PASSAPORTE PARA ANGOLA
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- Sandra Desconhecida de Oliveira
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1 PASSAPORTE PARA ANGOLA Samuel Fernandes de Almeida 27 de Maio de 2011
2 ÍNDICE Contabilidade e Obrigações Declarativas Tributação de dividendos - Regime de eliminação da dupla tributação económica PALOP Tratamento fiscal das operações de financiamento Preços de Transferência Regras gerais de Imposto Industrial Regime Fiscal dos Grupos de Sociedades
3 CONTABILIDADE E OBRIGAÇÕES DECLARATIVAS
4 CONTABILIDADE EM ANGOLA Enquadramento Legal Decreto n.º 82/01, de 16 de Novembro Aprova o Plano Geral de Contabilidade Angolano (PGC) Decreto Presidencial n.º 232/10, de 11 de Outubro - Aprova o Estatuto da Ordem dos Contabilistas e dos Peritos Contabilistas de Angola
5 CONTABILIDADE EM ANGOLA Plano Geral de Contabilidade A estrutura conceptual de preparação e apresentação das demonstrações financeiras inspirada nas Normas do International Accounting Standards Committee Board (IASB) A estrutura do balanço, demonstração de resultados por funções, quadro e lista de contas seguem modelo da International Federation of Accountants Justifica-se pela conveniência em substituir o carácter legal actual por práticas geralmente aceites, o que se prevê que venha a acontecer de forma progressiva Contudo não foram transpostas ou adoptadas as normas de contabilidade internacional
6 CONTABILIDADE EM ANGOLA Plano Geral de Contabilidade Estão sujeitas às regras do PGC: Sociedades Comerciais e Empresas Públicas que exerçam actividades em Angola ou que exerçam actividades em outros países mas que tenham a respectiva sede em Angola O PGC não é aplicável a entidades que exerçam actividade para a qual esteja prevista a existência de planos de contas específicos, nomeadamente actividade bancária e seguradora Ficam dispensados de seguir a disciplina do PGC, os sujeitos que exerçam actividade a título individual
7 CONTABILIDADE EM ANGOLA Plano Geral de Contabilidade Princípios Contabilísticos: Consistência na apresentação e classificação de itens nas demonstrações financeiras Materialidade da informação prestada aos utentes Não Compensação de Saldos entre activos e passivos (excepto entre custos e proveitos que não sejam materiais) Comparabilidade da informação e períodos precedentes
8 CONTABILIDADE EM ANGOLA Plano Geral de Contabilidade O justo valor não é elegível como critério de mensuração/valorimetria para efeitos de reconhecimento e inscrição de elementos no balanço e na demonstração de resultados: - custo histórico (valor pago na aquisição) - custo corrente (valor actualizado dos activos ou liquidação de passivos) - valor realizável (quantia a obter ao vender o activo) O PGC adopta o custo histórico, embora permita a utilização do custo corrente para as imobilizações corpóreas e o valor realizável para os inventários
9 CONTABILIDADE EM ANGOLA Plano Geral de Contabilidade Demonstrações Financeiras: componentes Posição Financeira Desempenho Alteração na posição Financeira Balanço Demonstração de Resultados Demonstração de Fluxos de Caixa Como complemento, são ainda preparadas notas explicativas às contas e às demonstrações de fluxos de caixa (facultativo)
10 CONTABILIDADE EM ANGOLA Plano Geral de Contabilidade Demonstrações Financeiras: devem identificar Nome da Identidade que relata Período de relato (Regra Geral 12 meses com término a 31 de Dezembro) Moeda de relato e respectiva grandeza (obrigatório que seja em Kwanzas, embora seja admitida a preparação simultânea de demonstrações usando outra moeda de relato)
11 CONTABILIDADE EM ANGOLA Plano Geral de Contabilidade Componentes de preparação obrigatória: Balanço - Demonstração contabilística destinada a evidenciar, quantitativa e qualitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira de uma entidade Demonstração de resultados por natureza - demonstração contabilística destinada a evidenciar a composição do resultado formado num determinado período de operações de uma entidade Demonstração de fluxos de caixa - demonstração contabilística destinada a evidenciar como foi gerado e utilizado o dinheiro no período em análise Notas às contas divulgações destinadas a fornecer informação adicional
12 CONTABILIDADE EM ANGOLA Plano Geral de Contabilidade Balanço: classes Activo - recursos controlados por uma entidade como resultado de acontecimentos passados, e dos quais se espera que fluam para a entidade benefícios económicos futuros Passivo - obrigações presentes da entidade provenientes de acontecimentos passados, do pagamento dos quais se espera que resultem exfluxos de recursos da empresa incorporando benefícios económicos Capital Próprio - interesse residual do activo depois de deduzidos os passivos (património líquido da empresa)
13 CONTABILIDADE EM ANGOLA Plano Geral de Contabilidade Demonstração de Resultados: classes Proveitos aumentos dos benefícios económicos durante o período, na forma de influxo ou melhoria de activos ou diminuições de passivos que resultem em aumentos de capitais próprios, que não sejam os relacionados com as contribuições dos participantes no capital Custos diminuição nos benefícios económicos, durante o período, na forma de exfluxos ou perdas de valor de activos ou no aumento de passivos que resultem em diminuição de capitais próprios, que não sejam os relacionados com as distribuições aos participantes no capital próprio
14 CONTABILIDADE EM ANGOLA Plano Geral de Contabilidade Demonstração de Fluxos de Caixa: componentes Fluxos resultantes das actividades operacionais Fluxos resultantes das actividades de investimentos Fluxos resultantes das actividades de financiamento
15 CONTABILIDADE EM ANGOLA Plano Geral de Contabilidade comparação com o plano de contas português CLASSES PGCA Classe 1 Meios Fixos e Investimentos Classe 2 Existências Classe 3 - Terceiros Classe 4 - Meios Monetários Classe 5 Capital e Reservas Classe 6 Proveitos por Natureza Classe 7 Custos e Perdas por Natureza Classe 8 Resultados Classe 1 Meios Financeiros Líquidos Classe 2 Contas a Receber e a Pagar Classe 3 Inventários e Activos Biológicos Classe 4 Investimentos Classe 5 Capital, Reservas e Resultados Transitados Classe 6 Gastos SNC Classe 7 Rendimentos Classe 8 - Resultados
16 CONTABILIDADE EM ANGOLA Estatuto da Ordem dos Contabilistas e dos Peritos Contabilistas de Angola Algumas competências dos contabilistas: Fazer o processamento contabilístico das transacções das entidades sujeitas ao Plano Geral de Contabilidade ou a planos de contabilidade sectoriais Zelar pela regularidade fiscal do registo das transacções Assegurar o apuramento do imposto de rendimento a pagar Preparar demonstrações financeiras
17 CONTABILIDADE EM ANGOLA Estatuto da Ordem dos Contabilistas e dos Peritos Contabilistas de Angola Habilitações académicas: Curso superior de economia, finanças, gestão ou contabilidade Curso médio de contabilidade e antigos cursos geral do comércio e administração
18 CONTABILIDADE EM ANGOLA Estatuto da Ordem dos Contabilistas e dos Peritos Contabilistas de Angola Inscrição: Sujeita à realização de estágio com a duração de dois anos e exames escritos e orais Período transitório: no prazo de 12 meses a contar da instalação da Comissão Instaladora da Ordem, pode ser requerida a inscrição com dispensa de estágio, mas sujeito a curso de actualização (experiência profissional relevante de 10 anos) Comissão Instaladora depois de nomeada dispõe de 2 anos
19 CONTABILIDADE EM ANGOLA Estatuto da Ordem dos Contabilistas e dos Peritos Contabilistas de Angola Imposição às entidades sujeitas à preparação de demonstrações financeiras pelo Plano Geral de Contabilidade ou por planos de contabilidade sectoriais, do dever de comunicar à Ordem dos Contabilistas e dos Peritos Contabilistas, até ao dia 30 de Março de cada ano, ou nos 30 dias imediatos ao início da actividade, a identidade do seu contabilista Os cidadãos não angolanos têm que cumprir determinados requisitos para que possa ser admitida a sua inscrição como contabilistas Lista de contabilistas sujeita a publicação anual em DR
20 CONTABILIDADE EM ANGOLA Estatuto da Ordem dos Contabilistas e dos Peritos Contabilistas de Angola Direitos e deveres: Obtenção de toda a documentação necessária ao exercício das funções Exigir confirmação por escrito de instruções Proibição de publicidade Dever de segredo Executar todas as funções que lhe sejam confiadas desde que não sejam contrárias à lei ou às disposições técnicas em vigor Abster-se de actos que conduzam à ocultação ou viciação de documentos Acompanhar a AF na realização de inspecções (quando solicitado)
21 OBRIGAÇÕES DECLARATIVAS Imposto industrial Principais obrigações: Apresentar declaração de início de actividade Apresentar declaração anual de rendimentos (Modelo 1), até ao final do mês de Maio Criar e manter escrita organizada (Prazo 5 anos) Apresentar declaração de cessação de actividade Comunicação à Direcção Nacional de Impostos do Ministério das Finanças sobre os elementos de identificação do contabilista responsável
22 OBRIGAÇÕES DECLARATIVAS Declaração Anual de Rendimentos Grupo A deve ser acompanhada dos seguintes documentos: Relação dos representantes permanentes, administradores, gerentes e membros do conselho fiscal Cópia da acta da reunião ou assembleia de aprovação de contas ou documento comprovativo dessa aprovação Balanço de verificação, mapa do balanço final do exercício, extraído dos livros competentes, com a indicação das pessoas que o assinaram Mapas da conta de resultados do exercício Relatório Técnico
23 TRIBUTAÇÃO DE DIVIDENDOS
24 TRIBUTAÇÃO DE DIVIDENDOS Distribuição de dividendos está sujeita a Imposto sobre a Aplicação de Capitais (Rendimentos derivados da aplicação de capitais produzidos em Angola) Desde que o respectivo devedor tenha sede ou direcção efectiva em Angola Taxa 10% Liquidação e Pagamento As entidades que procedam ao pagamento das importâncias sujeitas a imposto ficam obrigadas a efectuar retenção na fonte à taxa aplicável e entrega do imposto retido até ao final do mês seguinte à ocorrência dos factos tributáveis, por meio de guia
25 TRIBUTAÇÃO DE DIVIDENDOS Isenção de IAC Lucros atribuídos aos sócios de sociedades cuja actividade consista na mera gestão de uma carteira de títulos, até ao montante dos juros e dividendos de títulos nacionais recebidos por essas sociedades ou creditados a seu favor durante o ano da gerência a que respeita a atribuição Lucros atribuídos aos sócios de sociedades comerciais e civis sob forma comercial, na proporção em que a parte dos lucros recebidos das segundas pelas primeiras e sobre a qual tenha sido liquidado imposto sobre a aplicação de capitais, secção B, esteja para a totalidade dos lucros apurados pelas segundas
26 TRIBUTAÇÃO DE DIVIDENDOS Regime português de eliminação da dupla tributação económica sobre dividendos Artigo 42.º EBF (i) (ii) (iii) Casa-Mãe PT Deve estar sujeita e não isenta de IRC Tem de deter, directamente, pelo menos 25% da subsidiária nos PALOP Por período não inferior a 2 anos (anterior à distribuição dos lucros) 0% em sede de IRC em PT na distribuição de lucros e dividendos Distribuição de lucros e dividendos Subsidiária PALOP (i) Sujeita e não isenta a Imposto sobre o Rendimento (ii) A uma taxa não inferior a 10% (iii) Lucros não resultem de actividades geradoras de rendimentos passivos 10% em sede de Imposto sobre a Aplicação de Capitais em Angola na distribuição de lucros e dividendos
27 TRATAMENTO FISCAL DAS OPERAÇÕES DE FINANCIAMENTO
28 TRATAMENTO FISCAL DAS OPERAÇÕES DE FINANCIAMENTO Tributação de mútuos 1. Imposto do Selo Sujeição a Imposto do Selo em Angola, à taxa de 0,3% sobre o valor do mesmo (escrito de confissão ou constituição de dívida), desde que: O contrato seja celebrado em Angola; ou Sendo celebrado fora de Angola, seja apresentado para qualquer efeito perante uma autoridade pública Angolana e diga respeito a bens situados em território Angolano Acresce Kz 10 por cada página e Kz 50 por cada exemplar selado do contrato
29 TRATAMENTO FISCAL DAS OPERAÇÕES DE FINANCIAMENTO Tributação de mútuos 1. Imposto do Selo Os juros cobrados por instituições financeiras residentes em Angola estão sujeitos a IS à taxa de 1% sobre o respectivo montante e na data do pagamento, sendo encargo do cliente Juros cobrados entre instituições financeiras estão isentos
30 TRATAMENTO FISCAL DAS OPERAÇÕES DE FINANCIAMENTO Tributação de mútuos 1. Imposto do Selo Hipotecas, fianças e garantias bancárias estão sujeitas a IS à taxa de 0,3% sobre o respectivo valor Acresce Kz 10 por cada meia folha e Kz 50 por cada exemplar As demais garantias não estão sujeitas a IS (apenas ao IS sobre o escrito) As garantias associadas a um contrato de financiamento sujeito a IS estão excluídas de tributação Recibos de juros 2%
31 TRATAMENTO FISCAL DAS OPERAÇÕES DE FINANCIAMENTO Tributação de mútuos 2. Imposto sobre a Aplicação de Capitais Juros IAC 15% Regra Geral: o imposto é liquidado e pago pelo beneficiário do rendimento, salvo se for uma entidade não residente sem estabelecimento estável em Angola (caso em que é a entidade devedora que entrega o imposto mas não se trata de retenção na fonte) São tributados os capitais aplicados/produzidos em Angola (pagos por residentes ou entidades com EE, sendo que se presumem aplicados os actos celebrados em Angola ou garantidos por bens localizados no território)
32 TRATAMENTO FISCAL DAS OPERAÇÕES DE FINANCIAMENTO Imposto sobre a aplicação de capitais Incidência objectiva Mútuos e aberturas de crédito Presunção do vencimento de juros à taxa de 6%, se não for aplicável taxa superior nos termos do contrato celebrado Ilidível por decisão judicial proferida em acção intentada nos tribunais comuns pelo contribuinte contra o Estado
33 PREÇOS DE TRANSFERÊNCIA
34 PREÇOS DE TRANSFERÊNCIA Artigo 55º do Código de II Permite à Administração Fiscal efectuar as correcções necessárias sempre que em virtude das relações especiais entre o contribuinte e outra pessoa, tenham sido estabelecidas condições diferentes das que seriam normalmente acordadas entre entidades independentes O conceito de relações especiais está definido no Plano Geral de Contabilidade
35 PREÇOS DE TRANSFERÊNCIA Notas Explicativas do Plano Geral de Contabilidade contém a disciplina sobre as relações entre entidades em relação de dependência Transacções com partes em relação de dependência: Transferência de recursos Obrigações entre as partes
36 PREÇOS DE TRANSFERÊNCIA Relações Especiais - Partes em relação de dependência - Partes em relação de controlo - Influência significativa
37 PREÇOS DE TRANSFERÊNCIA Métodos de fixação de preços de transferência: Preço comparável de mercado Preço de revenda minorado Custo majorado Fraccionamento do lucro Margem líquida da operação
38 PREÇOS DE TRANSFERÊNCIA As transacções entre entidades relacionadas devem ser reconhecidas contabilisticamente de acordo com os critérios gerais aplicáveis em função da natureza da operação subjacente Contudo, devem ser efectuadas as divulgações necessárias à compreensão dos efeitos das transacções com partes em relação de dependência, nomeadamente: Natureza do relacionamento existente Tipo de transacções efectuadas Políticas de determinação do preço Quantia das transacções realizadas
39 REGRAS GERAIS DE IMPOSTO INDUSTRIAL
40 IMPOSTO INDUSTRIAL Incidência subjectiva Empresas com sede ou direcção efectiva em Angola e empresas com sede e direcção efectiva no estrangeiro, mas com um estabelecimento estável no país
41 IMPOSTO INDUSTRIAL Estabelecimento estável Instalação fixa através da qual a empresa exerça toda ou parte da sua actividade Fornecimento de serviços através de pessoal contratado desde que as actividades sejam desenvolvidas por um período superior a 90 dias, seguido ou interpolado, em qualquer período de 12 meses Agente dependente
42 IMPOSTO INDUSTRIAL Incidência objectiva lucros imputáveis ao exercício, embora acidental, de qualquer actividade de natureza comercial ou industrial Lucro tributável diferença entre os proveitos e ganhos do exercício e os custos e perdas do mesmo período, apurados de acordo com a contabilidade, eventualmente corrigidos nos termos das regras fiscais
43 IMPOSTO INDUSTRIAL Isenções Entidades que limitem a sua actividade à simples administração de prédios próprios Companhias estrangeiras de navegação marítima e aérea (sujeita a reciprocidade) Isenções temporárias ao abrigo da Lei sobre os Incentivos Fiscais e Aduaneiros ao Investimento Privado (regime em revisão)
44 IMPOSTO INDUSTRIAL Base tributável Empresas com sede ou direcção efectiva em Angola: rendimentos obtidos no exercício da sua actividade no país e no estrangeiro (lucro universal) Empresas com estabelecimento estável em Angola: lucros imputáveis a esse estabelecimento estável (princípio da atracção do estabelecimento estável) Taxa: 35%
45 IMPOSTO INDUSTRIAL Grupos de tributação Grupo A - Inclui a generalidade dos contribuintes, nomeadamente, sociedades anónimas, sociedades comerciais e civis, e estabelecimentos estáveis de sociedades com sede no estrangeiro Grupo B - Sociedades que pratiquem actos isolados de natureza comercial ou industrial e que não sejam tributadas pelos Grupos A e C Grupo C - Aplicável apenas a determinados contribuintes individuais
46 IMPOSTO INDUSTRIAL Determinação da matéria colectável Regra geral declaração do contribuinte Na falta de declaração, cabe à Administração Fiscal o apuramento da matéria colectável por presunção, com base nos seguintes elementos: Elementos da escrita do contribuinte Matéria colectável de anos anteriores Margens médias de lucro bruto ou líquido sobre as vendas ou prestações de serviços ou compras e fornecimentos de terceiros Elementos e informações declarados à administração fiscal, incluindo os relativos a outros impostos e os obtidos em empresas ou outros contribuintes
47 IMPOSTO INDUSTRIAL Custos dedutíveis Consideram-se custos ou perdas do exercício aqueles que sejam tidos como razoáveis e indispensáveis para a realização dos proveitos e ganhos sujeitos a imposto e para a manutenção da fonte produtora Exemplos: Encargos de actividade básica ou complementar relativos à produção ou aquisição de quaisquer bens ou serviços Encargos de distribuição e venda, abrangendo os transportes, publicidade e colocação de mercadorias Encargos de natureza financeira, entre os quais juros de capitais alheios empenhados na empresa, descontos, ágios, transferências, entre outros Encargos de natureza administrativa, nomeadamente, remunerações, quotas, subsídios, transporte e comunicações, previdência social e seguros
48 IMPOSTO INDUSTRIAL Custos dedutíveis Os custos incorridos pelos estabelecimentos estáveis de empresas estrangeiras em Angola só são dedutíveis se forem incorridos em Angola ( realizados pelas suas representações no país )
49 IMPOSTO INDUSTRIAL Reporte de Prejuízos (Artigo 46.º do CII) Prazo 3 anos Os prejuízos incorridos em actividade que beneficie de isenção ou redução de taxa não podem ser deduzidos aos lucros de outras actividades sujeitas ao regime geral do mesmo imposto (obrigação de segregação da contabilidade entre actividades isentas e sujeitas) Impossibilidade de transmissibilidade de prejuízos entre sociedades Actos de concentração empresarial Ausência de regime de neutralidade fiscal
50 IMPOSTO INDUSTRIAL Provisões fiscalmente dedutíveis Provisões relativas a processos judiciais em curso Provisões relativas à cobertura de créditos de cobrança duvidosa Provisões destinadas a cobrir as perdas de valor das existências Provisões relativas a constituição de reserva técnica necessária à cobertura dos encargos das entidades patronais que não transfiram para outrém as responsabilidades emergentes de acidentes de trabalho e doenças profissionais
51 IMPOSTO INDUSTRIAL Eliminação da dupla tributação económica (Artigo 45.º do CII) Para efeitos de determinação do lucro tributável são dedutíveis os dividendos recebidos desde que cumpridos os seguinte Participação detida durante dois anos consecutivos ou desde a constituição da sociedade, quando a existência legal seja inferior àquele período mínimo de detenção Participação não inferior a 25% Deduções à colecta (Artigo 81.º do CII) Imposto sobre Aplicação de Capitais que tiver recaído sobre outros rendimentos Imposto Predial Urbano (revogado Lei n.º 18/11, de 21 de Abril)
52 IMPOSTO INDUSTRIAL Alterações legislativas ao Código de Imposto Industrial Deixa de ser possível deduzir à colecta de II o IPU suportado Previsão de mecanismo para mitigar os efeitos da dupla tributação internacional Dedução à colecta de imposto parcelar sobre os rendimentos, com excepção do IPU, que os contribuintes provem ter pago fora de Angola por actividade aí exercida As rendas recebidas pelo exercício de qualquer actividade sujeita a IPU deixam de ser consideradas como proveitos para efeitos de II (Alterações já foram objecto de publicação em Diário da República Lei n.º 18/11, de 21 de Abril)
53 IMPOSTO INDUSTRIAL Regime especial de retenção na fonte de Imposto Industrial (Lei n.º 7/97, de 10 de Outubro) Estabelece um mecanismo de retenção na fonte de Imposto Industrial Incidência subjectiva Pessoas singulares e colectivas quer tenham ou não sede, direcção efectiva ou estabelecimento estável em Angola
54 IMPOSTO INDUSTRIAL Regime especial de retenção na fonte de Imposto Industrial (Lei n.º 7/97, de 10 de Outubro) Incidência objectiva Contratos de empreitada, sub-empreitada Prestação de serviços de gestão, assistência técnica ou similares não abrangidos pelo Código do Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho Actividades que concorram para completar obras ou serviços Tais serviços possam vir a ser considerados custos contabilizados ou não em Angola, pelo outro contratante
55 IMPOSTO INDUSTRIAL Regime especial de retenção na fonte de Imposto Industrial (Lei n.º 7/97, de 10 de Outubro) Base do imposto Contratos de construção, beneficiação, reparação ou conservação dos bens do activo fixo imobiliário 10% do valor do contrato (taxa de 3.5%) Restantes contratos 15% do valor do contrato (taxa de 5.25%)
56 IMPOSTO INDUSTRIAL Regime especial de retenção na fonte de Imposto Industrial (Lei n.º 7/97, de 10 de Outubro) Liquidação e pagamento Pagamento é efectuado por retenção na fonte pela entidade contratante (Cliente) Imposto deve ser entregue ao Ministério das Finanças no prazo de 15 dias a contar do pagamento efectuado
57 IMPOSTO INDUSTRIAL Liquidação e pagamento do imposto Grupo A: Liquidação Provisória - 3 pagamentos provisórios nos meses de Janeiro, Fevereiro e Março Grupo B: Liquidação Provisória - Um único pagamento em Janeiro Liquidação Definitiva - Corresponde ao pagamento [no momento da entrega da declaração anual] da diferença entre o imposto liquidado provisoriamente e o apurado na respectiva declaração de rendimentos
58 REGIME FISCAL DOS GRUPOS DE SOCIEDADES
59 GRUPOS DE SOCIEDADES Ausência de regime especial de tributação dos lucros de grupos de sociedades Ausência de regime fiscal especial aplicável a SGPS
60 GRUPOS DE SOCIEDADES Regime fiscal aplicável a SGPS: Sujeição a Imposto Industrial Os lucros distribuídos pelas sociedades participadas estão sujeitos salvo aplicação de alguma isenção - a retenção na fonte de IAC à taxa de 10% Os lucros a distribuir aos accionistas da SGPS estão, contudo, isentos de IAC, uma vez que se trata de uma sociedade cuja actividade consiste na mera gestão de uma carteira de títulos (aplicável a não residentes?) Eliminação da dupla tributação económica desde que o lucro das sociedades participadas esteja sujeita a Imposto Industrial, a SGPS pode deduzir à matéria colectável de Imposto Industrial um montante equivalente ao valor dos dividendos distribuídos, desde que verificados os requisitos do artigo 45.º do CII
61 GRUPOS DE SOCIEDADES Regime fiscal aplicável a SGPS: As retenções na fonte de IAC (excepto sobre dividendos) podem ser deduzidas à colecta apurada pela SGPS Contudo, a possibilidade de recuperação de IAC numa SGPS é muito reduzida, pois estas sociedades tendem a ter uma colecta de Imposto Industrial muito reduzida (mecanismo de eliminação da dupla tributação económica) Ou seja, para além da isenção de IAC na distribuição de dividendos aos Sócios da SGPS, as mesmas não gozam de qualquer outro benefício ou Incentivo fiscal, não sendo veículos atractivos
62 GRUPOS DE SOCIEDADES Tributação dos Grupos de Sociedades: 1. Sociedade estrangeira investe em Sociedade Angolana através de outra Sociedade Angolana: Distribuição de dividendos está sujeita a IAC 10% a dois níveis Dupla tributação (Possível isenção do artigo 13 do Código de IAC) As participações inferiores a 25% ou detidas há menos de 2 anos não beneficiam do mecanismo de eliminação da dupla tributação económica, sendo por conseguintes sujeitas a Imposto Industrial à taxa de 35% As mais-valias obtidas por entidades Angolanas decorrentes de alienação de participações sociais em Angola estão sujeitas a Imposto Industrial
63 GRUPOS DE SOCIEDADES Tributação dos Grupos de Sociedades: 2. Sociedade estrangeira investe em Sociedade Angolana directamente: Sujeita apenas a 10% de IAC sobre a distribuição de dividendos As mais-valias obtidas por entidades não residentes em Angola decorrentes de alienação de participações sociais em Angola estão excluídas de tributação em Imposto Industrial
64 OBRIGADO
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