Vulcano. Vasco Araújo. Museu Geológico LNEG

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1 Vulcano Vasco Araújo 2013 Museu Geológico LNEG

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3 Índice Vulcano - Vasco Araújo O vulcão é um mal e é um bem Entrevista de Pedro Faro a Vasco Araújo Biografia

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5 Vulcano Vasco Araújo Lembro-me muito bem, lembro-me, lembro-me como se fosse ontem... começar. Preferia que já tivesse começado. Tanta coisa por acabar e mais uma vez começar. O que eu gostava era de outra voz antes de mim. Antes de tudo, sem princípio, uma voz que me preceda, que não me fale! Que essa voz me leve, é o que eu quero... uma voz que me carregue às costas a meio de uma frase e não me obrigue a começar, a nascer, a dar início à história. Não, não foi temor. Foi algo muito mais terrível... Medo. Meu caro amigo, ainda estás aí em baixo? Preciso de te escrever, mas eu já não sou o mesmo. Desde há alguns meses que sei que tudo está diferente. Os tempos são outros. Tu já só vives na minha memória. Por isso, vou escrever-te em pensamentos, porque tu tens sempre curiosidade em saber tudo. É o meu respeito pelas forças da Natureza que me deixa falar contigo em pensamentos, um calafrio perante a vontade de destruição, essa vontade arrepiante, majestosa nas suas metamorfoses. Tu objectarias que os sofrimentos das pessoas 4

6 decidem o que é belo ou medonho. Com certeza. O sofrimento é uma medida justa. As pessoas esqueceram, porém, que não são nada, nada, perante as forças cósmicas, perante a nossa própria vontade. A verdade é que os nossos melhores momentos, com frequência, ocorrem precisamente quando estamos desconfortáveis, quando não nos sentimos contentes ou realizados, quando lutamos e buscamos alguma coisa. Sabes, algo em mim me diz que alguma coisa em breve estará em transformação, sinto que tu estás a obrigar-me a deitar fora, ninguém me disse isto, nem a voz, é físico, és tu. Faz dois meses que li que a Humanidade é, agora, confrontada com uma decisão difícil: evoluir ou morrer. Uma percentagem relativamente pequena da Humanidade, mas em franca expansão, já está a romper com os antigos padrões mentais egocêntricos e a despertar para uma nova consciência. Não percebi bem o que queriam dizer com isto, mas talvez seja algo relacionado com o mundo. Há cada vez mais pessoas confusas por não saberem onde se encaixam, qual é o seu propósito e, inclusivamente, quem são. Fazem parte do todo sem saberem. Não são livres, nunca se libertaram. Alguma coisa começa agora a sair. Fumo, fumo das entranhas, muito fumo. 5

7 Começa a fazer sentido. «Diz o que sentes, sente o que pensas, pensa o que quiseres.» Uma parte significativa do sofrimento da vida é o sofrimento provocado por constantemente discernir ou escolher aquilo por que somos responsáveis e aquilo por que não somos. Os acontecimentos da natureza são absolutamente fantásticos, vês o fumo, o monstro está a acordar, já começou a sair fumo de novo, nos últimos meses tem saído bastante, mas ainda não cheira a enxofre. Nunca poderei sentir-me em paz devido a algo que aconteceu no passado. Oiço as histórias que as pessoas contam, que podiam ter todas o título Por que razão não posso sentir-me em paz agora?. O ego não sabe que a nossa única oportunidade de nos sentirmos em paz é, precisamente, no agora. Ou talvez saiba e tenha medo de que nós o possamos descobrir. Afinal de contas, a paz significa o fim do ego. O meu pensamento emocional tornou-se a minha identidade e, por isso, fico preso às antigas emoções, visto que estas fortalecem a minha identidade. Estou a tremer, mas não tenho medo, as minhas pernas, os braços, as entranhas, tudo estremece. Pára, pára com isso. As emoções não são quem eu realmente sou. Pára, pára, por favor, pára. Mais fumo! O monstro está a despertar e, com ele, todos nós, vamos ser arrastados, tenho medo. Não é temor, nem terror, é medo. O reconhecimento do corpo de dor tem de ser seguido pela aceitação. Por favor! Pára! Tenho medo. 6

8 UOU!!!!!! Começou agora aquilo que já não se pode parar, é agora a grande oportunidade. O monstro acordou, acordei, continuo com medo, medo do que aí vem, para onde vou, do que vou perder. Já não sei quem sou, estou confuso. Mais explosões, a grande catástrofe está a chegar. O meu corpo está em ebulição, o meu cérebro rebenta de confusão e a minha identidade perdeu- -se. A terra começou a purgar, começou o processo, a limpeza! Será possível o retrocesso? Pára! Pára! Será o destino natural e inevitável do Homem a sua destruição? Quando deixar de acreditar que devo ou tenho de saber quem sou, o que é que acontece à confusão que me domina? A maior parte das pessoas não consegue conceber qualquer significado quando a sua vida, ou o seu mundo, está a cair aos pedaços. O monstro acordou! E com ele uma nova consciência, a nossa, a minha... UOU!!!! O meu estômago. Estou enjoado... agoniado... lanço vapores internos de antigos pensamentos, emoções mal compreendidas assentes na velha ordem, no poder instaurado. Vomito aquilo que dominei mas nunca percebi. Enormes explosões de cinza, pedras, lixo, muito lixo! Deixam-me horrorizado! Lixo de todos os tipos é lançado em jactos cupressiformes pretos, atingindo alturas magníficas, formando grinaldas apocalípticas que toldam o meu campo visual, a minha essência, o céu. Sempre era verdade! Os temores tornaram- -se realidade. O vapor que sobe do interior profano transforma o mistério. Era o princípio do fim! Nenhuma mudança, reforma ou revolução se tornaria efectiva no meio social sem uma transformação interna de cada 7

9 indivíduo. Se não prestarmos atenção, independentemente da sociedade ser Socialista, Capitalista, Monárquica ou Anarquista, teremos os mesmos problemas quotidianos envolvendo a violência generalizada, a guerra, o egoísmo, a inveja, o rancor, o ódio, a cobiça Tudo é humanidade, e a humanidade é sempre a mesma. São factos fatais. Têm de vir. De cada vez que vêm é sinal de que o homem vai alcançar mais uma liberdade, mais um direito, mais uma felicidade. Decerto que os horrores da revolução são medonhos, decerto que tudo o que é vital nas sociedades, a família, o trabalho, o amor sofrem dolorosamente com a passagem dessa trovoada humana. Mas as misérias que se sofrem com as opressões, com os maus regimes, com as tiranias, são maiores ainda. Nunca mais seremos os mesmos. Percebes bem o que é que significa ser ameaçado por esta força que escurece o céu e faz tremer a terra! Movimentos de magma agitam as profundezas, ruídos surdos, como tiros de canhão, emergem do interior do meu corpo, repuxos que chegam ao céu: as certezas estão abaladas. Cheira-me a enxofre, cheira-me a podre, a lixo. Agora é a vez do fogo. Consegues ver, sim, consegues?! Estamos quase a chegar ao fim com estrondos colossais, verdadeiras detonações, que preenchem a noite com as suas cristas enlouquecidas. As ostentações de lava que se lançam no ar formaram um cone de bombas e de escória. O mundo tem agora um brilho de fogo. Gotas de lava escorrem das entranhas do monstro, 8

10 c o r r e m incandescentes através do espaço, transformam-se em fórmulas químicas antes de se extinguirem. É a capacidade de transmutação do próprio ser humano, cujo reflexo material é a transformação do homem de chumbo em homem de ouro. Apodrecer para renascer - a dissolução do corpo é a fixação do Espírito. Esta descida aos infernos significa a descida ao interior de ti próprio, ao mais profundo do ser. É o conhece-te a ti mesmo. Não nos elevamos até nos despojarmos do enxofre e da sua gordura terrena. O lume do sofrimento converte-se na luz da consciência. O núcleo interno, sólido e rico em ferro, brilha, irradia o seu raio de calor, onde tudo murcha e se transforma em cinzas, numa queimadura arrepiante de camadas e camadas de esperança. Ritmos relampejantes, que nos fazem oscilar, arrasam casas, aldeias e cidades, ritmos que quebram o corpo. As crostas rompem-se. Jorram repuxos de lava, ofuscantes de dia, vermelhos à noite, que se vão amontoando, formando paisagens de escória. Nem uma única pedra fica no mesmo sítio, pessoas e objectos são lançados pelo ar, massas de terra e de rochas entram em movimento, ondas gigantescas, tsunamis, causados por avalanches que se libertam das encostas submarinas, o mundo mudou e com ele a consciência. Aqui está o momento certo. Continuemos. Só mais alguns metros. Não acreditas naquilo que os meus olhos te descrevem? Sim, estás apavorado? No fundo, o teu coração não esperava outra coisa. Desce, chegámos a um enorme braseiro que tudo transforma e nos eleva. 9

11 Dá a volta ao braseiro. Devagar. É muito maior do que pensas. É tão grande como a Natureza. Escuta o seu interior. Não concordas comigo? Um silêncio terrífico. Ah, se tivesse um fósforo. Apenas um. Era o suficiente para incendiar o silêncio. Crepitaria em chamas. É o fim do mistério e da nossa viagem conjunta. Estás a lutar contra as lágrimas e um acesso de tosse. Não, não olhes para o mar. Não há lá nada para ver. Volta-te. Este é o meu último pedido, feito com voz rouca. O pensamento emocional já não é a nossa identidade. Todas estas histórias que se defrontam há milhares de anos em nome das origens têm na realidade um terreno comum: são histórias de identidade. FIM 10

12 Vulcano, 2012 Vídeo 16/9 Duração: Voz: Francesco Troisi Pinturas: João Fitas Texto: Vasco Araújo Música: Symphony Nº2 Corpernican, Op.31 ; Already it is dusk (String Quartet Nº 1) Op 62; Quasi una fantasia (String Quartet Nº2) Op 64;... Sing are sung (String Quartet Nº3) Op 67 de Henyk Mikolaj Górecki. Dimensões variáveis. Cortesia Galeria Filomena Soares

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15 O vulcão é um mal e é um bem as pessoas amam e morrem da mesma maneira desde sempre não olhes para o mar, não há lá nada para ver Entrevista de Pedro Faro a Vasco Araújo Pedro Faro: Na preparação desta obra, Vulcano, 2012, lembro-me de te ver a olhar e a seleccionar pinturas e imagens de vulcões, a ler e a sublinhar livros científicos e outros sobre este elemento da natureza, que tanto tem fascinado o pensamento e a criação. E lembro-me, ainda, de te ver interessado em questões relacionadas com a psicologia humana. Que outros elementos foram importantes para chegares aqui, a este objecto artístico, na sua formulação final, e de que forma é que estes vários eixos livros científicos, pinturas, psicologia, música, voz, texto participam e se combinam? Vasco Araújo: Pedes-me para falar sobre a Obra de Arte Total. Ou seja, esta peça surge de várias coisas. Primeiro, de uma situação que eu tenho vindo a trabalhar ultimamente com maior intensidade e que é a observação do ser humano na sua vertente psicológica. Nesse sentido, interessa-me ver como é que o homem se transforma e o medo que ele tem dessa transformação. Achamos sempre que não conseguimos alterar nada em nós. Ou seja, podemos alterar a nossa casa, podemos alterar tudo à nossa volta, menos nós próprios. Podemos até pôr a hipótese de alterarmos o nosso corpo 14

16 mas, interiormente, no nosso interior, achamos que nunca podemos alterar nada e isso cria-nos um medo que podemos designar por medo da mudança. Foi isso, sobretudo, que me interessou trabalhar. Depois, em segundo lugar, a junção ao vulcão acontece porque o vulcão, além de ter uma evidente forma escultórica, é um dos fenómenos, tal como o tremor de terra, que obriga a uma transformação efectiva. Mas, também, porque vulcão cospe fogo remetendo, de modo quase imediato, para a ideia ou imagem do dragão que mata. Interessa-me essa imagem de alguma coisa que cospe do interior da terra algo que nos mata e que destrói tudo e, ao mesmo tempo, não ser uma destruição mas, na verdade, implicar uma renovação. Ao fim de muitos anos, após a erupção de um vulcão, os terrenos ficam muito mais férteis, por exemplo. Com a erupção do vulcão, muitas vezes, a terra aumenta. O vulcão pode ser, inclusivamente, criador de terra. O vulcão é um mal e é um bem. Ou seja, o que é que eu quero dizer? O vulcão serviu-me de metáfora para esta questão da mudança no ser humano. À partida, uma mudança ou transformação parece uma coisa horrorosa destrói muito - mas depois é sempre para melhor. No caso específico deste vídeo, o vulcão que aparece nas várias pinturas é o Vesúvio que destruiu, como sabemos, várias vezes, várias cidades, sendo que a mais conhecida é Pompeia. É um vulcão vivo, ainda. PF: A questão do tipo de mudança que referes, de alguma forma, fez-me lembrar a questão da emigração - novamente tão presente e 15

17 necessária entre nós -, do ter que sair, do ir à aventura, do passar por transformações, procurar uma nova terra... VA : Sair do nosso espaço confortável tem fortes implicações psicológicas e é talvez o maior medo e terror do ser humano. Esta peça é sobre isso e usei o vulcão como metáfora. Mas não podia nunca usar um vulcão de agora, da actualidade, como aquele da Islândia, por exemplo. Ao ler o romance da Susan Sontag, O Amante do Vulcão, há vários anos, confrontei-me com a história do embaixador inglês, Sir William Hamilton, que coleccionava, além de vasos gregos e romanos, e não havendo máquinas fotográficas na altura, pinturas do Vesúvio. Todos os dias encomendava, a diferentes pintores locais, uma ou duas pinturas que eram vistas do Vesúvio. Naquela altura, o Vesúvio já era um vulcão vivo e por isso estava sempre em transmutação. Deu-se por um acaso, na época em que ele era lá embaixador, no Reino das Duas Sicílias, e também durante as invasões napoleónicas, uma grande explosão do Vesúvio. Assim, ele pode criar um caderno - Campi Phlegraei: Observações sobre os Vulcões das Duas Sicilias, Nápoles , composto por três volumes, com anotações científicas e ilustrações que davam conta de aspectos como medição de enxofre dos vapores, etc.. É o primeiro estudo científico feito sobre vulcões, nomeadamente, sobre o Vesúvio, e, actualmente, em depósito, na biblioteca do V&A. Ele acabou por doar tudo. Grande parte dos vasos gregos e romanos que estão no British Museum, por exemplo, eram dele. Esta parte de elementos mais científicos, presentes nas pinturas que são, na 16

18 verdade, ilustrações, com tamanhos reduzidos, também foi doada. Mas o que é que é interessante nestas pinturas? Não é a parte científica, propriamente dita. Hoje em dia, há estudos científicos mais precisos e válidos. Não me interessa para nada a quantidade de enxofre que sai de um vulcão. O que me interessou nestas pinturas foi o exagero e a expressividade da sua representação. As pinturas são como crónicas de guerra, exageradas. Numa das pinturas que aparece no vídeo - o tamanho real do Vesúvio é de cerca de dois mil metros de altitude, o canhão de fogo que sai do Vesúvio tem cerca de três vezes mais a altura do vulcão. Ora, nenhum vulcão expele fogo de cinco metros de altura - rebentaria com o planeta Terra, se assim fosse. Este lado de exagero na representação do fenómeno tem a ver com o medo que tal fenómeno inspira. Alguém está a ver o vulcão e o que vê é de tal maneira impressionante as pinturas são feitas com grande distância física do mesmo e fascinante que leva a um exagero da representação deste fenómeno. PF: Voltando à pergunta inicial, também me lembro, como já tinha referido, de te ver a ler textos científicos sobre vulcões, cujo conteúdo usaste ou adaptaste no teu texto, resgatando uma certa expressividade paradoxal, entre verdade e ficção. VA : Andei a ler um livro sobre a explosão do vulcão dos Capelinhos, Viagem Vulcânica, uma saga açoriana, de Ralph Roger Glockler. PF: A forma como o vulcão era descrito nesse livro era muito 17

19 expressiva e contrariava, de alguma modo, o espírito científico, racional, objectivo que sustenta a sua validade de verdade? Colocas esse tipo textos ou análises da realidade, dos fenómenos, em questão, igualmente, ao citares ou apropriares poeticamente alguns elementos desse discurso? VA : A questão da linguagem aqui é extremamente importante por duas razões. No final do vídeo há uma frase que diz a nossa identidade já não é emotiva, ou seja, não podemos ter só uma identidade emotiva. Temos sempre emoção mas a identidade constrói-se ligando a emoção à razão, por sermos seres racionais e emocionais e, também, porque uma identidade emotiva cria mais medo. A razão que me levou a adoptar este tipo de escrita? Tinha que haver um lado emotivo tal como são as pinturas que escolho para este vídeo. No livro sobre a erupção vulcânica dos Capelinhos nos Açores (Viagem Vulcânica, uma saga açoriana, de Ralph Roger Glockler), o autor, entre observações sobre as consequências da erupção nas casas, nas vidas das pessoas, faz breves descrições do momento e aquele homem viveu aquele momento dizendo, por exemplo, que a erupção do vulcão se assemelha a bombas a explodir, criando analogias subjectivas. Nunca estive ao pé de um vulcão em erupção mas deve ser absolutamente aterrador e, ao mesmo tempo, fascinante. É como ver fogo de artifício. Acho muito fascinante ver fogo de artifício mas o som assusta-me imenso. Meto sempre as mãos nos ouvidos. Há ali um jogo de tempos entre o que vemos e ouvimos que me intriga. Na minha obra, Vulcano, 2012, 18

20 por outro lado, há, ainda, uma construção psicológica realizada em torno de um sujeito que é amplificada pelo intrigante jogo das palavras que eu introduzo, ou seja, nunca se percebendo muito bem o que é que ele está a descrever, ao dizer coisas como o enxofre que sai do interior profano do meu corpo. Um corpo em grande angústia, por exemplo, com um aperto no estômago, mostra-se ou expressa-se de várias maneiras, sendo que a fisiológica é uma dessas formas de manifestação. Mas não são só as questões físicas que estão em jogo. A angústia pode levar à loucura porque o medo de não saber o que nos vai acontecer, num processo de transformação, de mudança, pode ser fatal. Numa grande catástrofe, há pessoas que morrem de pânico porque o pavor pode ser tanto que acabam por morrer, abandonam-se. Só concebo que alguém se mate por medo. A ideia de mudança pode originar um medo enorme, insuportável. PF: De que forma é que esta obra se inscreve no teu percurso, como é que se articula com investigações, questões e obras anteriores, e de que modo é que marca, se quiseres, o fim e o início de outros projectos? VA : Esta obra deve ser, talvez, o fim de uma etapa. Mas nunca é um fim em si mesmo. Eu tenho o hábito de trabalhar entusiasticamente um determinado tema, de forma exaustiva, e, num dado momento, desligo e passo para outro tema. É como se tivesse várias linhas de investigação mas que, no fundo, tratam sempre da mesma questão que é a natureza do ser humano ou da condição humana. 19

21 Esta obra vem directamente de uma linha de trabalhos em que procurei abordar a questão psicológica psicologia e psiquiatria. Ela não é política como são outras obras que, no meu percurso, tratam do pós-colonialismo ou de questões de racismo, diferença, etc... Esta obra entronca numa série de projectos que mostrei na minha última exposição na Galeria Filomena Soares Mente-me e na linha de obras Trabalhos para Nada, que tratam, sobretudo, de aspectos do interior humano, da psique humana, na tentativa de questionar e perceber até que ponto isso revela e constitui o ser humano. Portanto, exploram as ansiedades que resultam da nossa dificuldade em mudar, do medo que temos da mudança. PF: O vídeo vai ser mostrado no Museu de Geologia. Era importante para ti que o lugar onde expões esta obra tivesse algum tipo de memória associada? Que o facto de ser uma forma museológica particular evitasse o cubo branco da galeria contemporânea? VA : Eu gosto sempre de mostrar as obras no seu contexto, apesar de haver o risco de uma certa redundância. Ou seja, o meu trabalho já é um pouco barroco, já tem imensa informação, imensas formas, imensas referências, e mostrar no próprio sítio de onde vêm essas referências pode ser demasiado redundante e não adiantar ou acrescentar grande coisa à experiência do trabalho e à sua própria leitura. Por vezes, é preferível um espaço limpo onde as pessoas se concentram, exclusivamente, na peça que lhes é mostrada. Neste caso, o Museu Geológico, tendo tudo a ver com esta peça, no sentido em que 20

22 estuda e reflecte sobre as rochas - consequência da actividade dos vulcões - mas não implica com a obra porque não há lá nada igual, não há lá nada parecido, não há pinturas sobre vulcões. PF: Mas é curioso que seja mostrado num museu como o Museu de Geologia. O museu instituição moderna - é um espaço associado à memória, à categorização do conhecimento, a uma certa narrativa histórica. No teu vídeo, por exemplo, usas muitas vezes as palavras memória, história, identidade, integração, revolução, que são termos afectos, de algum modo, à prática museológica. VA : Respondo-te a isso de uma maneira apenas. Se pudesse, só trabalhava para museus, sejam eles quais forem. Sejam museus de arte contemporânea, de arte antiga, geológicos, de ciência... porque, para mim, os museus e, acrescento, ainda, as bibliotecas, são os sítios mais fantásticos que conheço, onde podemos ver tudo, onde podemos conhecer tudo, onde podemos conhecer o ser humano. Tanto uns como outros são prova escrita e material da nossa vida, dizem-nos que estamos vivos. PF: Mas são duas instituições que resultam de um predomínio de uma certa racionalidade instrumental, daquela que pretende controlar a vida, a natureza e as suas imprevisíveis transformações aspecto que contraria, em parte, aquilo que o teu vídeo explora ou questiona. Este vídeo não coloca em causa uma certa racionalidade humana? 21

23 VA : Não sei se sei responder a esta pergunta, no sentido em que não compreendo bem o que me perguntas. A racionalidade do ser humano levou-o desde sempre aos actos mais extraordinários e ao mesmo tempo absolutamente deploráveis, talvez seja nesse sentido que o meu vídeo vai contra a racionalidade humana. Como já disse, este vídeo é uma metáfora para uma tomada de consciência de si próprio, do ser individual, mas que se insere em grupos, na sociedade, logo terá de agir e de estar de acordo com um determinado numero de regras e de leis. Agora, o problema é quando este homem não está de acordo, ou não se sente inserido, ou mesmo, é excluído. PF: Usas a palavra revolução no vídeo. VA : Só é possível haver uma revolução, seja ela qual for, porque houve ou há alguém que tem a coragem de mudar. Chegou a um estado de saturação, a um limite, e percebeu que tinha que agir, tal como acontece com os artistas quando fazem uma obra ou quando um escritor escreve um livro. Muitas vezes não sabemos porque fazemos certas coisas. Respondemos a um impulso e a revolução começa com esse impulso. Havia uma situação anterior que estava saturada. Mudamos de ginásio, de roupa, de carro porque todas essas coisas deixam de nos servir, a certa altura. Estamos sempre a mudar. Há mudanças que não nos provocam medo mas as revoluções provocam medo. No caso da revolução francesa, por exemplo, as pessoas não sabiam, certamente, para onde é que iam e viveram 22

24 anos nessa incerteza, numa terra de ninguém, que de certeza criou bastante desconforto. PF: Por falar em terra de ninguém, as tuas obras parecem convocar quase sempre um outro tempo, um tempo sem definição, um tempo sem tempo, quase, um tempo abstracto, distante do tempo dito contemporâneo. Dizes muitas vezes, a brincar, que, apesar de seres um artista contemporâneo, não tens cultura contemporânea. De que modo é que esta obra sublinha, mais uma vez, esse aspecto ou essa condição em que te colocas, como um desterrado, exilado temporal? Vives num tempo que não é o teu tempo mas actuas sobre este tempo, de várias maneiras artisticamente, politicamente, socialmente mas com a carga referencial de outro tempo que escapa a uma definição histórica rigorosa, clara. Pode ser um tempo da antiguidade, um tempo barroco... VA : Se calhar sou um artista romântico (risos). A melhor frase, e que li apenas no texto que o Paulo Pires do Vale escreveu sobre a minha exposição Debret, no Pavilhão Branco, em 2010, é do Padre António Vieira, do seu livro Breve História do Futuro e que é mais ou menos isto: nós só podemos construir um presente ou um futuro a olhar para o passado. Isto tem um lado moralista e, enfim, católico, jesuíta, mas acho esta ideia interessante. Ou seja, tu não podes nunca fazer para a frente se não perceberes para trás o que fizeste e o que fizeram. Não és só tu. O tu é um acaso. Nós somos isto porque tivemos milhões para trás que fizeram milhares 23

25 de coisas, construíram milhares de coisas, escreveram milhares de coisas, deram-nos ideias para tudo e os seres que somos hoje, muito mais evoluídos, muito mais tecnológicos, resultam de tudo o que os outros, antes de nós, fizeram. Esse passado é a nossa herança. Portanto, não concebo o meu trabalho sem ter que ir ler, pelo menos, dez livros, ou ver trinta imagens. Por exemplo, neste caso concreto do Vulcano, 2012, li e vi imensas coisas e fui buscar outras que já tinha lido e visto há muitos anos, por exemplo. Esta ligação ao passado resolve-se desta maneira. O passado dá-nos confirmação sobre o facto das coisas e garante a universalidade dos termos, dos conceitos. Eu não ponho em causa o Homero apesar de não ter a certeza se aconteceu ou não a batalha de Tróia. É uma história. Todas estas heranças, tudo o que se escreveu, sejam verdade ou mentira, configuram a nossa relação com o mundo, com as coisas. Não me interessa nada se a erupção vulcânica aconteceu ou não como aparece representada nas pinturas. Interessa-me, sim, a sua representação, analisar e reflectir sobre aquilo que chegou até nós. Este tempo em que eu construo as minhas obras é um não tempo, ou melhor, pode não haver um tempo verdadeiro. É um tempo abstracto, cada vez mais codificado. Mas é tão abstracto que pode ser em qualquer lugar, podia ser hoje ou há um século. O mesmo acontece quando lemos uma tragédia grega. Afinal, as pessoas amam e morrem da mesma maneira desde sempre. PF: No vídeo não há imagens em movimento. Temos imagens de várias pinturas de vulcões e da cara de um homem, alternadas, criando uma 24

26 narrativa sobre o Ser, sobre a humanidade. Qual é o maior desafio que a actualidade coloca a um Ser humano, a um artista, e de que forma é que a metáfora do vulcão serve ao presente? VA : Serve completamente. Acho que nem nunca podia ter servido tanto, pelo menos durante o tempo que eu vivi até hoje, desde que nasci 37 anos. O momento que vivemos é de crise, de grande desalinhamento mental e, ao mesmo tempo, implicando uma maior consciência do ser humano. O que estamos a assistir não é uma crise económica, apenas. Estamos numa crise de identidade porque estamos em mudança. Porque estão a obrigar-nos a mudar de paradigma. PF: Que paradigma é esse? VA : Não faço a menor ideia mas estamos a mudar. Esta peça, se calhar, também a fiz porque sinto isso e é uma espécie de resposta ao que estou a viver. Este homem do vídeo, a certa altura, diz: não olhes o mar, não há nada para ver. Olha para outro lado. É uma espécie de chamada de atenção para uma tomada de consciência. Não te distraias com o mar, é para outro sítio que deves olhar e, consequentemente, terás que sofrer, ou não, mas terás que ver com os teus próprios olhos para aprender, para perceberes que isto não tem mal, que é só uma outra forma de viver. PF: Sempre achei o teu trabalho bastante político, apesar disso 25

27 não ser muitas vezes óbvio. Sentes que a tua obra corre o risco de se alinhar demasiado com determinadas causas, assuntos, problemáticas sociais? Quais são as tuas causas enquanto cidadão e quando, e de que forma, é que elas aparecem no teu trabalho? VA : Acho que o meu trabalho é psicologicamente político, ou seja, não é activista, não é activamente político, no sentido convencional da expressão. Por vezes, é sociopolítico, mas apenas por vezes. Mas há uma coisa que é de certeza absoluta. É psicologicamente político, tanto pela negativa como pela positiva. PF: O que é que isso quer dizer? VA : Ele tanto coloca questões como atira flechas. Neste caso, nesta obra em concreto, coloca questões. Ou seja, coloca mais questões. Espero que coloque várias questões naqueles que a vêem. O meu trabalho é político nesse sentido. Quando faço um trabalho sobre o colonialismo ou sobre as minorias raciais, ou coisas desse género, talvez seja mais crítico, mais crispado, mais agressivo e coloque menos questões e atire mais setas. PF: O que é isso de atirar setas? VA: É como se colocasse cartazes à frente das pessoas. Vês ou não vês? Vês ou não vês? E vou repetindo esta questão várias vezes. Aqui no Vulcano é mais consegues ver?. Parece que estou 26

28 a colocar-me numa posição mais elevada em relação aos outros mas não é nada disso. Exponho as minhas próprias ansiedades e angústias. Se calhar, por vezes, corro o risco de não colocar estas questões a mim mesmo. PF: Isso leva-me a colocar uma questão que tem a ver, justamente, com a relação que estabeleces com o teu próprio trabalho. Contactando com o teu círculo de amigos e conhecidos, aparece, muitas vezes, a ideia que as tuas obras reflectem os teus estados de alma, num determinado momento. Sempre achei que isto era um equívoco. Assim, de que forma é que as tuas obras reflectem aquilo que tu és, onde é que está a separação entre obra, artista, cidadão, pessoa? As obras não têm um carácter mais abstracto? Pairante? VA : Sim, essa associação tão literal é um equívoco enorme. O meu trabalho, claro, sou eu. Apareço nele, inclusivamente, muitas vezes. Mas, por exemplo, não vivi a história do colonialismo directamente, não tenho uma única pessoa da minha família que tenha vivido em África, eu próprio não vivi em África, fui pela primeira vez a África há cinco anos. Mas interessa-me, enquanto português, perceber o que é que se passou ali. Ou seja, interessa-me tomar consciência sobre um assunto que nos afecta colectivamente e trabalhá-lo artisticamente. No caso das peças em que psicologicamente as personagens estão completamente deprimidas e embrenhadas em situações horrorosas, como na exposição de 2011, na Galeria Filomena Soares, Mente-me, a minha relação com aquelas personagens das obras é, obviamente, 27

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