JORNADA SOBRE AMÉRICA LATINA: ABORDAGENS DE ARTE E CRÍTICA CULTURAL

Transcrição

1 JACQUES LEENHARDT CURRÍCULO DOS PARTICIPANTES A ideia do Museu das Américas: um projeto de antropologia ativa de Eduard Glissant. Edouard Glissant, filósofo e antropólogo da Martinica tem concebido um Museu chamado M2A2 (Museu Martiniquês das Artes da América).O lugar da sua concepção, tal como o lugar da sua realização, o Caribe, apresenta características culturais especificas a partir das quais Glissant desenvolve uma teoria do encontro entre diversas culturas formalizado no livro: O discurso antilhano. A palestra analisa a metodologia e a peculiaridade deste dispositivo museológico e tenta valorizar uma concepção renovadora a identidade cultural do continenteamericano, visto do ponto de vista do encontro entre culturas. (em Francês) Jacques Leenhardt, philosophe et sociologue, est Directeur d'études à l'école des Hautes Études en Sciences Sociales (Paris, France). Président d Honneur de l'association Internationale des Critiques d'art (AICA), Président de l'association des Amis du peintre Wifredo Lam (Paris, France). A publié différents ouvrages de critique d art. Organisateur d expositions mettant en scène les rapports art et nature : Des Forêts et des Hommes (Paris, Muséum National d Histoire Naturelle, 22 juin mars 1996), Villette-Amazone, Manifeste pour l environnement au XXI e siècle (Paris, Parc de la Villette, 1996). Directeur de projet pour le Pavillon Environnement de l Exposition universelle HANOVRE Directeur du projet Le Carré Vert, nom donné à la création d un parc de 2000 hectares sur l ancienne mine de charbon de Bitterfeld. (Allemagne). Commissaire de l exposition Arte Fragil, Resistencias, MAC Sao Paulo 2009 avec Lisbeth Rebollo Gonçalves. Entre autres publications : Lecture politique du roman (1973), Lire la lecture (1982 ; nouvelle édition avec une Introduction, 1999), La force des mots. Le rôle des intellectuels (1982), Existe-t-il un lecteur européen? (1989), Au Jardin des Malentendus. Le commerce francoallemand des idées (1990; nouvelle édition augmentée et actualisée, 1997), Les Amériques latines en France (1992), Dans les Jardins de Roberto Burle Marx (1994) nouvelle édition 2011, (trad. portugais Nos jardins de Roberto Burle Marx, Perspectiva (1996) Villette-Amazone. Manifeste pour l environnement au XXI e siècle (1996), Michel Corajoud, paysagiste (2000), Érico Veríssimo. O romance da História (2001), Conscience du paysage. Le passant de Montreuil (2002), Reinventar o Brasil : Gilberto Freyre entre história e ficção, Porto Alegre, Editora da UFRGS/Editora da USP, 2006, Jardins verticaux dans le monde entier, avec Anna Lambertini, photos de Mario Ciampi, Paris, Citadelles & Mazenod, 2007, Le Fond et la Surface. Photographies du bassin minier de Provence, Photographies de Fabienne Barre, Paris, Créaphis, 2008, A construção francesa do Brasil, sous la direction de Jacques Leenhardt, São Paulo, Editora Hucitec, 2008, Wifredo Lam, Essai monographique, Editions Hervé Chopin, Paris, 2009, Os meandros da memória, Catalogo Iberê Camargo, Fundação Iberê Camargo (2010)

2 MARIZA BERTOLI A Sedução dos Contrários - uma aproximação simbólica na plástica de artistas latinoamericanos O trabalho a ser apresentado se reporta ao período artístico compreendido entre as décadas de 1960 e 1990 (inclusive), abordando, sob o enfoque da aproximação simbólica dos contrários, a motivação temática e os seus resultados plásticos na produção de artistas como Francisco Brennand e Gilvan Samico (Brasil), de Oswaldo Viteri (Equador) e de Gustavo Nakle (Uruguai). Pesquisadora de arte, trabalhando com a perspectiva da estética simbólica, é mestre e doutora pelo PROLAM. É autora de artigos em jornais e revistas especializadas e de livros, como: A morte, a esfinge e a rosa na arte de Raul Cruz ( Curitiba, SEC, 1999); O Grande Olho e o Ovo Primordial a recriação do mundo em Francisco Brennand (Curitiba, MON, 2004) Los Otros in Silva, Armando.São Paulo Imaginado (Bogotá, Taurus, 2006), El Resurgimiento del muralismo latinoamericano en la obra de Pavel Egüez, in Grito de los Excluídos (Quito, Ed. Anaconda, 2008). Organizadora, junto com Verônica Stigger do livro Arte, Crítica e Mundialização, Ed. ABCA/IMESP, Atua como crítica de arte e é membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte, ABCA e da Associação Internacional de Críticos de Arte ( AICA). É também membro da Sociedade Científica de Estudos da Arte (CESA), tendo sido de ambas associações Diretora Secretária.

3 HELCIO MAGALHÃES Imaginários Urbanos nas Praças Públicas: o simbólico em monumentos escultóricos em São Paulo e Buenos Aires Por meio da teoria - imaginários urbanos -, desenvolvida pelo professor colombiano Armando Silva, analisamos dois espaços públicos de grande significação simbólica na América Latina: o jardim das esculturas, na Praça da Sé, em São Paulo, criado em 1977, sob a curadoria de Radha Abramo, a qual, por meio de 14 artistas subverteu a "ordem oficial" ao investir de maneira metafórica em obras que denunciavam as ações da ditadura militar vigente. Hoje esse parque que é real, distancia-se dos imaginários paulistanos tornando-se invisível; No caso de Buenos Aires, em estudo comparado, apresentamos o Parque De la Memoria, formado por 14 hectares, em frente ao Rio da Prata, na fronteira com a Universidade de Buenos Aires, onde se instalam 18 esculturas em memória às vítimas do terrorismo de Estado pela última ditadura militar argentina. O Parque de La Memória foi uma conquista das organizações formadas pelos familiares dos desaparecidos argentinos, notadamente Madres e Abuelas de Plaza de Mayo. Tomando-se como exemplo esses dois sítios escultóricos latino-americanas, o autor aplica a teoria do pesquisador colombiano, Dr. Silva, destacando o real, o imaginário e os fantasmas urbanos. A metodologia apoiada nas diferentes práticas sócio- simbólicas objetiva a compreensão das culturas urbanas latino-americanas, por meio de ferramentas da Antropologia, da Psicanálise, da Teoria da Comunicação, da Estética, e da história. Hélcio Magalhães, doutor em Integração da América Latina, na linha de pesquisa comunicação e Cultura, pelo PROLAM, Programa Interunidades em Integração da América Latina, da Universidade de São Paulo, Mestre em Ciências da Comunicação (ECA/USP) bacharel em jornalismo publicidade e propaganda; é gestor de artes gráficas do SESC São Paulo. Integrante da pesquisa internacional Imaginários Urbanos Ibero americanos, dirigido pelo Dr. Armando Silva, da Universidade Nacional da Colômbia. Atuou como jornalista nas revistas Mach Point, Placar Aeromagazine e TV Manchete..

4 CLAUDIA FAZZOLARI Mulheres artistas no pavilhão latino-americano na 54ª Bienal de Veneza O presente trabalho visa estabelecer um recorte no panorama da representação da América Latina, organizada pelo ILLA Istituto Italo-Latino Americano, para a recente edição da Bienal de Veneza. A mostra intitulada 'Entre siempre y jamás' cita um poema do escritor uruguaio Mario Benedetti e é dedicada ao Bicentenário da Independência Latino-Americana. Dentre os participantes da mostra destacamos as estratégias de elaboração do conceito de independência pensadas pelas artistas Regina José Galindo (Guatemala); Narda Alvarado (Bolívia) e Letícia El Halli Obeid (Argentina). Professora universitária, crítica de arte, curadora. Pós-Doutora em Teoria e Crítica de Arte pelo Departamento de Comunicações e Artes, ECA/USP (2009), Doutora em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo USP (2001). Curadora adjunta da mostra coletiva Olhares Contemporâneos (2007); Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, MAC/USP; curadora adjunta da mostra coletiva Relatos Culturais (2008); Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, MAC/USP; curadora da mostra coletiva Corpos estranhos (2009), Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, MAC/USP e Memorial da América Latina, SP. Investigadora do Arquivo e Laboratório de Pesquisa em Crítica de Arte e História da Arte, ECA/USP. Membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte, ABCA. Membro da Associação Internacional de Críticos de Arte, AICA. Membro da Comissão Editorial do jornal Arte e Crítica, ABCA/IMESP (2009/2012). Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Recepção Estética e Crítica de Arte, CNPq/USP (2009/2012).

5 CRISTINA FREIRE A arte subterrânea na América Latina nos anos A palestra abordará questões pertinentes aos conceitalismos na América latina, tomando como foco privilegiado de análise alguns artistas do Brasil, Argentina, Uruguai e Chile cuja produção é significativa das décadas de e tiveram, naqueles anos difíceis, um caráter subterrâneo. Curadora e Professora Associada do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (USP). Docente do Programa de Pós-Graduação Interunidades em Estética e História da Arte da USP. Vem pesquisando a arte conceitual no acervo do MAC USP desde 1996 e realiza periodicamente curadorias com esse acervo. Durante os anos foi cocuradora da 27 Bienal de São Paulo. Na Alemanha, foi co-curadora de Práticas Subversivas, Kunstverein Stuttgart, (2009) e Clemente Padín: Word, Ação e Risco, Weserburg Museu, Bremen (2010), entre outros. Sua produção acadêmica inclui textos em publicações nacionais e internacionais, além dos livros: Poéticas do Processo. Arte Conceitual no Museu. S. Paulo, ed. Iluminuras, 1999; Arte Conceitual, Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 2006; Paulo Bruscky. Arte, Arquivo e Utopia. Recife, CEPE 2007, entre outros. Foi coordenadora da Divisão de Pesquisa em Arte, Teoria e Crítica do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP), no período de janeiro a dezembro de 2005 e de março de 2006 a agosto de Desde agosto de 2010 é Vice-Directora do MAC USP.