Imposto Industrial Lei n.º 19/14 de 22 de Outubro
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- Alexandra Lancastre Angelim
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1 Imposto Industrial
2 A) Regime Transitório Taxa de II de 30% aplicável já ao exercício de 2014; Obrigatoriedade de todas as empresas terem contabilidade organizada a partir do exercício de 2017; Tributações autónomas aplicáveis apenas a partir do exercício de B) Incidência Eliminação do Grupo C, o qual transita para o novo Código do IRT. Passam a estar sujeitas a II: a) Entidades sujeitas à supervisão da actividade seguradora, de jogos, financeira, e mercado de capitais; b) Sociedades cujo objecto consista na mera gestão de imóveis, de participações sociais ou títulos; c) Fundações, fundos autónomos, cooperativas e associações de beneficência. C) Isenções Elimina-se o elenco de isenções anteriormente existente, mas prevê-se que as já existentes se mantenham nos termos da lei ao abrigo da qual foram concedidas. D) Grupos de Tributação Passam a existir apenas dois grupos de tributação, o A e B, passando obrigatoriamente a fazer parte do primeiro as seguintes entidades: a) Empresas públicas e entes equiparados; b) Sociedades comerciais com capital social igual ou superior a AKZ ; c) Sociedades comerciais com proveitos totais anuais de valor igual ou superior a AKZ ; d) Associações, Fundações e Cooperativas cuja actividade gere proveitos adicionais às dotações e subsídios recebidos dos seus associados, cooperante ou mecenas; e) Sucursais de empresas estrangeiras; f) Qualquer contribuinte que assim o requeira. 2
3 São tributadas pelo Grupo B os contribuintes não abrangidos nos Grupos A, e bem assim os que devam imposto somente pela prática de alguma operação ou acto isolado de natureza comercial ou industrial. Acto Isolado Qualquer actividade exercida de forma continua ou interpolada que não tenha duração superior a 180 dias durante um exercício fiscal. E) Proveitos e Ganhos Alterações Passam a ser considerados proveitos: a) As variações patrimoniais positivas, excluídas as que decorrem de entradas de capital ou coberturas de prejuízos, efectuadas pelos titulares do capital ou crédito de imposto. b) Os perdões de dívidas. c) Não se consideram proveitos ou ganhos, as rendas recebidas pelo exercício de qualquer actividade sujeita a IPU. F) Custos ou Gastos Alterações Custos não aceites fiscalmente: a) Impostos que o contribuinte não se encontra autorizado a suportar ou que sejam impostos de terceiros (II, IRT, IPU, IAC, SS na parcela do trabalhador); b) Multas e todos os encargos pela prática de infracções de qualquer natureza; c) Custos de conservação e reparação de imóveis arrendados, considerados como custos no apuramento do IPU; d) Correcções à matéria colectável relativos a exercícios anteriores; e) Seguros do ramo vida e saúde não atribuídos à generalidade dos trabalhadores f) Gastos com assistência social assistência médica, creches, cantinas, bibliotecas, escolas - que não sejam disponibilizados à generalidade dos trabalhadores; g) Juros de empréstimos dos detentores de capital ou de suprimentos; h) Custos indevidamente ou não documentados, despesas confidenciais estarão sujeitos a tributação autónoma a partir de 2017; i) Donativos fora do âmbito da Lei do Mecenato estarão sujeitos a tributação autónoma a partir de 2017; j) Amortizações de viaturas ligeiras de passageiros ou mista, na parte que exceda os AKZ , assim como de barcos de recreio, aviões e helicópteros. 3
4 Despesas indevidamente documentadas: São despesas que nos termos legais não se encontram devidamente formalizadas ou descritas, ainda que os documentos contenham o nome e NIF do beneficiário do pagamento. Não serão aceites pela Administração Fiscal a mera referência a serviços prestados, desacompanhados de outras especificações (Ex: facturas proforma). Despesas não documentadas: Aquelas em que não existe documentação válida de suporte da despesa nos termos da lei, mas em que a sua ocorrência e natureza são materialmente comprováveis (Ex: compras em mercados informais). Despesas confidenciais: Aquelas em que não existe documentação válida de suporte da despesa nos termos da lei, e para as quais se desconhece, ou não se consegue provar, a sua natureza, função ou origem e beneficiário. (Ex: gorjetas; pagamentos de serviços sem factura) G) Taxas Grupo A e B c/ contabilidade organizada: 30% Liquidação provisória serviços: 6,5% sobre o valor dos serviços prestados; Liquidação provisória vendas: 2% sobre as vendas do 1.º Semestre do exercício Grupo B s/ contabilidade organizada: 6,5% sobre o volume de vendas e serviços prestados. Taxa liberatória sobre os serviços acidentais prestados por entidades estrangeiras: 6,5% sobre o valor dos serviços prestados; H) Regimes de Liquidação Provisória Vendas Empresas que se dediquem à venda de bens e equipamentos deverão liquidar provisoriamente II aplicando-se a taxa de 2% sobre o volume total das vendas do 1.º Semestre: a) Grupo A: autoliquidação provisória e pagamento até ao final do mês de Agosto. b) Grupo B c/ contabilidade organizada: autoliquidação provisória e pagamento até ao final do mês de Julho. Liquidações provisórias em excesso poderão ser deduzidas à colecta nos 5 anos seguintes: referência ao prazo de caducidade. 4
5 I) Regimes de Liquidação Provisória Prestações de Serviços São eliminadas as taxas de retenção na fonte de 3,5% e 5,25%, passando a aplicar uma taxa única de 6,5% sobre a generalidade das prestações de serviços, continuando a liquidação e entrega do imposto a cargo da entidade pagadora do serviço até ao final do mês seguinte. Montantes retidos em excesso poderão ser deduzidos à colecta nos 5 anos seguintes: referência ao prazo de caducidade. Não ficam sujeitos a este regime: a) Serviços de ensino, jardins-de-infância, lactários, berçários e análogos; b) Serviços de saúde; c) Serviços cujo valor integral não ultrapasse AKZ ; d) Transporte de passageiros; e) Locação de máquinas e equipamentos, que dêem lugar ao pagamento de royalties; f) Serviços de intermediação financeira e seguradora; g) Serviços de hotelaria e similares; h) Serviços de telecomunicações. Os contribuintes que realizam vendas de bens e prestações de serviços estão sujeitos a liquidações provisórias ao abrigo dos dois regimes. J) Serviços Acidentais Prestados por Entidades Estrangeiras Os serviços prestados por pessoas colectivas sem sede, direcção efectiva ou estabelecimento estável em Angola, passam a estar sujeitos a uma taxa única de retenção na fonte de 6,5%, com a liquidação e entrega do imposto a cargo entidade angolana pagadora do serviço até ao final do mês seguinte. A matéria colectável será o valor global do serviço prestado, ficando igualmente sujeito a este regime as transacções entre entidades relacionadas. Não ficam sujeitos a este regime: a) Serviços de ensino, jardins-de-infância, lactários, berçários e análogos; b) Serviços de saúde; c) Serviços cujo valor integral não ultrapasse AKZ ; d) Transporte de passageiros; e) Locação de máquinas e equipamentos, que dêem lugar ao pagamento de royalties. 5
6 K) Penalidades Incumprimento das obrigações declarativas: a) Declaração de Rendimentos Modelo 1 Grupo A AKZ Grupo B AKZ Não pagamento do imposto dentro do prazo estabelecido sujeita o infractor a uma multa de 35% do imposto em falta, com um mínimo correspondente a AKZ
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