Feminicídio Universidade Estadual de Ponta Grossa Resumo: Palavras-chave: Introdução

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1 Feminicídio Justiça ou desigualdade? Alisson Martins de Oliveira Leonardo Donatoni Pereira Orientador: Allan Ricardo Porto Universidade Estadual de Ponta Grossa Resumo: Através da história, a mulher vem conquistando por meio de muitas lutas o direito à igualdade e atualmente, de acordo com o texto normativo, este direito foi adquirido, a Constituição Federal por meio do princípio da isonomia, afirma que homens e mulheres são iguais perante a lei. No entanto, não é exatamente o que observa-se na criação da Lei /2015, que institui o crime de feminicídio, de um certo modo, o legislador não respeitou o referido princípio, criando esta qualificadora, que majora o homicídio quando este for praticado por motivos de gênero. A lei do feminicídio, assim como a Lei Maria da Penha, criada em 2006, visa a proteção das mulheres que no entender do legislador são um grupo discriminado e portanto necessitam de tratamento diferente neste sentido. Não se sabe se a criação desta lei tem realmente o intuito de proteger as mulheres, ou se seria somente uma lei simbólica, com intenções políticas por detrás, o que é certo, é que a lei já foi sancionada e necessita de estudos de casos concretos, para demonstrar se de fato há inconstitucionalidade ou se o legislador possui razão. Palavras-chave: mulher, feminicídio, igualdade. Introdução No intuito de defender o bem jurídico da vida das mulheres, no dia 09 de março de 2015 foi sancionada a lei /2015, que tipifica o feminicídio como um homicídio qualificado dentro do artigo 121 do Código Penal Brasileiro. As mulheres sofreram muito preconceito e discriminação durante a história da humanidade, no Brasil por exemplo, o Código Civil de 1916 demonstra essa desigualdade de gêneros, as mulheres depois de casadas dependiam inteiramente dos seus maridos para praticar atos da vida civil, eram consideradas juridicamente incapazes equiparando-se as crianças, os doentes mentais e os mendigos. 1 Somente com o Código Eleitoral, promulgado em 1932, passaram a ter o direito de votar e serem votadas, e posteriormente adquirindo cada vez mais direitos em busca de um tratamento igualitário que só foi instituído com a Constituição Federal de 1988 em seu artigo 5 inciso I 2 1 BRASIL. Código civil de Artigo 6º (1916). Disponível em: < Acesso em: 04 de julho de ''Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição''(grifo nosso)

2 Seria então, o crime de feminicidio uma lei constitucional? Não estaria sendo violado o princípio de isonomia, ao sancionar uma lei que visa proteger apenas um gênero, tornando desigual o tratamento de iguais de maneira que os desiguala. Não seria então a criação de uma lei que defenda o bem jurídico da mesma maneira a solução para este aparente conflito? Objetivos O presente artigo tem como objeto salientar qual é a concepção de igualdade que temos na sociedade atual, apresentar a lei, tentar entender o porque da necessidade da criação deste tipo tão especifico quanto o do feminicidio, com base em estudo de estatística de lei anterior que se assemelha no sentido de garantir a proteção da mulher e verificar se realmente foram respeitados os princípios constitucionais durante a criação desta lei. Técnicas de pesquisa O artigo elaborado foi construído em base nos métodos histórico e indutivo, e a técnica de pesquisa utilizada foi a documental indireta através de livros, artigos e periódicos online. Resultados O principio da isonomia previsto no artigo 5º inciso I, da Constituição Federal como já citado anteriormente, descreve que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações. Com isto, o legislador acabou por acatar as inúmeras solicitações da população feminina, que lutou por seus direitos e assim assegurou a igualdade material de obrigações e direitos entre os sexos. Sendo assim, indivíduos de sexo oposto em situações idênticas, devem ser tratados de forma igualitária independentemente do argumento utilizado, sob pena da Constituição Federal de 1988 ser infringida, o tornando inconstitucional. De acordo com a carta, é possível existir situação discriminatória, porem tão somente as elencadas no texto constitucional, como por exemplo a aposentadoria da mulher que requer menos tempo de contribuição e menor limite de idade. Assim pode o legislador ordinário elaborar comandos normativos que visem atenuar a diferença de tratamento em razão do sexo. A lei /15 alterou o código penal para criar o delito de feminicídio, que se trata de uma nova modalidade de homicídio qualificado, inscrito no inciso VI do artigo 121, parágrafo 2 3.O feminicídio se configura quando as causas do homicídio forem exclusivamente por questões de gênero, ou seja, quando uma mulher é morta simplesmente pelo fato de ser mulher. O tipo pode ainda ser majorado quando, de acordo com o descrito no 7º do art.121 do Código Penal, praticado durante a gestação ou três meses após o parto, contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos ou com deficiência e na presença de ascendente ou de descendente da vítima. Primeiramente, precisa ser definido qual é o conceito de mulher para que se possa saber, em quais casos é possível a aplicação da lei. Segundo o estudo realizado, há três formas de conceituar. A primeira é adotando o critério psicológico, a exemplo do 3 ''Homicídio qualificado 2 Se o homicídio é cometido: Feminicídio VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve: I - violência doméstica e familiar; II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher (Incluído pela Lei nº , de 2015)

3 que ocorre com os transexuais, quando um sujeito do sexo masculino, acredita pertencer ao sexo feminino ou vice-versa. A segunda forma diz respeito ao critério biológico, que leva em conta as características genitais, cromossômicas e as aparentes, como por exemplo no caso das mulheres, o desenvolvimento das glândulas mamárias. E por fim, mas não menos importante, pode ser utilizado o critério jurídico, que diz que somente um indivíduo pode ser considerado homem ou mulher, se estiver devidamente registrado em seu documento de identidade ou certidão de nascimento. Para todos os critérios existem posicionamentos que defendem a validade de seus argumentos, portanto torna-se difícil dar um conceito exato do que é ser mulher, e por tratar-se de uma lei recente não é possível buscar casos concretos, jurisprudências que auxiliem na definição deste conceito, somente com o passar do tempo, e com observação, será possível dizer quem são os indivíduos que são passiveis de figurar como vítima nesse novo tipo penal criado pelo legislador. Sabemos que a qualquer indivíduo, no âmbito do direito penal, deve ser concedida proteção igualitária, e que o número de delitos não pode justificar a maior pena, devendo esta ser proporcional ao bem-jurídico penal tutelado. Em comparação com a nova lei, que tem por objetivo priorizar a proteção contra a mulher, podemos utilizar, a título de comparação, uma pesquisa realizada com intuito de demonstrar a eficácia de uma lei criada com a mesma pretensão, a Lei Maria da Penha 4. Observando os números da referida lei que entrou em vigor em 2006, de acordo com o estudo Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), resta claro que a lei não surtiu o efeito esperado, pois esta demonstrado que não houve redução das taxas anuais de mortalidade, portanto, logo não houve a redução da violência que foi o principal objetivo do legislador ao criar esta lei, com a excessão do período brevemente posterior à vigência como demonstra o gráfico a seguir: Figura 1 Mortalidade de mulheres por agressões antes e após a vigência da lei Maria da Penha. 5 4 BRASIL. Lei nº11.340, de 7 de agosto de Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do 8o do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências. Disponível em: < Acesso em: 4 de julho de Disponível em: < Acesso em 5 de julho de 2015

4 Como pode ser analisado, após a vigência da lei Maria da Penha o resultado foi frustrante, o indíce de mortalidade de mulheres por agressões não diminuiu, mas sim aumentou! Trata-se de um ínfimo aumento, contudo não há como negar que o objetivo de reduzir a violência contra a mulher não foi alcançado. O legislador teria percebido que a lei que coibe atos de violência contra mulheres não teria surtido o efeito esperado e então criou um tipo penal para punir os autores de homicidio contra mulheres de uma maneira mais severa?, Ou será o feminicídio apenas mais uma lei simbólica que não produzirá realmente os efeitos desejados?. A nova lei, como já dito anteriormente foi criada com o intuito de proteger as mulheres, vistas pelo legislador como um grupo discriminado que precisa de uma proteção diferenciada. Estes delitos são geralmente cometidos por homens, principalmente parceiros ou ex-parceiros, e decorrem de situações de abusos no domicílio, ameaças ou intimidação, violência sexual, ou situações nas quais a mulher tem menos poder ou menos recursos do que o homem, colocando-as em situação desigual. Discussão Como já previamente comentado, o legislador não estaria criando uma lei sem sentido, que não surtiria os efeitos desejados, tornando-se simbólica? E ainda mais, desrespeitando a constituição, ao ferir o princípio da isonomia? O que é importante ressaltar, é que trata-se de uma nova lei, e não havendo um estudo mais aprofundado da mesma, não há como afirmar com toda a certeza de que os argumentos utilizados para atacar os pontos controvertidos da mesma estão corretos. Ao se questionar se estariam sendo infringidos alguns princípios constitucionais, logo vem a tona o pensamento sobre isonomia, já que todos são iguais perante a lei, porquê dar um tratamento diferenciado para a mulher, valorando sua vida mais que a do homem. Tanto como a mulher, o homem também pode ser vítima de violência doméstica, e receber discriminação, obviamente o histórico não nos revela essa realidade, mas atualmente, são infímos os casos em que uma mulher possa ser considerada diferente do homem, até mesmo em razão de suas lutas constantes através da história pela igualdade, e a lei em questão não nos parece um destes casos. A violência atinge tanto aos indivíduos do sexo feminino quanto do sexo masculino, em todos os locais, não há como dizer que a vida da mulher é mais valorosa que a do homem, pois ambos são seres humanos, portadores de direitos e deveres iguais e suscetíveis às mesmas situações. Além desse ponto fundamental na observância da lei, outras situações podem ser também analisadas de uma maneira crítica, o inciso III do 7º do art 121, menciona explicitamente que, o crime de feminicídio, é majorado quando é cometido na presença de descendente ou de ascendente, mas e quando o crime for praticado na presença de seu companheiro ou companheira? O trauma psicológico causado nesses casos é tão grande quanto se fosse praticado na presença de seus pais ou filhos. Nesta parte de majorantes também pode ser mencionada a taxatividade do inciso I, que fala que o crime é majorado quando praticado em gestante, ou 3 meses após o parto. Por que o legislador escolheu o marco temporal de no máximo 3 meses para a majoração da pena? Após este período o crime não possui tanta gravidade? Além destas indagações que surgem quando da análise deste tipo penal, mais uma possível preocupação pode ser elencada: como será possível provar que o homicidio ocorreu

5 por motivos de gênero? Como nenhum réu é obrigado a produzir prova contra si mesmo, qual seria o critério para fazer a avaliação? Infelizmente a lei possui inúmeras inobservâncias por parte do legislador, a começar pelo fato de violar o princípio constitucional da Isonomia, o que demonstra que a Lei /2015, que vem com o intuito de coibir e reduzir a taxa de violência contra a mulher é meramente simbólica, e quisá política, criada pelo fato do legislador sentirse pressionado a resolver um problema, e eventualmente ser sancionada a fim de amenizar os acontecimentos do presente cenário político brasileiro. E se a lei valesse para ambos os gêneros? Poderia ser criado então um novo tipo penal, ao invés do feminicídio, o genericídio, já que o legislador estaria preocupado em afastar qualquer tipo de discriminação de gênero, assim não estaria ferindo o princípio da isonomia, e sem deixar de lado as mulheres, iria abranger um número muito maior de indivíduos, mas será que desta forma causaria o mesmo impacto social e político causado pelo recente tipo penal criado? Resultados Finais O resultado das pesquisas demonstra que o legislador ao criar o instituto do feminicídio, tem as mulheres como um grupo menos favorecido nas situações descritas, e ao criar uma lei que as protege, colocaria-as em uma situação de igualdade perante o outro gênero, no seu entendimento não ferindo o principio da isonomia. Pelo fato da lei ter sido sancionada recentemente não temos casos concretos e jurisprudência para obter dados conclusivos, mas após a pesquisa acreditamos que o legislador deveria ter criado uma lei que protegesse ambos os gêneros e não apenas as mulheres, uma lei que protegesse as pessoas de qualquer tipo de homicídio que tivesse como motivo o fato da pessoa pertencer a um sexo ou ao outro, e assim protegendo a todos os indivíduos da sociedade de maneira igualitária. REFERÊNCIAS GARCIA, Leila Posenato; FREITAS, Lúcia Rolim Santana de; SILVA, Gabriela Drummond Marques da; HÖFELMANN, Doroteia Aparecida. VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: FEMINICÍDIO NO BRASIL. INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA IPEA. Disponível em: < rcia.pdf>. Acesso em: 4 de julho de EL HIRECHE, Gamil Föppel; FIGUEIREDO, Rudá Santos. HOMICÍDIO CONTRA A MULHER FEMINICÍDIO É MEDIDA SIMBÓLICA COM VÁRIAS INCONSTITUCIONALIDADES. Revista Consultor Jurídico Disponível em: < Acesso em: 4 de julho de 2015.

6 BRITO, Auriney. LEI DO FEMINICÍDIO: ENTENDA O QUE MUDOU. JusBrasil Disponível em: < >. Acesso em: 4 de julho de GRECO, Rogério. FEMINICÍDIO: COMENTÁRIOS SOBRE A LEI Nº13.104/2015, DE 9 DE MARÇO DE JusBrasil Disponível em: < Acesso em: 4 de julho de BULOS, Uadi Lammêgo. CURSO DE DIREITO CONSTITUCIONAL/UADI LAMMÊGO BULOS 8. ED. VER. E ATUAL. DE ACORDO COM A EMENDACONSTITUCIONAL N. 76/2013 São Paulo. Saraiva BITENCOURT, Cezar Roberto. TRATADO DE DIREITO PENAL 2 PARTE ESPECIAL DOS CRIMES CONTRA A PESSOA. 12. ed. ver. e ampl. São Paulo. Saraiva BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil (1988). Disponível em: < Acesso em: 4 de julho de BRASIL. Código Penal. Artigo 121 2º, inciso VI e 2º-A, inciso I e II. Disponível em: < Acesso em 04 de julho de 2015.

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