crescimento foi de 3,9%, totalizando R$ 4,2 bilhões, impactado principalmente pela variação cambial e pelos aumentos do custo do gás nacional. As despesas com vendas, gerais e administrativas da Comgás totalizaram R$ 487 milhões em 2015, apresentando crescimento de 6,4% em relação a Este crescimento foi menor que a inflação no período, demonstrando o nosso compromisso com o controle das despesas. No trimestre as despesas totalizaram R$ 142 milhões, com crescimento de 10,8%. Esta variação justifica-se principalmente pela inflação acumulada no período em conjunto com maiores despesas com pessoal, e ajustes pontuais nas provisões para devedores duvidosos e para perda em estoque de materiais registradas no 4T15. O EBITDA, normalizado pela conta corrente regulatória foi de R$ 314 milhões no 4T15, 2,9% inferior em relação ao 4T14, e R$ 1,4 bilhão no ano, 6% superior a O crescimento anual foi justificado pelo ajuste das tarifas de venda, pelo melhor mix de venda e controle das despesas operacionais. No comparativo trimestral, a queda no volume e o crescimento das despesas operacionais impactaram o resultado. O EBITDA IFRS apresentou crescimento de 39,9%, totalizando R$ 413,7 milhões no trimestre e R$ 1,5 bilhão no ano. Recuperamos R$ 126 milhões da conta corrente regulatória no ano, sendo R$ 94 milhões no último trimestre, fechando o ano com um saldo de R$ 117 milhões. Os investimentos da Comgás totalizaram R$ 521 milhões no ano, sendo R$ 139 milhões no último trimestre, em linha com o plano de investimentos aprovado pela Companhia. Em 2015, 73% do investimento foi destinado à expansão da rede de distribuição de gás, foram adicionados 1,2 mil quilômetros de rede no ano (270 no 4T15), uma redução de 26% em relação a Apesar da queda de 21% dos investimentos, foram conectados 113 mil novos clientes no ano.
3 Mercados Medidores X Residencial 5,9% Número de UDA's* 7,7% Comercial 8,2% Industrial 4,2% Cogeração 12,0% 2 2 Termogeração 0,0% Automotivo -6,8% Total Medidores 5,9% Total Clientes 7,7% *UDA's (Unidade Domiciliar Autônoma) Residencial ,6% Volume (mm m³) ,5% ,1% Receita Líquida ,0% ,6% Custo ,8% ,6% Conta Corrente ,5% ,4% Margem Normalizada ,8% 2,36 2,21 6,6% R$/m³ Normalizado 2,32 2,16 7,3% O volume do segmento residencial fechou o trimestre com um crescimento de 1,6% comparado ao mesmo período de 2014, variação explicada principalmente pela adição de 112 mil novos clientes nos últimos 12 meses. O volume do ano ficou em linha ao de 2014 por conta do programa de Bônus da SABESP que teve adesão média ao longo do ano de 80% e criou um hábito de consumo de água e consequentemente de gás diferente na população da Região Metropolitana de São Paulo. O ano encerrou com medidores conectados. Este número inclui condomínios com medidores coletivos que atendem vários clientes com um único medidor. Assim, ao considerar o número de UDA s (Unidade Domiciliar Autônoma), que mede cada residência atendida com gás natural, o crescimento nos últimos 12 meses foi de 7,7%, atingindo residências. Comercial ,0% Volume (mm m³) ,8% ,0% Receita Líquida ,3% ,8% Custo ,3% ,2% Conta Corrente ,0% ,8% Margem Normalizada ,0% 1,36 1,29 5,6% R$/m³ Normalizado 1,34 1,25 6,9% No segmento comercial, apesar do cenário econômico, conseguimos crescer o volume trimestral em 3,0%, comparado ao mesmo período de 2014, no comparativo anual o volume cresceu 4,8%. Esta variação explica-se pela ligação de clientes nos últimos 12 meses, sendo 264 deles somente no 4T15. A Companhia vem desenvolvendo de forma acelerada a expansão neste segmento, com a redução do tempo de conexão dos novos clientes, a conexão de estabelecimentos de menor porte, em especial do ramo de gastronomia onde já há rede construída, e o desenvolvimento de novas aplicações para o gás natural, como por exemplo, a utilização em fornos de pizzarias, refrigeração comercial, geração de energia na ponta entre outras novas aplicações.
4 Industrial ,3% Volume (mm m³) ,6% ,0% Receita Líquida ,0% ,3% Custo ,2% ,1% Conta Corrente ,1% ,7% Margem Normalizada ,1% 0,31 0,29 8,5% R$/m³ Normalizado 0,31 0,28 11,3% O volume no ultimo trimestre de 2015 apresentou uma queda de 10,3%, reflexo do cenário econômico e político do país, com retração do PIB e da produção industrial. As maiores quedas registradas foram nos setores Têxtil, Lavanderia e Tinturaria impactado, principalmente, pela migração de clientes para biomassa, Siderúrgico, impactado pela redução da produção de aço que atende aos mercados de construção civil e automotivo, e Automotivo/Pneumático, que enfrenta desafios em virtude da queda nas vendas de veículos novos. Este último setor impacta toda a cadeia produtiva, como fornecedores da indústria química, vidreiras, fios e cabos, entre outros, que também reduzem suas demandas e, por consequência, o consumo de gás. O volume anual apresentou queda de 5,6%, também impactado pelo cenário econômico e político, pela retração do PIB e da produção industrial. Este segmento é o mais significativo em termos de volume comercializado. Em dezembro de 2015, este mercado contava com clientes, responsáveis por 66% do volume total de gás distribuído no ano. Dentre os setores da indústria, os mais importantes em termos de volume vendido no 4T15 foram: o segmento Químico/Petroquímico com 22,6% do volume, Cerâmica com 20,6% e Papel/Celulose com 10,3%. Cogeração ,2% Volume (mm m³) ,4% ,8% Receita Líquida ,1% ,7% Custo ,3% ,9% Conta Corrente ,2% ,1% Margem Normalizada ,1% 0,18 0,16 10,6% R$/m³ Normalizado 0,18 0,16 10,8% No mercado de cogeração observamos um consumo 3,2% maior no comparativo trimestral, explicado principalmente pelas cogerações comerciais, que tiveram um desempenho diferenciado no ano, com crescimento de 53% no volume distribuído, atingindo 15,1 mm/m³. Devido ao custo elevado da energia elétrica, algumas empresas passaram a gerar energia além do horário de ponta. O maior volume da cogeração comercial não compensou a migração do consumo de um cliente para o segmento industrial, a diminuição no consumo de algumas plantas por conta de manutenções preventivas ou corretivas e a redução de consumo devido à competitividade da energia elétrica no segundo semestre, impactando o volume anual em 2,4%. Automotivo (GNV) ,8% Volume (mm m³) ,1% ,3% Receita Líquida ,3% ,9% Custo ,4% ,8% Conta Corrente ,0% ,8% Margem Normalizada ,7% 0,17 0,17 1,1% R$/m³ Normalizado 0,18 0,17 6,1%
5 O segmento automotivo continua perdendo força e registrou queda de 10,8% no 4T15, em comparação ao mesmo período de 2014, impactado pela forte renovação da frota ocorrido nos últimos anos, que retirou do mercado grande parcela dos veículos que consumiam gás natural. No comparativo anual a queda foi de 11,1% O segmento de GNV nunca deixou de ser uma alternativa economicamente interessante para os consumidores. Além disso, a oferta de veículos flex já proporciona uma alternativa ao consumidor, intimidando novas conversões. Isso explica a redução ano a ano deste segmento e que, frente a 2014 apresentou uma queda de -11,1% no volume de gás comercializado. No final de 2015 ocorreu uma grande recuperação no número de conversões em relação ao mesmo período de 2014, totalizando conversões no ano, um crescimento de 8% em relação ao ano anterior. Este crescimento se deve por conta da competitividade do gás natural frente aos combustíveis líquidos (gasolina e etanol) e, também, às ações da Comgás em promover esse segmento. Termogeração ,0% Volume (mm m³) ,5% ,8% Receita Líquida ,6% ,5% Custo ,5% - - 0,0% Conta Corrente - - 0,0% ,0% Margem Normalizada ,0% 0,04 0,04 7,1% R$/m³ Normalizado 0,04 0,04 6,7% A variação do volume no comparativo do ultimo trimestre, comparado ao mesmo período de 2014, está relacionada ao menor despacho termoelétrico, conforme definido pelo ONS (operador nacional do sistema elétrico).
6 Desempenho Financeiro Receita Líquida No ultimo trimestre de 2015, a receita líquida atingiu R$ milhões, 2,4% superior ao 4T14. Apesar dos menores volumes de venda no comparativo trimestral, os aumentos nas tarifas de vendas, conforme deliberações ARSESP nº 534 (dezembro/14) e nº 575 (maio/15) suportaram o crescimento da receita líquida da Comgás. O mix de vendas também foi melhor refletindo o crescimento das vendas no segmentos residencial e comercial, segmentos com margem unitária acima da média, e a queda mais acentuada nas vendas nos segmentos, automotivo e industrial. No ano, a receita totalizou R$ milhões, um aumento de 3,3% em relação a ,4% Vendas de Gás ,4% ,0% Receita de Construção ,2% ,0% Outras Receitas ,4% ,4% Receit a Brut a ,2% ,1% Impostos e Contribuição sobre Vendas ,7% ,4% Receit a Líquida ,3% Custo de Bens e Serviços No quarto trimestre de 2015 o custo total foi de R$ milhões, 7,8% abaixo em relação aos R$ milhões do 4T14. O custo total de bens e serviços vendidos totalizou no ano R$ milhões, 1,9% superior a Os custos de gás e transporte e outros, excluído o custo de construção, ficaram 7,2% menor no comparativo trimestral, impactado principalmente pelo menor volume distribuído no 4T15. No ano, apesar do menor volume distribuído, os custos apresentaram um crescimento de 3,9%, refletindo o aumento do custo unitário médio do gás comprado neste ano quando comparado a O custo do gás boliviano em dólares apresentou redução na comparação entre anos, uma vez que o preço do petróleo caiu significativamente. No entanto, a variação cambial em conjunto com os recentes aumentos no custo do gás nacional, fizeram com que o custo médio da Companhia ficasse maior em ,9% Custo do Gás ,5% ,9% Transporte e Outros ,3% ,0% Construção - ICPC ,2% ,8% Cust o dos Bens e/ou Serviços ,9% Cabe lembrar que as diferenças entre o custo real incorrido e o custo de gás incluído na tarifa e cobrado dos clientes (conforme estrutura tarifária definida pela ARSESP), são acumuladas na Conta Corrente Regulatória e são repassadas/cobradas conforme determinação do Regulador nos reajustes periódicos ou nas revisões tarifárias. Esse saldo é corrigido mensalmente pela taxa SELIC. A queda na linha de Construção ICPC 01 está relacionada ao menor nível de investimento observado em Despesas e Receitas Operacionais As despesas com vendas, gerais e administrativas, excluindo a amortização, totalizaram R$ 141,9 milhões no 4T15, apresentando crescimento de 10,8% em relação ao 4T14. Esta variação justifica-se principalmente pela inflação acumulada no período em conjunto com maiores despesas com pessoal, e ajustes pontuais nas provisões para devedores duvidosos e para perda em estoque de materiais registradas no 4T15. No ano, totalizaram R$ 486,9 milhões, com crescimento de 6,4%. Este crescimento foi menor que a inflação no período, demonstrando o nosso compromisso com o controle das despesas. A despesa com amortização está menor em 2015 por conta da amortização acelerada de alguns ativos que foram totalmente amortizados ao longo de 2014, conforme divulgado no 4T ,8% Despesas com Vendas ,6% ,5% Despesas Gerais e Administrativas ,6% ,3% Outras Desp./Rec. Operacionais ,7% ,8% Depreciações e Amortizações ,6% ,3% Despesas/Receit as Operacionais ,5%
7 EBITDA O EBITDA normalizado pela conta corrente regulatória totalizou R$ 314,3 milhões no 4T15, queda de 2,9% em relação ao 4T14. Apesar do ajuste das tarifas e do melhor mix de venda, a queda no volume e o crescimento das despesas operacionais impactaram o resultado deste trimestre. No ano, totalizou R$ milhões, com crescimento de 5,7%, justificado pelo ajuste das tarifas, melhor mix de vendas e controle das despesas operacionais. O EBITDA IFRS apresentou crescimento de 39,9%, totalizando R$ 413,7 milhões no trimestre e R$ milhões no ano. Recuperamos R$ 126 milhões da conta corrente regulatória no ano, sendo R$ 94 milhões no último trimestre, fechando o ano com um saldo de R$ 117 milhões ,4% Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços ,3% ,8% Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos ,9% ,1% Lucro Bruto ,6% ,2% Despesa com Vendas, Gerais e Administrativas ,6% ,3% Outras Despesas/Receitas Operacionais ,7% ,9% EBITDA ,6% 25,1% 18,4% 1,0 p.p. Margem EBITDA 23,2% 22,5% 1,4 p.p ,9% EBITDA Normalizado ,7% 19,1% 20,1% -1,8 p.p. Margem EBITDA Normalizado 20,9% 20,4% -3,3 p.p. Resultado Financeiro As receitas e despesas financeiras líquidas atingiram o montante de R$ -50,5 milhões no 4T15, apresentando um crescimento de 22,8% em relação ao 4T14 (R$ -41 milhões). Esta variação é explicada principalmente pelas maiores taxas de juros ao longo do ano de No ano o resultado financeiro foi de R$ -181,9 milhões, apresentando uma queda de 6% em relação a 2014, impactado principalmente pelo crédito de juros tributários ocorridos no 3T15, líquido das maiores taxas de juros em Lucro Líquido O lucro líquido normalizado pela conta corrente regulatório foi de R$ 179,6 milhões no 4T15 (R$ 240,5 milhões em IFRS), resultado 4% acima quando comparado ao 4T14. No ano o lucro líquido normalizado totalizou R$ 619,7 milhões (R$ 698,9 milhões em IFRS), um aumento de 13% em relação a 2014.
8 Endividamento Nosso endividamento líquido apresentou uma queda de 34,9% em comparação a dezembro de 2014, justificado principalmente pela forte geração de caixa no ano. Do total dos financiamentos, 83% têm vencimento no longo prazo. As dívidas em moeda nacional, incluindo debêntures, totalizaram R$ milhões, representando 78% do total do endividamento. Para a parcela da dívida em moeda estrangeira, a Companhia tem por política efetuar hedge de 100% da exposição cambial. O índice de endividamento líquido pelo EBITDA obteve melhora passando de 1,28 em dezembro de 2014 para 0,78 em dezembro de X Empréstimos e financiamentos 2,7% Debentures 107,1% Derivativos 101,5% Endividamento Total 12,7% (-) Caixa e equivalentes de caixa 102,1% Endividament o líquido -34,9% EBITDA (últimos 12 meses) 6,6% 0,78 1,28 Endividamento Líquido/EBITDA -39,0% 0,17 0,17 Endividamento de Curto Prazo/Endividamento Total 3,5% O cronograma de vencimento da dívida, incluindo debêntures e derivativos, é apresentado da seguinte forma: Debênture Debênt ure 31/12/2015 Emissão Série Quant idade Circulant e Não Circulant e Remuneração 3ª 1º CDI + 0,9% 3ª 2º IPCA+ 5,1% 3ª 3º IPCA+ 5,6% 4ª 1º IPCA+ 7,1% 4ª 2º IPCA+ 7,5% 4ª 3º IPCA+ 7,4% Em dezembro de 2015 concluímos a quarta emissão de debêntures não conversíveis, enquadrada na lei nº /11, artigo 2º (debentures de infraestrutura). A procura pelos papéis foi 1,5 vezes a oferta inicialmente pretendida. Os recursos dessa operação serão utilizados para complementar o programa de financiamento da expansão da rede de distribuição de gás natural canalizado até Os recursos beneficiarão nossos projetos de expansão, suporte e tecnologia em andamento.
9 Investimentos No 4T15 investimos R$ 138,6 milhões, esse valor representa uma redução de 18,2% quando comparado aos R$ 170 milhões investidos no mesmo período de 2014, totalizando R$ 521 milhões investidos em 2015, em linha com o plano de investimento aprovado pelo Conselho de Administração da Companhia. Do total dos investimentos realizados durante o ano aproximadamente 73% foi destinado à expansão da rede de distribuição de gás. Foram adicionados 1,2 mil quilômetros (270 no 4T15), extensão esta 26% menor do que Dentre os projetos realizados destacam-se: Jundiaí, Guarulhos 2, Osasco 3, Alto Tietê Suzano, Santo André, São José dos Campos 2, Campo Limpo e Taubaté. Projeções Essa seção contém as projeções por faixa de variação de alguns parâmetros operacionais e financeiros da Comgás para o exercício social de 2016 bem como o comparativo com os números realizados de Além disso, as demais partes deste Release também podem conter projeções. Tais projeções e guidance são apenas estimativas e indicativas, não sendo garantia de quaisquer resultados futuros. Projeções Projeções 2016 Mín Máx Realizado Mín Máx Total de clientes (mil) Volume ex-termo (mil m³) EBITDA Normalizado (R$mm) EBITDA IFRS (R$mm) CAPEX (R$mm) Aviso Legal Este documento contém declarações e informações prospectivas. Tais declarações e informações prospectivas são, unicamente, previsões e não garantias do desempenho futuro. Advertimos a todos os stakeholders que as referidas declarações e informações prospectivas estão e estarão, conforme o caso, sujeitas a riscos, incertezas e fatores relativos às operações e aos ambientes de negócios da Comgás, em virtude dos quais os resultados reais podem diferir de maneira relevante de resultados futuros expressos ou implícitos nas declarações e informações prospectivas.
10 Demonstração dos Resultados 4T15 4T14 4T15 x 4T14 R$ Mil x ,4% Receit a Brut a de Vendas e/ou Serviços ,2% ,1% Deduções da Receita Bruta ,7% ,4% Receit a Líquida de Vendas ,3% ,7% Vendas de Gás ,9% ,0% Receita de Construção - ICPC ,2% ,5% Outras Receitas ,9% ,8% Cust o de Bens e/ou Serviços Vendidos ,9% ,9% Gás Natural ,5% ,9% Transporte e Outros Serviços de Gás ,3% ,0% Construção - ICPC ,2% ,1% Result ado Brut o ,6% ,3% Despesas/Receit as Operacionais ,5% ,8% Despesas com Vendas ,6% ,6% Despesas Gerais e Administrativas ,8% ,0% Outras Receitas Operacionais ,7% ,6% Outras Despesas Operacionais ,4% ,6% Result ado ant es Financeiras e Tribut os ,5% ,8% Result ado Financeiro ,8% ,7% Receitas Financeiras ,0% ,4% Despesas Financeiras ,1% ,6% Result ado Ant es dos Tribut os ,4% ,1% Imposto de Renda e Contribuição Social ,2% ,2% Lucro/Prejuízo do Período ,3%
11 Demonstração do Fluxo de Caixa 4T15 4T14 4T15 X 4T14 R$ Mil X ,6% Lucro ant es do IR/CS ,4% ,7% Amortizações ,6% ,3% Baixa do Permanente - Líquidas ,1% ,2% Juros Var. Monet. s/ Emprést. e Debêntures ,2% ,9% Provisão para Contingências ,4% ,6% Benefício Pós Emprego CVM ,2% ,5% Provisão para Devedores Duvidosos ,8% ,0% Resultado na Venda de Permanente ,0% ,4% Caixa Gerado nas Operações ,1% ,5% Variações nos At ivos e Passivos ,9% ,4% Contas a Receber ,7% ,5% Impostos a Compensar e ICMS a Recuperar - Imobilizado ,0% ,0% Estoques ,3% ,8% Fornecedores ,2% ,6% Impostos, Taxas e Contribuições ,9% ,8% Provisão de Férias, Particip. Lucros e Res ,0% ,9% Out ros ,2% ,0% Créditos, Divs., Despesas Antecipadas e Outros ,5% ,9% Adto. Cliente e Outros ,1% ,8% IRPJ e CSLL Pagos ,6% ,2% Juros pagos s/ empréstimos financiamentos ,2% ,4% Caixa Líquido Provenient e das Operações ,7% ,3% Caixa Líquido - At ividades de Invest iment o ,2% ,3% Adições ao Permanente ,2% 0 0 0,0% Caixa Recebido na Venda de Permanente 0 0 0,0% ,7% Caixa Líquido - At ividades de Financiament o ,9% ,3% Captação de Empréstimos e Financiamentos ,9% ,9% Amortização de Principal Emprést. e Financ ,3% ,0% Juros sobre Capital Próprio ,0% ,0% Pagamento de Dividendos ,0% ,6% Aument o de Caixa e Equivalent es ,1% ,3% Saldo Inicial de Caixa e Equivalent es ,7% ,1% Saldo Final de Caixa e Equivalent es ,1%
12 Balanço Patrimonial R$ Mil X 2014 ATIVO TOTAL ,1% At ivo Circulant e ,7% Caixa e Equivalentes de Caixa ,1% Contas a Receber - Clientes ,2% Estoques ,1% Tributos a Recuperar ,4% Despesas Antecipadas ,5% Transporte Pago e não Utilizado (Ship or Pay) ,0% Outros Ativos Circulantes ,7% At ivo Não Circulant e ,0% Contas a Receber ,1% Tributos Diferidos ,7% ICMS a Recuperar ,9% Depósitos Judiciais ,5% Instrumentos Financeiros Derivativos ,4% Transporte Pago e não Utilizado (Ship or Pay) ,4% Outros ,2% Intangível ,3% PASSIVO TOTAL ,1% Passivo Circulant e ,8% Salários e Encargos Sociais ,3% Fornecedores ,4% Impostos e Contribuições a Recolher ,7% Empréstimos e Financiamentos ,6% Adiantamento de Clientes e Outros ,1% Provisões para Contingências ,9% Passivo Não Circulant e ,9% Empréstimos e Financiamentos ,7% Adiantamento de Clientes e Outros ,7% Provisões para Contingências ,4% Pat rimônio Líquido ,3% Capital Social Realizado ,0% Reservas de Capital ,0% Reservas de Lucro ,0% Ajustes de Avaliação Patrimonial ,1%
13 Próximos Eventos Teleconferência dos Resultados do 4T de fevereiro de 2016 às 14h00min (BRT) Telefone: +55 (11) (11) Senha de acesso: Comgas Palestrante: Nelson Gomes Diretor Presidente e de Relação com Investidor Luiz Roberto Tibério Diretor de Finanças Webcast: Após a data da Teleconferência, o Áudio estará disponível na Central de Resultados do site de Relações com Investidores da Comgás. Para download da apresentação, favor acessar ri.comgas.com.br
14 Anexo I Tarifas e Reajustes Como prestadora de serviços públicos, as atividades da Comgás são reguladas pela ARSESP - Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo, órgão do governo do Estado de São Paulo. O serviço de distribuição de gás natural canalizado explorado pela companhia está regulamentado pelo contrato de concessão, o qual prevê ciclos tarifários de cinco anos, e as condições para o cálculo e aplicação das tarifas durante esses ciclos. A finalidade é fixar uma margem justa para a Concessionária e aos Usuários. É da margem que saem os recursos para os custos de operação da empresa, investimentos e remuneração dos acionistas. Em 31 de maio de 2009 ocorreu a segunda revisão tarifária, a qual fixou a Margem Máxima da Companhia (P0) (6) em R$ 0,3052/m³ e um fator de eficiência (Fator X) de 0,82%. A tarifa paga pelo consumidor é formada pelo custo do gás e transporte do produto adicionado à margem da companhia e impostos. A tarifa decorrente da revisão quinquenal é reajustada anualmente na data de aniversário da assinatura do contrato de concessão (31 de maio). Este reajuste é feito pela ARSESP e consiste na atualização das margens de distribuição pelo IGPM e do custo do gás e seu transporte, considerando as variações reais acumuladas dos preços de aquisição pela Comgás. Eventualmente, em razão de grandes variações de custo, o órgão regulador pode entender a necessidade de ajustes fora das datas ordinárias previstas. Adiamento da Revisão Tarifária A ARSESP, através da Deliberação nº 494, decidiu adiar o processo de revisão tarifária da Comgás, previsto para ocorrer até maio de 2014 para 30/01/2015. Segundo a deliberação somente em fevereiro de 2014, foi possível concluir o processo de contratação de consultoria especializada para assessorar a ARSESP no referido processo de revisão tarifária e iniciar em março de 2014 os seus trabalhos. Em consequência, até a data prevista para conclusão do processo de revisão tarifária não houve tempo hábil para as definições metodológicas, análise de dados da Concessionária e a proposição das margens máximas de comercialização para o novo ciclo tarifário , inclusive a realização das consultas e audiências públicas de modo a permitir a necessária transparência e publicidade do processo. No mesmo dia do anuncio do adiamento da revisão tarifária a ARSESP publicou a Deliberação nº 496 que dispõe sobre o ajuste provisório das margens de distribuição da Comgás que vigorará entre maio de 2014 e o final do processo da revisão tarifária, previsto para janeiro de Esse reajuste considerou uma inflação (IGP-M) de 5,27% no período e um fator X de 0,55%, ambos proporcionais a 8/12 avos dos índices dos últimos 12 meses, uma vez que a revisão tarifária foi postergada por oito meses, resultando em um ajuste líquido de 4,72%. Considerando o ajuste das margens pela inflação menos o fator X, a atualização do custo do gás e o repasse da conta corrente, a média do reajuste nas tarifas ocorrido em maio de 2014 foi de 2,6% no segmento residencial, 1,2% no segmento comercial, -0,6% na indústria e 4,3% nos postos de GNV. Nova portaria, de nº 533, foi publicada pela ARSESP em 10/12/2014 prorrogando o prazo da revisão tarifária para 31/05/2015. Por conta do novo prazo, a agencia decidiu complementar o reajuste inflacionário com os 4/12 que não foram considerados no reajuste autorizado na portaria 496, as margens da Companhia tiveram um reajuste líquido de 2,33%. Na mesma data a ARSESP publicou a portaria nº 534 atualizando o custo do gás e o repasse da conta corrente, esses dois impactos, em conjunto com o ajuste da margem pela inflação descrito acima, resultaram nos seguintes ajustes nas tarifas de venda de gás: aumento médio de 2,2% nos segmentos residencial e comercial, 2,0% no segmento industrial e 3,8% para os postos de GNV. Em 25/03/2015, foi publicado, no Diário Oficial do Estado de São Paulo, a Ata da 301ª Reunião de Diretoria da ARSESP, realizada em 11/03/2015, comunicando que a Diretoria da ARSESP deliberou por unanimidade pela instauração de procedimentos para: (i) a invalidação do artigo 2º da Deliberação nº 494, de 27/05/2014, que versou sobre o critério de correção monetária aplicável às tarifas da Companhia no período compreendido entre maio e dezembro de 2014, para que seja aplicado o critério contratual, que é o reajuste com base no IGP-M nos últimos 12 meses, conforme voto do relator, e (ii) a invalidação da Deliberação nº 517/2014 e Nota Técnica 02/2014, que trataram da definição do WACC. Em 9/05/2015, a ARSESP publicou a portaria de nº 575 atualizando o custo do gás e o repasse da conta corrente, esses dois impactos, em conjunto com o ajuste da nossa margem de distribuição pela inflação de 4,16%, resultaram nos seguintes ajustes nas tarifas de venda de gás: aumento médio de 6,25% no segmento residencial, 7,7% no segmento comercial, 9,6% no segmento industrial e 9,2% para os postos de GNV. A Companhia aguarda as informações da agência sobre as próximas etapas do processo de revisão tarifária.
15 Anexo II Contratos e Fornecimento de Gás A Companhia tem contratos de suprimento de gás natural firmados entre Comgás e Petrobras nas seguintes condições: Contrato com a Petrobras na modalidade firme, com vigência até julho de 2019 com quantidade diária contratada atual de gás boliviano de 8,1 milhões de m³/dia.; Contrato com a Petrobras na modalidade firme, com vigência até dezembro de Quantidade diária contratada de 5,22 milhões de m³/dia; Dois contratos de gás (modalidade back-to-back) do Programa Prioritário de Termeletricidade (PPT), para abastecimento de 3,06 milhões de m³/dia, sendo 2,76 MMm³/dia com a UTE-Fernando Gasparian com vigência até dezembro de 2014 e 0,3 MMm 3 /dia com a Corn Products com vigência em março de 2023; Os preços dos contratos são compostos por duas parcelas: uma indexada a uma cesta de óleos combustíveis no mercado internacional e reajustada trimestralmente; e outra reajustada anualmente com base na inflação local e/ou americana. O custo do gás é praticado em R$/m³, sendo o gás boliviano calculado em US$/MMBTU. A seguir um resumo dos contratos de fornecimento de Gás Natural: Cont rat o TCQ Firme UTE - Fernando Gasparian Modalidade Firme Firme Back t o Back Origem do Gás Boliviana Nacional Sistema Petrobras Qde Cont rat ada 8,10 MMm³/dia 5,22 MMm 3 /dia 2,76 MMm 3 /dia Término do Cont rat o jul/19 dez/19 mar/16 Commodity + Transporte Parcela Fixa + Parcela Variável Preço Transport e: reajuste anual de acordo com a inflação americana: CPI Commodit y: corrigido trimestralmente pela variação de uma cesta de óleos (Brent) + variação cambial Parcela Fixa: reajuste anual pelo IGP-M Parcela Variável corrigida trimestralmente pela variação de uma cesta de óleos (Brent) PPI + IGPM e variação cambial pelo dólar dos Est ados Unidos da América
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