Princípios de Contabilidade

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1 Princípios de Contabilidade Princípios de Contabilidade 19.1 Os princípios e sua observância Os Princípios de Contabilidade, nova denominação dada aos Princípios Fundamentais de Contabilidade pela Resolução CFC nº 1.282/10, foram fixados pelo Conselho Federal de Contabilidade por meio da Resolução n 750/93, cujos dispositivos passamos a comentar. Resolução CFC nº 750/93 Dispõe sobre os Princípios de Contabilidade (PC). O Conselho Federal de Contabilidade, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, Considerando a necessidade de prover fundamentação apropriada para interpretação e aplicação das Normas Brasileiras de Contabilidade, Resolve: Art. 1º Constituem Princípios de Contabilidade (PC) os enunciados por esta Resolução. 1º A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC). 2º Na aplicação dos Princípios de Contabilidade a situações concretas, a essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais. A Resolução CFC nº 750, de 29 de dezembro de 1993, em sua redação original adotava a denominação Princípios Fundamentais de Contabilidade. Todavia, com a edição da Resolução CFC nº 1.282, de 28 de maio de 2010, essa denominação foi substituída por Princípios de Contabilidade, expressão que, segundo o Conselho Federal de Contabilidade, é suficiente para o perfeito entendimento dos usuários das demonstrações contábeis e dos profissionais da Contabilidade. Como justificativas para alterar amplamente a Resolução CFC nº 750/93 por meio da Resolução CFC nº 1.282/10, o conselho considerou: 1 - que, por conta do processo de convergência às normas internacionais de contabilidade, o Conselho Federal de Contabilidade emitiu a NBC T 1 Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis, que 315

2 Contabilidade Básica discute a aplicabilidade dos Princípios de Contabilidade contidos na Resolução CFC nº 750/93; 2 - a necessidade de manutenção da Resolução CFC nº 750/93, que foi e continua sendo referência para outros organismos normativos e reguladores brasileiros; 3 - a importância do conteúdo doutrinário apresentado na Resolução CFC nº 750/93, que continua sendo, nesse novo cenário convergido, o alicerce para o julgamento profissional na aplicação das Normas Brasileiras de Contabilidade; 4 - que, para assegurar a adequada aplicação das Normas Brasileiras de Contabilidade à luz dos Princípios de Contabilidade, há a necessidade de harmonização dos dois documentos vigentes (Resolução CFC nº 750/93 e NBC T 1); Na nova redação dada à Resolução CFC nº 750/93, deixou de constar o princípio da atualização monetária, revogado pela Resolução CFC nº 1.282/10. Na verdade a atualização monetária não foi abolida pela resolução citada, já que passou a ser tratada, dentro do princípio do registro pelo valor original (art. 7º, 1º, II, e ), como uma das espécies das variações do custo histórico. Vale dizer, a atualização monetária perdeu o status de princípio, mas continua a ter aplicação como elemento das bases de mensuração dos componentes patrimoniais. Os profissionais da área contábil são obrigados a adotar, em suas atividades, os conceitos enunciados pela Resolução CFC nº 750/93, sob pena de multa e de suspensão do exercício profissional (art. 11). Além disso, para o contabilista a observância dos princípios significa prestigiar a entidade reguladora de sua profissão, o Conselho Federal de Contabilidade, responsável por baixar as Normas Brasileiras de Contabilidade. A essência das transações, quer dizer, o que de fato elas representam para o patrimônio, deve predominar sobre seus aspectos formais ou aparentes. Independente da forma jurídica, a Contabilidade deve traduzir primordialmente o efeito econômico da transação. Por exemplo, quando uma entidade adquire bens com financiamento bancário, um artifício empregado pela instituição financeira para garantir o recebimento do valor financiado é a alienação fiduciária em garantia. Desse modo, o bem comprado é transferido para a propriedade da instituição financeira, embora permaneça na posse direta da entidade compradora, que assume a condição de depositária do bem e pode utilizá-lo normalmente. Essa transferência da propriedade é transitória, tornando-se sem efeito após a quitação da dívida. Apesar de o bem, dentro do período de duração do contrato de alienação fiduciária, ser de propriedade da instituição financeira, ele é registrado contabilmente no ativo da entidade compradora, quando da sua entrega pelo vendedor. Nesse caso, prevalece a essência da transação (que se assemelha à compra e venda a prazo) sobre os aspectos formais, ou seja, legais. Se prevalecessem os aspectos formais, o bem deveria estar registrado no ativo da instituição financeira, que é sua proprietária Conceituação, amplitude e enumeração Art. 2º Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das entidades. Ricardo J. Ferreira 316

3 Princípios de Contabilidade Art. 3º São Princípios de Contabilidade: I) o da entidade; II) o da continuidade; III) o da oportunidade; IV) o do registro pelo valor original; V) o da atualização monetária; VI) o da competência; e VII) o da prudência. Por ser uma ciência social, portanto não exata, a Contabilidade necessita de princípios por meio dos quais sejam convencionados critérios uniformes de adoção obrigatória na sua execução. Se, por exemplo, uma empresa adotasse o regime de competência e outra o regime de caixa, seria impraticável a comparação de seus resultados nos períodos considerados. Assim, os princípios funcionam como um padrão a ser seguido por todos os que se ocupam da Contabilidade, pois possibilitam que as técnicas contábeis sejam desenvolvidas uniformemente. Os princípios são decorrentes da observância da aplicação das técnicas contábeis, da prática contábil, e têm como objetivo tornar as informações contábeis divulgadas uniformes, confiáveis e úteis para o público nelas interessado Princípio da entidade Art. 4º O Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. Parágrafo único. O Patrimônio pertence à Entidade, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova Entidade, mas numa unidade de natureza econômico-contábil. O objeto da Contabilidade ou assunto do qual ela trata é o patrimônio. É preciso, porém, delimitar-se o patrimônio que será objeto da orientação, do controle e do registro contábeis. Em se tratando de sociedade, é necessário reconhecer diferenças entre o patrimônio dos sócios e o da pessoa jurídica, pois esta e aqueles são sujeitos de direitos e obrigações legais diferentes. Uma ação trabalhista, por exemplo, deve ser proposta pelo empregado contra a pessoa jurídica empregadora, e não contra seus sócios, ainda que eles, por disposição contratual, pratiquem atos em nome da pessoa jurídica. No caso da pessoa física que desenvolve atividades comerciais, industriais, de produção rural etc., há necessidade da segregação dos bens, direitos e obrigações afetados por essas atividades. A pessoa física que utiliza parte de sua residência na exploração de atividade comercial, a rigor, deve manter registros contábeis separados para o controle dos bens, direitos e obrigações vinculados à atividade empresarial. 317

4 Contabilidade Básica Por determinação do Código Civil, o titular de um patrimônio é, necessariamente, pessoa, física ou jurídica, uma vez que só quem tem personalidade pode ser titular de direitos e obrigações jurídicas. Isso explica o fato de o patrimônio pertencer à entidade, mas a entidade não pertencer ao patrimônio. A entidade é o sujeito dos direitos e obrigações que constituem o patrimônio. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova entidade. Da consolidação das demonstrações da controladora e de suas controladas, por exemplo, não surge uma nova entidade, mas apenas uma unidade de natureza econômico-contábil. A unidade decorre do fato de as entidades envolvidas pertencerem a uma mesma pessoa (a sociedade controladora), apesar de serem pessoas distintas do ponto de vista legal, cada uma com seus direitos e obrigações Princípio da continuidade Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. Salvo disposição legal, contratual ou evidências em contrário, presume-se que a vida da entidade é contínua e que ela deverá desempenhar suas atividades por um período indeterminado. Pode ocorrer de o contrato ou a lei, em caso excepcional, determinarem o prazo de duração da entidade, ou de as evidências nos levarem à conclusão de que ela não continuará a desenvolver suas operações por muito tempo. É o caso de uma entidade com falência decretada ou em fase de liquidação (situação anterior à extinção da sociedade, em que se promove a realização do ativo e o pagamento do passivo exigível o acervo líquido, se houver, será dividido entre os acionistas). Os ativos de uma entidade normalmente sofrem efeitos negativos em função da descontinuidade das suas operações. Para ilustrar, se uma companhia entra em liquidação, como regra, o valor apurado por seus ativos é significativamente menor que o valor normal de realização dos bens, em virtude das circunstâncias em que estão sendo vendidos. O passivo também pode ser afetado. Na liquidação, por exemplo, não há distinção entre dívidas vencidas e vincendas, exceto pelo desconto aplicável ao valor destas. Se uma entidade trabalha com a presunção de descontinuidade de suas operações, não há sentido na aplicação do princípio da competência no registro das suas transações. O diferimento de uma receita por vários exercícios, por exemplo, não pode ser aplicado a uma entidade que terá suas atividades encerradas no curto prazo. O mais adequado, nesse caso, será a adoção do regime de caixa e a avaliação pelo valor presente Princípio da oportunidade Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas. Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. Ricardo J. Ferreira 318

5 Princípios de Contabilidade O princípio da oportunidade exige o registro de todas as variações sofridas pelo patrimônio da entidade no momento em que elas ocorrerem, ainda que sejam considerados valores estimados. Um exemplo é o registro da depreciação. O tempo de vida útil de um bem é baseado numa hipótese mais ou menos fundamentada tecnicamente e dependente de diversos fatores aleatórios. Apesar disso, a depreciação deve ser registrada no momento em que há a perda de valor do bem. Como é difícil determinar o valor exato dessa perda, os cálculos são feitos por estimativas. A integridade diz respeito à necessidade de os registros serem confiáveis, isto é, sem faltas ou excessos. A tempestividade determina que as variações sejam registradas no momento oportuno, mesmo na hipótese de alguma incerteza de valor. A informação divulgada fora do momento adequado e/ou que não seja confiável normalmente deixa de ser importante para o público nela interessado. Por exemplo, no mercado de ações o investidor não pode esperar um relatório contábil por muito tempo antes de tomar decisões. Portanto, é preciso haver agilidade na divulgação da informação, sem se perder de vista a segurança quanto a sua veracidade. Neste sentido, é importante agir com precaução para evitar que do uso de estimativas resultem ativos e receitas superestimados e passivos e despesas subestimados, como reza o princípio da prudência (art. 10, parágrafo único). A esse respeito, eis o que diz o item 43 da Deliberação CVM nº 539/08, que aprova o Pronunciamento Conceitual Básico do CPC que dispõe sobre a Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis: Quando há demora indevida na divulgação de uma informação, é possível que ela perca a relevância. A Administração da entidade necessita ponderar os méritos relativos entre a tempestividade da divulgação e a confiabilidade da informação fornecida. Para fornecer uma informação na época oportuna pode ser necessário divulgá-la antes que todos os aspectos de uma transação ou evento sejam conhecidos, prejudicando assim a sua confiabilidade. Por outro lado, se para divulgar a informação a entidade aguardar até que todos os aspectos se tornem conhecidos, a informação pode ser altamente confiável, porém de pouca utilidade para os usuários que tenham tido necessidade de tomar decisões nesse ínterim. Para atingir o adequado equilíbrio entre a relevância e a confiabilidade, o princípio básico consiste em identificar qual a melhor forma para satisfazer as necessidades do processo de decisão econômica dos usuários Princípio do registro pelo valor original Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional. 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas: I Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; e 319

6 Contabilidade Básica II Variação do custo histórico. Uma vez integrados ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores: a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis; b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade; c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade; d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos; e e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais. 2º São resultantes da adoção da atualização monetária: I a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa unidade constante em termos do poder aquisitivo; II para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por consequência, o do Patrimônio Líquido; e III a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período. Os elementos que compõem o patrimônio de uma entidade podem ter origem em transações com os sócios ou com terceiros. São as quantias contratadas nessas transações que representam os valores originais. No caso de aquisição de um ativo, por exemplo, deve-se adotar o seu custo histórico para efeito de registro, ou seja, o valor pago ou a pagar em dinheiro ou o valor justo dos recursos a serem transferidos ao fornecedor na data da aquisição. Uma vez integrado ao ativo, o valor do bem (seu custo histórico) pode sofrer variações em razão destes fatores: Ricardo J. Ferreira 320

7 Princípios de Contabilidade Custo corrente O ativo (um equipamento, por exemplo) inicialmente registrado pelo custo histórico, terá seu valor corrente como sendo o desembolso necessário para adquiri-lo no mercado caso seja tomada como base a data das demonstrações. Todavia, é preciso considerar o ativo no estado em que se encontra, e não o custo de um bem novo igual ou semelhante. De forma idêntica, um passivo registrado contabilmente pelo custo histórico terá valor corrente equivalente ao que seria desembolsado para quitá-lo na data das demonstrações, sem desconto a valor presente. Valor realizável Consiste no valor que seria apurado na hipótese de o ativo ser vendido em condições normais. Já o valor realizável (ou exigível) de um passivo é o que seria desembolsado, sem desconto a valor presente, para quitá-lo. Valor presente É o valor atual do fluxo futuro de caixa que o ativo vai gerar. É o que acontece, por exemplo, no caso do ajuste a valor presente de contas a receber realizáveis a longo prazo. No caso do passivo é o valor atual dos pagamentos que serão necessários para saldá-lo. Valor justo Trata-se do valor pelo qual o ativo poderia ser trocado ou o passivo quitado sem favorecimento entre as partes. Assim, não pode ser um preço acima ou abaixo do mercado, em benefício ou prejuízo de uma das partes, como é possível acontecer nas transações entre pessoas ligadas. Atualização monetária Eis aqui o extinto princípio da atualização monetária, agora como um dos critérios para registro das variações do custo histórico. A atualização monetária não representa aumento real de valor, e sim um mecanismo de manutenção do poder aquisitivo original dos valores registrados contabilmente. Com os efeitos da inflação, se não for adotada a atualização monetária, os valores registrados pela contabilidade deixam de representar o poder de compra original. Se considerarmos um determinado valor em moeda em duas datas diferentes, teoricamente, o valor em moeda na data 1 terá poder de compra igual a esse valor em moeda na data 2 acrescido da correção monetária. Isso significa que o valor na data 1 e o valor corrigido monetariamente na data 2 deveriam possibilitar a compra dos mesmos bens. Quanto a alguns bens, o mercado possui mecanismos de atualização. Uma parte significativa da alteração dos preços dos bens no mercado corresponde à correção de seus valores em virtude da inflação. Se imaginarmos essa correção aplicada a todos os bens, verificaremos que ela não representa um aumento real de valor, mas a atualização dos preços em virtude dos efeitos da inflação. O problema é que alguns grupos sociais não conseguem repassar os efeitos da inflação para os preços de seus bens e serviços Princípio da competência Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas. 321

8 Contabilidade Básica Conforme o princípio da competência, as receitas e despesas devem ser registradas no período ao qual pertencem, ainda que não tenham sido recebidas ou pagas. Segundo esse raciocínio, a receita de venda é realizada quando da efetiva entrega da mercadoria e a receita de serviço, quando da sua efetiva prestação. Os valores recebidos antecipadamente, por conta da entrega de mercadoria ou prestação futura de serviço, devem ser registrados no passivo exigível. Por definição, despesa é um sacrifício patrimonial necessário à realização de receita. Trata-se da redução de um ativo ou do aumento de um passivo com a finalidade de gerar receita. Portanto, o resultado deve ser formado pelas receitas realizadas, segundo o regime de competência, e pelas despesas necessárias à geração das receitas correspondentes, vale dizer, pela confrontação das receitas e despesas correlatas. Por exemplo, realizada a receita da venda de mercadoria ou da prestação de serviços, devem ser consideradas incorridas, simultaneamente, as despesas relativas aos custos das mercadorias vendidas ou serviços prestados Princípio da prudência Art. 10. O Princípio da Prudência determina a adoção do menor valor para os componentes do Ativo e do maior para os do Passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais. O princípio da prudência deve ser considerado quando o contabilista tiver de avaliar o provável efeito de um evento sobre o patrimônio, diante de duas ou mais alternativas que ele julgue igualmente possíveis de se materializar. Nesse caso, deve ser adotada a opção de que resulte menor valor para o ativo ou maior valor para o passivo exigível. É importante observar que as alternativas consideradas devem ser equivalentes, ou seja, envolver um grau semelhante de incerteza. Se uma for mais provável que a outra, não será o caso da aplicação da opção que resulte em menor ou maior valor, e sim da mais provável. Por exemplo, se a companhia é acionada judicialmente, isso não é suficiente para seu contabilista constituir provisão. Com base na avaliação de casos semelhantes, caso se conclua que a Justiça tende a dar ganho de causa para a empresa, não deverá ser lançada provisão. A adoção de uma postura prudente na avaliação das hipóteses de incerteza é necessária para se evitar a superavaliação de ativos e receitas, bem como a subavaliação de passivos e despesas Penalidades Art. 11. A inobservância dos Princípios de Contabilidade constitui infração nas alíneas c, d e e do art. 27 do Decreto-Lei nº 9.295, de 27 de maio de 1946, e, quando aplicável, ao Código de Ética Profissional do Contabilista. Ricardo J. Ferreira 322

9 Princípios de Contabilidade O Decreto-lei n 9.295/46 criou o Conselho Federal de Contabilidade e definiu as atribuições do contador e do técnico em contabilidade. Nas alíneas c, d e e do art. 27, o decreto-lei citado estabelece penas de multa e suspensão do exercício profissional. Questões comentadas 01. (ACE/Esaf/Adaptada) Assinale a opção correta. a) Como resultado da observância do princípio da oportunidade, a falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação, exceto quanto houver urgência na sua divulgação. b) O princípio da entidade reconhece que o patrimônio pertence à entidade mas a recíproca não é verdadeira, embora a agregação de patrimônios autônomos resultem em nova entidade. c) O princípio da prudência determina a adoção do maior valor para os componentes do ativo e do menor valor para os componentes do passivo sempre que se tenham duas alternativas válidas de valor. d) Notas explicativas são informações adicionais destinadas a esclarecer aspectos relevantes dos demonstrativos contábeis como, por exemplo, os principais critérios de avaliação, os investimentos relevantes e não relevantes em outras sociedades, as taxas de juros e os vencimentos das obrigações de curto e longo prazo. e) Depreciação linear é o método de depreciação que consiste em dividir o valor do bem depreciável pelo número de anos de sua vida útil, para amortização de seu valor, mediante paulatina transferência para o resultado. Alternativa A: como resultado da observância do princípio da oportunidade, a falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação, inclusive quando houver urgência na sua divulgação. Alternativa B: pelo princípio da entidade, a soma ou agregação contábil de patrimônios não resulta em nova entidade, mas numa unidade de natureza econômico-contábil. É o que ocorre, por exemplo, na consolidação das demonstrações da controladora e de suas controladas. Alternativa C: o princípio da prudência determina a adoção do menor valor para os componentes do ativo e do maior para os do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. Alternativa D: as notas explicativas apresentam, entre outros, os principais critérios de avaliação dos elementos do ativo, os investimentos relevantes, as taxas de juros e os vencimentos das obrigações de longo prazo (Lei n 6.404/76, art. 176, 5 ). 323

10 Contabilidade Básica Alternativa E: a depreciação linear consiste na apropriação ao resultado de cotas de igual valor (cotas constantes) para cada um dos anos de vida útil do bem. 02. (AFRF/Esaf/Adaptada) Abaixo estão cinco assertivas relacionadas com os Princípios de Contabilidade. Assinale a opção que expressa uma afirmação verdadeira. a) A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão, mas não constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade. b) O princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, exceto no caso de sociedade ou instituição, cujo patrimônio pode confundir-se com o dos sócios ou proprietários. c) Da observância do princípio da oportunidade resulta que a falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. d) A apropriação antecipada das prováveis perdas futuras, antes conhecida como convenção do conservadorismo, hoje é determinada pelo princípio da competência. e) A observância do princípio da continuidade não influencia a aplicação do princípio da competência, pois o valor econômico dos ativos e dos passivos já contabilizados não se altera em função do tempo. Alternativa A: Falsa. A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade, editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade, entidade representativa dos contabilistas. A observância dos princípios e a manutenção de métodos ou critérios uniformes permitem, por exemplo, a comparação entre demonstrações de empresas diferentes. Alternativa B: Falsa. O princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nessa acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. Alternativa C: Verdadeira. O princípio da oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. Alternativa E: Falsa. O princípio da continuidade pressupõe que a entidade continuará em operação no futuro. Portanto, a mensuração e a apresentação dos Ricardo J. Ferreira 324

11 Princípios de Contabilidade componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância, havendo evidente influência na aplicação do princípio da competência e nos demais princípios. 03. (AFC-SFC/Esaf/Adaptada) Abaixo são apresentadas assertivas sobre os enunciados dos Princípios de Contabilidade. Apenas uma dessas frases contém afirmativa verdadeira. As outras apresentam defeitos, incorreções ou imprecisões que as tornam falsas e incorretas. 1 Sempre que se apresentarem afirmativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido, deve ser adotado o menor valor para os componentes do ativo e do passivo. 2 Na apuração do resultado do período devem ser incluídas todas as receitas recebidas e todas as despesas pagas, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de terem sido auferidas ou realizadas. 3 Na classificação e avaliação das mutações patrimoniais pressupõe-se que a entidade continuará em operação no futuro. Logo, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta essa circunstância. 4 O patrimônio é o objeto da Contabilidade e pertence à entidade, confundindo-se, apenas, com os patrimônios dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedades ou instituições. 5 Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda em que se tiver realizado o negócio ou transação. 6 Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis através do ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais, sempre que houver um surto inflacionário. Das opções acima apresentadas, a única verdadeira é aquela que se refere ao princípio: a) da atualização monetária. b) do registro pelo valor original. c) da entidade. d) da competência. e) da continuidade. Item 1: Errado. Nos termos da Resolução n 750 do Conselho Federal de Contabilidade, art. 10, o princípio da prudência determina a adoção do menor valor para os componentes do ativo e do maior valor para os do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. Normalmente, a adoção de menor valor para o ativo e de maior valor para o passivo, em atendimento ao princípio da pru- 325

12 Contabilidade Básica dência, envolve a constituição de provisão. Dessa maneira, se o contabilista tem dúvida quanto ao valor a ser destinado à formação de provisão para devedores duvidosos, deve adotar a alternativa que represente maior provisão e, por consequência, menor valor para o ativo. Se um empregado ingressa na Justiça contra a empresa, caso seja provável que ele ganhe a ação, deve ser constituída provisão para o pagamento de indenização trabalhista, aumentando o passivo exigível. Item 2: Errado. Conforme o princípio da competência, os efeitos das transações e outros eventos devem ser reconhecidos nos períodos a que se referem, independente do recebimento ou pagamento, pressupondo-se a simultaneidade da confrontação de receitas e despesas correlatas. Em oposição ao princípio da competência, na apuração do resultado o regime de caixa considera apenas as receitas recebidas e as despesas pagas. A Lei n 6.404/76, art. 177, obriga as sociedades anônimas a adotarem o regime de competência. Item 3: Correto. O princípio da continuidade pressupõe que a entidade continuará em operação no futuro. Portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta essa circunstância. Item 4: Errado. De acordo com o princípio da entidade, o patrimônio pertence à entidade, mas a recíproca não é verdadeira. Esse princípio reconhece o patrimônio como o objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um patrimônio particular dos demais patrimônios existentes. Dessa forma, no caso da pessoa jurídica, o patrimônio de uma entidade não se confunde com os patrimônios de seus sócios ou proprietários. Mesmo a pessoa física que desenvolve, em seu próprio nome, uma atividade comercial deve segregar contabilmente o patrimônio utilizado na atividade dos demais ativos e passivos de que é titular. Item 5: Errado. O princípio do registro pelo valor original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional. Item 6: Errado. Uma vez integrado ao patrimônio pelo custo histórico, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes, entre outros fatores, da atualização monetária, segundo a qual os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais. Esse procedimento deve ser adotado independente da existência de surto inflacionário. No entanto, a aplicação de atualização monetária foi sensivelmente prejudicada pela Lei n 9.249/95, responsável pela extinção da correção monetária do balanço, que era aplicada, entre outras, sobre as contas do patrimônio líquido e sobre diversas contas do ativo. 04. (ISS-RJ/FJG/Adaptada) Conforme preconizado na Resolução nº 750/93, do Conselho Federal de Contabilidade, a falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação, em observância ao seguinte princípio: Ricardo J. Ferreira 326

13 Princípios de Contabilidade a) prudência. b) oportunidade. c) competência. d) continuidade. O princípio da oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. 05. (TCI/CGM-RJ/FJG/Adaptada) O princípio contábil que influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor e o vencimento dos passivos é o da: a) objetividade. b) continuidade. c) economicidade. d) atualização monetária. O princípio da continuidade pressupõe que a entidade continuará em operação no futuro, portanto a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta essa circunstância. 06. (TCI/CGM-RJ/FJG/Adaptada) A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. a) Princípio do registro pelo valor original. b) Princípio da materialidade. c) Princípio da oportunidade. d) Princípio da prudência. O princípio da oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas. 07. (TCI/CGM-RJ/FJG) Os registros contábeis de determinado ente municipal foram escriturados quatro meses após a ocorrência dos respectivos fatos administrativos. Isso configura desobediência ao princípio contábil denominado: a) competência. b) continuidade. c) oportunidade. d) evidenciação. A banca examinadora considerou que o princípio da competência teria sido contrariado apenas se os registros relativos às mutações patrimoniais não tivessem sido feitos no exercício correspondente. A oportunidade diz respeito ao momento adequado (à tempestividade). 327

14 Contabilidade Básica 08. (TRF/Esaf/2003/Adaptada) Com relação aos Princípios de Contabilidade, assinale a opção incorreta. a) O princípio da prudência determina a adoção do menor valor para os componentes do ativo e do maior para os do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. b) O princípio da prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais. c) O princípio da prudência é aplicado à constituição de provisões. d) O princípio da prudência envolve a adoção de estimativas na apuração de valores de ativos e passivos. e) O princípio da prudência refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas. A alternativa E é relativa ao princípio da oportunidade, segundo o qual a falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, sendo, por isso, necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. 09. (AFRF/Esaf/2003/Adaptada) Quando o contador registra, no fim do exercício, uma variação cambial para atualizar a dívida em moeda estrangeira; quando faz provisão para crédito de liquidação duvidosa; ou quando faz um lançamento de ajuste do estoque ao preço de mercado está apenas: a) cumprindo a sua obrigação profissional. b) executando o regime contábil de competência. c) cumprindo o princípio da prudência. d) satisfazendo o princípio da entidade. e) seguindo a convenção do conservadorismo. Trata-se de questão recorrente que invariavelmente tem como resposta o princípio da prudência. Todavia, a prudência está presente na escolha do valor a ser apropriado como provisão, diante de alternativas igualmente válidas, enquanto o registro no período ao qual os eventos se referem (exercício da atualização e da venda a prazo) diz respeito à competência. Portanto, a rigor há duas respostas: B e C. Ricardo J. Ferreira 328

15 Princípios de Contabilidade 10. (ISS-Fortaleza/Esaf/2003/Adaptada) Assinale o Princípio de Contabilidade que reconhece o patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial e a necessidade de diferenciação de um patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes. a) Entidade. b) Registro pelo valor original. c) Prudência. d) Continuidade. e) Atualização monetária. De acordo com a Resolução CFC n o 750/93: Art. 4º O princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. 11. (ISS-Fortaleza/Esaf/2003/Adaptada) Considere as seguintes informações: O preço de mercado tende a diminuir, ou seja, o preço dos produtos repostos tem sido sempre menor que os adquiridos anteriormente. O estoque inicial apresentava um valor de R$ 300,00, correspondente a 100 unidades do seu único produto para venda. No mês foram adquiridas mais 100 unidades ao preço unitário de R$ 2,50 e outras 100 unidades ao preço unitário de R$ 2,00. Foram vendidas 250 unidades, no mesmo período. Baseando-se nos Princípios de Contabilidade da Resolução CFC nº 750/93, e nas informações acima, informe a opção correta que indica o melhor método a ser utilizado na apuração do estoque final. a) Preço de compra original. b) Preço individual. c) Preço médio ponderado. d) Primeiro a entrar, primeiro a sair. e) Último a entrar, primeiro a sair. Diante dos Princípios de Contabilidade, a empresa em questão deve adotar o método de que resulte menor valor para o ativo. Vale dizer, a solução do problema envolve o princípio da prudência, que determina a adoção do menor valor para os componentes do ativo e do maior para os do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. Por esse motivo, a solução considerada pela banca envolve o uso do método PEPS. Numa economia em deflação, o uso desse critério de avaliação tem como efeito maior CMV, menor resultado, menor patrimônio líquido e menor estoque final. 329

16 Contabilidade Básica 12. (ISS-Recife/Esaf/2003/Adaptada) Com relação aos Princípios de Contabilidade, assinale a opção incorreta. a) O princípio do registro pelo valor original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional. b) Do princípio do registro pelo valor original resulta que, uma vez integrados ao patrimônio pelo custo histórico, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações. c) Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais. d) A atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período. e) Do princípio do registro pelo valor original resulta que é inadequada a utilização de qualquer tipo de correção ou atualização monetária. Para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por consequência, o do patrimônio líquido. Por isso a alternativa E está incorreta. 13. (ISS-Recife/Esaf/2003/Adaptada) Com relação aos Princípios de Contabilidade, assinale a opção incorreta. a) O princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes. b) O princípio do registro pelo valor original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional. c) O princípio da continuidade pressupõe que a entidade continuará em operação no futuro, portanto a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta essa circunstância. d) O princípio da oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas. e) O princípio da prudência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independente do recebimento ou pagamento. O enunciado da alternativa incorreta, letra E, é relativo ao princípio da competência. Ricardo J. Ferreira 330

17 Princípios de Contabilidade 14. (ISS-Recife/Esaf/2003) Referindo-se aos métodos de avaliação de estoques, considere as seguintes informações: O preço de mercado tende a diminuir, ou seja, o preço dos produtos repostos tem sido sempre menor que o dos produtos adquiridos anteriormente. O estoque inicial apresentava um valor de R$ 300,00, correspondente a 100 unidades do seu único produto para venda. No mês foram adquiridas mais 200 unidades ao preço de R$ 2,00 cada; e foram vendidas 250 unidades. Indique o saldo final do estoque, se avaliarmos corretamente este item do ativo e o valor do custo das mercadorias vendidas. Valores em R$ Estoques Custo das mercadorias vendidas a) 100,00 600,00 b) 110,00 590,00 c) 120,00 580,00 d) 130,00 570,00 e) 150,00 550,00 Diante dos métodos de avaliação tradicionais (PEPS, UEPS e Média Ponderada), a empresa em questão deve adotar aquele de que resulte menor valor para o ativo. Vale dizer, a solução do problema envolve o princípio da prudência, que determina a adoção do menor valor para os componentes do ativo e do maior para os do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. Por esse motivo, a solução considerada pela banca envolve o uso do método PEPS. Numa economia em deflação, o uso desse critério de avaliação tem como efeito maior CMV, menor resultado, menor patrimônio líquido e menor estoque final. Ficha de Controle de Estoques Descrição: Mercadoria X Método: PEPS Data Entradas Saídas Saldo Histórico Custo Custo Custo Custo Custo Custo Quantid. Unitário Total Quantid. Unitário Total Quantid. Unitário Total Est. Inicial 100 3,00 300,00 Compras 200 2,00 400, ,00 2,00 300,00 400,00 700,00 Vendas ,00 2,00 300,00 300,00 600, ,00 100,00 331

18 Contabilidade Básica 15. (ISS-SP/FCC/2007) Em relação ao princípio contábil da competência, é correto afirmar que a) o reconhecimento de despesas deve ser efetuado quando houver o efetivo desembolso financeiro por parte da pessoa jurídica que efetuou o gasto. b) uma despesa é considerada incorrida quando há um surgimento de um ativo, sem o concomitante desaparecimento de um passivo. c) as perdas involuntárias de ativos por questões fortuitas ou por força maior não devem ser computadas na apuração do resultado do exercício, porque não estão correlacionadas com a realização de receitas. d) as receitas são consideradas realizadas, nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento. e) a extinção, mesmo que parcial, de um passivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo, de valor igual ou maior, é considerada realização de receita. Esta questão é baseada no princípio da competência, nos termos da Resolução CFC nº 750/93, art. 9º: Art. 9º O princípio da competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. Parágrafo único. O princípio da competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas. Ricardo J. Ferreira 332

19 Princípios de Contabilidade Gabarito 01 - E 04 - B 07 - C 10 - A 13 - E 02 - C 05 - B 08 - E 11 - D 14 - A 03 - E 06 - C 09 - C 12 - E 15 - E 333

20 Contabilidade Básica Ricardo J. Ferreira 334

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