DIREITO ELEITORAL RE ISAÇO JAIME BARREIROS NETO. 2ª edição

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2 JAIME BARREIROS NETO Professor Assistente da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia, aprovado em concurso público de provas e títulos, é Bacharel em Direito, Mestre em Direito Público e Doutorando em Ciências Sociais pela citada universidade. É ainda professor da Universidade Católica do Salvador (desde 2004) e Faculdade Baiana de Direito (desde 2007). Lecionou nos cursos de graduação em Direito da Faculdade Ruy Barbosa (2005 a 2007) e da Faculdade Batista Brasileira (2006). É também professor convidado de vários cursos de especialização em Direito, sendo atualmente coordenador do Curso de Pós-Graduação em Direito Eleitoral da Faculdade Baiana de Direito e do Curso de Especialização em Direito e Processo do Trabalho da Universidade Católica do Salvador. É ainda Analista Judiciário do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia, Ex-Vice-Diretor da Escola Judiciária Eleitoral da Bahia, Vice-Presidente do Instituto de Direito Constitucional da Bahia, Auditor e Ex-Procurador do Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol da Bahia, além de autor de obras jurídicas. Currículo lattes: Coleção RE ISAÇO DIREITO ELEITORAL 2ª edição Atualizada de acordo com a Leis nº /15 e13.165/15 (reforma eleitoral), /15 (Novo Código de Processo Civil) e /15 (Estatuto da Pessoa com Deficiência) 2016

3 Capítulo V Os Sistemas Eleitorais QUESTÕES 1. QUESTÕES DE CONCURSOS PARA A MAGISTRATURA ESTADUAL. 01. (FCC Juiz Substituto PE/ 2011) Sobre o sistema eleitoral brasileiro, no que se refere à re presentação proporcional, é correto afirmar: a) A deliberação sobre coligação caberá à Convenção Nacional de cada Partido, quando se tratar de elei ção para a Câmara dos Deputados. b) Só poderão concorrer à distribuição dos lugares os Partidos e coligações que tiverem obtido quociente eleitoral, inclusive quando do preenchimento dos lu gares não preenchidos com a aplicação dos quo cientes partidários, salvo quando nenhum Partido ou coligação alcançar o quociente eleitoral, hipótese em que serão considerados eleitos, até serem preen chidos todos os lugares, os candidatos mais votados. c) Determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o nú mero de votos válidos apurados (aí incluídos os votos em branco) pelo de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral. d) Na ocorrência de vaga, não havendo suplente para preenchê-la, far-se-á eleição, salvo se faltarem me nos de doze meses para findar o período de man dato. e) Em caso de empate, haver-se-á por eleito o can didato mais jovem. Nota do autor: O processo para a averiguação do número de vagas cabíveis a cada partido ou coligação, no sistema proporcional, não é de tão grande complexidade, como se possa aparentar. A primeira etapa a se cumprir é a de determinar o quociente eleitoral, segundo o que dispõe o artigo 106 do CE: determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o número de votos válidos apurados pelo de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um, se superior. De se ressaltar que, neste caso, por votos válidos se entende os votos distribuídos aos candidatos e às legendas, não se computando os votos brancos e nulos. A segunda etapa é a determinação do quociente partidário, que se atinge através da divisão do número de votos válidos dados sob a mesma legenda ou coligação de legendas, pelo quociente eleitoral, desprezada a fração, conforme disposto no artigo 107 do Código. Alternativa correta: assertiva B. De acordo com o artigo 111 do Código Eleitoral: se nenhum partido ou coligação alcançar o quociente eleitoral, considerar-se-ão eleitos, até serem preenchidos todos os lugares, os candidatos mais votados. Dessa forma, o sistema proporcional seria excepcionalmente substituído pelo sistema majoritário de eleição. votos brancos e os votos nulos, de acordo com a atual legislação eleitoral, não têm nenhum valor.

4 114 Revisaço Direito Eleitoral Jaime Barreiros Neto Assertiva A ERRADA. A eleição para deputado federal é uma eleição de circunscrição estadual, cabendo, assim, à convenção estadual de cada partido definir os candidatos da respectiva legenda, bem como acerca da formação de coligações para tal cargo. Assertiva C ERRADA. Os votos brancos, assim como os votos nulos, não são considerados votos válidos, o que os exclui do cálculo do quociente eleitoral. Assertiva D ERRADA. De acordo com o artigo 113 do Código Eleitoral, na ocorrência de vaga, não havendo suplente para preenchê-la, far-se-á eleição, salvo se faltarem menos de nove meses para findar o período de mandato. Assertiva E ERRADA. Terá preferência o candidato mais idoso, de caordo com previsão do artigo 110 do Código Eleitoral. 02. (CESPE Juiz de Direito Substituto-BA/ 2012) Considerando as características peculiares do sistema eleitoral brasileiro, assinale a opção correta. a) A eleição para vereador, assim como as demais eleições para cargos legislativos, é realizada pelo sistema proporcional. b) Nas eleições para prefeito, haverá segundo turno quando um candidato não obtiver a maioria relativa dos votos. c) Governador e senador são eleitos pelo sistema majoritário; deputado distrital e federal, pelo sistema proporcional. d) O candidato a presidente da República será eleito em primeiro turno se obtiver maioria relativa dos votos dos eleitores que efetivamente comparecerem às urnas, excluídos os votos nulos. e) A eleição dos vereadores é feita pelo sistema majoritário, pelo qual são eleitos, por maioria simples, os mais votados. Alternativa correta: assertiva C. Governadores são eleitos pelo sistema majoritário absoluto, enquanto os senadores são eleitos pelo sistema majoritário simples. Todos os deputados no Brasil, de todas as esferas, assim como os vereadores, são eleitos pelo sistema proporcional de lista aberta. Assertiva A ERRADA. O erro está no fato dos senadores, que também são parlamentares, serem eleitos pelo sistema majoritário simples. Assertiva B ERRADA. O segundo turno ocorrerá quando nenhum dos candidatos alcançar a maioria absoluta dos votos válidos. Assertiva D ERRADA. O presidente da república será eleito no primeiro turno se obtiver a maioria absoluta dos votos válidos, excluídos, assim, os brancos, nulos e abstenções. Assertiva E ERRADA. O sistema eleitoral adotado é o proporcional de lista aberta. 03. (Vunesp Juiz de Direito Substituto-MG/ 2012) Na apuração de vereadores eleitos, é correto afirmar que, pela aplicação do sistema proporcional, o quociente partidário é obtido dividindo-se pelo a) quociente eleitoral o número de votos válidos dados sob a mesma legenda ou coligação de legendas, desprezada a fração. b) quociente eleitoral, somado com o número de bairros que compõem o município respectivo, o número de votos válidos dados sob a mesma legenda ou coligação de legendas, desprezada a fração. c) quociente eleitoral, somado com o número de distritos que compõem o município respectivo, o número de votos válidos dados sob a mesma legenda ou coligação de legendas, desprezada a fração.

5 Capítulo V Os Sistemas Eleitorais 115 d) quociente eleitoral, somado com o número de bairros e distritos, que compõem o município respectivo, o número de votos válidos dados sob a mesma legenda ou coligação de legendas, desprezada a fração. Alternativa correta: assertiva A. O quociente partidário indica a quantidade de vagas obtidas pelo partido ou coligação, antes do cálculo das sobras. Para isso, divide-se o total de votos obtidos pela coligação ou partido pelo quociente eleitoral. O comentário responde as demais alternativas. 04. (FCC Juiz de Direito Substituto PE/2013) Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição no último domingo de outubro, concorrendo os dois candidatos mais votados, e considerando-se eleito o que obtiver a maioria dos votos válidos. Esta regra aplica-se à eleição para Prefeito em Município com mais de duzentos mil a) eleitores. b) habitantes. c) cidadãos. d) brasileiros. e) trabalhadores. Alternativa correta: assertiva A. No atual sistema eleitoral brasileiro, é exigida a maioria absoluta dos votos para se apontar o candidato vencedor, em uma eleição, apenas nos pleitos para os cargos de presidente da república, governador de estado, e prefeito de municípios com mais de duzentos mil eleitores, conforme disposto nos artigos 28; 29, II e 77 da Constituição Federal. O comentário responde as demais alternativas. 05. (Vunesp Juiz de Direito MS/2015) O direito brasileiro adota o sistema eleitoral proporcional, sendo correto afirmar que determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o número de a) votos válidos dados sob a mesma legenda ou coligação de legendas e pelo de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual ou inferior a um quarto, equivalente a um, se superior. b) votos válidos dados sob a mesma legenda ou coligação de legendas pelo de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral, desprezada a fração. c) votos, incluindo os brancos e nulos, apurados pelo de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual ou inferior a um quarto, equivalente a um, se superior. d) votos válidos apurados pelo de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um, se superior. e) votos válidos dados sob a mesma legenda ou coligação de legendas e os brancos pelo de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual ou inferior a um quinto, equivalente a um, se superior. Nota do autor: Toda competição tem uma fórmula de disputa, a partir da qual são conhecidos os vencedores e os perdedores. Com as eleições não poderia ser diferente. A fórmula de disputa de uma eleição, desta forma, é definida pelo seu sistema eleitoral, conceituado como o conjunto de critérios utilizados para definir os vencedores em um processo eleitoral. No Brasil, atualmente, duas são as espécies de sistemas eleitorais aplicadas: o sistema eleitoral majoritário e o sistema eleitoral proporcional.

6 116 Revisaço Direito Eleitoral Jaime Barreiros Neto De acordo com o sistema eleitoral majoritário, é considerado eleito o candidato que obtenha a maior soma de votos sobre os seus competidores, sendo os votos atribuídos aos demais candidatos desprezados, prevalecendo, assim, o pronunciamento emitido pela maioria. Vence a eleição, no sistema majoritário, o candidato mais votado. O sistema majoritário simples, adotado nas eleições para prefeitos de municípios com até 200 mil eleitores (e não habitantes) e senadores da república exige um único turno de eleições. Vence o candidato mais votado, independentemente da soma dos votos dos seus adversários. Este sistema é alvo de críticas por pecar quanto à legitimidade do eleito. Afinal, é possível, de acordo com o sistema majoritário simples, a eleição de um candidato com alta rejeição do eleitorado, embora bem votado. No atual sistema eleitoral brasileiro, é exigida a maioria absoluta dos votos para se apontar o candidato vencedor, em uma eleição, apenas nos pleitos para os cargos de presidente da república, governador de estado, e prefeito de municípios com mais de duzentos mil eleitores, conforme disposto nos artigos 28; 29, II e 77 da Constituição Federal. Para estes cargos, o vencedor só será declarado no primeiro turno caso tenha a maioria absoluta dos votos válidos, ou seja, mais votos do que todos os seus adversários somados. De se ressaltar que esta maioria absoluta deve ser aferida somente dos votos válidos, não sendo, portanto, levados em conta os votos em branco, os votos nulos e as abstenções. Caso nenhum candidato consiga maioria absoluta, deverá haver segundo turno entre os dois candidatos mais votados. Na contramão do sistema eleitoral majoritário, nos deparamos com o sistema eleitoral proporcional, cujo pressuposto é a repartição aritmética das vagas, pretendendo-se, dessa forma, que a representação, em determinado território se distribua em proporção às correntes ideológicas ou de interesse, integrada nos partidos políticos concorrentes. No Brasil, as eleições para deputados federais, deputados estaduais, deputados distritais e vereadores são decididas, atualmente, de acordo com o sistema eleitoral proporcional, a partir do qual as vagas em disputa são divididas, proporcionalmente, entre partidos políticos e coligações, de acordo com a votação obtida no pleito, de acordo com o cálculo do quociente eleitoral. O processo para a averiguação do número de vagas cabíveis a cada partido ou coligação não é de tão grande complexidade, como se possa aparentar. A primeira etapa a se cumprir é a de determinar o quociente eleitoral, segundo o que dispõe o artigo 106 do CE: determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o número de votos válidos apurados pelo de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um, se superior. De se ressaltar que, neste caso, por votos válidos se entende os votos distribuídos aos candidatos e às legendas, não se computando os votos brancos e nulos. A segunda etapa é a determinação do quociente partidário, que se atinge através da divisão do número de votos válidos dados sob a mesma legenda ou coligação de legendas, pelo quociente eleitoral, desprezada a fração, conforme disposto no artigo 107 do Código. Quando dois ou mais partidos estiveram coligados para a disputa de uma eleição proporcional (deputados ou vereadores), seus votos serão computados em conjunto para a determinação do quociente partidário, como se fossem um único partido. Somar-se-ão, assim, os votos de todos os candidatos lançados por todos os partidos coligados, além de todos os votos de legenda obtidos pelos mesmos partidos. Até as eleições de 2014, após o cálculo do quociente partidário, era possível se verificar quantas vagas cada partido ou coligação teria direito, inicialmente. A estas vagas, conquistadas pelo quociente partidário, contudo, eram somadas outras vagas decorrentes do cálculo de sobras, necessário como consequência de um fenômeno matemático: ao se dividir a votação de cada partido ou coligação pelo quociente eleitoral, para fins de cálculo do quociente partidário e consequente distribuição das cadeiras, é praticamente certo que não cheguemos a um número inteiro, como resultado. Por exemplo: se o partido ou coligação atingiu um total de 35 mil votos e o quociente eleitoral foi de 10 mil votos, o quociente partidário será 3,5, contabilizando-se três cadeiras para o partido, desprezada a fração. O desprezo destas frações, de todos os partidos e coligações envolvidos, necessariamente resultará no não preenchimento imediato de todas as cadeiras, restando, assim, o cálculo das sobras.

7 Capítulo V Os Sistemas Eleitorais 117 Este cálculo de sobras, até as eleições de 2014, era realizado da seguinte forma: pegava-se a votação obtida por cada partido ou coligação e dividia-se pelo número de cadeiras conquistadas mais um. Aquele partido ou coligação que atingisse o melhor resultado nesta conta, ganhava a primeira cadeira remanescente em disputa no cálculo das sobras. O procedimento, então, era repetido, até que todas as cadeiras viessem a ser preenchidas, sempre atentando-se para o fato de que, ao adquirir uma nova cadeira, no cálculo seguinte o divisor deste partido era aumentado em uma unidade. Uma vez distribuídas todas as cadeiras, os candidatos mais votados de cada partido ou coligação eram declarados eleitos, no limite das vagas conquistadas. A partir das eleições de 2016, mesmo com a manutenção da essência desta sistemática, mudanças importantes ocorrerão na distribuição das cadeiras entre partidos e coligações. Tais mudanças decorrerão das novas redações dos artigos 108, 109 e 112, parágrafo único, do Código Eleitoral, determinadas pela Lei nº /15, in verbis: Art Estarão eleitos, entre os candidatos registrados por um partido ou coligação que tenham obtido votos em número igual ou superior a 10% (dez por cento) do quociente eleitoral, tantos quantos o respectivo quociente partidário indicar, na ordem da votação nominal que cada um tenha recebido. Parágrafo único. Os lugares não preenchidos em razão da exigência de votação nominal mínima a que se refere o caput serão distribuídos de acordo com as regras do art Art Os lugares não preenchidos com a aplicação dos quocientes partidários e em razão da exigência de votação nominal mínima a que se refere o art. 108 serão distribuídos de acordo com as seguintes regras: I - dividir-se-á o número de votos válidos atribuídos a cada partido ou coligação pelo número de lugares definido para o partido pelo cálculo do quociente partidário do art. 107, mais um, cabendo ao partido ou coligação que apresentar a maior média um dos lugares a preencher, desde que tenha candidato que atenda à exigência de votação nominal mínima; II - repetir-se-á a operação para cada um dos lugares a preencher; III - quando não houver mais partidos ou coligações com candidatos que atendam às duas exigências do inciso I, as cadeiras serão distribuídas aos partidos que apresentem as maiores médias. 1º O preenchimento dos lugares com que cada partido ou coligação for contemplado far-se-á segundo a ordem de votação recebida por seus candidatos. 2º Somente poderão concorrer à distribuição dos lugares os partidos ou as coligações que tiverem obtido quociente eleitoral. Art.112. (...) Parágrafo único. Na definição dos suplentes da representação partidária, não há exigência de votação nominal mínima prevista pelo art As novas redações dos artigos 108 e 109 do Código Eleitoral, determinadas pela Lei nº /15, objetivando reduzir o impacto de um fenômeno cada vez mais observado nas eleições proporcionais, a eleição de candidatos pouco votados, em virtude da presença dos chamados puxadores de voto em seus partidos ou coligações, reformulou o método de distribuição das cadeiras no sistema eleitoral proporcional, aplicável às eleições de vereadores, deputados estaduais, deputados distritais e deputados federais. Conforme o novo caput do art. 108, em um primeiro momento, somente serão declarados eleitos, após a distribuição das cadeiras em disputa entre os partidos e coligações, decorrente dos cálculos dos quocientes partidários, os candidatos que obtiverem, no mínimo, votação equivalente a 10% do quociente eleitoral. A partir daí, os lugares não preenchidos em razão da exigência de votação nominal mínima a que se refere o caput serão distribuídos de acordo com as regras do art. 109, que também teve a sua redação reformulada pela Lei nº /15. O novo artigo 109 criou novas regras para o cálculo das sobras decorrentes dos lugares não preenchidos com a aplicação dos quocientes partidários. Doravante, há de se observar, conforme o novo artigo 108, já comentado, o preenchimento das cadeiras em disputa, em um primeiro momento, apenas por aqueles candidatos que tiverem obtido, no mínimo, um quantitativo de votos equivalente a 10% do quociente eleitoral. Assim, candidatos que, na legislação anterior, já seriam declarados eleitos

8 118 Revisaço Direito Eleitoral Jaime Barreiros Neto imediatamente após o cálculo dos quocientes partidários, não têm mais asseguradas as suas vitórias, uma vez que, no primeiro momento da distribuição das cadeiras, somente serão declarados eleitos os candidatos que tiverem atingido o referido percentual. Como consequência desta nova regra, o número de cadeiras não preenchidas a partir do quociente partidário será maior, aumentando, por conseguinte, o quantitativo de cadeiras a serem distribuídas no cálculo das sobras, normatizado pelo presente artigo 109. A primeira distribuição das cadeiras remanescentes, a partir de agora, privilegiará os candidatos não eleitos pelo quociente partidário que tenham obtido votação igual ou maior que 10% do quociente eleitoral. Apenas quando não houver mais candidatos em tal situação, caso ainda reste alguma vaga não preenchida, é que a regra antiga de distribuição das sobras será aplicada, podendo a cadeira remanescente ser distribuída a candidatos que não obtiveram a votação de 10% do quociente eleitoral. O parágrafo único do art. 112, incluído pela Lei nº /15, tendo em vista as novas regras referentes à distribuição das cadeiras em disputa nas eleições proporcionais, estabeleceu que os suplentes das representações partidárias não precisarão obter a votação mínima equivalente a 10% do quociente eleitoral para serem declarados como tais, regra, de certa forma, óbvia, trazida pela nova legislação. Alternativa correta: assertiva d (responde as demais): segundo o artigo 106 do Código Eleitoral, determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o número de votos válidos apurados pelo de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um, se superior. 2. QUESTÕES DE CONCURSOS PARA O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL (PRO- MOTOR DE JUSTIÇA). 06. (CESPE Promotor de Justiça-RN/ 2009) O sistema eleitoral brasileiro, proporcional de listas abertas, contempla o quociente eleitoral e o partidário. Com relação a esse assunto, assinale a opção correta. a) O quociente partidário é definido pela divisão do número total de votos válidos pelo número de lugares a preencher. b) Somente partido ou coligação que alcançar o quociente eleitoral participa do rateio das sobras, se houver. c) São realizadas novas eleições caso nenhum partido ou coligação alcance o quociente eleitoral. d) Os votos de legenda conferidos aos partidos são contados apenas para o cálculo do quociente partidário, mas descartados para o cálculo do quociente eleitoral. e) Não há distinção entre quociente eleitoral e quociente partidário, em termos práticos. Nota do autor: O processo para a averiguação do número de vagas cabíveis a cada partido ou coligação, no sistema proporcional, não é de tão grande complexidade, como se possa aparentar. A primeira etapa a se cumprir é a de determinar o quociente eleitoral, segundo o que dispõe o artigo 106 do CE: determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o número de votos válidos apurados pelo de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um, se superior. De se ressaltar que, neste caso, por votos válidos se entende os votos distribuídos aos candidatos e às legendas, não se computando os votos brancos e nulos. A segunda etapa é a determinação do quociente partidário, que se atinge através da divisão do número de votos válidos dados sob a mesma legenda ou coligação de legendas, pelo quociente eleitoral, desprezada a fração, conforme disposto no artigo 107 do Código. As novas redações dos artigos 108 e 109 do Código Eleitoral, determinadas pela Lei nº /15, objetivando reduzir o impacto de um fenômeno cada vez mais observado nas eleições proporcionais,

9 Capítulo V Os Sistemas Eleitorais 119 a eleição de candidatos pouco votados, em virtude da presença dos chamados pu-xadores de voto em seus partidos ou coligações, reformulou o método de distribuição das cadeiras no sistema eleitoral proporcional, aplicável às eleições de vereadores, deputados estaduais, deputa-dos distritais e deputados federais. Conforme o novo caput do art. 108, em um primeiro momento, somente serão declarados eleitos, após a distribuição das cadeiras em disputa entre os partidos e coligações, decorrente dos cálculos dos quocientes partidários, os candidatos que obtiverem, no mínimo, votação equivalente a 10% do quociente eleitoral. A partir daí, os lugares não preenchidos em razão da exigência de votação nominal mínima a que se refere o caput serão distribuídos de acordo com as regras do art. 109, que também teve a sua redação reformulada pela Lei nº /15. O novo artigo 109 criou novas regras para o cálculo das sobras decorrentes dos lugares não preenchidos com a aplicação dos quocientes partidários. Doravante, há de se observar, conforme o novo artigo 108, já comentado, o preenchimento das cadeiras em disputa, em um primeiro momen-to, apenas por aqueles candidatos que tiverem obtido, no mínimo, um quantitativo de votos equiva-lente a 10% do quociente eleitoral. Assim, candidatos que, na legislação anterior, já seriam decla-rados eleitos imediatamente após o cálculo dos quocientes partidários, não têm mais asseguradas as suas vitórias, uma vez que, no primeiro momento da distribuição das cadeiras, somente serão de-clarados eleitos os candidatos que tiverem atingido o referido percentual. Como consequência desta nova regra, o número de cadeiras não preenchidas a partir do quoci- -ente partidário será maior, aumentando, por conseguinte, o quantitativo de cadeiras a serem distri- -buídas no cálculo das sobras, normatizado pelo presente artigo 109. A primeira distribuição das cadeiras remanescentes, a partir de agora, privilegiará os candidatos não eleitos pelo quociente partidário que tenham obtido votação igual ou maior que 10% do quoci-ente eleitoral. Apenas quando não houver mais candidatos em tal situação, caso ainda reste alguma vaga não preenchida, é que a regra antiga de distribuição das sobras será aplicada, podendo a cadeira remanescente ser distribuída a candidatos que não obtiveram a votação de 10% do quociente eleitoral. Alternativa correta: assertiva b : CORRETO. Regra prevista no artigo 109, 2º do Código Eleitoral, o qual dispõe que só poderão concorrer à distribuição dos lugares os partidos e coligações que tiverem obtido quociente eleitoral. Assertiva b : CORRETO. Assertiva a : INCORRETO. A resposta estaria correta se falasse do quociente eleitoral. O quociente partidário resulta da divisão do número de votos obtidos pelo partido ou coligação pelo quociente eleitoral. Assertiva c : INCORRETO. Neste caso, aplica-se o sistema majoritário simples para definir os eleitos, de acordo com previsão do artigo 111 do Código Eleitoral. Assertiva d : INCORRETO. Os votos e legenda são fundamentais para o cálculo do quociente eleitoral, uma vez que também são considerados votos válidos. Assertiva e : INCORRETO. Quociente eleitoral é o número de votos necessários para um partido ou coligação eleger um candidato. Quociente partidário é a divisão do total de votos de um partido ou coligação pelo quociente eleitoral, determinando o número de eleitos do partido ou da coligação. 07. (CESPE Promotor de Justiça/RR 2008) De 1935 até agora, o sistema brasileiro para a eleição de deputados e vereadores traz essa característica que tanto o distingue dos modelos proporcionais empregados em todo o mundo: a escolha uninominal, pelos eleitores, a partir de listas apresentadas pelos partidos. Sessenta e tantos anos decorridos da introdução desse modelo de escolha uninominal no Brasil desde a reforma trazida ao Código de 1932 e pela Lei n 48/1935, somam-se as queixas de políticos e estudiosos contra a experiência, no dizer de Giusti Tavares, singular e estranha. Walter C. Porto. A mentirosa urna. São Paulo: Martins Fontes, 2004, p. 121 (com adaptações).

10 120 Revisaço Direito Eleitoral Jaime Barreiros Neto A partir das informações do texto acima, julgue os itens que se seguem, acerca do sistema eleitoral brasileiro nas eleições para deputado e vereador. I. No sistema proporcional de lista aberta, o eleitor, ao votar em um candidato, contribui para a eleição de todos os demais candidatos do mesmo partido. II. Conforme as regras brasileiras, o voto conferido a um candidato é unipessoal e intransferível, e, por essa razão, não pode colaborar na eleição de outro candidato. III. No caso de coligações, o voto conferido à legenda de um partido cujo único candidato tenha sido excluído da eleição pela justiça é computado para a coligação. IV. O candidato a vereador mais votado em uma cidade é eleito, independentemente do desempenho dos demais candidatos da mesma legenda. V. De acordo com o princípio da fidelidade partidária, é nulo o voto conferido a candidato a vereador filiado a partido de coligação oposta à do candidato em quem o mesmo eleitor votou para prefeito. Item I: CORRETO. Todos os votos dados a candidatos nas eleições proporcionais são, primeiramente, contabilizados para a legenda, para fins de cálculo do quociente partidário. Item II: ERRADO. Todos os votos dados a candidatos nas eleições proporcionais são, primeiramente, contabilizados para a legenda, para fins de cálculo do quociente partidário. Assim, os votos dados a um candidato a vereador ou deputado contribuem para a eleição dos seus companheiros de chapa. Item III: A resposta foi considerada correta pela banca, em consonância com a legislação em vigor na época (2008). Atualmente, entretanto, o voto dado a um candidato excluído pela justiça antes do pleito e que passa a concorrer sub judice, nos termos do artigo 16-A da lei nº 9.504/97, deverá ser considerado nulo, não contando para o partido ou coligação, caso o indeferimento da candidatura venha a ser mantido. Item IV: ERRADO. Para este candidato ser eleito, será necessário que o seu partido ou coligação atinja o quociente eleitoral. Item V: ERRADO. O voto dado aos candidatos a vereador é independente dos votos dados aos candidatos a prefeito, podendo o eleitor votar em candidatos que representam diferentes partidos políticos, sem necessidade de alinhamento. 08. (MPE-GO Promotor de Justiça GO/2012) Assinale a alternativa correta a) O quociente eleitoral indica o número de vagas alcançado pelos partidos, sendo calculado pela divisão do número de votos conferidos ao partido, diretamente, ou a seus candidatos, pelo quociente partidário, desprezando-se a fração. b) O quociente partidário corresponde ao índice de votos a ser obtido que determina a distribuição das vagas, por meio da divisão do número de votos válidos pelos lugares a preencher na Câmara dos Deputados, no Senado Federal, nas Assembleias Legislativas ou nas Câmaras de Vereadores. c) O quociente eleitoral tem por finalidade estabelecer a distribuição das vagas entre os partidos na Câmara dos Deputados, no Senado Federal, nas Assembleias Legislativas e nas Câmaras de Vereadores. d) Acaso nenhum partido atinja o quociente eleitoral, hão de ser considerados eleitos os candidatos mais votados, desconsiderados quaisquer critérios de proporcionalidade.

11 Capítulo V Os Sistemas Eleitorais 121 Alternativa correta: assertiva d.em tese, caso nenhum partido atinja o quociente eleitoral, os candidatos mais votados, independentemente do quociente, estarão eleitos. Tal prática, entretanto, é matematicamente inviável, sendo esta norma totalmente desnecessária. Alternativa a : ERRADO. O quociente eleitoral é calculado a partir da divisão do total de votos válidos dados a todos os candidatos, coligações e partidos pelo número de vagas em disputa. Alternativa b. ERRADO. Tal explicação diz respeito ao quociente eleitoral e não ao partidário. Alternativa c. ERRADO. As eleições no Senado Federal são realizadas em conformidade com o sistema majoritário simples, e não de acordo com o sistema proporcional não se aplicando, portanto, o quociente eleitoral. 3. QUESTÕES DE CONCURSOS PARA ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA DOS TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS. 09. (FCC Analista Judiciário Área Judiciária TRE-PR/2012) Determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o número de a) eleitores pelo de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um, se superior. b) votos válidos dados sob a mesma legenda ou coli gação de legendas pelo número de candidatos pelas mesmas registrados. c) votos válidos apurados pelo de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um, se superior. d) votos válidos atribuídos a cada partido ou coligação de partidos pelo número de lugares a preencher, desprezada a fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um, se superior. e) eleitores pelo número de votos válidos em cada circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um, se superior. Nota do autor: O processo para a averiguação do número de vagas cabíveis a cada partido ou coligação, no sistema proporcional, não é de tão grande complexidade, como se possa aparentar. A primeira etapa a se cumprir é a de determinar o quociente eleitoral, segundo o que dispõe o artigo 106 do CE: determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o número de votos válidos apurados pelo de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um, se superior. De se ressaltar que, neste caso, por votos válidos se entende os votos distribuídos aos candidatos e às legendas, não se computando os votos brancos e nulos. A segunda etapa é a determinação do quociente partidário, que se atinge através da divisão do número de votos válidos dados sob a mesma legenda ou coligação de legendas, pelo quociente eleitoral, desprezada a fração, conforme disposto no artigo 107 do Código. Uma importante consideração acerca do sistema eleitoral proporcional atualmente adotado no Direito Brasileiro há de ser feita, e se refere ao disposto no artigo 111 do Código Eleitoral: se nenhum partido ou coligação alcançar o quociente eleitoral, considerar-se-ão eleitos, até serem preenchidos todos os lugares, os candidatos mais votados. Dessa forma, o sistema proporcional seria excepcionalmente substituído pelo sistema majoritário de eleição. votos brancos e os votos nulos, de acordo com a atual legislação eleitoral, não têm nenhum valor. O sistema eleitoral adotado nas eleições para deputados e vereadores no Brasil é o sistema eleitoral proporcional de lista aberta, cabendo, tão somente, aos eleitores a definição dos nomes dos candidatos que ocuparão as vagas conquistadas pelos partidos ou coligações partidárias. Se o sistema fosse de lista fechada, como vem sendo proposto em muitos projetos de lei integrantes da chamada reforma política, os eleitores brasileiros votariam apenas nas legendas, ou seja, nos números dos partidos.

12 122 Revisaço Direito Eleitoral Jaime Barreiros Neto Neste sistema, os partidos decidem previamente, antes das eleições, a ordem em que os candidatos aparecerão na lista. O eleitor vota somente na legenda, não podendo escolher o seu candidato de preferência, não tendo, assim, a oportunidade de definir livremente os nomes daqueles que ocuparão as cadeiras conquistadas pelo partido ou coligação. Vale destacar que com a publicação da lei nº /15, em 29 de setembro de 2015, novos detalhes deverão ser observados no preenchimento das vagas em disputa pelo sistema proporcional. Assim, de acordo com os novos artigos 108 e 109 do Código Eleitoral: Art Estarão eleitos, entre os candidatos registrados por um partido ou coligação que tenham obtido votos em número igual ou superior a 10% (dez por cento) do quociente eleitoral, tantos quantos o respectivo quociente partidário indicar, na ordem da votação nominal que cada um tenha recebido. Parágrafo único. Os lugares não preenchidos em razão da exigência de votação nominal mínima a que se refere o caput serão distribuídos de acordo com as regras do art (NR) Art Os lugares não preenchidos com a aplicação dos quocientes partidários e em razão da exigência de votação nominal mínima a que se refere o art. 108 serão distribuídos de acordo com as seguintes regras: I - dividir-se-á o número de votos válidos atribuídos a cada partido ou coligação pelo número de lugares definido para o partido pelo cálculo do quociente partidário do art. 107, mais um, cabendo ao partido ou coligação que apresentar a maior média um dos lugares a preencher, desde que tenha candidato que atenda à exigência de votação nominal mínima; II - repetir-se-á a operação para cada um dos lugares a preencher; III - quando não houver mais partidos ou coligações com candidatos que atendam às duas exigências do inciso I, as cadeiras serão distribuídas aos partidos que apresentem as maiores médias. 1º O preenchimento dos lugares com que cada partido ou coligação for contemplado far-se-á segundo a ordem de votação recebida por seus candidatos. 2º Somente poderão concorrer à distribuição dos lugares os partidos ou as coligações que tiverem obtido quociente eleitoral. Alternativa correta: letra c (responde as demais alternativas). Regra expressa no caput do artigo 106 do Código Eleitoral, o qual estabelece que determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o número de votos válidos apurados pelo de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um, se superior. 10. (FCC Analista Judiciário /TRE-PI / 2009). Considere as eleições para I. Presidente e Vice-Presidente da República. II. o Senado Federal. III. a Câmara dos Deputados. IV. Governador e Vice-Governador do Estado. V. as Assembléias Legislativas. VI. Prefeito e Vice-Prefeito. VII. as Câmaras Municipais. A circunscrição será o Estado e será adotado o princípio da representação proporcional nas eleições indicadas APENAS em a) I e IV. b) I, VI e VII. c) II, III e V. d) II, IV e V. e) III e V.

13 Capítulo V Os Sistemas Eleitorais 123 Nota do autor: Na contramão do sistema eleitoral majoritário, nos deparamos com o sistema eleitoral proporcional, cujo pressuposto é a repartição aritmética das vagas, pretendendo-se, dessa forma, que a representação, em determinado território se distribua em proporção às correntes ideológicas ou de interesse, integrada nos partidos políticos concorrentes. Foi com a Revolução Francesa, em 1789, que surgiu o ideal do sistema eleitoral proporcional. Coube a Mirabeau, um dos líderes do Terceiro Estado, defender, na Assembléia Constituinte de Provença, a tese de que o Parlamento deveria expressar o mais fielmente possível, o perfil do eleitorado. Alternativa correta: letra e. Somente nas hipóteses III e V. Item I. Os cargos de presidente e vice-presidente da República são elegíveis pelo sistema majoritário absoluto. Item II. Os senadores são eleitos pelo sistema majoritário simples. Item III. Deputados federais são eleitos pelo sistema proporcional, na circunscrição eleitoral do estado. Item IV. Governador e vice-governador são eleitos pelo sistema majoritário absoluto. Item V. Os deputados estaduais, eleitos para as assembleias legislativas, são elegíveis pelo sistema proporcional, na circunscrição eleitoral do estado. Item VI. Prefeito e vice-prefeito são eleitos pelo sistema majoritário absoluto, nos municípios com mais de 200 mil eleitores, e majoritário simples, nos municípios com até 200 mil eleitores. Item VII. Os vereadores são eleitos também pelo sistema proporcional, mas a circunscrição eleitoral, neste caso, é o município. 11. (FCC Analista Judiciário /TRE-AC / 2010) A respeito da representação proporcional, é correto afirmar: a) Os lugares não preenchidos com a aplicação dos quocientes partidários serão livremente distribuídos pela Justiça Eleitoral. b) Se nenhum partido ou coligação alcançar o quociente eleitoral, serão convocadas novas eleições. c) Determina-se para cada coligação o quociente partidário, dividindo-se pelos lugares a preencher o número de votos válidos dados sob a mesma coligação de legendas, desprezada a fração. d) Determina-se para cada partido o quociente partidário, dividindo-se pelos lugares a preencher o número de votos válidos dados sob a mesma legenda, desprezada a fração. e) Determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o número de votos válidos apurados pelo de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um, se superior. Alternativa correta: letra e. O quociente eleitoral corresponde à divisão do número de votos válidos pelo número de mandatos a preencher, desprezada a fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um, se superior (art. 106 do código eleitoral). Alternativa a. Errado. A distribuição dos lugares não preenchidos (distribuição de restos) segue o critério da maior média (art. 109 do código), não sendo feita livremente pela justiça eleitoral. Alternativa b. Errado. Se nenhum partido ou coligação alcançar o quociente eleitoral, considerar-se-ão eleitos, até serem preenchidos todos os lugares, os candidatos mais votados (art. 111 do código). Alternativa c e d. Errados. O quociente partidário, ou da coligação, corresponde à divisão do número de votos obtidos pela coligação, ou pelo partido, pelo quociente eleitoral (art. 107 do Código Eleitoral).

14 124 Revisaço Direito Eleitoral Jaime Barreiros Neto 12. (FCC Analista Judiciário /TRE-TO / ADAPTADA) No caso das convenções partidárias não indicarem o número máximo de candidatos previstos em lei, a) o preenchimento das vagas remanescentes dependerá da realização de nova convenção. b) os partidos concorrerão apenas com os candidatos indicados na convenção. c) os órgãos de direção dos partidos respectivos poderão preencher as vagas remanescentes até trista dias antes do pleito. d) os filiados aos partidos políticos poderão livremente inscrever-se até atingir o número máximo permitido. e) o preenchimento das vagas remanescentes será feito através da votação da maioria dos candidatos indicados na convenção. Alternativa correta: letra c. A questão aborda o art. 10 da lei das eleições, que disciplina o processo de escolha de candidatos nas convenções partidárias. Segundo o 5º desse artigo, com redação definida pela lei nº /15, no caso de as convenções para a escolha de candidatos não indicarem o número máximo de candidatos permitido para as eleições, os órgãos de direção dos partidos respectivos poderão preencher as vagas remanescentes até trita dias antes do pleito. Alternativa a. Errado. Não há necessidade de nova convenção para tal preenchimento. Alternativa b. Errado. Até trinta dias antes do pleito, o partido poderá preencher as vagas remanescentes, conforme regra estabelecida pelo artigo 10, 5º da Lei nº /97, com redação determinada pela lei nº /15. Alternativa d. Errado. É o partido que determina esta inscrição, e não seus filiados livremente. Alternativa e. Errado. Não há previsão do referido procedimento na Lei das Eleições Lei nº 9.504/97). SINOPSE 1. Noções introdutórias 1.1. Por sistema eleitoral, podemos compreender o conjunto de critérios utilizados para definir os vencedores em um processo eleitoral, as regras, portanto, do jogo eleitoral Três são os sistemas eleitorais conhecidos para a averiguação dos candidatos eleitos em um pleito: o sistema majoritário, o sistema proporcional e o sistema misto. 2. O sistema majoritário De acordo com o sistema eleitoral majoritário, é considerado eleito o candidato que obtenha a maior soma de votos sobre os seus competidores, sendo os votos atribuídos aos demais candidatos desprezados, prevalecendo, assim, o pronunciamento emitido pela maioria. Vence a eleição, no sistema majoritário, o candidato mais votado O sistema majoritário simples, adotado nas eleições para prefeitos de municípios com até 200 mil eleitores (e não habitantes) e senadores da república exige um único turno de eleições. Vence o candidato mais votado, independentemente da soma dos votos dos seus adversários. Este sistema é alvo de críticas por pecar quanto à legitimidade do eleito. Afinal, é possível, de acordo com o sistema majoritário simples, a eleição de um candidato com alta rejeição do eleitorado, embora bem votado. 2. O sistema majoritário No atual sistema eleitoral brasileiro, é exigida a maioria absoluta dos votos para se apontar o candidato vencedor, em uma eleição, apenas nos pleitos para os cargos de presidente da república, governador de estado, e prefeito de municípios com mais de duzentos mil eleitores, conforme disposto nos artigos 28; 29, II e 77 da Constituição Federal. Para estes cargos, o vencedor só será declarado no primeiro turno caso tenha a maioria absoluta dos votos válidos, ou seja, mais votos do que todos os seus adversários somados. De se ressaltar que esta maioria absoluta deve ser aferida somente dos votos válidos, não sendo, portanto, levados em conta os votos em branco, os votos nulos e as abstenções. Caso nenhum candidato consiga maioria absoluta, deverá haver segundo turno entre os dois candidatos mais votados.

15 Capítulo V Os Sistemas Eleitorais O sistema majoritário O voto distrital nada mais é do que a aplicação do sistema majoritários nas eleições para vereadores e deputados, o que não ocorre no Brasil, onde se aplica o sistema eleitoral proporcional para tais cargos Os votos brancos e os votos nulos, de acordo com a atual legislação eleitoral, não têm nenhum valor. Não procede o mito de que votos brancos e nulos vão para o candidato mais votado. Tais votos proferidos no dia da eleição são desconsiderados, são invalidados, não servindo nem mesmo para anular o pleito, segundo jurisprudência pacificada do TSE. 3. O sistema proporcional Na contramão do sistema eleitoral majoritário, nos deparamos com o sistema eleitoral proporcional, cujo pressuposto é a repartição aritmética das vagas, pretendendo-se, dessa forma, que a representação, em determinado território se distribua em proporção às correntes ideológicas ou de interesse, integrada nos partidos políticos concorrentes São duas as técnicas adotadas mundialmente, na atualidade, para a representação proporcional: a do número uniforme e a do quociente eleitoral (baseada no método D Hont). Na técnica do número uniforme, utilizada pela primeira vez na Alemanha, nas eleições parlamentares ocorridas em 1920, o número de votos correspondentes ao preenchimento de uma vaga, em cada circunscrição, é previamente estabelecido por lei, fazendo com que, tantas vezes esse montante seja atingido, tantas vagas serão obtidas. Se em uma circunscrição, por exemplo, se estipular o número de votos por vaga, e um partido obtiver votos, terá direito a seis vagas, ou seja, o número inteiro inferior à divisão dos votos obtidos, noventa mil oitocentos e setenta e seis, pelo número de votos correspondentes a uma vaga, quinze mil. A técnica do quociente eleitoral, por sua vez, é consistente de operações aritméticas sucessivas, para que haja a representação proporcional, sendo a adotada pelo Direito Eleitoral brasileiro, conforme o disposto nos artigos 106 a 113 do Código Eleitoral, nas eleições para deputados e vereadores O processo para a averiguação do número de vagas cabíveis a cada partido ou coligação não é de tão grande complexidade, como se possa aparentar. A primeira etapa a se cumprir é a de determinar o quociente eleitoral, segundo o que dispõe o artigo 106 do CE: determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o número de votos válidos apurados pelo de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um, se superior. De se ressaltar que, neste caso, por votos válidos se entende os votos distribuídos aos candidatos e às legendas, não se computando os votos brancos e nulos. A segunda etapa é a determinação do quociente partidário, que se atinge através da divisão do número de votos válidos dados sob a mesma legenda ou coligação de legendas, pelo quociente eleitoral, desprezada a fração, conforme disposto no artigo 107 do Código. Quando dois ou mais partidos estiveram coligados para a disputa de uma eleição proporcional (deputados ou vereadores), seus votos serão computados em conjunto para a determinação do quociente partidário, como se fossem um único partido. Somar-se-ão, assim, os votos de todos os candidatos lançados por todos os partidos coligados, além de todos os votos de legenda obtidos pelos mesmos partidos Até as eleições de 2014, após o cálculo do quociente partidário, era pos-sível se verificar quantas vagas cada partido ou coligação teria direito, inici-almente. A estas vagas, conquistadas pelo quociente partidário, contudo, eram somadas outras vagas decorrentes do cálculo de sobras, necessário como consequência de um fenômeno matemático: ao se dividir a votação de cada partido ou coligação pelo quociente eleitoral, para fins de cálculo do quociente partidário e consequente distribuição das cadeiras, é praticamente certo que não cheguemos a um número inteiro, como resultado. Por exemplo: se o partido ou coligação atingiu um total de 35 mil votos e o quociente eleitoral foi de 10 mil votos, o quociente partidário será 3,5, contabilizando-se três cadeiras para o partido, desprezada a fração. O desprezo destas frações, de todos os partidos e coligações envolvidos, necessariamente resultará no não preenchimento imediato de todas as cadeiras, restando, assim, o cálculo das sobras Este cálculo de sobras, até as eleições de 2014, era realizado da seguinte forma: pegava-se a votação obtida por cada partido ou coligação e dividia-se pelo número de cadeiras conquistadas mais um. Aquele partido ou coligação que atingisse o melhor resultado nesta conta, ganhava a primeira cadeira remanescente em disputa no cálculo das sobras. O procedimento, então, era repetido, até que todas as cadeiras viessem a ser preenchidas, sempre aten-tando-se para o fato de que, ao adquirir uma nova cadeira, no cálculo seguinte o divisor deste partido era aumentado em uma unidade. Uma vez distribuídas todas as cadeiras, os candidatos mais votados de cada partido ou coligação eram declarados eleitos, no limite das vagas conquistadas.

16 126 Revisaço Direito Eleitoral Jaime Barreiros Neto 3. O sistema proporcional A partir das eleições de 2016, mesmo com a manutenção da essência desta sistemática, mudanças importantes ocorrerão na distribuição das ca-deiras entre partidos e coligações. Tais mudanças decorrerão das novas re-dações dos artigos 108, 109 e 112, parágrafo único, do Código Eleitoral, determinadas pela Lei nº /15, in verbis: Art Estarão eleitos, entre os candidatos registrados por um partido ou coligação que tenham obtido votos em número igual ou superior a 10% (dez por cento) do quociente eleitoral, tantos quantos o respectivo quociente partidário indicar, na ordem da votação nominal que cada um tenha recebido. Parágrafo único. Os lugares não preenchidos em razão da exigência de votação nominal mínima a que se refere o caput serão distribuídos de acordo com as regras do art Art Os lugares não preenchidos com a aplicação dos quocientes partidários e em razão da exigência de votação nominal mínima a que se refere o art. 108 serão distribuídos de acordo com as seguintes regras: I - dividir-se-á o número de votos válidos atribuídos a cada partido ou coligação pelo número de lugares definido para o partido pelo cálculo do quociente partidário do art. 107, mais um, cabendo ao partido ou coligação que apresentar a maior média um dos lugares a preencher, desde que tenha candidato que atenda à exigência de votação nominal mínima; II - repetir-se-á a operação para cada um dos lugares a preencher; III - quando não houver mais partidos ou coligações com candidatos que atendam às duas exigências do inciso I, as cadeiras serão distribuídas aos partidos que apresentem as maiores médias. 1º O preenchimento dos lugares com que cada partido ou coligação for contemplado far-se-á segundo a ordem de votação recebida por seus candidatos. 2º Somente poderão concorrer à distribuição dos lugares os partidos ou as coligações que tiverem obtido quociente eleitoral. Art.112. (...) Parágrafo único. Na definição dos suplentes da representação par-tidária, não há exigência de votação nominal mínima prevista pelo art As novas redações dos artigos 108 e 109 do Código Eleitoral, determi-nadas pela Lei nº /15, objetivando reduzir o impacto de um fenômeno cada vez mais observado nas eleições proporcionais, a eleição de candidatos pouco votados, em virtude da presença dos chamados puxadores de voto em seus partidos ou coligações, reformulou o método de distribuição das cadeiras no sistema eleitoral proporcional, aplicável às eleições de vereadores, deputados estaduais, deputados distritais e deputados federais Conforme o novo caput do art. 108, em um primeiro momento, somente serão declarados eleitos, após a distribuição das cadeiras em disputa entre os partidos e coligações, decorrente dos cálculos dos quocientes partidários, os candidatos que obtiverem, no mínimo, votação equivalente a 10% do quo-ciente eleitoral. A partir daí, os lugares não preenchidos em razão da exigência de votação nominal mínima a que se refere o caput serão distribuídos de acordo com as regras do art. 109, que também teve a sua redação reformulada pela Lei nº / O novo artigo 109 criou novas regras para o cálculo das sobras decor-rentes dos lugares não preenchidos com a aplicação dos quocientes partidários. Doravante, há de se observar, conforme o novo artigo 108, já comentado, o preenchimento das cadeiras em disputa, em um primeiro momento, apenas por aqueles candidatos que tiverem obtido, no mínimo, um quantitativo de votos equivalente a 10% do quociente eleitoral. Assim, candidatos que, na legislação anterior, já seriam declarados eleitos imediatamente após o cálculo dos quocientes partidários, não têm mais asseguradas as suas vitórias, uma vez que, no primeiro momento da distribuição das cadeiras, somente serão declarados eleitos os candidatos que tiverem atingido o referido percentual. Como consequência desta nova regra, o número de cadeiras não preenchidas a partir do quociente partidário será maior, aumentando, por conseguinte, o quantitativo de cadeiras a serem distribuídas no cálculo das sobras, normatizado pelo presente artigo O novo artigo 109 criou novas regras para o cálculo das sobras decorrentes dos lugares não preenchidos com a aplicação dos quocientes partidários. Doravante, há de se observar, conforme o novo artigo 108, já comentado, o preenchimento das cadeiras em disputa, em um primeiro momento, apenas por aqueles candidatos que tiverem obtido, no mínimo, um quantitativo de votos equivalente a 10% do quociente eleitoral. Assim, candidatos que, na legislação anterior, já seriam declarados eleitos imediatamente após o cálculo dos quocientes partidários, não têm mais asseguradas as suas vitórias, uma vez que, no primeiro momento da distribuição das cadeiras, somente serão declarados eleitos os candidatos que tiverem atingido o referido percentual. Como consequência desta nova regra, o número de cadeiras não preenchidas a partir do quociente partidário será maior, aumentando, por conseguinte, o quantitativo de cadeiras a serem distribuídas no cálculo das sobras, normatizado pelo presente artigo 109.

17 Capítulo V Os Sistemas Eleitorais O sistema proporcional O parágrafo único do art. 112, incluído pela Lei nº /15, tendo em vista as novas regras referentes à distribuição das cadeiras em disputa nas eleições proporcionais, estabeleceu que os suplentes das representações partidárias não precisarão obter a votação mínima equivalente a 10% do quociente eleitoral para serem declarados como tais, regra, de certa forma, óbvia, trazida pela nova legislação Uma importante consideração acerca do sistema eleitoral proporcional atualmente adotado no Direito Brasileiro há de ser feita, e se refere ao disposto no artigo 111 do Código Eleitoral: se nenhum partido ou coligação alcançar o quociente eleitoral, considerar-se-ão eleitos, até serem preenchidos todos os lugares, os candidatos mais votados. Dessa forma, o sistema proporcional seria excepcionalmente substituído pelo sistema majoritário de eleição. votos brancos e os votos nulos, de acordo com a atual legislação eleitoral, não têm nenhum valor O sistema eleitoral adotado nas eleições para deputados e vereadores no Brasil é o sistema eleitoral proporcional de lista aberta, cabendo, tão somente, aos eleitores a definição dos nomes dos candidatos que ocuparão as vagas conquistadas pelos partidos ou coligações partidárias. Se o sistema fosse de lista fechada, como vem sendo proposto em muitos projetos de lei integrantes da chamada reforma política, os eleitores brasileiros votariam apenas nas legendas, ou seja, nos números dos partidos. Neste sistema, os partidos decidem previamente, antes das eleições, a ordem em que os candidatos aparecerão na lista. O eleitor vota somente na legenda, não podendo escolher o seu candidato de preferência, não tendo, assim, a oportunidade de definir livremente os nomes daqueles que ocuparão as cadeiras conquistadas pelo partido ou coligação. 4. O sistema eleitoral misto Duas são as espécies de aplicação do sistema eleitoral misto mais difundidas no mundo: uma, de origem alemã, mais tendente à proporcionalidade. Outra, de origem mexicana, de maior inspiração no sistema majoritário O sistema alemão busca combinar os princípios decisórios das eleições majoritárias com o modelo representativo proporcional, dividindo o voto em duas partes, computadas em separado. Elege-se, por este sistema, a metade dos deputados por circunscrições distritais e a outra metade em função de listas de base estadual. Assim, caso o sistema eleitoral misto alemão fosse adotado no Brasil, cada estado seria dividido em um número de distritos equivalentes à metade dos lugares a preencher (no caso da Bahia, por exemplo, que tem 39 deputados federais, seriam 19 ou 20 distritos), com cada partido apresentando um candidato para cada distrito, além de uma lista partidária para todo o estado. O eleitor disporia de dois votos: o primeiro seria atribuído a um dos candidatos do distrito, assinalando um nome, e o outro a uma das listas partidárias, assinalando uma legenda (voto de legenda). Por fim, para se calcular o número de lugares correspondentes aos partidos, se tomaria em consideração a porcentagem de votos obtidos pela legenda, se verificando, então, quantos candidatos teria elegido cada partido, pelos distritos, e quantos teria elegido pelo sistema proporcional, de listas O sistema mexicano é bastante divergente do sistema alemão, por ter como base predominante o sistema eleitoral majoritário. Para a eleição dos integrantes da Câmara dos Deputados, dois tipos de unidades eleitorais são estabelecidos: são eles os distritos eleitorais uninominais, em número de 300, distribuídos pelos trinta e um estados e o Distrito Federal, observando-se o limite mínimo de dois deputados, ou seja, dois distritos, para cada unidade federativa; e as circunscrições plurinominais, em número de cinco para todo o país, e que constituem a base para a eleição de duzentos deputados pelo princípio da representação proporcional. Dessa forma, a Câmara dos Deputados mexicana é composta por 500 deputados, 300 eleitos pelo sistema de maioria relativa nos distritos e 200 eleitos proporcionalmente, com a ressalva de que nenhum partido pode ter mais de 350 deputados, ainda que a sua votação permita. CONHECENDO A JURISPRUDÊNCIA. 1. JULGADOS DO TSE. Jurisprudência 01 Segundo o TSE (Ac. nº 2.845/2001), no caso de empate na média e no número de votos, deve ser usado como terceiro critério de desempate o número de votos nominais. Jurisprudência 02 Representação proporcional: empate entre duas legendas na média relativa à última vaga: desempate a favor da legenda de maior votação total, não ao candidato mais idoso: jurisprudência do TSE. (Ac , de , do TSE).

18 128 Revisaço Direito Eleitoral Jaime Barreiros Neto Jurisprudência 03 Recurso especial. Cassação de registro de candidato antes da eleição. Nulidade dos votos. Cassado o registro do candidato antes da eleição, e não revertida essa situação nas instâncias superiores, os votos são nulos, para todos os efeitos, inclusive para a legenda, nos termos do 3º do art. 175 do Código Eleitoral, pouco importando a atribuição de efeito suspensivo a recurso interposto contra aquela decisão. [...] (Ac , de , do TSE). Jurisprudência 04 Eleições suplementares. Pleito municipal. Cargo de vereador. Cômputo dos votos para as legendas. Art. 187, 4º, do Código Eleitoral. 1. No caso de eleições suplementares, a norma do art. 187, 4º, do Código Eleitoral, estabelece que o voto para mandato de representação proporcional deve ser dado exclusivamente às legendas, pelo que não deverá constar a indicação dos candidatos nas urnas. 2. Hipótese em que assim não se procedeu, sendo os votos também atribuídos a candidatos e não exclusivamente aos partidos políticos ou coligações. 3. Nesse caso, peculiar, os votos devem ser computados para oscandidatos, que não podem arcar com as conseqüências de falha de responsabilidade da Justiça.Eleitoral. Agravo a que se dá provimento. Recurso especial conhecido e provido. (Ac , de , do TSE). Jurisprudência 05 Ac.-TSE, de , no MS n 3.649: Os arts. 222 e 224 devem ser interpretados de modo que as normas nele contidas se revistam de maior eficácia [...] para contemplar, também, a hipótese dos votos atribuídos aos cassados em AIME para declará-los nulos, ante a descoberta superveniente de que a vontade manifestada nas urnas não foi livre. V., também, décima segunda nota ao art. 224 deste código.

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