Fatores de sucesso na produção de tomates de mesa relacionados ao manejo da cultura
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- João Gabriel Pinhal Castel-Branco
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1 Fatores de sucesso na produção de tomates de mesa relacionados ao manejo da cultura Marco A. R. Alvarenga Professor Titular Aposentado Universidade Federal de Lavras (UFLA)
2 Significado de Sucesso s.m. o que está por vir consequência positiva acontecimento favorável resultado feliz êxito
3 SUCESSO na Produção de Tomates É alcançar a máxima produ1vidade Com responsabilidade ambiental Com responsabilidade social Com Compe11vidade Com Rentabilidade Gestão sustentável con1nuidade do negócio Produzir com Alegria
4 Fatores de sucesso na produção de tomates Planejamento Equipe Rastreamento Tecnologia (manejo da cultura)
5 Planejamento Estratégico Obje1vos: É a arte de dirigir coisas complexas Minimizar Riscos Gestão sustentável Equilíbrio das ações
6 Planejamento O que detalhar no planejamento? Mercado Demanda de capital Escolha do local de produção Infraestrutura necessária
7 Equipe Líder Gerência Comercial Campo Pós colheita
8 Trabalho em equipe
9 Velocidade de comunicação
10 Organização
11 Comprometimento
12 Regras de conduta
13 Boas ideias
14 Treinamento permanente
15 Rastreamento Porque é necessário rastrear? Sociedade pede transparência Algumas práticas produtivas não são mais aceitas pela sociedade Meio ambiente é preocupação dos brasileiros (IBOPE) Casos de contaminação são cada vez mais frequentes PRODUTOR e ou DISTRIBUIDOR DEVEM TER uma MARCA
16 Livro TOMATE, 1ª. Edição- 2004
17 Cap. 11- Comercialização - Livro TOMATE, 1ª. Edição- 2004
18 Resumindo: Fatores de sucesso na produção de Planejamento Equipe Rastreamento Tecnologia tomate de mesa É o jogo do Agronegócio
19 Fatores de sucesso relacionados ao Manejo da Cultura Fer1lidade Nutrição Irrigação Fer1rrigação Escolha do híbrido Desbrota
20 FERTILIDADE KISS Keep it Simple Stupid! FAÇA AS COISAS SIMPLES PRIMEIRO
21 Manejo da Fertilidade Ferramentas básicas: 1.Análise do solo completa 2. Análise foliar 3.Conhecimento dos sintomas de deficiência 4.Conhecer fatores que afetam a disponibilidade dos nutrientes 5.Histórico da área
22 Características químicas do solo adequadas ao cultivo de tomate fertirrigado Determinação Valor adequado Observações ph 5,8 6,5 Estender de 5,5 6,8 Mat. Orgânica > 3 < 3 em solos arenosos Fósforo Disponível (Mehlich) Solos arenosos > 15 mg/dm 3 Solos argilosos > 30 mg/dm 3 Ideal entre 30 e 60 mg/dm 3 Potássio 0,25 cmol c /dm 3 ou >100 mg/dm 3 Solos arenosos e de CTC baixa, valores mais baixos Cálcio Trocável > 4 cmol c /dm 3 cmol Ca final /dm 3 = cmol Ca inicial /dm 3 + % CaO (calcáreo) x 1,79 x D (dose em ton/ha) / PRNT (calcáreo) Magnésio Trocável > 1 cmol c /dm 3 Cmol Mg final /dm 3 = cmol Mg inicial /dm 3 + % CaO (calcáreo) x 2,48 x D (dose em ton/ha) / PRNT (calcáreo) Alumínio Trocável 0,0 cmol c /dm 3 Objetiva-se reduzir a zero, após a calagem Acidez Potencial (H+Al) < 5,0 cmol c /dm 3 Usados para cálculo da CTC e calagem
23 Características químicas do solo adequadas ao cultivo de tomate fertirrigado Determinação Valor adequado Observações Soma de Bases 5,0-8,0 cmol c /dm 3 SB= Ca + Mg+ K + Na CTC Efetiva 6,0-10,0 cmol c /dm 3 CTC = SB + Al CTC a ph 7,0 ou CTC total > 10,0 cmol c /dm 3 CTC = SB + Al + H V= Saturação por bases Entre 50 e 70 % < em solos arenosos Saturação por Ca 50 a 70 % % Ca (CTC) = cmol Ca/dm 3 / cmol (CTC total)/dm 3 x 100 Saturação por Mg 10 a 15 % Similar acima Saturação por K 3 a 5 % Similar acima Condutividade elétrica (EC) 0 a 2 ds/m Indica a salinidade do solo
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26 Nutrição mineral O que é importante ter consciência na nutrição mineral? 1. Equilíbrio entre os nutrientes 2. Atender demanda da planta 3. Saber a hora certa de adubar 4. Funções do nutriente 5. Importância da nutrição na qualidade 6. Importância da nutrição sobre as doenças
27 Equilíbrio entre os nutrientes
28 Atender demanda da planta Extração de macronutrientes pelo tomateiro, cv. Carmem, produção de 100 ton N: 221 Kg Ca: 78 Kg P: 25 Kg Mg: 34 Kg K: 378 Kg S: 62 Kg
29 Saber a hora certa de adubar Marcha de absorção de macronutrientes Marcha de absorção de macronutrientes 5 1,20 4 1,00 3 0,80 0,60 2 0,40 1 0, , Idade (dias) Idade (dias) N K Ca P Mg S
30 Importância da nutrição na qualidade Nutriente N P K Ca B Efeito Deficiência: > teor de sólidos, < produtividade, < ph Excesso: Frutos ocos, coloração esverdeada ou amarelada, < tamanho, < teor de MS, > ciclo Deficiência: frutos menores, < produção, > ciclo Deficiência: Amadurecimento irregular, < conservação pós colheita Deficiência: Podridão apical Deficiência: Lóculo aberto
31 Importância da nutrição sobre as doenças Rota da síntese de lignina
32 Relação Nutrição x Doenças Nutriente N P K Ca Mg e B Cu e Mn Efeito Excesso: Tecido tenro, > ciclo, favorece patógeno < ciclo < infecção Estimula a síntese de substâncias de alto peso molecular aumentando a resistência à doenças Inibe a produção de uma enzima que favorece aos fungos e bactérias Participa no metabolismo dos fenóis e lignina Influência na síntese de lignina Toxidez direta sobre o patógeno Inibe o crescimento do fungo
33 Fatores de Sucesso relacionados ao Manejo da Irrigação A irrigação (associada a fertirrigação) é a prática agrícola que permite maior aumento na produtividade Três perguntas: Quando irrigar Quanto irrigar Como irrigar
34 Quando Irrigar?
35 Precisão Nível de precisão dos principais Método de Manejo métodos de manejo da água de irrigação 0 Adivinhação (só experiência do produtor) 1 Tato, aparência 2 Evapotranspiração (ETc) 3 Tensão de água no solo 4 Tensão e evapotranspiração 5 Balanço diário (precipitação, lâmina de irrig., ascensão capilar, percolação e escoamento) de água no solo 6 Balanço diário c/medição do estado da água p/ ajustes do balanço
36 Método combinado da Tensão e da Evapotranspiração Quando irrigar tensão de água no solo Quanto irrigar calculada com base na ETc
37 Quando irrigar? Com base na tensão de água no solo Sensor de Watermark Tensiômetro
38 Tensiômetros: Instalar em 3 locais e em 2 profundidades
39 Tensão de água (KPa) Indicativo Escalas de Tensão de Água no Solo > 70 Solo c/disponibilidade restrita de água, excelente aeração Entre Entre Entre Entre 0-10 Disponibilidade limitada de água, ótima aeração. Tensão indicada p/culturas c/tolerância moderada ao déficit Solo com boa condição de umidade e ótima aeração. Faixa de tensão indicada p/culturas sensíveis ao déficit de água Solo com excelente umidade e boa aeração. Faixa indicada p/culturas mui sensíveis e solos de textura grossa e/ou gotejo Até 6, solo saturado. Entre 6 e 10, na Cap. Campo
40 Vantagens do MONITORAMENTO da tensão de água no solo economia de água menor consumo de energia reduz ataque de pragas e doenças prevenção de lixiviação de nutrientes móveis prevenção de contaminação do lençol freático e do ambiente menor desgaste do sistema de irrigação
41 Quanto irrigar? Uso da evapotranspiração Tanque classe A (ETo) ETc = Kp * ETo ETc = evapotranspiração da cultura ETo = evapotranspiração de referência Kp = constante
42 Como irrigar? sulcos aspersão gotejo ou localizada subirrigação
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45 Fatores de Sucesso relacionados ao Manejo da Fertirrigação
46 Qualidade da água para Irrigação Características a serem analisadas: Físicas Sedimentos Químicas Precipitações Biológicas Microrganismos
47 Qualidade da água Grau de Restrição Determinações Nenhum Moderado Severo ph 5,5-7,0 <5,4 ou > 7,1 <4,5 ou >8,0 CE (ms/cm) < 0,7 0,71-3,0 >3,01 RAS* <3,0 3,01-6,0 >6,01 Ca >201 Mg2+ < >101 Na+ < >181 Fe2+ <0,2 0,21-0,4 >0,41 HCO3- < >181 SO4- < >251 Cl- < >301 B <0,5 0,51-2,0 >2,01 N <5 5,1-30 >31 Unidades em mg / L *RAS= 1/ Na+Mg
48 Compatibilidade dos fertilizantes
49 Salinidade... Condutividade Elétrica (C.E.) O que é Salinidade e C.E.? Acúmulo de sais na solução do solo Menor absorção de água p/planta
50 O que contribui para aumentar salinização? água de irrigação fer1lizantes altamente salinos evapotranspiração da água de superkcie má drenagem dos solos e de substratos
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53 Medidas para evitar ou minimizar efeitos da salinização incorporar fer1lizantes orgânicos no solo aplicar mulching, p/diminuir evaporação da água de superkcie usar fer1lizantes c/baixo índice salino irrigar periodicamente c/água pura, p/drenar os sais evitar compactação do solo (aração e gradagem profunda)
54 Índice salino, CE, índice de acidez e alcalinidade e ph
55 Índice salino, CE, índice de acidez e alcalinidade e ph
56 Entupimentos de Tubos Gotejadores Causas de Entupimentos Natureza Física: Paroculas de areia Fragmentos diversos Natureza Biológica: Bactérias Lodo Lodo + paroculas minerais agregados Natureza Química: Precipitação dos minerais Ca, Mg, Fe ou Mn
57 Prevenção de entupimentos Importante Monitorar a vazão
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59 Prevenção de entupimentos 1. Tratamento químico Hipoclorito de sódio: até 20 ppm, por 24 h 2. Tratamento ácido Ácido fosfórico ou sulfúrico ou clorídrico (Manter o ph da água na tubulação entre 3 e 4 por 24 h) 3. Filtragem da água Areia Tela (plástico ou inox) Disco Filtros centrifugadores
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62 Fertirrigação do tomateiro Quanto e quando adubar?
63 Extração e acúmulo de nutrientes pelo tomateiro Extração de macronutrientes por ton de frutos produzida: 2,1 a 3,8 kg de N 0,3 a 0,7 kg de P 4,4 a 7,0 kg de K 1,2 a 3,2 kg de Ca 0,3 a 1,1 kg de Mg
64 Extração de macronutrientes pelo tomateiro, em kg/ton de frutos (Híbrido Alambra) N: 2,09 Kg Ca: 1,29 Kg P: 3,1 Kg Mg: 0,31 Kg K: 4,06 Kg S: 0,33 Kg
65 Fonte: 4º. Seninário de tomate de mesa
66 Porcentagem média extração de nutrientes pelo tomateiro de mesa, durante o ciclo Fases N P K 1. Primeira fase Segunda fase Terceira fase
67 Sugestão de adubação, plantas, via gotejo. Produção 10 Kg/planta N P K Extração em Kg/ton frutos 2,09 0,31 4,06 Extração p/ 10 ton. 20,9 3,1 40,6 Disponibilizar ( eficiência) 26,125 12,4 50,75 Disponível no transplante 0 6,2 0 Disponível na 1 a fase 5,225 3,1 5,000 Disponível na 2 a fase 9,145 3,1 15,225 Disponível na 3 a fase 11,755 0,0 30,525
68 MONITORAMENTO Análise foliar
69 Monitoramento Análise foliar
70 Escolha (função): Grupo Escolha de Híbridos Mercado: Grupo ou formato do fruto Produtividade e tamanho do fruto Resistência à doenças e pragas Fornecedor/Revenda da região Caracterís1cas de resistência à doenças e pragas Potencial Preço de produção da semente Qualidade pós colheita Deve considerar também: Adaptação na região (ensaios preliminares) Qualidade pós colheita
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72 Tratos culturais: desbrota
73 Vamos começar fazendo o necessário, depois o difícil e a certa altura nos veremos fazendo o impossível
74 Muito obrigado! Sucesso a todos os produtores de tomate de mesa e aos diversos segmentos da cadeia produtiva
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